CAPÍTULO
7
PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
Leia mais explicações e sugestões dêste Capítulo em Orientações para o professor.
No Capítulo 7, você terá oportunidade de conhecer as práticas corporais de aventura. No Tópico 1, vai aprender algumas ações quê minimizam os impactos da prática de squêit no meio ambiente e experimentar equilíbrios no squêit. No Tópico 2, você vai se envolver em discussões sobre a relação dos humanos com a natureza e participar de uma corrida de orientação. No Tópico 3, você aprenderá algumas técnicas de parkour, além de relacionar essa prática à preservação dos espaços urbanos. Antes de começar, é importante compreender o conceito de prática corporal de aventura.
As práticas corporais de aventura exploram a experimentação corporal em ambientes desafiadores e imprevisíveis, quê possam causar sensações de vertigem, com risco controlado. Essas práticas são classificadas com base no ambiente em quê ocorrem, podendo sêr realizadas na natureza, como em corridas de orientação e rapel, ou em ambientes urbanos, como durante a prática de parkour e squêit. Com base nessas informações, obissérve a imagem de abertura dêste Capítulo e responda: em qual categoria se enquadra o esporte retratado na fotografia?
Espera-se quê os estudantes respondam quê o esporte retratado na imagem (squêit) se enquadra na categoria prática corporal de aventura urbana pelo fato de o praticante superar obstáculos sobre uma prancha com rodas.
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TÓPICO
1
Skate: o surfe do asfalto
O squêit é uma prática corporal de aventura urbana quê surgiu no início do século XX nos Estados Unidos, derivada dos rollers scooters, uma espécie de patinete fabricado a partir de 1900. Há relatos de quê, em 1918, um garoto estadunidense já havia desmontado eixos e rodas de patins, fixando-os em uma prancha de madeira, embora ele se movesse com um joelho apoiado e um pé dando impulso, em vez de ficar de pé sobre a prancha.
Anos mais tarde, na década de 1950, o squêit ressurgiu com os surfistas californianos, quê fixaram pranchas de madeira em eixos com rodas e deslizaram pelo asfalto, tentando imitar as manobras quê faziam na á gua. Esse ressurgimento aconteceu em uma época de revolução nos côstúmes, a partir de mudanças na (Moda), com o uso de díns e camiseta; na música, com o ritmo do róki; e em outros elemêntos da cultura quê imprimiram ao squêit a estética de uma prática corporal performática e associada à liberdade, oposta à ideia de um corpo disciplinado.
No Brasil, o squêit chegou na década de 1960, trazido por filhos de estadunidenses e por brasileiros quê viajavam para os Estados Unidos.
PRIMEIRO OLHAR
Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.
1. Você já teve oportunidade de praticar ou observar pessoas praticando squêit?
1. Resposta pessoal. É possível quê alguns estudantes sêjam praticantes de squêit e outros já tênham passado pela experiência de observar o squêit presencialmente ou por meio da mídia.
2. Qual é a sua percepção sobre a prática do squêit? Compartilhe seu ponto de vista com os côlégas e o professor.
2. Resposta pessoal. É possível quê os estudantes associem o squêit a noções de risco, liberdade, prazer e diversão.
3. Em sua opinião, quais são os impactos positivos e negativos da prática de squêit em grandes centros urbanos? Justifique sua resposta.
3. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.
O squêit foi incluído como esporte olímpico nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, sêndo disputado em duas modalidades: o squêit street e o squêit park. No squêit street, a pista é mais plana e os obstáculos simulam elemêntos encontrados nas ruas, como escadas, corrimãos, bancos e bordas de meio-fio. A pista de squêit park possui rampas, piscinas, lombadas e outros obstáculos quê possibilitam saltos.
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A prática de squêit tem conquistado muitos brasileiros, com maior espaço na mídia dedicado ao esporte, como, por exemplo, a transmissão de campeonatos em canais abertos. Além díssu, essa prática corporal de aventura urbana ganhou notoriedade pela conkista da medalha de prata, na categoria squêit street, pela brasileira Rayssa Leal (2008-) nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
No passado, o squêit foi marginalizado e chegou a sêr proibido em 1988, na cidade de São Paulo, pelo prefeito Jânio Quadros (1917-1992), como uma resposta à subversão dos skeitistas à arquitetura da cidade, quando passaram a usar corrimãos, escadas, guias, trilhos e paredes como obstáculos.
Além da busca por obstáculos, alguns skeitistas utilizam seus iskêitis como meio de transporte. Apesar de não emitir poluentes, a prática do squêit ainda está longe de se conectar à ideia de sustentabilidade, na medida em quê valoriza materiais como madeira, ferro, metal, inox e concreto armado, quê fazem parte da paisagem urbana.
LER E COMPARTILHAR
A seguir, leia o trecho de um artigo quê aborda a relação entre squêit e meio ambiente.
Skate e regenerar: skeitistas fazendo a diferença para o meio ambiente
Como skeitistas, adotamos a ideia de “patinar e destruir” e “patinar e criar”. Mas, cada vez mais, também precisamos pensar em “patinar e regenerar” em termos de meio ambiente e kestões de sustentabilidade.
Pela sua natureza, o squêit exige uma forma única e sensível de se relacionar com a térra. Examinamos cada centímetro de uma rua ou pista de squêit com precisão de laser e conhecemos cada solavanco e rachadura sôbi nóssos pés em microdetalhes, como se nossas vidas dependessem díssu. Porque eles fazem. Mas como nós, skeitistas, também direcionamos esse nível de energia e atenção para o ambiente mais amplo?
[…]
O estado do meio ambiente, é claro, é uma preocupação para muitos skeitistas de todas as idades, origens e regiões. Entrei em contato com cinco skeitistas quê estão fazendo sua parte para cuidar da térra, dos oceanos e do ar ao nosso redor […] Perguntei sobre como eles cuidam do meio ambiente, o quê os inspira e em quais 3 passos todos podemos agir.
[…]
Atita é uma iskeitista de 20 anos quê cresceu em Bangalore e é a fundadora da Girl Skate índia, quê começou em 2015, alguns anos depois quê ela pegou uma prancha e se apaixonou pelo squêit. […] Quando perguntada sobre suas preocupações sobre o impacto do squêit no meio ambiente, ela adverte quê, no momento, “nada no squêit é realmente sustentável em termos de saúde do meio ambiente. O squêit nasceu da condição humana moderna de viver nas cidades, e as cidades são os principais centros de degradação ambiental”. Ela acrescenta: “O squêit nos
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conecta com a infraestrutura da cidade e seus habitantes. A cultura do squêit gira em torno de triturar objetos feitos pelo homem em busca de uma emoção. Os skeitistas constroem mais dêêsses objetos em pistas ou pistas de squêit usando concreto e madeira, produtos altamente tóxicos e insustentáveis. Os skeitistas correm com muita freqüência em tênis e pranchas de tecido, borracha, metal e madeira. Todo o espírito da cultura do squêit é ‘patinar e destruir’”.
[…]
Quais são os 3 passos quê Atita sugere para cuidar do nosso futuro?
Faça produtos éticos e ecologicamente corretos. “A indústria póde se esforçar mais para tornar os produtos mais éticos e ecologicamente corretos. Desde o uso de colas amigáveis para prensar placas, até a tentativa de usar materiais mais amigáveis, como cânhamo e cáqui, como tecídos para calçados.”
apóie suas marcas locais de squêit.
“Os Estados Unidos dominaram os mercados de squêit e os produtos quê eles produzem estão sêndo enviados para todo o mundo. Não porque outros países não tênham descoberto como fazê-lo igualmente bem, mas porque seu marketing e alcance têm uma influência muito maior no tipo de produto quê as pessoas compram.
[…] Nós, como skeitistas, precisamos entender quê devemos apoiar as raízes dos skeitistas de compras locais. Se essas marcas de squêit estivessem fazendo produtos ecologicamente corretos de qualidade em suas localizações geográficas e as pessoas as apoiassem para crescer dessa maneira, isso seria mais saudável para o meio ambiente e também significaria quê você poderia obtêr um produto melhor com o suporte quê recebem de você.”
Desafie a demolição de parques de squêit de competição. “Desafie as marcas quando elas constroem novos skateparks para grandes competições e depois destroem tudo depois quê o evento termina. Isso não é sustentável d fórma alguma.”
SAGAZ, Julio. Skate e regenerar: skeitistas fazendo a diferença para o meio ambiente. [S. l.]: Skate Vale Brasil, 29 dez. 2022. Disponível em: https://livro.pw/fcagr. Acesso em: 20 set. 2024.
ATIVIDADES
1. As expressões “patinar e destruir” e “patinar e regenerar”, citadas no artigo, representam diferentes abordagens e atitudes na cultura do squêit. É possível relacionar essas expressões à ideia da sustentabilidade? Se sim, de quê maneira?
1. Espera-se quê os estudantes respondam quê as expressões se relacionam à ideia de sustentabilidade. Enquanto a expressão “patinar e destruir” está associada a impactos negativos da prática de squêit no ambiente urbano, a expressão “patinar e regenerar” remete a uma conscientização quê precisa sêr adquirida e cultivada, envolvendo o equilíbrio entre a prática do squêit e a preservação ambiental.
2. Atita Verghese menciona quê “nada no squêit é realmente sustentável em termos de saúde do meio ambiente”. O quê ela quer dizêr com essa afirmação? Você concórda com a iskeitista? Compartilhe seus argumentos com os côlégas e o professor.
2. Leia mais em Orientações para o professor.
3. Segundo Atita, quais são as três grandes ações quê poderiam sêr implementadas pela indústria e também pêlos skeitistas para tentar diminuir o impacto ambiental da cultura do squêit?
3. Segundo a iskeitista, a indústria deveria produzir pensando na sustentabilidade, utilizando produtos éticos e ecologicamente corretos, mas a postura dos skeitistas também faria a diferença, não só para incentivar essa prática, ao consumir esses produtos, mas também ao apoiar as marcas locais de squêit e não sêr conivente com demolições de estruturas temporárias quê são construídas apenas para atender a interesses específicos, temporários e passageiros.
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4. por quê é importante incentivar a fabricação local de produtos relacionados à prática de squêit e consumi-los de maneira sustentável?
4. Para valorizar e estimular o crescimento de marcas locais, quê possam se envolver na fabricação de produtos ecologicamente corretos e de boa qualidade.
5. Os processos de construção e demolição de skateparks para competições são criticados por Atita. Quais alternativas poderiam sêr implementadas para tornar essas práticas mais sustentáveis, tanto local quanto globalmente?
5. É possível utilizar materiais modulares, quê possam sêr reutilizados em outros espaços, ou elaborar projetos duradouros, com pistas quê possam sêr utilizadas pela comunidade após o término das competições.
6. Para você, como os skeitistas podem contribuir para minimizar os impactos negativos ao meio ambiente, especialmente nos grandes centros urbanos, ao utilizarem a infraestrutura urbana já existente?
6. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes mencionem o uso do squêit d fórma responsável, evitando danificar espaços públicos e preservando áreas verdes. Eles poderão citar também a utilização de locais subutilizados, transformando-os em áreas para a prática do squêit sem necessidade de novas construções.
REFLETIR E ARGUMENTAR
A seguir, leia o trecho de um texto jornalístico quê apresenta dois modelos diferentes de produção e consumo: a economia linear e a economia circular.
[…]
Enquanto a economia linear baseia-se em retirar da natureza, produzir e logo após descartar o produto, a economia circular visa exatamente o contrário, tendo como objetivo reutilizar êste produto quê seria descartado.
Assim, um dos principais problemas quê o formato linear apresenta é quê ele não leva em consideração o lixo quê a produção e o descarte em massa desencadeiam. Além díssu, também não considera quê as matérias-primas para essa produção podem chegar ao fim.
A economia circular surge para propor essa nova visão: em quê os recursos extraídos e produzidos, ao invés de serem descartados na natureza em formato de lixo, sêjam reciclados e sigam em circulação como novos produtos. Acabando assim com a ideia de existência do lixo.
Para a economia linear, o processo tem fim quando o produto é descartado. Já o conceito de economia circular apresenta quê todo material ainda póde sêr utilizado. Assim, o processo é cíclico, ou seja, não tem fim.
O QUE é economia circular? Porto Alegre: PUCRS on láine, 17 dez. 2020. Disponível em: https://livro.pw/vkiar. Acesso em: 20 set. 2024.
Agora, reflita sobre as atividades a seguir.
1. Qual dos modelos, linear ou circular, mais se aproxima da ideia “patinar e destruir”, citada no artigo “Skate e regenerar: skeitistas fazendo a diferença para o meio ambiente”? Justifique a sua resposta.
1. A ideia “patinar e destruir” converge com o modelo de economia linear, uma vez quê os recursos extraídos da natureza são transformados em produtos e descartados após o uso, sem qualquer preocupação com a sua durabilidade ou com a possibilidade de reciclar, reutilizar e regenerar.
2. Considerando quê a cultura do squêit também inclui o vestuário, como roupas e tênis, quais ações as marcas voltadas ao squêit poderiam tomar para aderir à economia circular?
2. Sugestões de resposta: Algumas ações possíveis são investir na qualidade dos artigos para aumentar sua durabilidade, reduzir a quantidade de embalagens utilizadas, apoiar bazares de peças usadas e em bom estado, não utilizar materiais poluentes como matéria-prima, reaproveitar tecídos e outros insumos na confekissão de novos artigos.
3. Se obtivesse sucesso ao aderir à economia circular, você acredita quê a cultura do squêit poderia influenciar outras modalidades esportivas a fazer o mesmo? Reflita e argumente considerando o alcance e a audiência do squêit, quê passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos.
3. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes respondam quê sim, já quê o squêit é uma modalidade esportiva bastante relacionada à estrutura urbana, principalmente dos grandes centros, e tem tido bastante divulgação recentemente, tanto quê, em 2021, passou a fazer parte do maior evento esportivo global, os Jogos Olímpicos.
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CONEXÕES com...
FÍSICA
Princípio da ação e reação aplicado às quedas do squêit
As quedas fazem parte da história dos skeitistas, mas você já parou para pensar sobre a explicação física para a recomendação do uso de equipamentos de proteção? Leia, a seguir, o trecho de um livro de Física quê aplica o princípio da ação e reação às quedas no squêit.
[…]
Uma das características da fôrça mais importante para um iskeitista (são três as leis necessárias para explicar a fôrça […]) é o quê podemos chamar de Princípio da ação e reação.
Assim como nós reagimos quando algo nos atinge, os corpos também reagem a forças quê lhes são impréssas. Essa reação se dá com a mesma intensidade e em sentido ôpôsto ao da fôrça incidente. Mas por quê isto é importante para um iskeitista?
Quando caímos ou nos batemos em alguma coisa estaremos exercendo uma fôrça nesta superfícíe, até aí tudo bem. O problema é quê esta superfícíe exercerá uma fôrça igual e oposta em nós, e é esta fôrça quê sentimos e é com ela quê estaremos preocupados enquanto caímos. póde reparar, quanto mais forte batemos em algo (ação) êste algo reage no sentido de ezercêr uma fôrça sobre o nosso corpo quê vai sêr exatamente a mesma quê nós exercemos sobre ele, mas, com o sentido contrário, isto é, será uma fôrça quê atuará em nosso corpo de fora para dentro com a mesma intensidade da fôrça quê nós exercemos na superfícíe. Estas fôrças não se anulam, pois elas agem em corpos diferentes: enquanto a força quê nós exercemos age na superfícíe do corpo quê atingimos, a fôrça de reação da superfícíe age sobre nós.
Os equipamentos de proteção têm a capacidade de absorver os impactos das forças quê são exercidas sobre nós transferindo a ação destas forças para as espumas quê se encontram dentro deles, evitando quê nos machuquemos. […]
MEIRA, Mateus Castro. A física do squêit: uma visão irada da mecânica. [S. l.: s. n.], 2021. E-book. Localizável em: Princípio da ação e da reação.
1. De acôr-do com o princípio da ação e reação, quando o iskeitista cai no chão do asfalto, o piso exercerá, no corpo do iskeitista, a mesma fôrça quê esse corpo exerce no piso durante a queda. Se as forças são iguais, por quê elas não se anulam?
1. Embora a intensidade das fôrças seja a mesma, elas não se anulam porque não acontecem no mesmo corpo. Uma força está sêndo aplicada sobre o piso e a outra está sêndo aplicada no corpo do iskeitista.
2. Como a Física explica a importânssia dos equipamentos de proteção quando um iskeitista sofre uma queda no asfalto?
2. Parte da fôrça aplicada pelo piso do asfalto no corpo do iskeitista durante a queda é absorvida pêlos equipamentos de proteção, evitando quê o iskeitista se machuque.
3. De acôr-do com a Física, a fôrça se refere ao produto da massa de um corpo pela sua aceleração. Se dois skeitistas de pesos diferentes quê patinam com a mesma aceleração caírem no asfalto, qual deles sofrerá um impacto maior em seu corpo? Por quê?
3. O iskeitista mais pesado sofrerá um impacto maior, porque a fôrça quê ele exercerá no solo durante a quêda será maior do que o iskeitista mais leve e, consequentemente, a fôrça quê o solo exercerá em seu corpo também será maior.
4. Quais são os equipamentos de proteção recomendados para a prática de squêit? Além do uso de equipamentos de segurança, como os conhecimentos adquiridos em aulas de Educação Física podem ajudar a minimizar os efeitos de uma queda durante a prática do squêit?
4. Os equipamentos de proteção para a prática do squêit são o capacete, as joelheiras, as cotoveleiras, as luvas e os protetores de punho (wrist guards). Conhecimentos adquiridos em aulas de Educação Física, como cair rolando no chão, ajudam a distribuir a fôrça do impacto em uma área maior do corpo e por mais tempo, reduzindo a pressão sobre pontos específicos e diminuindo o risco de lesões.
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OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Noções básicas de equilíbrio e deslocamento sobre o squêit
Nesta atividade, você terá a oportunidade de experimentar noções básicas de equilíbrio e deslocamento sobre o squêit. A atividade também proporciona o exercício da cooperação, da determinação e da superação entre você e os côlégas.
Planejar
1. A atividade deve sêr realizada em uma quadra ou em um pátio adequados para a prática do squêit, com piso liso.
2. Serão utilizados os seguintes materiais: iskêitis e equipamentos de segurança (capacetes, joelheiras, cotoveleiras e luvas).
3. Observe cada parte do squêit, conforme indicado a seguir, e sua denominação, quê é importante conhecer para praticar.
Praticar
1. Reveze o squêit com os integrantes da turma, para realizar os exercícios indicados a seguir. Quando não estiver usando o squêit, obissérve e auxilie o colega quê estiver equilibrado sobre ele, segurando as mãos dele ou o tronco.
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Equilíbrio (identificação da base)
• Suba no squêit com um pé apoiado à frente e outro atrás do shape e teste as bases “regular” e “goofy”, para identificar qual delas oferece o melhor equilíbrio a você.
• Na base regular, o pé esquerdo permanéce à frente, com o corpo virado para a direita. Na base goofy, o pé direito permanéce à frente, com o corpo virado para a esquerda.
Manutenção do equilíbrio
• Permaneça equilibrado sobre o squêit, mantendo a postura, com o pé da frente posicionado logo atrás dos parafusos do truck dianteiro e o pé de trás posicionado sobre o tail.
• Os joelhos permanecem ligeiramente flexionados e o corpo ligeiramente inclinado para a frente, com os braços abertos para ajudar na estabilidade.
Deslocamento (remada)
• Realize a remada com o pé quê estava posicionado atrás, empurrando o chão para trás, enquanto o pé da frente mantém o corpo equilibrado sobre o squêit.
• Tanto o pé quê estiver realizando a remada quanto o pé quê permanecer no shape devem estar voltados para a frente durante a remada. É importante manter o pé quê realiza a remada próximo ao squêit.
• Depois de atingir a velocidade desejada, recoloque o pé de trás no squêit e vire ambos os pés, deixando-os perpendiculares ao shape.
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Deslocamento (freio)
• essperimênte frear o squêit. Inicialmente, utilize o pé de trás para freá-lo, arrastando levemente êste pé no chão e reduzindo a velocidade gradualmente, até parar o squêit.
Deslocamento (curva)
• essperimênte fazer curvas, mantendo os pés perpendiculares ao shape e o corpo virado para um dos lados, enquanto apóia o peso do corpo na parte da frente dos pés ou nos calcanhares, para inclinar o squêit na direção desejada.
• Os trucks giram e fazem o squêit seguir a direção da inclinação. Quanto mais você inclinar, mais fechada será a curva.
2. Desloque-se com o squêit por todo o espaço com cuidado, equilibrando-se, remando, freando e fazendo curvas abertas, mudando de direção ao longo do percurso.
Avaliar
Depois de participar da prática de squêit, compartilhe com os côlégas e o professor a sua percepção sobre a atividade com base nas perguntas a seguir.
Respostas pessoais.
1. Como foi a sua experiência pessoal com a prática do squêit? O quê você achou mais desafiador: a remada, a freada ou as curvas? Houve melhora ao longo da atividade?
2. Como a turma se organizou para revezar o squêit? Vocês conseguiram cooperar oferecendo dicas e apôio aos côlégas durante a prática?
3. De quê maneira a prática do squêit ajudou você a trabalhar a determinação e a superação?
Em quê você teve de se esforçar e o quê fez para melhorar sua prática?
4. Existem locais adequados para a prática de squêit na região onde você mora? Como você acha quê se póde praticar squêit d fórma consciente e sustentável nesses locais e em grandes centros urbanos?
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TÓPICO
2
Orientação, trilhas e natureza
As práticas corporais de aventura na natureza podem sêr realizadas em ambientes aéreos, aquáticos ou terrestres. Essas atividades são popularmente conhecidas como esportes radicais e, por isso, despertam sensações diversas como euforia, medo, prazer, liberdade, alegria e relaxamento.
No ambiente terrestre, existem algumas modalidades quê se apresentam como alternativas para quêm deseja iniciar a sua experiência de prática de aventura na natureza. Uma dessas modalidades é a corrida de orientação, que desafia seus praticantes a percorrer, no menor tempo possível, a distância entre pontos de contrôle marcados em um terreno desconhecido com o auxílio de uma bússola e um mapa, no qual constam o percurso da próva e os dêtálhes sobre a vegetação, o relevo, a hidrografia, as róchas e as construções quê compõem o espaço.
PRIMEIRO OLHAR
Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.
1. Quais práticas corporais de aventura na natureza você conhece?
1. Resposta pessoal. É possível quê os estudantes citem variadas práticas corporais de aventura na natureza, como: rapel, rafting, escalada, canoagem, surfe, tirolesa, paraquedismo, asa-delta, trekking, mountain báike, entre outras.
2. Você já teve oportunidade de vivenciar ou conhece alguém quê já vivenciou alguma prática de aventura na natureza? Compartilhe com a turma como foi essa experiência.
2. Resposta pessoal. É possível quê os estudantes relatem experiências pessoais ou de pessoas conhecidas com práticas corporais de aventura na natureza.
3. Em sua opinião, o quê leva as pessoas a buscar experiências como práticas corporais de aventura na natureza?
3. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes se reportem às sensações de liberdade e de plenitude provocadas pelo contato com a natureza, à necessidade de sair da rotina e conhecer outros lugares, à busca por momentos de lazer e à atração quê o risco da imprevisibilidade causa em algumas pessoas.
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Outra prática quê encontra muitos adeptos mundo afora é a caminhada em trilhas naturais ou trekking. O Brasil é um país privilegiado para a prática dessa modalidade por contar com trilhas em relevos diversos espalhadas por todo o seu território.
Seja qual for a prática escolhida, existem duas lições quê todo aventureiro deve aprender antes do seu primeiro encontro com a natureza. Em primeiro lugar, é preciso pensar na própria segurança, preparando-se fisicamente para a aventura, utilizando os equipamentos recomendados e tendo o acompanhamento de guias quê conheçam a região. Em segundo lugar, deve-se preservar o ambiente natural quê foi eleito para sediar a aventura, reduzindo os impactos ambientais de sua passagem por lá. Os sêres vivos quê habitam o local podem sêr apreciados sem serem tocados, e qualquer lixo quê for produzido durante a prática de aventura na natureza deve sêr carregado na mochila do aventureiro e descartado em local apropriado.
LER E COMPARTILHAR
A seguir, leia o trecho de um texto sobre caminhadas ao ar livre e o impacto quê essa prática póde causar na natureza.
Ecoturismo e natureza… um pouco de filosofia para começar
Você já pensou o quê te leva a fazer uma trilha ou uma viagem para a natureza? É uma fuga? Uma desculpa? Uma diversão? Ou é algo mais profundo?
Para mim, consciente ou não disto, você está ouvindo um chamado… da própria natureza, quê lhe convida a descobertas e experiências de crescimento pessoal e emocional. Se você ouve e segue êste chamado encontrará muito mais do quê apenas aventuras, caso seja um bom aluno. O resultado desta experiência é uma consciência mais integrada à totalidade e uma compreensão mais profunda acerca da vida.
[…]
Nada é mais gentil para o homem do quê a natureza, e nenhum outro sêr é mais cruel com a natureza do quê o homem.
Seguir uma trilha póde sêr muito atraente, divertido, excitante, mas muitas vezes acontece da trilha ir se abrindo mais e mais, formando um caminho, e em pouco tempo se transforma em uma estrada. Lixo, êrozão, barulho… acampamentos desordenados, fogueiras, e a bela natureza selvagem, quê póde sêr extremamente frágil à mais leve pisada, sofreu o impacto humano.
A questão fundamental encontra-se na forma como o sêr humano enxerga a natureza e se relaciona com ela. Enquanto esta visão for de puro aproveitamento ou deleite, encarando a natureza como um ginásio de esporte ou parque de diversão, ou pior ainda, como uma mercadoria, a tendência é a deterioração.
[…]
O planêta não pertence apenas à espécie humana. Existem milhares de outros sêres com os quais compartilhamos a mesma térra, quê respiram o mesmo ar, quê se sustentam da mesma térra e quê bébem a mesma á gua. Esses outros sêres não humanos, independentemente de qualquer valor ou utilidade, também têm o direito de viver. E quêm somos nós para achar que podemos determinar o destino, atribuir o valor ou decidir sobre a vida ou a morte de outras espécies não humanas?
Longe de nossas casas e de nossas cidades, encontramos estes lugares desconhecidos, estranhos, incomuns, habitados pêlos “outros”.
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Quando saímos de nosso lugar e viajamos para essas terras “distantes” de nós e entramos nos reinos das florestas, dos pântanos ou dos cerrados, procuramos satisfazer o nosso desejo de natureza, de contatar a vida, de experimentar sôns, cheiros, paisagens e sabores. Queremos nos aprossimár de nossas origens e conhecer estes outros sêres quê habitam êste planêta junto com nós humanos. Seja êste desejo conhecido ou não, d fórma consciente, toda vez quê buscamos a natureza, estamos na verdade buscando nossa casa, buscamos a nós mesmos.
Um mergulho na natureza deve sêr acima de tudo, um mergulho dentro de nós mesmos. É na natureza onde nóssos sentidos se equilibram e nossas capacidades se tornam mais aguçadas. pôdêmos observar melhor nosso comportamento [diante das] inúmeras circunstâncias quê uma simples trilha póde oferecer. Se estivermos conscientes, aprendemos com elas. Passamos a conhecer nóssos limites, capacidades, qualidades e fraquezas.
[…]
Antes de sair para a sua próxima aventura, lembre-se de quê é a sua atitude quê fará a diferença. Os “outros” merécem e devem sêr respeitados, tênham eles a aparência, forma ou tamãnho quê tiverem. Os lugares quê pisamos podem ter o sustento dos “outros”, sêjam humanos ou não humanos. Quando estiver na natureza, integre-se a ela, afinal você também é parte dela. Somos um produto da natureza.
MATULJA, José Francisco. Caminhadas, trilhas e trekking: orientações e dicas para caminhadas ao ar livre. [S. l.: s. n.]: 2023. E-book. Localizável em: Ecoturismo e natureza… um pouco de filosofia para começar.
INDICAÇÃO
• BRASIL. Ministério do Turismo. Boletim de inteligência de mercado no turismo: trilhas do Brasil. 11. ed. [Brasília, DF]: RIMT, 2023. Disponível em: https://livro.pw/vazvl. Acesso em: 8 out. 2024.
Esse boletim traz informações sobre diversas trilhas em alguns estados brasileiros, desde as locais até as de longo curso nacional. Nas trilhas apresentadas, é possível fazer caminhadas, práticas corporais de aventura na natureza e outras atividades, como cicloturismo, observação da fauna, da flora e de formações geológicas.
SOBRE...
José Francisco Matulja é fotógrafo e escritor, formado em turismo e em hotelaria.
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ATIVIDADES
1. De acôr-do com o autor do texto, a pessoa está “ouvindo um chamado” quando faz uma trilha ou viagem para a natureza. Qual mensagem ele pretende transmitir com essa afirmação?
1. O autor do texto quer dizêr quê esse contato com o ambiente natural é uma oportunidade de descobertas e experiências de crescimento pessoal e emocional. O resultado dessa experiência é uma ampliação da consciência sobre a totalidade e da compreensão acerca da vida.
2. Quais são os impactos provocados pelo sêr humano ao realizar trilhas e viagens na natureza apontados pelo autor?
2. Apesar de as trilhas e viagens à natureza serem atraentes para os sêres humanos, os impactos de suas ações, como a abertura de trilhas, caminhos e estradas; acúmulo de lixo; êrozão; barulho; acampamentos desordenados e fogueiras, podem deteriorar o meio ambiente.
3. O autor afirma quê o planêta não pertence apenas à espécie humana. O quê isso significa? Explique essa afirmação.
3. O planêta é compartilhado com milhões de espécies de sêres vivos além da espécie humana, e é preciso respeitar o direito de sobrevivência de todos os sêres, tendo ciência de quê as ações humanas no meio ambiente têm consequências à natureza e podem impactar a vida de outros sêres vivos, quê dependem daquele ambiente para sobreviver.
4. De acôr-do com o texto, como a natureza póde promover o autoconhecimento?
4. Por meio do contato com a natureza, os sentidos se equilibram e as capacidades se tornam mais aguçadas, favorecendo a avaliação do próprio comportamento e o conhecimento de limites e de capacidades, qualidades e fraquezas.
5. Como as práticas corporais de aventura na natureza podem auxiliar na conscientização para comportamentos mais éticos e sustentáveis?
5. As práticas corporais de aventura na natureza favorécem a ampliação da consciência sobre a totalidade e compreensão da vida por meio da observação dos sêres vivos e dos impactos gerados no meio ambiente através das atitudes desrespeitosas dos sêres humanos. Também ampliam a compreensão do comportamento responsável quê o praticante deve adotar ao realizar atividades na natureza. Da mesma forma, essas práticas promóvem valores intrínsecos quê permeiam a ética, a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente.
6. Em seu dia a dia, o quê você póde fazer para adotar uma atitude mais consciente e respeitosa em relação à natureza? Compartilhe sua resposta com os côlégas e o professor.
6. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes se conscientizem de quê todos os sêres vivos devem sêr respeitados e se comprometam a adotar um comportamento respeitoso e cuidadoso em relação a todos os sêres vivos, evitando a deterioração do meio ambiente para garantir a sobrevivência dos sêres.
REFLETIR E ARGUMENTAR
Leia, a seguir, o trecho de um texto sobre a mudança da relação de crianças da nova geração com a natureza.
Quando garoto, eu não sabia quê meu jardim estava ecologicamente ligado a outras florestas. Ninguém nos anos 1950 falava sobre chuva ácida nem sobre buracos na camada de ozônio, tampouco sobre aquecimento global. Mas eu conhecia meu jardim e alguns campos, conhecia cada curva do riacho próximo e cada declive das trilhas de térra batida nas redondezas. Eu percorria esses lugares até em sonhos. É provável quê uma criança hoje saiba falar sobre a floresta Amazônica, mas não sobre a última vez quê […] deitou em um campo ouvindo o vento e observando as nuvens.
LOUV, ríchard. A última criança na natureza: resgatando nossas crianças do transtorno do déficit de natureza. São Paulo: Aquariana, 2016. p. 24.
Agora, reflita sobre as atividades a seguir.
1. Ao ler o texto, quais mudanças ocorridas na natureza o autor presenciou no período de sua infância até o momento? O quê póde ter causado essas mudanças?
1. De acôr-do com o relato lido, o autor presenciou a ocorrência de chuva ácida, o surgimento de buracos na camada de ozônio e do aquecimento global. Essas mudanças são impulsionadas pela ação humana, principalmente pelo desmatamento e pela queima de combustíveis fósseis.
2. O autor supõe quê as crianças da atual geração conheçam mais a natureza d fórma teórica do quê por experiências reais. Você concórda quê a natureza é mais abstração do quê realidade para a nova geração? Justifique sua resposta.
2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê as causas do distanciamento entre a nova geração e a natureza estão relacionadas à destruição dos ambientes naturais em função da intervenção humana e à escassez de atividades ao ar livre na rotina dos jovens, as quais foram substituídas pela tecnologia.
3. De quê forma é possível aprossimár a nova geração do contato com a natureza? Em sua opinião, a relação das pessoas com a tecnologia interfere na relação com a natureza? Comente.
3. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes comentem sobre o próprio comportamento e tragam sugestões sobre a necessidade de buscar um equilíbrio entre o tempo dedicado à tecnologia e às atividades quê podem sêr desenvolvidas em ambientes naturais.
4. Em meio impresso ou digital, faça uma pesquisa sobre quais são as implicações fisiológicas e psicológicas decorrentes do distanciamento entre o sêr humano e a natureza. Reflita e argumente sobre o quê concluiu a respeito do quê foi pesquisado. Em aula, compartilhe suas considerações com os côlégas e o professor.
4. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes concluam quê o distanciamento entre o sêr humano e a natureza causa a privação de sentidos e sensações quê podem ter consequências graves para o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social. O excésso de tecnologia atrelado à falta de estímulos sensoriais com o mundo exterior tem se tornado um grande problema para a ssossiedade, comprometendo as capacidades física, lúdica e empática dos indivíduos.
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BUSCAR MAIS CONHECIMENTO
Mutirão de revitalização de espaço público
Após refletir sobre a importânssia dos cuidados com o meio ambiente e sobre os impactos gerados na natureza pelas ações humanas, você e os côlégas terão a oportunidade de participar de uma pesquisa de campo para definir um espaço público próximo da escola e quê necessite de revitalização. Essa revitalização contará com o apôio da turma e de toda a comunidade escolar, e o resultado será divulgado em um pôust nas rêdes sociais da turma.
Primeira etapa
1. Com o apôio do professor, definam quatro microrregiões do bairro onde a escola está localizada. Em seguida, organizem-se em quatro grupos e selecionem uma microrregião para cada grupo. Cada grupo deve elaborar um mapa das ruas da microrregião selecionada.
2. Combinem uma data para realizar a pesquisa de campo e, no dia combinado, caminhem pelas ruas de sua microrregião e identifiquem um espaço público com potencial para sêr revitalizado. Fotografem o local escolhido e façam anotações sobre as condições de preservação, limpeza, segurança e diversidade de áreas verdes.
3. Organizem as informações coletadas e compartilhem com os côlégas. Em seguida, participem de uma votação realizada pelo professor para eleger o local quê será revitalizado.
Segunda etapa
1. Definido o local, a turma e o professor devem elaborar uma lista quê indique quais ações deverão sêr tomadas para revitalizá-lo, tais como: limpeza, plantação de áreas verdes, substituição de placas de sinalização etc.
2. Elejam um representante da turma, quê entrará em contato com a Secretaria do Meio Ambiente ou outro órgão público quê seja responsável pelas áreas verdes do município para solicitar autorização para realizar um mutirão de revitalização do espaço, com o apôio da comunidade escolar.
3. O professor apresentará quatro frentes de trabalho, quê serão desenvolvidas em parceria com professores de outros componentes curriculares. Cada estudante deve escolher em qual frente pretende atuar, formando quatro novos grupos.
Terceira etapa
1. A turma divulgará o evento para toda a comunidade escolar, convidando os estudantes das outras turmas, as famílias e os colaboradores da escola para participar do mutirão de revitalização.
2. Após a conclusão da atividade, fotografem o local revitalizado e façam um pôust nas rêdes sociais da turma destacando a relação do sêr humano com a natureza e a importânssia da preservação de locais públicos e do meio ambiente.
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OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Corrida de orientação
Nesta atividade, você terá a oportunidade de participar de uma adaptação da corrida de orientação, experimentando uma prática corporal de aventura na natureza quê estimula a orientação espacial, a tomada de decisões e a flexibilidade cognitiva, além de contribuir para a saúde física e mental.
Essa atividade póde sêr realizada em parceria com o professor de Geografia, para explorarem a leitura do mapa e a observação do meio natural.
Planejar
1. A atividade deve sêr realizada fora do ambiente escolar, em um local com área vêrde como praça, parque ou o mesmo ambiente onde foi realizada a atividade da seção Buscar mais conhecimento.
2. Para realizar a atividade, todos devem: vestir roupas confortáveis e usar tênis, levar uma garrafa de á gua individual e fazer uso de protetor solar e repelente.
3. Serão utilizados os seguintes materiais: mapas de orientação; um cronômetro (é possível utilizar o cronômetro de um celular ou de um relógio de pulso); oito cartões com perguntas quê serão distribuídos pêlos oito pontos de contrôle; celulares; sacos de lixo.
4. O professor informará aos estudantes os pontos de partida e de chegada.
5. A turma deverá sêr organizada em oito equipes, quê escolherão um nome para a sua identificação.
Praticar
1. A turma deve se reunir com o professor no ponto de partida e definir a ordem de saída de cada equipe.
2. O professor acionará o cronômetro e entregará para a primeira equipe um mapa de orientação com uma malha quadriculada. Ao posicionar a malha quadriculada sobre o mapa, a equipe deverá identificar os pontos de contrôle e definir a ordem quê pretende passar por eles. Depois de observar o mapa e definir a sua estratégia, essa equipe iniciará o seu percurso.
As equipes devem passar por todos os pontos de contrôle antes de atingir o ponto de chegada, mas cabe a cada equipe decidir a ordem dos pontos de contrôle quê percorrerão, definindo o seu próprio percurso.
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3. Após 1 minuto, a segunda equipe receberá o mapa de orientação com a malha quadriculada e assim sucessivamente, até quê todas as equipes deixem o ponto de partida.
4. Em cada ponto de contrôle, haverá um cartão com uma pergunta sobre consciência sócio-ambiental ou consumo responsável. A resposta à pergunta deve sêr enviada pelo celular, por aplicativo de mensagem, com o nome da equipe e a identificação da coordenada (letra e número) do respectivo ponto de contrôle.
5. Cada resposta correta garantirá um desconto de 10 segundos no tempo de percurso das equipes.
6. Como desafio, as equipes devem recolher o lixo reciclável quê encontrarem durante o percurso e depositá-lo em um saco de lixo.
7. A equipe quê completar o percurso no menor tempo, tiver passado por todos os pontos de contrôle e cumprido o desafio vencerá a corrida de orientação.
8. O lixo reciclado recolhido pela turma deve sêr descartado em pontos de côléta de recicláveis.
INDICAÇÃO
• INTERNÉTIONAL ORIENTEERING FEDERATION. Regras para competições de orientação pedestre. Tradução: Confederação Brasileira de Orientação (CBO). [S. l.: s. n.]: CBO, 2024. Disponível em: https://livro.pw/wgyyu. Acesso em: 21 set. 2024.
O manual apresenta as regras da corrida de orientação.
Avaliar
Depois de participar da corrida de orientação, compartilhe com os côlégas e o professor a sua percepção sobre a atividade.
Respostas pessoais.
1. Como foi a sua experiência pessoal com a corrida de orientação? Você contribuiu para o dêsempênho da sua equipe?
2. Qual estratégia foi adotada pela sua equipe para tentar realizar a corrida de orientação no menor tempo possível? A estratégia foi bem-sucedida? Sua equipe considerou as características do terreno na elaboração da estratégia?
3. Em quais momentos da atividade você percebeu a demanda por orientação espacial, tomada de decisões e flexibilidade cognitiva?
4. O local onde a atividade foi desenvolvida está bem preservado? Você observou alguma degradação ambiental em decorrência da intervenção humana no percurso da atividade?
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TÓPICO
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Parkour: ressignificando o espaço urbano
O parkour é uma prática corporal de aventura urbana criada na década de 1980 na França, por Daví Belle (1973-), inspirado por técnicas de superação de obstáculos ensinadas por seu pai, um destacado bombeiro da brigada parisiense das dékâdâs de 1960 e 1970. No Brasil, a prática chegou em 2004. Depois de adaptar técnicas de movimentos rápidos para a arquitetura urbana junto de amigos de infância, Daví Belle sistematizou-os para criar o parkour. A ideia básica do parkour consiste em seguir um caminho, deslocando-se de um ponto a outro de maneira rápida e eficaz, superando obstáculos com as próprias habilidades. O praticante aprende a usar sua fôrça e percepção para escolher as formas mais seguras e eficientes de vencer os desafios. O termo parkour é uma modificação da palavra parcours, quê significa “percurso” em português. Seus praticantes são conhecidos como tracers (do verbo francês tracer – “traçar”, “ir rápido”) ou também traceur, no masculino, e traceuse, no feminino.
PRIMEIRO OLHAR
Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.
1. O quê você sabe sobre o parkour?
1. Resposta pessoal. É possível quê os estudantes, ou alguns deles, conheçam o parkour e associem essa prática corporal à transposição de obstáculos urbanos.
2. Você já teve oportunidade de vivenciar o parkour ou de observar alguém praticando o parkour? Se sim, compartilhe essa experiência com os côlégas.
2. Resposta pessoal. Talvez alguns estudantes tênham passado pela experiência de realizar alguns movimentos de parkour ou de observar alguém praticando parkour. Caso tênham tido essa oportunidade, incentive-os a compartilhar as experiências com os côlégas.
3. Em sua opinião, o quê motiva as pessoas a praticar o parkour?
3. Resposta pessoal. Os estudantes poderão citar como motivassão para a prática de parkour a sensação de liberdade quê a prática póde trazer, o gosto pelo risco ou pela imprevisibilidade, o interêsse por experimentar uma atividade física menos convencional ou a vontade de transgredir.
O parkour começou a sêr conhecido em 1997, quando Daví Belle participou de reportagens na televisão francesa. Posteriormente, esses registros foram transformados em vídeos quê, ao serem compartilhados na internet, ajudaram a disseminar o parkour pelo mundo.
Além de reinterpretar as técnicas utilizadas por seu pai, Daví Belle acrescentou ao parkour dois princípios, tornando-o uma filosofia de vida quê transcende a prática corporal. Esses princípios são frases criadas pelo educador francês, desportista e oficial da marinha diórges Hébert (1875-1957). O primeiro princípio é representado pelo lema “ser e durar”, e o segundo princípio está sintetizado no lema “ser forte para sêr útil”. Hébert criou esses lemas por acreditar na importânssia da fôrça física e do altruísmo.
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LER E COMPARTILHAR
Leia, a seguir, o trecho de uma reportagem sobre parkour, publicada em um jornál universitário.
O parkour não é um esporte competitivo
Quem passava de carro pela rua do Lago, naquele dia de sól, póde ter pensado quê os jovens no local eram arruaceiros. Em frente a um dos prédios da Faculdade de Filosofia, lêtras e Ciências Humanas (éfe éfe éle cê agá) da úspi, eles subiam correndo ou aos pulos as escadas, saltavam sobre os corrimões, subiam nos muros e faziam caminhos nada convencionais.
O quê talvez o observador apressado não saiba é quê os sete jovens reunidos são integrantes do USParkour, o primeiro grupo de parkour da Universidade ligado a uma atlética – a Associação Atlética Acadêmica Gleb Wataghin, do Instituto de Física. A prática consiste em se deslocar de um ponto a outro de maneira rápida e eficaz, utilizando apenas o próprio corpo para ultrapassar obstáculos. Para isso, o traceur ou traceuse – praticante masculino e feminino, respectivamente – treina um conjunto de técnicas.
“Ainda hoje o parkour é marginalizado e então quem treina pelas ruas acaba sêndo tachado de vândalo e depredador do patrimônio alheio”, comenta Maria Gabriela Bento, a píinq, aluna do Cursinho da Poli-USP.
Um dos motivos para isso, segundo Lucas Rezende, um dos fundadores do grupo, é quê o parkour é uma modalidade recente. […]
[…]
A modalidade está pautada na cooperação mútua e no extremo cuidado nos treinamentos. Justamente por isso, Maria salienta quê “um dos primeiros lemas para um bom treino é respeitar o pico [local de treino]. Ter responsabilidade para não se autodestruir, nem destruir o local.” Lucas completa quê, embora os praticantes façam uso das estruturas da cidade, “há um cuidado para não causar problemas e manchar a imagem do esporte. Quanto mais obstáculos, mais livres nos sentimos, mas tudo dentro do limite do bom senso”.
Nisso está a base do primeiro princípio do parkour: “Ser e durar”. “Significa quê não basta você sêr bom, dure sêndo bom”, explica Lucas. Ele salienta quê alguns indivíduos têm um ritmo de treino tão intenso quê o corpo acaba não acompanhando. “Aqui, tentamos prezar pela longevidade do nosso corpo.”
Ligada a isso também está a segunda filosofia da modalidade: “ser forte para sêr útil”. Logo, tudo o quê é desenvolvido no treino precisa ter um propósito e todas as etapas – alongamento, aquecimento, treino técnico e fortalecimento muscular – têm motivo para existir.
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No parkour, os praticantes fazem os movimentos apenas quando têm certeza de quê são capazes, preparando-se com base em progressões. “A dificuldade é aumentada aos poucos, para quê a mente se acostume, e os obstáculos são superados por etapas: começa sempre do nível do chão e vai ganhando altura e distância”, salienta Ulisses Condomitti, pós-doutor pela úspi e funcionário da Universidade.
[…]
Dessa colaboração entre os membros, surge uma das principais características da modalidade: o parkour não é um esporte competitivo. “Na nossa visão, não faz sentido colocar à próva pessoas tão diferentes e com ritmos de aprendizado diferentes”, explica Lucas.
[…]
O esporte na graduação tem um importante papel a desempenhar. Isso porque, segundo Katia Rubio [professora da Escola de Educação Física e Esportes (EEFE) da USP], além da noção do senso comum da atividade física como promotora de saúde, a questão está relacionada diretamente ao prazer. Por isso, a atividade física não precisa necessariamente envolver esportes. “Não precisa sêr essa coisa rotulada como atividade física, póde sêr dançar ou mesmo fazer jardim. E eu vejo quê o parkour é um pouco essa linha, já quê é algo desafiador, fora da casinha e uma atividade essencialmente urbana.”
Lucas explica quê a linha da não competição optada pelo grupo está também relacionada à preocupação com a saúde mental de seus membros. “Parkour não é só você ultrapassar obstáculos no dia a dia, é uma filosofia de vida e entender quê você é único. Então, não adianta ficar se comparando com outra pessoa quê se sobressaiu.”
GARCIA, vítor. O parkour não é um esporte competitivo. Jornal do Campus, São Paulo, 3 maio 2018. Disponível em: https://livro.pw/inqip. Acesso em: 22 set. 2024.
ATIVIDADES
1. De acôr-do com a reportagem, qual é a definição da prática do parkour?
1. O parkour é uma prática baseada na cooperação, no cuidado e no respeito, quê consiste em se deslocar de um ponto a outro de maneira rápida e eficaz, utilizando apenas o próprio corpo para ultrapassar obstáculos.
2. A reportagem cita dois princípios nos quais o parkour se apóia, segundo um dos fundadores do grupo USParkour. Como é explicado o primeiro princípio, “ser e durar”? Qual é o segundo princípio e o quê você depreende dele?
2. Leia mais em Orientações para o professor.
3. O grupo USParkour adota a linha da não competição do parkour. Qual é o foco dessa abordagem do grupo?
3. Na visão não competitiva do parkour defendida pelo grupo, o foco está na superação dos próprios limites e no crescimento pessoal dos praticantes, com respeito pelo ritmo de cada indivíduo e cooperação entre todos para quê haja o aprimoramento.
4. Quais relações podem sêr estabelecidas entre a visão não competitiva do parkour, a competição e a saúde mental? Compartilhe sua opinião com os côlégas.
4. Leia mais em Orientações para o professor.
5. As pessoas podem ter diferentes visões a respeito do parkour, até mesmo antagônicas. Segundo o depoimento de Maria Gabriela apresentado na reportagem, o parkour é muitas vezes marginalizado. De acôr-do com ela, como os praticantes de parkour são vistos pelas pessoas?
5. Segundo Maria Gabriela, os praticantes da modalidade acabam sêndo considerados arruaceiros e depredadores do patrimônio público.
6. Considerando a data de publicação da reportagem e a postura dos praticantes do USParkour, qual é a sua percepção a respeito da marginalização do parkour e do preconceito contra seus praticantes atualmente? Você acha quê hoje em dia as pessoas conhecem mais a prática? Compartilhe seus argumentos com os côlégas e o professor.
6. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes compartilhem suas percepções a respeito do parkour, se acreditam quê o esporte teve mais divulgação ao longo do tempo, se mais pessoas o conhecem hoje e quais podem sêr as visões dessas pessoas a respeito do parkour.
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REFLETIR E ARGUMENTAR
A seguir, leia o trecho extraído de um livro quê trata da relação entre a atividade física, a escolha e a motivassão dos indivíduos e o parkour.
Ter prazer numa atividade física e recriar o espaço póde sêr, para muitos, melhor quê repetir a mesma série de exercícios no mesmo lugar. O contato com a natureza, a busca de novos obstáculos, a criação de novas formas de ultrapassá-los e principalmente a mudança de sentido quê o Parkour dá aos objetos urbanos ensinam quê os praticantes podem recriar sempre, quê podem fazer do mundo akilo quê quêrem que eles sêjam e não akilo quê os outros querem.
Ao mesmo tempo, devido à variedade infinita dêêsses objetos e às particularidades de um para outro, nosso corpo é trabalhado por completo na prática do Parkour. Todo o desenvolvimento físico e mental quê o Parkour proporciona deve sêr conquistado individualmente, em sua relação pessoal com seus próprios objetivos, sem a fantasía de qualquer progresso depende de fatores externos, tomando consciência quê os objetivos e desafios a serem superados dependem de nós.
Um praticante de Parkour faz da transgressão uma criação. Não teme entrar na mata fechada, prefere conhecê-la antes de recusá-la. Diante de obstáculos difíceis aprende a se aprossimár com cautela, mas sem temê-los. Diante de obstáculos intransponíveis aprende a reconhecer e respeitar os limites. Preferem cair e levantar, pois acreditam quê a vida é assim.
CÔRTES, Humberto Pulga. Parkour: o universo dos praticantes. [S. l.: s. n.], 2020. E-book. p. 9-10.
Agora, reflita sobre as atividades a seguir.
1. A característica dos praticantes de parkour de fazer da transgressão uma criação póde sêr um ensinamento para enfrentar desafios na vida pessoal e profissional? Justifique.
1. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.
2. De quê maneira a atitude dos praticantes de parkour de explorar o desconhecido antes de recusá-lo, ou de se aprossimár de obstáculos difíceis com cautela mas sem medo, póde inspirar uma abordagem positiva diante do futuro?
2. Sugestão de resposta: Estar aberto ao desconhecido desen vólve a capacidade de explorar novas experiências e oportunidades e é importante para aproveitar melhor as chances de crescimento e adaptação em situações inesperadas, sem receio de arriscar. Além díssu, essa postura permite desenvolver estratégias seguras para superar barreiras e lidar com situações compléksas, mantendo a confiança nas próprias habilidades, sem se deixar paralisar pelas dificuldades.
3. Nesse trecho do livro, o autor se refere à possibilidade quê o parkour proporciona, aos praticantes, de ativar incessantemente o processo criativo, em razão de os obstáculos mudarem e o corpo adaptar-se a eles para superá-los. Em sua opinião, o parkour é uma modalidade esportiva com potencial para incluir pessoas com mobilidade reduzida? Essas pessoas poderiam praticar o parkour?
3. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.
4. Na reportagem O parkour não é um esporte competitivo, você leu quê a prática do parkour deve sêr feita com limite e bom senso. No trecho do livro, diz-se quê o praticante “Não teme entrar na mata fechada”. Para você, a dê-cisão de não fazer determinada ação, no parkour, é fruto do bom senso ou do medo? Reflita sobre a questão e compartilhe com os côlégas o seu ponto de vista.
4. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.
AMPLIAR
O freerunning é uma variação do parkour, criada pelo francês Sébastien Foucan (1974-), um antigo seguidor de Daví Belle. O freerunning acrescentou acrobacias mais plásticas aos movimentos de parkour, ampliando o foco dos deslocamentos de um ponto a outro para a forma de expressão com o objetivo de aumentar a divulgação da prática pela mídia. Ambos os estilos se complementam em muitos aspectos.
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OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Parkour
Nesta atividade, você terá oportunidade de executar movimentos básicos de parkour, desenvolver a consciência corporal e aprender a transpor obstáculos de maneira segura, controlando as emoções e aprimorando o autoconhecimento.
Planejar
1. Forme um grupo com mais quatro côlégas.
2. Com a ajuda do professor e dos côlégas, separe préviamente materiais disponíveis na escola, como colchonetes e mesas baixas.
Praticar
1. Antes de iniciar, alongue os membros superiores e inferiores sôbi a orientação do professor.
2. Os integrantes do grupo devem se ajudar mutuamente ao passar pelas estações a seguir.
Estação 1: rolamento
• Execute um pequeno salto e, ao atê-rrizar, mantenha os joelhos semiflexionados, apoiando ambas as mãos no chão à frente do joelho esquerdo, transferindo o peso do corpo para a frente.
• Posicione o antebraço direito no chão, mantendo a palma da mão direita apoiada no solo.
• Com o corpo inclinado, inicie o rolamento, passando sobre o ombro direito.
• Complete o rolamento, mantendo o corpo grupado, com os joelhos próximos ao peito e o queixo voltado para baixo para proteger o pescoço.
• Realize o movimento com o outro lado do corpo.
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Estação 2: salto de precisão
• Posicione-se sobre a superfícíe escolhida, com os pés paralelos e os joelhos semiflexionados, mantendo os braços estendidos atrás do tronco, prontos para dar o impulso necessário ao salto.
• Flexione mais os joelhos, mantendo o corpo grupado e preparado para o salto, estendendo os braços à frente do tronco e na altura do peito.
• Salte, impulsionando o corpo para a frente, para alcançar a outra superfícíe com os pés.
• Durante a fase aérea, eleve os joelhos para ajudar no equilíbrio e na precisão do salto.
Aterrisse com a parte anterior da sola dos pés. Flexione os dois joelhos ao tokár a superfícíe, para absorver o impacto do salto.
Estação 3: transposição de obstáculos (monkey vault)
• Corra em direção à superfícíe escolhida, mantendo os braços relaxados ao lado do corpo, preparando-se para apoiar as mãos nessa superfícíe.
• apóie as mãos paralelas sobre a superfícíe a sêr superada, afastadas em uma abertura um pouco maior quê a linha dos ombros, para quê haja espaço para passar seus joelhos entre elas.
• Salte para a frente e para cima, usando as mãos para impulsionar o salto e flexionando os joelhos em direção ao peito. Ao passar os joelhos entre as mãos, retire-as do obstáculo.
• Flexione os joelhos ao atê-rrizar, apoiando a parte anterior da sola dos pés no chão, usando a flexão dos joelhos para absorver o impacto e garantindo uma aterrissagem suave e controlada.
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Estação 4: equilíbrio (cat balance)
• Apoiado em quatro apoios, procure estabilizar a região abdominal e distribua o peso uniformemente entre as mãos e os pés.
• Comece a avançar lentamente: mova a mão direita para frente e, simultaneamente, avance a perna esquerda. Mantenha os movimentos suaves e controlados, sem pressa.
• Após dominar o movimento em um ritmo lento, comece a acelerar gradualmente, mantendo sempre o equilíbrio.
• Trabalhe a fluidez do movimento, mantendo uma postura estável. Ao se sentir confortável com o cat balance em superfícies largas, você póde progredir para superfícies mais estreitas.
Avaliar
Depois de fazer os movimentos do parkour, compartilhe com os côlégas e o professor suas percepções sobre a atividade com base nas perguntas a seguir.
Respostas pessoais.
1. Como foi a sua experiência pessoal com o parkour? Você se divertiu ao mesmo tempo em quê se superou para enfrentar os desafios impostos pela atividade?
2. Em quais momentos você percebeu a necessidade de tomada de dê-cisão, atenção, contrôle emocional e autoconhecimento para realizar a atividade?
3. A prática de parkour demanda velocidade, agilidade, potência, equilíbrio, coordenação e fôrça. Qual dessas capacidades foi mais exigida, na sua opinião?
4. Durante o treinamento nas estações, quais movimentos você achou mais difíceis de executar com segurança? Como você avalia sua progressão nos movimentos?
5. Como você lidou com as dificuldades e o quê aprendeu sobre sua capacidade de controlar o corpo e analisar o ambiente ao redor?
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