CAPÍTULO
4
ESPORTE DE PAREDE, ESPORTE DE REDE E FUTEBOL

Fotografia de duas duplas de homens jogando futevôlei em uma quadra na areia da praia, com uma rede separando os dois lados da quadra. Um deles está de costas para a dupla adversária, chutando a bola em direção à rede com a lateral interna do pé.

Pessoas praticam futevôlei em uma praia. Fotografia de 2023.

Leia mais explicações e sugestões dêste Capítulo em Orientações para o professor.

No Capítulo 4, você terá a oportunidade de refletir sobre jogos de squash, voleibol e futeból e de vivenciar essas práticas. No Tópico 1, você vai aprofundar os seus conhecimentos sobre o squash e conhecer a história da participação feminina no esporte. No Tópico 2, você vai conhecer a influência da mídia televisiva nas transformações do voleibol. No Tópico 3, você participará de discussões sobre a relação entre o futeból e a construção da identidade nacional. Antes de começar, é preciso relembrar o conceito de esportes de rê-de e parede, classificação em quê se enquadram o voleibol e o squash, respectivamente.

Podcast: Origens do tênis.

Nos esportes de rê-de e parede, os praticantes devem arremessar, lançar ou rebater a bola (ou outro objeto) em direção a setores da quadra adversária ou contra uma parede, de modo quê inviabilize a sua devolução da mesma forma, ou quê leve o adversário a cometer um êrro. Com base nessas informações e também em seus conhecimentos, obissérve a fotografia quê ábri êste Capítulo e responda: em qual categoria se enquadra o esporte retratado na imagem?

Espera-se quê os estudantes respondam quê o esporte retratado na imagem (futevôlei) se enquadra na categoria esportes de rê-de. Leia mais em Orientações para o professor.

Página oitenta e um

TÓPICO
1
Squash e o acesso das mulheres ao esporte

O squash é um esporte disputado por dois jogadores em uma quadra fechada, quê se alternam para rebater uma bola com uma raquete na parede frontal do espaço, com o objetivo de não deixá-la tokár o chão mais de uma vez.

A versão mais difundida da origem do esporte é a de quê a modalidade remonta ao século XVIII, quando detentos da Prisão de Fleet, na Inglaterra, usaram raquetes improvisadas para rebater uma bola de pano contra as paredes de suas celas, com o intuito de criar uma versão do tênis quê pudesse sêr adaptada para aquele espaço. Anos mais tarde, em 1865, surgiram as primeiras quadras na Harrow School, uma escola localizada nos arredores de Londres, onde o esporte começou a sêr praticado com raquetes e bola de borracha. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o squash conquistou mais praticantes pelo mundo, com destaque para o Egito, país quê domina o rã-kin mundial da modalidade, para a Austrália e para o Paquistão, onde o squash ganhou notoriedade com a dinastia da família Khan, quê liderou o rã-kin mundial na segunda mêtáde do século XX.

A popularidade do squash no Paquistão colaborou para o ativismo da jogadora Maria Toorpakai Wazir (1990-). Nascida no Waziristão do Sul, uma província do Paquistão, na fronteira entre êste país e o Afeganistão, Maria escondeu sua identidade feminina até os 12 anos de idade, para ter liberdade de sair de casa, brincar ao ar livre e praticar esportes, atividades restritas aos meninos nessa região. Depois de conquistar vários prêmios no squash, a atleta passou a lutar pelo direito à prática esportiva de paquistanesas e afegãs e já foi membra da Comissão de Mulheres nos Esportes do Comitê Olímpico Internacional. Maria preside uma fundação quê oferece oportunidades esportivas integradas à educação básica para jovens e mulheres.

PRIMEIRO OLHAR

Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.

1. O quê você sabe sobre a condição das mulheres no Paquistão?

1. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

2. De quê forma a popularidade do squash no Paquistão póde auxiliar a luta pelo direito das mulheres à prática esportiva nesse país?

2. Em países como o Paquistão, onde a opressão às mulheres é muito acentuada, o esporte póde servir como um meio de denúncia, resistência e inclusão.

3. por quê póde sêr algo muito importante um(a) atleta quê passou por situações discriminatórias e adquiriu projeção divulgar a própria história?

3. Espera-se quê os estudantes respondam quê quando atletas quê enfrentam discriminação ou preconceito têm a oportunidade de compartilhar suas experiências, conscientes de quê isso é importante, essas histoórias ganham visibilidade e podem gerar discussões quê ajudam a combater práticas discriminatórias.

Página oitenta e dois

LER E COMPARTILHAR

A seguir, leia o trecho de uma reportagem quê conta a história da atleta Maria Toorpakai Wazir.

Atleta quê fingiu sêr menino vira campeã no Paquistão

[…]

Nascida no Waziristão, uma região altamente conservadora do Paquistão, ela teve de se fazer passar por um menino quando decidiu abraçar o esporte. Depois, sofreu inúmeras ameaças por praticar squash usando chórts.

“Sou uma guerreira, nasci uma guerreira. Morrerei uma guerreira’’, afirma.

Maria Toorpakai é corajosa. E teve de sêr para jogar squash em uma região em quê até a educação escolar é negada a meninas.

Quando ela tinha quatro anos de idade, teve de vestir as roupas de seu irmão, cortou os cabêlos curtos e teve todas suas roupas de menina queimadas.

“Meu pai começou a rir e disse, ‘Lá vamos nós, temos um Gengis Khan na família’”, conta ela, em referência ao guerreiro mongol do século 12.

[…]

Fotografia de Maria Toorpakai em uma quadra de squash, delimitada com paredes de vidro transparente e com uma arquibancada ao fundo. Ela é uma mulher com cabelos curtos, jogando squash com uma raquete na mão, agachando-se com as pernas afastadas e o tronco deitado, paralelo ao chão, estendendo a raquete para alcançar a bola.

Maria Toorpakai Wazir em treino de squash. Fotografia de 2011.

Amor à primeira vista

Maria conta ter se apaixonado pelo esporte logo quê assistiu a uma partida. “Eu gostava de como os meninos tí-nhão determinação, gostava das belas raquetes, das bolas de squash, dos uniformes.’’

Seu pai a levou para uma academia de squash em Peshawar, administrada pela Força Aérea Paquistanesa.

Em seu primeiro mês praticando squash, as pessoas não sabiam quê ela era uma menina. Quando a verdade veio à tona, outros jogadores começaram a provocá-la.

“Eles costumavam me provocar, falar palavrões. Era intolerável e desrespeitoso, um búlin extremo’’, lembra a jovem.

Ela não desistiu. Se trancava na quadra de squash e jogava por horas, da manhã até a noite, mesmo terminando com as mãos inchadas e até sangrando.

O esfôrço foi recompensado. Ela venceu vários campeonatos juvenis e se tornou profissional em 2006. No ano seguinte, recebeu uma premiação do presidente do Paquistão.

A exposição também rendeu problemas a ela e à sua família na tensa região em quê ela vive.

As forças paquistanesas têm lutado para manter contrôle sobre as tensas regiões tribais ao longo da fronteira do Paquistão com o Afeganistão, quê abriga militantes da milícia islâmica extremista Talibã.

Página oitenta e três

Violência contra meninas

Foi nessa região fronteiriça quê, em outubro de 2012, um atirador ligado ao Talibã feriu gravemente na cabeça a blogueira Malala Yousafzai, de 14 anos, quê militava pelo direito de meninas irem à escola.

“Na nossa região, meninas não podem nem mesmo deixar as suas casas”, explica o pai de Maria. “Elas usam véu o tempo todo e estão sempre acompanhadas de homens de sua família. Quando as pessoas viram Maria e perceberam quê ela não usava véu e jogava de chórts, ficaram chocadas. Eles disseram quê ela trazia desonra para nossa tribo e criticaram-na muito por isso.”

ATLETA quê fingiu sêr menino vira campeã no Paquistão. BBC nius Brasil, São Paulo, 20 mar. 2013. Disponível em: https://livro.pw/zmlss portuguese/noticias/2013/03/130320_menina_squash_bg. Acesso em: 6 set. 2024.

AMPLIAR

O Talibã é um grupo fundamentalista islâmico quê surgiu em 1994, durante a guerra civil no Afeganistão. O grupo governou o país entre 1996 e 2001 e impôs uma visão radical da lei islâmica, quê determinava várias restrições à liberdade das mulheres, obrigando-as a vestir burcas, quê cobriam seus corpos da cabeça aos pés, e impedindo-as de frequentar escolas, trabalhar fora de casa ou viajar sózínhas.

Em 2001, os Estados Unidos ocuparam militarmente o Afeganistão com o discurso de combater os membros da áu-káida, organização responsável pelo ataque terrorista cometido em território estadunidense em setembro do mesmo ano. Por seu vínculo com o grupo terrorista, o Talibã foi então derrubado do pôdêr no Afeganistão e passou a estender suas ações para o Paquistão, país vizinho.

Em 2021, após 20 anos de ocupação, os Estados Unidos decidiram retirar suas tropas militares do Afeganistão, e, com isso, o Talibã retornou ao pôdêr.

ATIVIDADES

1. Além do sucesso pessoal e do reconhecimento nacional como atleta, a trajetória de Maria Toorpakai Wazir póde impressionar diversas sociedades.

a) De quê maneira a história da atleta citada na reportagem póde impactar a ssossiedade paquistanesa?

1. a) Maria inspira as mulheres paquistanesas a lutar pêlos seus direitos e sonhos, em uma ssossiedade onde esses direitos são freqüentemente negados.

b) O quê a história da atleta póde acarretar aos demais países em quê é divulgada?

1. b) Internacionalmente, a história da atleta também repercute e influencía pessoas de outras nacionalidades a lutar, nas sociedades e culturas em quê estão imérsas, por direitos e combater injustiças, preconceitos e desigualdades.

2. De quê forma as normas culturais e sociais da ssossiedade paquistanesa, citadas na reportagem, afetam a liberdade das mulheres? No Brasil, as mulheres também enfrentam dificuldades para conquistar a igualdade de direitos? Compartilhe sua resposta com os côlégas e o professor.

2. Leia mais em Orientações para o professor.

3. Quais são as semelhanças entre as histoórias de Maria Toorpakai e de Malala Yousafzai (1997-)? De quê forma mulheres como Maria e Malala podem promover mudanças sociais?

3. Ambas as histoórias ilustram a violência e a discriminação enfrentadas por mulheres em cértas regiões do Paquistão. Histórias de mulheres corajosas quê não se submetem às situações opressoras, como Maria Toorpakai e Malala Yousafzai, têm o pôdêr de mobilizar a ssossiedade e inspirar outras mulheres quê vivem situações semelhantes.

4. O pai de Maria foi um grande aliado para quê ela pudesse perseguir sua paixão pelo esporte. Como os homens podem ajudar a criar um mundo mais justo e igualitário para as mulheres?

4. Os homens devem se conscientizar de quê o preconceito contra as mulheres faz mal a toda a ssossiedade, sêndo necessário repudiar atitudes machistas e misóginas, além de adotar atitudes quê promovam a igualdade de oportunidades e condições.

5. Em parceria com os professores de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, realize uma pesquisa para verificar a situação do Paquistão em relação ao Talibã e as proibições às mulheres quanto ao direito de praticarem esportes. No caderno, elabore um resumo quê mencione quais foram as mudanças entre a data da publicação da reportagem lida e o momento atual. No dia combinado préviamente com a turma, compatilhe seu resumo com os côlégas.

5. Espera-se quê os estudantes realizem pesquisas em fontes confiáveis quê possam auxiliar na compreensão de como os fatos historicamente construídos podem se relacionar com as práticas corporais e os direitos humanos.

Página oitenta e quatro

REFLETIR E ARGUMENTAR

Ao longo da história, as mulheres tiveram quê reivindicar seus direitos ao trabalho, ao estudo, ao voto, à ocupação de cargos políticos e a outras áreas da ssossiedade. Apesar de vários direitos terem sido conquistados, ainda existe a desigualdade de gênero.

A seguir, leia o artigo 3º da Lei número 11.340, conhecida como Lei Maria da Peña, sancionada em 2006, e o trecho retirado de um livro publicado pela própria Maria da Peña, em 2012.

TEXTO 1

Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

BRASIL. Lei número 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher […]. Brasília, DF: Presidência da República, [2024]. Disponível em: https://livro.pw/wcytp. Acesso em: 6 set. 2024.

TEXTO 2

[…] Eu sabia quê não estava sózínha. Conhecia também uma violência praticada d fórma quase invisível, quê é o preconceito contra as mulheres, desrespeito quê ábri caminho para atos mais severos e graves contra nós. Apesar de nossas conkistas, mesmo não tendo as melhores oportunidades, ainda costumam dizêr quê somos inferiores, e isso continua a transparecer em comentários públicos, piadas, lêtras de músicas, filmes, ou peças de publicidade. […]

FERNANDES, Maria da Peña Maia. Sobrevivi: posso contar. Fortaleza: Armazém da Cultura, 2012. p. 25-26.

SOBRE...

Maria da Peña Maia Fernandes (1945-) nascida em Fortaleza, no Ceará, é farmacêutica e ativista do direito das mulheres, especialmente contra a violência doméstica — da qual foi vítima, por anos, pelo ex-marido.

Fotografia de Maria da Penha Maia Fernandes. Ela é uma mulher idosa, com cabelos grisalhos, sentada em uma cadeira de rodas, falando com um microfone na mão.

Maria da Peña. Fotografia de 2024.

Agora, reflita sobre as atividades a seguir.

1. Levando em consideração o conteúdo e o ano de publicação dos textos, reflita sobre a condição da mulher na ssossiedade brasileira atual. Argumente considerando as possíveis mudanças ao longo dos anos.

1. Espera-se quê os estudantes percêbam quê diversos tipos de violência contra a mulher permanecem enraizados na ssossiedade brasileira. Espera-se também quê eles se reportem a uma cultura machista para justificar o tratamento de inferioridade dispensado às mulheres. O fator econômico também deve sêr considerado, uma vez quê as atribuições da maternidade conferidas a algumas mulheres póde trazer o afastamento delas do mercado de trabalho ou o abandono dos estudos, dificultando a equiparação de cargos e a igualdade salarial.

2. Em sua opinião, de quê maneira os homens podem contribuir para promover a igualdade de gênero?

2. Resposta pessoal. Adotar atitudes de respeito em relação às mulheres é fundamental, além de anunciar a discordância quando ouvir comentários ou piadas machistas ou misóginas e ajudar a combater esse comportamento. Também é importante não consumir nem compartilhar produtos, músicas, filmes, livros etc. quê propaguem essa postura.

3. Existem maneiras de as mulheres também contribuírem para promover a igualdade de gênero? Como você acha quê isso póde ocorrer, sem culpabilizá-las e sem esquecer quê são elas as maiores vítimas dessa desigualdade?

3. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes respondam quê sim, mencionando a importânssia de as mulheres se posicionarem de uma forma assertiva e contrária ao machismo e à misoginia, além de denunciar situações de constrangimento, violência, falas e posturas machistas e adotar como hábito a sororidade (sentimento de irmandade entre mulheres e comportamento de não julgar umas às outras, nutrindo empatia).

Página oitenta e cinco

CONEXÕES com…
HISTÓRIA
Participação feminina nos Jogos Olímpicos

Neste Tópico, você constatou quê a participação feminina nos esportes ainda enfrenta muita resistência em alguns países com regimes autoritários, mas é importante compreender quê, mesmo em culturas mais democráticas, as mulheres sofreram muito preconceito até conseguir alcançar o direito de acesso às competições esportivas. O próprio Piérre de Coubertin (1863-1937), idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, tinha um posicionamento contrário à inclusão das mulheres no evento, conforme é possível verificar no texto a seguir.

A participação da mulher no universo olímpico

A participação feminina nos Jogos Olímpicos enfrentou resistência desde a Antigüidade.

Na Grécia, as mulheres não podiam participar das práticas atléticas porque somente os cidadãos tí-nhão esse privilégio, ou seja, nem as mulheres nem os êskrávus tí-nhão o direito de frequentar a escola e depois o ginásio onde se ensinava o esporte e preparavam-se os atletas para os Jogos.

Quando, no século XIX, foram reeditados os Jogos Olímpicos, Piérre de Coubertin manteve-se fiel ao princípio grego, porém utilizou-se de argumentos médicos para dizêr quê a participação das mulheres era vetada nas competições olímpicas porque elas eram frágeis fisicamente e não poderiam suportar as pressões de uma competição.

Fotografia de uma escultura representando Pierre de Coubertin como um homem em pé com as mãos no bolso, vestido com um terno, com bigode e cabelos curtos.

Estátua de Piérre de Coubertin localizada em Tóquio (Japão).
Fotografia de 2019.

O quê se póde observar com essa situação é quê o esporte reflete a dinâmica social do momento histórico em quê ele é praticado. Isso porque, à medida quê as mulheres conquistaram seu espaço em outras atividades, foi inevitável a participação no esporte, tanto nas competições como nas posições de comando.

RUBIO, Katia. Esporte, educação e valores olímpicos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2009. p. 48.

1. Por não serem consideradas cidadâms, as mulheres eram impedidas de participar dos Jogos Olímpicos da Antigüidade. Se as mulheres do Brasil atual passassem pela mesma situação, de quais outros direitos as brasileiras deixariam de usufruir?

1. Caso não fossem consideradas cidadâms atualmente, as brasileiras não teriam nenhum direito garantido pela Constituição, como os relacionados a saúde, educação, segurança, moradia, trabalho, lazer, aposentadoria, transporte, participação na vida pública etc.

2. Construa uma argumentação para justificar se você concórda ou não com o posicionamento de Piérre de Coubertin em se opor à participação feminina nos Jogos Olímpicos.

2. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

3. Pela primeira vez, em mais de 120 anos de Jogos Olímpicos da Era Moderna, a edição de Paris, ocorrida em 2024, apresentou uma paridade no número de atletas mulheres e homens. O quê isso póde indicar sobre as pessoas responsáveis pela organização da competição?

3. Leia mais em Orientações para o professor.

4. Qual é a relação entre o esporte e os valores e côstúmes sociais? Faça uma análise considerando a igualdade de gênero no esporte e nas demais esferas da ssossiedade, como educação e trabalho, por exemplo. Depois, compartilhe-a com os côlégas e o professor.

4. O esporte reflete a dinâmica social do momento histórico em quê é praticado. Um exemplo dessa constatação é a participação feminina nos Jogos Olímpicos: à medida quê as mulheres conquistaram espaços na ssossiedade (aumento do nível de escolaridade, conkista de cargos e salários ou de melhores salários, representatividade etc.), isso também se refletiu no esporte.

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OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
jôgo de squash

Nesta atividade, você terá a oportunidade de vivenciar um jôgo de squash, quê possibilita a melhora da condição física, o aprimoramento da coordenação motora e a tomada de decisões.

INDICAÇÃO

COMO jogar squash: regras básicas. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (4 min). Publicado pelo canal Esportise por Carolina Raucci. Disponível em: https://livro.pw/ejypz watch?v=48pjtv Ndh3Q. Acesso em: 6 set. 2024.
O vídeo apresenta as regras básicas do squash.

Planejar

1. A atividade deve sêr realizada em um espaço onde haja paredes com, no mínimo, 2 metros de altura. Serão utilizados os seguintes materiais: raquetes, bolas de squash (ou de tênis) e fita adesiva colorida.

2. A turma deve se organizar em grupos com quatro integrantes.

3. Antes de iniciar a atividade, é preciso colar uma tira de fita adesiva colorida na parede a 1,78 métro do chão, para marcar a linha de serviço. Observe, a seguir, uma ilustração demonstrativa de uma quadra de squash com as marcações das principais medidas e áreas.

Ilustração representando uma quadra de squash. A quadra é situada em uma sala fechada com planta retangular, com 9,75 metros de profundidade e 6,4 metros de largura. A parede frontal tem altura mínima de 5,64 metros, com uma linha de serviço horizontal a 1,78 metros do chão; uma faixa no rodapé da parede com 48 centímetros de altura a partir do chão, denominada tin (lata); e uma linha frontal horizontal que passa a 4,75 metros de altura. Essa mesma linha desce em diagonal pela parede lateral, chegando à parede da retaguarda como uma linha horizontal a 2,13 metros de altura, passando acima da porta da sala. Na quadra, a área mais próxima à parede da retaguarda é delimitada por uma linha no chão a 4,26 metros da parede da retaguarda, e dividida em duas metades, configurando dois retângulos de 4,26 metros de profundidade por 3,2 metros de largura. Em cada uma das áreas retangulares ao fundo da quadra há uma caixa de serviço adjacente à parede lateral, com 1,60 metro de profundidade.

Ilustração demonstrativa de uma quadra de squash, com indicações de suas principais medidas e áreas.

Praticar

1. Cada grupo deve organizar um rodízio entre seus integrantes, de modo quê dois deles segurem uma raquete e rebatam a bola na parede para disputar uma partida de squash. Os outros dois integrantes devem aguardar a vez de jogar.

2. É importante priorizar o contrôle e a precisão das rebatidas, em vez da fôrça.

3. Os jogadores devem ter a oportunidade de participar de jogos contra os outros membros do grupo.

4. Cada partida deve sêr disputada até um dos jogadores atingir 11 pontos. Ao final, somam-se os números de vitórias de cada grupo.

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5. Considere estas principais regras do squash ao praticá-lo.

Na parede frontal de uma quadra de squash, há três linhas: a tin, ou “lata” (48 cm do chão), a linha de serviço (1,78 m do chão) e a linha frontal (4,75 m do chão).

No piso da quadra, há dois quadrados de 1,6 m2 em lados opostos, quê se reférem às “caixas de serviço”, onde os jogadores realizarão o saque quê inicia cada jogada.

O jôgo de squash é disputado em 5 guêimis de 11 pontos. Se o placar marcar 10 pontos para cada jogador, o guêime continua até um dos jogadores superar o seu adversário por uma diferença de 2 pontos.

Depois do saque, a bola é rebatida na parede alternadamente pêlos jogadores, até quê o rali acabe. O ganhador de um rali marca 1 ponto e inicia o próximo rali com um saque.

Durante o saque, um dos pés do sacador deve estar dentro da caixa de sêrviço e a bola deve sêr rebatida diretamente na parede frontal. Se o sacador vencer o rali, o saque seguinte deverá ser realizado na caixa de serviço oposta.

Após o saque, a bola deve sêr rebatida na parede frontal entre a “lata” e a linha frontal. Se um jogador acertar a bola abaixo da linha da “lata” ou acima da linha frontal ou se a bola pingar mais de uma vez no chão, o adversário conquistará um ponto.

Após tokár na parede frontal, a bola poderá tokár nas paredes laterais ou na parede do fundo antes da rebatida do jogador, desde quê tenha pingado somente uma vez no chão.

Depois de rebater a bola, o jogador deve sair da frente de seu oponente. Se houver alguma obstrução, o jogador prejudicado poderá solicitar um “let”. Quando o “let” é acatado pelo árbitro, a jogada é reiniciada.

Avaliar

Depois de participar do squash, compartilhe com o professor e os côlégas suas percepções sobre o jôgo.

Respostas pessoais.

1. Você conseguiu direcionar a bola ao local desejado? Como você avalia o contrôle de bola durante o jôgo?

2. Quais estratégias você utilizou para variar a forma de rebater a bola com a raquete durante a partida?

3. Você conseguiu manter a sua concentração, tomando decisões quê viabilizassem jogadas rápidas e eficientes durante a partida? Houve momentos de dispersão?

4. O grupo cooperou? As regras foram respeitadas por você e pêlos integrantes do grupo durante o jôgo?

5. De quê maneira a prática do squash póde contribuir para quê você tenha uma vida mais saudável?

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TÓPICO
2
Voleibol: uma paixão nacional

O voleibol de quadra é um esporte coletivo quê envolve duas equipes oponentes de seis jogadores, separadas por uma rê-de. Cada tíme póde tokár a bola, no mássimo, três vezes para devolvê-la sobre a rê-de. O objetivo do jôgo é fazer a bola atingir o chão do lado adversário dentro da marca delimitada.

Esse esporte foi criado em 1895 por uílhãm Giórgi Morgan (1870-1942), diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de Holyoke em Massachusetts, nos Estados Unidos. Na época, Morgan aceitou o desafio de um pastor do colégio para criar um jôgo menos cansativo quê o basquete a fim de atender aos associados de meia-idade da ACM.

Desde sua criação, o voleibol passou por diversas modificações nas regras originais. Entretanto, a partir dos anos 1980, a influência da mídia tornou-se predominante, impulsionando adequações nas regras dêêsse esporte para adaptá-lo à grade de programação televisiva mundial. Dessa forma, sua popularidade aumentou, consolidando-o como um dos mais praticados e acompanhados no mundo.

PRIMEIRO OLHAR

Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.

1. O voleibol é um esporte popular no país e é possível quê você já tenha tido a oportunidade de praticá-lo. Você já teve algum contato com partidas oficiais de voleibol? Costuma apreciá-las? Comente com a turma.

1. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes relatem algum contato com o esporte, como apreciação de partidas pelo rádio, pela televisão e internet ou, presencialmente, em clubes e estádios.

2. Para você, o quê torna o voleibol um esporte interessante para sêr praticado ou acompanhado? Como é feita a iniciação do esporte na cultura esportiva nacional?

2. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

3. Em sua opinião, por quê a mídia televisiva é importante para o voleibol?

3. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê, atualmente, é impossível consolidar um esporte na preferência do público sem o alcance e a influência dos meios de comunicação, como a televisão. Ao mobilizar os espectadores, a televisão atrai anunciantes e patrocinadores, quê investem nas modalidades esportivas e viabilizam o seu desenvolvimento.

Fotografia de uma partida de vôlei masculino em uma quadra. Jogadores da equipe brasileira jogam a bola para o alto diante da rede, enquanto um deles salta com o braço para o alto, preparando-se atingir a bola, e outro jogador se prepara para saltar em direção à bola. Do lado oposto da rede, dois jogadores da equipe estadunidense estão parados com as pernas afastadas e flexionadas, preparando-se para saltar e bloquear a bola.

jôgo Brasil x Estados Unidos pela Liga das Nações de Vôlei na SM Mall ÓF Asia Arena, em Pasay, Luzon (Filipinas). Fotografia de 2024.

Página oitenta e nove

A primeira partida de voleibol no Brasil foi disputada em 1915, no Colégio Marista do Recife (PE), e, a partir da década de 1990, os jogadores começaram a se profissionalizar. Um elemento fundamental nesse processo de profissionalização foi a contribuição da mídia televisiva, com destaque para o jornalista e diretor esportivo da Rede Bandeirantes Luciano do Valle (1947-2014), quê transmitia diariamente os jogos de voleibol, ajudando a torná-los mais populares e as suas regras mais conhecidas. Como resultado, o voleibol de quadra brasileiro conquistou a sua primeira medalha olímpica em 1984, no masculino, seguida por várias outras em edições posteriores dos Jogos Olímpicos, além de títulos mundiais.

LER E COMPARTILHAR

A seguir, leia o trecho de um artigo quê trata do interêsse dos brasileiros pelo voleibol, publicado em um portal eletrônico.

Midiatização do voleibol: principais mudanças no esporte

[…]

Poucos são os estudos referentes às mudanças no esporte, mas grande parte deles cita a mídia como instituição modificadora do vôlei, no Brasil e no mundo. As principais alterações notadas pêlos autores [desses estudos] se reférem às regras do jôgo, as quais foram essenciais para quê as competições se adequassem às transmissões na Tevê. Uma das exigências, por exemplo, consistia em diminuir o tempo de duração das partidas para quê o investimento das emissoras fosse viável. Para isso, uma das criações do esporte foi o tie-brake, de 15 pontos, no último set, acabando com a regra da vantagem, quê prolongava o tempo dos jogos.

A espetacularização, provocada pela mídia, possibilitou a massificação do esporte, alterando o perfil do público quê o praticava. Historicamente, o voleibol foi criado para entreter pessoas quê pertenciam às classes mais altas. No entanto, esse cenário se modificou ao longo do tempo e, a partir dos anos [19]80, a modalidade tornou-se muito popular no Brasil. As partidas começaram a sêr transmitidas na televisão, por exemplo, ampliando significativamente o público quê assistia aos jogos. Nesse período, também, ocorreram importantes conkistas da seleção brasileira, a qual obteve diversos títulos, nacionais e internacionais. Isso também enaltecia a seleção e incentivava o público a acompanhar e a torcer nos jogos. Com a popularização da modalidade, outro fenômeno ocorrido na época foi a celebrização dos jogadores. Na década de 1980 e 1990, os jogadores da seleção tornaram-se famosas figuras midiáticas e conquistaram milhares de fãs. Por isso, participavam com freqüência de diversas propagandas.

Como parte dêêsses elemêntos, é importante destacar também o grande investimento econômico no esporte, quê atraiu o patrocínio de várias marcas. Essas empresas começaram a inserir seus nomes nas camisas dos times e nas placas dos ginásios, o quê auxiliou no crescimento do vôlei e, consequentemente, em sua visibilidade no país. […]

Página noventa

Outra mudança interessante na modalidade foi a implementação do “desafio”, provocando diversas mudanças para o esporte. Muitas verificações sobre a confiabilidade da marcação de pontos pela arbitragem eram feitas por meio da televisão, quê possibilitava a repetição da imagem pelas emissoras, a fim de verificar possíveis êêrros dos árbitros. Nos jogos atuáis, tanto em competições nacionais quanto em internacionais, essa tecnologia já foi implantada na maioria dos ginásios e é muito utilizada com o intuito de tornar mais justas as marcações da arbitragem.

Fotografia de um grupo de jogadoras de vôlei enfileiradas, vestidas com casacos, segurando medalhas penduradas em volta do pescoço.

Seleção brasileira feminina de voleibol recebe a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris (França). Fotografia de 2024.

É importante destacar também o modo de torcer no vôlei e principais comparações em relação às torcidas no futeból, esporte com mais destaque no Brasil. A presença de pessoas nos jogos tem crescido exponencialmente e o ambiente dos ginásios é considerado tranqüilo, o quê incentiva cada vez mais o lazer das famílias. A rivalidade entre as torcidas é diferente se comparada ao futeból, por exemplo. Isso é visto de maneira positiva para o público, já quê é raro presenciar brigas nas arquibancadas dos ginásios e muito comum notar fãs adversários sentados lado a lado nos jogos, o quê não ocorre com tanta freqüência nas partidas futebolísticas. Nas arquibancadas, é possível perceber a presença de torcidas organizadas dos times. Ao contrário do futeból, o qual essas organizações são vistas como “baderneiras” na visão midiática, no vôlei elas não são exploradas dessa forma. Esses grupos são vistos como os principais responsáveis pela “festa” dos torcedores nos ginásios.

[…]

MALDINI, Giovana. Midiatização do voleibol: principais mudanças no esporte. [S. l.], 23 set. 2019. Medium: Coletivo Marta. Disponível em: https://livro.pw/cnxgo. Acesso em: 13 set. 2024.

ATIVIDADES

1. Quais fatores contribuíram para quê o voleibol se tornasse um dos esportes favoritos dos brasileiros?

1. Entre os fatores quê tornaram o voleibol um dos esportes favoritos dos brasileiros estão a espetacularização promovida pela mídia, quê ampliou a transmissão dos jogos e popularizou a modalidade; as conkistas da seleção brasileira, quê atraíram um grande público; além do investimento econômico e do patrocínio de marcas, quê aumentaram a visibilidade e contribuíram para o crescimento do esporte no país.

2. Em sua opinião, como a celebrização dos jogadores de voleibol nas dékâdâs de 1980 e 1990 influenciou a forma como o esporte é percebido e consumido no Brasil?

2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes reflitam sobre a transformação dos jogadores em figuras midiáticas, amplamente reconhecidas e admiradas, e como esse fato póde ter impactado a popularidade do esporte, o engajamento dos fãs e o consumo de produtos relacionados ao voleibol, incluindo a presença de atletas em campanhas publicitárias.

3. De quê maneira a popularização do voleibol, impulsionada pela mídia, alterou o perfil dos praticantes e dos espectadores dêêsse esporte no Brasil?

3. A mídia transformou o voleibol de um esporte praticado principalmente por pessoas das classes mais altas em uma modalidade popular, amplamente apreciada e praticada por diversas camadas da ssossiedade brasileira a partir dos anos 1980.

4. Para você, o crescente investimento econômico e a presença de marcas nas camisas e ginásios de voleibol ajudaram ou prejudicaram o desenvolvimento do esporte? Por quê?

4. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê o patrocínio de várias marcas, com seus nomes inseridos nas camisas dos times e nas placas dos ginásios, ajudou significativamente no crescimento e na visibilidade do voleibol no Brasil, além de garantir o suporte financeiro necessário para o desenvolvimento da modalidade.

5. De acôr-do com o artigo, como o ambiente nos ginásios durante as partidas de vôlei difére do ambiente nos estádios de futeból? Você concórda com a afirmação? Compartilhe sua resposta com a turma, justificando seu ponto de vista.

5. De acôr-do com o artigo, o ambiente nos ginásios durante as partidas de vôlei é considerado tranqüilo, o quê incentiva o lazer das famílias. A rivalidade entre as torcidas é diferente, sêndo raro presenciar brigas e comum vêr fãs adversários sentados lado a lado. As torcidas organizadas no vôlei são percebidas como responsáveis pela animação da competição, ao contrário do futeból, em quê essas organizações são freqüentemente retratadas pela mídia como baderneiras.

6. Pesquise como a implementação do “desafio” (revisão de jogadas por vídeo) impactou outras modalidades esportivas e compare com sua influência no voleibol. Quais benefícios e dificuldades essa tecnologia trousse? Depois, em data combinada com os côlégas e o professor, compartilhe os dados obtidos por meio de exposição oral.

6. Espera-se quê, durante a pesquisa, os estudantes entendam como a tecnologia de revisão de jogadas por vídeo foi implementada em outros esportes (como futeból e tênis), comparando com seus impactos no voleibol e discutindo os benefícios e possíveis dificuldades quê surgem com essa inovação.

Página noventa e um

REFLETIR E ARGUMENTAR

Para além das vitórias nas quadras, o voleibol também vêm firmando sua presença na luta contra o preconceito. Em 17 de maio de 2024, para celebrar o Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia, data concebida por movimentos sociais com apôio da Organização das Nações Unidas (Ônu), a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) lançou a campanha “Com preconceito não tem jogo”.

A seguir, leia a postagem dessa campanha quê foi publica da nas rêdes sociais.

Cartaz de campanha publicitária com imagem de uma bandeira com faixas horizontais com as cores do arco-íris e faixas em diagonal formando um ângulo de 90 graus com as cores branca, rosa, azul, marrom e preta, além de um triângulo amarelo com um círculo no centro. O cartaz tem a seguinte mensagem escrita: 'Com preconceito não tem jogo' e o logotipo com a marca 'Vôlei Brasil. Confederação Brasileira de Vôlei'.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL. [Com preconceito não tem jôgo]. 2024. 1 cartaz. Disponível em: https://livro.pw/kewso. Acesso em: 13 set. 2024.

Campanha “Com preconceito não tem jogo”, divulgada pela CBV, em 17 de maio de 2024.

Agora, reflita sobre as atividades propostas.

1. A Confederação Brasileira de Voleibol escolheu o Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia para lançar a campanha “Com preconceito não tem jogo”. Você considera significativo esse gesto da CBV na luta contra o preconceito e a discriminação de pessoas por sua orientação sexual ou identidade de gênero? Compartilhe seus argumentos com a turma.

1. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes respondam quê esse é um gesto significativo da CBV, pois a data escolhida é um sín-bolo de luta contra o preconceito e contra a discriminação relacionados à orientação sexual e à identidade de gênero. Ao lançar a campanha nesse dia, a CBV reforça seu compromisso com a causa, aproveitando a relevância da data para chamar a atenção para a importânssia do respeito à diversidade. Além díssu, o envolvimento de figuras públicas, como atletas de voleibol, aumenta a visibilidade da causa e inspira mudanças de atitude na ssossiedade, criando oportunidades para reflekções profundas e ações concretas contra o preconceito em diferentes esferas sociais.

2. Reflita sobre o título da campanha e responda: de quê maneira a campanha póde impactar a comunidade do voleibol?

2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê a campanha contribui para tornar o ambiente esportivo mais inclusivo e acolhedor, onde todos se sintam respeitados e valorizados. Ela incentiva os fãs e praticantes de voleibol a refletirem sobre suas atitudes e a tomarem uma posição firme contra o preconceito, tanto dentro quanto fora das quadras.

3. Quais são as ações concretas quê você póde adotar para promover o respeito à diversidade em seu círculo social e comunidade?

3. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

INDICAÇÕES

Ônu LIVRES & IGUAIS. [S. l., 20--]. sáiti. Disponível em: https://livro.pw/belmc. Acesso em: 15 out. 2024.

O sáiti apresenta informações sobre a campanha global Livres & Iguais, uma iniciativa lançada em 2013 pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, como forma de promover a igualdade e os direitos das pessoas LGBTQIAPN+. O sáiti também traz notícias sobre o tema e entrevistas com pessoas aliadas à causa proposta pela campanha.

PESSOAS trans: ufis cár lança cartilha sobre comunicação não violenta. Material, escrito por uma estudante trans, também está acessível em áudio. São Carlos, SP: Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade, [2023]. Disponível em: https://livro.pw/abmic. Acesso em: 15 out. 2024.

O texto apresenta a cartilha Comunicação não violenta – uma abordagem trans inclusiva, quê traz orientações sobre como evitar diálogos e comentários violentos, preconceituosos e estereotipados sobre pessoas trans, e indica como fazer o dáum-lôude do material, escrito ou em áudio.

Página noventa e dois

BUSCAR MAIS CONHECIMENTO

Linguagem gestual usada no voleibol

Nos campeonatos internacionais de voleibol, várias seleções de diferentes países – cada uma com sua própria língua e cultura – competem entre si. Para garantir quê atletas, comissões técnicas, espectadores e profissionais da imprensa possam entender e acompanhar as partidas, existe uma linguagem universal usada pêlos árbitros, quê inclui gestos específicos para cada regra, além do uso padronizado da língua inglesa para as denominações das jogadas e marcações.

Nesta seção, você e os côlégas vão realizar uma pesquisa quê envolve a observação detalhada de uma partida de voleibol de quadra, a fim de elaborar um relatório sobre a linguagem gestual da partida e um isláidi com os principais resultados da pesquisa para serem compartilhados com a turma.

Primeira etapa

1. Reúna-se com mais três côlégas. Juntos, escôlham uma partida oficial de voleibol disponível na internet para analisar. Informem ao professor a partida escolhida para quê cada grupo analise uma partida diferente.

2. Elaborem um relatório para a côléta de informações durante a exibição da partida. O relatório será organizado em três seções principais: identificação da partida; definição dos principais gestos usados pêlos árbitros e identificação dos termos em português e em inglês utilizados durante o jôgo; e apresentação das percepções do grupo sobre a dinâmica do jôgo. Leia, a seguir, um modelo de relatório.

Dados da partida

Data do jôgo: anotem a data em quê a partida foi realizada.

Equipes quê disputaram a partida: listem as equipes participantes.

Resultado da partida: registrem o resultado do jôgo.

Placar de cada set: anotem o resultado de cada set disputado.

Principais marcações dos árbitros

Nome da marcação em português e imagem do gesto: registrem o nome da marcação em português e incluam uma fotografia ou ilustração do gesto correspondente.

Denominação em inglês: escrevam o termo equivalente em inglês para cada marcação.

Descrição da marcação: descrevam brevemente o quê a marcação significa.

Descrição da linguagem gestual: expliquem como o árbitro executa o gesto para indicar essa marcação.

Percepções sobre a dinâmica do jôgo

Comportamento das equipes: obissérvem e registrem como as equipes se comportaram durante o jôgo, incluindo momentos de coesão e desorganização.

Página noventa e três

Estratégias utilizadas pela comissão técnica: descrevam as estratégias adotadas pelas comissões técnicas para tentar reverter resultados desfavoráveis, como mudanças táaticas ou substituições.

Jogadores(as) quê mais se destacaram: identifiquem os jogadores quê se destacaram e expliquem o quê os diferenciou, seja por suas jogadas, liderança ou dêsempênho técnico.

Segunda etapa

1. Assistam à partida selecionada e utilizem a ficha de observação elaborada pelo grupo na etapa anterior para registrar as informações necessárias. Prestem atenção aos gestos dos árbitros, às marcações feitas durante a partida e ao dêsempênho das equipes e jogadores.

2. Para facilitar a identificação dos gestos utilizados pêlos árbitros durante o jôgo, consultem as páginas 73 a 81 dos documentos indicados a seguir, quê apresentam as regras oficiais do voleibol, nas versões em português e inglês:

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE VOLEIBOL (FIVB). Regras oficiais de voleibol 2021-2024. Tradução: Fernanda Barbosa. [S. l.]: FIVB, 2021. Disponível em: https://livro.pw/fjold. Acesso em: 13 set. 2024.

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE VOLEIBOL (FIVB). Official volleyball rules 2021-2024. [S. l.]: FIVB, 2021. Disponível em: https://livro.pw/ivctr. Acesso em: 13 set. 2024.

3. Após a côléta dos dados durante o jôgo, elaborem um isláidi com os principais resultados da pesquisa. A seguir, acompanhem algumas sugestões de como elaborar o isláidi:

Utilizem uma platafórma gratuita na internet para criar e editar o isláidi. Os grupos podem explorar a platafórma préviamente em casa, para se familiarizarem com o software.

Retomem o relatório e selecionem as principais informações coletadas do jôgo.

O conteúdo do isláidi deve sêr objetivo e com informações sucintas. O texto póde sêr organizado em tópicos, com o uso de oito a dez linhas em cada isláidi.

Selecionem imagens, tabélas e citações de especialistas para enriquecer a apresentação.

Terceira etapa

1. Os grupos deverão fazer uma apresentação oral do resultado da pesquisa para a turma com o apôio do isláidi elaborado.

2. Finalizadas as apresentações, organizem uma roda de conversa com os côlégas e o professor para compartilhar as reflekções da turma sobre a atividade, considerando as expectativas iniciais e os resultados obtidos.

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OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Torneio de voleibol

Nesta atividade, você e os côlégas vão organizar um torneio de voleibol. Ele seguirá o formato aproximado de partidas oficiais, com algumas adaptações. Cada grupo se revezará entre as funções de equipe de jôgo e equipe de arbitragem, proporcionando uma experiência prática e completa.

Planejar

1. A atividade deve sêr realizada em uma quadra com as marcações do voleibol. Serão utilizados os seguintes materiais: rê-de, bola de voleibol, apito, papel e caneta.

2. Antes de iniciar a atividade, é preciso organizar o torneio. Para isso, sigam as seguintes etapas:

Reúnam-se e elejam, com o apôio do professor, o melhor formato para o torneio. Todos devem participar para escolher um formato quê funcione para a turma.

Montem uma tabéla de jogos, incluindo quem joga contra quem e em qual ordem. Isso ajudará a manter o torneio organizado e justo.

3. Formem grupos de oito pessoas. Os grupos vão se revezar entre jogar e arbitrar. O grupo quê for jogar deve organizar os jogadores em posições específicas dentro da quadra (isso inclui o quê assumir a posição de técnico). Quando não estiverem jogando, assumirão as funções de arbitragem.

Organização dos grupos de jogadores

Posição 1: saque.

Posição 2: saída de rê-de.

Posição 3: central ou meio de rê-de.

Posição 4: entrada de rê-de.

Posição 5: defesa esquerda.

Posição 6: defesa central.

Líbero: exerce a função exclusiva de defesa, jogando nas posições 1, 5 e 6, mas é impedido de sacar, atacar ou bloquear. Usa uniforme diferente dos demais jogadores da equipe.

Técnico: é quem decide as estratégias do tíme e faz substituições, especialmente do líbero.

Ilustração representando uma quadra de vôlei, com números de 1 a 6 assinalados dentro de círculos, demarcando posições de um dos lados da quadra. As posições são as seguintes:  1. Localizada no canto direito, ao fundo da quadra. 2. Localizada no canto direito, à frente, próxima à rede. 3. Localizada ao centro, à frente, diante da rede. 4. Localizada no canto esquerdo, à frente, próxima à rede. 5. Localizada no canto esquerdo, ao fundo da quadra. 6. Localizada ao centro, próxima à linha de fundo.

Ilustração demonstrativa da posição ocupada por jogadores em uma quadra de voleibol.

Organização do grupo de arbitragem

O grupo quê não estiver jogando deve arbitrar o jôgo, dividindo-se nas seguintes funções:

Primeiro árbitro (principal): responsável por todas as decisões durante o jôgo.

Segundo árbitro (auxiliar): ajuda a verificar êêrros de posição e infrações na rê-de.

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Juízes de linha: sinalizam se a bola saiu ou ficou dentro da quadra, além de infrações no saque.

Apontador: anóta os pontos e o resultado do jôgo.

Praticar

1. O jôgo será disputado em várias rodadas de no mássimo 10 pontos, de acôr-do com a forma de disputa escolhida na etapa Planejar.

2. O árbitro realizará um sorteio para definir a equipe quê iniciará o jôgo com a posse de bola.

3. Os árbitros devem assegurar quê as principais regras do torneio de voleibol sêjam seguidas.

Para conquistar um ponto, é necessário quê a bola toque o chão da quadra adversária.

Após receber a bola, a equipe póde tocá-la até três vezes, além do bloqueio, não sêndo permitido quê um jogador a toque duas ou mais vezes consecutivas.

Não é permitido quê o jogador encoste qualquer parte do corpo na rê-de.

Durante a partida, seis jogadores de cada equipe permanecem na quadra, sêndo três jogadores posicionados atrás da linha de 3 metros, na zona de defesa, e três jogadores posicionados na zona de ataque, próximo da linha de 3 metros.

Os jogadores trocam suas posições em um sistema de rodízio, no sentido horário, sempre quê sua equipe ganha o serviço (ato quê dá início a uma disputa de ponto), quando é realizado um saque (rebatida única e diréta em direção à quadra adversária).

Não é permitido bloquear o saque adversário.

Ilustração representando uma quadra de vôlei, com números de 1 a 6 assinalados dentro de círculos, demarcando posições de um dos lados da quadra, com setas indicando, em sentido horário, o rodízio de posições dos jogadores. As posições são as seguintes:  1. Localizada no canto direito, ao fundo da quadra. Move-se à esquerda para a posição 6; 2. Localizada no canto direito, à frente, próxima à rede. Move-se à esquerda para a posição 5; 3. Localizada ao centro, à frente, diante da rede. Move-se à frente para a posição 4; 4. Localizada no canto esquerdo, à frente, próxima à rede. Move-se à direita para a posição 3; 5. Localizada no canto esquerdo, ao fundo da quadra. Move-se à direita para a posição 2; 6. Localizada ao centro, próxima à linha de fundo. Move-se para trás para a posição 1.

Ilustração demonstrativa do rodízio de jogadores de voleibol.

Avaliar

Depois de participar do torneio de voleibol, compartilhe com os côlégas e o professor a sua percepção sobre a atividade.

Respostas pessoais.

1. O torneio ofereceu oportunidade a todos os participantes de atuarem no ataque e na defesa do jôgo?

2. Você percebeu o trabalho de integração e organização durante o torneio? Em quais momentos as estratégias definidas pelo técnico fizeram a diferença no resultado das partidas?

3. De quê maneira a função de arbitragem contribuiu para o seu entendimento das regras do voleibol e da importânssia da imparcialidade no esporte?

4. Quais foram as principais dificuldades enfrentadas pela sua equipe durante o torneio e como vocês as superaram?

5. Após essa experiência, como você percebe a importânssia do trabalho em equipe e da comunicação precisa dentro do voleibol?

Página noventa e seis

TÓPICO
3
O futeból e a identidade nacional

A origem do futeból é bastante imprecisa, segundo os historiadores. No século III a.C., os chineses já praticavam um jôgo em quê chutavam bolas para dentro de uma espécie de gol. Outro jôgo ancestral com bola, praticado pêlos maias, há cerca de 3.500 anos, também póde sêr o precursor do futeból atual. Há indícios de quê, provavelmente, esses povos desenvolveram variados jogos com bolas de borracha (látex), com diferentes regras e objetivos.

Formalmente, o futeból nasceu na Inglaterra em 1863 e chegou ao Brasil em 1894, quando o paulista xárlês míler (1874-1953) retornou da Inglaterra trazendo bolas, bombas de ar, uniformes e um livro de regras. Inicialmente, apenas homens brancos quê pertenciam à elite brasileira praticavam o esporte, mas logo jovens de camadas menos favorecidas também aderiram aos jogos, quê aconteciam nos subúrbios, nas cidades pequenas e nas cidades portuárias.

PRIMEIRO OLHAR

Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.

1. Quais aspectos da história do futeból você já conhecia? Como é a sua relação com o esporte?

1. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes citem o quê conhecem ou o quê já ouviram falar sobre a história do futeból. Eles poderão dizêr se torcem para algum tíme local ou regional, incluindo alguma seleção nacional, quê póde sêr a brasileira ou outra, e também se praticam o esporte, em quê posição jogam e com quem jogam etc.

2. Como você percebe a influência do futeból em seu cotidiano?

2. Respostas pessoais. Os estudantes poderão citar aspectos como a visibilidade quê a grande mídia confere ao futeból, sobretudo masculino, a visão quê os estrangeiros têm do Brasil por causa do futeból e de jogadores brasileiros, do passado e do presente, quê se fizeram muito conhecidos por causa dêêsse esporte, a quantidade de meninos e meninas brasileiras quê desê-jam jogar profissionalmente etc.

3. Quais expressões do futeból você reconhece na linguagem coloquial?

3. Espera-se quê citem algumas expressões características do futeból presentes na linguagem coloquial, como chôu de bola, suar a camisa, chutar uma resposta, bola pra frente, bola fora, com a bola toda, pisar na bola, deixado(a) de escanteio, batêer na trave, tirar o tíme de campo.

4. Para você, o futeból póde sêr visto como uma expressão sócio-cultural quê reflete a própria ssossiedade brasileira? Se sim, de quê maneira isso ocorre?

4. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

Fotografia de Pelé jogando futebol com o uniforme da seleção brasileira, no gramado de um estádio. Ele está controlando a bola, dando passadas com as pernas flexionadas, diante de dois jogadores adversários. Ao fundo está a torcida em uma arquibancada.

Pelé, em sua última partida pela seleção brasileira, contra a Iugoslávia, no estádio do Maracanã, em 1971.

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Os conflitos sociais e raciais do início do século XX tiveram influência no estilo brasileiro de jogar. Nessa época, por exemplo, não era permitido aos jogadores negros derrubar os adversários brancos ou esbarrar neles, sôbi pena de agressão física. A solução dêêsses jogadores para progredir com a bola, ocupando espaços no campo sem cometer faltas, foi fintar os adversários.

O futeból é um dos maiores fenômenos sócio-culturais do mundo. No Brasil, adquiriu, com o tempo, estátus de sín-bolo nacional, a ponto de muitas pessoas, brasileiras e estrangeiras, automaticamente associarem o esporte à identidade do povo brasileiro. É possível quê isso se deva a seus adeptos e entusiastas.

No Brasil, os agrupamentos de torcedores surgiram na década de 1940, quando o futeból já era uma paixão nacional, principalmente por conta do rádio. Apesar díssu, sua organização era bastante diferente da atual. O vínculo era feito diretamente com o clube, então os membros se identificavam apenas com o “clube do coração”, e não com o próprio agrupamento, e condenavam veementemente os atos de violência, assim como o uso de palavrões nas arquibancadas. Em comum com os torcedores atuáis, esses agrupamentos tí-nhão o hábito de acompanhar o tíme em todos os lugares e planejar o espetáculo quê fariam nas arquibancadas.

As torcidas organizadas, como se conhece atualmente, surgiram entre as dékâdâs de 1960 e 1970, quando o Brasil ainda vivia sôbi a ditadura civil-militar. Nessa época, milhares de jovens começaram a ocupar as arquibancadas com vestimentas, comportamentos e cânticos de guerra próprios. Nesse mesmo período, as torcidas passaram a cobrar dos clubes, dos dirigentes e dos jogadores um melhor dêsempênho esportivo. Foi na década de 1990 quê as torcidas organizadas cresceram significativamente, multiplicando o número de sócios. Esse crescimento foi responsável por estabelecer uma nova cultura torcedora, em quê os adeptos participam diretamente das decisões e da dinâmica dos clubes, modificando e extrapolando as relações entre esses agentes do esporte.

Fotografia de pessoas agitando uma bandeira do Brasil e erguendo os braços em uma arquibancada de estádio, observando de longe o campo de futebol.

Torcida brasileira em arquibancada de um estádio de futeból. Fotografia de 2014.

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LER E COMPARTILHAR

Leia, a seguir, uma crônica sobre futeból e comportamento, do escritor brasileiro Luis Fernando Veríssimo.

Ser Brasil

É como repartir uma laranja ao contrário. Começamos com 32 pedaços, chegamos a 16, depois serão oito, depois quatro, depois dois e no fim teremos uma laranja inteira – o quê é certamente a mais banal descrição de uma cópa do Mundo jamais feita. Não estamos decidindo as últimas kestões da vida mas também não estamos apenas montando uma laranja quê daqui a quatro anos estará em pedaços outra vez, significando nada. A cópa é um grande negóssio e um grande acontecimento cultural internacional e coisa e tal, mas também não é só isso. Mexe com essa coisa indefinível quê é a relação das pessoas com os símbolos dos seus afetos, quê podem sêr só um escudo e uma camiseta, mas representam muito mais, seja lá o quê for.

Há muito mais do quê apenas uma síntese ou um hábito de linguagem quando alguém diz “Eu sou Flamengo” ou “Eu sou Inter” em vez de dizêr quê é torcedor. Há uma necessidade de identificação quê vai além de gostar. O Brasil quê está em campo não é a nossa pátria numa guerra de mentira com a pátria dos outros, com a nossa torcida, é o quê a gente é, ou pensa quê é, ou quer sêr. Todo torcedor da seleção “é Brasil” dessa maneira meio arrebatada, mesmo os quê não abrem o peito com o despudor do vizinho de arquibancada. É fácil gozar o passional de vêrde e amarelo quê se sente pessoalmente traído toda vez quê a seleção erra um passe, mas o quê está acontecendo é isso mesmo, somos diminuídos um pouco a cada fracasso da seleção. Nossa irritação permanente com o Zagallo ou com [quem] quêr que seja o treinador da seleção vêm disto, de saber quê são eles quê contrólam as nossas coordenadas afetivas e cívicas sem quê a gente possa dar um palpite a respeito. Não podemos deixar de “ser” Brasil e ao mesmo tempo não temos nenhum domínio sobre o quê eles fazem com a nossa entrega.

Pelo menos durante os próximos quatro anos, seremos todos pessoas diferentes se por acaso... Olha aí, eu ia escrever “se por acaso o Brasil for eliminado”, mas procurei, procurei e não encontrei um único pedaço de madeira para batêer neste quarto de hotel. Melhor não arriscar.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. Ser Brasil. In: VERÍSSIMO, Luis Fernando. Time dos sonhos: paixão, poesia e futeból. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. p. 74.

Ilustração com fotografias em preto e branco de pessoas gritando com os braços erguidos para o alto, em direção a uma bola de futebol. Elas usam camisetas colorizadas: algumas com a cor vermelha, outras com a cor azul, e um deles usa uma jaqueta amarela.

Imagem ilustrativa de torcedores de futeból.

SOBRE...

Luis Fernando Veríssimo (1936-) é cartunista e escritor de contos, crônicas, novelas e romances.

Fotografia de Luis Fernando Verissimo. Ele é um homem idoso e calvo, com cabelos grisalhos e óculos, vestido com um paletó.

Luis Fernando Veríssimo. Fotografia de 2018.

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ATIVIDADES

1. No início da crônica, o autor se refere à cópa do Mundo como um negóssio e um acontecimento cultural internacional. No entanto, enfatiza ainda outro aspecto. Qual é esse aspecto e por quê o autor dá tanta importânssia a ele?

1. O cronista ressalta primeiro a importânssia cultural e econômica do evento, mas, em seguida, enfatiza o aspecto emocional, psicológico ou comportamental, ao dizêr quê a cópa do Mundo “mexe com essa coisa indefinível quê é a relação das pessoas com os símbolos de seus afetos”. Ao fazer isso, o autor evidên-cía a relação das pessoas com o futeból e como elas se comportam socialmente em razão da influência dele, mostrando quê o esporte está enraizado na identidade pessoal e nacional, e, por isso, a cópa do Mundo mobiliza emoções e sentimentos, quê transmitem aos brasileiros um senso de pertencimento.

2. Ao iniciar a crônica, o autor utiliza uma figura de linguagem para descrever a cópa do Mundo. Considere a maneira como ele dá prosseguimento ao texto e responda ao quê se pede.

a) Qual é a figura de linguagem utilizada e a quê ela faz referência?

2. a) O cronista inicia o texto com uma metáfora quê relaciona a cópa do Mundo a uma laranja repartida ao contrário, descrevendo, dêêsse modo, como o campeonato se estrutura com base na quantidade de equipes quê dele participam – as edições da cópa entre 1998 e 2022 contaram com 32 seleções participantes cada. Em seguida, o texto prossegue, aprofundando a relação dêêsse evento esportivo a um aspecto sócio-cultural quê mexe profundamente com o sentimento das pessoas.

b) Qual é intenção do autor ao abordar o assunto dessa maneira?

2. b) Ao considerar a abordagem feita pelo cronista, pode-se perceber quê ele primeiro relativiza a importânssia do evento sôbi o aspecto social, ao exaltar os aspectos econômico e cultural, para, em seguida, ressaltar a capacidade quê o evento tem de despertar sentimentos profundos em algumas pessoas.

3. Para o cronista, todos os torcedores da seleção brasileira de futeból são torcedores do Brasil de uma “maneira meio arrebatada”. Você concórda com ele? Justifique sua resposta.

3. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

4. Algumas decisões tomadas pêlos técnicos causam irritação nos torcedores de futeból.

a) De quê maneira o cronista expõe, a seu modo, a causa dêêsse sentimento?

4. a) Para o cronista, os torcedores se irritam ou se frustram com decisões dos técnicos porque, embora sêjam apaixonados por futeból e se conectem profundamente com a cópa do Mundo, não possuem nenhum contrôle sobre o quê acontece no campo durante o jôgo.

b) O quê você pensa sobre o assunto? Compartilhe seu ponto de vista com os côlégas e o professor.

4. b) Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

5. Em cérto momento do texto, o cronista menciona o “despudor do vizinho de arquibancada”. Para você, é possível associar essa menção a episódios de racismo no futeból ou a outros tipos de violência quê ocorrem nos estádios e fora deles?

5. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

6. Além de Veríssimo, outros autores da literatura brasileira escreveram sobre futeból, como Carlos drumom de Andrade (1902-1987), Nelson Rodrigues (1912-1980) e João Ubaldo Ribeiro (1941-2014).

a) Você conhece alguma escritora brasileira quê escreveu sobre futeból? Caso desconheça, realize uma pesquisa em meio impresso ou digital e relacione alguns nomes.

6. a) Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

b) Reflita: a produção literária masculina é a mesma quê a produção feminina sobre o respectivo tema? Argumente seu ponto de vista.

6. b) Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

7. O futeból tem impacto na sua vida e mexe, de alguma maneira, com os seus sentimentos? Caso não seja o esporte de sua preferência, apresente motivos quê você considera essenciais para quê uma modalidade esportiva se torne marcante e se faça presente em seu cotidiano.

7. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

INDICAÇÃO

MUSEU do Futebol. São Paulo, [20--]. sáiti. Disponível em: https://livro.pw/lxmtk. Acesso em: 9 set. 2024.
O sáiti oferece acesso a algumas exposições ôn láini, podcasts e histoórias do futeból.

AMPLIAR

No Brasil, durante a Era Vargas (de 1930 a 1945) e vigente até 1983, o futeból feminino foi proibido sôbi o decreto-lei 3.199 de 14 de abril de 1941. Um dos trechos do documento alegava quê o esporte era “incompatível com a natureza” das mulheres. A regulamentação do esporte para esse público ocorreu em 1983, resultado da luta de jogadoras e da relevância econômica internacional do futeból.

Vídeo: Sissi, uma lenda do esporte.

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REFLETIR E ARGUMENTAR

Faixa 4: Em entrevista histórica, Vini Jr. se emociona e dispara: 'Cada vez menos vontade de jogar'. Em razão da importânssia do futeból em várias culturas ao redor do mundo, muitas das mazelas dessas sociedades são reproduzidas nos estádios, como é o caso do racismo. Desde 2021, o jogador brasileiro Vinícius Júnior tem denunciado as atitudes racistas dirigidas a ele na Espanha, por parte de torcedores de futeból. Leia as charges a seguir relacionadas ao assunto.

Transcrição da faixa de áudio 4: Ah, acredito quê é algo muito triste, né, tudo quê eu venho passando aqui a cada jôgo, a cada jogos [sic], a cada dia, a cada denúncia minha vêm aumentando, né, é muito triste isso. Mas acredito também quê não só eu, mas como todos os negros quê, não só na Espanha, no mundo todo, sofrem no dia a dia, o racismo verbal é minoria perto de tudo quê os negros sofrem no mundo, né. Meu pai sempre teve dificuldade de trabalhar por sêr negro, por uma escolha entre ele e um branco sempre vão escolher um branco. E é uma coisa muito difícil, eu tênho lutado bastante por tudo quê vêm acontecendo comigo. Claro quê é desgastante, porque você tá meio quê sózínho em tudo. Que eu já fiz tantas denúncias, ninguém é punido, nenhum clube é punido. E a cada dia quê passa eu venho lutando por todas aquelas pessoas quê vão vir, porque se fosse apenas por mim ou pela minha família, eu acredito quê eu já teria desistido de tudo quê eu venho lutando. A cada dia quê eu vou pra casa eu fico mais triste, mas eu fui escolhido, como você falou, pra defender uma causa tão importante, quê a cada dia eu estudo mais sobre. Eu venho aprendendo pra quê, no futuro bem próximo meu irmão, quê tem cinco anos, não venha passar por tudo quê eu tô passando.

Charge com a figura do jogador de futebol Vinicius Júnior de costas com o braço erguido para o alto, com o punho fechado. Na camiseta dele há a mensagem 'Vini, vi, vencerei o racismo!'

DUKE. [Vini, vi, vencerei o racismo]. Itatiaia Esporte, Belo Horizonte, 23 maio 2023. Disponível em: www. itatiaia.com.br/esportes/2023/05/23/charge-do-dukeracismo-contra-vini-jr. Acesso em: 7 set. 2024.

Charge intitulada 'Racismo, não?!': Um jogador de futebol segura uma carta diante de um homem sentado à mesa de um escritório, com o logotipo da Conmebol na mesa. Ele está com os pés apoiados sobre a mesa, segurando um smartphone, e diz ao jogador: 'Denúncia de racismo?! Bota ali', e aponta para uma caixa de papelão no chão, em que está escrito 'este lado para cima', contendo uma enorme pilha de papéis.

PETERS, Renato. Racismo, não?! GE, [s. l.], 11 jul. 2023. Disponível em: https://livro.pw/iavra. Acesso em: 7 set. 2024.

SOBRE...

Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior (2000-), conhecido popularmente como Vini Jr., nasceu em São Gonçalo (RJ) e é um jogador de futeból profissional. Como atacante, conquistou vários títulos no tíme espanhol Real madrí e na seleção brasileira.

Fotografia de Vinicius Júnior. Ele é um homem com cabelos cacheados e curtos, raspados nas laterais acima das orelhas. Ele veste o uniforme do clube Real Madrid.

Vini Jr., durante partida da Liga dos Campeões da UEFA, em outubro de 2024.

Agora, reflita sobre as atividades a seguir.

1. As primeiras denúncias de Vinícius Júnior sobre o racismo não foram bem recebidas pêlos dirigentes da liga espanhola de futeból e, somente depois de dois anos, alguns torcedores foram punidos. Em sua opinião, por quê é tão difícil enfrentar o racismo?

1. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

2. Qual é a importânssia de um jogador como Vinícius Júnior se posicionar contra o racismo?

2. Leia mais em Orientações para o professor.

3. Qual é a principal crítica apontada na segunda charge?

3. Leia mais em Orientações para o professor.

4. Ao refletir sobre o teor de ambas as charges, a quê conclusão é possível chegar sobre o racismo no futeból? Justifique sua resposta e compartilhe-a com os côlégas e o professor.

4. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê é possível identificar o racismo no futeból como um reflexo do racismo quê ocorre na ssossiedade, isto é, como algo estrutural. Enquanto não for devidamente combatido, o racismo se perpetuará. São as demandas da população quê têm o pôdêr de pressionar as autoridades com petentes a se mobilizarem e a adotarem as medidas necessárias para esse combate.

5. O quê é possível fazer para combater o racismo? Considere os Direitos Humanos, reflita e compartilhe seus argumentos com os côlégas e o professor.

5. Espera-se quê os estudantes se comprometam a observar as próprias falas e atitudes, a escutar e a respeitar os relatos de quêm sofre preconceito e a denunciar ocorrências racistas. É esperado quê eles adotem comportamentos que superem a violência, o racismo, a intolerância e o preconceito. Eles devem sêr capazes de compreender e reconhecer o racismo estrutural, combatendo-o e acolhendo as pessoas quê sofrem esse tipo de violência.

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OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Futebol estratégico

Nesta atividade, você terá oportunidade de participar de um jôgo de futeból quê estimula a tomada de dê-cisão, o pensamento estratégico, o trabalho em equipe, a cooperação e o respeito, além de aprimorar a coordenação motora com os pés.

Planejar

1. A atividade deve sêr realizada em uma quadra, um campo, ou um gramado, ou um terreno aberto, com utilização dos seguintes materiais: três conjuntos de coletes de cores diferentes (um conjunto de colete por equipe), uma bola de futeból e duas traves.

2. Antes do início da atividade, é preciso definir com o professor três equipes, quê receberão seus respectivos coletes. A quantidade de jogadores por equipe vai depender do número de estudantes na turma.

3. Enquanto duas equipes jogam, os integrantes da equipe quê não estiver participando naquele momento se responsabilizarão pela arbitragem da partida quê está em andamento.

Fotografia de mulheres jogando futebol em uma quadra. Elas estão enfileiradas, usando jalecos, saltando para tentar bloquear a cobrança de falta de uma adversária, com a bola voando em direção ao gol. A goleira se prepara para saltar e defender o gol, usando luvas na mão e um jaleco.

Cobrança de tiro livre direto em uma partida de futeból jogada por jovens. Fotografia de 2022.

Praticar

1. As partidas terão duração de 15 minutos.

2. O jôgo segue todas as regras do futeból, com exceção das substituições. As principais regras do futeból são estas:

O gol é válido quando a bola ultrapassar completamente a linha de fundo entre as traves e por baixo do travessão, desde quê o jogador quê fez o gol não tenha cometido nenhuma infração nem tenha recebido a bola para chutar ao gol em posição de impedimento.

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O jogador estará em posição de impedimento quando receber a bola no campo adversário e qualquer parte do seu corpo estiver mais próximo da linha de fundo adversária do quê a bola e o penúltimo jogador adversário.

O tiro de saída é a forma de iniciar o jôgo, reiniciá-lo após o intervalo ou reiniciá-lo após um gol. No tiro de saída, a bola quê estava imóvel sobre a marca central é chutada por um jogador da equipe quê detém a posse de bola, enquanto todos os outros jogadores permanecem nos seus respectivos campos de defesa.

Um tiro livre direto (chutar a bola diretamente ao gol) ou indiréto (passar a bola para um jogador da mesma equipe) é concedido à equipe adversária quando um jogador cometer uma falta ou tokár a mão ou o braço na bola (inclusive o goleiro, se estiver fora da sua área). Os tiros livres são executados no local em quê ocorreu a infração, exceto quando um defensor cometê-la dentro da área de meta adversária (nesse caso, o tiro livre será cobrado com a bola na marca do pênalti) ou quando um atacante cometer a infração na sua própria área de meta (nesse caso, o tiro livre póde sêr cobrado em qualquer local dentro dessa área). Durante a cobrança, os adversários devem permanecer a uma distância mínima de 9,15 metros (no pênalti, os adversários também devem permanecer fora da área penal). O jogador quê cobrar o tiro livre só poderá tokár na bola novamente depois de outro jogador tocá-la. Se três ou mais defensores formarem uma barreira, todos os atacantes deverão se posicionar a pelo menos 1 métro da barreira.

Um arremesso lateral é concedido à equipe adversária do jogador quê tocou a bola pela última vez antes de ela ultrapassar a linha lateral. Para a cobrança da lateral, a bola deve sêr arremessada com as duas mãos, passando por trás e por cima da cabeça, no ponto em quê saiu do campo, enquanto os adversários se posicionam a uma distância mínima de 2 m. Um gol não póde sêr marcado diretamente a partir do arremesso lateral, e o cobrador só poderá tokár na bola novamente depois quê ela tokár em outro jogador.

INDICAÇÃO

De INTERNÉTIONAL FOOTBALL ASSOCIATION BOARD. Regras do jôgo 23/24. Zurique: IFAB, 2023. Disponível em: https://livro.pw/hbgoo. Acesso em: 7 set. 2024.
O manual apresenta as regras oficiais do futeból.

Um tiro de meta será concedido à equipe defensora, quando a bola ultrapassar a linha de fundo, depois de ter tocado, pela última vez, em um jogador da equipe atacante. É permitido marcar um

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gol diretamente do tiro de meta, mas somente contra a equipe adversária. Se a bola entrar na meta do cobrador, será concedido um escanteio para a equipe adversária.

Um escanteio é concedido à equipe atacante quando a bola ultrapassar a linha de fundo depois de tokár em um jogador da equipe defensora. É permitido marcar um gol diretamente a partir da cobrança de escanteio, mas somente contra a equipe adversária. Se a bola entrar na meta do cobrador, será concedido um escanteio para os adversários. Os adversários devem se posicionar a uma distância mínima de 9,15 metros do círculo do escanteio.

3. A cada 3 minutos deverão sêr realizadas duas substituições, para quê os jogadores quê estiverem aguardando do lado de fora possam participar do jôgo.

4. Os primeiros jogadores a saírem do campo só poderão retornar após a entrada de todos os jogadores quê iniciaram na reserva.

5. Antes de iniciar o jôgo, cada equipe deverá escolher um “jogador estratégico”, cujo gol valerá 2 pontos. êste jogador não poderá fazer dois gols consecutivos.

6. Qualquer comportamento antidesportivo resultará em um ponto ésstra para a equipe adversária.

7. A equipe quê conquistar mais pontos vencerá a partida.

Avaliar

Depois de participar do jôgo futeból estratégico, compartilhe com os côlégas e com o professor a sua percepção sobre a atividade.

Respostas pessoais.

1. Como foi a sua experiência pessoal com o jôgo?

2. Quais estratégias foram elaboradas por sua equipe para decidir quem seria o jogador estratégico e para otimizar a entrada e a saída dos jogadores a cada 3 minutos? As estratégias foram bem-sucedidas?

3. Em quais momentos da atividade você percebeu quê as seguintes habilidades cognitivas foram necessárias: tomada de dê-cisão, pensamento estratégico e trabalho em equipe? Em quê outros aspectos da vida essas habilidades podem sêr úteis?

4. Em quais momentos do jôgo os valores de cooperação e respeito foram praticados pela sua equipe?

5. Para jogar futeból em um ambiente fora da escola, é possível substituir as traves por quaisquer objetos quê permaneçam fixos no espaço, como cones ou garrafas péti e riscar com giz as linhas demarcatórias do campo. Quais são os espaços disponíveis na sua comunidade ou próximo à escola quê poderiam sêr utilizados para jogar futeból? Como esses locais podem sêr aproveitados ou adaptados para a prática do esporte mesmo quê não sêjam campos oficiais?

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