UNIDADE 5
ELETROMAGNETISMO
A energia elétrica é indispensável na rotina mundial, sêndo utilizada de diversas formas em residências, escolas, indústrias, sistemas de comunicação, entre outros. Na imagem, registrada pela Nasa em 2014, é possível observar quê a iluminação artificial de parte da Terra é percebida do espaço.
Para quê seja consumida, a energia elétrica precisa sêr gerada a partir de outras formas de energia provenientes de recursos naturais, como a á gua, o vento, o carvão, o Sol, elemêntos radioativos etc. Após sua geração, a energia é transmitida e distribuída até os locais de consumo. Esse processo de geração e transmissão só foi possível devido às pesquisas científicas da área da Física conhecida como Eletromagnetismo.
Além da energia elétrica, os estudos do Eletromagnetismo proporcionaram o entendimento de fenômenos relacionados à Eletricidade e ao Magnetismo quê resultaram em vários benefícios à ssossiedade, conforme será estudado nesta Unidade.
Página trezentos e sete
Respostas e comentários estão disponíveis nas Orientações para o professor.
1. Reflita sobre suas atividades diárias e analise quais delas só são possíveis devido à existência da energia elétrica. Como seria realizar estas mesmas atividades sem energia elétrica?
2. Você sabe qual é o processo básico necessário para gerar energia elétrica em uma usina elétrica? Em dupla com um colega, escôlham um tipo de usina geradora e elaborem uma breve descrição dêêsse processo.
3. por quê é importante as pessoas realizarem um consumo consciente de energia elétrica, evitando excessos e desperdícios?
4. Embora a energia elétrica seja muitas vezes essencial no nosso dia a dia, ela não é uma realidade para todas as pessoas. No Brasil, de acôr-do com dados de 2022 da Pnad Contínua, estima-se quê cerca de 99,8% das residências possuem acesso à energia. Organize-se em um grupo de até quatro integrantes com seus côlégas e investiguem quais alternativas são utilizadas para obtenção de energia em regiões onde a energia elétrica ainda não é uma realidade.
Página trezentos e oito
TEMA 25
Eletromagnetismo e ssossiedade
Respostas e comentários dêste Tema estão disponíveis nas Orientações para o professor.
Eletricidade e Magnetismo
Eletricidade e Magnetismo são duas áreas da Física quê se desenvolveram separadamente até quê seus caminhos se unificaram, com o desenvolvimento do Eletromagnetismo. Nesta área de estudo, a carga elétrica e os fenômenos elétricos e magnéticos são os principais objetos de investigação.
Fenômenos elétricos e magnéticos são estudados desde a Antigüidade, porém há poucos registros de estudos desta época. Algumas evidências apontam quê o filósofo grego Tales de Mileto (c. 624-620 a.C.-c. 548-545 a.C.) verificou quê o âmbar, uma resina proveniente de alguns vegetais, atraía algumas fô-lhas e palhas quando atritado com peles de animais. A palavra grega utilizada para nomear o âmbar era eléctron. Esse termo deu origem ao nome quê designa a área de pesquisa dos fenômenos elétricos, Eletricidade.
Também é atribuído a Tales alguns dos primeiros registros de um mineral, encontrado em uma antiga região grega chamada Magnésia, capaz de atrair objetos ferrosos. êste mineral era conhecido como magnetita, nome posteriormente utilizado para denominar a área de pesquisa dos fenômenos magnéticos – o Magnetismo.
Embora as propriedades investigadas sêjam parecidas (no quê se refere à capacidade de atração de outros corpos), elas são distintas, pois a magnetita possui propriedades naturais, enquanto o âmbar precisa sêr esfregado para atrair outros corpos.
Avanços significativos nestas áreas só ocorreram no século XVI. Nesse período, acreditava-se quê a eletricidade era um fluido quê poderia sêr transmitido de um corpo para outro. Porém, as conclusões sobre esses fenômenos quê são utilizadas atualmente foram desenvolvidas no século XIX.
É importante destacar quê o avanço nos estudos do Eletromagnetismo ocorreu antes de se conhecer a estrutura da matéria, ou de se saber da existência de prótons e elétrons. Isso ilustra quê o desenvolvimento científico não é linear e depende do trabalho realizado por vários sêres humanos quê dêsênvólvem diversas pesquisas e investigações.
PENSE E RESPONDA
1 Em seu entendimento, quais foram os principais motivos quê levaram às mudanças nos ambientes mostrados nas fotografias?
Página trezentos e nove
Matrizes elétricas e energéticas
Fontes de energia são recursos quê fornecem uma forma de energia quê póde sêr extraída e transformada em outra forma de energia.
Uma fonte de energia renovável é aquela com capacidade natural de reposição, quando a taxa de consumo é inferior à taxa de reposição, sêndo assim considerada inesgotável. Energias de fonte eólica, solar, hidráulica e biomassa são alguns exemplos.
Uma fonte de energia é não renovável quando a taxa de consumo é superior à taxa de reposição, sêndo assim considerada uma fonte finita. Energias geradas a partir do petróleo, do gás natural e do carvão mineral são alguns exemplos.
É importante destacar quê uma fonte de energia sêr considerada renovável não significa quê seu consumo não cause malefícios ao ambiente. O consumo de biomassa e lenha, por exemplo, quê são fontes rêno-váveis, causa emissões de gases poluentes.
Teoricamente, uma energia considerada limpa é aquela cujo consumo tem baixo impacto ambiental, e não necessariamente sua fonte é renovável, como é o caso da energia nuclear.
Matriz energética
Um dos focos dos estudos científicos e dos investimentos de empresas e governos é a busca por fontes de energia alternativas, especialmente as rêno-váveis, quê possam sêr utilizadas em larga escala e quê minimizem os danos ao ambiente.
A escolha por uma fonte de energia depende de alguns fatores, como localização geográfica, recursos disponíveis, demandas necessárias e investimentos financeiros. O conjunto de fontes disponíveis em determinada região é chamado matriz energética.
Os gráficos a seguir representam o uso das matrizes energéticas mundial e brasileira nos anos de 2021 e 2022, respectivamente.
Fonte: BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Empresa de Pesquisa Energética. Matriz energética e elétrica. Rio de Janeiro: EPE, [2024]. Disponível em: https://livro.pw/ahxfl. Acesso em: 9 out. 2024.
Página trezentos e dez
Observe quê a matriz energética mundial é composta basicamente de fontes não rêno-váveis, como o carvão, o petróleo e o gás natural. As fontes rêno-váveis (indicadas por"Outros" no gráfico), como solar, eólica e geotérmica, correspondem a 2,7%, enquanto hidráulica e biomassa representam 12%.
No Brasil, temos outro cenário. Somando as fontes lenha e carvão vegetal, hidráulica, derivados da cana (biomassa), eólica e solar e outras rêno-váveis, chega-se a 47,4% da matriz energética composta de fontes rêno-váveis, sêndo um dos países em quê mais se utiliza fontes rêno-váveis no mundo.
Matriz elétrica
O conjunto de fontes disponíveis em determinada região utilizadas para a produção de energia elétrica é chamado matriz elétrica. A matriz elétrica representa uma importante fatia da matriz energética.
Os gráficos a seguir representam o uso das matrizes elétricas mundial e brasileira nos anos de 2021 e 2022, respectivamente.
Fonte: BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Empresa de Pesquisa Energética. Matriz energética e elétrica. Rio de Janeiro: EPE, [2024]. Disponível em: https://livro.pw/ahxfl. Acesso em: 9 out. 2024.
Assim como ocorre com a matriz energética, a matriz elétrica mundial também é formada principalmente por fontes não rêno-váveis, como carvão mineral e gás natural, quê são consumidos nas usinas termelétricas. Porém, uma parte provém de uma fonte renovável, a hidráulica, consumida nas usinas hidrelétricas.
Em muitos países, a predominância de usinas termelétricas e o consumo de fontes não rêno-váveis ocorrem devido às características do local, como pequena extensão territorial, baixa incidência solar e ocorrência de ventos, ausência de recursos hídricos e baixo investimento financeiro. Com isso, acaba-se recorrendo aos recursos mais disponíveis e de fácil acesso, como o carvão mineral e o gás natural.
A matriz elétrica brasileira novamente se destaca por sêr predominantemente formada por fontes rêno-váveis, com predomínio da energia hidráulica, devido ao grande número de usinas hidrelétricas.
É fundamental quê os países invistam em pesquisas científicas quê contribuam para a investigação de alternativas energéticas de fontes rêno-váveis e limpas, equilibrando o atendimento às demandas atuáis da ssossiedade com a redução dos impactos ao ambiente e aos sêres vivos para obtenção dessa energia.
Página trezentos e onze
ATIVIDADES
1. Os conhecimentos relacionados ao Eletromagnetismo permitiram quê a humanidade pensasse em formas de gerar, transmitir e distribuir energia elétrica, proporcionando conforto às pessoas. Em seu entendimento, foi a busca por êste conforto quê incentivou cientistas a estudar os fenômenos elétricos e magnéticos desde a época da Antigüidade? Proponha argumentos quê justifiquem sua resposta.
2. por quê no Brasil a maior parte da energia elétrica provém de usinas hidrelétricas?
3. Nos levantamentos realizados para analisar a matriz elétrica de um país, atualmente é incluída a Geração Distribuída (GD), quê é a energia elétrica gerada a partir da energia solar em placas fotovoltaicas. Estas placas são instaladas com recursos próprios das pessoas em residências, indústrias, comércio etc. A energia elétrica gerada póde sêr para consumo próprio ou fornecida às rêdes elétricas, para quê seja redistribuída pelas empresas energéticas, e a pessoa ou empresa quê fez o investimento tem descontos no seu consumo de energia elétrica.
a) Converse com pessoas quê tênham feito esse investimento na instalação destas placas e faça uma entrevista com elas, perguntando dêtálhes, por exemplo, quais são os benefícios causados pela instalação das placas e se existem problemas gerados pela instalação.
A procura e a conversa com essas pessoas podem sêr feitas d fórma ôn láini.
b) Converse com seus côlégas acerca da importânssia de uma ssossiedade quê busca articular ações e políticas de incentivo à economia de energia elétrica.
4. A chiina é um dos maiores países do mundo em extensão territorial. Sua economia cresce atualmente, o quê exige grande consumo de fontes de energia. O país enfrenta desafios no quê se refere à sustentabilidade, pois uma das maiores reservas de carvão mineral do mundo está em território chinês, sêndo a principal fonte das matrizes elétricas e energéticas do país.
a) Faça uma pesquisa sobre as principais fontes de energia quê compõem a matriz elétrica da chiina.
b) O país está há anos investindo em fontes de energia renovável, porém enfrenta desafios quanto a substituir o consumo de fontes não rêno-váveis por fontes rêno-váveis e limpas. Quais seriam esses desafios? Se necessário, pesquise sobre o assunto.
5. Leia o trecho de reportagem a seguir.
govêrno Federal institui plano para acelerar transição energética
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Internacional de Energia (IEA) assinaram, nesta quarta-feira (31/01) [2024], o Plano de Trabalho Conjunto para a Aceleração da Transição Energética.
O objetivo é acelerar e ampliar a matriz energética brasileira d fórma limpa, diversificada, plural e inclusiva, com investimentos em fontes rêno-váveis de biocombustíveis.
[...]
Para o ministro de Minas e Energia (MME), [...], a política interministerial é uma estratégia essencial para quê o govêrno Federal cumpra suas metas de enfrentamento à crise climática. [...]
Segundo o ministro, parcerias entre o setor público e o privádo podem oferecer condições para quê o Brasil acelere e invista cada vez mais na transição energética e desenvolva o País, contribuindo para reduzir a crise climática, quê afeta todos os continentes. [...]
[...]
CAMBAÚVA, Daniella. govêrno Federal institui plano para acelerar transição energética. Agência Gov, [Brasília, DF], 31 jan. 2024. Disponível em: https://livro.pw/rwytz. Acesso em: 9 out. 2024.
a) Qual é o assunto abordado no trecho da reportagem?
b) Qual é a importânssia de investimentos e parcerias como as citadas no texto?
Página trezentos e doze
TEMA 26
Carga elétrica e fôrça elétrica
Respostas e comentários dêste Tema estão disponíveis nas Orientações para o professor.
Carga elétrica
Os estudos da Eletricidade geralmente se iniciam pela Eletrostática, área quê se dedica à análise das cargas elétricas e suas interações.
O átomo é formado por partículas menóres: os prótons e os nêutrons, quê compõem o núcleo, e os elétrons, quê se localizam em uma região em torno do núcleo denominada eletrosfera. Atualmente, sabe-se da existência de outras partículas fundamentais, porém, considerando apenas esta organização entre prótons, nêutrons e elétrons, é possível realizar os estudos acerca das cargas elétricas.
Destas partículas, prótons e elétrons possuem uma propriedade fundamental da matéria, chamada carga elétrica.
Por convenção, o próton possui carga elétrica positiva (+) e o elétron, carga negativa (_), mas ambas têm o mesmo valor absoluto, denominado carga elementar (e). No SI, a unidade de medida de carga elétrica é o coulomb (C), em homenagem ao físico francês xárlês Augustin de Coulomb (1736-1806), quê fez estudos sobre a fôrça entre cargas elétricas.
Experimentalmente, verificou-se quê:
e = 1,6 ⋅10−19C
PENSE E RESPONDA
1 Quando os cabêlos são penteados, é comum eles ficarem arrepiados. por quê isso acontece?
Página trezentos e treze
Os valores das cargas elétricas são sempre múltiplos inteiros da carga elementar, condição na qual se diz quê o valor é quantizado. Sendo um número de portadores de carga n (n = 1, 2, 3, 4,...), a carga elétrica Q referente a estes portadores póde sêr determinada da seguinte forma:
Q = ± ne
Assim, a carga de um elétron póde sêr escrita como Qe = −e, e a carga de um próton póde sêr escrita como Qp = e.
Os hátomus quê apresentam a mesma quantidade de prótons e elétrons são eletricamente neutros (np = ne).
Note quê um átomo neutro possui cargas elétricas positivas e negativas, mas em igual quantidade, d fórma quê sua carga elétrica total é zero. O elemento químico cálcio (20 Ca), por exemplo, possui 20 prótons e 20 elétrons em seu estado neutro. Portanto:
Qe = −e = −20 ⋅1,6 ⋅10−19 ⇒ Qe = − 3,2 ⋅10−18C
Qp = ne = −20 ⋅1,6 ⋅10−19 ⇒ Qp = 3,2 ⋅10−18C
póde acontecer de um átomo não ter a mesma quantidade de prótons e elétrons. Os prótons e nêutrons interagem na formação do núcleo atômico, enquanto os elétrons presentes na eletrosfera podem sêr retirados ou adicionados em um processo chamado eletrização.
Quando um átomo perde elétrons, tem-se um íon com carga elétrica positiva em excésso (cátion), e quando um átomo ganha elétrons, tem-se um íon com carga elétrica negativa (ânion).
êste raciocínio póde sêr aplicado para corpos nos quais a quantidade de cargas elétricas está alterada.
Um corpo inicialmente neutro póde se tornar eletrizado positivamente ao perder elétrons de seus hátomus, ou sêr eletrizado negativamente se seus hátomus receberem elétrons.
Condutores e isolantes elétricos
pôdêmos classificar os corpos em condutores ou isolantes dependendo da constituição dos hátomus quê os compõem. As cargas elétricas se movimentam com relativa facilidade em corpos condutores. Porém esse movimento não ocorre, ou ocorre com dificuldade, em corpos isolantes. Essas características dos corpos estão relacionadas com a quantidade de elétrons livres dos hátomus quê os compõem.
Alguns materiais, principalmente metais, como ferro, alumínio, cobre e prata, apresentam uma estrutura na qual os elétrons mais distantes do núcleo, denominados elétrons livres, possuem mobilidade na estrutura, o quê favorece seus movimentos e torna o corpo condutor.
Outros materiais, como o vidro, o plástico, a madeira e a borracha, possuem em sua constituição hátomus quê não perdem elétrons com facilidade, o quê dificulta seus movimentos e torna o corpo isolante.
Vale destacar quê essa é uma abordagem simplificada, pois a classificação entre condutores e isolantes depende de outros fatores, como a tensão e a tempera-túra às quais o corpo é submetido.
Atenção: equipamentos elétricos podem causar acidentes. Não encoste em fios desencapados.
Página trezentos e quatorze
Princípios da Eletrostática
Princípio da atração e da repulsão
Neste momento, sugere-se retornar ao Pense e responda 1, para discutir com os estudantes a repulsão entre os fios de cabelo.
Um dos princípios da Eletricidade é a atração e a repulsão entre cargas elétricas. Dizemos princípio porque o modelo físico parte da ideia da existência de dois tipos de carga e da interação entre elas.
Observe o esquema:
Pelo modelo físico quê descreve as cargas elétricas, admite-se a afirmação a seguir.
Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais opostos se atraem.
Os prótons se repelem eletricamente, mas o núcleo atômico permanéce coeso devido à fôrça forte, uma fôrça nuclear de atração quê age entre prótons e nêutrons. Essa fôrça forte supera a repulsão elétrica entre os prótons e mantém a integridade do núcleo.
Princípio da conservação das cargas elétricas
Como as cargas elétricas não podem sêr criadas ou destruídas, em qualquer fenômeno ou reação, o número total de prótons e de elétrons se mantém constante.
Em um sistema isolado, a carga elétrica total é constante.
Isso significa quê as cargas elétricas perdidas por um corpo ou átomo são transferidas para outro, quê ganhará a respectiva carga de mesmo valor.
ATIVIDADE RESOLVIDA
1. Para quê um corpo neutro fique eletrizado com −2,0 C de carga, quantos elétrons esse corpo deve receber?
Considere: e = 1,6 ⋅10−19 C.
Resolução
Como se trata de uma quantidade de elétrons, tem-se quê:
Qp = − ne ⇒ −2 = −n⋅⋅1,6 ⋅10−19 ⇒ n = 1,25 ⋅1019 elétrons
Página trezentos e quinze
ATIVIDADES
1. O quê você entende por carga elementar?
2. O quê significa dizêr quê um átomo está eletricamente neutro?
3. O quê você entende por condutores e isolantes? Exemplifique.
4. Segundo o princípio de atração e repulsão, como se comportam as cargas elétricas?
5. Convencionalmente, o elétron possui carga elétrica negativa e o próton possui carga elétrica positiva, em valores absolutos, iguais a 1,6 ⋅10−19 C. Imagine a situação em quê um corpo apresenta 5 ⋅1019 elétrons e 6 ⋅1019 prótons. Esse corpo está carregado positivamente ou negativamente? Com quê intensidade de carga elétrica?
6. Quantos elétrons devem sêr retirados de um corpo para quê ele fique eletrizado com a carga de 3 C?
1,875 ⋅ 1019 elétrons
7. Determine o sinal e a intensidade da carga elétrica em um corpo quê possui 5 ⋅1018 elétrons e 3 ⋅1018 prótons.
− 0,32 C
8. Considere uma esféra de cobre carregada, conectada a um fio metálico. Encosta-se o terminal livre do fio sucessivamente sobre uma esféra de vidro, uma de borracha e outra de alumínio. As esferas estão isoladas da Terra e todas têm as mesmas dimensões. O quê ocorre com as cargas recebidas pelas três esferas?
Processos de eletrização
Verificar a possibilidade de elaborar um eletroscópio como o propôsto na seção Oficina científica, demonstrando cada processo de eletrização durante os estudos.
A seguir são abordados três processos de eletrização de um corpo: atrito, contato e indução.
Eletrização por atrito
Durante o atrito entre os corpos, ocorre a transferência de elétrons de um corpo para o outro. Quando você esfrega uma flanela em um objeto de vidro, por exemplo, ocorre uma transferência de elétrons do vidro para a flanela. Considerando um sistema eletricamente isolado, os dois corpos ficam carregados com cargas de módulos iguais e sinais opostos.
Página trezentos e dezesseis
Na eletrização por atrito, o corpo quê cede elétrons fica eletrizado positivamente, e o corpo quê recebe elétrons fica eletrizado negativamente. Para identificar quem cede e quem recebe elétrons, investigações experimentais resultaram na organização de alguns materiais em uma ordem chamada série triboelétrica. O material quê vêm acima sempre cede elétrons ao material quê vêm abaixo.
A eletrização por atrito ocorre diariamente com os corpos quê estão em contato, como o corpo humano com as roupas, o pênte com os cabêlos, o avião se movendo pelo ar, entre outros. É por esse motivo quê cabêlos compridos ficam arrepiados quando são penteados. Neste caso, os elétrons são transferidos do cabelo para o pênte, e os cabêlos ficam com excésso de cargas positivas, repelindo-se devido ao princípio da repulsão de cargas iguais.
Fonte: ASSIS, André Kóki Torres. Os fundamentos experimentais e históricos da eletricidade. Montreal: Apeiron Montreal, 2018. v. 2, p. 16.
Eletrização por contato
Considere dois corpos condutores: um neutro e outro eletrizado. Quando colocados em contato, cargas elétricas irão fluir entre eles d fórma quê ambos ficam sempre eletrizados com cargas de mesmo sinal.
Se o corpo eletrizado estiver com excésso de cargas negativas, ao final, ambos ficam eletrizados negativamente. Se o corpo eletrizado estiver com excésso de cargas positivas, ao final, ambos ficam eletrizados positivamente.
Considerando um processo eletricamente isolado, a carga total inicial (QA + QB) é igual à carga total final (Q’A + Q’B). Caso os condutores sêjam idênticos, as cargas finais de ambos serão iguais.
Caso ambos os corpos estejam eletrizados, deve-se analisar o princípio da conservação de cargas elétricas para determinar a carga final de cada um dos corpos.
Página trezentos e dezessete
Eletrização por indução
Considere um corpo eletrizado negativamente, quê chamaremos de indutor, e outro corpo inicialmente neutro, quê chamaremos de induzido.
Ao serem aproximados, sem se tocarem, o indutor induz uma separação das cargas no induzido, quê segue neutro (Figura 1). Se, na presença do indutor carregado negativamente, o induzido for conectado a um terceiro corpo, como a térra (aterramento), os elétrons irão fluir do corpo induzido para a térra (Figura 2). Desfazendo-se o aterramento antes de afastar o indutor, tem-se o corpo quê estava inicialmente neutro agora eletrizado positivamente (Figura 3).
Quando um corpo indutor eletrizado positivamente é aproximado de um induzido neutro, também ocorre separação das cargas elétricas (Figura 4). Fazendo um aterramento no induzido, os elétrons irão fluir da térra para o corpo induzido (Figura 5). Desfazendo-se o aterramento antes de afastar o indutor, tem-se o corpo quê estava inicialmente neutro agora eletrizado negativamente (Figura 6).
Se possível, realizar esta demonstração em sala. Pode-se também desafiar os estudantes a atritar um canudo plástico em papel-toalha e tentar fazê-lo ficar grudado na parede.
Ao aproximarmos um corpo eletrizado de outro constituído de material isolante, não ocorre indução; caso eles se toquem, também não ocorre eletrização por contato. Entretanto, póde ocorrer uma reorganização das cargas elétricas do isolante. Quando isso ocorre, dizemos quê o corpo isolante está polarizado. Isso acontece, por exemplo, quando aproximamos um pênte eletrizado de pedacinhos de papel ou isopor. Cada molécula dêêsses papeizinhos se reorganiza, deixando-os polarizados. Neles, a parte mais próxima do pênte (indutor) apresenta excésso de carga de sinal ôpôsto ao do pênte, ocorrendo também a atração elétros-tática.
PENSE E RESPONDA
2 Quando atritamos um objeto não condutor, como um pênte de plástico, ele é capaz de atrair outros corpos, como pedaços de papel. Estes pedaços grudam no pênte. por quê isso ocorre?
Página trezentos e dezoito
ATIVIDADES
9. Basicamente, o quê significa eletrizar um objeto?
10. Ao atritarmos dois corpos I e II, percebemos quê as cargas adquiridas pelo corpo I se espalham superficialmente nele, enquanto as cargas adquiridas pelo corpo II se posicionam apenas na região em quê houve atrito com o corpo I.
a) Depois de eletrizados, os corpos I e II tendem a se atrair ou a se repelir? Justifique.
b) Comente sobre o material com quê foram feitos o corpo I e o corpo II.
11. Há quatro esferas condutoras idênticas, quê denominaremos A, B, C e D. Inicialmente, a esféra A tem carga elétrica QA = 18 μC, a esféra B tem carga elétrica QB = − 6 μC, e C e D estão nêutras. Determine as cargas das esferas quando:
a) as quatro esferas são colocadas em contato, simultaneamente.
QA = QB = QC = QD = 3 μC
b) A é colocada em contato com C; separadamente, B é colocada em contato com D; e, após esses contatos, C e D são colocadas em contato.
QA = 9 μC; QB = − 3 μC; QC = QD = 3 μC
OFICINA CIENTÍFICA
Eletroscópio
Nosso corpo sofre processos de eletrização diariamente, e é comum percebermos quê estamos eletrizados devido à ocorrência de pequenos choques elétros-táticos quando tocamos em corpos metálicos. Nesse experimento, você irá construir um equipamento capaz de detectar se um corpo está eletrizado. Para isso, organize-se em grupo de até quatro integrantes realizem o experimento e depois discutam as atividades.
Materiais
• copo descartável
• canudo dobrável
• canudo qualquer
• pequeno pedaço de papel de alumínio
• prego pequeno
• fio de pequena espessura (linha de costura por exemplo)
• papel-toalha
Procedimentos
Atenção ao furar o copo.
Faça o experimento somente na presença do professor.
• Com o auxílio do prego, façam um furo no fundo do copo e passem por ele a parte maior do canudo dobrável, para quê ele fique na vertical.
• Façam uma pequena bó-linha com o papel de alumínio e fixem-na em uma das extremidades do fio.
• Prendam a outra extremidade do fio na parte menor do canudo dobrável, deixando o aparato como indicado na ilustração a seguir.
• Atritem o outro canudo no papel-toalha algumas vezes.
• Aproximem esse canudo da bó-linha de alumínio e obissérvem o quê acontece.
• Agora, façam contato entre o canudo atritado e a bó-linha e obissérvem o quê acontece.
ATIVIDADES
1. Qual processo de eletrização foi realizado no canudo?
2. O quê foi observado quando o canudo atritado foi apenas aproximado da bó-linha de alumínio? Expliquem as causas do efeito observado.
3. O quê foi observado quando o canudo atritado tocou a bó-linha de alumínio? Expliquem as causas do efeito observado.
4. por quê a bó-linha deve sêr de material condutor?
Qual seria o efeito observado se a bó-linha fosse de papel?
Página trezentos e dezenove
Força elétrica – lei de Coulomb
No final do século XVIII, Coulomb estudou a fôrça de interação entre cargas elétricas. Ele concluiu quê a intensidade da fôrça é diretamente proporcional ao produto do módulo das cargas q1 e q2, e inversamente proporcional ao quadrado da distância d quê as separa. Matematicamente a lei de Coulomb póde sêr expressa da seguinte forma:
F = k
É importante lembrar quê fôrça é uma grandeza vetorial, portanto possui módulo, direção e sentido. Conforme a terceira lei de níltom, do princípio da ação e reação, as forças quê atuam sobre ambas as cargas são de mesmo módulo, mesma direção e de sentidos opostos. De acôr-do com os princípios da Eletrostática, a fôrça é de repulsão quando as cargas apresentam sinais iguais e de atração quando as cargas apresentam sinais diferentes.
Na lei de Coulomb, a constante de proporcionalidade k é chamada constante elétros-tática. O valor dessa constante depende do meio em quê as cargas estão imérsas. Para o vácuo, é comum se representar a constante por k0, e o valor adotado é: k0 = 9 ⋅109 Nm2/C2.
A intensidade da fôrça elétrica aumenta para valores de cargas maiores e diminui com o aumento da distância entre elas. Mantendo fixos os valores das cargas elétricas, a relação entre a intensidade da fôrça elétrica e a distância entre as cargas é uma hipérbole cúbica e está representada no gráfico.
ATIVIDADE RESOLVIDA
2. Duas cargas elétricas puntiformes, q1 = 4 μC e q2 = −6 μC, estão colocadas no vácuo a uma distância de 60 cm uma da outra. Qual é o módulo da fôrça de atração entre elas? Dado: k0 = 9 ⋅ 109 Nm2/C2; 1 μC = 10−6 C.
Resolução
Dados: d = 60 cm = 6,0 ⋅10−1 m; q1 = 4 μC = 4 ⋅10−6 C e q2 = −6 μC = −6 ⋅ 10−6 C.
F = k0
F = 9 ⋅ 109⋅ = 6 ⋅ 10−1N
Página trezentos e vinte
ATIVIDADES
12. Duas cargas elétricas puntiformes estão separadas por 3 cm de distância, sêndo q1 = 2 ⋅ 10−6 C e q2 = 6 ⋅10−6 C. Calcule a intensidade da fôrça quê a carga q1 aplica sobre a carga q2. (Considerando o sistema imérso no vácuo, k0 = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2.)
1,2 ⋅ 102N
13. Duas cargas, Q1 = 18 ⋅ 10 −6C e Q2 = −3,5 ⋅ 10−6 C, estão localizadas no vácuo. Determine a distância entre elas para quê a fôrça de atração tenha módulo igual a 1,50 N.
≃ 61,5 cm
14. Calcule a intensidade da fôrça elétros-tática quê atua sobre duas cargas elétricas, Q1 = 10−6 C e Q2 = 6 ⋅ 10−6 C, colocadas a uma distância de 70 cm no vácuo.
≃ 1,1 ⋅10−1 N
15. Determine o valor de duas cargas iguais, distanciadas 1 m no vácuo, quê se repelem com uma fôrça de 3,6 N.
2 ⋅10−5 C
16. Em um experimento de Eletrostática, três pequenas esféras, I, II e III, carregadas com cargas de mesmo módulo estão, cada uma delas, fixamente posicionadas nos vértices de um triângulo equilátero, e a esfera I possui carga positiva e as esferas II e III, carga negativa. Faça, no seu caderno, um esquema da direção e do sentido da aceleração quê atuará nessas esferas no instante em quê elas forem soltas das respectivas posições de equilíbrio.
17. Um pêndulo elétrico é repelido a 1 cm de distância de uma carga elétrica QA. Sabendo quê outra carga elétrica QB, de mesmo sinal, precisa estar a 2 cm de distância do pêndulo para provocar a mesma repulsão gerada pela carga QA, encontre a relação existente entre as cargas QA e QB.
QB = 4QA
18. As cargas Q1 = 9 μC e Q3 = 25 μC estão fixas nos pontos A e B. Sabe-se quê a carga Q2 = −2 μC está em equilíbrio na posição indicada sôbi a ação única das forças elétricas. Nessas condições, determine o valor de x.
3 cm
19. Duas cargas elétricas puntiformes, q = 2 μC e q2 = 8 μC, são fixadas nos pontos A e B, separados a uma distância de 3 m. Uma carga elétrica q3 = 4 μC é colocada em um ponto de segmento AB a uma distância de 1 m da carga q1. Considere somente a ação de forças elétricas. Determine, nessas condições:
a) a intensidade da fôrça quê q1 exerce sobre q2;
1,6 ⋅10−2 N
b) a intensidade da fôrça quê q1 exerce sobre q3;
7,2 ⋅ 10−2 N
c) a intensidade da fôrça quê q2 exerce sobre q3;
7,2 ⋅ 10−2 N
d) a intensidade da fôrça resultante sobre a carga q3.
0
20. Em uma mesa horizontal e lisa, há três cargas pontuais dispostas como ilustra a figura.
Determine a intensidade da fôrça elétrica resultante quê age em q3.
Dados: q1 = 12 μC, q2 = 16 μC, q3 = 1 μC, d1 = 3 cm e d2 = 4 cm.
R = 150 N
Página trezentos e vinte e um
TEMA 27
Campo elétrico e potencial elétrico
Respostas e comentários dêste Tema estão disponíveis nas Orientações para o professor.
Explicar quê o mesmo ocorre com a interação gravitacional. A fôrça gravitacional de atração entre um objeto e a Terra revela a existência de um campo gravitacional ao redor tanto do objeto quanto da Terra, quê estabelece a interação entre eles pela ação da fôrça.
Noções de campo elétrico
Um dos conceitos mais importantes da Física é o de campo, quê abordamos ao definir o conceito de fôrça. Ele se refere a uma região em quê ocorrem cértas interações, com determinadas regras, em um intervalo de tempo. Chamamos de campo elétrico o espaço ao redor de uma carga elétrica. A existência da carga elétrica garante a existência do campo, porém é comum dizêr quê uma carga elétrica, ou corpo eletrizado, “gera” um campo ao seu redor.
Nos estudos, iremos designar por Q uma carga elétrica fixa, quê gera o campo elétrico a sêr estudado, e por q, uma carga elétrica livre, ou carga de próva, quê irá detectar o campo elétrico externo gerado por Q. Porém, lembre-se sempre de quê ao redor da carga de próva q também existe campo elétrico.
Considere uma situação em quê existe uma carga positiva Q fixa em um ponto A do espaço e um campo elétrico ao seu redor. Uma carga de próva positiva q1foi posicionada em um ponto B dêste campo elétrico, agindo sobre ela uma fôrça elétrica de repulsão Para uma carga de próva negativa q2, a fôrça elétrica será de atração e, para uma carga de próva qualquer qn, a fôrça sobre ela será Devido à terceira lei de níltom, a carga Q também recebe a ação das forças, quê não foram representadas.
Em cada ponto ao redor da carga elétrica Q, é possível atribuir uma grandeza física vetorial denominada campo elétrico . A propriedade fundamental do campo elétrico é quê, para um mesmo ponto, a intensidade da fôrça elétrica é proporcional à carga de próva.
=... =
= constante
PENSE E RESPONDA
1 Um bastão de vidro foi eletrizado por atrito e aproximado de um filete de á gua, quê sofreu a deformação mostrada na fotografia.
É como se o filete de á gua tivesse detectado o corpo eletrizado. O quê existe ao redor do corpo eletrizado quê foi detectado pelo filete de á gua?
Página trezentos e vinte e dois
Denominamos essa razão o campo elétrico gerado pela carga Q e sentido pela carga q no ponto B.
ou ou
No SI, a unidade de medida de campo elétrico é nílton por coulomb (N/C).
A razão sêr constante em um ponto do espaço indica quê o campo elétrico é uma propriedade do espaço e independe da carga de próva q.
Considere um ponto do espaço com um campo elétrico horizontal e orientado para a direita, onde foi colocada uma carga de próva q.
• Se q < 0: o campo elétrico e a fôrça elétrica sobre a carga q têm sentidos opostos.
• Se q > 0: o campo elétrico e a fôrça elétrica sobre a carga q têm mesmo sentido.
Observe quê a direção do vetor campo elétrico em cérto ponto é a mesma da fôrça elétrica quê age em uma carga de próva ali colocada. Já o sentido da fôrça elétrica é o mesmo do campo elétrico, para uma carga de próva positiva, e é ôpôsto ao do campo elétrico, para uma carga de próva negativa.
ATIVIDADE RESOLVIDA
1. Uma carga de próva q = 6 μC é colocada em um ponto do espaço e recebe a ação de uma fôrça elétrica F = 0,3 N, horizontal para a direita. Determine as características do vetor campo elétrico neste ponto.
Resolução
E = ⇒ E = 5 ⋅104 N/C
Sendo q > 0, o campo elétrico tem orientação horizontal para a direita.
ATIVIDADES
1. Considere as situações representadas nos itens a seguir, sabendo quê ao redor da carga Q há um campo elétrico. Qual será a direção e o sentido da fôrça elétrica quê atua em uma carga q, colocada no ponto P, se ela for:
a) positiva?
b) negativa?
2. Em um ponto A, é colocada uma carga elétrica de próva q1 = 6,0 ⋅ 10−8 C, quê fica sujeita a uma fôrça de intensidade F1 = 8,4 N devido a um campo elétrico E. Colocando nesse ponto A uma carga elétrica positiva q2,ela fica sôbi a ação de uma fôrça elétrica F2 = 8,4 ⋅ 106 N.
Qual é a intensidade dessa carga elétrica q2?
6,0 ⋅10−2 C
3.Uma esféra com massa 160 g é eletrizada por uma carga q = 8 μC e está equilibrada conforme mostra a figura. Calcule a intensidade do campo elétrico E, para quê a esféra se mantenha na situação apresentada.
105 N/C
Página trezentos e vinte e três
Campo elétrico de uma carga elétrica puntiforme
Considere um ponto A no espaço onde é fixada uma carga puntiforme Q. Em um ponto B será colocada uma carga de próva q.
A seguir são feitas análises dos vetores campo elétrico e fôrça elétrica para quatro situações distintas, considerando os sinais dessas cargas elétricas.
• Q > 0 e q > 0: a fôrça elétrica é de repulsão e tem mesmo sentido do campo elétrico no local, pois q. 0 ( ).
• Q > 0 e q < 0: a fôrça elétrica é de atração e tem sentido ôpôsto ao campo elétrico no local, pois q <0
( ).
• Q < 0 e q >μ 0: a fôrça elétrica é de atração e tem mesmo sentido do campo elétrico no local, pois q. 0 ( ).
• Q < 0 e q < 0: a fôrça elétrica é de repulsão e tem sentido ôpôsto ao campo elétrico no local, pois q, 0 ( ).
O vetor campo elétrico de uma carga puntiforme Q em repouso em cérto ponto tem sempre direção radial (direção da reta quê passa pela carga e pelo ponto). Se Q > 0, o sentido é de afastamento da carga e, se Q < 0, o sentido é de aproximação da carga.
Pela lei de Coulomb, para a fôrça elétrica de módulo F entre uma carga fixa Q e uma carga de próva q, colocada em um ponto do campo elétrico de Q, a uma distância d, tem-se a seguinte análise:
Observe quê o módulo do campo elétrico E em cérto ponto depende da carga puntiforme Q, do meio onde a carga se encontra (de constante elétros-tática k) e da distância d entre a carga e o ponto. Esta relação não faz referência à carga de próva e à fôrça elétrica quê age sobre ela, mostrando novamente quê o campo elétrico é uma propriedade do espaço.
Perceba quê a intensidade do campo elétrico de uma carga elétrica em um ponto é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre a carga e o ponto. A curva quê representa esta proporção está representada em um gráfico de intensidade de campo elétrico por distância. Observe.
Página trezentos e vinte e quatro
Campo elétrico de várias cargas elétricas puntiformes
Caso, em um ponto do espaço, existam campos elétricos de duas ou mais cargas elétricas puntiformes, o vetor campo elétrico resultante é determinado por uma soma vetorial entre os vetores campo elétrico de cada carga elétrica.
Na imagem, tem-se como exemplo três cargas elétricas puntiformes Q1, Q2 e Q3 (figura à esquerda) e a análise do campo elétrico resultante em um ponto A (figura à direita).
ATIVIDADES
4. Uma carga pontual Q, negativa, gera no espaço um campo elétrico. Em um ponto P situado a 1,5 m dela, o campo tem intensidade E = 32,5 ⋅ 105 N/C. Determine o valor da carga Q.
8,125 ⋅ 10−4 C
5. Durante uma avaliação escolar, foi pedido aos estudantes quê determinassem a intensidade de um campo elétrico no ponto P, distante 4 cm da carga elétrica puntiforme, geradora dêêsse campo. A única informação fornecida a eles era quê essa mesma carga elétrica gerava no ponto B, distante 2 cm da carga, um campo elétrico de intensidade 8 ⋅ 105 N/C. Apenas essa informação é suficiente para resolver a questão? Em caso afirmativo, qual é o valor encontrado?
Sim, 2 ⋅ 105 N/C.
6. Determine a intensidade do campo elétrico resultante no ponto P, sabendo quê no ponto A existe uma carga elétrica puntiforme −6Q e no ponto B há uma carga elétrica +Q, também puntiforme, conforme mostra a figura.
EP = K
7. Determine as características do vetor campo elétrico resultante no ponto C. Considere quê as cargas elétricas encontram-se no vácuo (k0 = 9 ⋅109 Nm2/C2).
4,5 ⋅ 104 N/C, horizontal e para a direita.
Linhas de fôrça
As linhas de fôrça, ou linhas de campo, são linhas imaginárias orientadas, utilizadas para estudar regiões onde existem campos. Considerando várias linhas de fôrça, pode-se fazer uma representação do campo elétrico e a configuração dos vetores do campo na região.
Página trezentos e vinte e cinco
Ao lado direito estão representadas separadamente as linhas de fôrça para uma carga puntiforme positiva e outra negativa, respectivamente.
Para cargas elétricas puntiformes, as linhas de fôrça são radiais, “saindo” das cargas positivas, e “chegando” nas cargas negativas. Perceba quê em regiões próximas à carga, onde a intensidade do campo elétrico é maior, as linhas de fôrça estão mais próximas.
Quando se tem duas cargas puntiformes de mesmo módulo, próximas entre si, o vetor campo elétrico resultante em cada ponto determina o formato das linhas de fôrça, conforme as representações a seguir.
No caso de duas cargas elétricas puntiformes de módulos diferentes e sinais contrários, as linhas de fôrça “saem” e “chegam” em quantidades distintas.
Campo elétrico uniforme
Quando em um espaço o vetor campo elétrico tem sempre o mesmo módulo, direção e sentido, tem-se um campo elétrico uniforme. Nesse caso, as linhas de fôrça são paralelas e igualmente orientadas e espaçadas.
Um exemplo de campo elétrico uniforme é aquele formado entre duas placas metálicas paralelas e eletrizadas com cargas de mesmo módulo e sinais contrários.
ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM
• O vídeo a seguir apresenta uma visualização didática das linhas de fôrça formadas por linhas de cargas paralelas.
Eletricidade – linhas do campo elétrico: linhas de cargas paralelas (Ladif – UFRJ). Publicado pelo canal ladifufrj. Vídeo (1min). Disponível em: https://livro.pw/gumac. Acesso em: 11 out. 2024.
Página trezentos e vinte e seis
ATIVIDADE RESOLVIDA
2. Considere a figura a seguir.
Determine os sinais das cargas elétricas Q1 e Q2 e verifique se seus módulos são iguais ou diferentes.
Resolução
A carga Q1 é positiva, pois as linhas de fôrça “saem” dela, e a carga Q2 é negativa, pois as linhas de fôrça “chegam” nela. Os módulos das cargas são iguais, pois a quantidade de linhas quê “saem” e quê “chegam” é a mesma.
ATIVIDADES
8. Qual a relação entre intensidade de campo elétrico e concentração de linhas de fôrça?
9. Represente em seu caderno um desenho das linhas de fôrça do campo elétrico de duas cargas elétricas puntiformes de mesmo sinal. Com um lápis vermelho-escuro, marque a região onde a intensidade do campo é maior e, com lápis azul, a região onde ela é menos intensa.
10. Uma partícula de massa 2,0 ⋅ 10−6 kg e carga elétrica 6,0 ≅C penetra em uma região formada por duas placas planas, paralelas, cujo interior está preenchido por um campo elétrico uniforme de intensidade 4,0 ⋅106 N/C, como ilustra a figura. A distância entre as placas é igual a 24 cm.
Supondo desprezível a fôrça gravitacional sobre a partícula, determine:
a) a fôrça quê age sobre a partícula;
24 N
b) a aceleração sofrida pela partícula;
1,2 ⋅107 m/s2
c) a velocidade com quê a partícula atinge a placa negativa.
2,4 ⋅103 m/s
Noções de potencial elétrico
Considere uma carga elétrica puntiforme Q, fixa em certa região do espaço. Outra carga elétrica puntiforme q foi trazida de um ponto muito distante, livre de interações elétricas, e colocada a uma distância d da carga Q, sêndo necessária a realização de um trabalho para esta ação, d fórma quê o sistema formado pelas cargas elétrica Q e q adqüire energia potencial elétrica (Epe), dada por:
Epe =
Nesta consideração, adota-se a energia potencial elétrica zero quando o ponto se encontra a uma distância infinita da carga fixa adotada como referencial.
Página trezentos e vinte e sete
A intensidade da fôrça elétrica é diretamente proporcional ao valor da carga elétrica q. O trabalho da fôrça elétrica e a energia potencial elétrica Epe também são diretamente proporcionais ao valor de q em cada ponto do campo elétrico.
Para cada ponto do campo elétrico, é possível atribuir uma grandeza física escalar denominada potencial elétrico (V).
V =
O potencial elétrico em cérto ponto de um campo elétrico representa a energia potencial elétrica Epe por unidade de carga q. No SI, a unidade de medida de campo elétrico é Jáule por coulomb (J/C), denominado volt (V), em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta (1745-1827), pêlos seus trabalhos com Eletricidade e desenvolvimento da pilha elétrica.
De modo geral, o vetor campo elétrico é associado à fôrça elétrica, enquanto o potencial elétrico é associado à energia potencial elétrica.
Potencial elétrico de uma carga elétrica puntiforme
Considere um ponto P, em um campo elétrico de uma carga elétrica puntiforme fixa Q, a uma distância d da carga. Nesse ponto, é colocada uma carga elétrica de próva puntiforme q, como representa a imagem. Adotando a energia potencial elétrica nula para um ponto a uma distância infinita da carga fixa Q, tem-se a seguinte análise para a energia potencial elétrica do sistema formado pelas duas cargas:
Epe = ⇒ ⇒
V =
O potencial elétrico V, em cérto ponto de um campo elétrico, depende da carga puntiforme Q, do meio onde a carga se encontra (de constante elétros-tática k) e da distância d entre a carga e o ponto, ou seja, o potencial elétrico é uma propriedade do espaço.
Para uma carga fixa constante Q, o potencial elétrico em cérto ponto é inversamente proporcional à distância entre a carga e o ponto. A curva quê representa essa proporção é representada em um gráfico de potencial elétrico por distância, quê se diferencia pelo sinal da carga fixa Q.
Página trezentos e vinte e oito
Potencial elétrico de várias cargas elétricas puntiformes
Caso em um ponto do espaço existam potenciais elétricos de duas ou mais cargas elétricas puntiformes, o potencial elétrico total V é determinado por uma soma algébrica entre os potenciais elétricos de cada carga elétrica, considerando os sinais de cada carga.
Como exemplo, considere três cargas elétricas puntiformes no espaço, sêndo Q1 > 0, Q2< ,0 e Q3 >.0. O potencial elétrico total V em cérto ponto é determinado da seguinte forma:
V = V1 + V2 + V3
V =
ATIVIDADES
11. Três cargas puntiformes estão distribuídas nos vértices de um retângulo Q1 = − 8 μC, Q2 = +15 μC e Q3 = −9 μC. Calcule o potencial elétrico resultante no ponto A.
Dado: k = 9 ⋅109 Nm2/C2.
−1,8 ⋅ 106 V
12. Considere uma carga positiva q, fixa no ponto A, e uma carga 3q, fixa no ponto B, distante 1 m de A.
a) Se em um ponto M sobre o segmento AB os potenciais devidos às cargas são iguais, qual a distância AM?
0,25 m
b) Se uma terceira carga for colocada no ponto P sobre o segmento AB e permanecer em equilíbrio, qual a razão entre as distâncias AP e PB?
13. Embora as ideias de campo elétrico e potencial elétrico estejam relacionadas, elas representam conceitos diferentes. Como você define esses dois conceitos?
14. No SI, qual é a unidade de medida de potencial elétrico?
15. Seja uma carga Q = 1,2 ⋅ 10−8 C no vácuo, distando 40 cm de um ponto M e 50 cm de um ponto N. Determine os potenciais no ponto M e no ponto N. Dado: k = 9 ⋅ 109 Nm2/C2.
VM = 270 V e VN = 216 V
16. Na figura, determine o valor da carga elétrica Q1 para quê o potencial elétrico em P seja nulo.
Sendo:
−3,2 μC
Q2 =4 μC
Q3 = −12 μC
Q4 = 20 μC
Página trezentos e vinte e nove
Diferença de potencial elétrico
Considere dois pontos A e B do campo elétrico de uma carga elétrica puntiforme positiva e fixa Q, com os respectivos potenciais elétricos VA e VB.
Uma carga elétrica puntiforme livre q, também positiva, foi colocada no ponto A, quando o sistema formado pelas duas cargas adquiriu energia potencial elétrica . A carga q passa a se mover até o ponto B, devido à ação da fôrça elétrica de repulsão, quando a energia potencial elétrica do sistema passa a sêr , como ilustra a imagem a seguir.
Assim, existe uma diferença de potencial elétrico (ddp), designada por U, entre dois pontos de um campo elétrico, também medida em volt.
U = VA − VB =
Trabalho da fôrça elétrica
No exemplo anterior, a fôrça elétrica realizou um trabalho sobre a carga q para movê-la de A para B, transformando parte da energia potencial elétrica em energia cinética. êste trabalho póde sêr analisado da seguinte forma:
τAB τAB = qU
Esta análise mostra quê o trabalho da fôrça elétrica sobre uma carga livre q em um campo elétrico depende apenas dos potenciais elétricos iniciais e finais, e não da trajetória executada pela carga q, ou seja, a fôrça elétrica quê realiza trabalho é uma fôrça conservativa.
A análise é válida para quaisquer quê sêjam os sinais da carga elétrica fixa e de próva. O trabalho da fôrça elétrica é sempre positivo, ou seja, a energia potencial elétrica sempre diminui quando uma carga elétrica livre q se móve em um campo elétrico.
Diferença de potencial em campo elétrico uniforme
Para uma carga elétrica puntiforme livre q em um campo elétrico uniforme , a fôrça elétrica quê age sobre ela será constante e dada por: .
Página trezentos e trinta
Para um deslocamento d entre dois pontos A e B, o trabalho realizado pela fôrça elétrica será τAB= Fd. Assim: τAB = qEd.
A diferença de potencial elétrico U (ddp) entre A e B também póde sêr escrita como: τAB = qU. Dessa forma: qU = qEd ⇒ U = Ed.
Esta conclusão é válida apenas para cargas elétricas livres se movendo em campos elétricos uniformes.
Como consequência desta análise, tem-se quê a unidade de medida de campo elétrico póde sêr nílton por coulomb (N/C) e também volt por métro (V/m).
Superfícies equipotenciais
Chamamos de superfícíe equipotencial uma superfícíe cujos pontos apresentam o mesmo potencial elétrico.
Ao realizar a análise do trabalho da fôrça elétrica, verifica-se quê ele não depende da trajetória executada pela carga q, ou seja, seu valor é o mesmo se a carga se mover do ponto A até B, C ou D. Assim, estes três pontos estão em uma mesma superfícíe equipotencial.
Uma superfícíe equipotencial é sempre perpendicular à linha de fôrça de um campo elétrico, como representado nas imagens.
Caso uma carga elétrica livre se mova ao longo de uma mesma superfícíe equipotencial, tem-se quê U = 0; logo, o trabalho da fôrça elétrica será nulo.
ATIVIDADE RESOLVIDA
3. Considere uma carga elétrica puntiforme fixa Q = 6 μC, no vácuo, e uma carga elétrica livre q = 4 nC, em um ponto A, a 3 cm de Q. Devido à fôrça elétrica, a carga q se móve até um ponto B, a 9 cm de Q. Qual o trabalho realizado pela fôrça elétrica? Considere: k0 = 9 ⋅109 Nm2/C2.
Resolução
VA = k = 9 ⋅109 ⋅
VB = k VB = 6 ⋅ 105 V
Comentar com os estudantes quê o trabalho da fôrça elétrica de 4,8? 10_3 J refere-se ao valor da energia potencial elétrica quê foi transformada em energia cinética.
τAB = qU = 4 ⋅109 ⋅ (18 ⋅105 − 6 ⋅105) ⇒ τAB = 4,8 − 10−3J
Página trezentos e trinta e um
ATIVIDADES
17. A expressão “superfícies equipotenciais” é adotada no caso de superfícies cujos pontos apresentam o mesmo potencial elétros-tático. Sobre as superfícies equipotenciais, analise as afirmações a seguir.
I. No campo elétrico uniforme, as superfícies equipotenciais são paralelas entre si.
II. As linhas de fôrça são perpendiculares às superfícies equipotenciais em cada ponto do campo elétrico.
III. Entre os pontos da mesma superfícíe equipotencial, o trabalho realizado pela fôrça elétrica no deslocamento de uma carga puntiforme é nulo.
IV. Entre os pontos de superfícies equipotenciais diferentes, o trabalho realizado pela fôrça elétrica no deslocamento de uma carga puntiforme não é nulo.
18. As superfícies equipotenciais e algumas linhas de fôrça de um campo elétros-tático uniforme estão representadas na figura seguinte.
Considere uma partícula com carga q = 3,0 mC e determine o trabalho da fôrça elétrica quê age nessa partícula para deslocá-la de A até C.
240 ⋅ 10−6 J = 240 μJ
19. Determine a diferença de potencial elétrico entre os pontos A e B localizados em determinado campo elétrico, sabendo quê, ao abandonar no ponto A dêêsse campo uma partícula eletrizada positivamente com carga elétrica de 2,0 μC, ela fica sujeita a uma fôrça elétros-tática quê a desloca até o ponto B, realizando um trabalho de 8,0 mJ.
4 kV
20. Na representação a seguir, temos duas superfícies equipotenciais, separadas por uma distância de 4,0 m, cujos potenciais valem V1 = 280 V e V2 = 120 V. Uma partícula de massa m = 1,0 ⋅10−4 kg e carga positiva igual a 3,0 μC é posicionada no ponto A.
Determine:
a) a intensidade E do campo elétrico na região AB;
40 V/m
b) a fôrça F quê age sobre a partícula;
1,2 ⋅10−4 N
c) a aceleração quê a partícula adqüire;
1,2 m/s2
d) a velocidade da partícula no ponto B;
≃ 3,1 m/s
e) o tempo necessário para quê a partícula percorra o trecho AB;
≃ 2,58 s
f) o trabalho realizado pela partícula no trajeto AB.
4,8 ⋅ 10−4 J
Página trezentos e trinta e dois
SAIBA +
Blindagem elétros-tática e para-raios
Quando um corpo feito de material condutor está eletrizado, as cargas elétricas em excésso têm facilidade em se mover por ele e rapidamente se distribuem o mais distante umas das outras. Esta distância mássima corresponde à superfícíe do corpo condutor, quando não há mais fluxo de partículas elétricas pelo corpo, configuração chamada equilíbrio elétros-tático.
O campo elétrico no interior de um condutor em equilíbrio elétros-tático é nulo. A partir da superfícíe, os vetores campo elétrico são perpendiculares à superfícíe. Como o trabalho sobre as cargas elétricas é nulo, quaisquer pontos internos ao condutor terão o mesmo potencial elétrico.
Se o corpo possui regiões pontiagudas, a concentração de cargas nesta região será maior, e o campo elétrico ao redor desta região será mais intenso, propriedade conhecida como pôdêr das pontas. Esta propriedade explica o funcionamento dos para-raios, hás-te pontiaguda instalada no alto de edifícios e com um fio conectado ao solo (aterramento). Nuvens eletrizadas causam uma indução elétrica na superfícíe da Terra, e o acúmulo de cargas é mais intenso nas extremidades, então a função dos para-raios é de atrair as descargas elétricas, evitando quê ocorram em outros locais.
O equilíbrio elétros-tático também possibilita a blindagem elétros-tática, quê é quando um corpo se mantém protegido no interior de um corpo condutor eletricamente carregado. Isso ocorre em um veículo quê foi atingido por uma descarga elétrica atmosférica, quando o interior do carro se mantém protegido.
ATIVIDADES
1. Em dias com muita ocorrência de descargas elétricas na atmosféra, quais são as recomendações acerca de ficar próximo de árvores, placas ou outros corpos com extremidades? Utilize os conceitos estudados ao longo dêste Tema para argumentar sua resposta.
2. Qual é a importânssia de se utilizar um equipamento como o para-raios em construções?
3. Caso um veículo onde você esteja seja atingido por uma descarga elétrica, é recomendável descer dele? Justifique sua resposta.
Página trezentos e trinta e três
TEMA 28
Circuitos elétricos
Respostas e comentários dêste Tema estão disponíveis nas Orientações para o professor.
Corrente elétrica
Uma carga elétrica livre q em um campo elétrico recebe ação da fôrça elétrica. O trabalho realizado pela fôrça elétrica está relacionado à transformação de energia potencial elétrica em energia cinética, fazendo a carga q se mover.
O trabalho da fôrça elétrica sobre uma carga elétrica depende da diferença de potencial, como afirma a relação τ = qU.
Em um material condutor eletricamente neutro, existem elétrons livres em movimentos aleatórios e desordenados. Se pontos diferentes A e B dêste material forem submetidos a uma diferença de potencial UAB, um campo elétrico se estabelecerá entre estes pontos, e a fôrça elétrica agirá sobre as cargas, realizando trabalho. As cargas elétricas passam a se mover executando um deslocamento resultante em cérto sentido do condutor. êste fluxo líquido de cargas elétricas é chamado corrente elétrica.
No circuito elétrico representado a seguir, por exemplo, a pilha é o dispositivo quê gera uma ddp, para quê uma corrente elétrica seja formada no fio elétrico e acenda a lâmpada.
PENSE E RESPONDA
1 Como a eletricidade faz um chuveiro elétrico aquecer a á gua?
Página trezentos e trinta e quatro
Sentido da corrente elétrica
Nos estudos da corrente elétrica, o deslocamento real das cargas elétricas negativas define o sentido real da corrente elétrica. Contudo, historicamente se adotou o sentido da corrente elétrica pelo sentido do vetor campo elétrico, sêndo chamado sentido convencional da corrente elétrica.
Representação de corrente elétrica quê percórre um fio condutor, com indicações do sentido do movimento das cargas elétricas negativas e do sentido convencional adotado para a corrente elétrica (imagem sem escala; cores fantasia).
efeitos da corrente elétrica
Uma corrente elétrica póde produzir alguns efeitos quando se estabelece em um condutor elétrico. Destacamos a seguir três efeitos.
• Efeito térmico ou efeito Joule: a tempera-túra de um condutor elétrico aumenta quando ele é percorrido por uma corrente elétrica devido às colisões entre as partículas em movimento. Esse fenômeno é utilizado em ferros elétricos, chuveiros elétricos, entre outros aparelhos cujo objetivo é gerar aquecimento.
• Efeito magnético: um fio percorrido por corrente elétrica adqüire propriedades magnéticas, equivalentes a um íman. Devido a êste efeito, é possível produzir um eletroímã.
• Efeito fisiológico: os organismos vivos são sensíveis à passagem de corrente elétrica, quê causa efeitos sobre nervos e músculos, como contrações e distensões. êste efeito, quê póde causar desde leves desconfortos até a morte, é utilizado em eletroterapias e no desfibrilador.
Intensidade da corrente elétrica
A intensidade de uma corrente elétrica i é definida pela quantidade de carga elétrica quê passa pela seção transversal de um fio condutor por unidade de tempo.
i =
A quantidade de carga é dada por DQ = ne, em quê n é a quantidade de elétrons e a carga elétrica elementar está indicada por e (e = 1,6 ⋅10−19 C).
No SI, a intensidade da corrente elétrica é medida em coulomb por segundo (C/s), denominada ampere (A), em homenagem ao físico francês André-Marie Ampère (1775-1836), quê foi pioneiro no estabelecimento e no estudo das correntes elétricas.
Página trezentos e trinta e cinco
Corrente elétrica contínua ou alternada
Quando o movimento dos portadores de carga elétrica ocorre sempre no mesmo sentido, tem-se uma corrente contínua, da sigla CC. Pilhas e baterias são exemplos de fontes de energia elétrica quê geram corrente contínua.
Quando o sentido e a intensidade da corrente elétrica varíam periodicamente, tem-se uma corrente alternada. Geradores de usinas elétricas são fontes de energia elétrica quê geram corrente alternada.
SAIBA +
Desfibrilador
O nosso corpo é condutor de corrente elétrica, e a resistência à passagem dessa corrente varia de pessoa para pessoa e do percurso realizado pela corrente ao atravessar o corpo.
O músculo cardíaco é sensível à corrente elétrica e, dependendo da sua intensidade, ele póde até paralisar. Correntes elétricas da ordem de 100 mA produzem fibrilação ventricular, quê são contrações rápidas e desordenadas quê podem levar à morte. Porém, se a corrente for rapidamente interrompida, haverá a possibilidade de o coração retomar seu ritmo.
Esse conhecimento levou os médicos a usar um aparelho, denominado desfibrilador, quê provoca um choque controlado em pacientes com doenças cardíacas ou quê apresentam algum tipo de alteração no ritmo do batimento do coração. A ideia básica é causar, por um instante, a parada do músculo cardíaco para fazê-lo voltar a funcionar normalmente, com o ritmo corrigido.
ATIVIDADES
1. Junto a um colega, conversem sobre os caminhos quê levaram à criação do desfibrilador, considerando as pesquisas científicas, o trabalho humano de um cientista, os objetivos buscados, entre outros. Anotem o quê for conversado.
2. Pesquise sobre os avanços científicos da Física, ou da Biologia e da Química, quê visam melhorar e prolongar a saúde humana, em especial, as doenças ligadas ao sistema circulatório. Após coletar, organize e registre as informações obtidas para discutir com seus côlégas esse assunto.
Página trezentos e trinta e seis
ATIVIDADE RESOLVIDA
1. Um condutor metálico é percorrido por uma corrente elétrica contínua e constante de 10 A. Determine a carga elétrica e o número de elétrons quê atravessa a seção transversal do fio condutor em 20 s.
Resolução
A intensidade de corrente elétrica é expressa por: i = ⇒ 10 = ⇒ (delta)"Q = 200 C
Como (delta)"Q = ne, então: 200 = n ⋅1,6 ⋅10−19 ⇒ n = = 125 ⋅1019 ⇒ n = 1,25 ⋅ 1021 elétrons
ATIVIDADES
1. (FGV-SP) Uma seção transversal de um condutor é atravessada por um fluxo contínuo de carga 6 C por minuto, o quê equivale a uma corrente elétrica em amperes de:
a) 60
b) 6
c) 1
d) 0,1
e) 0,6
Resposta: d
2. Determine, em ampere, a corrente elétrica média quê percórre um condutor elétrico, no qual, durante 10 s, passam 1,0 ⋅ 1020 elétrons por sua seção transversal.
Considere o módulo da carga elétrica do elétron como 1,6 ⋅ 10−19 C.
1,6 A
3. Por um condutor, passa uma corrente de 1 mA. Determine o intervalo de tempo necessário para quê 1010 elétrons passem por uma seção transversal dêêsse condutor.
Dado: e = 1,6 ⋅10−19 C.
1,6 ⋅ 10−6 s
4. A intensidade da corrente elétrica em um condutor é dada pelo gráfico a seguir. Determine a carga elétrica quê atravessa a seção dêêsse condutor para um intervalo entre 0 e 30 s.
6 ⋅ 10−2 C
5. Calcule a intensidade de corrente elétrica em um condutor metálico, em quê uma carga de 67,5 C atravessa a seção transversal em 5 s.
13,5 A
6. Sabendo quê a carga elétrica do elétron é 1,6 ⋅ 10−19 C, determine a quantidade de elétrons quê passa pela seção transversal de um condutor elétrico em 2 min. Considere quê esse condutor tem seção constante e é percorrido por uma corrente elétrica de 6,0 A.
4,5 · 1021 elétrons
7. Um fio condutor de prata é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade constante e igual a 500 mA no decorrer de 1 minuto.
a) Qual é a quantidade de carga elétrica quê atravessa uma seção reta dêêsse fio durante o intervalo de tempo?
30 C
b) Esboce, em seu caderno, o gráfico da intensidade de corrente (i) em função do tempo (t).
c) intêrpréte o significado físico da área sôbi esse gráfico.
A área é numericamente igual à quantidade de carga.
Elementos básicos de um circuito elétrico
Chamamos de circuito elétrico o conjunto formado por componentes elétricos conectados a uma fonte de energia elétrica por fios condutores, onde se estabelece uma corrente elétrica.
O gerador elétrico é a fonte de energia elétrica do circuito, onde ocorre a transformação de alguma forma de energia em energia elétrica. Um gerador possui dois polos entre os quais existe uma diferença de potencial U, também chamada de tensão elétrica, medida em volt (V). Em um circuito elétrico, um gerador é representado por dois traços paralelos de comprimentos diferentes.
Página trezentos e trinta e sete
O resistor é um dispositivo com função de contrôle da corrente elétrica, oferecendo uma resistência elétrica R à passagem dos portadores de carga elétrica.
Entre os diversos tipos de resistor, existem os resistores de carvão, quê são compostos de um bastão de grafite revestido de uma camada isolante de cerâmica, e os resistores de fio, formados de um fio metálico enrolado sobre um suporte cilíndrico isolante.
Na imagem do circuito elétrico, é possível verificar a representação comumente utilizada para um resistor elétrico, juntamente com um gerador elétrico e fios condutores elétricos.
Basicamente, todo material condutor, como fios e equipamentos elétricos, oferece resistência à passagem da corrente elétrica, fato quê póde sêr observado pelo efeito Joule quê ocorre em equipamentos elétricos quando ligados.
Resistência elétrica e lei de Ohm
O cientista alemão Giórgi Simon Ohm (1787-1854), por meio de vários experimentos, determinou uma relação de dependência entre a corrente elétrica quê percórre um condutor e a tensão elétrica, ou diferença de potencial, à qual é submetido.
Para resistências elétricas constantes, a diferença de potencial U e a intensidade de corrente i são diretamente proporcionais, quando se tem um resistor ôhmico.
U = Ri
ou
R =
No SI, sua unidade de medida é o volt por ampere (V/A), denominada ohm ((ômega)").
A essência da lei de Ohm está no fato de a resistência elétrica R não depender da tensão elétrica e da corrente elétrica, ou seja, um gráfico da diferença de potencial U em função da corrente elétrica i é linear.
=... = R
Caso o resistor tenha resistência variável, é chamado resistor não ôhmico. A resistência elétrica póde sêr calculada pela razão U por i, porém não se obtém sempre o mesmo valor, ou seja, o gráfico (U x i) será uma curva. A maior parte dos resistores tem resistência quê aumenta com o aumento da tempera-túra.
Página trezentos e trinta e oito
Resistência elétrica e resistividade elétrica
Em resistores de fio, ou qualquer outro condutor, a natureza do material quê o constitui e as dimensões do resistor, como comprimento e área de sua seção transversal, influenciam na resistência elétrica. Aqui estamos considerando apenas características geométricas, sem considerar outros fatores, como a tempera-túra, quê também influencía na resistência elétrica.
Uma relação matemática para a resistência elétrica R, quê considera suas características geométricas, póde sêr expressa por:
R =
Na relação apresentada, l é o comprimento do resistor, S é a área de seção transversal, e T é a resistividade elétrica do material.
A resistividade elétrica é uma propriedade de cada material relacionada à sua capacidade de conduzir corrente elétrica. No SI, sua unidade de medida é ohm-metro ((ômega)" m). Quanto maior o valor desta constante, maior a resistência elétrica do material, valor êste quê também depende da tempera-túra. Os dados indicam valores para alguns materiais.
Chuveiros elétricos são um exemplo de equipamentos quê utilizam resistor de fio no compartimento onde passa á gua. Para obtêr á gua kemte, a corrente elétrica percórre apenas parte do resistor, pois quanto menor o comprimento, menor a resistência e, assim, maior a corrente elétrica estabelecida. Para obtêr á gua morna, a corrente elétrica percórre todo o resistor.
PENSE E RESPONDA
2 por quê a maioria dos fios condutores utilizados são feitos de cobre?
Resistividade elétrica (20 °C)
Material |
ρ ((ômega)" ⋅ m) |
---|---|
prata |
1,6 ⋅ 10−8 |
cobre |
1,7 ⋅ 10−8 |
alumínio |
2,8 ⋅ 10−8 |
platina |
11 ⋅ 10−8 |
ferro |
10 ⋅ 10−8 |
constantan (60% Cu, 40% Ni) |
5,0 ⋅ 10−1 |
chumbo |
22 ⋅ 10−8 |
mercúrio |
96 ⋅ 10−8 |
nicromo (80% Ni, 20% Cr) |
1,1 ⋅ 10−6 |
carvão |
1.537 ⋅ 10−8 |
Fonte: GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física 3: eletromagnetismo. 3. ed. São Paulo: Edusp, 1998, p. 69.
ATIVIDADE RESOLVIDA
2. Um condutor de cobre possui 4,0 m de comprimento e 8,0 mm2 de área de seção transversal. Sendo a resistividade do cobre PCu = 1,7 ⋅ 10−8 (ômega)" m, determine:
a) a resistência do condutor;
b) a ddp nos terminais do fio condutor, quando é percorrido pela corrente elétrica i = 20 A.
Resolução
a) Dados: (éli)" = 4,0 m; S = 8,0 mm2 = 8,0 ⋅ 10−6 m2
Como R = temos: R = 1,7 ⋅ 10−8 ⋅ = 0,85 ⋅10−2 ⇒ R = 8,5 ⋅ 10−3 (ômega)"
b) Como U = Ri, temos: U = 8,5 ⋅10−3 ⋅20 ⇒ U = 1,7 ⋅10−1 V
Página trezentos e trinta e nove
ATIVIDADES
8. As afirmações seguintes se reférem à resistência elétrica de um condutor. Verifique se estão corretas.
I. A resistência elétrica de um condutor não depende da sua seção transversal.
II. A alteração da diferença de potencial a quê está submetido um condutor ôhmico não interfere no valor da resistência elétrica do condutor.
III. Quando a resistência elétrica de um condutor se comporta de acôr-do com a lei de Ohm, o condutor é denominado ôhmico.
IV. A resistência elétrica de um condutor é diretamente proporcional ao seu comprimento.
As afirmações II, III e IV são corretas.
9. Nos terminais de um fio de comprimento 22 m e área de seção transversal 2 mm2 é aplicada uma tensão de 220 V. Sabendo quê o fio é percorrido por uma corrente de intensidade 20 A, determine:
a) a resistência do fio;
11 (ômega)"
b) a resistividade do material de quê é feito o fio.
1 · 10−6 (ômega)"m
10. Um resistor ôhmico, quando submetido a uma ddp U = 60 V, é atravessado por uma corrente elétrica de 2 A. Determine a resistência elétrica do resistor.
30 (ômega)"
11. Um resistor ôhmico teve seus terminais submetidos a determinada diferença de potencial e sua curva característica está representada na figura.
Utilize os dados fornecidos pela figura e determine: R; U’’ e i’.
R = 2,0 (ômega)"
U’’ = 15 V
i’ = 2,5 A
12. A fiação elétrica deve sêr bem dimensionada e embutida em eletrodutos (conduítes). Além díssu, as instalações elétricas não devem ter fios desencapados ou estragados e tomadas sem espelhos (acabamento externo onde é possível acionar o interruptor ou conectar um equipamento à rê-de elétrica). Essas providências evitam as ameaças de choques, principalmente às crianças da casa. Preocupado com as medidas de segurança, um eletricista verificou quê uma parte da instalação elétrica de uma obra foi feita com um fio de comprimento (éli)", resistividade ρ, raio da seção reta r e resistência R. Resolveu trocá-lo e comprou outro fio cujo raio da seção reta é , o comprimento é 2(éli)" e a resistividade é 2ρ. Determine a resistência do novo fio.
16 R
13. Dispõe-se de um fio de cobre e outro de níquel-crômio, ambos de seção normal de 1,5 mm2 de área. Qual deve sêr o comprimento de cada fio para se obtêr uma resistência elétrica de 8 ohms? Dados: resistividade do cobre = 1,7 ⋅ 10−8 (ômega)" ⋅m; resistividade do níquel-crômio = 1,1 ⋅ 10−6 (ômega)" ⋅ m.
(éli)"cobre ≅ 706 m; (éli)"níquel-crômio ≅ 11 m
14. O valor de resistência elétrica de um condutor ôhmico não varia se mudamos somente:
a) o material de quê ele é feito.
b) seu comprimento.
c) a diferença de potencial a quê é submetido.
d) a área de sua seção reta.
e) a sua resistividade.
Resposta: c
15. No gráfico a seguir, está representada a variação da diferença de potencial, nas extremidades de um fio, em função da intensidade de corrente elétrica.
Esse fio foi utilizado na construção de um aparelho elétrico, de tal forma quê seu comprimento é igual a l e o raio da seção transversal é igual a 1,0 mm. Durante a manutenção do aparelho, o técnico rêzouvêo trocar esse fio por outro. O novo fio é feito com material idêntico ao anterior, de mesmo comprimento e tem raio de seção transversal duas vezes maior do quê o anterior. Determine, em ohms, a resistência elétrica do novo fio.
27,5 (ômega)"
Página trezentos e quarenta
Associação de resistores
A instalação elétrica de uma residência permite ligar vários aparelhos ao mesmo tempo: liquidificador, geladeira, lâmpadas, televisão, chuveiro e outros. Quando diversos dispositivos estão ligados em um circuito, temos uma associação de resistores ou de aparelhos resistivos. As associações básicas são em série ou em paralelo.
Chamamos de resistor equivalente um resistor hipotético capaz de substituir os resistores da associação, pois ele suporta a mesma diferença de potencial U quê a associação e é percorrido pela mesma corrente i.
Associação em série
Resistores associados em série são ligados um depois do outro, de modo quê todos são percorridos pela mesma intensidade de corrente elétrica.
Pela lei de Ohm, a tensão elétrica em função da corrente em cada trecho do circuito ou resistor é: UAB = R1 i; UC = R2 i; Ucê dê = R3 i.
Note quê, com uma intensidade de corrente elétrica constante, o resistor com maior resistência está sujeito a um maior valor de diferença de potencial. Além díssu, a tensão elétrica entre os terminais extremos do circuito é igual à soma da tensão entre pontos intermediários. Dessa forma:
U = UAB + UBC + Ucê dê
Nessa associação, podemos substituir suas resistências por uma equivalente, quê é igual à soma das resistências dos resistores da associação.
Req i = R1 i + R2 i + R3 i ⇒
Req = R1 + R2 + R3
Esta associação é utilizada quando se deseja ligar um dispositivo quê necessita de uma tensão menor em uma fonte com tensão maior, como é o caso das lâmpadas utilizadas em enfeites. Geralmente, várias lâmpadas de baixa tensão elétrica são associadas em série em um mesmo fio, e, quando ligadas na rê-de elétrica (127 V ou 220 V, por exemplo), a tensão fornecida se divide, e elas funcionam corretamente. Se uma lâmpada queimar, todas as outras associadas em série apagam.
Página trezentos e quarenta e um
Associação em paralelo
Resistores são associados em paralelo quando eles são ligados a terminais submetidos a uma mesma diferença de potencial. Assim, a corrente elétrica total i subdivide-se entre os resistores associados nas correntes i1, i2 e i3, sêndo igual à soma delas.
i = i1 + i2 + i3
pôdêmos substituir os resistores em paralelo por apenas um resistor com uma resistência equivalente, d fórma quê o inverso dessa resistência equivalente Req é igual à soma dos inversos das resistências da associação.
,portanto:
Na associação em paralelo, há dois casos particulares. Para uma associação de n resistores com resistências iguais, Req = , e, para dois resistores quaisquer associados em paralelo, Req =.
Esta é a associação utilizada em residências e sempre quê se deseja quê todos os dispositivos ligados recebam a mesma tensão elétrica. Com essa associação, as ligações dos dispositivos são independentes, ou seja, pode-se ligar e desligar uma lâmpada ou tomada sem interferir no funcionamento de outra.
Medidores elétricos
A intensidade da corrente elétrica é medida por um amperímetro. Para medir a intensidade da corrente em um condutor, o amperímetro é ligado em série, pois a corrente quê passa por ambos é a mesma. Além díssu, a resistência interna dêêsse aparelho deve sêr baixa para não interferir significativamente no circuito elétrico, sêndo considerado ideal aquele cuja resistência é nula.
O aparelho quê méde a diferença de potencial entre dois pontos de um circuito elétrico é chamado de voltímetro, quê deve sêr ligado em paralelo ao dispositivo quê se deseja medir. Um voltímetro de qualidade tem resistência elétrica muito alta. Considera-se ideal aquele quê possui resistência elétrica infinita.
Página trezentos e quarenta e dois
ATIVIDADE RESOLVIDA
3. Determine a resistência equivalente entre os extremos A e B nos seguintes circuitos:
a)
b)
Resolução
a) Para três resistores em série:
Req = R1 + R2 + R3 ⇒ Req = 5 + 6 + 4 ⇒ Req = 15 (ômega)"
b) Para três resistores em paralelo:
⇒ ⇒ ⇒ Req ⇒ Req ≃ 1,62 (ômega)"
ATIVIDADES
16. Calcule o valor da resistência equivalente, em cada circuito representado:
a)
6 (ômega)"
b)
3 (ômega)"
17. Dispõe-se de dois resistores, um de 2 O e outro de 3 O. Determine a corrente elétrica total quê percórre o circuito se for aplicada uma diferença de potencial de 12 V a esses resistores quando eles estiverem ligados em:
a) série;
2,4 A
b) paralelo.
10 A
18. Um estudante dispõe de quatro resistores
R1 = 5 (ômega)"; R2 = 10 (ômega)"; R3 = 15 (ômega)"; e R4 = 20 (ômega)".
Resolveu ligá-los em paralelo e, posteriormente, submeteu as extremidades dessa associação de resistores a uma diferença de potencial de 12 V. Determine a corrente elétrica total quê percórre o circuito elétrico.
5,0 A
19. Observe o circuito a seguir. Determine o valor de R2.
12 (ômega)"
20. Quando precisamos medir a intensidade de corrente quê atravessa um condutor, utilizamos um amperímetro, ligado em série com ele. As afirmações seguintes se reférem à resistência interna do amperímetro. Avalie se elas estão corretas.
a) A resistência interna do amperímetro deverá sêr pequena para não alterar significativamente a corrente elétrica do circuito.
b) A resistência interna do amperímetro deverá sêr maior do quê a menor resistência existente no circuito.
c) A maior das resistências do circuito deverá sêr igual à resistência interna do amperímetro.
d) Quanto maior a resistência interna do amperímetro, mais ele se aproxima do ideal.
Resposta: a
Página trezentos e quarenta e três
21. A figura representa o esquema de um circuito elétrico montado com dois medidores ideais. Verifique as informações dadas e determine as leituras obtidas nesses dois medidores.
i = 2 A; U = 20 V
22. No esquema a seguir, voltímetro e amperímetro são ideais. A leitura de V1 é 5 V. Determine as leituras de A e V2.
0,5 A; 30 V
23. Qual é a voltagem da fonte, sabendo quê a leitura do voltímetro é igual a 36 V?
126 V
SAIBA +
Dispositivos de segurança
O consumo de energia elétrica exigiu quê fossem desenvolvidos dispositivos de segurança, evitando assim acidentes elétricos.
Um dispositivo é o fusível, geralmente associado em série em um circuito elétrico. Quando a corrente elétrica excede os limites seguros permitidos, o filamento condutor do fusível se funde, interrompendo a passagem da corrente elétrica.
Instalações elétricas de uma residência ou construção são equipadas com disjuntores, com funcionamento equivalente ao fusível. Neles, chaves magnéticas desligam quando a corrente elétrica excede os limites seguros. Eliminada a causa quê motiva o seu desligamento, basta acioná-los novamente para quê a corrente elétrica volte a percorrer o circuito.
ATIVIDADES
1. Em uma residência, o abastecimento da rê-de elétrica de 127 V chega por fios elétricos até um disjuntor, e dele se distribuem fios elétricos para as lâmpadas e tomadas. Em cérto dia, vários equipamentos elétricos e lâmpadas estavam ligados simultaneamente, quando então o disjuntor desligou. Explique por quê isso ocorreu.
2. Quais os riscos de se utilizar itens como benjamins (popularmente conhecidos como"T") e filtros de linha?
Página trezentos e quarenta e quatro
Potência elétrica
Aparelhos elétricos trazem sempre etiquetas com suas características, entre as quais está a potência elétrica. Na etiqueta apresentada na fotografia, de uma sanduicheira, tem-se a informação de quê ela deve sêr ligada a uma tensão elétrica de 110 V e funciona com uma potência de 700 W.
Potência é definida por um trabalho realizado em um intervalo de tempo, sêndo trabalho relacionado a uma transformação de energia. Assim, se a sanduicheira tem potência de 700 W, significa quê ela transforma 700 joules de energia elétrica em energia térmica por segundo.
Nesse caso, a potência elétrica é a razão entre o trabalho realizado pela fôrça elétrica e o intervalo de tempo.
P =
O trabalho realizado pela fôrça elétrica sobre uma carga é dado pelo produto da diferença de potencial U pela quantidade de carga elétrica (delta)"q: τ = (delta)"qU.
Um conjunto (delta)"q de cargas elétrica se movendo em um intervalo de tempo determina uma corrente elétrica: (delta)"q = i(delta)"t.
Para a potência elétrica, podemos então escrever:
P = ⇒ P = iU
Esta relação permite relacionar a tensão e a corrente elétrica em qualquer aparelho para determinar sua potência elétrica.
Apenas para resistores e dispositivos quê causam dissipação de energia por efeito Joule, a potência elétrica póde sêr escrita de outras duas maneiras. Utilizando a expressão U = Ri, temos, substituindo na expressão da potência:
P = Ui = Ri ⋅ i ⇒ P = i2 R ou P = Ui = U ⋅ ⇒ P =
O trabalho da fôrça elétrica consiste na transformação de energia elétrica em outra forma de energia, como térmica, cinética, luminosa, entre outras, em um aparelho elétrico. Assim, se designarmos esta energia transformada, ou consumida, como E, a definição de potência elétrica póde sêr escrita como:
P = ⇒ E = P(delta)"t
Esta relação possibilita analisar o consumo de energia elétrica nos aparelhos elétricos. A unidade de medida comumente utilizada para intervalo de tempo é a hora, d fórma quê a unidade de medida de energia consumida fica definida como watt-hora (Wh). Assim, a energia elétrica consumida em uma residência póde sêr calculada considerando a potência do aparelho, em watt, e o intervalo de tempo quê ele permanéce ligado, em horas. Nos cálculos, considera-se o quilowatt-hora consumido (kWh): 1 kWh = 1.000 Wh.
Para transformar 1 Wh para Jáule, basta lembrar quê 1 hora é equivalente a 3.600 s.
E = 1 Wh = 1 W ⋅ 3.600 s = 3.600 Ws = 3.600 J
ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM
• No sáiti a seguir é disponibilizado um simulador de consumo de energia elétrica, quê possibilita selecionar equipamentos, potência e tempo de uso e verificar o valor da conta de energia elétrica ao final do mês.
Meu simulador de consumo. Publicado por: Copel. Disponível em: https://livro.pw/dxrgs. Acesso em: 11 out. 2024.
Página trezentos e quarenta e cinco
ATIVIDADE RESOLVIDA
4. Um ferro de soldar utiliza duas resistências de 30 O em paralelo, sôbi tensão de 120 V.
Determine:
a) a corrente elétrica requerida pelo ferro de soldar;
b) a potência elétrica do aparelho;
c) a energia consumida durante 30 min de funcionamento, em kWh.
Resolução
a) Para obtêr o valor da corrente elétrica, precisamos antes resolver a resistência equivalente do circuito:
Req = ⇒ Req = 15(ômega)"
U = Ri ⇒ 120 = 15i ⇒ i = ⇒ i = 8 A
b) P = ⇒ P = ⇒960 W
c) P = 960 W = 0,96 kW
P = ⇒ 0,96 = ⇒ E = 0,48 kWh
ATIVIDADES
24. Uma luminária incandescente deve permanecer 40 minutos acesa seguidamente. Encontre o valor da energia elétrica consumida, em quilowatt-hora e Jáule, sabendo quê sua potência é de 120 W.
E = 0,08 kWh = 0,3 ⋅ 106 J
25. Um aparelho de 1.000 W é alimentado por uma tensão elétrica de 100 V. Calcule o valor da corrente elétrica quê atravessa o aparelho e sua resistência elétrica.
i = 10 A; R = 10 (ômega)"
26. (UFPE) Nas instalações residenciais de chuveiros elétricos, costuma-se usar fusíveis ou interruptores de proteção (disjuntores) quê desligam automaticamente quando a corrente excede um cérto valor pré-escolhido. Qual o valor do disjuntor (limite de corrente) quê você escolheria para instalar um chuveiro de 3.500 watts e 220 volts?
a) 10 A
b) 15 A
c) 30 A
d) 70 A
e) 220 A
Resposta: c
27. Uma residência com três moradores recebeu, no mês de janeiro, a conta de energia elétrica no valor de R$ 197,00 para um consumo de 293 kWh. Sabendo-se quê cada um dos moradores toma um banho por dia com a duração de 6 minutos, encontre o custo no final de 30 dias da energia consumida pelo chuveiro de 5 kW.
≃R$ 30,25
28. Um salão de cabeleireiro possui um aquecedor, com resistência ôhmica de 22 (ômega)", ligado a uma rê-de elétrica de 220 V. Determine o consumo mensal, em kWh e Jáule, dêêsse aquecedor, sabendo quê ele é utilizado 2 horas por dia.
132 kWh = 4,752 ⋅ 108 J
29. (Unicamp-SP) Um chuveiro elétrico ligado a uma rê-de de 220 V consome 1.200 W de potência.
a) Qual a intensidade de corrente utiliza da no chuveiro?
≃ 5,45 A
b) Qual a resistência do chuveiro?
≃ 40 (ômega)"
Página trezentos e quarenta e seis
30. Em uma residência, o ferro elétrico possui uma resistência interna de 11 (ômega)" e permanéce ligado 3 horas por dia, duas vezes por semana. Sendo a voltagem de 110 V, encontre:
a) a corrente elétrica quê atravessa esse ferro elétrico;
10 A
b) o consumo de energia elétrica (em kWh) do ferro em um mês.
26,4 kWh
31. O funcionário de uma loja de materiais elétricos percebeu quê um chuveiro estava com a resistência interna avariada. Antes de pegar a nova resistência, leu as seguintes inscrições no chuveiro: 220 V e 2.200 W. Com base nessas informações, determine a resistência dêêsse chuveiro.
22 (ômega)"
32. No circuito elétrico ilustrado a seguir, A é um amperímetro de resistência nula, e V é um voltímetro de resistência infinita. A resistência interna da bateria é nula.
a) Calcule o valor de R1 e R2 .
R1 = 10 (ômega)"; R2 = 50 (ômega)"
b) Qual é o valor da potência dissipada em cada resistor?
P1= 1.000 W; P2 = 200 W
c) Quais são as indicações de leitura no amperímetro e no voltímetro?
12 A; 100 V
Introdução ao estudo dos geradores elétricos
Gerador elétrico é a fonte de energia elétrica em um circuito elétrico. Nele é realizada a transformação de alguma forma de energia, como luminosa, mecânica, solar, por exemplo, em energia elétrica.
Força eletromotriz (fem)
No circuito elétrico apresentado a seguir, a pilha é o gerador elétrico, onde ocorre transformação de energia química em elétrica. Analisando o sentido convencional da corrente elétrica, dentro do gerador ele se dá do menor potencial ao maior potencial.
No movimento real dos elétrons dentro do gerador, após passarem pelo polo positivo, eles ganham energia elétrica até o polo negativo, pela realização de trabalho da fôrça elétrica no transporte dos elétrons de A para B.
A razão entre o trabalho realizado τ e a quantidade de cargas elétricas (delta)"Q quê passa por uma seção transversal do condutor é denominada fôrça eletromotriz (fem), representada por E.
E =
Perceba quê a unidade de medida da fôrça eletromotriz no SI é Jáule por segundo, ou volt.
O termo"força eletromotriz" foi mantido por motivos históricos, pois sabe-se quê não se trata de uma fôrça, mas de um trabalho realizado pela fôrça.
Página trezentos e quarenta e sete
Um gerador elétrico realiza um trabalho sobre as cargas elétricas quê resulta na sua fôrça eletromotriz E, porém a diferença de potencial U estabelecida em um circuito póde sêr menor. Isso ocorre pelo fato de o próprio gerador apresentar uma resistência elétrica interna r, ou seja, no gerador ocorre dissipação de energia.
Considerando a resistência interna de um gerador, a diferença de potencial U quê ele mantém entre dois pontos do circuito será igual à sua fôrça eletromotriz E, descontada a queda de tensão na resistência interna Ud (Ud = ri).
U = E − Ud ⇒ U = E − ri
Essa expressão é conhecida como equação geral dos geradores. Perceba quê, para o caso de um gerador ideal, r = 0 e U = E.
O gráfico U x i para um gerador é uma reta decrescente. Quando i = 0, o gerador está desligado, e temos U = E. Quando U = 0, temos a chamada corrente de curto-circuito icc ,corrente mássima quê póde sêr estabelecida, quê ocorre, por exemplo, quando se liga um fio condutor diretamente aos polos de uma pilha.
E − ricc = 0 ⇒ icc =
Introdução ao estudo dos receptores elétricos
Chamamos de receptor o dispositivo quê recebe energia elétrica de uma fonte (gerador) e a converte em outro tipo de energia, além da térmica, como cinética (liquidificador, ventilador), luminosa e sonora (televisão), entre outras.
Página trezentos e quarenta e oito
Força contraeletromotriz (fcem)
Em um receptor elétrico, o trabalho realizado transforma energia elétrica em outra forma de energia. O comportamento inverso em relação ao gerador levou à definição da grandeza fôrça contraeletromotriz (fcem) E‘, quê representa a quantidade de energia elétrica transformada por unidade de carga quê passa pelo receptor.
E‘ =
Essa grandeza também usa a unidade de volt e póde sêr pensada como a tensão elétrica consumida pelo dispositivo elétrico para a realização de sua função.
Os receptores também são resistivos, pois possuem uma resistência elétrica interna r‘. O sín-bolo de um receptor é equivalente ao de um gerador, com a diferença do sentido da corrente elétrica, quê é do polo positivo para o polo negativo.
No receptor, pode-se dizêr quê ocorrem duas quedas de tensão, uma devido à fôrça contraeletromotriz e outra devido à queda de tensão da resistência interna. Assim, a tensão elétrica U para ele funcionar é dada por:
−U = − E‘ − r‘i ⇒ U = E‘ + r‘i
Essa equação recebe o nome de equação geral dos receptores.
Lei de Ohm generalizada
Para um circuito elétrico contendo um gerador elétrico, um receptor elétrico e um resistor elétrico, toda a tensão elétrica produzida deve sêr consumida. Assim, pode-se conceituar uma generalização da lei de Ohm considerando a fôrça eletromotriz, a fôrça contraeletromotriz e a tensão elétrica no resistor para o cálculo da corrente elétrica.
i =
Página trezentos e quarenta e nove
ATIVIDADES RESOLVIDAS
5. Calcule a intensidade de corrente elétrica quê passa pelo gerador no circuito elétrico representado a seguir.
Resolução
Pelos dados: E = 70 V, r = 4 (ômega)", R = 6 (ômega)"
i = ⇒i = 7 A
6. Um circuito elétrico foi estruturado com duas baterias, ligadas em oposição. Suas forças eletromotrizes são E1 e E2 e as resistências internas r1 e r2, respectivamente, conforme a representação feita na figura. Baseado nessas informações, e nos dados da figura, responda aos itens a seguir.
a) Qual a intensidade de corrente quê percórre as baterias?
b) Qual a diferença de potencial entre os pontos M e N?
c) As duas baterias estão se descarregando? Justifique.
Resolução
a) Da figura obtemos:
E1 = 3V; E2 = 6V; r1 = 10 (ômega)"; r2 = 20 (ômega)".
i = ⇒
⇒ ⇒
⇒i = 0,01 A
b) UMN = E − r ⋅ i ⇒ UMN = 6 − 20 ⋅ 0,1 ⇒ U = 4 V
c) Apenas a bateria de fôrça eletromotriz de E2 = 6V está se descarregando. Isso acontece porque ela funciona como gerador, enquanto a outra, de fôrça eletromotriz E1 = 3V, funciona como receptor.
ATIVIDADES
33. Um grande gerador fornece ao circuito ao qual está ligado uma diferença de potencial de 200 V. Ele é percorrido por uma corrente de 10 A e sua resistência interna é de 5 O. Calcule sua fôrça eletromotriz.
250 V
34. Ao encontrar um gerador, um eletricista, antes de utilizá-lo, rêzouvêo descobrir a fôrça eletromotriz e a resistência interna do referido gerador. Para atingir esse objetivo, procedeu da seguinte forma:
• Primeiro ligou os terminais do gerador a um voltímetro ideal e obteve a leitura 12,0 V.
• Depois retirou o voltímetro e ligou os terminais do gerador a um amperímetro ideal e obteve 20,0 A.
Com essas informações, quais valores de fôrça eletromotriz e resistência interna o eletricista encontrou?
E = 12,0 V; r = 0,6(ômega)"
35. A fôrça contraeletromotriz de um receptor elétrico é 40 V e a resistência interna é de 4,0 (ômega)". Se a diferença de potencial entre os terminais dêêsse receptor for 60 V, qual deve sêr a intensidade de corrente elétrica quê o percórre?
i = 5,0 A
36. Um gerador fornece a um motor uma ddp de 440 V. O motor tem resistência interna de 25 (ômega)" e é percorrido por uma corrente elétrica de 400 mA. Qual é a fôrça contraeletromotriz do motor?
430 V
Página trezentos e cinquenta
37. O gráfico a seguir mostra como varia a corrente em um gerador em função da diferença de potencial entre seus terminais. Qual é o valor de sua fôrça eletromotriz e de sua resistência interna?
6 V; r = 0,5 (ômega)"
38. Na figura a seguir, AB representa um gerador de resistência interna r = 1,0 (ômega)". O amperímetro A e o voltímetro V são instrumentos considerados ideais. O voltímetro acusa 80 V. Pede-se:
a) a leitura do amperímetro;
8,0 A
b) a tensão na fonte.
176 V
39. Determine a fcem e a resistência interna de um receptor cuja ddp nos seus terminais varia com a corrente conforme demonstra o gráfico a seguir.
15 V e 3,0 (ômega)"
40. Dado o circuito a seguir, determine a indicação do amperímetro ideal A.
1,0 A
41. No circuito elétrico, representado na figura, foram utilizados um gerador G e um motor M. Para quê não haja comprometimento do circuito montado, é necessário quê a intensidade da corrente elétrica não ultrapasse o valor de 1,0 A. Por isso, foi inserido um resistor R. Determine, em ohm, o menor valor quê deve ter a resistência de R.
2,0 (ômega)"
Página trezentos e cinquenta e um
TEMA 29
Campo magnético e fôrça magnética
Respostas e comentários dêste Tema estão disponíveis nas Orientações para o professor.
Os ímãs
O Magnetismo é a área da Física quê estuda a origem e as manifestações de materiais chamados magnéticos, quê possuem a propriedade de atrair ou repelir outros materiais.
As primeiras tentativas de esclarecer os fenômenos magnéticos datam das civilizações mais antigas, porém contribuições significativas só ocorreram muitos anos depois. O físico inglês uílhãm Gilbert (1544- 1603) publicou a obra De magnete (Sobre os ímãs, em tradução livre) em 1600, quê continha o relato de estudos sobre os fenômenos magnéticos e a exposição de diversas conclusões, como a possibilidade de os ímãs se atraírem e se repelirem e a capacidade de atraírem metais a distância.
Corpos com propriedades magnéticas permanentes são chamados de ímãs, quê podem sêr naturais, como a magnetita, ou artificiais, quando um corpo é manipulado para adquirir propriedades magnéticas. Os ímãs utilizados diariamente são artificiais.
PENSE E RESPONDA
1 por quê a agulha de uma bússola se estabiliza sempre na mesma orientação? Que orientação é essa?
Características dos ímãs
A magnetita é um íman natural compôzto de óxido de ferro (Fe3 O4), quê adqüire propriedades magnéticas durante sua formação. Os ímãs artificiais são produzidos a partir de corpos feitos de ferro ou de ligas metálicas de ferro e outros elemêntos, como níquel, cobalto e cobre, por exemplo. Estes corpos passam por um processo chamado imantação para adquirir propriedades magnéticas permanentes.
Ímãs têm a capacidade de atrair alguns corpos feitos de metal, como ferro, níquel e cobre, por exemplo. A atração é mais intensa nas extremidades do íman, como mostra a fotografia, na qual observa-se uma limalha (pedaços pequenos, quase em pó) de ferro ao redor de um íman em barra sêndo mais atraída nas extremidades dele.
Página trezentos e cinquenta e dois
Os ímans têm sempre dois polos. Para identificá-los, você poderá pendurar o ímã em barra pelo centro com um fio e verificar quê sua posição de equilíbrio se aproxima da direção norte-sul geográfica da Terra, devido às propriedades magnéticas da Terra. Esta é a descrição do funcionamento da bússola, na qual a agulha é um íman, sêndo uma das primeiras utilizações de um íman da qual se tem registro.
Devido a êste comportamento, historicamente se chamou a extremidade do íman quê aponta na direção do polo Norte geográfico da Terra de polo norte magnético do íman e a extremidade quê aponta na direção do polo Sul geográfico da Terra de polo sul magnético do íman.
Uma propriedade dos ímans é a inseparabilidade dos polos magnéticos, ou seja, não existem polos magnéticos isolados. Assim, se um ímã se partir, novos ímãs são formados.
Outra propriedade é quê entre dois ímãs podem existir forças de atração ou de repulsão, dependendo dos polos quê interagem, como ilustra a representação a seguir.
Polos magnéticos iguais se repelem; polos magnéticos diferentes se atraem.
Processos de imantação
Na imantação, ou magnetização, de um corpo feito de ferro ou de ligas contendo ferro e outros metais, êste corpo adqüire propriedades magnéticas quê podem sêr temporárias ou permanentes. pôdêmos imantar um corpo das seguintes maneiras:
• Indução magnética: um corpo adqüire propriedades magnéticas temporárias quando próximo ou em contato com um íman.
• Atrito: um corpo é imantado quando se atrita o mesmo polo de um íman com movimentos sempre no mesmo sentido; a propriedade magnética póde durar cérto tempo.
• Corrente elétrica: devido ao efeito magnético da corrente elétrica, um corpo enrolado por um fio percorrido por corrente elétrica adqüire propriedades magnéticas enquanto existir a corrente elétrica.
Página trezentos e cinquenta e três
Campo magnético
No espaço ao redor de um íman, existe um campo magnético. Quando aproximamos dois ímãs, a interação entre os campos magnéticos faz surgir a fôrça de ação à distância entre eles.
No caso da bússola, o campo magnético da agulha interage com o campo magnético da Terra. Desta interação, surge uma fôrça magnética quê faz a agulha se mover e estabilizar sempre da mesma forma, quando está em um mesmo local da Terra.
Se a bússola for colocada entre dois ímãs, como mostra a fotografia, a agulha magnética irá se alinhar de acôr-do com o campo magnético no local. Verifique quê os polos opostos dos ímãs foram aproximados e quê a limalha de ferro colocada também se alinhou de acôr-do com o campo magnético gerado pêlos ímãs.
Cada ponto de um campo magnético é caracterizado por um vetor campo magnético . A orientação do vetor B em um ponto do campo magnético póde sêr verificado utilizando uma agulha magnética colocada no local onde o campo se encontra.
A intensidade do vetor campo magnético depende do corpo imantado. No SI, a unidade de medida é tesla (T), em homenagem ao físico e engenheiro, nascido na atual região da Croácia, Nikola Tesla (1856-1943), por suas contribuições ao Eletromagnetismo.
Voltando ao exemplo da fotografia, a limalha de ferro se posicionou de acôr-do com as linhas de campo magnético. A orientação dessas linhas segue a do vetor campo magnético, quê é sempre tangente à linha de campo considerada.
Estas linhas de campo magnético são fechadas. Externamente ao íman, são orientadas do polo norte ao polo sul e, no interior do íman, do polo sul ao polo norte.
Página trezentos e cinquenta e quatro
Campo magnético terrestre
A Terra possui propriedades magnéticas, comportando-se como um íman, tendo assim polos magnéticos norte e sul.
Ainda hoje não se sabe ao cérto o quê causa o campo magnético terrestre. Uma das hipóteses considera a constante agitação e movimentação da parte líquida do interior da Terra, quê forma um deslocamento de cargas elétricas, como uma espécie de corrente elétrica, gerando efeitos magnéticos.
Como já foi mencionado, a agulha magnética de uma bússola sempre se estabiliza em uma orientação próxima do eixo norte-sul geográfico da Terra. Isso nos mostra quê os polos geográficos e magnéticos da Terra não coincidem.
Historicamente, chamou-se de polo norte da agulha magnética da bússola aquele quê aponta, aproximadamente, para o Norte geográfico da Terra, logo, próximo a êste polo, deve estar o sul magnético da Terra.
Assim, por definição, ficou estabelecido quê o polo sul magnético terrestre (Sm), quê atrai o polo norte da agulha da bússola, fica próximo do polo norte geográfico (N).
Analogamente, o polo norte magnético terrestre (Nm)encontra-se próximo ao polo sul geográfico (S) de nosso planêta.
Considerando o eixo de rotação da Terra, quê contém os polos geográficos, e adotando um eixo magnético, quê contém os polos magnéticos terrestres, existe uma diferença de aproximadamente 11° entre esses eixos.
ATIVIDADE RESOLVIDA
1. Na figura estão representadas algumas das linhas de campo magnético de um íman em forma de barra. Determine os polos norte e sul dêêsse íman.
Resolução
Pela orientação das linhas de campo, A indica o polo sul magnético do íman, onde as linhas chegam, e B indica o polo norte magnético, de onde as linhas saem.
ATIVIDADES
1. A figura seguinte exibe o desenho de um íman e de um bastonete de ferro, não imantado inicialmente.
Se aproximarmos o bastonete do íman, teremos:
a) atração entre íman e bastonete, além do surgimento de um polo sul na extremidade A;
b) atração entre íman e bastonete, além do surgimento de um polo sul na extremidade B;
c) repulsão entre íman e bastonete, além do surgimento de um polo norte na extremidade B;
d) repulsão entre íman e bastonete, além do surgimento de um polo sul na extremidade A;
e) atração entre íman e bastonete, além do surgimento de um polo sul na extremidade B, e de um polo norte na extremidade A.
Resposta: a
Página trezentos e cinquenta e cinco
2. Em um íman, a concentração de linhas de indução magnética é maior na região dos polos. Em relação ao campo magnético, o quê essa afirmação significa?
3. Na figura estão representados um íman e, próximos dele, estão os pontos A, B, C e D.
Em qual dêêsses pontos uma pequena bússola deve sêr colocada, para quê a extremidade sul da sua agulha magnética aponte para a parte inferior desta página?
Nas posições A e D.
4. Considerando o campo magnético terrestre, analise as afirmações a seguir e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F):
I. O polo sul magnético corresponde ao polo norte geográfico da Terra.
V
II. A região do espaço sôbi influência de um íman é denominada campo elétrico dêêsse íman.
F
III. Uma agulha imantada direciona seu polo sul para o polo norte magnético da Terra.
V
IV. O eixo geográfico e o eixo magnético sempre coincidem.
F
V. O polo Norte geográfico corresponde ao polo sul magnético e vice-versa, caso contrário, o Norte geográfico atrairia o norte da agulha imantada.
F
OFICINA CIENTÍFICA
A bússola e a orientação geográfica
Provavelmente, uma das primeiras utilizações do íman foi na bússola. Conhecida pêlos navegadores como agulha, ela foi essencial para as navegações.
Embora já fosse conhecida na chiina no século I d.C., o Ocidente só reconheceu a importânssia dêêsse instrumento cerca de 1100 anos depois.
Como podemos verificar a utilidade de uma bússola?
Materiais
• agulha de aço
• pedaço de cortiça (ou isopor)
• fita adesiva
• copo com á gua
• íman
Procedimentos
• Realize um processo de imantação da agulha utilizando o íman.
• Coloque a agulha imantada sobre um pedaço plano de cortiça e prenda-a com fita adesiva.
• Coloque a cortiça com a agulha sobre a superfícíe da á gua e aguarde até quê a agulha atinja uma posição de equilíbrio.
• Movimente a á gua para quê a agulha mude de posição e aguarde novamente.
ATIVIDADES
1. Qual processo de imantação você escolheu para realizar?
2. O quê ocorreu quando a cortiça com agulha foi colocada sobre a á gua?
3. O quê ocorreu após movimentar a á gua e aguardar a estabilização da agulha?
4. Elabore um argumento quê explique o quê foi observado nesta prática.
Página trezentos e cinquenta e seis
Relação entre corrente elétrica e campo magnético
Após muitos anos de estudos e avanços, no século XIX os caminhos da Eletricidade e do Magnetismo se juntaram, resultando no Eletromagnetismo.
Na descoberta desta relação, destaca-se o físico dinamarquês Rans crístian Oersted (1777-1851), pioneiro em sistematizar e divulgar efeitos magnéticos em correntes elétricas, em 1820, quando observou quê uma agulha magnética livre alterava sua posição quando próxima de um fio elétrico percorrido por corrente elétrica.
O quê a agulha magnética detectou quando o fio condutor foi percorrido por corrente elétrica?
A agulha magnética possui um campo magnético ao seu redor quê interage com outro campo magnético, logo a corrente elétrica gerou ao redor do fio um campo magnético, quê foi detectado pela agulha.
Campo magnético de um condutor retilíneo – lei de Ampère
As cargas elétricas são as responsáveis pêlos campos elétricos, e também pêlos campos magnéticos.
Os campos magnéticos estão relacionados aos movimentos das cargas elétricas, como os movimentos dos elétrons na estrutura atômica, ou seja, o próprio elétron já possui propriedades magnéticas devido aos seus movimentos. Na maior parte dos materiais, os campos magnéticos se anulam, enquanto nos ímãs estes campos magnéticos não se anulam.
Com a investigação de Oersted, verificou-se quê quando as cargas elétricas se móvem em uma corrente elétrica por um fio condutor, surge um campo magnético ao redor dêêsse condutor.
Considere um fio condutor perpendicular a uma fô-lha com limalhas de ferro. Quando uma corrente elétrica é estabelecida no fio, as limalhas revelam quê as linhas de campo magnético têm formatos de circunferências concêntricas ao fio, como mostra a fotografia.
Verificar a possibilidade de realizar neste momento a atividade proposta na Oficina científica Investigações sobre Eletromagnetismo.
Página trezentos e cinquenta e sete
Nas imagens anteriores, é possível observar quê o vetor campo magnético é sempre tangente à linha em cada ponto ao redor do fio, e sua orientação determina a orientação das linhas. Para determinar a orientação dos vetores, utiliza-se a regra da mão direita. Nessa regra, o polegar aponta para o sentido da corrente elétrica no fio, enquanto os demais dedos da mão giram para envolver o fio, dando a direção dos vetores e das linhas de campo magnético.
Nos estudos, por vezes é necessário representar vetores ou correntes elétricas perpendiculares ao plano da página. Para isso, adota-se o sín-bolo ⊗ para orientações entrando no plano da página e o sín-bolo ⊙ para orientações saindo do plano da página.
O cientista André-Marie Ampère foi um dos quê investigou o campo magnético ao redor de fios retilíneos percorridos por correntes elétricas. Uma de suas contribuições, com complementações e contribuições de outros cientistas, como diêmes Clerk Macsuéll, foi uma forma de calcular a intensidade do campo magnético gerado por uma corrente elétrica.
Para um ponto P a uma distância R do fio condutor percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i, a intensidade do vetor campo magnético é dada pela seguinte relação, conhecida como lei de Ampère.
B =
A constante μ é chamada permeabilidade magnética do meio. Para o vácuo, a permeabilidade magnética é: μ0 = 4(pi)" ⋅ 10–7 Tm/A.
Página trezentos e cinquenta e oito
ATIVIDADE RESOLVIDA
2. Uma corrente elétrica de intensidade i = 3 A percórre um fio retilíneo e longo, conforme a representação a seguir. Considere quê o fio está imérso no vácuo.
a) Represente o vetor campo magnético gerado no ponto O, distante 12 cm do fio condutor.
b) Determine a intensidade dêêsse campo no ponto O, sabendo quê μ0= 4(pi)" ⋅ 10−7 Tm/A.
Resolução
r = 12 cm = 12 ⋅ 10–2 m
a) Usando a regra da mão direita, temos:
⊙ saindo na direção perpendicular ao plano da fô-lha.
b) A intensidade é: B = ⇒ B = = = 0,5 ⋅ 10–5 = 5 ⋅ 10–6 ⇒ B = 5 ⋅ 10–6 T
ATIVIDADES
5. Nas imagens a seguir estão representados fios retilíneos portadores de corrente elétrica:
Nas duas situações, os fios estão imersos no vácuo. Determine:
a) nos pontos M e N, o sentido do vetor ;
b) para cada situação, a intensidade de .
Dado: μ0 = 4(pi)" ⋅ 10−7 Tm/A.
5. b) BM = 10 −6 T e BN = 4 ⋅ 10−6 T
6. Por um fio condutor extenso, retilíneo e imérso no vácuo passa uma corrente elétrica constante de intensidade igual a 90 A. Essa corrente é capaz de gerar um campo magnético ao redor do fio. Determine o valor da intensidade do vetor campo magnético num ponto quê, perpendicularmente, dista 40 cm do fio.
Dado: μ0 = 4(pi)" ⋅ 10−7 Tm/A.
B = 4,5 ⋅ 10−5 T
7. Uma corrente elétrica constante i percórre um fio longo e retilíneo. Num ponto P, próximo a esse fio, o módulo do vetor campo magnético é B. Determine o módulo do novo vetor campo magnético, no mesmo ponto P, caso a corrente elétrica, constante, seja alterada para 2i.
2B
8. Um condutor retilíneo e extenso é atravessado por uma corrente elétrica de intensidade i = 5,0 A, como ilustra a figura.
Determine:
a) a direção e o sentido do vetor campo magnético no ponto M;
b) a intensidade do vetor campo magnético neste ponto.
B = 2,0 ⋅ 10−6 T
Página trezentos e cinquenta e nove
Campo magnético de uma espira circular
Chamamos de espira circular um fio condutor com a forma de uma circunferência de raio R. Uma corrente elétrica percorrendo a espira gera um campo magnético.
Na espira, as linhas de campo magnético são perpendiculares ao plano da espira, enquanto nas proximidades do fio a orientação é na forma de circunferências concêntricas.
O sentido do vetor campo magnético e das linhas de campo é determinado pela regra da mão direita. No centro da espira, o vetor campo magnético é perpendicular ao seu plano.
No ponto P, no centro da espira, a intensidade do vetor campo magnético é determinada da seguinte forma:
B =
Bobina
Chamamos de bobina plana, ou bobina chata, o tipo de enrolamento em quê o fio condutor se encontra na forma de círculos concêntricos, sêndo a espessura da bobina menor em relação a seu raio.
Nesse caso, a configuração do campo magnético é a mesma quando consideramos somente uma espira, porém com intensidade maior, afinal temos a soma do campo magnético gerado por cada espira.
Para uma bobina formada de N espiras, a intensidade do vetor campo magnético em seu centro será:
B =
Campo magnético de um solenoide
Chamamos de solenoide um fio condutor enrolado d fórma espiral, com várias espiras igualmente espaçadas quê resultam em um comprimento L.
Para um solenoide em quê o comprimento é bem maior quê o diâmetro, em seu interior é formado um campo magnético uniforme, com linhas de campo magnético paralelas ao seu eixo e orientação determinada pela regra da mão direita. Assim, a extremidade do solenoide de onde as linhas saem se comporta como um polo norte, e onde as linhas entram se comporta como um polo sul.
Página trezentos e sessenta
O vetor campo magnético é paralelo ao eixo do solenoide. Na região interna de um solenoide com N espiras, a intensidade dêste vetor póde sêr determinada da seguinte forma:
B =
O eletroímã
Enrolando um fio elétrico em um corpo de material com facilidade de sêr imantado, como ferro, e estabelecendo uma corrente elétrica pelo fio, tem-se um eletroímã. O efeito magnético da corrente elétrica causa uma imantação do corpo.
As principais vantagens do eletroímã são a possibilidade de variar o campo magnético, variando a intensidade da corrente elétrica ou a quantidade de voltas no fio, e a possibilidade de desfazer os efeitos magnéticos, desligando a corrente elétrica.
ATIVIDADE RESOLVIDA
3. No esquema a seguir está representada uma espira circular de raio 10(pi)" cm sêndo percorrida por uma corrente elétrica de intensidade i = 10 A no sentido horário.
Considere a espira imérsa no vácuo e contida no plano do papel e caracterize o vetor campo magnético no centro da espira.
Dado: μ0 = 4(pi)" ⋅ 10−7 Tm/A.
Resolução
O vetor campo magnético está entrando na direção perpendicular ao plano do papel: ⊗ . Dado r = 10(pi)" cm = 10(pi)" ⋅ 10−2 m, a intensidade é:
B = ⇒ B = =2 ⋅ 10−5⇒ B = 2 ⋅ 10−5T
Página trezentos e sessenta e um
ATIVIDADES
9. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada afirmação citada a seguir.
I. A direção e o sentido do vetor campo magnético, em qualquer ponto próximo de uma espira circular ou no seu interior, não podem sêr determinados com o auxílio da regra da mão direita.
F
II. Em um tipo de enrolamento em quê o fio condutor se encontra na forma de círculos concêntricos (bobina), quê possui a espessura extremamente maior quê o raio, a configuração do campo magnético será a mesma da quê seria se considerássemos apenas uma espira.
F
III. A direção e o sentido do vetor campo magnético, em qualquer ponto próximo de uma espira ou no seu interior, podem sêr determinados com o auxílio da regra da mão direita.
V
IV. Em um tipo de enrolamento em quê o fio condutor se encontra na forma de círculos concêntricos (bobina), quê possui a espessura desprezível em relação a seu raio, a configuração do campo magnético será a mesma da quê seria se considerássemos apenas uma espira.
V
10. Na figura está representada uma espira de raio p cm, percorrida, no sentido horário, por uma corrente elétrica cuja intensidade é 4,0 A. Considere quê a espira está imérsa no vácuo.
Sabendo quê no centro da espira o vetor indução magnética é perpendicular ao plano definido pela espira, determine a intensidade do vetor campo magnético.
Dado: μ0 = 4(pi)" ⋅ 10−7 Tm/A.
8 ⋅ 10−5T
11. Duas espiras circulares, concêntricas e coplanares estão imérsas no vácuo. A espira de raio maior (20 cm) é percorrida por uma corrente elétrica de 5 A, e a espira de raio menor (15 cm) é percorrida por uma corrente elétrica de 2 A. Determine a intensidade do vetor campo magnético no ponto P indicado na figura.
Dado: μ0 = 4(pi)" ⋅ 10−7 Tm/A.
≃ 7,3 ⋅ 10−6 T
12. A intensidade do campo magnético no centro de uma espira circular, ao sêr percorrida por uma corrente elétrica, é B = 8⋅ 10−6 T. Determine o raio da espira, sabendo quê a intensidade da corrente elétrica é i = 8 A e quê a espira está imérsa no vácuo. Dado: μ0 = 4(pi)" ⋅ 10−7 Tm/A.
0,2 (pi)" m
13. Determine, em tesla, a intensidade do campo magnético B na região central de um solenoide retilíneo de 1 m de comprimento, quê é percorrido por uma corrente elétrica de 4,0 A. Considere quê o solenoide apresenta 1.000 espiras e está imérso no vácuo. Dado: μ0= 4(pi)" ⋅ 10 −7 Tm/A.
1,6(pi)" ⋅ 10−3T
14. Sabendo quê um solenoide apresenta 4 mil espiras por métro, determine a intensidade do campo magnético, em tesla, originado da região central quando ocorre a passagem de uma corrente elétrica de 0,2 A. Considere quê o solenoide está imérso no vácuo. Dado: μ0= 4(pi)" ⋅ 10 −7 Tm/A.
3,2(pi)" ⋅ 10−4T
Página trezentos e sessenta e dois
OFICINA CIENTÍFICA
Investigações sobre Eletromagnetismo
Em cérto momento da evolução científica, os caminhos da Eletricidade e do Magnetismo se juntaram, formando o Eletromagnetismo. Vamos refazer algumas observações quê levaram a esta junção?
Materiais
• fô-lha de papel sulfite
• palha de aço picada (limalha de ferro)
• pilha de 1,5 V
• agulha imantada produzida anteriormente e copo com á gua (ou uma bússola).
• 10 cm de fio de cobre rígido
• 2 pedaços de fio de cobre de 30 cm cada um
Procedimentos
• Atravesse a fô-lha de papel com o fio de cobre rígido, perpendicular à fô-lha.
• Ligue cada extremidade dêêsse fio rígido a um dos pedaços de fio de cobre e conecte aos polos da pilha.
• Espalhe a palha de aço picada na fô-lha de papel.
ATIVIDADES
1. O quê foi observado ao espalhar a palha de aço picada? Qual organização ocorreu?
2. Inverta a posição dos fios de cobre nos polos da pilha. Ocorreu alguma alteração da configuração anterior?
Procedimentos
• Coloque o fio de cobre rígido apoiado no copo com á gua, onde está a agulha imantada flutuando por uma cortiça. O fio deve permanecer paralelo à agulha.
• Ligue cada extremidade dêêsse fio rígido a um dos pedaços de fio de cobre e conecte-o aos polos da pilha.
Atenção: faça o experimento somente na presença do professor.
ATIVIDADES
3. O quê foi observado quando a conexão com a pilha foi feita?
4. Inverta a conexão dos polos da pilha. Ocorreu alguma alteração da situação, em relação à anterior?
5. A quê conclusão você chega com a realização desta investigação?
Página trezentos e sessenta e três
Força magnética sobre partículas eletrizadas
Um íman atrai outro corpo feito de alguns metais e póde atrair ou repelir outro íman, dependendo dos polos magnéticos quê estão interagindo. Essas fôrças são de origem magnética, ou seja, assim como uma carga elétrica q sofre a ação de uma força elétrica estando em um campo elétrico externo (pelo fato de ter o próprio campo elétrico), a mesma carga q póde sofrer ação de uma fôrça magnética, caso esteja se movimentando em um campo magnético externo (por estar gerando o próprio campo magnético).
A fôrça magnética quê atua em partículas carregadas possui características diferentes das características da fôrça elétrica. Experimentalmente se verificou quê é preciso quê a partícula, além de estar em movimento, tenha seu vetor velocidade em uma direção não paralela ao campo magnético. Considere o esquema quê representa a fôrça magnética agindo numa partícula eletrizada q, ao passar com velocidade por um ponto P. Esse ponto pertence a um campo magnético externo com vetor Os vetores e formam um ângulo θ entre si.
Nesse caso, a fôrça magnética sobre a carga q é perpendicular ao plano quê contém os vetores e e seu sentido é dado pela regra da mão esquerda.
Esse artifício requer quê o dedo indicador seja colocado no sentido de e o dedo médio no sentido de de modo quê o dedo polegar dará o sentido da fôrça magnética se a carga for positiva (q < 0). No caso de uma carga negativa (q, 0), a fôrça terá sentido ôpôsto ao indicado pelo polegar.
A intensidade de é dada por:
Fm=vBsen θ
A fôrça magnética é sempre perpendicular ao vetor velocidade, logo não realiza trabalho, isto é, não varia a energia cinética de translação da partícula, variando apenas a orientação do vetor velocidade.
Página trezentos e sessenta e quatro
Movimento de partículas carregadas em campo magnético uniforme
Se uma carga elétrica q se móve com velocidade em um campo magnético externo a fôrça magnética sobre ela depende do ângulo θ entre os vetores e Nas análises a seguir, considere sempre um campo magnético uniforme, com as linhas de campo magnético paralelas. Desconsidere a ação de qualquer outra fôrça.
• Quando e são paralelos (θ = 0° ou θ = 180°): a fôrça magnética é nula e a carga elétrica desen vólve um movimento retilíneo uniforme.
Fm= vBsen θ = vBsen 0° = vB ⋅ = vB ⋅ 0 ⇒ Fm = 0
• Quando e são perpendiculares ( θ = 90°): a fôrça magnética é perpendicular ao vetor velocidade.
Fm= vBsen θ = vBsen 90° = vB ⋅ 1 ⇒ Fm vB
A fôrça magnética age como uma fôrça resultante centrípeta, e a carga elétrica desen vólve um movimento circular uniforme, cujo raio R póde sêr determinado da seguinte forma:
Fm = Fcp ⇒ vB = macp ⇒ vB = m ⇒ B = m ⇒R =
Na relação ôbitída, m é a massa do portador de carga elétrica, lembrando quê estamos analisando a ação apenas da fôrça magnética.
• Quando o ângulo θ entre e é diferente de 0°, 90° e 180°: fazendo a decomposição do vetor nas componentes e , tem-se quê a componente é paralela a logo não varia seu módulo nem sua orientação. A componente é perpendicular a quando a fôrça magnética age como resultante centrípeta. Os dois movimentos, ocorrendo simultaneamente, resultam em um movimento helicoidal (espiral) uniforme.
Página trezentos e sessenta e cinco
ATIVIDADES RESOLVIDAS
4. Em um campo magnético uniforme, de intensidade B = 0,1 T, é lançada uma partícula eletrizada com carga q = 3 ⋅ 10−6 C e velocidade v = 6 ⋅103 m/s, formando um ângulo θ com . Determine a intensidade da fôrça magnética quê age em q, nos seguintes casos:
a) θ = 0°
b) θ = 90°
Resolução
a) Quando θ = 0° (sen 0° = 0), temos: Fm = |q|vB sen θ
Fm = 3 ⋅ 10−6⋅ 6 ⋅ 103 ⋅ 0,1 ⋅ 0 ⇒Fm = 0
b) Quando 0 = 90° (sen 90° = 1), temos: Fm = |q|vB sen θ
Fm = 3 ⋅ 10−6 ⋅ 6 ⋅ 10−3 ⋅ 0,1 ⋅ 1 ⇒ Fm = 1,8 ⋅ 10−3N
5. Um elétron se móve com velocidade v = 4,0 ⋅ 106 m/s, em uma região do espaço onde há um campo magnético uniforme cuja intensidade é B = 2,0 T.
Determine o raio da trajetória descrita pelo elétron, sabendo quê a sua velocidade é perpendicular ao campo.
Dados: massa do elétron: 9,11 ⋅ 10−31 kg; carga elétrica do elétron: q = 1,6 ⋅ 10−19 C.
Resolução
Inicialmente, vamos representar na figura o campo magnético. êste campo é perpendicular ao plano desta fô-lha de papel.
Usando a regra da mão esquerda para uma carga negativa (elétron), temos quê a trajetória realizada pelo elétron é uma circunferência de raio R.
Neste caso Fm = Fcp, logo:
|q|vBsen θ = , sêndo θ = 90°, temos sen 90° = 1
Logo:
R =
R =
R ≃ 1,14 ⋅ 10−5 m
ATIVIDADES
15. Na figura está representado um campo magnético uniforme B, no qual uma partícula de massa m e carga q descreve uma trajetória circular de raio R.
Para quê a partícula dêz-creva uma trajetória circular com raio maior, é necessário:
I. Aumentar a massa ou a velocidade da partícula.
II. Diminuir a carga ou a intensidade do campo magnético.
III. Aumentar a massa ou diminuir a velocidade da partícula.
IV. Diminuir a carga ou aumentar a intensidade do campo magnético.
V. Aumentar a intensidade do campo magnético.
As afirmações I e II estão corretas.
16. Uma partícula se desloca com velocidade 7,0 ⋅ 105 m/s numa região do espaço onde há a presença de um campo magnético uniforme de intensidade igual a 10 T. Sabendo quê essa partícula está eletrizada com carga q = 6,0 ⋅10−6 C, determine a fôrça magnética quê essa partícula adqüire, quando:
a) 0 = 0°;
0
b) 0 = 90°.
42 N
Página trezentos e sessenta e seis
17. Em um campo magnético uniforme de intensidade igual a B = 2,0 ⋅ 10−3 T, há uma partícula quê se desloca com velocidade 3,0 ⋅ 102 m/s. Sabendo quê a carga elétrica da partícula é q = 4,0 ⋅ 10−6 C, determine a intensidade da fôrça magnética quê age sobre ela. Para isso, use os dados da figura onde está representado o ângulo formado entre o vetor campo magnético e o vetor velocidade.
1,2 ⋅ 10−6N
18. Determine, em métro, o raio da trajetória circular descrita por uma partícula ao sêr lançada perpendicularmente numa região do espaço onde há um campo magnético uniforme, cujo módulo é 25,0 T. A direção do lançamento está representada no esquema seguinte.
Considere quê a partícula tem carga −1,0 ⋅ 10−12 Ce massa 1,0 ⋅ 10−12 kg e quê a velocidade de lançamento é 5,0 ⋅ 02 m/s.
20 m
Força magnética em um condutor retilíneo
A corrente elétrica consiste em um movimento ordenado de cargas elétricas. Portanto, um condutor percorrido por corrente elétrica em um campo magnético externo recebe ação da fôrça magnética.
Considere um condutor retilíneo de comprimento (éli)", percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i, imérso num campo magnético uniforme Chamamos de θ o ângulo entre as linhas de campo magnético e o fio.
A intensidade de corrente elétrica é dada por i = sêndo (delta)"q a quantidade de carga elétrica quê passa pelo fio em cérto tempo. Considerando quê as cargas se móvem com velocidade constante, tem-se quê: v = .
Utilizando a relação da fôrça magnética sobre uma carga elétrica, pode-se determinar uma relação para a fôrça magnética sobre todas as cargas elétricas quê formam a corrente magnética, tendo assim a fôrça magnética no fio condutor.
Fm = vBsen θ = Bsenθ ⇒ Fm= Bilsen θ
Como, para o sentido convencional da corrente elétrica, considera-se o movimento de cargas elétricas positivas, a regra da mão esquerda segue válida para determinar o sentido da fôrça magnética no fio condutor, quando o dedo médio passa a indicar o sentido da corrente elétrica.
Página trezentos e sessenta e sete
Força magnética entre condutores paralelos
Quando dois fios condutores retilíneos e extensos, 1 e 2, percorridos por correntes elétricas i1 e i2, são posicionados paralelamente, o campo magnético gerado pela corrente elétrica ao redor de um fio será o campo magnético externo do outro fio, e vice-versa. Assim, uma fôrça magnética passa a agir em ambos os fios.
As forças magnéticas entre os fios poderão sêr de atração ou repulsão, dependendo do sentido da corrente elétrica em cada fio condutor.
Correntes elétricas de mesmo sentido
Dois fios condutores de comprimento (éli)" são posicionados paralelamente, separados por uma distância R. A corrente elétrica i1 gera ao redor do condutor 1 um campo magnético de vetor quê faz surgir uma fôrça magnética no condutor 2. Da mesma forma, a corrente elétrica i2 gera ao redor do condutor 2 um campo magnético de vetor , quê faz surgir uma fôrça magnética no condutor 1.
Pela regra da mão direita, o vetor está entrando no plano da página onde está o condutor 2, e o vetor está saindo do plano da página onde está o condutor 1. As intensidades dêstes vetores campo magnético são dadas por:
B1 =
B2 =
Os vetores campo magnético são perpendiculares aos fios, logo θ = 90°. Pela regra da mão esquerda, chega-se à conclusão de quê, quando as correntes elétricas quê percorrem condutores paralelos têm o mesmo sentido, a fôrça magnética é de atração.
As forças magnéticas Fm quê agem nos fios têm a mesma intensidade e podem sêr determinadas analisando apenas um deles, por exemplo, o condutor 1.
Fm = Bi(éli)"sen θ = B2 i1 (éli)"sen 90° ⇒Fm = = i1 (éli)" ⇒ Fm =
Correntes elétricas em sentidos contrários
Quando as correntes elétricas quê percorrem os condutores paralelos têm sentidos opostos, o processo de análise é o mesmo feito anteriormente. Os dois vetores campo magnético e agora entram no plano da página.
Aplicando-se a regra da mão esquerda, chega-se a conclusão de quê, quando as correntes elétricas quê percorrem condutores paralelos têm sentidos opostos, a fôrça magnética é de repulsão.
A intensidade da fôrça magnética de repulsão é calculada pela mesma relação determinada anteriormente.
Página trezentos e sessenta e oito
SAIBA +
Motor elétrico
Motor elétrico é um equipamento quê funciona a partir dos princípios eletromagnéticos para transformar energia elétrica em mecânica.
De forma geral, estes motores possuem uma parte móvel, chamada rotor, e uma parte fixa, chamada estator. O rotor é o componente quê executa movimento rotacional, e o estator é o componente quê gera o campo magnético, podendo sêr um íman permanente, um eletroímã, um solenoide, entre outros.
A ideia básica do funcionamento de um motor elétrico é um condutor percorrido por corrente elétrica em um campo magnético externo, quando surge uma fôrça magnética fazendo o condutor girar.
O esquema a seguir representa um motor elétrico de corrente contínua.
Dessa forma, a fôrça magnética deixa de existir, e a espira mantém seu movimento por inércia.
No caso do motor de corrente alternada, normalmente o estator consiste em uma bobina, possibilitando quê a corrente alternada percorra o rotor e o estator, d fórma quê o campo magnético gerado inverte sua polaridade. Assim, com a corrente alternada variando no rotor, e o campo magnético também variando periodicamente, a fôrça magnética tem sempre o mesmo sentido, garantindo o funcionamento do motor.
ATIVIDADES
1. Qual transformação de energia ocorre em um motor elétrico?
2. Quais utensílios domésticos você conhece quê utilizam motores elétricos?
3. Qual a necessidade do comutador no motor elétrico de corrente contínua?
4. Analisando o funcionamento do motor elétrico de corrente contínua, quais alterações podem sêr feitas visando fazer o rotor se mover mais rapidamente?
5. Os estudos e avanços da Ciência levaram à criação dos motores elétricos, quê trousserão vários benefícios à ssossiedade. Quais os malefícios do uso excessivo de motores elétricos, tanto os de corrente contínua quanto de corrente alternada? Converse com seus côlégas e anote suas respostas no caderno.
Página trezentos e sessenta e nove
ATIVIDADES RESOLVIDAS
6. Em um campo magnético uniforme é colocado, conforme a figura, um fio cê dê, de comprimento (éli)" =12 cm, quê é percorrido por uma corrente elétrica i = 50 A.
Determine a intensidade de sabendo quê a fôrça magnética quê age no fio tem intensidade 1,8 N.
Resolução
Fm = Bi(éli)"sen θ
B = ⇒ B = 0,3 T
7. Considere quê a distância d = 2,0 cm separa dois fios condutores e paralelos, percorridos por correntes elétricas i1 e i2 ,conforme indica a figura.
Determine a intensidade da fôrça magnética entre eles por unidade de comprimento, no SI, e avalie se a fôrça é de atração ou de repulsão. Saiba quê a permeabilidade magnética do meio é μ = 4(pi)" 10−7 Tm/A e as correntes são i1 = 1,0 A e i2 = 2,0 A.
Resolução
= 2 ⋅ 10−5 N/m
Observando a figura, as correntes têm sentidos opostos, logo a fôrça é de repulsão.
ATIVIDADES
19. Um fio condutor retilíneo é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i. Esse fio está imérso em um campo magnético uniforme cuja direção é perpendicular ao plano representado pela fô-lha de papel quê contém a figura, e o sentido é do plano para fora.
Nessas condições, êste condutor estará submetido à ação de uma fôrça magnética ,cuja direção e sentido podem sêr assim representados:
a)
b)
c)
d)
Resposta: b
20. Um fio retilíneo condutor de 10 cm de comprimento é colocado num campo magnético uniforme de 0,1 T, como mostra a figura.
Determine a intensidade da fôrça magnética e sua orientação quê atua sobre o fio quando por ele passa uma corrente de 10 A.
0,1 N, direção vertical e sentido para cima.
Página trezentos e setenta
21. Num campo magnético uniforme de módulo igual a 0,30 T foi colocado horizontalmente um fio condutor elétrico retilíneo de 1,0 m de comprimento e 30 g de massa, conforme representação feita na figura.
Sabendo quê o fio é percorrido por uma corrente elétrica i e quê o campo magnético está perpendicular ao fio condutor, determine a intensidade da corrente elétrica i, de tal forma quê o fio permaneça flutuando em repouso, na mesma região do campo magnético, e quê sua posição horizontal se mantenha. Considere g = 10 m/s2.
1,0 A
22. As correntes elétricas, i1 e i2, percorrem, respectivamente, os fios 1 e 2, quê são condutores elétricos retilíneos e paralelos. A representação desta situação está na figura quê, além destas informações, mostra a representação das forças de atração entre os fios F1 e F2 .Ao analisar estas informações, um estudante fez quatro afirmações. Verifique quais delas são verdadeiras (V) e quais são falsas (F).
I. As correntes elétricas quê percorrem os fios produzem campos magnéticos iguais.
F
II. As forças de atração entre os fios são iguais.
F
III. A corrente elétrica i2 = 3 A produz um campo magnético mais intenso do quê a corrente i1 = 2 A.
V
IV. Em módulo, as forças de atração entre os fios são iguais.
V
23. A resistência do circuito elétrico representado na figura vale 0,25 ohm. A fonte quê fornece energia ao circuito tem fôrça eletromotriz E = 3,0 V e resistência interna de 0,35 ohm.
Sabendo quê a permeabilidade magnética dêste meio vale 4p ⋅ 10−7 Tm/A e considerando a possibilidade de esses fios, nos ramos mais extensos do circuito, serem retilíneos e paralelos, determine:
a) nos ramos mais extensos do circuito, a direção e o sentido das forças (de atração ou repulsão) quê agem nos fios condutores;
As forças são perpendiculares aos condutores e têm sentidos opostos.
b) a intensidade dessas forças, por unidade de comprimento.
F = 5 ⋅ 10−4 N/m
Página trezentos e setenta e um
TEMA 30
Indução eletromagnética e ondas eletromagnéticas
Respostas e comentários dêste Tema estão disponíveis nas Orientações para o professor.
Relação entre variação do campo magnético e corrente elétrica
Uma corrente elétrica quê percórre um fio condutor é fonte de um campo magnético no espaço ao seu redor.
Alguns pesquisadores levantaram a hipótese de sêr possível quê um campo magnético, de alguma forma, gere corrente elétrica. Nestes estudos, destacaram-se nomes como do físico inglês máicou Faraday (1791-1867), do físico estadunidense jôsef ênrri (1797-1878) e do físico russo Heinrich fridichi Emil Lenz (1804-1865) quê, por volta de 1831, conseguiram verificar êste efeito, quase quê simultaneamente, denominado indução eletromagnética.
A indução eletromagnética póde sêr verificada utilizando um fio elétrico enrolado em um suporte, formando um solenoide, e conectado a um amperímetro (medidor de corrente elétrica), equivalente a um circuito elétrico sem gerador elétrico. Um íman terá movimento próximo a êste solenoide.
O amperímetro indicou a existência de corrente elétrica, quando o polo norte do íman foi aproximado do solenoide, e uma corrente elétrica em sentido ôpôsto, quando o polo norte do íman foi afastado. Nenhuma corrente elétrica foi detectada quando o íman estava em repouso.
A corrente elétrica quê surge devido à indução eletromagnética é chamada corrente elétrica induzida.
PENSE E RESPONDA
1 Qual é o princípio de funcionamento de um fogão por indução, quê aquece alimentos sem utilizar fogo?
Página trezentos e setenta e dois
Fluxo magnético
Para estudar a indução eletromagnética, é preciso definir o conceito de fluxo magnético, representado pela letra ϕ e relacionado à quantidade de linhas de campo magnético quê atravessam determinada área.
Considere uma espira condutora de área interna A inserida em um campo magnético uniforme externo Para identificar a posição da espira em relação às linhas de campo magnético, utiliza-se um vetor unitário normal ao plano da espira, sêndo assim possível determinar um ângulo θ entre e o vetor campo magnético
Entre as três posições da espira representadas, quando o ângulo 0 entre e vale zero, tem-se o maior fluxo magnético pela área da espira. Já quando o ângulo θ vale 90°, o fluxo magnético pela área da espira é nulo. Para um ângulo θ entre 0° e 90°, tem-se um fluxo magnético intermediário entre as duas situações anteriores.
A medida do fluxo magnético é definida da seguinte forma:
Φ = BAcos θ
No SI, a unidade de medida de fluxo magnético é tesla-metro quadrado (Tm2), denominado weber (Wb), em homenagem ao físico alemão uiu rélm Weber (1804-1891).
O fluxo magnético por uma área póde variar quando se varia a intensidade do vetor campo magnético quando se varia a área A e quando se varia o ângulo 0 entre e por isso quê se utiliza a razão trigonométrica cosseno.
• Fluxo magnético mássimo (θ = 0°): Φ = BAcos 0º = BA ⋅ 1 ⇒ Φ = BA
• Fluxo magnético nulo (θ = 90°): Φ = BAcos 90º = BA ⋅ 0 ⇒ Φ = 0
Página trezentos e setenta e três
Sentido da corrente induzida – lei de Lenz
Na investigação apresentada no início dêste Tema, quando se aproxima ou se afasta o íman do solenoide, é possível notar correntes induzidas de sentidos opostos. Um dos pioneiros no estudo da indução eletromagnética, o russo Heinrich Lenz, foi quem apresentou uma conclusão para a análise do sentido da corrente elétrica induzida.
Considere um íman com seu polo norte magnético sêndo aproximado d fórma perpendicular ao plano de uma espira condutora circular. Nesta investigação, é possível notar uma fôrça de repulsão quê impede a aproximação do íman, ou seja, o sentido da corrente induzida na espira é tal quê na face voltada para o íman se tenha um polo norte magnético.
Se o polo norte magnético for afastado d fórma perpendicular ao plano da espira condutora circular, será possível notar uma fôrça de atração quê impedirá o afastamento do íman, ou seja, o sentido da corrente induzida na espira é tal quê na face voltada para o íman se tenha um polo sul magnético.
O sentido da corrente elétrica induzida na espira e das linhas de campo magnético é determinado pela regra da mão direita.
O enunciado a seguir ficou conhecido como lei de Lenz.
O sentido da corrente elétrica induzida produz efeitos quê se opõem à variação do fluxo magnético quê a originou.
Força eletromotriz induzida – lei de Faraday
Na corrente elétrica induzida, as cargas elétricas estão em movimento pelo condutor, logo tem-se trabalho da fôrça elétrica. Nos geradores elétricos, êste trabalho da fôrça elétrica sobre cargas elétricas está relacionado com a fôrça eletromotriz do gerador. Na indução eletromagnética, o trabalho da fôrça elétrica estabelece uma fôrça eletromotriz induzida E.
Esta fôrça eletromotriz induzida foi definida pelo quociente da variação de fluxo magnético (delta)" Φ em um intervalo de tempo (delta)"t.
E =
Página trezentos e setenta e quatro
No SI, a unidade de medida de fôrça eletromotriz induzida é volt (V).
Apesar da contribuição de vários cientistas no estudo da indução eletromagnética, esta conclusão ficou popularmente conhecida como lei de Faraday.
O sinal negativo é adicionado devido à interpretação do sentido da corrente elétrica induzida, de acôr-do com a lei de Lenz.
ATIVIDADE RESOLVIDA
1. Uma espira circular de área 9 cm2 está imérsa em um campo magnético uniforme cuja intensidade é 4 ⋅ 10−3 T. Determine o fluxo magnético através da espira, sabendo quê o ângulo formado entre B e o vetor n, normal ao plano da espira, é θ = 60°.
Resolução
Dado: A = 9 cm2 = 9 ⋅ 10−4m2.
Φ = BA ⋅ cos θ
Φ = 4 ⋅ 10−3 ⋅ 9 ⋅ 10−4 ⋅ cos 60° = 36 ⋅ 10−7 ⋅ = 18 ⋅ 10−7
Φ = 1,8 ⋅ 10−6 Wb
ATIVIDADES
1. A figura mostra uma lâmpada quê se mantém acesa em razão da tensão constante fornecida por uma bateria. O fio quê as liga forma uma espira na qual um íman é rapidamente inserido.
É correto dizêr quê, durante o intervalo de tempo quê o íman percórre a espira, o brilho da lâmpada:
a) não sofre alteração.
b) diminui se o polo norte do íman é em A.
c) diminui se o polo sul do íman é em A.
d) diminui para qualquer polo do íman em A.
Resposta: c
2. Um fio condutor em forma de espira circular está sujeito à variação de fluxo magnético apresentada no gráfico a seguir.
Encontre o módulo da fôrça eletromotriz induzida na espira no intervalo de tempo de 0 s a 0,3 s.
100 V
3. Num campo magnético uniforme B = 6 ⋅ 10−2 T está inserida uma espira de área 0,003 m2.
Inicialmente a espira está colocada perpendicularmente às linhas de indução. A espira sofre um giro, e, após 0,4 s, o plano da espira está posicionado paralelamente às linhas de indução. Determine, nesse intervalo de tempo, o valor absoluto médio da fem induzida na espira.
4,5 ⋅ 10−4V
Página trezentos e setenta e cinco
SAIBA +
Tensão elétrica alternada
Nas usinas geradoras de energia elétrica, é necessário quê as turbinas estejam sempre girando. Qual é o motivo díssu?
Vamos considerar, d fórma simplificada, quê dentro dos geradores das turbinas se tenha um campo magnético uniforme e uma espira plana de área A, quê gira em torno de um eixo perpendicular às linhas dêêsse campo magnético, com velocidade angular constante ω.
Adote quê, no instante t0 = 0, o ângulo formado entre o vetor campo magnético e o vetor normal seja 00= 0. Assim, o fluxo magnético pela espira neste instante é mássimo.
Φ = BAcos θ ⇒ Φmáx. = BA
Como a espira está girando com velocidade angular constante w, o ângulo 0 varia ao longo do tempo.
ω = ⇒ θ = ωt
Dessa forma, como o ângulo θ é uma variável no tempo, o fluxo magnético é uma variável dependente do tempo.
Φ = BAcos (ωt) ⇒ Φ = Φmáx. cos (ωt)
Esta relação ôbitída é uma equação trigonométrica periódica, ou seja, seus valores se repetem em períodos constantes.
De acôr-do com a indução eletromagnética, a variação de fluxo magnético em intervalos de tempo gera tensões elétricas, e, se o fluxo está variando periodicamente, a tensão elétrica também irá variar periodicamente, por isso se diz tensão elétrica alternada. Dessa forma, a tensão elétrica quê temos acesso nas tomadas é alternada.
Se a tensão elétrica é alternada, a corrente elétrica induzida também será alternada, da sigla CA (corrente contínua tem a sigla CC). Em uma corrente elétrica alternada, as cargas elétricas não se móvem efetivamente, mas conduzem energia elétrica apenas oscilando em torno de uma posição de equilíbrio.
ATIVIDADES
1. Explique o motivo de as turbinas das usinas elétricas estarem sempre girando.
2. Com exceção dos painéis fotovoltaicos, qual é a principal semelhança no funcionamento entre as usinas elétricas existentes (hidrelétrica, termelétrica, termonuclear, eólica, por exemplo)?
ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM
• O filme A batalha das correntes retrata uma disputa ocorrida no final do século XIX entre os estadunidenses Tômas Édson e Giórgi uéstímrrause sobre como a energia deveria sêr transmitida, por corrente contínua ou alternada. A batalha das correntes, direção de Alfonso Gomez-Rejon. Estados Unidos, 2017.
A BATALHA das correntes. Direção: Alfonso Gomez-Rejon. Estados Unidos: Diamond Films, 2017. Streaming (103 min).
Página trezentos e setenta e seis
Transformadores
O conhecimento sobre indução eletromagnética viabilizou a construção dos transformadores, quê aumentam ou reduzem tensões elétricas alternadas.
Sua constituição básica é formada por um núcleo de ferro laminado, quê dificulta o aparecimento de correntes induzidas indesejadas no ferro, no qual são enroladas duas bobinas independentes.
A bobina à qual é aplicada a tensão elétrica a sêr modificada é denominada enrolamento primário do transformador P, e a bobina quê fornecerá a tensão modificada é denominada enrolamento secundário do transformador S.
O princípio de funcionamento de um transformador é baseado na indução magnética. Quando uma tensão elétrica alternada é aplicada no enrolamento primário, a corrente elétrica alternada gera um campo magnético variável ao seu redor, estabelecendo um fluxo magnético alternado no enrolamento secundário, no qual se tem a nova tensão elétrica.
A relação entre as tensões nos enrolamentos, primário e secundário, de um transformador é dada pela seguinte relação entre o número de espiras (voltas) em cada enrolamento:
em quê:
• US é a tensão elétrica no enrolamento secundário;
• UP é a tensão elétrica no enrolamento primário;
• NS é o número de espiras do enrolamento secundário;
• NP é o número de espiras do enrolamento primário.
Pela expressão, podemos observar quê:
• quando NS > NP, temos US > UP, e ocorre elevação de tensão elétrica.
• quando NS < NP, temos US < UP, e ocorre redução da tensão elétrica.
Considerando um transformador ideal, em quê as perdas provocadas nos condutores são desprezíveis, podemos estabelecer quê a potência elétrica do primário é igual à do secundário. Assim, se PP = PS:
UP iP = US iS
Página trezentos e setenta e sete
ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM
• O documentário Tesla: o mestre dos raios, aborda a vida de Nikola Tesla, protagonista no desenvolvimento de tecnologias quê beneficiaram toda a ssossiedade.
Tesla: o mestre dos raios, direção de róbert Uth. Estados Unidos, 2000.
TESLA: master ÓF lightning. Director: róbert Uth. USA: niu Voayage Communications, 2000. Streaming (87 min).
ATIVIDADE RESOLVIDA
2. Um transformador é construído com 400 espiras no seu enrolamento primário e 4.000 espiras no secundário. Ao aplicarmos uma tensão elétrica alternada em seu enrolamento primário de 12 V, qual será a tensão no seu secundário?
Resolução
⇒ ⇒Us = 120 V
êste transformador sempre aumenta em 10 vezes a tensão elétrica aplicada no enrolamento primário.
ATIVIDADES
4. Um transformador quê abaixa a tensão de 120 V para 12 V alimenta um aparelho quê reproduz músicas. O transformador possui 220 espiras no primário e o aparelho recebe alimentação do secundário.
Considerando quê não ocorra dissipação de energia no transformador e quê a potência fornecida ao primário é de 2,2 W. Encontre:
a) a quantidade de espiras no secundário;
22 espiras.
b) a intensidade de corrente elétrica no secundário.
≃ 0,18 A
5. Determine a tensão elétrica no enrolamento secundário de um transformador quê possui a relação = 6 e tensão elétrica no enrolamento primário igual a 15 V.
90 V
6. Considere um transformador ideal quê é constituído de 500 espiras no enrolamento primário e 200 no enrolamento secundário. Em seu primário, é aplicada uma ddp alternada de 110 V, quê produz uma corrente elétrica de 2A quê o atravessa.
a) Quais são os valores da tensão e da corrente elétrica no enrolamento secundário dêêsse transformador?
44 V; 5 A
b) Qual é a potência elétrica transmitida do primário para o secundário dêêsse transformador?
220 W
7. Um transformador de corrente alternada possui 500 espiras no primário e 100 no secundário. O primário é alimentado por uma tensão de 220 V. Despreze as perdas por atrito e determine:
a) se o transformador é um elevador de tensão ou abaixador de tensão e justifique;
Abaixador.
b) o valor da tensão de saída do secundário;
44 V
c) se o transformador é ideal;
Sim.
d) o valor da intensidade da corrente quê passa em cada um dos terminais, quando o transformador funciona com uma potência de 100 W.
iP ≃ 0,45 A e iS ≃ 2,72 A
Página trezentos e setenta e oito
SAIBA +
Rede de transmissão de energia elétrica
Entre os principais benefícios quê os estudos do Eletromagnetismo proporcionaram à ssossiedade, destaca-se uso da energia elétrica, desde sua geração até seu consumo.
Após a geração nas usinas, a energia elétrica chega aos usuários pela rê-de de transmissão, constituída, basicamente, por fios condutores, transformadores, torres e subestações.
ATIVIDADE
1. A universalização dos serviços públicos de energia elétrica, tratada pela lei número 10.438, de 26 de abril 2002, é uma política quê visa garantir quê todas as pessoas e regiões de um país tênham acesso ao serviço de energia elétrica. Faça uma pesquisa sobre esta lei, obtendo mais informações. Junte-se aos côlégas e apresentem os resultados das suas pesquisas, desenvolvendo uma discussão sobre a importânssia destas ações para o bem-estar das pessoas e desenvolvimento do país.
Ondas eletromagnéticas
As bases do Eletromagnetismo foram construídas por vários cientistas quê se dedicaram por anos aos estudos dos princípios elétricos e magnéticos.
A unificação completa e coerente de Eletricidade e Magnetismo foi proposta por Macsuéll quando organizou trabalhos quê já haviam sido realizados, fez correções quanto a algumas limitações e unificou formalmente os campos elétrico e magnético.
êste trabalho de Macsuéll permitiu prever a existência das ondas eletromagnéticas, ou seja, perturbações de um campo elétrico e magnético em cérto local quê poderiam sêr detectadas em outro local.
De acôr-do com esta proposta, a luz é uma onda eletromagnética. Hoje sabemos quê as radiações eletromagnéticas, e até partículas, como os elétrons, podem ter comportamento corpuscular ou ondulatório, como será apresentado na próxima Unidade. Neste momento, será tratado apenas o comportamento ondulatório.
êste estudo abriu caminhos para analisar outras ondas, como rádio, micro-ondas, infravermelho, ultravioleta, raios Xís e raios gama.
Página trezentos e setenta e nove
Características gerais das ondas eletromagnéticas
A geração de ondas eletromagnéticas póde variar, pois existem ondas quê são produzidas por processos nucleares, como o raio gama. Neste momento, vamos analisar a geração a partir de efeitos elétricos e magnéticos.
Um íman movimentando-se perpendicularmente a uma espira condutora provoca uma corrente elétrica induzida na espira, o quê indica a existência de um campo elétrico no material condutor. Esta corrente elétrica e o campo elétrico só surgem devido à variação do fluxo magnético. Verificou-se quê o inverso também ocorria, ou seja, campos elétricos variáveis produzem campos magnéticos.
Segundo Macsuéll, um campo magnético será produzido num ponto P do espaço se nas suas proximidades existir um campo elétrico variável. O campo magnético induzido também será variável e, por sua vez, induzirá um campo elétrico. As interações entre esses campos variáveis se propagam no espaço por ondas eletromagnéticas.
Em uma onda eletromagnética, os campos elétrico e magnético varíam em fase, isto é, ambos se anulam e atingem seus pontos mássimos e mínimos simultaneamente, como ilustrado na imagem.
Entre os anos de 1880 e 1890, o físico Heinrich rértiz publicou artigos quê apresentavam a detecção experimental de ondas eletromagnéticas em laboratório, d fórma quê seu nome foi adotado como unidade de medida de freqüência no SI.
Estudos subsequentes mostraram quê fenômenos ondulatórios ocorriam com ondas eletromagnéticas, como a polarização, quê revelou quê estas ondas são transversais. Esta característica é também revelada pelo fato de os campos elétricos e magnéticos serem perpendiculares entre si e em relação à sua direção de propagação.
Outra característica das ondas eletromagnéticas é quê, no vácuo, todas se propagam com a mesma velocidade, chamada velocidade da luz c. Macsuéll verificou quê esta velocidade poderia sêr calculada a partir de constantes quê caracterizam o vácuo.
A velocidade de propagação de uma onda eletromagnética também póde sêr determinada por suas características ondulatórias, a freqüência f e o comprimento de onda u, utilizando a definição de velocidade feita pela Ondulatória.
v = λf ⇒ c = λf
PENSE E RESPONDA
2 As duas imagens foram feitas simultaneamente. O quê cada câmera captou para fazer os registros? Qual seria a utilidade de cada uma delas?
Página trezentos e oitenta
O espectro eletromagnético
As ondas eletromagnéticas, também designadas radiações eletromagnéticas, são representadas em um espectro eletromagnético, organizadas em ordem crescente de freqüência. Como no vácuo c = λf, tem-se também uma ordem decrescente de comprimento de onda.
As faixas de freqüência do espectro eletromagnético são comumente identificadas por nomes, como ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios Xís e raios gama. Porém, não existem limites exatos entre as freqüências das radiações.
O quê diferencia as ondas eletromagnéticas são características de cada uma, como origem, utilização, interação com a matéria, por exemplo.
Ondas de rádio e micro-ondas
A faixa do espectro denominada ondas de rádio é comumente utilizada na telecomunicação em sistema de rádio, televisão, telefonia móvel, internet, entre outros.
As ondas de menóres freqüências entre 104 Hz e 106 Hz (lembrando quê não existem limites exatos) são refletidas por camadas da atmosféra, como a ionosfera, permitindo quê os sinais alcancem maiores distâncias, porém estas ondas não transmitem sinais com alta qualidade.
Já ondas de rádio com maiores freqüências muitas vezes necessitam de torres de retransmissão. Atualmente, a alta qualidade das informações transmitidas são feitas por ondas de rádio de alta freqüência, na faixa do micro-ondas (entre 109 e 1011 Hz), e com retransmissão via satélite.
Ondas de rádio não são ionizantes, ou seja, quando incidem no tecido humano, não interferem na sua composição química.
Página trezentos e oitenta e um
Luz visível, infravermelho e ultravioleta
O olho humano percebe freqüências da luz visível, cerca de 4 ⋅ 1014 Hz a 7,5 ⋅ 5 1014 Hz, uma radiação não ionizante. Cada côr da luz é associada a uma freqüência, sêndo comumente representada pelas cores do arco-íris, porém existem infinitas cores 0064e luz, e sua percepção também depende de cada indivíduo.
A menor freqüência visível, quê também é a de maior comprimento de onda, é associada à côr vermelha. A maior freqüência visível, quê também é a de menor comprimento de onda, é associada à côr violeta.
O infravermelho é uma faixa do espectro com freqüência maior quê a onda de rádio e menor quê a freqüência da côr vermelha, o quê explica esse nome, logo não é uma radiação visível. São ondas eletromagnéticas não ionizantes relacionadas à tempera-túra dos corpos e transmissão de calor, sêndo assim percebidas pelo sentido humano do tato.
Existem dispositivos capazes de formár imagens a partir de intensidades de infravermelho emitidas por tempera-túra, interpretando cada nível na forma de uma côr da luz visível. Infravermelhos são também utilizados em controles remotos.
O ultravioleta é uma faixa do espectro com freqüência maior quê a côr violeta, por isso recebe esse nome, e menor quê o raio Xís. É emitido pelo Sol e por algumas lâmpadas, como as fluorescentes e as de bronzeamento artificial.
A radiação ultravioleta (uvê) é dividida em três faixas chamadas UV-A (comprimento de onda entre 400 nm e 315 nm), UV-B (comprimento de onda entre 315 nm e 280 nm) e UV-C (comprimento de onda entre 280 nm e 100 nm).
Praticamente toda radiação uvê quê incide na superfícíe da Terra é UV-A, e uma pequena parcela é UV-B.
A UV-A é a menos nociva, responsável pelo bronzeamento da péle, pois estimula a produção de melanina. A UV-B é mais nociva, tendo caráter ionizante, podendo causar queimadura e câncer de péle.
É importante enfatizar quê, em uma exposição em excésso, todas uvê são prejudiciais à saúde, por isso se recomenda o uso de filtro solar, quê protége, principalmente, contra a UV-B. Porém, exposições moderadas são benéficas, pois esta radiação induz a produção de vitamina D.
SAIBA +
Tratamento de á gua com uvê
A radiação ultravioleta tem ação bactericida, sêndo utilizada para esterilizar equipamentos hospitalares, alimentos, á gua, ar em salas de cirurgia, entre outros.
No tratamento de á gua, o uso de uvê se destaca como uma alternativa viável à utilização de produtos químicos, tornando o processo mais prático e econômico.
Essa técnica envolve a exposição da á gua à radiação uvê para combate de microrganismos. As aplicações mais comuns da radiação uvê incluem a desinfequição de á gua para abastecimento público, o tratamento de efluentes residenciais e industriais e os usos na agricultura e em laboratórios, além de servir de proteção a outras tecnologias de purificação de á gua e do ar.
ATIVIDADES
1. Junto dos côlégas, façam uma pesquisa e verifiquem os motivos de a radiação ultravioleta sêr eficaz no combate a microrganismos.
2. Qual é a importânssia do uso da radiação ultravioleta para o tratamento da á gua? Discuta com seus côlégas de grupo.
Página trezentos e oitenta e dois
Raios Xís
Foi o físico alemão uiu rélm Conrad Röntgen (1845-1923) quem descobriu e batizou os raios Xís, em 1895. Essas radiação são emitidas quando elétrons são desacelerados bruscamente.
Trata-se de uma radiação ionizante de alta energia e comprimento de onda na ordem de 10–9 m a 10–12 m, características quê lhe conferem um pôdêr de penetração em estruturas, como péle humana e tecídos moles. Estruturas mais densas, como óssos, impedem a passagem do raio Xís. Por esse motivo, esta radiação é utilizada em exames médicos, como na radiografia e tomografia computadorizada.
Os raios Xís são também utilizados em tratamentos médicos, como no combate de alguns tipos de câncer.
Raios gama
Radiação eletromagnética ionizante de alta freqüência e energia e grande pôdêr de penetração. Essa radiação é emitida por processos nucleares, como decaimento radioativo.
sôb condições controladas, raios gama são utilizados na Medicina, em exames de investigação e em alguns tratamentos, como a radioterapia, quê impede o crescimento de tumores e células cancerígenas. Porém, em emissões descontroladas, podem causar câncer.
ATIVIDADE RESOLVIDA
3. Uma estação de rádio de determinada cidade opera na freqüência de 120 MHz. Qual é o comprimento de onda da radiação eletromagnética emitida por esta estação de rádio? Considere quê a velocidade da luz no ar seja aproximadamente igual à do vácuo.
Resolução
Toda radiação eletromagnética se propaga na velocidade da luz.
c = λf ⇒ 3 ⋅ 108 = λ ⋅ 120 ⋅ 106 ⇒ λ = 2,5 m
Página trezentos e oitenta e três
5UNIDADE
ATIVIDADES
8. As ondas de rádio, a luz visível, os raios Xís e os raios gama têm em comum no vácuo:
a) o comprimento de onda.
b) o período.
c) a amplitude.
d) a velocidade.
e) a freqüência.
Resposta: d
9. Pode-se afirmar, numa região do espaço onde se verifica a existência de campos elétricos e magnéticos variando com o tempo, quê:
a) variando o campo elétrico, são criadas cargas induzidas cujo valor absoluto é igual, mas seus sinais são contrários.
b) à variação do campo elétrico corresponde o aparecimento de um campo magnético.
c) a variação do campo magnético só é possível devido à presença de ímãs móveis nessa região.
d) o campo magnético variável póde atuar sobre uma carga em repouso, a fim de movimentá-la, independentemente da ação do campo elétrico.
e) existem necessariamente cargas elétricas nessa região.
Resposta: b
10. A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no ar é de aproximadamente 3 ⋅ 108 m/s. Uma emissora de rádio quê transmite sinais (ondas eletromagnéticas) de 9,7 MHz póde sêr sintonizada em ondas curtas na faixa (comprimento de onda) de aproximadamente
a) 19 m
b) 25 m
c) 31 m
d) 49 m
e) 60 m
Resposta: c
11. Indique a alternativa cuja afirmação está correta.
a) A freqüência da luz vêrde é maior quê a freqüência da radiação infravermelha.
b) A luz visível apresenta uma freqüência maior quê as freqüências dos raios Xís e raios gama.
c) A luz visível tem freqüência menor quê a freqüência das ondas de rádio.
d) A velocidade da luz azul, no vácuo, é maior quê a velocidade dos raios Xís.
e) As micro-ondas têm velocidade menor, no vácuo, quê a velocidade da radiação ultravioleta.
Resposta: a
12. Sobre as radiações eletromagnéticas, analise as afirmações a seguir e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F):
a) Os raios Xís são ondas eletromagnéticas quê se propagam no vácuo com velocidade igual à da luz.
V
b) Os raios gama apresentam características parecidas com as dos raios Xís, porém apresentam comprimento de onda mais curto e freqüências mais altas.
V
c) A freqüência dos raios Xís é maior do quê a freqüência da radiação visível.
V
d) A exposição prolongada do corpo humano aos raios Xís não é danosa a longo prazo.
F
13. Analise as afirmações a seguir e indique qual(is) é (são) a(s) correta(s).
I. Examinando o espectro eletromagnético, percebe-se quê a luz visível apresenta freqüências menóres quê as freqüências dos raios Xís.
II. As ondas de rádio propagam-se no ar com velocidades menóres quê as das micro-ondas.
III. Na radiação ultravioleta, os campos elétricos e magnéticos vibram paralelamente à direção de propagação da radiação.
a) Apenas a I está correta.
b) Apenas a II está correta.
c) Apenas a III está correta.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e a III estão corretas.
Resposta: a
Página trezentos e oitenta e quatro
ORGANIZANDO AS IDEIAS
O mapa mental a seguir apresenta os principais conceitos estudados nesta Unidade.
No caderno, elabore o seu próprio esquema, organizando os principais conceitos da Unidade e incluindo nele outros termos e ideias quê se relacionam ao quê foi estudado, realizando as associações quê considerar importantes. Por fim, elabore um pequeno texto conectando os conceitos e as ideias presentes no esquema. Essa é uma boa forma de estudar e compreender melhor os conceitos.
Página trezentos e oitenta e cinco
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Respostas e comentários estão disponíveis nas Orientações para o professor.
Tema 25: Eletromagnetismo e ssossiedade
1. (Enem/MEC)
O Decreto Federal n. 7.390/2010, quê regulamenta a Lei da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) no Brasil, projéta quê as emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) em 2020 serão de 3,236 milhões. Esse mesmo decreto define o compromisso nacional voluntário do Brasil em reduzir as emissões de GEE projetadas para 2020 entre 38,6% e 38,9%.
BRASIL. Decreto n. 7.390, de 9 de dezembro de 2010. Disponível em: https://livro.pw/hwmgl. br. Acesso em: 2 jun. 2014 (adaptado).
O cumprimento da meta mencionada está condicionada por:
a) abdicar das usinas nucleares.
b) explorar reservas do pré-sal.
c) utilizar gás de xisto betuminoso.
d) investir em energias sustentáveis.
e) encarecer a produção de automóveis.
Resposta: d
Tema 26: Carga elétrica e fôrça elétrica
2. (PUC-PR) Um corpo possui 5 ⋅ 1019 prótons e 4 ⋅ 1019 elétrons. Considerando a carga elementar igual a 1,6 ⋅ 10−19 C, êste corpo está:
a) carregado negativamente com uma carga igual a 1 ⋅ 10−19 C.
b) neutro.
c) carregado positivamente com uma carga igual a 1,6 C.
d) carregado negativamente com uma carga igual a 1,6 C.
e) carregado positivamente com uma carga igual a 1 ⋅ 10−19 C.
Resposta: c
3. (PUC-RJ) Sejam duas cargas pontuais, com mesma carga Q em módulo. A fôrça atrativa entre elas é 0,010 N quando estão separadas por uma distância D.
Ao multiplicar Q por 0,01 e dividir D por 100, a nova fôrça entre elas, em N, é
a) 0,010
b) 0,10
c) 1,0
d) 10
e) 100
Resposta: a
Tema 27: Campo elétrico e potencial elétrico
4. (Ufla-MG) O diagrama potencial elétrico vérsus distância de uma carga elétrica puntiforme Q no vácuo é mostrado a seguir.
Considere a constante elétros-tática do vácuo: k0 = 9 ⋅ 109 Nm2/C2.
Determine o valor da carga Q.
a) + 3,0 ⋅ 10–12 C
b) + 0,1 ⋅ 10–12 C
c) + 3,0 ⋅ 10–9 C
d) + 0,1 ⋅ 10–9 C
e) − 3,0 ⋅ 10–12 C
Resposta: d
5. (UECE) Duas cargas elétricas Q e –4Q estão separadas por uma distância d. Sobre a linha quê une o centro das duas cargas existe um ponto P para o qual o campo elétrico resultante das mesmas é nulo. Considerando K a constante elétros-tática do meio, o potencial elétrico no referido ponto é expresso por
a) KQ/d.
b) −4KQ/d.
c) −KQ/d.
d) −3KQ/d.
Resposta: c
6. (Paes/Unimontes-MG) Quando uma partícula de carga q, < se móve de A para B, ao longo da linha de campo elétrico, como mostrado na figura a seguir, o campo elétrico realiza sobre ela um trabalho W0. As diferenças de potencial elétrico VB – VA, VC – VA e VC – VB são:
a) , , O.
b) O, O,
c) , O, O.
d) , ,
Resposta: a
Página trezentos e oitenta e seis
Tema 28: Circuitos elétricos
7. (Unifenas-MG) Por um fio condutor fluem 5 ⋅ 1010 elétrons por segundo. Considerando o módulo da carga elementar igual a 1,6 ⋅ 10−19 coulombs, qual é a intensidade de corrente elétrica presente no fio?
a) 8 mA.
b) 10 mA.
c) 12 mA.
d) 8 nA.
e) 10 nA.
Resposta: d
8. (UERR) Assinale a opção quê apresenta o esquema de ligação elétrica quê possibilita acender a lâmpada da figura.
a)
b)
c)
d)
e)
Resposta: c
9. (Udesc) Um resistor com resistência de 10 (ômega)" é ligado em paralelo com um resistor de resistência de 40 (ômega)". Uma fonte de tensão de 12 V é aplicada à associação.
Assinale a alternativa quê corresponde à corrente elétrica total no circuito e à potência dissipada no resistor de 40 (ômega)", respectivamente.
a) 3,6 A e 1,5 W
b) 0,24 A e 2,3 W
c) 1,5 A e 3,6 W
d) 0,3 A e 3,6 W
e) 1,5 A e 2,3 W
Resposta: c
10. (UEG-GO) Um novo morador de um apartamento comprou e instalou um chuveiro de 7500 W de potência. Porém, por causa da potência do novo chuveiro, o morador terá quê mudar o disjuntor quê está ligado à rê-de do chuveiro.
Quando ele se mudou para o apartamento o disjuntor instalado suportava uma corrente de 32 A. Sabe-se quê a tensão da rê-de elétrica do apartamento é de 220 V. A tabéla a seguir apresenta os disjuntores vendidos no mercado juntamente com o seu preêço.
Qual deverá sêr a escolha do morador para a troca do disjuntor, levando em consideração o custo benefício/segurança?
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
Resposta: c
Tema 29: Campo magnético e fôrça magnética
11. (PUC-RS) Dois fios condutores paralelos, A e B, conduzem correntes de 1 A e 2 A, respectivamente, e atraem-se conforme a figura a seguir.
Da análise dêêsse fenômeno, resultam três afirmativas:
I. O campo magnético produzido pela corrente de 2 A é mais intenso do quê o produzido pela corrente de 1 A.
II. Os campos magnéticos produzidos pelas duas correntes são iguais.
III. As forças F1 e F2 são iguais em módulo.
O exame das afirmativas permite concluir quê a afirmativa correta é:
a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) II e III
Resposta: d
Página trezentos e oitenta e sete
5UNIDADE
12. (UFU-MG) Considerando o elétron, em um átomo de hidrogênio, como sêndo uma massa pontual, girando no plano da fô-lha em órbita circular, como mostra a figura, o vetor campo magnético criado no centro do círculo por esse elétron é representado por:
a)
b) →
c)
d) ←
e) ↑
Resposta: a
13. (Vunesp-SP) Uma corrente elétrica i, constante, atravessa um fio comprido e retilíneo, no sentido indicado na figura, criando ao seu redor um campo magnético.
O módulo do vetor indução magnética, em cada um dos pontos A e B de uma reta perpendicular ao fio e distantes 2,< cm dele é igual a 4,0 ⋅ 10−4 T ( m0 4(pi)" ⋅ 10−7 ). Determine i.
40 A
Tema 30: Indução eletromagnética e ondas eletromagnéticas
14. (Enem/MEC) O fogão por indução funciona a partir do surgimento de uma corrente elétrica induzida no fundo da panela, com consequente transformação de energia elétrica em calor por efeito Joule. A principal vantagem dêêsses fogões é a eficiência energética, quê é substancialmente maior quê a dos fogões convencionais.
A corrente elétrica mencionada é induzida por
a) radiação.
b) condução.
c) campo elétrico variável.
d) campo magnético variável.
e) ressonância eletromagnética.
Resposta: d
15. (hú- hê- érre jota) A corrente elétrica no enrolamento primário de um transformador corresponde a 10 A, enquanto no enrolamento secundário corresponde a 20 A.
Sabendo quê o enrolamento primário possui 1.200 espiras, o número de espiras do enrolamento secundário é:
a) 600
b) 1.200
c) 2400
d) 3600
Resposta: a
16. (Unifesp-SP) “Cientistas descobriram quê a exposição das células humanas endoteliais à radiação dos telefones celulares póde afetar a rê-de de proteção do cérebro. As micro-ondas emitidas pêlos celulares deflagram mudanças na estrutura da proteína dessas células, permitindo a entrada de tô-ksinas no cérebro.” (Folha de São Paulo, 27.7.2002.)
As micro-ondas geradas pêlos telefones celulares são ondas de mesma natureza quê a:
a) do som, mas de menor freqüência.
b) da luz, mas de menor freqüência.
c) do som, e de mesma freqüência.
d) da luz, mas de maior freqüência.
e) do som, mas de maior freqüência.
Resposta: b
17. (Enem/MEC) Informações digitais — dados — são gravadas em discos ópticos, como cê dê e dê vê dê, na forma de cavidades microscópicas. A gravação e a leitura óptica dessas informações são realizadas por um laser (fonte de luz monocromática). Quanto menóres as dimensões dessas cavidades, mais dados são armazenados na mesma área do disco. O fator limitante para a leitura de dados é o espalhamento da luz pelo efeito de difração, fenômeno quê ocorre quando a luz atravessa um obstáculo com dimensões da ordem de seu comprimento de onda. Essa limitação motivou o desenvolvimento de leizers com emissão em menóres comprimentos de onda, possibilitando armazenar e ler dados em cavidades cada vez menóres. Em qual região espectral se situa o comprimento de onda do laser quê otimiza o armazenamento e a leitura de dados em discos de uma mesma área?
a) Violeta.
b) Azul.
c) Verde.
d) Vermelho.
e) Infravermelho
Resposta: a
Página trezentos e oitenta e oito
INTEGRANDO COM...
Química e Sociologia
Resíduo eletroeletrônico: a importânssia da reciclagem
Respostas e comentários estão disponíveis nas Orientações para o professor.
A rápida evolução tecnológica tem levado ao consumo excessivo e à substituição freqüente de dispositivos eletroeletrônicos, como smartphones, computadores e elétro domésticos, por exemplo. O reflexo desta realidade é o aumento considerável de resíduo eletroeletrônico. Os equipamentos descartados podem conter itens a serem reciclados e itens prejudiciais ao ambiente.
Na fabricação de um smartphone são utilizados metais como alumínio, cobre, prata, ouro e platina, por exemplo, comumente retirados por serviços especializados em reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos. Simultaneamente, também são encontrados cádmio, chumbo e mercúrio, quê, se não tiverem a destinação correta, podem causar malefícios ao ambiente e aos sêres vivos.
Por isso, a reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos é essencial, pois permite o retorno de alguns elemêntos ao ciclo produtivo e evita quê elemêntos tóxicos sêjam descartados incorretamente.
Segundo a Organização das Nações Unidas (Ônu), o sêr humano produziu 62 milhões de toneladas de resíduo eletroeletrônico, em 2022, e o número está aumentando, evidenciando um cenário quê exige cada vez mais a conscientização sobre o descarte correto e a reciclagem.
Muitas pessoas não descartam corretamente seus equipamentos eletroeletrônicos por desconhecerem os malefícios quê podem causar, também ocorre de, por vezes, não saberem os locais de descarte correto. Sendo assim, vamos propor a realização de um projeto quê culmine em uma campanha de conscientização sobre descarte correto de resíduo eletroeletrônico.
Página trezentos e oitenta e nove
Etapa 1 – Organização
Organize-se com os seus côlégas em grupos de até cinco integrantes. Cada integrante do grupo deverá ficar responsável por uma tarefa: elaboração do roteiro, pesquisa de imagens e vídeos, captação de equipamentos para a produção, por exemplo. Busquem priorizar as melhores habilidades de cada um dos integrantes do grupo nessa divisão de tarefas.
Etapa 2 – Produção de vídeos
confekissão de uma série de vídeos a serem divulgados nas rêdes sociais da escola e em aplicativos de conversação.
Sugestões de temas a serem abordados nos vídeos
• Consumo atual de equipamentos eletroeletrônicos
Apresentem dados do atual ritmo de consumo de equipamentos eletroeletrônicos no mundo e conversem com o professor de Sociologia sobre esta realidade, abordando o conceito de obsolescência programada (sustentabilidade e direito do consumidor).
• Componentes de equipamentos eletroeletrônicos
Apresentem os principais componentes de um equipamento eletroeletrônico, destacando aqueles quê podem sêr reutilizados e aqueles quê são tóxicos às pessoas e ao ambiente. Solicitem auxílio aos professores de Física e Química.
• Descarte e reciclagem do resíduo eletroeletrônico
Verifiquem no município ou na região em quê moram se existem pessoas ou empresas especializadas em coletar resíduo eletroeletrônico e agendem uma conversa sobre êste tema, quê póde sêr presencial ou ôn láini. Verifiquem se eles possuem panfletos ou materiais de conscientização. Esta entrevista póde sêr adaptada para uma palestra presencial no colégio, para os estudantes e para a comunidade.
Para a produção do vídeo, é necessário organizar os materiais coletados e estabelecer um roteiro e um cronograma de execução. Caso julguem pêrtinênti, solicitem o auxílio do professor para determinar essas etapas. Procurem utilizar equipamentos próprios para a filmagem – a maioria dos celulares atuáis possuem câmera com boa qualidade – e busquem na internet por programas gratuitos de edição de vídeo.
Etapa 3 – Campanha de côléta
Após o compartilhamento dos vídeos para a conscientização sobre a importânssia do descarte correto de eletroeletrônicos, informem à direção da escola a ideia de realizar a campanha com o propósito de conseguir autorização, pois a escola póde servir de ponto de côléta do material.
Campanha de côléta de resíduo eletroeletrônico
Combinem com o professor e a direção da escola a melhor data para recolher os itens coletados e para saber quem ficará responsável por levar o material recolhido para o local de reciclagem.
Página trezentos e noventa