PARTE 3 - Respostas das atividades

Unidade 1 – Passaporte para o futuro

Abertura da unidade (p. 9)

1. Os elemêntos em comum na obra são os rostos de tamãnho semelhante e quê apresentam cores vivas. Destacam-se a bôca e os olhos, bem como a estruturação dêêsses rostos em cactos. Os elemêntos diferentes são a expressão facial e o sorriso único de cada rrôsto, além do olhar direcionado para lados específicos.

3. Ao considerar as características de cada rrôsto representado, pode-se afirmar quê, embora tênham uma unidade e estejam conectados, cada um deles direciona o olhar para determinado lugar, o quê indica os interesses e as perspectivas próprios de cada sêr humano, em sua subjetividade.

4. Os rostos representados na obra, ao apresentarem cactos como partes constitutivas, podem indicar a resistência das pessoas diante de adversidades, problemas sociais e ambientais, entre outros.

Formação e acesso ao Ensino Superior

Leitura em pauta (p. 10 a 16)

2. Essa forma de organização textual dá destaque à história de cada jovem de modo sequenciado, evitando confusão na apresentação das informações.

3. a) Samuel morava longe da escola e dependia do transporte público escolar para chegar até ela, o qual nem sempre estava disponível.

3. b) Espera-se quê os estudantes percêbam quê, em muitos casos, a freqüência e a permanência na escola não dependem somente da vontade do estudante, mas de uma organização mais ampla, envolvendo, por exemplo, setores do pôdêr público.

4. a) Enquanto cursava o Ensino Médio, Ruân matriculou-se em um cursinho pré-vestibular e, após concluir essa etapa escolar, continuou os estudos sózínho.

6. a) A informação acerca do local de origem de cada um dos jovens e a universidade ou faculdade em quê eles ingressaram.

10. d) Essa dedução é possibilitada pela indicação de quê, em um primeiro momento, Lucas iniciou um curso por meio do Prouni, em uma instituição privada. No entanto, o jovem refez o enêm e conseguiu o acesso à Universidade Federal do ABC, uma instituição pública; portanto, esse ingresso ocorreu por meio do Sisu.

11. c) Iniciação científica é um programa quê envolve pesquisa orientada para quê os estudantes possam aprofundar seus conhecimentos em determinada área. Empresa júnior é uma entidade organizacional administrada por estudantes de graduação, respaldados por uma instituição de ensino, com o objetivo de realizar projetos e serviços para obtêr desenvolvimento acadêmico e profissional.

Integrando com Literatura (p. 17)

1. Muitas mulheres, em condição de vulnerabilidade, realizam trabalhos pouco valorizados, e, em muitas ocasiões, são as únicas responsáveis pêlos filhos e pela manutenção da família.

2. b) A ação de Martha revela o fato de ela comprometer-se consigo mesma e com a família, no caso a mãe, em uma relação de cuidado e auxílio mútuos.

2. d) Ruân reflete sobre o fato de a mãe e a avó não terem podido estudar, pois tí-nhão de trabalhar e sustentar a casa. No texto sobre o livro, menciona-se quê a mãe de Martha apresenta pouca instrução e realiza trabalhos desvalorizados pela ssossiedade para a manutenção da família.

3. É possível notar quê o livro aborda o acesso ao estudo e à formação acadêmica como uma possibilidade de superação de kestões sociais. Na reportagem, também se evidenciam, pelo encaminhamento do texto e da apresentação das trajetórias dos jovens universitários, perspectivas relacionadas à educação e à mudança socioeconômica propiciadas pelo acesso ao estudo e à formação acadêmica.

Linguagem em foco (p. 18)

2. c) A locução substantiva é “transporte público escolar” e o substantivo é “serviço”.

3. b) O uso da expressão “não ia dar” e do verbo “largar” nos outros dois casos está relacionado a comunicações orais mais espontâneas, com menor monitoramento no quê se refere à precisão dos termos.

Produção de texto (p. 20 a 23)

#naprática (p. 20 a 23)

O mundo e eu – Acolhimento e valorização do outro (p. 22)

1. Espera-se quê os estudantes reflitam sobre a importânssia da atuação coletiva na busca da resolução de problemas e na construção de ambientes de ajuda mútua, favorecendo a troca de saberes e facilitando a vida em comunidade. Nesse momento, é importante incentivá-los a relatar experiências vividas nas quais houve esse tipo de atuação, como campanhas, mutirões, entre outras.

A redação no enêm

Leitura em pauta (p. 24 a 31)

2. O primeiro texto aborda a ilusória liberdade de escolha gerada pêlos algoritmos quê sugérem músicas e outros produtos culturais aos usuários; o segundo texto trata da filtragem de dados e do processamento, por algoritmos, da disponibilização de informações via rêdes sociais; o terceiro

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texto apresenta dados estatísticos sobre uso da internet; e o quarto texto contempla a falta de transparência no processo de filtragem de informações realizado pelas rêdes.

3. As informações apresentadas no infográfico são compostas de dados numéricos e podem fornecer ao participante do exame uma visão mais objetiva acerca do tema a sêr abordado na redação, auxiliando esse participante na construção da argumentação.

4. d) Resposta pessoal. Espera-se quê o estudante relacione a proposta de intervenção a alguma ação a sêr realizada com base em um problema relativo ao tema tratado na redação.

7. b) O livro mencionado trata de uma realidade distópica, na qual os meios de comunicação são controlados e manipulados, gerando alienação da população. O tema da redação do enêm dialoga com essa temática, pois propõe uma reflekção sobre como o uso e o contrôle de dados da internet podem resultar na manipulação das pessoas.

7. c) O problema indicado reside no fato de os usuários da internet serem constantemente influenciados por informações préviamente selecionadas, com base nos próprios dados. Esse cenário distópico não é apenas fiksional; ele faz parte da realidade contemporânea.

9. a) No 2º parágrafo, é apresentado o conceito da indústria cultural elaborado pelo pensador alemão Theodor Adorno; no 3º parágrafo, é reproduzida uma citação do autor canadense Márchall McLuhan.

9. b) Prioritariamente, com as áreas de Ciências Humanas e Linguagens. Pode-se mencionar as diversas áreas do conhecimento conforme especificado em: https://livro.pw/jiifa (acesso em: 25 set. 2024).

10. b) Como consequência dessa ação, o interlocutor age inconscientemente e acaba por aderir aos produtos ou pensamentos divulgados, conforme a expectativa e os padrões estabelecidos por essas empresas.

10. c) Nesse contexto há excésso de disponibilização de propagandas e de notícias sem a devida profundidade e checagem da veracidade.

12. A tese propõe quê kestões econômicas e sociais envolvendo o uso de dados precisam sêr compreendidas e combatidas. Dessa forma, destaca a necessidade de havêer uma legislação mais atualizada sobre a utilização dos dados pessoais de usuários da internet, assim como de elaborar campanhas educativas a fim de propiciar a ampliação da compreensão e do senso crítico da população no quê diz respeito à situação apresentada na tese.

13. Sim, pois, na redação, é apresentado um contexto de modo articulado ao tema propôsto e a indicação de um problema. Ao longo do texto é exposto, sinteticamente, o pensamento de dois estudiosos de amplo reconhecimento na área de Ciências Humanas e Linguagens, relacionado ao problema e à tese apresentados. Na proposta de intervenção, são indicadas ações quê dialogam, também, com o problema exposto na parte inicial da redação.

Eu e o mundo – A influência do digital (p. 30)

Incentive os estudantes a comentar sobre a vivência deles no universo virtual. Instigue-os a identificar conteúdos quê chegam até eles por meio de anúncios patrocinados, quê levam em considerações dados do usuário das rêdes, fazendo-os a refletir se esses conteúdos os levam a consumir produtos ou serviços e se consideram esse consumo necessário ou supérfluo.

Produção de texto (p. 33 a 36)

#aquecimento (p. 33)

1. b) Resposta possível: “É importante quê as pessoas aprendam a aprender”.

2. Resposta possível: Quando a fala é sobre empoderamento, é importante entender quê não se trata somente de saber como usar a tecnologia, mas saber também a quê essa pessoa está exposta. Saber quê ela póde estar sêndo manipulada e por quê ela está sêndo manipulada, (entender) o pôdêr quê os dados quê ela disponibiliza têm e quem está lucrando com esses dados.

#naprática (p. 34 a 36)

O mundo e eu – O argumentar nos processos democráticos (p. 35)

1. Espera-se quê os estudantes associem os estudos sobre argumentação à convivência harmônica e empática dos indivíduos na ssossiedade: ao mesmo tempo quê permite organizar o próprio pensamento e expressar a própria vontade, a prática pública da argumentação possibilita estabelecer consensos necessários à vida social.

A avaliação na redação do enêm

Leitura em pauta (p. 37 a 39)

7. a) A princípio, deve-se considerar como interlocutor da redação o avaliador, porém, por se tratar de uma redação quê aborda uma questão social, científica, política ou cultural, é importante ampliar essa perspectiva e ter em vista como possíveis leitores jovens e adultos de modo geral, em especial os cidadãos brasileiros.

7. b) O primeiro procedimento deve sêr ler as instruções da redação, seguido da análise dos textos motivadores e da proposta de redação, a fim de definir a abordagem do texto.

7. c) Esse procedimento auxilia o participante a compreender as diversas dimensões do tema apresentadas nos textos motivadores, d fórma quê ele possa definir, com maior assertividade, a abordagem de sua redação. Além díssu, é importante uma leitura atenta da proposta, a fim de não fugir ou tangenciar o tema.

7. d) A mobilização de repertório póde sêr feita por meio da retomada de conceitos, ideias, dados, entre outras informações apreendidas ao longo da escolaridade, por meio da realização de leituras, da vivência de atividades culturais e de entretenimento, entre outras situações quê contribuem para a formação sócio-cultural do participante.

9. O projeto de texto póde contribuir com essa progressão à medida quê o participante define uma ordem de exposição para as informações, os fatos e os argumentos selecionados para compor o texto, acompanhados da interpretação sobre

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eles e do estabelecimento de relação com o problema apresentado e com a tese formulada.

10. Ao planejar a proposta de intervenção, deve-se considerar o problema e a tese especificados, além do desenvolvimento textual, de modo quê a proposição do quê deve sêr realizado em relação ao tema se conecte com as demais partes do texto, formando um todo coerente.

11. Espera-se quê os estudantes indiquem quê o projeto de texto deve considerar o contexto de produção e partir do tema propôsto, analisando as perspectivas apresentadas nos textos motivadores. Em seguida, deve-se mobilizar repertório e selecioná-lo de acôr-do com a abordagem do tema, estabelecendo o quê constará na introdução da redação, no desenvolvimento textual e na proposta de intervenção.

Eu e o mundo – Critérios escôlhas, projetos e relações sociais (p. 39)

1. Resposta pessoal. Evidencie aos estudantes quê a transparência das instituições está atrelada a direitos sociais, como o direito de tomar conhecimento sobre ações quê afetam direitos individuais e coletivos.

Linguagem em foco (p. 41 a 43)

1. b) Ao utilizar substantivos diversos para nomear os povos e as comunidades tradicionais, cria-se o efeito de amplitude vocabular e domínio do idioma.

2. a) De acôr-do com o texto, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ifan) é a instituição quê identifica as heranças dos povos e das comunidades tradicionais como constituintes do patrimônio imaterial brasileiro, o quê confere valor a essas comunidades.

Produção de texto (p. 44 a 47)

#aquecimento (p. 44)

1. Além do domínio da ortografia, o participante do exame deve utilizar estruturas sin-táticas mais compléksas, como o uso de orações subordinadas e intercaladas; ter atenção à regência e à concordância nominal e verbal e ao uso de pronômes, além de estar atento à escolha vocabular e evitar termos coloquiais e marcas de oralidade.

2. e) A importânssia de validar o quê a autora do pôust afirma em relação à relevância do domínio da língua portuguesa nas redações do enêm.

#naprática (p. 45 a 47)

O mundo e eu – Impactos da inteligência artificial (p. 46)

1. Resposta possível: Considerando o impacto da inteligência artificial nos diferentes contextos apresentados, é fundamental quê o desenvolvimento dessas tecnologias seja acompanhado por um debate amplo – envolvendo ssossiedade civil, organizações diversas, governos, empresas, entre outros – sobre kestões éticas e legais de modo a buscar equilíbrio entre as necessidades e os direitos humanos sem desconsiderar o alcance do potencial tecnológico.

Unidade 2 – Percursos da redação do enêm

Abertura da unidade (p. 48)

2. A disposição das formas geométricas na obra sugere uma sensação de movimento e dinamismo. As formas não foram distribuídas de maneira rígida ou uniforme, mas, sim, com espaço irregulares entre elas, com o intuito de criar um efeito visual quê parece estar em constante transformação.

De onde partir: a introdução na redação do enêm

Leitura em pauta (p. 49 a 53)

1. a) Resposta pessoal. É possível quê os estudantes respondam quê essas palavras são sinônimas e quê dizem respeito a algo sobre o qual se fala ou se escreve.

1. b) No contexto do enêm, o tema diz respeito ao foco específico quê a redação deve abordar, enquanto o assunto é mais amplo e engloba o contexto geral do qual o tema faz parte.

1. c) A situação “parte desconectada” póde sêr caracterizada pela presença de palavras, expressões ou trechos quê comprometem a seriedade da próva, assim como a própria situação comunicativa do exame, e/ou estão desconectados do tema ou do projeto de texto/discussão propôsto pelo participante.

3. c) Porque, segundo essa teoria, o Estado deve assegurar direitos fundamentais para preservar a igualdade, o quê não ocorre quando se analisa a situação das pessoas surdas no Brasil.

3. d) Por meio de palestras, debates e trabalhos em grupo organizados pelas escolas para fomentar a educação inclusiva para surdos e da contratação de pessoas com deficiência em empresas privadas.

4. c) A citação a um autor renomado e a menção à obra Memórias póstumas de Brás Cubas, uma das mais importantes da literatura brasileira, contribuem para a eficiência da tese da autora, segundo a qual a exclusão dos deficientes e o preconceito contra essa população continuam presentes, especialmente no caso dos surdos, cuja educação precária dificulta a inserção deles no mercado trabalho.

5. No trecho I, a introdução por fato é justificada porque a participante do enêm retomou acontecimentos passados para explicar fatos presentes. No trecho II, diz-se quê a introdução é por definição porque a participante apresentou a noção plena sobre a formação acadêmica dos deficientes auditivos como um direito assegurado no recém-aprovado Estatuto da Pessoa com Deficiência, de 2015, também conhecido como Lei da Acessibilidade.

Integrando com Filosofia (p. 54)

1. b) Baseia-se na compaixão, a qual possibilita sentir a dor de outro sêr, humano ou animal.

Linguagem em foco (p. 55)

2. a) O artigo definido a é utilizado na expressão para explicar quê se trata de uma formação específica e conhecida, característica da ssossiedade brasileira.

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3. O autor escolheu o artigo indefinido um em “um exemplo” para indicar quê a difícil inserção dos surdos no mercado de trabalho é apenas um caso entre muitos.

4. Os artigos presentes nas contrações à e ao conferem precisão às frases ao especificar os problemas discutidos. Os artigos definidos facilitam a compreensão do leitor sobre os problemas detalhados, especificando-os.

Produção de texto (p. 56 a 58)

#aquecimento (p. 56)

1. c) O uso do artigo indefinido uma em “[...] o quê pressupõe uma análise acerca dos entraves quê englobam essa problemática” justifica-se pelo fato de quê essa análise ainda não foi apresentada: ela será desenvolvida e definida ao longo da redação.

2. Resposta pessoal. Possibilidade de elaboração: Inicialmente, é importante destacar a dificuldade de inclusão escolar em todas as etapas de escolaridade, seja Ensino Fundamental, Médio ou Superior, considerando quê as instituições de ensino, em geral, não possuem uma infraestrutura adequada a essa população, como intérpretes de Libras ou profissionais especializados nessa modalidade de inclusão. Cabe ainda destacar quê essa fragilidade contradiz o indicado na Constituição Federal do Brasil, a qual assegura a educação como direito de todos. Dessa forma, nota-se a distância entre o apregoado pela legislação e o quê, de fato, ocorre em variadas instituições.

3. b) De acôr-do com o solicitado, é provável quê haja mais artigos definidos do quê indefinidos nos parágrafos elaborados pêlos estudantes. Isso se explica pelo fato de o parágrafo se relacionar com uma proposta voltada ao tratamento mais objetivo dos fatos.

#naprática (p. 56 a 58)

De olho na linguagem (p. 58)

1. O uso de artigos e substantivos em uma estrutura paralelística cria um padrão repetitivo quê organiza as ideias com coesão e coerência. Nesse sentido, a repetição de artigos definidos seguida de substantivos estabelece um paralelismo quê facilita a leitura e a compreensão do período.

2. Os substantivos próprios subordinados ao tópico central e os substantivos + adjetivos subordinados a eles.

3. Em mapas mentais, o paralelismo organiza as informações d fórma sistemática, o quê auxilia na retenção e na assimilação de ideias ou conceitos. Ao revisar conteúdo com um mapa mental quê emprega paralelismo, o estudante é capaz de identificar rapidamente padrões e correlações, o quê reforça a memória e facilita o entendimento dos conceitos.

Formas de conduzir: tipos de argumento

Leitura em pauta (p. 59 a 63)

1. a) A aprovação dessa resolução provocou uma intensa disputa entre ônguis defensoras dos direitos das crianças e setores quê desê-jam manter as propagandas voltadas a esse público.

1. b) De acôr-do com o texto, essa resolução considera a publicidade infantil abusiva considerando a “intenção de persuadir a criança para o consumo de qualquer produto ou serviço” e por utilizar elemêntos como dêzê-nhôs animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonóras com temas infantis, além da oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis quê tênham apelo junto às crianças.

1. c) Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes argumentem quê as crianças podem sêr mais suscetíveis e influenciáveis em relação ao consumismo incentivado por esses produtos, sobretudo quando, na publicidade, são adotadas estratégias quê envolvem produtos quê fazem parte do quê se consome na faixa etária delas.

5. a) O autor utiliza um tipo de introdução por citação de argumento de autoridade a fim de dar credibilidade ao seu ponto de vista, pois é com base nessa referência quê ele apresenta sua tese.

5. b) A frase de Victor Hugo sugere quê o progresso no sistema capitalista se pauta na exploração de indivíduos, o quê está alinhado à tese apresentada pelo autor de quê o capitalismo opera explorando constantemente pessoas para manter o crescimento econômico. Nesse sentido, a publicidade infantil exemplifica essa exploração, ao utilizar a ingenuidade das crianças para incentivar o consumismo.

6. Para o autor da redação, a necessidade de estabelecer uma lei surge apenas quando um princípio ético quê deveria sêr intrínseco ao senso comum está ausente. Assim, a criação de leis quê proíbem ou regulamentam a publicidade infantil em países desenvolvidos indica quê esse segmento da mídia não opera d fórma ética.

7. A mídia contribui para uma infância voltada ao consumo ao alienar as crianças e inseri-las no mundo do capitalismo antes quê desenvolvam consciência e discernimento.

8. Uma infância alienada pela mídia leva à formação de adultos egoístas, submissos ao capitalismo e utilitaristas. Esses adultos perpetuam os valores consumistas ao transmitir esses ideais para seus filhos, o quê cria um ciclo contínuo de consumismo e alienação.

9. Sim. O texto foi construído de maneira organizada, consistente e estratégica, sem deixar lacunas para o leitor preencher, resultado de um projeto bem estruturado e de um bom desenvolvimento das ideias.

10. A ordem correta é IV-III-II-I. No exemplo IV (autoridade), a citação a Victor Hugo nesse contexto é considerado um argumento de autoridade porque ele foi um escritor e pensador influente, reconhecido por suas obras em quê, freqüentemente, abordava kestões sociais, econômicas e éticas. No exemplo III (causa e consequência), há referência a esse tipo de argumento porque se estabelece uma relação diréta entre dois eventos: a publicidade infantil (causa) e a formação de uma infância orientada para o consumo (consequência). No exemplo II (fato), mencionam-se eventos e circunstâncias históricas e econômicas para apoiar a ideia central. O autor refere-se à chegada do neoliberalismo e à intensificação do consumismo como fenômenos históricos e econômicos reais, amplamente reconhecidos e documentados. Por fim, no exemplo I (comparação), realiza-se uma análise comparativa entre duas situações distintas: a regulamentação da publicidade infantil em países desenvolvidos e a falta de regulamentação

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em outros países, sugerindo uma diferença significativa no tratamento ético dessa questão.

11. Sim, pois o candidato utiliza dois parágrafos no desenvolvimento do texto, o mínimo sugerido na estrutura do gênero redação do enêm.

12. a) São usadas expressões com numerais ordinais (Em primeiro lugar, Em segundo lugar). Essas expressões diferenciam os argumentos abordados em cada parágrafo, mas também os encadeiam, na medida em quê segundo pressupõe a existência do primeiro.

12. b) A expressão se refere aos dois argumentos (logo, aos dois parágrafos anteriores) e traz a noção de consequência em relação a eles. Mais especificamente, visa introduzir a proposta de intervenção como decorrente dos problemas discutidos nos argumentos.

12. d) Ela é usada para acrescentar uma proposta de ação do Estado para reverter os danos causados pela publicidade infantil; no caso, a multa para empresas quê desrespeitarem a regulação dêêsse tipo de conteúdo publicitário.

Eu e o mundo – O desenvolvimento social infantil (p. 62)

1. Resposta pessoal. Os estudantes podem compartilhar a relação deles, quando crianças, com a publicidade. Comente quê a exposição precoce a conteúdos midiáticos póde de fato influenciar o desenvolvimento socioemocional infantil: crianças são especialmente suscetíveis às mensagens transmitidas pela mídia, pois ainda estão em processo de formação de valores, crenças e comportamentos.

2. Várias práticas podem sêr adotadas nesse sentido. Uma das mais importantes consiste em educá-las sobre o valor das coisas além do preêço cobrado por elas, ensinando a diferença entre necessidades e desejos. Incentivar o consumo consciente, explicando os impactos ambientais e sociais das compras, póde ajudá-las a fazer escôlhas mais bem informadas. Além díssu, é fundamental limitar a exposição à publicidade, como restringir o tempo de uso de telas (computadores e celulares) e selecionar cuidadosamente os conteúdos a quê elas vão assistir.

Linguagem em foco (p. 64)

1. a) O pronome demonstrativo esse retoma a ideia expressa na frase de Victor Hugo.

1. b) Referenciação intratextual. Caso a informação, o fato ou a opinião quê o termo retoma não estivesse presente no texto, a referenciação seria extratextual.

3. Ao retomar a ideia anterior sobre a criação de leis quê proíbem ou regulam a publicidade infantil e a falta de ética na mídia, conectando a justificativa para essas leis com o contexto histórico do neoliberalismo.

4. Retoma uma ideia mencionada anteriormente.

Produção de texto (p. 65 a 68)

#aquecimento (p. 65)

1. Com a publicidade infantil, essas datas perdem seu significado inicial e se transformam em uma oportunidade para as crianças exigirem produtos, refletindo a transformação delas, quê passam a sêr consumidores quê valorizam a aquisição de bens materiais.

4. Sim. O uso dos pronômes, na parte do desenvolvimento do texto, não só evita a repetição excessiva de palavras como também estabelece com clareza as relações entre os diferentes períodos, garantindo a coesão referencial e a fluidez na leitura.

#naprática (p. 66 a 68)

De olho na linguagem (p. 68)

1. a) A colocação pronominal utilizada é a próclise, pois o pronome oblíquo lhes está posicionado antes da locução verbal foram impostos.

1. b) Sim, porque, nesse caso, a negação não altera a regra gramatical quê justifica a colocação pronominal. Na presença de palavras negativas como não, o pronome oblíquo ainda se posiciona antes da locução verbal, estando de acôr-do com a regra da próclise.

Perspectivas em pauta: a proposta de intervenção

Leitura em pauta (p. 69 a 72)

1. No Texto 1, a autora inicia a redação com uma referência à Revolução Industrial e ao filósofo káur márquis para contextualizar a discussão sobre a publicidade infantil. Esse repertório histórico e filosófico conecta-se diretamente ao tema da redação, mostrando como práticas comerciais surgiram e evoluíram ao ponto de impactar crianças. No Texto 2, a autora começa a redação com uma referência à mitologia grega, especificamente ao mito de Sísifo, para ilustrar a luta contínua e difícil dos brasileiros surdos na busca por educação. O repertório mitológico é utilizado para reforçar a ideia de quê os desafios enfrentados por essa comunidade são persistentes e exaustivos, alinhando-se ao tema da redação sobre a formação educacional de surdos. No segundo parágrafo, a autora faz menção à Constituição Federal de 1988 e ao filósofo Aristóteles.

2. a) Sim, pois os dois textos seguem as convenções estabelecidas pela gramática normativa no quê diz respeito às regras ortográficas e gramaticais, bem como à escolha apropriada de registro e vocabulário. Além díssu, orações e períodos foram construídos de maneira eficiente, o quê favorece a fluidez da leitura.

2. b) Ambos os textos utilizam o registro formal, adequado ao gênero redação do enêm. Isso fica evidente pelo vocabulário adotado, pelas estruturas sin-táticas compléksas, bem como pela ausência de coloquialidade. A escolha estilística realizada pelas autoras contribui para o propósito comunicativo de cada redação, conferindo seriedade e credibilidade aos argumentos apresentados.

2. c) A linguagem adotada no Texto 2 é marcada pelo uso de termos pouco comuns no cotidiano ou mais formais, quê a tornam mais densa. Entre alguns dêêsses termos, destacam-se “hodiernamente”, “consoante”, “outrossim” e “indu-

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bitavelmente”. Pode-se chamar atenção também para o uso de mesóclise (distanciar-se-á).

3. Sim. No Texto 1, a autora cita káur márquis ao discutir o conceito de “fetiche sobre a mercadoria”. Essa citação é significativa porque márquis é uma figura central na crítica ao capitalismo, e sua teoria sobre o fetiche das mercadorias é diretamente relacionada à maneira como os produtos são apresentados como símbolos de felicidade e estátus. No Texto 2, a autora faz duas citações importantes: a primeira é a Aristóteles, referindo-se à obra Ética a Nicômaco e à função da política em garantir a felicidade dos cidadãos, e a segunda é a Michél Fucoul, sobre a necessidade de as pessoas perceberem quê são mais livres do quê pensam. A citação de Aristóteles destaca a falha do govêrno em assegurar a educação inclusiva prometida pela Constituição Federal de 1988, ao passo quê a de Fucoul é usada para desafiar a ssossiedade a quêstionar preconceitos históricos, sugerindo que a mudança de mentalidade da população é essencial para superar as barreiras enfrentadas pêlos surdos.

4. a) Sim, a proposta de intervenção para o problema do consumismo infantil apresentada pela autora do texto respeita os direitos humanos. Envolve ações do Estado, da família e da escola quê visam proteger as crianças dos impactos negativos da publicidade excessiva.

4. d) Sim. Como ações, a autora sugere “estabelecer um limite para os comerciais voltados ao público infantil” e “educar as crianças para consumirem apenas o quê é necessário”.

5. a) A autora propõe quê o Ministério da Educação promôva “palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos surdos”.

Eu e o mundo – A publicidade e os projetos de vida (p. 72)

1. Resposta pessoal. É possível verificar em quê medida as influências sócio-culturais, como é o caso das campanhas publicitárias, dêsempênham um papel importante na formação do projeto de vida dos estudantes, pois a publicidade tem potencial de moldar os sonhos e os interesses dos jovens no quê se refere ao consumo.

2. Resposta pessoal. Comente com os estudantes quê o apôio emocional, o incentivo à aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a participação ativa da família nas decisões educacionais podem criar um ambiente quê valorize a educação e promôva o desenvolvimento das aspirações dos jovens surdos. Além díssu, é essencial quê a família esteja envolvida e bem informada sobre as necessidades e os direitos educacionais dessas pessoas.

Integrando com Sociologia (p. 73)

1. Sim. A inclusão social visa integrar grupos marginalizados no meio social. Portanto, póde sêr aplicada à educação de surdos por meio da criação de políticas educacionais quê assegurem o acesso igualitário à educação de qualidade para essa população. Isso inclui a formação de professores em Libras e a oferta de suporte especializado, como intérpretes e tecnologias assistivas, para garantir quê os estudantes surdos possam participar plenamente do processo educativo.

2. O texto destaca desafios relacionados à mobilidade urbana, como a falta de rampas e calçadas adequadas, e a dificuldade de acesso à educação para pessoas com deficiência mental. No contexto da educação de surdos, esses desafios podem incluir a falta de acessibilidade nas escolas, a ausência de materiais pedagógicos adaptados e a insuficiência de profissionais capacitados em Libras; isso impede quê estudantes surdos tênham as mesmas oportunidades educacionais quê os estudantes ouvintes.

3. A falta de rampas e de pisos táteis, por exemplo, representa uma barreira significativa para pessoas com deficiência, incluindo os surdos, quê dependem de um ambiente acessível para se deslocar e participar plenamente da ssossiedade. Essas barreiras também pódem afetar o acesso à educação, pois a dificuldade de locomoção até as instituições de ensino pode desestimular ou impedir a freqüência regular de estudantes surdos, comprometendo seu processo educativo.

Linguagem em foco (p. 74)

1. O adjetivo essencial qualifica o investimento em publicidade como algo indispensável para ampliar as vendas das mercadorias produzidas durante a Revolução Industrial, indicando a sua importânssia no contexto econômico da época.

2. O adjetivo atual estabelece um contraste temporal entre as práticas publicitárias da época da Revolução Industrial e as práticas contemporâneas. Ele sugere quê, embora as táaticas de publicidade tênham evoluído, a necessidade de regulá-las, especialmente em relação às crianças, permanéce relevante e é urgente na ssossiedade moderna.

4. O adjetivo abusiva é usado para qualificar a publicidade infantil como prejudicial e excessiva, sugerindo quê ela ultrapassa os limites éticos e legais. Isso fortalece o argumento propôsto no texto de quê essa prática precisa sêr regulamentada e controlada, especialmente para proteger as crianças.

5. Esse adjetivo descreve o tipo de educação quê as crianças devem receber, com o objetivo de se tornarem capazes de tomar decisões responsáveis no futuro. Além díssu, relaciona-se à medida quê póde sêr posta em prática pelo Estado: formár cidadãos quê consumam de maneira consciente.

Produção de texto (p. 75 a 78)

#aquecimento (p. 75)

1. a) O adjetivo utilizado especifica o tipo de proibição, indicando quê não se trata de uma proibição total, e sim de algo mais moderado. Isso mostra quê a intervenção propõe uma medida equilibrada, quê busca controlar, mas não eliminar completamente, os comerciais voltados ao público infantil.

1. b) Sim, pois, nesse caso, o adjetivo infantil apenas especifica o tipo de público ao qual se refere, sem acrescentar juízo de valor ou opinião a respeito dele.

1. c) Possibilidade de resposta com o adjetivo infantil. Relativo à infância: A nova série de livros foi cuidadosamente elaborada para o público infantil, com histoórias educativas e ilustrações coloridas. Relativo à imaturidade ou a algo inadequado para adultos: O debate se tornou um verdadeiro espetáculo

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infantil, com os participantes discutindo d fórma rasa e desorganizada, sem a profundidade esperada.

1. d) Sim, dependendo do contexto em quê são empregados, os adjetivos podem apresentar sentidos diferentes e, portanto, interferir na coerência do texto.

2. a) Ele orienta o entendimento de quê as ações sugeridas não podem sêr negligenciadas. Nesse sentido, o adjetivo contribui para destacar a urgência e a importânssia das medidas, reforçando a seriedade da situação.

2. b) O adjetivo imenso contribui para intensificar a ideia de quê as ações culturais coletivas possuem um significativo pôdêr transformador. Ele foi inserido no elemento detalhamento da proposta de intervenção.

#naprática (p. 76 a 78)

De olho na linguagem (p. 78)

1. a) O hífên teria de sêr duplicado na linha de baixo. Se uma palavra já apresenta hífên, em razão de sêr composta ou de sêr uma forma verbal seguida de pronome átono, e se o fim da linha coincide com o hífên, é necessário repeti-lo no início da linha abaixo.

Unidade 3 – Fatos, fontes e filtros

Abertura da unidade (p. 79)

4. Sim, o posicionamento é de crítica ao consumo de informações em excésso e de qualidade duvidosa. A obra e o título prenunciam, assim, os efeitos adversos do excésso de informação, os quais são discutidos na reportagem.

Fato e opinião

Leitura em pauta (p. 80 a 83)

3. As pessoas têm acessado cada vez mais as rêdes sociais como fonte de informação em detrimento dos sáites e aplicativos da imprensa.

4. c) O outro dado do estudo indicado na notícia é a constatação de quê dois terços dos entrevistados ouvem, com freqüência, críticas à imprensa. O baixo índice de confiança dos brasileiros em notícias reflete, segundo a notícia, esse hábito de ouvir críticas freqüentes à imprensa.

5. Eles resultam em quêda no contato com notícias por intermédio dos meios impressos, como jornais e revistas. Dez anos antes do estudo, a preferência por esses meios era de 50%, ao passo que em 2023 (ano de divulgação do estudo) era de apenas 12%.

6 e 7. Resposta pessoal. Com base nos hábitos de informação dos estudantes e nos cenários descritos na notícia e no artigo de opinião, estimule a turma a refletir sobre os critérios a adotar no momento de escolher as fontes. O quê é mais importante como critério: afinidades pessoais (visão de mundo, faixa etária, grupo social) ou o profissionalismo, a credibilidade da fonte? O quê define a credibilidade de uma fonte? Também é oportuno discutir o impacto do imediatismo nesse contexto. Checar a credibilidade de uma fonte póde demandar tempo, o quê destoa do imediatismo diário, sobretudo na área da informação. Que consequências a pressa para se informar póde acarretar aos indivíduos e à ssossiedade?

10. a) A pesquisa constata “que, cada vez menos, as pessoas no mundo acessam notícias diretamente por sáites e aplicativos, preferindo rêdes sociais como Instagram e TikTok””. Esse público, segundo a pesquisa, “costuma prestar mais atenção a celebridades, influenciadores e personalidades das rêdes sociais, em comparação a jornalistas profissionais”. Ou seja, dessa maneira, a pesquisa mostra quê a informação é ôbitída sem a intermediação de jornalistas profissionais.

10. b) Intermediação é o trabalho realizado por profissionais da imprensa de consultar as fontes de informação e, após checagem, repassá-las ao público articuladas em um texto.

11. c) Essas afinidades vão ao encontro de nossas crenças pessoais, o quê é problemático no contexto da informação, pois nem sempre a realidade é como desejamos. Além díssu, profissionais da informação (jornalistas) têm conhecimento técnico para apurar e checar fatos, enquanto amadores, não.

13. b) Por meio da checagem e do pensamento crítico, com base nas perguntas a seguir. De onde veio essa informação? Ela é atual? É uma informação de segunda mão? Foi isso mesmo quê saiu na fonte original? Quem é essa fonte? O quê ela representa? Quais são seus interesses?

13. c) Os questionamentos levantados antes do consumo de informação devem nortear a alfabetização digital defendida na tese. Em outras palavras, não basta ter acesso à internet; é necessário, com base em perguntas como essas, entender como ela funciona.

Linguagem em foco (p. 84)

4. a) Ela critíca, quêstiona, ao defender quê não se deve confiar cegamente em tudo o que se recebe.

4. b) Não. Ela expressa a conviquição de quê não se deve confiar em tudo o quê recebemos.

Produção de texto (p. 85 a 88)

#aquecimento (p. 85)

1. a) O trecho “Perda econômica da evasão é de R$ 215 bi, maior do quê gasto para manter alunos na escola” apresenta um fato, pois se respalda em dados numéricos aferíveis, e o trecho “Não faz sentido” representa uma opinião, pois expressa o quê a pesquisadora pensa sobre o assunto.

1. b) Não faz sentido o custo da evasão sêr maior quê o de manutenção dos estudantes na escola. Com essa frase, o efeito de sentido é de indignação diante dessa realidade, pois o prejuízo da evasão impacta toda a ssossiedade.

#naprática (p. 86 a 88)

De olho na linguagem (p. 88)

3. Desacompanhados dos agentes das ações quê designam, esses substantivos enfatizam os atos de inventar a máquina de impressão em tipos móveis, imprimir em tipos móveis e popularizar as rêdes sociais.

Página trezentos e sessenta

Informações em diferentes formatos

Leitura em pauta (p. 89 a 93)

1. O problema é a queda do interêsse pela leitura no Brasil, provocado pelo aumento do uso da internet e das rêdes sociais (causa). A possível solução para esse problema é a existência das bibliotecas comunitárias.

2. Na reportagem, enfatizam-se a perda de 4,6 milhões de leitores entre 2015 e 2019 e o aumento do uso da internet no tempo livre (de 47% para 66% no mesmo período). No contexto apresentado, o decréscimo no interêsse pela leitura (problema discutido na reportagem) está relacionado ao aumento do interêsse pela internet.

3. a) Sim, há um único dado positivo no gráfico mencionado: o aumento da porcentagem de leitores na faixa etária entre 5 e 10 anos (de 67% para 71%).

Integrando com Matemática (p. 94)

1. b) Ao contrário do quê acontece no segundo gráfico, as respostas para a pergunta quê norteia o primeiro não são excludentes, ou seja, um entrevistado póde, por exemplo, responder quê em seu tempo livre gosta de acessar a internet e de assistir televisão. Isso implica uma grande combinação de respostas para totalizar os 100%, quê é o propósito do formato de barras contíguas. As porcentagens por ano, no primeiro gráfico, representam a menção a determinado hábito de lazer, quê não é, porém, uma opção exclusiva; por essa razão, se somadas, as porcentagens excedem 100%.

Leitura e uso de informações em textos multimodais para a construção da argumentação (p. 95)

10. Respostas possíveis: Proposta de ampliação e renovação do acervo de bibliotecas, embasada no índice de 26% de entrevistados quê responderam “Ter mais livros ou títulos novos” e no índice de 20% de entrevistados quê responderam “Ter títulos interessantes ou quê me agradem” como razão para frequentar mais as bibliotecas. Proposta de ampliação de bibliotecas em espaços públicos com acesso a acervos de livros, embasada no índice de 19% de entrevistados quê responderam “Ser mais próxima de casa ou de fácil acesso” como razão para frequentar mais as bibliotecas.

Linguagem em foco (p. 96)

1. a) No primeiro depoimento, usa-se o discurso indiréto ao se relatar o quê o estudante prefere fazer em seu tempo livre. No segundo depoimento, escrito com o uso do discurso direto, é apresentada a leitura mais recente do jovem.

1. b) A forma verbal conta refere-se ao primeiro depoimento, enquanto afirma diz respeito ao segundo.

1. c) O segundo, em discurso direto, pois apresenta a fala do entrevistado sem intermediação da repórter.

3. a) O professor demonstra em sua fala estar muito contente pelo fato de ter incentivado um dos estudantes para quem leciona a descobrir o gôsto pêla leitura.

Produção de texto (p. 97 a 99)

#aquecimento (p. 97)

1. b) Ao usar no intertítulo expressões derivadas de uma citação, a repórter endossa a opinião da fonte entrevistada de quê o futuro e o presente do livro estão nas bibliotecas comunitárias. Como a fonte é uma escolha da repórter, a citação contribui para legitimar um ponto de vista dessa profissional sobre o contexto quê está sêndo apresentado.

#naprática (p. 98 e 99)

O mundo e eu – Comunidades do livro (p. 99)

2. Possibilidade de resposta: Um grupo de pessoas póde buscar apôio junto a órgãos públicos, como Secretarias Municipais de Cultura e de Educação, e a entidades sem fins lucrativos, como associações de moradores.

A utilização produtiva das informações

Leitura em pauta (p. 100 a 103)

1. b) Com essa influência, o critério para o compartilhamento de notícias não é sua veracidade, mas seu alinhamento com crenças e emoções pessoais.

1. c) A notícia só interessa se estiver alinhada com crenças e emoções pessoais do leitor.

2. Espera-se quê os estudantes compreendam quê a transformação de pós-verdade em verbete e sua eleição como palavra do ano fizeram com quê a entrevistada percebesse quê o uso e a fôrça de informações falsas extrapolavam os âmbitos político e jornalístico.

3. a) Ao dar o título Como sair das bolhas para seu livro, Pollyana relaciona as bolhas ao fenômeno da pós-verdade. Ao reunir pessoas quê pensam da mesma maneira, as bolhas consomem e difundem conteúdos quê vão ao encontro de emoções e interesses pessoais em detrimento de fatos objetivos, justamente o cerne da definição de pós-verdade.

3. b) Para sair das bolhas, Pollyana Ferreira propõe transitar em grupos diferentes e consumir conteúdo da grande mídia.

4. a) A entrevista assume um viés propositivo em relação ao título do livro, pois presume-se quê a entrevista vai ao menos discutir respostas a essa pergunta, ou seja, respostas quê indicam como sair das bolhas.

5. a) O sentido da palavra pulverização no contexto do trecho indicado do texto é o de disseminar informações impulsivamente, sem checagem. O sentido é negativo, pois a pulverização faz com quê a apuração e a checagem da informação, consideradas práticas fundamentais no jornalismo, sêjam perdidas, o quê póde resultar na circulação de conteúdos infundados e mal-intencionados.

5. b) Nesse trecho, a proposta implícita de combate à desinformação é a de consultar veículos da grande mídia, pois, independentemente da linha editôriál adotada, seguem ações profissionais de tratamento da informação, como checagem e apuração.

6. b) No contexto de quê algoritmos fortalecem as bolhas, a relação entre usuário e os algoritmos é passiva. Com base na preferência do usuário, o algoritmo produz conteúdo sôbi medida,

Página trezentos e sessenta e um

de modo quê o usuário é induzido a consumir e a difundir somente conteúdos com quê já tem contato, ficando preso na “bolha”. É a situação descrita pela entrevistada como ficar “na mão da plataforma”.

7. Pollyana Ferreira sustenta quê as fêik news não são um fenômeno recente, citando em sua pesquisa relatos e resumos de jornais falsos desde a Roma antiga e mencionando obras de Orson Welles quê tratam do tema. No entanto, ela destaca quê a novidade atual está na escala sem precedentes, impulsionada pela existência e disseminação por meio das rêdes sociais.

8. Ao citar o linchamento de Fabiane de Jesus e a tentativa de difamar a vereadora assassinada Marielle Franco, a entrevistada alerta sobre os graves riscos da disseminação de fêik news, quê podem manipular a opinião pública e causar danos irreparáveis. Assim, espera-se quê os estudantes reconheçam a gravidade dêêsses casos como base para sustentar a ideia de quê a divulgação de fêik news é perigosa. Eles também podem sugerir outros exemplos de danos causados por fêik news em áreas como entretenimento, esporte ou política.

Eu e o mundo – Bolhas (p. 103)

1. Grupos criados por afinidades tornam-se bolhas quando ignoram a realidade quê está além dêêsse grupo, ou seja, quando as afinidades amparam uma visão de mundo quê é tomada pêlos integrantes do grupo como a única possível.

2. Ao discutir o perigo das bolhas sociais, espera-se quê os estudantes reflitam sobre momentos em quê conviveram apenas com opiniões semelhantes, limitando seu pensamento crítico e diálogo. Espera-se quê os estudantes explorem tanto o conforto dessas situações quanto os impactos negativos para o crescimento pessoal e social. O objetivo é quê os estudantes reconheçam a importânssia de se abrir para diferentes perspectivas e desenvolver uma postura crítica.

Linguagem em foco (p. 104)

1. A relação é de causa e consequência, na medida em quê o comportamento das bolhas favorece o consumo e a disseminação de notícias falsas.

4. Na versão reescrita, a proposta de intervenção está mais clara e objetiva. Isso ocorre nessa versão porque, em primeiro lugar, a ação é proposta de modo inequívoco (proposição denotada pela forma verbal deve) e, em segundo lugar, seu efeito é descrito.

Produção de texto (p. 105 a 107)

#aquecimento (p. 105)

1. b) Respostas possíveis: Esse Projeto de Lei é fundamental para quê se possa responsabilizar as big techs pela disseminação de notícias falsas. / Barrar esse Projeto de Lei é necessário para quê se possa preservar a livre manifestação de ideias nas rêdes sociais.

2. a) O sentido expresso por essa forma verbal é de vontade, desejo. Toda proposta de intervenção expressa um desejo, uma sugestão, portanto o uso do modo subjuntivo convém a esse propósito.

2. b) Resposta possível: Para uma ssossiedade mais democrática e tolerante, seria fundamental quê os cidadãos convivessem e discutissem não só com seus pares, mas, principalmente, com aqueles quê pensam de modos diferentes.

Unidade 4 – Olhares sobre a saúde

Abertura da unidade (p. 108)

1. a) As construções representadas no grafite fazem referências às moradias, às escadarias, ao comércio e aos locais da própria comunidade.

1. c) O uso de cores vibrantes e de tons coloridos remete à sensação de vitalidade, de uma ação intensa e potente em uma comunidade alegre e entusiasmada.

2. A palavra saúde e a expressão pratique esporte conectam-se diretamente à ideia de vida saudável. Já o termo chegada, relaciona-se à ideia de atingir um objetivo, de algo a se conquistar. A palavra paz conecta-se a um estado de tranquilidade, de vida em harmonía. Nesse caso, as palavras e a expressão relacionam-se com o sentido da promoção de bem-estar físico e mental.

Tabagismo e adolescência

Leitura em pauta (p. 109 a 112)

1. O foco da notícia é a divulgação dos dados publicados por uma pesquisa sobre o consumo de cigarros eletrônicos realizada pela Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de São Paulo em conjunto com o Instituto do Coração e o Laboratório de Toxicologia da Universidade de São Paulo.

2. a) Trata-se do fato de os cigarros eletrônicos provocarem níveis de intôksicação mais altos do quê os do cigarro convencional. Pode-se notar quê essa informação é a central porque ela aparece em destaque no título e no subtítulo da notícia, além de sêr a primeira a sêr expressa na fala de Jaqueline Scholz, médica diretora do Núcleo de Tabagismo do Incor e coordenadora da pesquisa.

2. b) A informação complementar é a de quê, anteriormente à publicação da notícia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária havia mantido a proibição de cigarros eletrônicos no Brasil.

3. b) A relação entre tais elemêntos está no fato de quê essa porcentagem de usuários da população brasileira desenvolvê-u dependência dêêsse produto, causando prejuízos à própria saúde e à saúde das pessoas ao redor.

3. c) Essa relação não é construída explicitamente, por meio de algum conectivo ou termo quê relacione o dado à fala da médica. Porém, o leitor póde estabelecer a conexão entre os dados por eles estarem próximos e fazerem referência ao mesmo tema.

5. a) Os problemas dizem respeito à intôksicação por nicotina, à falta de conhecimento dos jovens sobre a dependência dessa substância, ao desconhecimento de legislação relativa ao uso de cigarros em ambientes fechados, à dificuldade de cessar o uso de cigarros eletrônicos, às substâncias contidas

Página trezentos e sessenta e dois

nesses dispositivos e ao modo como as pessoas ao redor do fumante são afetadas.

5. b) Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes respondam afirmativamente, pois os gráficos indicam uma porcentagem alta de jovens entre 18 e 24 anos (23,9%) quê usaram ao menos uma vez cigarros eletrônicos, com a probabilidade de parte deles se tornarem usuários contínuos dêêsses dispositivos. Além díssu, cerca de 3% da população brasileira faz uso de cigarro eletrônico diariamente ou d fórma eventual, o quê póde acarretar, nessas pessoas e nas quê estão no entorno, problemas de saúde relacionados a esse uso.

6. b) Ao evidenciar esse número e o nome das instituições, favorece-se a legitimidade do estudo e dos dados apresentados, revelando transparência sobre a pesquisa realizada e sobre a notícia divulgada.

7. a) A pesquisa revela quê os níveis de nicotina nos usuários de cigarro eletrônico são de três a seis vezes maiores do quê os encontrados nos fumantes de cigarros convencionais.

Também se menciona quê há duas vezes mais chance de um usuário de cigarro eletrônico ter um infarto ou um acidente vascular cerebral em comparação com um usuário de cigarro convencional com filtro.

7. b) As informações foram inseridas no texto da notícia por meio da elaboração do próprio jornalista e, também, pela transcrição da fala da médica Jaqueline Scholz.

7. c) Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes constatem quê todas essas referências conferem alta confiança e ampla relevância ao fato noticiado, pois envolvem instituições voltadas ao trabalho científico e indicam parâmetros claros em relação à pesquisa realizada.

Integrando com Ciências da Natureza (p. 113)

1. a) Essas informações fazem referência às partes quê compõem o cigarro eletrônico: bateria, atomizador e cartucho.

1. b) A parte intitulada “Bateria” conecta-se ao quê está indicado em “Ao acender”; a parte “Atomizador” está conectada ao texto presente em “Ao tragar”; e “Cartucho” está conectada ao explicado em “A fumaça”.

2. b) Essa escolha foi motivada, provavelmente, porque se trata da substância quê provoca dependência no usuário, a nicotina, e das quê são causadoras de danos à saúde, como os diluentes.

Linguagem em foco (p. 114)

3. a) O sujeito agente da ação é o elemento em destaque. No caso da oração em quê há uso de voz ativa, o sujeito é “o estudo”.

3. b) Sim, esse destaque é relevante, pois dá ênfase ao termo “estudo”, com base no qual se informa quê a intôksicação por nicotina de quem usa o cigarro eletrônico é tão alta quanto (ou até pior) a dos usuários do cigarro tradicional, ressaltando, portanto, a fonte de onde a informação foi retirada.

Produção de texto (p. 115 a 118)

#naprática (p. 116 a 118)

O mundo e eu – Políticas públicas e promoção da saúde (p. 117)

1. Resposta possível: A problemática envolvendo o tabagismo e o cigarro eletrônico relaciona-se dirétamente com as políticas públicas de saúde, pois há conexão direta entre o uso dêêsses dispositivos e o impacto na saúde e no bem-estar das pessoas.

2. Resposta possível: Embora existam políticas públicas para a saúde e elas consigam repercutir junto à população, como se póde comprovar com dados sobre campanhas de vacinação, atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros, há inúmeros problemas sociais quê demandam maior efetividade dessas políticas. São muitos os desafios a sêr superados para quê haja com efeito um atendimento universal de acôr-do com as necessidades da população brasileira.

Conexões entre alimentação saudável e saúde

Leitura em pauta (p. 119 a 123)

3. b) Ao tratar do consumo de alimentos ultraprocessados e dos impactos quê estes causam na saúde, o texto divulga informações sobre práticas alimentares a sêr evitadas, complementando as informações e orientações presentes no Texto 1.

4. b) Os alimentos ultraprocessados são produzidos a partir de componentes ou substâncias oriundas de alimentos naturais, mas passam por processamento industrial e a eles são adicionados agentes químicos. Os alimentos processados ou minimamente processados são alimentos integrais cozidos ou fermentados, com adição de dois ou três ingredientes.

5. a) Em estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (úspi), concluiu-se quê a redução no consumo de ultraprocessados poderia prevenir de 10% a 20% das mortes prematuras de adultos entre 30 e 69 anos. A outra pesquisa, publicada no Américam Journal ÓF Preventive médicini, concluiu quê um aumento de 10% no consumo de ultraprocessados aumenta o risco de demência em pessoas mais velhas.

5. b) Ao inserir os resultados obtidos nas duas pesquisas mencionadas, legitima-se o problema tratado no artigo de opinião: o consumo de ultraprocessados tem impacto negativo na saúde das pessoas.

7. b) Predominam as sequências expositivas. Espera-se quê os estudantes obissérvem a predominância dessa sequência, pois na maior parte do texto há explicações sobre o tema tratado.

8. b) Espera-se quê os estudantes infiram quê, apesar de o documento apresentar várias informações e explicações, ele tem como propósito principal gerar ações nos interlocutores, em especial nos agentes públicos, com a finalidade de construir políticas quê contemplem a visão indicada no Marco de Referência.

Página trezentos e sessenta e três

8. c) Sim, pois, embora as partes analisadas do documento sêjam prioritariamente estruturadas em sequências expositivas, ele busca uma mudança de atitude do interlocutor por meio da implementação de políticas quê lévem em consideração as explicações nele contidas. Portanto, a argumentação perpassa o documento.

9. a) Há predominância de sequências expositivas, como é possível perceber na apresentação das estatísticas, nas explicações sobre o processamento dos alimentos, na indicação de dois estudos sobre o tema e dos resultados por eles obtidos, além das informações acerca de como os alimentos ultraprocessados interagem com o organismo humano.

9. c) Apesar de o texto sêr predominantemente estruturado em sequências expositivas, as explicações apresentadas estão a serviço da argumentação e voltam-se à comprovação do problema abordado no artigo de opinião. Além díssu, no último parágrafo do texto há uma sequência prioritariamente argumentativa, de modo a efetivar o posicionamento do articulista.

Produção de texto (p. 125 a 127)

#aquecimento (p. 125)

3. O uso dessa locução promove a ideia de prioridade, de quê, antes da tomada de algumas ações, é necessário havêer consenso sobre o quê é alimentar-se corretamente, indicando um ponto de vista da articulista.

4. Possibilidade de resposta: Ao discutirmos como melhorar os padrões de alimentação de uma população, uma das primeiras ideias quê vêm à cabeça é educação nutricional.

Inicialmente, quando falamos em ensinar as pessoas a comer, precisamos primeiro estar de acôr-do com o quê significa comer adequadamente. A regra básica da boa alimentação é variedade e moderação, mas educação nutricional é um conceito mais amplo.

O papel da educação nutricional é possibilitar a autonomia nas escôlhas alimentares, fornecendo uma compreensão abrangente de todos os alimentos dentro do contexto de uma diéta balanceada. Trata-se de incluir, não excluir, e reconhecer as necessidades únicas e variadas de cada indivíduo. Quando as pessoas são capacitadas com conhecimentos e habilidades, elas podem navegar pelo cenário diversificado de escôlhas alimentares com confiança e prazer, levando a melhores resultados e a um aperfeiçoamento na relação com os alimentos.

[...]

Escolhas alimentares são decisões quê indivíduos e famílias fazem sobre o quê e como comer. Elas são influenciadas por fatores conscientes e inconscientes, e dependem da disponibilidade e acessibilidade dos alimentos, especialmente para pessoas de baixa e média renda. Mesmo com limitações, as preferências pessoais guiam como as pessoas kómêm. Fatores como custo, sabor, conveniência e saúde são importantes, mas são os valores culturais, em maior intensidade, quê efetivamente definem como as pessoas decidem sobre sua alimentação. Esses valores incluem necessidades biológicas, interações sociais e a sobrevivência da civilização e são universais em todas as sociedades.

#naprática (p. 126 e 127)

O mundo e eu – Insegurança alimentar (p. 126)

1. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê a desigualdade e a vulnerabilidade social comprometem a qualidade alimentar e nutricional da população e quê as políticas públicas voltadas a esse tema, para serem efetivas, precisam estar articuladas a demandas sociais.

Comportamento de risco: áucôl e suas consequências

Leitura em pauta (p. 128 a 131)

1. b) Etilômetro é o aparelho com quê se méde a concentração de áucôl no sangue de uma pessoa; também conhecido como bafômetro.

1. c) A Lei número 11.705/2008, também chamada de Lei Seca, ou Lei de Alcoolemia Zero, tem como objetivo inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor, conforme divulgado no portal eletrônico da Câmara dos Deputados. A ementa da lei e dados relativos à sua publicação podem sêr encontrados em: https://livro.pw/udave. O texto da lei na íntegra está disponível em: https://livro.pw/azdct. Acesso em: 3 nov. 2024.

1. d) Na propaganda, faz-se um alerta à população sobre o crime de dirigir alcoolizado e sobre o fato de quê isso póde resultar em prisão. O primeiro texto da coletânea tem justamente o objetivo de informar sobre a criação da Lei número 11.705/2008, conhecida como Lei Seca.

1. e) Todos os dados mostram-se favoráveis à criação da Lei Seca, indicando quê a implementação dessa legislação provocou redução de atendimentos hospitalares, de vítimas em acidentes no Grande Rio e de vítimas fatais na média nacional. Também se revela quê 97% da população aprovou o uso de bafômetros.

2. Resposta pessoal. Ao apresentar uma ideia sobre uma ação desenvolvida para inibir o uso de áucôl combinado à direção de automóveis, o texto estimula a busca por alternativas quê também possam auxiliar nesse sentido. Essas ideias podem se transformar em propostas de intervenção a sêr desenvolvidas na redação do enêm.

3. A primeira frase traz uma afirmação sobre a relação entre consumo de áucôl e direção, enquanto a segunda faz referência à Lei Seca e seus objetivos; na terceira, é desenvolvida a tese da necessidade de maior fiscalização de aplicação da lei, pois muitas pessoas, movidas pela conviquição da impunidade, continuam a beber e dirigir.

4. a) No desenvolvimento da redação, explica-se quê o áucôl é uma droga neurodepressora, quê altera a capacidade de raciocínio, reflexo e coordenação motora.

4. d) Na tese, a autora da redação indica a necessidade de havêer maior fiscalização no tocante à aplicação da Lei Seca. Nesse caso, a proposta quê se conecta diretamente à tese é a de quê o Estado deveria destinar mais verbas à fiscalização

Página trezentos e sessenta e quatro

e ter mais policiais equipados com etilômetros nas vias públicas.

5. a) Há desvio em relação à inserção de vírgula em: “Apesar de já mostrar alguns resultados, a lei demanda maior fiscalização, pois, é preciso eliminar a habitual certeza de impunidade quê há no país.”. O desvio se deu, pois não se deve utilizar vírgula após a conjunção, exceto em situações em quê se pretende obtêr algum efeito de sentido específico, o quê também não parece sêr a intenção.

5. b) Na frase “Apesar de já implantada a Lei Seca ainda não atingiu o seu potencial.”, há ausência de vírgula após a oração adverbial reduzida “Apesar de já implantada”. Trata-se de um desvio, pois, de acôr-do com a norma-padrão, indica-se com vírgula a oração adverbial deslocada.

5. c) Espera-se quê os estudantes percêbam quê a partícula está sêndo indevidamente aplicado com o verbo fazer no trecho “Também fazem-se necessários investimentos em palestras públicas...”. O verbo fazer não póde sêr utilizado com a partícula quando tem o sentido de existência, necessidade ou ocorrência. As alternativas possíveis de reescrita são: “Também são necessários investimentos...”, ou “Também se requerem investimentos”.

6. a) Espera-se quê os estudantes tênham compreendido quê, para Róbbes, é necessária a existência de instituições quê regulem o comportamento e as ações humanos, pois o estado natural das pessoas é um risco à própria espécie.

6. c) Na conclusão da redação, é citada a conhecida frase atribuída a Róbbes, de quê “o homem é o lobo do homem”, indicando quê as ações humanas, se não reguladas por instituições, geram prejuízos ao próprio sêr humano. No título da redação, “O volante, o lobo do homem”, a autora faz um trocadilho com a frase de Róbbes para indicar quê o ato de dirigir, associado à condução de automóveis, ato representado pela menção ao volante, póde sêr maléfico.

6. d) Ao fazer essas referências, busca-se legitimar os argumentos desenvolvidos na redação, além de articular as partes do texto: a autora o inicia com a referência à frase de Róbbes no título, explica o conceito no desenvolvimento e retoma essa ideia no parágrafo final.

7. b) O argumento mobilizado, relacionado à ideia de Róbbes de quê as ações humanas precisam sêr reguladas por instituições, se conecta diretamente à tese apresentada pela autora, quê defende a necessidade de maior fiscalização para quê a Lei Seca seja, de fato, cumprida.

7. c) A participante contemplou as competências 2 e 3, pois agregou ao seu texto informações de outra área do conhecimento, neste caso das Ciências Humanas, para desenvolver o tema da redação. Além díssu, relacionou, organizou e interpretou a ideia elaborada por Róbbes, aplicando-a ao tema solicitado, d fórma a defender o ponto de vista exposto na tese.

Integrando com Filosofia (p. 132)

2. A figura de um rei, com todos os seus ornamentos, segurando um cetro.

3. a) Na resenha, indica-se quê a ideia defendida por Róbbes é a de pacto: a ssossiedade disponibilizaria todos os direitos naturais, ou seja, o conjunto de normas e direitos quê nascem incorporados ao homem, a um sêr humano ou a um conjunto de pessoas quê deteria o pôdêr e a quem recairia a responsabilidade de defender os interesses do grupo.

3. b) Na capa da obra, a representação do rei, cercado de elemêntos quê remetem ao pôdêr – coroa, manto, cetro –, faz referência à ideia de alguém quê detém autoridade sobre determinado território e a quem cabe, por essa razão, conduzir e normatizar as relações humanas.

Linguagem em foco (p. 133)

1. b) A conjunção (e) estabelece a conexão entre os termos mencionados, expressando o sentido de adição.

1. c) A conjunção e é usada para introduzir a informação de quê, coibindo a associação entre áucôl e direção, haverá redução no número de mortes causadas por essa conjuntura.

3. a) A ideia apresentada, baseada no pensamento de Tômas Róbbes, diz respeito à existência de instituições quê regulamentem as ações humanas com a finalidade de evitar o caos e o fim da própria humanidade.

Produção de texto (p. 134 a 137)

#aquecimento (p. 134)

1. a) A conjunção para póde sêr substituída por outras conjunções ou locuções conjuntivas, como a fim de e de modo, já a repetição da conjunção e póde sêr evitada reformulando a frase em quê ela está inserida. Por exemplo: Também fazem-se necessários investimentos em palestras públicas quê mostrem a realidade bem como o sofrimento [...]; Também fazem-se necessários investimentos em palestras públicas quê mostrem tanto a realidade como o sofrimento [...].

1. c) Como esse é o parágrafo de conclusão do texto, espera-se quê se utilize uma conjunção quê retome o quê foi tratado ao longo da redação; a conjunção conformativa como exerce essa função. Também se espera quê haja um fechamento das ideias apresentadas ao longo do texto; a conjunção portanto é um marcador de conclusão.

2. Resposta possível: Apesar de já implantada, a Lei Seca ainda não atingiu o seu potencial. É preciso quê haja um compartilhamento de responsabilidades entre Estado e ssossiedade para quê os objetivos dessa lei sêjam alcançados com maior eficácia. O Estado precisa destinar mais verbas à fiscalização, colocar mais policiais equipados com etilômetros nas vias a fim de quê os transgressores da lei sêjam devidamente punidos. Também se fazem necessários investimentos em palestras públicas quê mostrem a realidade e o sofrimento de famílias quê perderam entes em acidentes relacionados ao uso de áucôl, além de relatos de sobreviventes cujas seqüelas trousserão dificuldades crônicas para suas vidas. A Educação no Trânsito deveria sêr inserida na grade curricular obrigatória das escolas, de modo quê crianças e adolescentes tênham contato com as responsabilidades as quais é preciso ter como motorista, passageiro, ciclista ou pedestre e consciência delas. Conforme dizia Róbbes, “o homem é o lobo do homem”. Dessa forma, a Lei Seca é um mecanismo essencial para quê o homem não se torne, ao mesmo tempo, predador e presa de sua própria espécie.

Página trezentos e sessenta e cinco

#naprática (p. 134 a 137)

O mundo e eu – Compromisso social e valorização da vida (p. 136)

1. Resposta pessoal. Possibilidade de resposta: A legislação (e consequentemente seu cumprimento) é uma ferramenta muito importante para regular a vida em ssossiedade. Em adição, a formação cidadã póde auxiliar na promoção de uma ssossiedade em quê haja maior preocupação e cuidado entre as pessoas, d fórma a desenvolver relações mais empáticas, saudáveis e pautadas no respeito mútuo. Nesse sentido, políticas públicas quê favoreçam essa abordagem, em escolas e em outros espaços educacionais e culturais, podem contribuir para a formação de uma ssossiedade menos violenta e mais acolhedora, possibilitando a redução de pessoas quê colocam a si mesmas e os outros em situação de risco.

Unidade 5 – Saberes sobre a natureza

Consumo e sustentabilidade

Leitura em pauta (p. 140 a 144)

1. b) A carta é destinada à ssossiedade brasileira. Embora se mencione o nome da relatora do projeto de alteração do cóódigo da Mineração, o texto se volta diretamente à população com o intuito de alertar a todos sobre os perigos do projeto.

2. Segundo a tese, o Novo cóódigo da Mineração é problemático porque atende aos interesses das mineradoras em detrimento dos interesses da ssossiedade e dos impactos da mineração ao meio ambiente. Dado seu caráter federal, o cóódigo impacta toda a ssossiedade brasileira. Desse modo, convém quê a carta seja pública.

5. b) O efeito de sentido gerado é o de quê o eu lírico se inclui na parcela da ssossiedade brasileira historicamente responsável por tomar terras dos povos originários.

7. a) Para o eu lírico, a riqueza do vale onde está a serra é a contemplação. Já, para a mineradora, trata-se de uma riqueza material, associada aos minérios existentes no lugar.

9. a) Esse trecho se opõe à ideia citada no Novo cóódigo da Mineração de quê a mineração é uma “atividade de utilidade pública, de interêsse social, de interêsse nacional e essencial à vida humana”.

9. b) O princípio de quê “a mineração é nociva a qualquer forma de produção das condições materiais de vida dos grupos sociais afetados”.

9. d) Seriam informações importantes para caracterizar os dois desastres ambientais mencionados na carta aberta: a causa, quando ocorreram, a área atingida, o número de vítimas fatais e de pessoas desalojadas e dados sobre o impacto ambiental deles decorrente.

9. e) A falta de informações sobre os fatos ocorridos impacta negativamente a argumentação, pois, sem dimensionar a gravidade das tragédias, os exemplos ficam rasos, frágeis. Comente com os estudantes quê as tragédias de Brumadinho e de Mariana podem não ter sido minimamente caracterizadas na carta em razão de serem recentes na data de produção da carta e, dêêsse modo, a gravidade já seria do conhecimento do leitor em geral e seria facilmente lembrada pêlos brasileiros. Contudo, refórce quê a descrição dos fatos tem relevância ao contexto da escrita porque, considerando quê a carta é destinada a toda a população brasileira, certamente haveria pessoas nesse grupo com pouco conhecimento ou até desconhecimento de alguns fatos concernentes às tragédias, até mesmo pela incompletude de sua divulgação pela mídia.

9. g) Espera-se quê os estudantes insiram as informações de modo quê os acidentes de Brumadinho e de Mariana fiquem bem caracterizados, mas sem alongar muito o texto. O objetivo é quê as informações inseridas pêlos estudantes no trecho sêjam eficientes para dimensionar a gravidade dos acidentes. Verifique se eles identificam quê o ideal é apresentar essas informações após a primeira frase do trecho.

Eu e o mundo – Natureza e memória afetiva (p. 144)

1. Resposta pessoal. Caso os estudantes não tênham exemplo pessoal a citar, pergunte-lhes se algum familiar ou amigo tem memórias ligadas à natureza.

2. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a comparar a paisagem quê eles guardam na memória com a quê se configura na atualidade.

Linguagem em foco (p. 145)

5. a) Ela apresenta a parcela de pessoas dispostas a pagar mais por um produto sustentável.

6. a) Ela se relaciona às decisões de compra dos participantes da pesquisa.

6. b) Ela apresenta as diferentes motivações quê levam os participantes a comprar.

Produção de texto (p. 146 a 148)

#aquecimento (p. 146)

2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes reconheçam quê a grande disparidade dos índices (3% no Brasil e 99% na Suíça) contribui para a comprovação de quê o índice de reciclagem na cidade de Campo Grande (2%) é irrisório. Sugestão de resposta: De acôr-do com a International Solid Waste associassiôn (ISWA), associação não governamental quê acompanha a gestão dos resíduos no mundo, o Brasil recicla apenas 4% dos resíduos sólidos quê produz. O índice é quatro vezes menor do quê o de países com mesmo grau de desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia. Fonte: https://livro.pw/poniq. Acesso em: 13 ago. 2024.

3. Sugestão de resposta: De acôr-do com a International Solid Waste associassiôn (ISWA), associação não governamental quê acompanha a gestão dos resíduos no mundo, o Brasil recicla apenas 4% dos resíduos sólidos quê produz. O índice é quatro vezes menor do quê o de países com mesmo grau de desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina, África do

Página trezentos e sessenta e seis

Sul e Turquia. Fonte: https://livro.pw/poniq. Acesso em: 13 ago. 2024.

Lixo, resíduos e meio ambiente

Leitura em pauta (p. 149 a 152)

4. b) De acôr-do com o texto, a ineficiência dessas campanhas deve-se ao público-alvo. Ao propor quê elas sêjam destinadas, sobretudo, às crianças, a autora deixa implícito no texto quê o público-alvo de outras faixas etárias é mais resistente à conscientização.

5. a) O outro benefício da solução apresentada no texto é de ordem social, pois pessoas quê não têm condições de adquirir equipamentos eletrônicos poderiam sêr beneficiadas com equipamentos recondicionados.

6. d) Essa definição poderia chamar atenção do leitor para os danos à saúde causados pelo descarte irregular de lixo eletrônico, em razão de mencionar a presença, nesse tipo de lixo, de mercúrio e chumbo, duas substâncias altamente tóxicas.

Integrando com Biologia (p. 152)

1. Resposta possível: Bioacumulação é o acúmulo progressivo de um contaminante em um sêr vivo ao longo do tempo. Biomagnificação é o aumento progressivo de um contaminante ao longo da cadeia alimentar: quanto maior o nível trófico (também conhecido como nível alimentar), maior a concentração do contaminante.

Linguagem em foco (p. 153)

1. O quê justifica a combinação é a fluidez da leitura. Se a quantidade estivesse expressa apenas por algarismos, o número não seria lido com a mesma fluência.

2. O objetivo é dimensionar o problema da tímida reciclagem de resíduos sólidos no Brasil diante de um número significativo de lixo gerado.

3. Os numerais ordinais relacionados ao cardinal três são primeiro, segundo e terceiro.

4. O objetivo é o de explicar, seguindo uma ordem, cada uma das três consequências do problema discutido.

Produção de texto (p. 154 a 157)

#aquecimento (p. 154)

1. Possibilidade de resposta: A quarta consequência está relacionada com infestações e pragas, uma vez quê o lixo descartado indevidamente atrai ratos e insetos quê podem se proliferar e transmitir doenças à população. Ou: Em quarto lugar estão infestações e pragas [...].

3. Com base na comparação dos dados da pesquisa com os do artigo de opinião, pode-se afirmar quê a reciclagem está em expansão no Brasil, ou seja, está “decolando”. Menciona-se no artigo quê, em 2017, 40,9% dos resíduos sólidos urbanos eram descartados inadequadamente. Já em 2022, esse número caiu para aproximadamente 7%, o quê indica melhora significativa do índice de reciclagem no país.

#naprática (p. 155 a 157)

O mundo e eu – Coleta seletiva (p. 156)

1. Resposta possível: Em geral, as prefeituras dispõem de canais de comunicação (telefone, sáiti, imêiu) disponíveis aos munícipes, por meio dos quais é possível solicitar a côléta seletiva. A responsabilidade por esse tipo de côléta costuma sêr compartilhada por vários órgãos municipais, mas é tarefa, sobretudo, das secretarias do Meio Ambiente e de Obras. Para embasar a solicitação, os estudantes podem citar dados apresentados nos textos lidos e outros mais específicos da realidade do município, por exemplo: o descarte irregular de lixo eletrônico polui o meio ambiente, contaminando, por exemplo, o solo e a á gua, o quê prejudica o próprio homem quê o descarta. No quê diz respeito ao lixo comum, como plásticos e alumínio, por exemplo, o seu direcionamento correto, além de não gerar acúmulo em atêerros e lixões, ou acabar em rios e mares (no caso de o descarte acontecer em córregos, por exemplo), póde gerar renda para famílias quê o coletam e vendem para lugares onde ocorre a reciclagem (ou quê trabalham em usinas de reciclagem).

2. Resposta possível: Se não houver côléta seletiva na escola, póde sêr feito um pedido de verbas para a compra de lixeiras de côléta seletiva e a produção de cartazes com orientações para o descarte correto do lixo. Se isso não for viável, podem sêr comprados adesivos para quê os estudantes identifiquem as lixeiras existentes na escola. Se a côléta seletiva já tiver sido implementada, é importante identificar falhas, por exemplo, se o lixo é descartado incorretamente, se isso ocorre na escola como um todo ou em áreas e horários específicos. Cartazes com orientações podem ajudar a solucionar esse problema. Outro recurso são palestras e seminários abertos à comunidade escolar.

Natureza e ação humana

Leitura em pauta (p. 158 a 161)

1. O terceiro item inibe a cópia de trechos dos textos motivadores, uma vez quê se informa quê o conteúdo deles será desconsiderado da contagem total de linhas da redação. Essa inibição indica quê os textos motivadores devem sêr usados como inspiração e como deflagradores de ideias e contextos, e não como conteúdo a sêr reproduzido na redação.

2. b) Esse texto motivador contribui para alargar o tema, pois informa quê há 26 povos tradicionais reconhecidos oficialmente, além de muitos outros quê ainda não foram incluídos na legislação.

2. c) O primeiro texto contribui para combater o senso comum sobre os povos tradicionais brasileiros, expandindo o olhar do leitor no tocante ao reconhecimento dêêsses povos.

5. No primeiro parágrafo, a autora identifica o problema geral, quê é a “persistência de desafios à valorização” dos povos nativos brasileiros. No terceiro parágrafo, ela se concentra em um dêêsses desafios, no caso, a falta de representantes dêêsses povos no pôdêr público, quê é o problema em foco na redação.

Página trezentos e sessenta e sete

6. a) A referência ao Ifan está relacionada à ideia da fundamentalidade dos povos tradicionais como detentores de pluralidade histórica e cultural. A expressão coesiva quê estabelece essa relação é “nesse sentido”.

6. c) Resposta pessoal. No entanto, espera-se quê os estudantes reconheçam a fôrça persuasiva decorrente da mobilização de uma instituição renomada para defender essa ideia.

7. a) Fica implícita a ideia de quê representantes dirétos de um grupo ou povo têm mais condições de reivindicar o atendimento a seus interesses na medida em quê conhecem mais profundamente a própria realidade e, como resultado díssu, suas necessidades.

8. a) As missões jesuíticas implementadas durante o Brasil Colô-nia são um dos exemplos históricos mais representativos da coerção a quê povos originários foram submetidos, tendo em vista sua amplitude e sua natureza etnocêntrica, quê visava impor o catolicismo aos indígenas.

8. c) É possível depreender quê, mesmo passados aproximadamente 500 anos desde as missões jesuíticas, o Brasil não soube resolver a contento o problema da valorização dos povos originários. Com isso, a autora da redação reforça a gravidade do problema apontado por ela.

8. d) Podem sêr apontados como fatores o espaço restrito para a produção da redação (até 30 linhas) e, sobretudo, o fato de as missões jesuíticas serem de amplo conhecimento dos avaliadores e de parte considerável da ssossiedade.

9. Resposta possível: Pode-se apontar como um dos marcos iniciais da violência contra os povos originários no Brasil as expedições conduzidas pêlos bandeirantes, quê, em busca de metais preciosos e da expansão do território colonizado, dizimaram grande parte dessa população nativa entre os séculos XVI e XVIII.

Integrando com História (p. 162 e 163)

Eu e o mundo – Revisionismo histórico (p. 163)

1. Para catequizar os indígenas guarani, era fundamental comunicar-se com eles, razão pela qual se fez necessário o estudo do tupi, língua falada por esse povo.

3. Resposta pessoal. O caso específico dos bandeirantes ilustra como um momento histórico póde levar à reinterpretação do passado. Segundo a pesquisadora Thabata Dias Haynal, da Universidade de São Paulo (úspi), os bandeirantes não eram considerados heróis no século XVII: “A valorização dos bandeirantes quê surgiu de lá para cá, em específico no komêsso do século 20, se deve ao modernismo brasileiro, em um contexto de exaltação de São Paulo dentro do cenário nacional”. Disponível em: https://livro.pw/gzlyo. Acesso em: 10 set. 2024.

Linguagem em foco (p. 164)

1. O sujeito seria “Indígenas da Amazônia”.

2. O objetivo é enfatizar a importânssia do adúbo pré-histórico, objeto do estudo abordado na notícia.

3. Ambos se reférem à pesquisa sobre o adúbo, ou seja, são sinônimos. Busca-se enfatizar a pesquisa destacada no texto.

4. O deslocamento é motivado por uma questão de coesão, pois a expressão retoma (com maior proximidade) a causa exposta na frase anterior.

5. Se o adjunto adverbial estivesse no fim da oração, como prevê a ordem diréta, o sentido ficaria prejudicado em razão do aposto: “O pesquisador contou com o apôio do grupo de estudos Ecologia Histórica dos Neotrópicos, coordenado pelo professor Eduardo Néves, do MAE, também.”.

6. A notícia tem por objetivo fornecer uma informação d fórma clara e objetiva, o quê é favorecido pela ordem diréta dos termos da oração.

Produção de texto (p. 165 a 168)

#aquecimento (p. 165)

2. b) Resposta possível: Em razão de sua pluralidade histórica e cultural, os povos tradicionais são fundamentais para a ssossiedade brasileira.

#naprática (p. 166 a 168)

O mundo e eu – Horta OR GÂNICA comunitária (p. 167)

1. Como essas hortas são criadas em terrenos públicos, exigem autorização de um órgão competente. É importante quê os terrenos sêjam ensolarados e planos. Além díssu, para o sucesso do negóssio, é preciso orientar os produtores sobre como manejar o solo e gerir as finanças.

2. Os produtores podem tabelar os preços, especificar as culturas, escalonar jornadas de trabalho para a realização dos procedimentos necessários nesse tipo de horta, como o revezamento na rega e a adubação.

3. Na esféra individual, os estudantes podem citar ações como participar da implementação dêêsse tipo de horta, colaborar com a conservação dêêsse espaço, tornar-se colaborador voluntário etc. Na esféra do pôdêr público, eles podem indicar, por exemplo, iniciativas como o uso de terrenos da União para a instalação das hortas, o fornecimento de matéria-prima para o preparo do solo e cursos de fomento ao empreendedorismo ou de gerenciamento financeiro para produtores.

Unidade 6 – Ninguém é igual a ninguém

Abertura da unidade (p. 169)

1. Os elemêntos visuais da imagem, como as cores vibrantes quê atravessam os rostos de diferentes pessoas, sugérem quê, independentemente das diferenças, todos compartilham algo em comum. As formas geométricas sobrepostas podem representar o modo quê as várias identidades estão interconectadas, demonstrando quê a diversidade é uma parte essencial enriquecedora da ssossiedade. As expressões

Página trezentos e sessenta e oito

dos rostos, quê parecem olhar diretamente para o espectador, chamam à reflekção sobre a importânssia de reconhecer e valorizar a diversidade.

3. A obra Somos muitos póde evocar sentimentos de admiração, empatia e orgulho no espectador. A admiração vêm da complexidade e da beleza visual da obra, com suas cores vibrantes e seus padrões geométricos. A empatia é despertada pelo reconhecimento das diferentes faces humanas, quê simbolizam diversas histoórias e experiências de vida. O orgulho surge do reconhecimento da diversidade como uma riqueza, evidenciada pelo destaque e dignidade dados a cada rrôsto representado na imagem.

4. A obra Somos muitos póde sêr interpretada como um reflexo da ssossiedade contemporânea, destacando a diversidade quê compõe mundo atual. Em uma ssossiedade globalizada, em quê culturas se misturam e interagem constantemente, a obra de Eduardo Kobra parece capturar essa realidade.

5. A diversidade das pessoas retratadas na obra reflete as múltiplas vozes e experiências quê se unem na luta por direitos iguais, sugerindo quê a união na diversidade é uma fôrça poderosa para a transformação social.

6. Ao apresentar uma diversidade de rostos e identidades, a obra incentiva a reflekção sobre a importânssia de valorizar todas as culturas e indivíduos, combatendo preconceitos e estereótipos. Além díssu, ela mostra como a; ár-te póde sêr um meio para abordar kestões sociais, ajudando a formár cidadãos mais conscientes e engajados na construção de uma ssossiedade mais inclusiva.

A persistência do racismo

Leitura em pauta (p. 170 a 174)

1. A lei em questão modifica a Lei número 7.716, de 1989, ao tipificar a injúria racial como crime de racismo, diferentemente do quê ocorria antes, quando ela era tratada d fórma distinta, com penalidades menos severas. Com a nova lei, injúria racial passou a sêr equiparada ao crime de racismo, com penas de reclusão de dois a cinco anos e multa, o quê fortalece o combate ao racismo, proporcionando maior proteção às vítimas e ampliando as consequências legais para os agressores. Ao reconhecer essa prática como racismo, a lei sublinha a gravidade dêêsse tipo de ofensa e seu papel na perpetuação do preconceito racial.

2. Resposta pessoal. Sugestão de resposta: A previsão de penas mais severas para grupos quê cometem injúria racial tem impacto relevante, pois visa combater com maior eficácia o racismo coletivo, quê amplifica o dano psicológico e social à vítima. Ao agravar a pena nesses casos, a lei busca desestimular ações coletivas de racismo, reconhecendo a maior gravidade e o potencial de dano aumentado de tais atos.

4. O caso de racismo contra Katherine Dunham, renomada artista estadunidense, em um hotel em São Paulo, em 1950, foi o catalisador para a criação da primeira lei antirracista do Brasil, a Lei Afonso Arinos. Esse incidente expôs o racismo presente em um país quê promovia a imagem de democracia racial, levando à criação de uma lei quê tipificava atos racistas como contravenção penal.

5. Apesar de sua importânssia histórica, a Lei Afonso Arinos foi pouco efetiva em razão das penas brandas quê previa e da dificuldade de comprovação dos crimes, o quê limitava seu impacto prático.

7. O percurso argumentativo para a criação da Lei Afonso Arinos em 1951 foi fundamentado na necessidade de responder ao caso de racismo sofrido por Katherine Dunham, artista estadunidense quê foi vítima de racismo em um país quê se proclamava como uma “democracia racial”. O argumento central foi o de quê o Brasil precisava mostrar ao mundo seu compromisso com o combate a essa prática, o quê resultou na formulação de uma legislação antirracista, ainda quê de caráter simbólico. O contexto de pós-guerra e a política de boa vizinhança com os Estados Unidos também influenciaram a criação da lei, na tentativa de alinhar o Brasil aos valores democráticos quê estavam se consolidando globalmente.

10. O princípio da dignidade humana foi fundamental para a criação da Lei Afonso Arinos, justificando-a, em resposta ao caso de racismo sofrido por Katherine Dunham. A dignidade humana exige quê todas as pessoas sêjam tratadas com respeito e sem discriminação, independentemente de sua côr ou origem. O incidente com Dunham revelou uma séria violação dêêsse princípio e levou o Brasil a reconhecer a necessidade de uma legislação quê punisse atos racistas.

11. Sim, a lei mencionada se justifica com base no princípio da igualdade e dignidade humana, sustentando quê todas as formas de discriminação racial devem sêr punidas d fórma equitativa. Ao pautar a lei em princípios éticos fundamentais, os textos argumentam quê a nova legislação é essencial para promover justiça e eliminar qualquer brecha quê permita o tratamento desigual de atos de discriminação racial.

Linguagem em foco (p. 176)

1. Esse trecho contribui significativamente para a compreensão do texto ao fornecer informações adicionais sobre a identidade da artista, como o nome e as datas de nascimento e morte, esclarecendo assim quem é a figura central do texto. Além díssu, estabelece sua relevância histórica e contextualiza o impacto de suas ações na luta contra o racismo no Brasil.

2. Sim. Ao nomear o hotel, fornece-se uma informação concreta e detalhada quê ajuda a situar o leitor no contexto do evento. Com isso, torna-se o relato mais vívido e real, outorgando credibilidade à reportagem e enfatizando a seriedade do incidente.

3. a) O aposto foi usado no sexto parágrafo com o propósito de fornecer informações adicionais sobre Lúcia Helena Oliveira Silva.

4. No parágrafo em quêstão, o aposto em destaque se relaciona com o item IV, pois tem a função de explicar ou especificar mais claramente o substantivo, em geral destacando uma característica, uma função, um título ou qualquer informação que ajude a identificar melhor o termo.

5. Sim. Por meio dos apostos destacados, foram fornecidas informações detalhadas e contextuais sobre as personagens

Página trezentos e sessenta e nove

e os locais envolvidos no fato ocorrido, permitindo ao leitor uma compreensão mais efetiva do contexto em quê o episódio ocorreu. Ao esclarecer quêm são as pessoas e em que locais ocorreram os fatos, os apostos enriquecem a narrativa e enfatizam a importânssia do caso no contexto mais amplo da luta contra o racismo.

Produção de texto (p. 177 a 179)

#aquecimento (p. 177)

1. Nos trechos 1 e 2, o aposto explica uma informação (o crime de injúria racial em 1 e a contravenção penal em 2). No trecho 3, fornece informações sobre a fonte consultada. No trecho 4, por sua vez, tem a função de identificá-la.

2. Resposta possível. Trecho 1: Também em 1997 foi incluída no cóódigo Penal uma espécie de desdobramento do crime de racismo: o crime de injúria racial. Trecho 2: “Costumo dizêr quê a Lei Afonso Arinos foi uma lei para americano ver”, diz o autor de uma tese sobre a legislação, defendida na Unésp de Assis, Válter de Oliveira Campos. Trecho 3: Foi o quê comprovou, por meio de levantamento com base em ações judiciais relacionadas à Lei Afonso Arinos entre 1951 e 1989, o historiador Jerry Dávila.

3. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes respondam quê sim, pois o deslocamento do aposto em uma frase póde alterar a ênfase dada a determinada informação, o quê, por sua vez, póde influenciar a fôrça do argumento apresentado em um texto.

Pluralidade linguística

Leitura em pauta (p. 180 a 182)

3. Argumenta-se no texto quê os clichês são eficazes porque são precisos e facilmente compreendidos. Sua inevitabilidade decorre do fato de quê, muitas vezes, não há expressão mais apropriada ou impactante do quê o próprio clichê, a despeito de sua natureza desgastada.

4. a) Nelson Rodrigues usava clichês e expressões repetitivas d fórma intencional, pois considerava a repetição como um de seus grandes trunfos. Ele incorporava esses clichês nos textos para assinalar um estilo inconfundível.

4. b) O autor ressalta quê, apesar da repetição de clichês, a escrita de Nelson Rodrigues mantém seu encanto, oferecendo ao leitor o prazer de revisitar algo familiar, em contraste com a experiência de novidade, como a proposta por Guimarães Rosa.

4. c) Sim. Enquanto Nelson Rodrigues valoriza a repetição e a familiaridade dos clichês, Guimarães Rosa prioriza a inovação e a originalidade, desafiando o leitor com novas imagens e construções lingüísticas inéditas.

6. a) Ao fazer essa afirmação, o autor emite sua opinião a respeito da eficácia dos clichês na comunicação em razão de sua clareza e capacidade de serem rapidamente compreendidos, mesmo quando usados de maneira reiterada.

6. b) Os clichês são utilizados porque em muitas situações eles são a melhor opção, por não havêer uma expressão mais adequada ou eficiente para transmitir a ideia pretendida.

7. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes comentem quê, algumas vezes, os clichês podem perpetuar preconceitos sociais e culturais, reforçando estereótipos e estruturas de discriminação. Exemplos como “Todo político é corrupto” ou “Os jovens de hoje não têm respeito por nada” ilustram como essas expressões podem influenciar negativamente a percepção de certos grupos.

8. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes digam quê sim, uma pessoa póde sêr discriminada pela forma como fala ou escreve. Expressões lingüísticas regionais ou maneiras de se comunicar podem sêr julgadas e provocar atitudes de preconceito, refletindo estereótipos sociais.

10. O autor defende o valor dos clichês ao usar exemplos literários, refletir sobre a eficiência comunicativa deles e analisar sua inevitabilidade e sua função na linguagem. Esses argumentos são utilizados para desafiar a visão negativa sobre os clichês, destacando seu papel positivo na comunicação.

13. Os exemplos mostram d fórma prática como os clichês, apesar de sua simplicidade, cumprem um papel essencial na linguagem, o quê ajuda a modificar a percepção do leitor e a valorizá-los como ferramentas eficazes de comunicação.

14. A exemplificação é eficaz porque transforma uma ideia preconcebida negativa em uma apreciação da funcionalidade dos clichês. Ao oferecer exemplos concretos de seu uso, Chico Viana mostra como os clichês podem sêr valiosos e impactantes, mudando a percepção do leitor.

Linguagem em foco (p. 183)

3. Narciso refere-se ao personagem mitológico quê se apaixona pela própria imagem. A expressão Narciso às avessas descreve alguém quê rejeita a própria imagem, numa autoaversão ou auto crítica. Essa inversão contribui para a crítica social, pois sugere quê o desprêzo por si mesmo póde sêr tão problemático quanto o egocentrismo. Já a expressão ricaça das narinas de cadáver resulta em uma imagem grotesca e repulsiva e reforça uma crítica às pessoas quê, apesar da riqueza material, são moral ou espiritualmente vazias.

Migrações e diversidade cultural

Leitura em pauta (p. 186 a 188)

1. Os imigrantes, tanto dos séculos XIX e XX como os do século XXI, vieram para o Brasil motivados por melhores condições de vida.

7. A escolha de fontes confiáveis é essencial porque o argumento de autoridade se apóia na credibilidade da pessoa citada. Fontes respeitadas, como especialistas, reforçam a argumentação, enquanto fontes não verificadas ou duvidosas podem enfraquecer a tese e comprometer a confiança do leitor no texto.

8. Na redação lida (Texto 2), o repertório sócio-cultural é evidenciado quando a autora menciona uma pesquisa realizada pelo jornál Folha de São Paulo, quê aponta conflitos entre brasileiros e imigrantes espanhóis na periferia de São Paulo provocados pela irregularidade habitacional. A citação de um veículo de mídia reconhecido nacionalmente configura repertório

Página trezentos e setenta

sócio-cultural, por utilizar uma fonte confiável e amplamente conhecida ao fortalecer a argumentação dos desafios da imigração contemporânea.

9. Ao apresentar situações reais, os textos tornam a argumentação mais tangível, mais próxima daqueles quê os lê. O uso de fatos apresenta dados verificáveis, como o número de imigrantes quê entraram no Brasil e as condições em quê eles se encontram, bem como informações históricas, como o terremoto de 2010 no Haiti, quê impulsionou essa imigração.

10. Sim, é possível combinar o argumento de autoridade com o argumento por fato no mesmo texto. O argumento de autoridade, quê se apóia em fontes confiáveis ou na fala de especialistas, traz credibilidade, enquanto o argumento por fato pressupõe a citação de dados, de referências históricas e de situações ou acontecimentos de amplo conhecimento público. No Texto 1, por exemplo, essa combinação é evidente: a citação de especialista é complementada por dados verificáveis, tornando a argumentação mais robusta e acessível.

Integrando com ár-te e Língua Portuguesa (p. 189)

1. De acôr-do com a notícia, o título “Sonhei em português!” foi escolhido com base no relato de uma imigrante síria. A curadora do museu e responsável pela exposição explica quê essa imigrante só se sentiu integrada ao Brasil após um ano vivendo no país, quando sonhou em português.

Eu e o mundo – Culturas em movimento (p. 189)

1. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a compartilhar relatos de experiências de convívio quê possam ter tido com pessoas de culturas diferentes.

2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes respondam afirmativamente. Além díssu, eles podem argumentar quê o ambiente cultural molda as aspirações ao destacar determinadas profissões como mais valorizadas ou mais tradicionais. Em um contexto de diversidade cultural, o estudante póde se sentir motivado a seguir áreas quê reflitam as expectativas sociais ou culturais do grupo ao qual pertence, mas também póde explorar novas oportunidades por meio da diversidade cultural.

Linguagem em foco (p. 190)

1. a) A conjunção mas tem valor semântico de oposição. Ela conecta duas ações da Defesa Civil: o envio de á gua potável e alimentos e a falta de providência em relação ao abrigo para os haitianos. A oposição está no contraste entre o envio de recursos essenciais e a ausência de um atendimento completo, concretizado na existência de abrigo para os imigrantes.

1. b) A conjunção mas organiza as informações ao estabelecer contraste entre uma ação positiva (o envio de recursos) e uma falha (a ausência de abrigo). Isso impacta o entendimento do leitor ao mostrar quê, apesar de alguns esforços, a resposta da Defesa Civil ainda é insuficiente, revelando uma contradição na atuação.

1. c) A conjunção mas tem valor semântico de oposição. Ela contrasta a expectativa dos possíveis leitores (de quê os haitianos quê imigram para o Brasil são miseráveis) com a realidade apresentada por Corinto (de quê são, na realidade, pessoas da classe média e profissionais qualificados).

1. d) A conjunção porém também exprime oposição, indicando um contraste entre a qualificação dos imigrantes haitianos e a condição com quê chegam ao Brasil (sem dinheiro). Ela organiza as ideias e mostra quê, apesar de serem qualificadas, muitas dessas pessoas enfrentam dificuldades financeiras.

Produção de texto (p. 191 a 195)

#aquecimento (p. 191)

1. a) Sugestão de resposta: “A imigração no Brasil aumentou, porém/contudo/entretanto os recursos para acolher os imigrantes são escassos.”.

1. b) As conjunções porém/contudo/entretanto têm o mesmo valor semântico de oposição quê a conjunção mas, estabelecendo um contraste entre o aumento da imigração e a falta de recursos.

2. a) Sugestão de resposta: “Os imigrantes conseguiram se adaptar ao Brasil, mas a economia local não foi beneficiada.”

2. b) A mudança da conjunção portanto (que indica conclusão) para a conjunção mas (que indica oposição) cria uma relação de adversidade, sugerindo quê, apesar da adaptação dos imigrantes, o benefício econômico esperado não ocorreu.

3. 1-C ou 1-D: O Brasil tem recebido muitos imigrantes, mas/entretanto ainda enfrenta desafios econômicos. 2-E: A economia brasileira cresceu, por isso muitos imigrantes conseguiram emprego. 3-D ou 3-C: A ssossiedade brasileira se beneficiou da diversidade cultural, entretanto/mas alguns imigrantes ainda sofrem preconceito. 4-A: Os imigrantes enfrentam dificuldades porque a adaptação ao novo país não é fácil. 5-B: Muitos imigrantes não se qualificaram, portanto não conseguiram vagas formais de trabalho. refórce com os estudantes quê as conjunções mas e entretanto têm o mesmo significado quando empregadas para estabelecer uma relação de oposição ou contraste entre duas ideias em uma frase. Ambas indicam quê a informação apresentada a seguir contrasta com o quê foi dito anteriormente. A diferença está no uso: mas é uma conjunção coordenativa aditiva de uso mais comum e informal, enquanto entretanto é uma conjunção adversativa de tom mais formal.

#naprática (p. 192 a 195)

O mundo e eu – Caminhos cruzados (p. 194)

1. Os jovens imigrantes enfrentam desafios como barreiras lingüísticas, preconceito, falta de acesso à educação e dificuldades de adaptação cultural, os quais podem prejudicar sua integração e limitar o exercício pleno de seus direitos de cidadania. No entanto, ao superá-los, eles podem reforçar o senso de pertencimento e engajar-se mais ativamente na ssossiedade, de modo a vivenciar uma cidadania mais consciente e participativa.

Página trezentos e setenta e um

Unidade 7 – Janelas abertas para a vida em ssossiedade

Inclusão e mercado de trabalho

Leitura em pauta (p. 198 a 201)

1. a) Mundo corporativo é a expressão quê designa empresas e suas regras, enquanto barreiras estruturais são obstáculos físicos e ambientais quê dificultam o acesso das pessoas.

Se julgar pêrtinênti, é possível sugerir como fonte de pesquisa para os estudantes os sáites: Organização Pan-Americana de Saúde (https:/www.paho.org/pt/topicos/ deficiencia) e Ônu Brasil (https:/brasil.un.org/pt-br/157418-oit-empresas-est%C3%A3o-atentas-%C3%A0-diversidade-mas-inclus%C3%A3o-ainda-%C3%A9-desafio-no-mundo-corporativo). Acessos em: 11 nov. 2024.

1. b) O uso dêêsses termos confere um caráter mais técnico e preciso à abordagem do tema tratado no artigo de opinião.

2. b) O problema apresentado no segundo parágrafo é o fato de algumas empresas resistirem ao cumprimento de cotas legais para pessoas com deficiência.

7. b) O estabelecimento de multa para empresas quê não cumprem a cota e uma lei quê garante o acesso de pessoas com deficiência a todas as etapas de recrutamento, seleção e capacitação.

Eu e o mundo – Inclusão no dia a dia (p. 201)

1. Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar exemplos de inclusão quê observam no dia a dia, como a presença de pessoas com deficiência em ambientes de trabalho, em instituições de ensino, em atividades de lazer ou em transportes públicos acessíveis. Eles podem destacar situações como o uso de rampas de acesso, a presença de intérpretes de Libras, o uso de tecnologias assistivas, ou ações inclusivas em eventos esportivos e culturais. Caso não obissérvem inclusão, a resposta póde abordar a falta de acessibilidade ou de oportunidades quê dificultam a participação plena das pessoas com deficiência.

2. Resposta pessoal. Os estudantes podem relatar experiências em quê presenciaram atitudes capacitistas, como piadas, comentários depreciativos ou a subestimação das habilidades das pessoas com deficiência. Podem também citar situações em quê perceberam a falta de acessibilidade ou a exclusão de pessoas com deficiência em diferentes contextos, como na escola, no trabalho ou em atividades sociais. A resposta póde incluir uma reflekção sobre como essas atitudes reforçam estereótipos negativos e criam barreiras para a inclusão. Caso não tênham presenciado diretamente, podem discutir a relevância do tema na ssossiedade.

Integrando com Educação Física (p. 202)

1. O lançamento de dardo é uma modalidade do atletismo em quê se lança um dardo o mais longe possível. Na versão paralímpica da modalidade, atletas com comprometimento nos membros inferiores fazem os lançamentos sentados.

3. A divulgação de eventos paralímpicos e das conkistas dêêsses atletas póde auxiliar na redução do preconceito e no incentivo à reflekção e a ações de inclusão em diversos contextos da vida em ssossiedade.

4. Indique algumas fontes de pesquisa para os estudantes, como o sáiti do Comitê Paralímpico Brasileiro (disponível em: https: /cpb.org.br) e o sáiti oficial dos Jogos Paralímpicos Paris 2024, com enfoque no Brasil (disponível em: https: / olympics.com/pt/paris-2024/jogos-paralimpicos). Acesso em: 5 nov. 2024.

Linguagem em foco (p. 203)

3. c) A informação é a de quê o descumprimento da cota relativa às vagas de pessoas com deficiência não é culpa exclusiva das empresas. A oração é classificada como subordinada substantiva objetiva diréta.

3. d) A oração principal anuncia uma informação, e a oração subordinada apresenta o conteúdo dessa informação.

4. b) Essa oração indica a causa principal de algumas empresas não cumprirem a cota relativa ao preenchimento de vagas de pessoas com deficiência.

Produção de texto (p. 204 a 207)

#aquecimento (p. 204)

3. Possibilidade de resposta: Imprescindível para consolidar a inclusão, empresas devem adotar medidas efetivas com a intenção de reduzir as barreiras de exclusão enfrentadas por pessoas com deficiência para trabalhar, além de adequar o meio ambiente do trabalho, com uma mudança de paradigma e adaptações para acessibilidade dêêsses profissionais.

#naprática (p. 205 a 207)

O mundo e eu – Inclusão e responsabilidade social (p. 206)

1. Possibilidade de resposta: A conscientização póde sêr promovida pela divulgação de exemplos e dados quê destaquem a importânssia da diversidade nas empresas. Isso póde sêr feito em platafórmas digitais ou por meio de encontros presenciais com lideranças.

A prática do cancelamento e seus efeitos

Leitura em pauta (p. 208 a 211)

1. c) As falas revelam quê a personagem valoriza somente quêm compartilha das mesmas ideias que ela.

1. d) A charge critíca pessoas quê não consideram outras perspectivas, limitando-se a interagir apenas com quem pensa da mesma forma.

3. a) O eu lírico vê as rêdes sociais como um espaço de artificialidade, como mostram os versos: “Lá nas rêdes sociais / o mundo é bem diferente, / dá pra ter milhões de amigos / e mesmo assim sêr carente”.

Página trezentos e setenta e dois

3. b) Nos versos da segunda estrofe “Tem gente que nêm disfarça, / diz quê a vida só tem graça / com mais gente pra assistir”, o eu lírico critíca a busca incessante por visibilidade, destacando que nêm sempre há reciprocidade, como em “Tem gente quê você segue / mas nunca vai lhe seguir”.

4. a) No quê diz respeito à alimentação, aborda-se a distração quê o acesso a determinadas platafórmas e aplicativos gera, levando as pessoas a não priorizar suas refeições, uma vez quê podem fazer escôlhas e pedidos de pratos d fórma impulsiva, em serviços ôn láini de venda e entrega de alimentos. Além díssu, o eu lírico faz referência às postagens de comidas e pratos considerados elaborados, mas quê, com freqüência, não fazem parte do dia a dia das pessoas.

4. b) De acôr-do com o eu lírico, algumas pessoas tendem a assumir atitudes exibicionistas, ao ostentar nas rêdes sociais roupas caras, viagens e festas, gerando, muitas vezes, comportamentos consumistas. Em relação ao lazer, muitos usuários de rêdes sociais vão a shows e espetáculos, mas, em vez de usufruir do momento, preferem ocupar-se em filmar o evento e em fazer postagens nas rêdes sociais.

4. c) Essa dualidade diz respeito ao fato de, em âmbito público, por meio de rêdes sociais, muitos condenarem atitudes desonestas, posicionando-se contra ações inadequadas e ilegais. Porém, na vida pessoal, esses mesmos críticos apresentam condutas quê se constituem em infração à lei e quê, portanto, também denotam falta de ética.

5. b) Nas rêdes sociais, o ato de julgar e condenar é, em geral, caracterizado como precipitado e sem fundamento, como indicam os versos: “Lá nas rêdes sociais / a tendência é sêr juiz / e condenar muitas vezes / sem saber nem o quê diz.”.

6. b) A metáfora sugere quê a vida é imprevisível e quê devemos a aproveitar de maneira autêntica, sem nos perdermos na superficialidade das rêdes sociais.

7. a) Forbes argumenta quê o cancelamento decorre da existência, no mundo contemporâneo, de uma multiplicidade de opções e, em geral, busca-se considerar uma única razão a mais importante, o quê não condiz com as necessidades atuáis.

7. b) A frase “Este processo de ‘cancelamento’ existe porque estamos lendo a época em quê vivemos com instrumentos do passado, Forbes analisa.”.

7. c) Ele utiliza a estratégia argumentativa da exemplificação.

7. d) A exemplificação é feita por Forbes ao mencionar uma situação vivida

8. b) O efeito de sentido construído é o de incoerência entre as atitudes condenadas nas rêdes sociais e os comportamentos corruptos fora do meio virtual, revelando hipocrisia entre o discurso ôn láini e a prática na vida real.

Linguagem em foco (p. 212)

1. d) Na primeira oração, ao afirmar quê o bom do Brasil é o brasileiro, a ideia é apresentada d fórma genérica. A segunda especifica quê apenas o brasileiro quê pensa igual à personagem é considerado “bom”, delimitando o sentido da afirmação fornecida na primeira oração.

1. e) Não, o texto perderia seu efeito, pois a crítica na charge está justamente na restrição feita pela personagem, quê só considera “bom” quem pensa igual a ela.

Produção de texto (p. 213 a 217)

#aquecimento (p. 213)

1. b) Essa oração é classificada como oração subordinada adjetiva restritiva. Ela é essencial porque especifica o objetivo do comportamento relacionado ao cancelamento: buscar a promoção de justiça social.

1. c) O contraponto está no fato de quê, em vez de promover justiça social, o cancelamento muitas vezes resulta em um linchamento virtual de pessoas por declarações ou ações consideradas politicamente incorrétas.

3. e) Ao ampliar a explicação sobre os jovens, a oração oferece maior clareza ao leitor sobre a razão de essa faixa etária sêr vista como a mais suscetível à prática do cancelamento, o quê enriquece a compreensão das ideias expostas.

4. Sugira aos estudantes a leitura do tópico 2 – “Politicamente correto: contextualização do objeto” –, presente no artigo “Efeitos de sentido em charges: um estudo sobre o politicamente correto”, de Reinaldo César Zanardi e Rosemeri Passos Baltazar Machado, da Universidade Estadual de Londrina (disponível em: https://livro.pw/zubwn; acesso em: 26 set. 2024).

#naprática (p. 214 a 217)

De olho na linguagem – Diversidade no uso dos pronômes relativos (que/quem/o qual/ onde/cujo) (p. 217)

1. Resposta pessoal. Possibilidades de resposta: As rêdes sociais, onde as discussões acontecem d fórma rápida, são os principais espaços de prática de cancelamento. O influenciador, cuja opinião gerou polêmica, foi alvo de cancelamento em diversas platafórmas. As pessoas quê participaram da campanha de cancelamento não refletiram sobre as consequências de seus atos.

Cidadania e Tecnologia

Leitura em pauta (p. 218 a 221)

1. b) Trata-se de um ônibus, estacionado no pátio da Vara da Infância e da Juventude, na cidade do Rio de Janeiro. O veículo funciona como um cartório itinerante, no qual pessoas muito pobres aguardam atendimento para obtêr a certidão de nascimento.

1. c) Com base no primeiro texto da coletânea, é possível deduzir quê a falta de registro civil afeta moradores tanto de áreas urbanas como das rurais e envolve pessoas de todas as idades, principalmente as muito pobres e, em sua maioria, negras.

2. O termo foi usado no segundo texto motivador porque, uma vez quê as pessoas não têm a posse do registro oficial, não é possível calcular o número exato delas; portanto, trata-se apenas de uma estimativa.

Página trezentos e setenta e três

4. Sim, os argumentos de autoridade são coerentes, pois estabelecem relação entre os pensamentos apresentados e a atuação do Estado, uma vez quê, na proposta de intervenção, o Estado é o agente principal da ação indicada.

6. b) Esse cenário representa a negação dos direitos das pessoas quê apresentam maior vulnerabilidade, ou seja, ele retrata uma realidade de invisibilidade dessas pessoas quê, pela falta de documentação, vivem marginalizadas, sem qualquer perspectiva de ascensão social. Daí sêr necessária a atuação do Estado na oferta de serviços quê, embora constituam direitos, são comercializados.

6. c) A estrutura baseada no capital, com essa lógica perpassando os direitos, configura um cenário de “cidadanias mutiladas”, causa de o Estado ter de atuar d fórma efetiva a fim de assegurar direitos básicos, em especial para populações mais vulneráveis.

7. a) De acôr-do com o pensamento do filósofo Jan Pôu Sartre, uma pessoa tem liberdade para construir sua essência, mediante tomadas de decisões, quando é reconhecida como sêr existente (reconhecida como alguém quê existe e, ao mesmo tempo, reconhece-se como tal). Dessa maneira, a consequência de a pessoa ter liberdade advém da causa de ela existir.

7. b) Com o reconhecimento da existência, desenvolve-se a possibilidade de liberdade e tomada de decisões. A pessoa se torna protagonista da própria vida e se configura como cidadã.

Linguagem em foco (p. 223)

1. a) As orações são: “A finalidade de tal ação é”; “ampliar;: “garantir o acesso à cidadania plena no Brasil”; “já quê esta só póde sêr integralmente alcançada, na maioria dos casos, com, no mínimo, a certidão de nascimento.”. A reescrita do trecho, desenvolvendo as orações seria: A finalidade de tal ação é quê haja ampliação e quê seja garantido o acesso à cidadania plena no Brasil, já quê esta só póde sêr integralmente alcançada, na maioria dos casos, com, no mínimo, a certidão de nascimento.

Produção de texto (p. 224 a 226)

#aquecimento (p. 224)

2. a) A tese é: “Assim, é fundamental a atuação governamental para o combate a esse atentado à cidadania.”. A reescrita, utilizando período compôzto e oração adverbial ficaria: Assim, é fundamental a atuação governamental para quê seja combatido esse atentado à cidadania. A relação de sentido evidenciada foi a de finalidade, pois houve a transformação de um adjunto adverbial final em uma oração subordinada adverbial final, o quê confere destaque à finalidade indicada.

2. b) A oração “Assim, é fundamental a atuação governamental” é a oração principal, enquanto “para quê seja combatido esse atentado à cidadania é oração subordinada adverbial final. A locução conjuntiva a fim de quê. Caso o estudante já a tenha utilizado na reescrita, nesta resposta é provável quê seja feita a indicação de para quê.

3. a) A causa indicada é a de quê uma parcela significativa da população não conhece as possibilidades existentes para a obtenção do registro civil. A oração é: “Consoante esse pensamento, como uma significativa parcela da população desconhece as alternativas para a formulação de seu registro civil [...]”. A oração é: “Consoante esse pensamento, como uma significativa parcela da população desconhece as alternativas para a formulação de seu registro civil [...]”.

3. b) A conjunção como. Poderiam sêr usadas a conjunção porquanto e as locuções conjuntivas na medida em quê, visto quê,quê, uma vez quê, entre outras.

Unidade 8 – A construção do amanhã

Desenvolvimento sustentável e economia

Leitura em pauta (p. 228 a 231)

1. c) Spiro reconhece quê as pesquisas nessa área demandam mais tempo, porém os resultados obtidos podem perdurar: “sabemos de experiências do passado quê pesquisas movidas pela curiosidade intelectual dos cientistas constituem a fonte do conhecimento quê as futuras gerações irão usar para enfrentar seus problemas.”.

2. b)

Esquema com formato de pirâmide, dividido em três estratos. Do topo à base, os estratos são: 1. Economia circular; 2. Estratégias de descarbonização; 3. Inovações e conceitos produzidos pelas ciências básicas.

2. d) Na entrevista, ele demonstra (e com isso defende) a essencialidade das ciências básicas para a economia circular, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

5. Os substantivos vênus e sírius estão ligados semanticamente ao substantivo céu, quê indica o lugar em quê ambos (um planêta e uma estrela) são vistos.

7. Interpretação possível: No primeiro plano, vênus e sírius podem sêr observados; destacam-se, dêêsse modo, a abertura e a amplitude do céu, representadas pelo espaçamento lateral dos versos. Já no segundo plano, eles não podem mais sêr vistos em razão da presença do CO2, obstrução representada pela justaposição das estrofes finais no centro da página. Visualmente, desenha-se um estreitamento, um bloqueio.

Página trezentos e setenta e quatro

Eu e o mundo – efeitos da poluição (p. 231)

1. Resposta pessoal. Danos à natureza, como é o caso da poluição, podem impactar negativamente não só a saúde física, como também a saúde mental. O excésso de barulho e de informação visual póde causar estresse. Além díssu, póde privar as pessoas de experiências prazerosas, como a observação do céu noturno, do nascer e do pôr do sól.

Linguagem em foco (p. 232)

1. a) Os combustíveis fósseis desempenharam um papel central na história da humanidade desde quê o primeiro pedaço de carvão foi queimado, há milhares de anos.

2. a) O termo “combustíveis fósseis”.

2. b) Possibilidades: “à proporção que”, “quanto mais”.

3. A inversão salienta a condição a sêr cumprida para quê se alcance a transição energética – justamente o gasto com esses minerais. Em outras palavras, a grande meta da transição energética só será alcançada com gastos voltados à obtenção dêêsses minerais.

Produção de texto (p. 233 a 236)

#aquecimento (p. 233)

3. Resposta pessoal. Possibilidades de resposta: Se não houver educação ambiental, projetos sustentáveis ficarão imcomplétos. / Sem quê haja educação ambiental, projetos sustentáveis ficam imcomplétos. Ressalte com eles quê a formulação original (sem oração) atende às necessidades de um título de texto jornalístico, quê, entre outras características, deve sêr breve.

4. Resposta pessoal. Possibilidades de resposta: Quanto mais investirmos em educação ambiental, maiores serão as chances de um futuro sustentável. / Quando a educação ambiental for prioridade, o mundo estará mais perto da sustentabilidade.

5. a) A ideia diz respeito à necessidade de pensar nas gerações futuras, de promover ações com resultados de longo prazo. Nesse sentido, quem investir em educação ambiental possivelmente não vai vêr os resultados, ou usufruir deles, mas isso será possível para as gerações vindouras.

#naprática (p. 234 a 236)

De olho na linguagem – Locuções conjuntivas à medida quê e na medida em quê (p. 236)

2. A relação é de causa. Em decorrência dos impactos quê causam à população, essas empresas precisam se preocupar com a sustentabilidade.

Longevidade e etarismo

Leitura em pauta (p. 237 a 240)

1. O artigo cita a projeção da pirâmide etária no Brasil para 2100: a proporção de idosos na população geral chegará a 40,3%, enquanto a população de jovens com 15 anos ou menos será de 9%.

3. b) A ideia de envelhecimento produtivo contraria a ideia de quê idosos são improdutivos; de quê, a essa altura da vida, devem apenas desfrutar da aposentadoria.

3. c) Essa ideia contribui para uma reflekção sobre a inserção dos idosos no mercado de trabalho. Na medida em quê podem produzir e fazer uso de saberes acumulados, os idosos podem continuar ativos, desde quê o mercado não feche as portas para eles.

5. b) Embora sêjam apenas dois eventos, a primeira e a segunda Assembleia Mundial sobre Envelhecimento, eles têm relevância singular, pois ambos foram promovidos pela Ônu.

Eu e o mundo – Olhares para o envelhecimento (p. 239)

1. Resposta pessoal. É muito provável quê os estudantes identifiquem as diferenças (de saúde, comportamento etc.) entre os idosos com os quais convivem, o quê póde contribuir para problematizar uma visão estereotipada do envelhecimento (caso partilhem dessa visão) ou para apurar o olhar plural e complékso deles para o envelhecimento.

Produção de texto (p. 242 a 245)

#aquecimento (p. 242)

2. a) Resposta pessoal. Possibilidade de resposta: Pesquisa do hí bê gê hé realizada entre 2012 e 2023 indica quê a porcentagem de idosos no mercado de trabalho no Brasil oscilou pouco ao longo dêêsse período: 22,5% em 2012 e 23,1% em 2023.

Escolha profissional e equilíbrio de emoções

Leitura em pauta (p. 246 a 249)

1. a) As características são preconceito e desinformação. O primeiro texto aborda e problematiza uma ideia do senso comum quê entende saúde mental como sinônimo apenas de doença mental.

1. b) O Texto 1 problematiza esse estigma ao defender quê a noção de saúde mental é mais ampla (“implica muito mais quê a ausência de doenças mentais”), pois engloba também todo tipo de sofrimento psíquico a quê as pessoas estão sujeitas ao longo da vida.

2. c) O uso é apropriado. O segundo texto motivador cita a falta de informação como manifestação do estigma contra quem sofre transtôrnos psíquicos. Na redação, ela tematiza esse problema, mas dá outro encaminhamento a ele, aprofundando-o e propondo uma ação para combatê-lo.

3. a) A alta incidência de patologias mentais no país contribui para chamar atenção para a gravidade do problema: é preciso discuti-las mais e de maneira embasada para combater a desinformação sobre esse tema.

4. A função é caracterizar as causas do problema: o segundo parágrafo caracteriza a desinformação sobre saúde mental, e o terceiro, a falta de representatividade nas artes de pessoas em sofrimento mental. Essa divisão é positiva para a coesão do texto, pois discute individualmente e com igual peso os dois problemas.

Página trezentos e setenta e cinco

6. a) A sequência textual predominante nos trechos é a narrativa, quê se caracteriza por contar uma história. Nesse caso, são mencionados acontecimentos da vida de Nise da Silveira e de Gógui.

6. b) No caso de Nise da Silveira, a intenção da autora da redação é citar um exemplo notório de história de vida de uma brasileira quê lutou em favor de pessoas com transtôrnos psicológicos e, por conseguinte, contra os estigmas direcionados a elas. Assim, a autora narra fatos da vida dessa personalidade, quê atestam a relevância de sua atuação. No tocante a Gógui, com base na alusão a uma personalidade de amplo conhecimento, pretende-se chamar atenção para os impactos negativos decorrentes dos estigmas e da falta de cuidado com pessoas quê sofrem de doenças mentais. Para isso, a autora recórre à narração de alguns fatos da vida do artista, conturbada pêlos problemas psiquiátricos.

Eu e o mundo – Estigmas por quê? (p. 249)

1. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes identifiquem o fundo preconceituoso e, por conseguinte, redutor resultante de estigmas. A depender da experiência relatada, poderá sêr compartilhada a injustiça sofrida ou avaliada a injustiça cometida contra alguém. Ambas as experiências oferecem a oportunidade de realização de uma discussão aprofundada sobre os temas respeito e empatia.

Linguagem em foco (p. 251)

1. b) Sim, todas são substantivas subjetivas.

1. d) As orações dêsempênham a função de elencar os desafios específicos enfrentados pêlos profissionais da saúde na busca por apôio em saúde mental.

2. a) Ela não apresenta a conjunção integrante quê.

2. b) Não implica diferença de função. Como as outras, ela exerce função de sujeito da oração principal.

Produção de texto (p. 252 a 255)

#aquecimento (p. 252)

3. Nessa oração subordinada estão presentes, respectivamente, o agente e o modo de realização: “que a mídia – instrumento de ampla abrangência – informe a ssossiedade a respeito dessas doenças e sobre como conviver com pessoas portadoras, por meio de comerciais periódicos nas rêdes sociais e debates televisivos.”.

#naprática (p. 252 a 255)

O mundo e eu – Acolhimento em saúde mental (p. 254)

1. O exemplo de Nise da Silveira, citado na redação lida, póde sêr um bom ponto de partida para discutir essa quêstão. Pode-se comparar o contexto do tratamento a doentes mentais naquela época e na atualidade, o que passa diretamente pela questão manicomial. Há poucas dékâdâs, os pacientes eram apartados da ssossiedade, recebiam tratamento sub-humano e tí-nhão pouca possibilidade de recuperação ou reinserção social; hoje se entende quê há diversas possibilidades de reabilitação, tratamentos humanizados e respeitosos etc. para aqueles quê são internados em instituições psiquiátricas.

2. Resposta pessoal. A ideia dessa quêstão é entender como os estudantes lidam com a saúde mental, se há ou não algum tipo de estigma ou vergonha por parte deles e que percepção têm a respeito da postura da ssossiedade ao tratar essa questão de saúde.

Unidade 9 – O futuro é logo ali!

Formação educacional e mudanças no mercado de trabalho

Leitura em pauta (p. 258 a 261)

4. As áreas emergentes, como a economia vêrde, a digital, a criativa e a do cuidado, têm potencial de crescimento e de geração de oportunidades no futuro porque estão ligadas às tendências globais, como a sustentabilidade, a inovação tecnológica e o envelhecimento da população. Essas demandas geram novas oportunidades de emprego para os jovens, especialmente em setores quê exigem soluções inovadoras.

8. A reportagem destaca mudanças no padrão de globalização, mudanças demográficas, digitalização da economia, flexibilização das relações de trabalho, mudanças climáticas e mudanças no padrão de consumo.

9. Foi mobilizado o argumento de fato. Esse tipo de argumento se baseia na apresentação de informações objetivas e concretas, como dados estatísticos e eventos reais, quê descrevem as mudanças no mercado de trabalho e o modo como impactam os jovens. Ao mencionar aspectos como novas demandas por competências e a transformação digital, por exemplo, são utilizados fatos quê ilustram o impacto dessas mudanças na vida profissional da juventude, fortalecendo a argumentação com base em evidências.

10. Nesta passagem: “Representantes de uma fatia de 24% da população, eles são em sua maioria pretos e pardos, vivem em áreas urbanas e ganham até dois salários mínimos.”. Nesse trecho, são apresentados dados demográficos sobre a juventude brasileira, como a porcentagem quê representa essa faixa etária da população (24%), além de informações sobre características socioeconômicas, como côr, local de residência e faixa salarial. Esses dados são usados para fortalecer o argumento sobre as condições de vulnerabilidade dos jovens no mercado de trabalho.

11. Porque essa estratégia argumentativa é utilizada na reportagem para explicar as relações entre as tendências do mercado de trabalho e como elas impactam os jovens. Por exemplo, ao mencionar quê, após a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, houve redução no comércio internacional e falta de matérias-primas, o texto utiliza a lógica de causa (pandemia e guerra) e consequência (diminuição

Página trezentos e setenta e seis

do comércio e aumento dos preços) para explicar as mudanças no mercado de trabalho e os efeitos delas nas juventudes brasileiras.

12. A reportagem póde sêr classificada como um texto do tipo expositivo-argumentativo porque, além de expor informações e dados sobre as tendências do mercado de trabalho quê afetam as juventudes brasileiras (tipo expositivo), apresenta argumentos quê sustentam essas informações, como o uso de dados estatísticos e a indicação de causas e consequências (tipo argumentativo). Assim, o texto combina a explicação de fatos com uma construção argumentativa para defender a importânssia de políticas públicas e de mudanças possíveis para a inclusão produtiva dos jovens.

Integrando com Geografia (p. 262)

1. Esses eventos fragilizaram as relações globais, aumentando o protecionismo e retraindo a globalização. Para se proteger, os países buscaram diversificar.

2. Desde o fim dos anos 1980, a integração dos mercados internacionais, impulsionada por políticas liberais, resultou em maior uniformidade econômica e na internacionalização de bens culturais, com a comercialização global de produtos semelhantes e a promoção da padronização cultural e econômica.

Produção de texto (p. 264 a 267)

#aquecimento (p. 264)

1. b) Espera-se quê o estudante responda quê sim. Quando o verbo é colocado antes do sujeito, a ênfase da frase póde recair sobre a ação ou o evento descrito pelo verbo, destacando o quê está acontecendo antes de mencionar quêm ou o que está envolvido na ação. Construções como essa podem tornar a comunicação mais objetiva e diréta, já quê focam, inicialmente, no acontecimento, o quê é útil em contextos informativos ou jornalísticos.

#naprática (p. 264 a 267)

O mundo e eu – Oportunidades para superação (p. 266)

1. A educação desempenha um papel essencial no preparo para enfrentar os desafios futuros do mercado de trabalho, pois oferece conhecimento técnico, habilidades práticas e desenvolvimento de competências socioemocionais. Ela ajuda o jovem a se adaptar às mudanças tecnológicas e econômicas, além de promover o pensamento crítico e a capacidade de resolução de problemas, fatores essenciais para alcançar o sucesso profissional em um mercado em constante transformação.

Projeto de vida e protagonismo juvenil

Leitura em pauta (p. 268 a 272)

1. As principais barreiras são a falta de formação, a exclusão digital e as kestões como raça e gênero, quê afetam especialmente jovens de baixa renda. Isso reduz suas oportunidades e expectativas, gerando o “efeito cicatriz”, quê impacta negativamente suas trajetórias futuras.

2. A mudança de “nem-nem” para “jovem-potência” busca evitar a responsabilização dos jovens, destacando quê eles têm potencial, mas enfrentam condições adversas. Isso muda a percepção social, focando as oportunidades de quê esses jovens precisam.

3. A falta de políticas públicas quê promovam educação e competências adequadas às juventudes brasileiras dificulta a inclusão dos jovens no mercado de trabalho. Isso agrava a exclusão dessa população e reduz suas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.

4. O “efeito cicatriz” se refere ao impacto negativo do afastamento prolongado do mercado de trabalho, resultando em dificuldades futuras, como salários menóres e maior instabilidade profissional para os jovens.

5. b) O eu lírico quêstiona como será o futuro, tanto o próprio como o do filho, e reflete sobre as incertezas e a busca por sentido na vida. Esses questionamentos constituem-se em dúvidas comuns à juventude em relação ao que está por vir e ao seu papel no mundo.

6. O amadurecimento dos jovens, como mencionado na música, póde sêr afetado pelas dificuldades de inclusão produtiva descritas na reportagem, como a falta de oportunidades de emprego e estudo. Essas barreiras podem atrasar ou dificultar o desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens, fazendo com quê suas reflekções sobre o futuro sêjam marcadas por incertezas e inseguranças, impactando suas trajetórias de vida e sua capacidade de tomar decisões assertivas.

8. As comparações mostram quê o Brasil tem uma alta porcentagem de “jovens sem-sem” em relação a outros países, evidenciando a urgência de melhorar as oportunidades de educação e trabalho para evitar quê esses jovens fiquem excluídos do mercado e do estudo.

9. O tipo de argumento utilizado é o argumento por comparação. A reportagem compara a situação dos “jovens sem-sem” no Brasil com as dos de outros países para destacar a gravidade do problema e reforçar a urgência em melhorar as oportunidades de educação e trabalho dessa população no país.

10. No trecho “Em comparação ao cenário internacional, o percentual de juventudes brasileiras sem oportunidade de estudo e trabalho é alto. O relatório Education at a glance 2022, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), traz o Brasil em segundo lugar no rã-kin dos jovens ‘sem-sem’, com 36,9% considerando a faixa etária de 18 a 24 anos. Dentre os 38 países-membros da OCDE, estamos atrás apenas da África do Sul (46,2%).”.

12. Não, a reportagem não apresenta essas fragilidades argumentativas, visto quê utiliza dados confiáveis e específicos, como os fornecidos pela OCDE no relatório Education at a Glance 2022, além de estudos realizados por instituições reconhecidas, como o Instituto Cíclica e o Instituto Veredas, em parceria com fundações de credibilidade. Esses elemêntos

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dão respaldo às informações, evitando carência de dados ou o uso de fontes não confiáveis.

Eu e o mundo – Dilemas da juventude (p. 272)

1. O acesso à informação e às rêdes sociais póde ampliar as perspectivas do estudante, permitindo quê descubram novas carreiras e interesses. No entanto, a pressão das rêdes sociais e a exposição a padrões irreais de sucesso podem criar expectativas distorcidas, levando-os à frustração ou desmotivação.

Produção de texto (p. 274 a 277)

#aquecimento (p. 274)

1. b) “A juventude no Brasil representa 24% da população.” A alteração exige quê o artigo As seja trocado por A e a forma verbal representam seja modificada para representa, para manter a concordância em gênero e número.

1. c) “Os jovens no Brasil representam 24% da população.” Ao trocar juventudes por jovens, é necessário alterar o artigo As para Os e manter a forma verbal representam no plural, pois jovens também está no plural. A concordância nominal se ajusta de acôr-do com o gênero (masculino) e número (plural) do substantivo jovens.

#naprática (p. 274 a 277)

O mundo e eu – Autonomia e progresso (p. 276)

1. Quando o jovem desen vólve um projeto de vida alinhado à cidadania e ao bem comum, a ssossiedade se beneficia diante da maior participação social, da inovação e de uma cultura de responsabilidade coletiva, o quê colabora na construção de uma comunidade mais unida e preocupada com o progresso de todos.

Trabalho e qualidade de vida

Leitura em pauta (p. 278 a 281)

1. A invisibilidade e a desvalorização do trabalho de cuidado refletem estruturas históricas e sociais quê atribuem às mulheres o papel de cuidadoras. Essa divisão de responsabilidades é reforçada por estereótipos de gênero, em quê o trabalho doméstico e de cuidado não é visto como uma atividade produtiva ou digna de remuneração justa, sêndo, portanto, desvalorizado.

2. Apesar das transformações sociais ocorridas nas últimas dékâdâs, a divisão do trabalho de cuidado ainda recai sobre as mulheres devido à persistência de normas culturais e de estereótipos de gênero quê associam as mulheres ao espaço privádo e aos cuidados com a família. Essas permanências dificultam o estabelecimento de uma nova dinâmica social, em quê haja uma redistribuição mais equitativa dessas responsabilidades entre homens e mulheres.

3. Sim. As mulheres em situação de pobreza, especialmente aquelas pertencentes a minorias étnicas ou raciais, não raro se veem em posições mais vulneráveis, realizando trabalhos mais precários e mal remunerados. Essa situação de múltiplas desvantagens faz com quê elas sêjam ainda mais invisibilizadas, em comparação com mulheres de classes mais altas ou pertencentes a grupos racialmente privilegiados, perpetuando a desigualdade social e de gênero.

4. A desvalorização do trabalho de cuidado impacta as mulheres tanto social como economicamente, pois elas ficam restritas a trabalhos mal remunerados e sem garantias formais de direitos trabalhistas. Esse fato perpetua ciclos de pobreza e exclusão social, limitando o acesso delas a oportunidades de crescimento profissional e pessoal.

5. A lógica capitalista privilegia o trabalho quê gera lucro imediato e desvaloriza aquele relacionado ao cuidado, quê não é diretamente produtivo em termos econômicos. Esse fato contribui para a precarização dêêsse tipo de trabalho, realizado majoritariamente por mulheres, bem como para sua invisibilidade no mercado formal, reforçando situações de desigualdade e de exploração.

6. Segundo o texto, o papel social da mulher foi historicamente construído e consolidado desde a colonização portuguesa, no qual as mulheres, especialmente as indígenas e as africanas escravizadas, tiveram sua atuação restrita ao trabalho doméstico.

7. a) Sim. Ao caracterizar esse papel como algo historicamente construído durante a colonização portuguesa, quando as mulheres foram limitadas ao trabalho doméstico e de cuidado, a autora emprega um argumento por definição.

8. O verbo sêr aparece associado a um argumento de autoridade nas passagens em quê são citados Chimamanda Adichie e Ricardo Antunes. A primeira passagem usa a legitimidade da autora para reforçar a marginalização dos grupos minoritários, incluindo as mulheres: “Sob esse viés, como afirma a escritora contemporânea Chimamanda Adiche, grupos minoritários são marginalizados pelo corpo social devido às características preestabelecidas sobre eles”. Já na segunda se menciona o sociólogo para sustentar a precarização do trabalho: “Nesse prisma, pode-se concluir quê, em consonância com o pensamento de Antunes, um grande desafio para quem vive esse exercício trabalhista é a desvalorização [...]”.

Eu e o mundo – Entre laços (p. 281)

1. Espera-se quê a resposta à primeira questão seja afirmativa. Assumir responsabilidades de trabalho doméstico póde afetar os sonhos e as motivações de um estudante, já quê essas tarefas consomem tempo e energia, gerando estresse e cansaço, fato quê póde prejudicar tanto o dêsempênho escolar como o planejamento de futuro, criando desequilíbrio entre as obrigações familiares e os objetivos pessoais.

Integrando com Literatura (p. 281)

1. A autora utiliza o contexto da Revolução Farroupilha para destacar o isolamento e as angústias das personagens, quê enfrentam perdas e incertezas. A guerra sérve como pano de fundo para explorar as emoções e a gradual perda de esperança delas.

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2. Os cadernos de Manuela oferecem uma visão íntima dos acontecimentos e sentimentos, permitindo ao leitor compreender melhor as emoções e as esperanças das personagens, além de desenvolver a narrativa.

Linguagem em foco (p. 282)

4. A locução verbal tem passado indica uma ação quê começou no passado e segue acontecendo no presente. O uso do verbo auxiliar tem, no presente do indicativo, junto ao particípio passado, confere à frase um sentido de continuidade, mostrando quê as transformações sociais são um processo em andamento, ainda não concluído, o quê reforça a ideia de quê as mudanças estão ocorrendo ao longo do tempo, sem um ponto final definido.

5. O verbo passar nesse contexto é transitivo indiréto, exigindo a preposição por para introduzir o complemento “inúmeras transformações sociais”.

Produção de texto (p. 283 a 286)

#aquecimento (p. 283)

1. a) Voz ativa: A desvalorização invisibiliza o serviço das mulheres. O verbo invisibilizar é transitivo direto, ou seja, exige um complemento direto, quê na frase ativa é “o serviço das mulheres”, sem preposição.

1. c) Observa-se, no item b, quê o verbo referir-se é transitivo indiréto, exigindo a preposição a para ligar-se ao complemento “serviço das mulheres”. Essa regência é diferente da do verbo invisibilizar, quê é transitivo direto e não necessita de preposição para o complemento.

3. Resposta possível: Ao substituir adotar por aderir, o sentido muda de uma escolha ativa (adotar) para um alinhamento ou vinculação (aderir). Além díssu, aderir exige a preposição a, enquanto adotar é transitivo direto, sem a necessidade de preposição. Esta altera a relação, indicando uma conexão com os princípios, em vez de méra aceitação.

#naprática (p. 283 a 286)

O mundo e eu – Redefinir estereótipos (p. 285)

1. A desvalorização do trabalho de cuidado reforça a desigualdade de gênero ao perpetuar estereótipos quê associam essas tarefas exclusivamente às mulheres. Esse fato limita o reconhecimento do papel delas na ssossiedade e impede uma distribuição mais igualitária das responsabilidades entre mulheres e homens.

REFERÊNCIAS BIBlIOGRAFICAS COMENTADAS

ALVES, I. M. Neologia e implicações textuais. In: LEFFA, V. J. (comp.). TELA (Textos em Linguística Aplicada), Pelotas: Educat, 2009. Disponível em: https://livro.pw/knlyc. Acesso em: 31 out. 2024.
Nesse artigo, a autora dedica-se ao estudo de neologismos, abordando relações da unidade lexical neológica com outras unidades no âmbito textual. As unidades lexicais enfocadas são aquelas formadas por derivação (prefixal e sufixal) de caráter intensivo.

banho, M. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012.
O sociolinguista Marcos banho, avesso ao tradicional ensino da gramática pautado pela fixação de conceitos em si mesmos, estuda os fenômenos linguísticos em seus contextos de uso. A obra intitula-se pedagógica, pois tem objetivo de colaborar com a formação docente. Nela, a descrição do português brasileiro não se separa da descrição histórica, abordagem chamada de pancrônica.

banho, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007.
Didático e esclarecedor, o livro apresenta os fundamentos para quê conceitos como variação e mudança, norma-padrão e norma culta, estigma e prestígio, letramento e oralidade sêjam abordados com rigor nas mais diversas áreas.

banho, M. Preconceito linguístico. São Paulo: Parábola, 2015.
O autor desfaz a associação entre língua e gramática normativa, quê é a raiz do preconceito linguístico. Além díssu, aprofunda a análise de fenômenos do português falado e do escrito no Brasil, de modo a evidenciar quê a língua é plural e vasta, enquanto a gramática é apenas a descrição de uma fração da língua.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
A obra é fruto de uma coletânea de textos de diferentes momentos da carreira de Bakhtin. Em “Os gêneros do discurso”, o autor discute a episteme do conceito de gênero discursivo, reflekção quê se tornou referência nos estudos sobre o tema.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. Tradução de Paulo de Bezerra. Notas da edição russa de Serguei Botcharov. São Paulo: Editora 34, 2016.
Além dos ensaios canônicos “Os gêneros do discurso” e “O texto na linguística, na filologia e em outras ciências humanas”,

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o livro traz dois textos intitulados “Diálogos” quê serviram de base para a escrita do primeiro dêêsses ensaios.

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 39. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.
Das gramáticas mais clássicas do Brasil, essa obra de Evanildo Bechara combina a descrição sincrônica com a gramática normativa a fim de retratar a língua nos mais variados espaços sociais.

BRAIT, B.; SILVA, M. C. S. e. Texto ou discurso? São Paulo: Contexto, 2012.
Resultado da reunião de estudos de diferentes segmentos das Ciências da Linguagem, como Linguística textual, Semiótica e Estudos discursivos, o livro constrói um vasto painel para se entender, aprossimár e distinguir os conceitos de texto e discurso.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. A redação do enêm 2024: cartilha do(a) participante. Brasília, DF: Inep, 2024. Disponível em: https://livro.pw/khbui. Acesso em: 31 out. 2024.
Voltada ao participante do enêm, a cartilha detalha a próva de redação do exame, dividindo-se em duas partes: a primeira dedicada à Matriz de Referência para a Redação e os critérios de correção e pontuação, e a segunda, a um conjunto de redações quê obtiveram nota mássima segundo a banca avaliadora.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MÉC, 2018. Disponível em: https://livro.pw/xwaeo. Acesso em: 24 out. 2024.
Homologado em 2017 e 2018, trata-se do principal documento propositivo quê norteia a Educação Básica brasileira. Concebida por especialistas de todas as áreas do conhecimento, a BNCC entrelaça a aprendizagem e a realidade dos estudantes com vistas a engajá-los e prepará-los para o futuro.

BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, DF: MÉC, 2019. Disponível em: https://livro.pw/cpeww. Acesso em: 24 out. 2024.
Documento quê caracteriza os Temas Contemporâneos Transversais (TCT), contextualiza-os na Educação Básica e apresenta pressupostos pedagógicos para abordá-los.

COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
Nesse livro, o autor caracteriza gêneros textuais escritos e orais, além de gêneros híbridos e multimodais, em cerca de 600 verbetes de A a Z. A objetividade, o didatismo e a concisão dos verbetes ampliam o uso do dicionário para além dos docentes.

CUNHA, C.; SINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Lexikon: 2019.
Essa gramática esmiúça os fenômenos linguísticos do português atual sôbi a perspectiva da norma-padrão. Os autores não se restringem ao exame da palavra e sua função, pois também discutem seus variados efeitos expressivos.

DECAT, M. B. N. Uma abordagem funcionalista para o estudo de processos linguísticos em gêneros textuais do português em uso. Revista Linguística, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, jun. 2012.
Nesse artigo, a docente da hú éfe ême gê aborda os aspectos formais dos gêneros textuais, além de discutir e enfatizar os aspectos funcionais quê os diferenciam. Para isso, propõe estreita correlação entre os fatos gramaticais e os elemêntos pragmáticos da situação em quê os gêneros se materializam.

EDUCAÇÃO inclusiva. Instituto Rodrigo Mendes, São Paulo, 2022. Disponível em: https://livro.pw/yjvkt. Acesso em: 31 out. 2024.
Documento lançado em 2022 com o objetivo de contribuir para a melhoria da Educação Especial na perspectiva inclusiva.

FARACO, C. A. Linguagem e diálogo: ideias lingüísticas do Círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola, 2009.
Destinado tanto a especialistas como a iniciantes na obra de Bakthin, esse livro funciona como um roteiro geral para compreender a filosofia da linguagem do círculo bakthiniano.

FERNANDES, D. Para uma teoria da avaliação no domínio das aprendizagens. Estudos em Avaliação Educacional: revista da Fundação Carlos Chagas, São Paulo, v. 19, n. 41, p. 347-372, set./dez. 2008. Disponível em: https://livro.pw/marqy. Acesso em: 31 out. 2024.
Nesse artigo, o autor discute kestões essenciais a respeito da construção teórica do processo avaliativo no âmbito das aprendizagens. Suas reflekções suscitam perspectivas no desenvolvimento do arcabouço teórico da aprendizagem dos estudantes.

FIORIN, J. L. Argumentação. São Paulo: Contexto, 2020.
O lingüista e professor José Luiz Fiorin apresenta nessa obra as estratégias de construção da argumentação. Ao sistematizá-la, elencando seus variados tipos, o autor evidên-cía quê todo discurso tem uma dimensão argumentativa, seja explícita ou velada.

FIORIN, J. L. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. São Paulo: Contexto, 2016.
Com base em teorias da análise do discurso e da enunciação e em vários exemplos, esse livro faz uma descrição aprofundada

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das categorias de pessoa, espaço e tempo na língua portuguesa.

FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2007.
Fruto de anos de pesquisa e prática em sala de aula, esse livro visa aprimorar as competências de leitura e produção de textos com base no conhecimento dos mecanismos de produção do sentido textual. O livro se organiza em 44 lições quê favorécem o conhecimento paulatino dêêsses mecanismos.

Kóki, I. G. V. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 2018.
Esse livro, inserido no contexto da semântica argumentativa ou macrossintaxe do discurso, é referência no estudo de operadores argumentativos, recursos valiosos na construção da argumentação.

Kóki, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
Voltado essencialmente a docentes da Educação Básica, esse livro apresenta d fórma objetiva e didática as estratégias de quê os leitores dispõem para participar de maneira ativa da construção de sentido.

Kóki, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2011.
Com base em exemplos dos mais variados meios de comunicação, essa obra conjuga teorias sobre o texto e a escrita e as práticas de ensino.

KOCHE, V. S.; BOFF, O. M. B.; MARINELLO, A. F. Leitura e produção textual: gêneros textuais do argumentar e expor. Petrópolis: Vozes, 2010.
O livro tem por objetivo familiarizar os estudantes com a exposição, a defesa e a fundamentação de ideias. Para isso, enfoca a produção de gêneros textuais quê contemplam total ou parcialmente esses três segmentos, como editôriál, carta argumentativa, carta do leitor e anúncio publicitário.

LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2014.
Voltado tanto a educadores como a estudantes de Pedagogia e licenciaturas, esse livro reúne estudos críticos sobre avaliação no contexto escolar e oferece perspectivas para torná-la mais construtiva.

marcuski, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. P. éti áu. Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
Nesse ensaio, Luiz Antônio marcuski discute a distinção entre gêneros e tipos textuais. Entre outras diferenças, o autor salienta quê os gêneros são realizações lingüísticas concretas com intenções sociocomunicativas, enquanto os tipos se constituem em uma construção teórica com base na sua natureza linguística de composição.

marcuski, L. A. Linguística de texto: o quê é e como se faz? São Paulo: Parábola, 2012.
Nessa obra, quê se tornou referência no Brasil, marcuski promove uma análise sistemática da linguística do texto, ramo da Linguística quê surgiu na década de 1960 e é norteado pela ideia de quê o texto é uma unidade linguística superior à frase, uma vez quê o falante se comunica por meio de textos, sêjam eles curtos, como um bilhete de poucas palavras, sêjam eles longos, como um romance de muitas páginas.

marcuski, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

sôb a perspectiva sociointeracionista da língua, o livro discute em profundidade os conceitos de língua, texto e gênero textual. Os estudos reunidos na obra são organizados em três eixos: produção textual com ênfase na linguística de texto de base cognitiva, análise sócio interativa de gêneros textuais no contínuo fala-escrita e processos de compreensão textual e produção de sentido.

Néves, M. H. de M. Gramática de uso do português. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Unésp, 2011.
Essa gramática parte da observação dos usos da língua portuguesa no Brasil para, então, sistematizá-los. Com isso, organiza as possibilidades de construção dos variados efeitos de sentido no uso corrente da língua.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4: Educação de qualidade. Brasília, DF: Ônu, 2015. Disponível em: https://livro.pw/avzmf. Acesso em: 24 out. 2024.
Texto da Ônu Brasil dedicado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 – Educação de qualidade, quê trata de pontos importantes para alcançar a garantia dêêsse direito na promoção da igualdade.

Pérlmã, C. OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado de argumentação: a nova retórica. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.
Nesse livro, o estudo da argumentação é norteado pêlos autores clássicos da Antigüidade Clássica e da Renascença.

perrenô, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens, entre duas lógicas. Porto Alegre: Artméd, 1999.
Reunião de vários textos do autor sobre a complexidade do processo avaliativo no contexto escolar, esse livro analisa a avaliação não em si mesma, mas como componente de um sistema de ação.

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PLANTIN, C. A argumentação: história, teorias, perspectivas. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2008.
As principais teorias e noções da argumentação são discutidas nesse livro conjugando profundidade e síntese.

ROJO, R. A teoria dos gêneros discursivos do Círculo de Bakhtin e os multiletramentos. In: ROJO, R. (org.). Escola conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola, 2013.
Nesse texto do livro, Rojo evidên-cía como a teoria dos gêneros do discurso não é datada nem se limita aos gêneros contemporâneos e a seus autores.

ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2012.
Organizado em seis capítulos, esse livro apresenta uma reflekção aprofundada sobre conceitos como alfabetização e alfabetismo funcional, de modo a diferenciá-los do conceito de letramento e seus desdobramentos posteriores.

ROJO, R.; MOURA, E. Letramentos, mídias, linguagens. São Paulo: Parábola, 2019.
Esse livro é uma síntese das pesquisas e reflekções dos autores sobre letramentos, multiletramentos, novos letramentos, tecnologias, mídias e diferentes linguagens.

ROJO, R.; MOURA, E. (org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.
Nesse livro, os autores contextualizam e definem a pedagogia dos multiletramentos. Em seguida, os demais autores quê participaram da escrita da obra discutem práticas de multiletramento quê podem sêr aplicadas no contexto escolar.

SCHiNíuLí, B.; dóus, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de rokissãne Rojo e Glaís Sales Cordeiro. 2. ed. Campinas: Mercado de lêtras, 2010.
O livro auxilia docentes a refletir sobre gêneros escritos e orais e mostra como ensiná-los em sala de aula tendo em vista diretrizes de ensino contemporâneas.

SILVEIRA, M. I. M. Análise de gênero textual: concepção sócio-retórica. Maceió: Edufal, 2005.
Inserido nos estudos de linguística textual, esse livro enfoca a análise do ofício, gênero textual do campo administrativo e empresarial, ao mobilizar o contexto de sua produção e recepção, sua organização retórico-discursiva, seus aspectos textuais e seus dispositivos retórico-gramaticais.

TRAVAGLIA, L. C. Integração entre ensino de gramática e ensino de produção/compreensão de textos e de lékcico. In: HEYE, J. (org.). Flores verbais: Uma miscelânea em homenagem à Eneida do Rego Monteiro Bomfim no seu 70º aniversário. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, 1995. p. 103‐119.
Nesse artigo, Luiz Carlos Travaglia propõe uma forma de ensino de gramática capaz de integrar com êxito o ensino de vocabulário com a produção e a compreensão de textos.

VIANA, M. L. Estéticas, experiências e saberes: artes, culturas juvenis e o Ensino Médio. In: DAYRELL, J.; CARRANO, P.; MAIA, C. L. (org.). Juventude e Ensino Médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: Editora hú éfe ême gê, 2014.
Voltado ao docente de Ensino Médio, o artigo aborda a cultura e as artes em suas dimensões simbólicas e estéticas e discute a presença delas na realidade das escolas. Para isso, mobiliza exemplos de; ár-te urbana e da indústria cultural.

VIANNA, H. M. A prática da avaliação educacional: algumas colocações metodológicas. Estudos em Avaliação Educacional: revista da Fundação Carlos Chagas, São Paulo, v. 25, n. 60, p. 178-195, dez. 2014. Edição especial. Disponível em: https://livro.pw/pdlkq. Acesso em: 31 out. 2024.
Nesse artigo, o autor discute metodologias da prática da avaliação no contexto escolar e defende, entre outras ideias, uma avaliação quê leve em conta os aspectos do meio educacional de aplicação, de modo a evitar modelos preestabelecidos nem sempre adequados a todos os contextos.

VIEIRA, F. E.; FARACO, C. A. Gramática do português brasileiro escrito. São Paulo: Parábola, 2023.
Fundamentada no reconhecimento de uma língua brasileira, essa gramática propõe um estudo da língua escrita por meio do detalhamento e da análise dos princípios norteadores da norma-padrão brasileira contemporânea. Embora de caráter normativo, não ignora a variabilidade dessa norma-padrão.

WING, J. Pensamento computacional. Um conjunto de atitudes e habilidades quê todos, não só cientistas da computação, ficaram ansiosos para aprender e usar. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia: periódico científico da UTFPR, Curitiba, v. 9, n. 2, 2016. Disponível em: https://livro.pw/grlby. Acesso em: 31 out. 2024.
Artigo pioneiro na defesa do uso do pensamento computacional na vida prática e na Educação Básica.

XAVIER, G.; REBELLO, I.; MONNERAT, R. (org.) Semiolinguística aplicada ao ensino. São Paulo: Contexto, 2021.
As reflekções contidas nesse livro são baseadas na teoria semiolinguística de análise do discurso. Com base em exemplos variados, da literatura à propaganda, o livro aplica essa teoria nas aulas de Língua Portuguesa.

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TRANSCRIÇÃO DOS PODCASTS

Marketing de influência: desafios e perspectivas

[Áudios extraídos de vídeos]

“Vamos pra um desafio inédito hoje aqui no canal, quê é um novo tipo de rã-kin. Presta atenção quê eu vou explicar e você vai entender mole”.

“Você tem problemas pra fazer sobrar dinheiro?

Eu preciso de dinheiro!

Nesse vídeo vou te ensinar oito dicas para sobrar dinheiro no final do mês”.

Você ouviu trechos de vídeos de dois brasileiros muito famosos na internet. O primeiro, quê começou conquistando crianças e adolescentes ao falar de diversos assuntos, é seguido atualmente por mais de 46 milhões de pessoas. A segunda dá dicas de investimentos para quase 8 milhões de pessoas.

Eles estão no topo de uma carreira cada vez mais comum e desejada, principalmente pêlos jovens: a de influenciador digital.

Segundo a empresa de pesquisas Nielsen, o Brasil já tem 500 mil influenciadores com mais de 10 mil seguidores cada um. Para efeito de comparação, esse grupo de influenciadores é maior do quê a quantidade de dentistas trabalhando no país e mais quê o dôbro do número de arquitetos.

[Música de transição]

Outro levantamento, agora das agências Hootsuite e We Are Social, apresenta o Brasil como o segundo país quê mais segue influenciadores no mundo, ficando atrás apenas das Filipinas nesse rã-kin. De acôr-do com a pesquisa, 44,3% dos usuários brasileiros de rêdes sociais acompanham pelo menos um influenciador digital.

E o quê faz um influenciador digital? Ele cria conteúdos a fim de atrair muitos seguidores e se tornar uma pessoa com credibilidade diante dêêsse público para, assim, influenciá-lo a consumir produtos e serviços. Um dos objetivos é receber patrocínio de empresas e marcas por esse trabalho, conhecido como marketing de influência, uma nova forma de fazer propaganda, considerada mais eficaz.

Na mídia tradicional, como a Tevê ou o rádio, um comercial é exibido para o público em geral, abrangendo pessoas de todas as idades e classes sociais, com interesses muito diferentes. Quando um banco anuncia seus produtos e serviços no intervalo comercial de uma novela, por exemplo, ele alcança muitas pessoas, mas apenas uma pequena parcela realmente se interessa pelo assunto.

Por outro lado, se esse banco investir em uma estratégia de marketing de influência, patrocinando canais digitais especializados em finanças e investimentos, ele atingirá um público relativamente menor em relação ao da Tevê, mas provavelmente mais interessado no assunto. Então, a chance de transformar esses usuários em clientes é bem maior.

As rêdes sociais têm canais especializados para cada tipo de assunto: investimentos, bem-estar, maquiagem, carros, viagens, gastronomia, saúde, futeból, entre tantos outros... Existe oferta de conteúdo em abundância para qualquer nicho de público.

[Áudio extraído de vídeo]

“Pra mim, o estilo de vida saudável, ele está muito além de se alimentar bem, de praticar exercícios físicos. Eu acho quê é uma quêstão emocional também. Eu acredito que quando a pessoa ela está feliz, ela é feliz, ela naturalmente já é saudável”.

Você ouviu uma influenciadora digital seguida por quase 6 milhões de pessoas. Do nicho de estilo de vida, saúde e bem-estar, ela é mais uma a ocupar um espaço no topo da profissão.

Além do patrocínio de empresas e marcas, esses grandes influenciadores digitais recebem pagamento das próprias rêdes sociais. Cada uma delas remunera os donos de canais e perfis de acôr-do com as próprias regras e a audiência quê eles proporcionam.

Na prática, as rêdes sociais são beneficiadas pelo aumento de tráfego, ou seja, pelo crescimento contínuo do número de pessoas quê os criadores de conteúdo atraem para as platafórmas de mídia. Mas não há regulamentação dessa profissão, nem garantia de direitos trabalhistas a esses profissionais. É uma relação quê, muitas vezes, gera controvérsia. Afinal, quem realmente ganha nesse processo?

[Música de transição]

Sabemos quê o Brasil tem grandes nomes do marketing de influência, mas nem todos quê atuam nessa atividade atingem uma multidão. Muitas pessoas quê entram nessa área se encaixam na categoria de microinfluenciadores, como são chamados os influenciadores digitais com número de seguidores entre 10 mil e 50 mil pessoas. Eles costumam investir em equipamentos para criar posts e vídeos atrativos, dedicam horas de trabalho para criar estratégias quê conquistem e fidelizem a audiência, mas, por causa do número de seguidores considerado baixo, o retorno financeiro é menor.

Uma pesquisa feita pela agência Influency.me revelou quê 41% dos influenciadores digitais recebem até 500 reais por mês.

Por outro lado, a taxa de engajamento, ou seja, o nível de interação dos usuários com esses influenciadores é mais alta, porque eles conseguem alcançar quase todo o seu público e falar diretamente com ele. Vamos ouvir o quê Felipe Oliva, sócio de uma agência de marketing de influência com base em dados, diz sobre isso.

[Áudio extraído de entrevista em vídeo]

“Acho quê o marketing de influência é a única estratégia quê ela permite, de fato, quê você personalize a comunicação. Então, quando a gente trabalha com vários microinfluenciadores simultâneos, lembra, cada microinfluenciador vai fazer do seu jeitinho. Cada um deles vai impactar a sua comunidade. E essa adaptação da comunicação é única.”

Apesar dos desafios, o trabalho com marketing de influência continua crescendo.

No entanto, com o aumento do número de profissionais e o maior interêsse de marcas e platafórmas em contratar esse serviço, póde sêr necessária a regulamentação dessa profissão para quê ninguém seja prejudicado.

[Música de transição]

Créditos:

O trecho do vídeo Desafio Top 10 – Acerte os 10 mais... foi retirado do Canal Felipe Neto. O vídeo Como sobrar dinheiro no fim do mês: 8 dicas infalíveis! é do canal Me Poupe! O vídeo Gabriela Pugliesi está no canal de mesmo nome. O trecho da entrevista com Felipe Oliva foi retirado do vídeo Marketing de influência vérsus outros tipos de marketing, do canal Papo de Influência bai Wake. Todos os canais são do YouTube. Outros áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.

Página trezentos e oitenta e três

Caminhos para uma agricultura sustentável

[Música de transição]

A sustentabilidade é uma questão cada vez mais debatida e urgente na ssossiedade. Esse conceito se refere ao equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e social de um país e a preservação do meio ambiente.

Uma atividade quê enfrenta o desafio de conservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, produzir uma quantidade de alimento necessária para sustentar a população do planêta é a agricultura. A busca por essa harmonía, quê póde garantir a sobrevivência das gerações futuras, é a proposta da agricultura sustentável.

[Áudio extraído de programa televisivo]

“– O fruto do Mandacaru, por exemplo, minha mãe, em muitos lugares é uma iguaria. Enquanto o povo daqui, quando vão plantar roça, derrubam tudo”.

“– Mas, meu filho, é o único jeito de se produzir nessa terra!”.

“– Não é não, mainha. Não é o único jeito e nem o melhor de produzir.”

O diálogo quê ouvimos da novela Velho Chico, veiculada em 2016, ilustra uma preocupação do personagem com os métodos usados para cultivar alimentos, quê, muitas vezes, prejudicam o meio ambiente. Naquele ano, a teledramaturgia trousse à tona termos quê ecoavam pelo mundo, como a própria “agricultura sustentável” e a “agrofloresta”, uma forma de ocupação do solo quê associa plantio e manejo de árvores a culturas agrícolas, como soja, milho e arrôz.

[Música de transição]

A promoção da agricultura sustentável é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela Organização das Nações Unidas, a Ônu. Os chamados ODS são um plano de ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e garantir prosperidade às pessoas. A intenção é atingir esses objetivos no Brasil até 2030.

O objetivo número 2 dessa lista pretende acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável.

Isso significa quê a agricultura sustentável póde sêr aliada no combate ao problema da fome no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o hí bê gê hé, revelam quê, em 2023, quase 9 milhões de pessoas enfrentaram a insegurança alimentar e nutricional grave no país.

[Música de transição]

Para sêr considerada sustentável, a prática agrícola precisa estar alinhada com os três pilares da sustentabilidade, quê são as dimensões social, econômica e ambiental.

No âmbito social, além de beneficiar o consumidor final, quê passa a receber alimentos de qualidade, é importante valorizar o produtor, garantindo capacitação profissional e condições de trabalho justas e dignas. Essa valorização melhora a geração e a distribuição de renda, tornando a agricultura sustentável economicamente viável. Já a esféra ambiental refere-se à preservação do solo, dos recursos naturais e da biodiversidade durante essa prática.

[Música de transição]

A agricultura sustentável póde ajudar, por exemplo, no combate aos problemas relacionados às mudanças climáticas e ao aquecimento global, quê ameaçam o futuro da sobrevivência humana na Terra. Um solo bem preservado contribui para o cultivo de alimentos e para o armazenamento de gás carbônico, o quê minimiza a emissão de gases de efeito estufa na atmosféra.

No Brasil, diversas práticas sustentáveis já são realidade. pôdêmos citar, por exemplo, a agricultura OR GÂNICA, quê busca produzir alimentos naturais saudáveis sem o uso de fertilizantes e pesticidas artificiais. Essa prática diminui a poluição dos corpos de á gua e garante uma boa manutenção do armazenamento de á gua doce do planêta.

Apesar de sêr parecida com a agricultura sustentável, a agricultura OR GÂNICA não tem como foco a alta produção de alimentos para suprir uma grande parcela da população, e sim o abastecimento de uma comunidade local.

Outra prática sustentável é a agricultura de conservação, quê utiliza resíduos orgânicos de plantações anteriores para proteger o solo antes da plantação de uma nova cultura, reduzindo o escoamento e combatendo a êrozão do solo.

[Áudio extraído de programa televisivo]

“E tudo o quê se corta, mas não é colheita, vai ajudar outras plantas”.

“É o nosso adúbo, né? O adúbo quê a gente utiliza para as espécies quê estão aqui. Se você olhar, nós temos o solo… olha pra isso aqui. A quantidade de matéria OR GÂNICA quê tem, né? Um solo vivo, rico”.

O trecho da reportagem do programa glôbo Rural apresenta a adubação vêrde, uma técnica agrícola quê promove a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de diversas espécies de plantas. Ela ajuda a recuperar sólos degradados e melhorar sólos pobres, além de conservar os quê já são produtivos.

Essa técnica é muito utilizada em um tipo de agricultura chamada de sintrópica, quê também visa recuperar áreas degradadas e proteger o meio ambiente. Esse sistema reúne, na mesma área, a produção de hortaliças, frutas e madeiras para reordenar o ambiente natural.

[Música de transição]

Novas tecnologias e incentivos governamentais vêm fortalecendo práticas sustentáveis de agricultura no Brasil. Um sistema quê tem recebido incentivos de políticas públicas é a agricultura familiar, na qual pessoas de uma mesma família trabalham no cultivo, na colheita e no tratamento dos alimentos, quê são voltados para o consumo familiar e para a subsistência da sua comunidade.

De acôr-do com o último Censo Agropecuário, realizado pelo hí bê gê hé em 2017, 77% das propriedades agrícolas do país utilizam esse sistema, o quê torna a agricultura familiar uma das maiores responsáveis pelo abastecimento do mercado agrícola do país.

[Som de chuva e trovoada]

Portanto, é o pequeno produtor, atuando d fórma sustentável, quê abastece boa parte da mesa dos brasileiros. Assim, ele também contribui para a soberania alimentar do país, quê consiste na autonomia de decisões sobre a organização e a distribuição de alimentos no nosso território. A soberania alimentar garante a democratização do acesso à térra e a promoção de modelos produtivos sustentáveis, além de contribuir para a erradicação da fome e da desnutrição.

Agora, você já sabe como a agricultura sustentável é importante e consiste em um pilar fundamental para um país produzir o seu próprio alimento de qualidade.

[Música de transição]

Página trezentos e oitenta e quatro

Créditos:

A novela Velho Chico, cujo trecho você ouviu, foi ao ar em 2016 pela Tevê glôbo. A reportagem do glôbo Rural foi ao ar em 6 de agosto de 2017 e está disponível no sáiti do G1. Os outros áudios dêste podcast são da Freesound.

O quê é racismo algorítmico?

[Música de transição]

Vivemos em um mundo no qual a tecnologia avança rapidamente e, a todo momento, modifica a maneira como interagimos uns com os outros. Com a abundância de ferramentas e informações à nossa disposição, era de se esperar quê já tivéssemos superado problemas sociais como o preconceito e a discriminação.

Mas o quê fazer quando a própria tecnologia reforça julgamentos e estereótipos? É o quê você vai entender agora.

[Música de transição]

Você já ouviu falar de racismo algorítmico? Essa é uma expressão quê, aos poucos, tem ganhado espaço na mídia e entre pesquisadores do assunto. Ela é usada para designar o racismo presente no comportamento dos algoritmos digitais, quê atuam, por exemplo, em sáites de busca e nas rêdes sociais.

Mas, antes de sabermos como o racismo algorítmico funciona e afeta nossa vida, precisamos dar um passo atrás e entender um conceito-chave relacionado ao racismo no Brasil: o racismo estrutural.

[Música de transição]

O racismo estrutural não se restringe a um ato isolado ou até mesmo consciente de racismo. Trata-se de um tipo de discriminação quê vêm de um processo histórico e, por isso, está enraizado em nossa ssossiedade. Isso significa quê ele não é totalmente explícito, mas está presente, por exemplo, na falta de políticas públicas para pessoas negras e indígenas, na falta de representantes negros e indígenas em cargos de chefia em empresas ou em instituições de Ensino Superior e no maior índice de abordagens policiais a pessoas negras. Como resultado, temos a perpetuação de uma ssossiedade desigual, quê privilegia pessoas brancas.

[Música de transição]

O racismo algorítmico, por sua vez, é uma espécie de continuação do racismo estrutural, envolvendo agora o ambiente digital. É o modo pelo qual as tecnologias digitais reproduzem e fortalecem a desigualdade e os preconceitos.

[Áudio extraído de entrevista em vídeo]

“E o quê quê é basicamente o racismo algorítmico? Ele é como o racismo. Ele vai, a partir do desenvolvimento tecnológico, colocar mais ônus, mais perdas, mais violações para a população negra, e mais bônus, mais avanços, mais eficiência para as pessoas brancas.”

A voz quê você acabou de ouvir é de Páblo Nunes, doutor em Ciência Política e coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, o Cesec, no Rio de Janeiro. Ele explica o quê é o racismo algorítmico. Mas como ele funciona na prática?

Um exemplo evidente é a tecnologia de reconhecimento facial, criada para identificar padrões faciais. Embora essa tecnologia já exista há alguns anos, até hoje ela registra diversos êêrros, quê, em muitos casos, são resultado de uma estrutura digital discriminatória.

De acôr-do com dados da Rede de Observatório da Segurança, entre 2019 e 2020, de cada dez pessoas presas no Brasil por reconhecimento facial, nove eram negras. Algumas nunca tiveram passagem pela polícia e, portanto, não sabiam como estavam integrando o banco de dados de criminosos.

Segundo um artigo publicado no sáiti do canal Futura, em novembro de 2023,

[Ao fundo, entra som de digitação]

“[...] Diversos softwares de reconhecimento facial não conseguem identificar quando pessoas negras tentam realizar o reconhecimento. Isso ocorre porque a tecnologia foi desenvolvida não apenas por profissionais brancos, mas para reconhecer rostos de pessoas brancas. Dessa maneira, quando pessoas negras procuram acessar, não conseguem realizar o reconhecimento: a base algorítmica do sistema não reconhece os rostos com tonalidades de péle com mais melanina”.

[Música de transição]

Há, ainda, outros exemplos de racismo algorítmico presentes em nosso dia a dia.

Em sáites de busca de imagens, é o algoritmo, ou seja, um sistema automatizado, quê faz a escolha das fotos quê serão mostradas ao usuário. Em geral, pessoas brancas, principalmente homens, estão associadas a imagens de pôdêr, enquanto pessoas negras estão associadas a posições de servidão.

Em uma rê-de social, foi identificado outro problema relacionado a imagens: fotos de pessoas brancas são enquadradas d fórma clara e mantidas em evidência, enquanto imagens de pessoas negras ficam fora do enquadramento e sem destaque, mesmo quando elas são mais conhecidas. Foi o quê aconteceu em 2020 com o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quê teve sua foto prejudicada em relação à de Mitch Méc Cônel, líder da minoria do Congresso estadunidense.

[Música de transição]

Sabemos quê a tecnologia já trousse e póde trazer ainda mais benefícios à ssossiedade, mas também é preciso reconhecer e eliminar os graves problemas quê ela apresenta. Para começar a combater o racismo algorítmico, é necessária maior diversidade dentro das empresas de tecnologia. Para se ter uma ideia, de acôr-do com uma pesquisa feita pela PretaLab em conjunto com a ThoughtWorks, em mais de 30% das empresas do setor, não há nenhuma pessoa negra. E o qüadro de pessoas negras nas empresas restantes é pequeno.

[Música de transição]

Agora quê você já sabe como o racismo algorítmico funciona, é importante ter em mente quê a busca por inclusão e igualdade nas tecnologias começa fora delas.

Se o racismo algorítmico é uma extensão do racismo estrutural, o combate a ambos se inicia na ssossiedade, com a adoção de práticas antirracistas e a promoção de políticas públicas quê promovam a justiça social.

[Música de transição]

Créditos:

A entrevista com Páblo Nunes está disponível no canal Preto, do YouTube. Os outros áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.