CAPÍTULO 2
POLIEDROS

A beleza dos cristais é impressionante, não é mesmo? Os cristais, na sua forma mais pura, lembram poliedros, assunto dêste Capítulo.

A ciência quê estuda os cristais é chamada Cristalografia, cujos estudos são importantes para o avanço tecnológico de diversas áreas, entre elas, a Engenharia dos Materiais.

Para classificar esses minerais, os cristalógrafos avaliam o sistema de acôr-do com as células unitárias quê formam sua estrutura. Uma célula unitária consiste em um agrupamento de hátomus quê formam um padrão repetitivo. Então, com base no sistema cristalino ao qual pertence, um mineral póde sêr classificado em: cúbico, tetragonal, hexagonal, trigonal, ortorrômbico, monoclínico ou triclínico.

O arranjo dêêsses hátomus garante algumas propriedades ao cristal, como a dureza e o formato. O tipo de arranjo atômico, por exemplo, é o quê diferencia um frágil carbono de um diamante inquebrável.

Ver as Orientações para o professor.

Atividade em dupla. Agora, reúna-se a um colega, e façam o quê se pede em cada questão.

1. ob-sérvim a imagem. Que formas geométricas, planas ou espaciais, vocês conseguem identificar?

2. O formato de um determinado cristal lembra um bloco retangular com dimensões 3 cm, 4 cm e 5 cm. Qual é o volume, em cm3, dêêsse cristal?

60 cm3

3. Na região onde vocês moram, há mineração de algum tipo de cristal? Qual(is)? Caso não haja, façam uma breve pesquisa a respeito da mineração de cristais no Brasil, indicando locais onde ocorre, principais cristais extraídos e o destino dêêsses recursos.

4. Escolham um dos sistemas cristalinos citados no texto e respondam às kestões.

Qual foi o sistema escolhido?

por quê vocês acham quê esse sistema recebe esse nome?

Qual é o formato das células unitárias do sistema escolhido? Pesquisem em livros ou na internet a respeito do formato das células do sistema cristalino e encontrem o nome de um cristal quê pertença a ele.

Página cinquenta e três

Fotografia de cristais e pedras preciosas de formatos e cores variados.

Cristais e diversas pedras semipreciosas.

Para assistir

VOCÊ disse cristalografia? Campinas: Matemática Multimídia, 2012. 1 vídeo (12 min). Publicado pelo canal M3 Matemática Multimídia. (Série Matemática na escola). Disponível em: https://livro.pw/ywmtg. Acesso em: 17 set. 2024.

O vídeo fala sobre Cristalografia, um estudo quê descreve as formas geométricas e as simetrias dos cristais.

Página cinquenta e quatro

Poliedros

É comum encontrarmos no dia a dia objetos cujos formatos lembram sólidos geométricos. Basta observarmos ao nosso redor, pois eles estão presentes na Arquitetura, na Engenharia, nas Artes Plásticas, entre outras áreas do nosso cotidiano. Neste Capítulo, vamos estudar os sólidos geométricos conhecidos como poliedros.

Frequentemente, na Arquitetura e na Engenharia, os projetos e as construções utilizam formatos quê lembram poliedros para, por exemplo, obtêr o melhor aproveitamento da área ou mesmo para criar ambientes mais agradáveis à vista. Observe a seguir o prédio da Biblioteca Nacional de Belarus, país do Leste Europeu. Obra dos arquitetos Viktor Kramarenko (1945-) e Mi káil Vinogradov (1944-2020), o prédio é conhecido como"diamante bielorrusso" e tem formato de um poliedro.

Os poliedros são sólidos formados por um número finito de polígonos e pela região do espaço limitada por eles, em quê:

cada lado de um dêêsses polígonos é comum a dois, e somente dois, polígonos;

a intersecção de dois dêêsses polígonos é um lado comum ou um vértice comum ou é vazia.

Fotografia de um edifício em formato de poliedro.

Prédio da Biblioteca Nacional de Belarus. Fotografia de 2024.

Página cinquenta e cinco

Observe alguns exemplos de poliedros:

Ilustração de quatro tipos de poliedros. Primeiro: possui dois hexágonos como bases e, unindo os lados dos dois hexágonos, há retângulos, formando as laterais. Um dos lados de um hexágono da base está destacado em vermelho com uma seta indicando 'aresta'. Dois vértices consecutivos de um dos hexágonos das bases estão destacados, com setas indicando 'vértices'. Em um dos retângulos que forma a lateral há uma seta indicando 'face'.  Segundo: dois triângulos dispostos um à frente e outro atrás formam as bases. As laterais são retângulos que unem os lados dos triângulos das bases. Terceiro: formado por seis quadrados. Quarto: um poliedro formado por vinte triângulos.

Em um poliedro, destacamos os seguintes elemêntos:

Faces: são os polígonos quê formam a superfícíe do poliedro;

Arestas: são os lados comuns a duas faces do poliedro;

Vértices: são os pontos de intersecção de três ou mais arestas.

Assim como os polígonos são nomeados com base em seu número de lados, os poliedros são nomeados com base em seu número de faces. Observe a seguir o nome e o respectivo número de faces de alguns poliedros.

Nome do poliedro

Número de faces

tetraedro

4

pentaedro

5

hexaedro

6

heptaedro

7

octaedro

8

eneaedro

9

decaedro

10

undecaedro

11

dodecaedro

12

icosaedro

20

Ilustração de um poliedro formado por quatro triângulos.

Tetraedro: 4 faces.

Ilustração de um poliedro formado por doze pentágonos.

Dodecaedro: 12 faces.

Saiba quê...

A palavra"poliedro" é formada por poli, do grego polys (muitos ou vários), e edro, do grego hedra (face), ou seja, um poliedro seria um sólido de muitas faces.

Poliedros convexos e poliedros não convexos

Em um poliedro, se qualquer reta não paralela a nenhuma das faces intersecta suas faces em, no mássimo, dois pontos, dizemos quê ele é convexo; caso contrário, é não convexo.

Observe os exemplos.

Ilustração de dois poliedros. O primeiro possui bases paralelas, uma maior que a outra, e está apoiado sobre a base maior. Um segmento de reta o intersecta em duas de suas faces laterais. O segundo possui bases e faces laterais retangulares. Um segmento de reta o intersecta pela parte superior e por uma das faces laterais. Ilustração de dois poliedros. Seus formatos são irregulares, de forma que segmentos de reta os intersectam em quatro faces.

Neste Capítulo, concentraremos nóssos estudos nos poliedros convexos

Página cinquenta e seis

Relação de Óiler

Existe uma relação importante quê envolve o número de faces (F), o número de arestas (A) e o número de vértices (V) de um poliedro convexo. Essa relação é válida para todo poliedro convexo e recebe o nome de relação de Óiler, em homenagem ao matemático suíço Leonhard Óiler (1707-1783).

V A + F = 2

Ilustração de um selo. Nele há o retrato de um homem, tendo ao seu lado um poliedro.

[LEONHARD Euler]. 2007. 1 sêlo. sêlo postal da Suíça em homenagem a Leonhard Óiler.

Observe alguns exemplos.

Poliedro

Ilustração de um poliedro. Ele possui bases triangulares e três faces laterais retangulares.

Ilustração de um poliedro. Ele possui seis faces quadradas.

Ilustração de um poliedro. Ele possui uma base hexagonal e as faces laterais triangulares se unem em um único ponto fora da base.

Ilustração de um poliedro. Ele possui quatro faces triangulares que se unem em um ponto e quatro faces triangulares que se unem em outro ponto.

F

5

6

7

8

A

9

12

12

12

V

6

8

7

6

VA + F

6 − 9 + 5 = 2

8 − 12 + 6 = 2

7 − 12 + 7 = 2

6 − 12 + 8 = 2

A relação de Óiler póde sêr empregada para determinar o número de um dos elemêntos (faces, arestas ou vértices) de um poliedro convexo, desde quê os outros dois sêjam conhecidos.

Um poliedro em quê é válida a relação de Óiler é conhecido como poliedro óileriano.

Os poliedros convexos são todos eulerianos.

Observação:

Há poliedros não convexos para os quais vale a relação de Óiler. Na figura, temos um exemplo.

Ilustração de um poliedro não convexo. Ao lado dele está escrito: 'A igual a 15' 'V igual a 10' 'F igual a 7' 'V menos A mais F igual a 10 menos 15 mais 7 igual a 2'.

Poliedro não convexo em quê a relação de Óiler é válida.

Ver as Orientações para o professor.

Página cinquenta e sete

Poliedro regular

Um poliedro convexo é regular quando suas faces são polígonos regulares e congruentes entre si e quando, em todos os vértices, concorre o mesmo número de arestas.

É possível provar quê existem somente cinco poliedros regulares: tetraedro, hexaedro, octaedro, dodecaedro e icosaedro.

Observe a seguir representações dos cinco poliedros regulares e as respectivas planificações de suas superfícies.

Fotografia de um dado em formato de icosaedro. Em cada triângulo da face há um número.

Dado de RPG (Rolling Playing Game [Jogo de interpretação de papéis]) com 20 faces quê lembra um icosaedro regular.

4 faces triangulares

4 vértices

6 arestas

Ilustração de um poliedro. Suas faces são quatro triângulos iguais.

Tetraedro regular.

Ilustração de uma planificação. Quatro triângulos equiláteros e iguais unidos formam um triângulo maior.

Planificação da superfícíe.

12 faces pentagonais

20 vértices

30 arestas

Ilustração de um poliedro formado por doze pentágonos iguais.

Dodecaedro regular.

Ilustração de uma planificação. Há duas peças iguais.  Um pentágono está no meio, rodeado por outros cinco pentágonos, cada qual unido ao primeiro por uma de suas arestas. Essas duas peças se unem pelas arestas de um de seus pentágonos.

Planificação da superfícíe.

6 faces quadrangulares

8 vértices

12 arestas

Ilustração de um poliedro formado por seis faces quadradas.

Hexaedro regular.

Ilustração de uma planificação. Há quatro quadrados na horizontal, unidos por suas arestas. O segundo quadrado possui mais dois quadrados ligados a ele. Um em cima e outro embaixo.

Planificação da superfícíe.

8 faces triangulares

6 vértices

12 arestas

Ilustração de um poliedro formado por oito triângulos iguais. Quatro faces triangulares se unem em um ponto e as outras quatro faces triangulares se unem em outro ponto.

Octaedro regular.

Ilustração de uma planificação. Há seis triângulos encaixados e enfileirados, um voltado para cima e outro voltado para baixo. Sobre o primeiro triângulo da fileira e abaixo do último triângulo da fileira há mais um triângulo, encaixado por um de seus lados.

Planificação da superfícíe.

20 faces triangulares

12 vértices

30 arestas

Ilustração de um poliedro formado por vinte faces triangulares.

Icosaedro regular.

Ilustração de uma planificação. Há dez triângulos equiláteros encaixados e enfileirados, cinco voltados para cima e cinco voltados para baixo. Nesta fileira, abaixo de cada um dos triângulos voltados para cima há um triângulo voltado para baixo, encaixado por um de seus lados. Nesta mesma fileira, acima de cada um dos triângulos voltados para baixo há um triângulo voltado para cima, encaixado por um de seus lados.

Planificação da superfícíe.

Página cinquenta e oito

Podcast: Platão e os poliedros.

Poliedros de Platão

Os poliedros de Platão levam o nome do filósofo grego Platão (c. 427 a.C.-347 a.C.), quê os utilizava para explicar alguns fenômenos naturais.

Para quê um poliedro seja considerado um poliedro de Platão, é necessário quê as faces dêêsse poliedro tênham o mesmo número de arestas, quê, em todos os vértices, concorra o mesmo número de arestas e quê seja válida a relação de Óiler. Assim, os poliedros de Platão englobam todos os poliedros regulares convexos. Existem somente cinco classes de poliedros de Platão: tetraedros, hexaedros, octaedros, dodecaedros e icosaedros.

Nos poliedros de Platão, as faces não precisam sêr polígonos regulares; logo, nem todo poliedro de Platão é regular.

Observe alguns exemplos de poliedros de Platão quê não são regulares.

Ilustração de um tetraedro. Os triângulos que formam as faces laterais são diferentes do triângulo da base.

Tetraedro não regular.

Ilustração de um poliedro formado por seis faces retangulares. Os retângulos das bases são diferentes dos retângulos que formam as laterais.

Hexaedro não regular.

Ilustração de um octaedro. Formado por quatro triângulos, unidos pelos vértices em um único ponto e mais quatro triângulos unidos pelo vértice em outro ponto, abaixo do primeiro.

Octaedro não regular.

Ilustração de um poliedro de seis faces. As bases são retângulos e uma é maior que a outra. As faces laterais são trapézios.

Hexaedro não regular.

ATIVIDADES RESOLVIDAS

1. Em um poliedro convexo, o número de faces é 11 e o número de vértices é 18. Calcule o número de arestas dêêsse poliedro.

Resolução

Pela relação de Óiler, V A + F = 2, válida para qualquer poliedro convexo, temos:

F = 11 e V = 18. Logo:

V A + F = 2 ⇒ 18 A + 11 = 2 ⇒ A = 27

Portanto, o poliedro tem 27 arestas.

2. Um poliedro convexo tem seis faces quadrangulares e duas hexagonais. Calcule o número de vértices dêêsse poliedro.

Resolução

Pelo enunciado, o poliedro tem oito faces, sêndo seis quadrangulares e duas hexagonais. Vamos determinar o número de arestas:

Seis faces quadrangulares: 6 ⋅ 4 = 24 arestas.

Duas faces hexagonais: 2 ⋅ 6 = 12 arestas.

Como cada aresta foi contada duas vezes, temos:

2A = 24 + 12 ⇒ 2A = 36 ⇒ A = 18

Aplicando a relação de Óiler, temos:

V A + F = 2 ⇒ V 18 + 8 = 2 ⇒ V = 12

Assim, o número de vértices é 12.

ATIVIDADES

1. Em um poliedro convexo, o número de arestas é 16 e o número de faces é 9. Determine o número de vértices.

9 vértices

2. Um poliedro convexo tem cinco faces quadrangulares e duas faces pentagonais. Determine o número de arestas e o número de vértices.

15 arestas e 10 vértices

3. (Fatec-SP) Um poliedro convexo tem 3 faces com 4 lados, 2 faces com 3 lados e 4 faces com 5 lados. Calcule o número de vértices dêêsse poliedro.

12 vértices

4. (Mack-SP) Determine o número de vértices de um poliedro quê tem três faces triangulares, uma face quadrangular, uma pentagonal e duas hexagonais.

10 vértices

Página cinquenta e nove

5. (Unifesp-SP) Considere o poliedro cujos vértices são os pontos médios das arestas de um cubo. O número de faces triangulares e o número de faces quadradas dêêsse poliedro são, respectivamente:

Ilustração de um poliedro inserido em um cubo. O poliedro possui faces triangulares e faces quadradas e seus vértices tocam as arestas do cubo.

a) 8 e 8.

b) 8 e 6.

c) 6 e 8.

d) 8 e 4.

e) 6 e 6

alternativa b

6. (UEL-PR) Leia o texto a seguir.

Originalmente os dados eram feitos de osso, marfim ou argila. Há evidências da existência deles no Paquistão, Afeganistão e noroeste da Índia, datando de 3500 a.C. Os dados cúbicos de argila continham de 1 a 6 pontos, dispostos de tal maneira quê a soma dos pontos de cada par de faces opostas é sete.

(Adaptado de: Museu Arqueológico do Red Fort. Delhi, Índia.)

Atualmente, além dos dados em forma de cubo (hexaedro), encontram-se dados em vários formatos, inclusive esféricos, como mostram as figuras a seguir.

Ilustração de dados em diferentes formatos. Há dois cubos no formato de hexaedro regular. Ao lado há dados em formatos de sólidos cujas faces são triângulos. Ao lado destes há dados esféricos.

Apesar do formato esférico, ao sêr lançado, o dado mostra pontos de um a seis, como se fosse um dado cúbico. Isso acontece porque no interior da esféra existe uma cavidade em forma de octaedro, na qual existe um peso (um chumbinho) quê se aloja em um dos vértices do octaedro.

Assinale a alternativa quê apresenta, corretamente, a propriedade dos poliedros regulares quê justifica o fato de a cavidade no interior da esféra sêr octaédrica.

Ilustração de um octaedro inserido em uma esfera. Os vértices do octaedro tocam a a esfera. Dentro do octaedro, no vértice inferior, há uma pequena esfera.

a) O número de vértices do octaedro é igual ao número de faces do hexaedro.

b) O número de vértices do octaedro é diferente do número de faces do hexaedro.

c) O número de arestas do octaedro é igual ao número de arestas do hexaedro.

d) O número de faces do octaedro é igual ao número de vértices do hexaedro.

e) O número de faces do octaedro é diferente do número de vértices do hexaedro.

alternativa a

7. Indique qual das afirmações a seguir é falsa.

a) A relação de Óiler é válida para todos os poliedros de Platão.

b) Todo poliedro de Platão é um poliedro regular convexo.

c) Todas as faces de um poliedro de Platão têm o mesmo número de arestas.

d) As faces de um poliedro regular são polígonos regulares e congruentes entre si.

alternativa b

8. Em 1985, foi divulgada a descoberta de uma molécula tridimensional de carbono, na qual os hátomus ocupam os vértices de um poliedro convexo cujas faces são 12 pentágonos e 20 hekzágonos regulares. Em homenagem ao arquiteto estadunidense Buckminster Fuller, a molécula foi denominada buckminsterfulereno. Algum tempo depois, passou-se a denominá-la simplesmente fulereno.

Fonte dos dados: SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS DO ESTADO DA PARAÍBA. [Fulerenos]. João Pessoa: Sifep, c2016. Disponível em: https://livro.pw/idtda. Acesso em: 17 set. 2024.

Determine o número de hátomus de carbono nessa molécula e o número de ligações representadas pelas arestas do poliedro.

Ilustração de uma molécula. Ela possui o formato de um poliedro com algumas faces pentagonais e outras hexagonais. Em cada vértice do poliedro há uma bolinha de cor vermelha ou de cor rosa.

Representação de molécula de fulereno (imagem sem escala; cores fantasia).

60 hátomus e 90 ligações

Página sessenta

Prismas

Agora, vamos estudar os prismas, suas características, seus elemêntos e as maneiras de calcular a área da superfícíe e o volume de um prisma.

Vamos considerar dois planos paralelos (alfa)" e (beta)", um polígono convexo, contido em (alfa)", e uma reta r secante a esses planos quê não intersecta o polígono.

Ilustração de dois planos, denominados alfa e beta. No plano alfa, que está embaixo, há um hexágono A B C D E F. Cruzando os planos alfa e beta, mas sem cruzar o polígono, há uma reta em vermelho, denominada 'r'.Continuação da ilustração anteriormente descrita. No plano beta há um hexágono congruente ao hexágono do plano alfa. Há segmentos de reta paralelos à reta 'r' unindo os vértices dos polígonos dos dois planos.

A figura geométrica formada pela reunião de todos os segmentos de reta paralelos à reta r, com uma extremidade em um ponto do polígono convexo e a outra no plano (beta)", é denominada prisma.

Considerando o prisma representado na figura a seguir, destacamos os seguintes elemêntos:

Continuação da ilustração anteriormente descrita. O polígono do plano beta possui vértices A', B', C', D', E' e F', sendo que A' foi unido ao vértice A, B' foi unido ao vértice B, C' foi unido ao vértice C, D' foi unido ao vértice D, E' foi unido ao vértice E e F' foi unido ao vértice F. Neste polígono há uma seta indicando 'base'. No segmento que une os vértices A e A' há uma seta indicando 'aresta lateral'. No lado A B do polígono do plano alfa há uma seta indicando 'aresta da base'. No polígono B C C' B' formado com essa construção há uma seta indicando 'face lateral'. Entre os planos alfa e beta há uma seta indicando a distância entre eles e a palavra 'altura'.

Bases: são os polígonos convexos congruentes ABCDEF e A’B’C’D’E’F’ situados nos planos paralelos (alfa)" e (beta)" (planos das bases);

Faces laterais: são os paralelogramos ABBA’, BCCB’, cê dê dêC’, DEED’, EFFE’ e AFFA’;

Vértices: são os vértices das faces do prisma, A, B, C, D, E, F, A’, B’, C’, D’, E’ e F’;

Arestas das bases: são os lados dos polígonos das bases AB¯, BC¯, CD¯, DE¯, EF¯,FA¯,A'B'¯,B'C'¯, C'D'¯, D'E'¯, E'F'¯ e F'A'¯;

Arestas laterais: são os segmentos de reta AA'¯, BB'¯, CC'¯, DD'¯, EE'¯ e FF'¯;

Diagonais: são os segmentos de reta quê ligam dois vértices não pertencentes à mesma face do prisma, ou seja, AC'¯, AD'¯, AE'¯, BD'¯, BE'¯, BF'¯, CE'¯, CF'¯, CA'¯, DF'¯, DA'¯, DB'¯, EA'¯, EB'¯, EC'¯, FB'¯, FC'¯ e FD'¯;

Altura: é a distância entre os planos das bases.

pôdêmos classificar os prismas de acôr-do com o número de lados dos polígonos das bases. Por exemplo, os prismas podem sêr triangulares, quando as bases são triângulos; quadrangulares, quando as bases são quadriláteros; pentagonais, quando as bases são pentágonos; e assim por diante.

Fotografia de peças hexagonais formando um pavimento.

É comum, em nosso cotidiano, encontrarmos objetos quê lembram o formato de prismas, como os pavimentos hexagonais utilizados em praças e calçadas.

Página sessenta e um

De acôr-do com a inclinação das arestas laterais em relação aos planos das bases, os prismas podem sêr rétos ou oblíqüos.

Em um prisma reto, as arestas laterais são perpendiculares aos planos das bases, e, em um prisma oblíquo, as arestas laterais são oblíquas aos planos das bases.

Observe os exemplos a seguir.

Ilustração de prismas retos. Há um prisma pentagonal, cujas bases são pentágonos, e um prisma triangular, cujas bases são triângulos. As arestas das faces laterais são todas perpendiculares ao plano das bases. Ilustração de prismas oblíquos. Há um prisma hexagonal, cujas bases são hexágonos, e um prisma quadrangular, cujas bases são quadriláteros. As arestas das faces laterais não são perpendiculares ao plano das bases.

Prisma regular

Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regulares, o prisma é dito regular. Um exemplo é a figura a seguir, quê representa um prisma hexagonal regular.

Ilustração de um prisma hexagonal reto.

Pense e responda

Sabendo quê a figura apresenta um prisma hexagonal regular, quê figuras geométricas compõem suas bases e suas faces laterais?

As bases de um prisma hexagonal regular são hekzágonos regulares; suas faces laterais são retângulos congruentes.

Paralelepípedos

Os prismas cujas bases são paralelogramos recebem nomes especiais.

Fotografia de um contêiner.

Contêiner com formato quê lembra um bloco retangular (ou paralelepípedo reto-retângulo). Os contêineres são utilizados para transportar diversos produtos e podem ter dimensões variadas de acôr-do com o uso.

Paralelepípedo: é um prisma cujas bases são paralelogramos.

Paralelepípedo reto-retângulo ou bloco retangular: é um prisma reto cujas bases e faces laterais são retângulos. O paralelepípedo reto-retângulo é um caso particular do paralelepípedo.

Cubo ou hexaedro regular: é um prisma reto cujas faces são todas quadradas. O cubo é um caso particular do paralelepípedo reto-retângulo.

Ilustração de um paralelepípedo. É um prisma cujas bases são paralelogramos. As arestas laterais não são perpendiculares às bases.

Paralelepípedo.

Ilustração de um paralelepípedo. É um prisma reto cujas bases e as faces laterais são retângulos.

Paralelepípedo reto-retângulo.

Ilustração de um cubo. É um prisma reto cujas bases e faces laterais são quadrados.

Cubo.

Página sessenta e dois

Diagonal de um paralelepípedo reto-retângulo

Considere o paralelepípedo reto-retângulo a seguir, em quê estão indicadas algumas medidas.

Ilustração de um paralelepípedo reto-retângulo. As bases são quadriláteros de lados 'a' e 'b' e as arestas laterais têm medida 'c'. A base inferior possui vértices A, B, C e D.  A base superior possui os vértices: A', correspondente ao vértice A. B', correspondente ao vértice B. C', correspondente ao vértice C. D', correspondente ao vértice D. Unindo os vértices D' e B há um segmento de cor vermelha, indicado por 'd''. Unindo os vértices D e B, na base inferior, há um segmento de cor vermelha, indicado por 'd'.

Conhecendo as dimensões a, b e c, podemos calcular as medidas d da diagonal da base e d’ da diagonal do paralelepípedo pelo teorema de Pitágoras.

Considerando o triângulo retângulo ABD, temos:

a2 + b2 = d d = a2+b2

Do triângulo retângulo BDD’, temos:

c2 + d2 = d2 d’ = c2+d2 d’ =c2+(a2+b2)

Portanto, a medida da diagonal de um paralelepípedo reto-retângulo de dimensões a, b e c é:

d’ =a2+b2+c2

Pense e responda

Como podemos expressar a medida d da diagonal de um cubo em função da medida a de sua aresta?

d =a3

Área da superfícíe de um prisma

Em um prisma, definimos:

área da base (Sb) como a área de um dos dois polígonos quê formam as bases;

área lateral (S(éli)") como a soma das áreas de todas as faces laterais;

área total (St) como a soma da área lateral e das áreas das bases.

Assim, podemos escrever:

St = S(éli)" + 2Sb

Secção transversal de um prisma

A intersecção de um prisma com um plano paralelo às suas bases é denominada secção transversal do prisma.

Observe na figura quê a secção transversal de um prisma é um polígono congruente aos polígonos das bases.

Ilustração de um paralelepípedo sendo seccionado por um plano paralelo à base. A intersecção entre o plano e o sólido é um quadrilátero congruente aos quadriláteros das bases e está destacado.

Página sessenta e três

ATIVIDADES RESOLVIDAS

3. Determine a área total da superfícíe de um paralelepípedo reto-retângulo de dimensões 5 cm, 4 cm e 3 cm.

Ilustração de um paralelepípedo. As bases possuem comprimento de medida 5 centímetros e largura 4 centímetros. As arestas laterais têm medida 3 centímetros.

Resolução

Ilustração de uma planificação. É formada por retângulos e eles estão numerados. Os retângulos 1, 2, 3 e 4 possuem 5 centímetros de altura e estão unidos por esse lado. Os retângulos 1 e 3 têm 4 centímetros de largura. Os retângulos 2 e 4 têm 3 centímetros de largura. Os retângulos 5 e 6 estão um em cima e outro embaixo do retângulo 1, compartilhando da mesma medida de largura, 4 centímetros, e com altura igual à largura do retângulo 2: 3 centímetros.

A superfícíe do paralelepípedo é formada por seis faces retangulares, indicadas na planificação anterior. Note quê I ≅ III, II ≅ IV e V ≅ VI.

Calculando cada área, temos:

SI = 4 cm ⋅ 5 cm = 20 cm2

SII = 3 cm ⋅ 5 cm = 15 cm2

SV = 4 cm ⋅ 3 cm = 12 cm2

Então:

St = 2SI + 2SII + 2SV

St = 2 ⋅ (20 + 15 + 12) = 2 ⋅ 47 = 94

Portanto, a área total da superfícíe é de 94 cm2.

4. Em um prisma triangular regular, a medida a da aresta da base é igual à medida h da altura do prisma. Sabendo quê a área lateral é 10 m2, calcule a área total do prisma.

Resolução

Planificando a superfícíe do prisma, temos:

Ilustração de um prisma com a respectiva planificação. O prisma tem bases triangulares, de aresta 'a', e as arestas laterais têm medida 'a' também. Nestas está indicada a igualdade 'h = a'. Ao lado está a planificação deste prisma. Consiste em três quadrados com as medidas 'h' e 'a' indicadas. Estão um ao lado do outro. Em cima e embaixo do quadrado do meio há um triângulo de lado 'a'.

A face lateral é um retângulo de dimensões a e h.

S(éli)" = 3 ⋅ (a h) ⇒ S(éli)" = 3 ⋅ (a a) ⇒ S(éli)" = 3a2

Como S(éli)" = 10 m2, temos:

3a2 = 10 ⇒ a2 = 103

A base é um triângulo equilátero cujo lado méde a. Assim:

Sb = a234=10334 Sb = 10312

Cálculo da área total:

St = S(éli)" + 2 ⋅ Sb = 10 + 2 ⋅ 10312 = 10 (1 + 36)

Portanto, St = 10 (1 + 36) m2.

5. Felipe está construindo uma piscina no quintal da casa dele no formato de um bloco retangular quê tem, intérnamente, 8 métros de comprimento, 4 metros de largura e 1,5 metro de profundidade. O revestimento escolhido por Felipe para cobrir a área interna da piscina é formado por quadrados de cerâmica com 25 cm de lado vendidos por R$ 1,50 a unidade. Considerando quê não haverá espaço entre os quadrados, calcule o valor quê Felipe deve gastar para comprar a quantidade exata de revestimento necessário para cobrir a área interna da piscina.

Resolução

A área total de um paralelepípedo reto-retângulo é dada por St = S(éli)" + 2 ⋅ Sb.

Por se tratar de uma piscina, o revestimento não será colocado em uma das faces do paralelepípedo. Assim, a área total, em métro quadrado, é:

St = 8 ⋅ 4 + 2 ⋅ (4 ⋅ 1,5) + 2 ⋅ (8 ⋅ 1,5) = 68

A área de cada revestimento, em métro quadrado, é:

AR = 0,25 ⋅ 0,25 = 0,0625

O total de unidades necessárias para o revestimento é de 680,0625 = 1.088.

Felipe precisará comprar 1.088 unidades. Como cada unidade custa R$ 1,50, então o custo total do revestimento é dado por:

1.088 ⋅ 1,5 = 1.632

Assim, o custo do revestimento será de R$ 1.632,00.

Página sessenta e quatro

ATIVIDADES

9. Calcule a área total de um cubo cuja aresta méde 8 cm.

384 cm2

10. A diagonal de um paralelepípedo reto-retângulo méde 13 dm, e a diagonal da base, 5 dm. Determine as três dimensões do paralelepípedo, sêndo a soma das medidas de todas as arestas igual a 76 dm.

3 dm, 4 dm e 12 dm

11. Um prisma pentagonal regular tem 20 cm de altura. A aresta da base do prisma méde 4 cm. Determine a área lateral dêêsse prisma.

400 cm2

12. (UFRGS-RS) Considere o cubo ABCDEFGH, representado na figura abaixo, cuja aresta méde 4 e M é o ponto médio da aresta AB¯.

A área do triângulo MHG é

Ilustração de um cubo A B C D E F G H. A base inferior possui vértices A, B, C e D. A base superior possui vértices: E, correspondente ao vértice A; F, correspondente ao vértice B; G, correspondente ao vértice C; H, correspondente ao vértice D.  Na aresta A B há o ponto M e unindo os vértices H, G e M forma-se um triângulo, que está destacado.

a) 22

b) 42

c) 82

d) 162

e) 322

alternativa c

13. Um prisma reto tem por base um triângulo isósceles com as medidas indicadas na figura.

Ilustração de um triângulo isósceles. A base tem medida 8 decímetros e a altura relativa à base tem medida 3 decímetros.

Sabendo quê a altura do prisma é igual a 13 do perímetro da base, calcule a área total da superfícíe do prisma.

St = 132 dm2

14. Em um paralelepípedo reto-retângulo, o comprimento é o dôbro da largura, e a altura é 15 cm. Sabendo quê a área total é 424 cm2, calcule as dimensões desconhecidas dêêsse paralelepípedo.

8 cm; 4 cm

15. As dimensões de um paralelepípedo reto-retângulo são números consecutivos. Sabendo quê a soma das medidas de todas as arestas é 84 cm, calcule a área total da superfícíe dêêsse paralelepípedo.

292 cm2

16. (UFRN) Atualmente, uma das técnicas muito utilizadas no cultivo de hortaliças é a produção em estufas (plasticultura), pois, entre outros fatores, possibilita a proteção contra chuvas, frio, insetos e um aumento da produtividade, quê póde atingir até 200%, como no exemplo da abóbora italiana.

1.192 m2

Ilustração de um sólido geométrico. Ele possui duas partes, estando uma sobre a outra. A parte inferior é um prisma cujas bases são retângulos de comprimento 8 metros e altura 3 metros. Ele está apoiado sobre uma de suas faces laterais, que têm 70 metros de comprimento e 8 metros de largura. Sobre ele há um prisma de bases triangulares. Os triângulos das bases têm altura 3 metros e as bases, de 8 metros, se encaixam sobre o primeiro prisma quadrangular. Suas arestas laterais possuem mesma medida das arestas do primeiro prisma.

Considerando uma estufa como a representada acima, em quê o triângulo da fachada é isósceles, calcule a área de plástico utilizado para revesti-la totalmente (exceto o piso).

17. (UnB-DF) Em um prisma triangular regular, a área lateral é o quádruplo da área da base. Sabendo quê o triângulo da base póde sêr inscrito em uma circunferência de raio 2 dm, calcule a área total do prisma em decimetros quadrados e multiplique o resultado por 3 .

54 dm2

18. Calcule a área total dos prismas rétos ilustrados.

a) Ilustração de um prisma reto. As bases são retângulos de comprimento 8 centímetros e largura 5 centímetros. As arestas laterais têm medida 15 centímetros.

470 cm2

b) Ilustração de um prisma de base pentagonal. O prisma está apoiado sobre sua face lateral: um retângulo de 10 metros de comprimento e 6 metros de largura. Os pentágonos das bases possuem dois lados consecutivos maiores que os demais. Os outros lados têm medidas 3 metros, 6 metros e 3 metros, sendo que o lado de medida 6 metros é o lado sobre o qual o prisma está apoiado. A altura deste pentágono, medida que vai desde o lado de 6 metros até o vértice superior que liga os dois lados maiores, é 7 metros.

280 m2

19. (UFPE) Uma formiga (ignore seu tamanho) encontra-se no vértice A do paralelepípedo reto ilustrado a seguir.

Ilustração de um paralelepípedo. As bases são retângulos de comprimento 9 e largura 4.  Em uma das bases, o vértice inferior esquerdo é chamado 'A' e, ao lado dele, há uma formiga. O vértice superior direito da base oposta é chamado B. As arestas laterais têm medida 8.

Qual a menor distância quê ela precisa percorrer para chegar ao vértice B (caminhando sobre a superfícíe do paralelepípedo)?

15 unidades de comprimento

Página sessenta e cinco

Volume de um paralelepípedo reto-retângulo

Para medir o volume do espaço ocupado por um sólido S, precisamos comparar esse sólido com uma unidade de medida de volume.

Ilustração de um paralelepípedo reto-retângulo. As bases são retângulos de comprimento 5 metros e largura 2 metros. As arestas laterais têm medida 4 metros.

Vamos considerar, por exemplo, um paralelepípedo reto-retângulo com dimensões 5 m, 2 m e 4 m.

Note quê, ao dividir esse bloco retangular em cubos com arestas medindo 1 m, podemos determinar a quantidade de cubos quê o compõem da seguinte maneira:

Ilustração de um paralelepípedo dividido em paralelepípedos menores. Ele possui bases de medidas 5 metros e 2 metros. Sua altura é de 4 metros. No comprimento ele está dividido em cinco paralelepípedos menores. Na largura, em dois paralelepípedos menores e na altura, em quatro paralelepípedos menores. Um desses paralelepípedos menores está destacado em outra cor e possui 1 metro de comprimento, 1 metro de largura e 1 metro de altura.

52número de cubos em cada camada 4número de camadas= 40

Portanto, esse paralelepípedo é compôzto de 40 cubos com 1 m3 de volume cada. Assim, o volume total é igual a 40 m3.

Note quê o volume V do paralelepípedo, nesse caso, poderia sêr obtído multiplicando-se suas três dimensões: comprimento, largura e altura. Observe:

V = 5 m ⋅ 2 m ⋅ 4 m = 40 m3

No caso geral de um paralelepípedo reto-retângulo qualquer, prova-se quê o volume V dêêsse paralelepípedo de dimensões com medidas a, b e c é dado por:

Ilustração de um paralelepípedo. As bases são retângulos de medidas a e b. As arestas laterais têm medida c.

V = a b c

Saiba quê...

A grandeza volume se relaciona com a grandeza capacidade; dêêsse modo, podemos também relacionar suas unidades de medida. Observe um exemplo: 1 m3 = 1.000 L

Como o produto a b equivale à área da base Ab e c é a medida h da altura, podemos dizêr quê o volume do paralelepípedo é igual ao produto da área da base pela medida da altura:

V = Sb h

Observe como calcular o volume de um paralelepípedo reto-retângulo de dimensões 5,32 m, 2,08 m e 2,2 m.

Ilustração de um paralelepípedo. As bases são retângulos de medidas 5,32 metros e 2,08 metros. As arestas laterais têm medida 2,2 metros.

V = 5,32 m ⋅ 2,08 m ⋅ 2,2 m ≃ 24,34 m3

Página sessenta e seis

Volume de um cubo

Em um cubo, as três dimensões têm a mesma medida e, indicando cada uma delas por a, seu volume é dado por:

V = a a a V = a3

Ilustração de um cubo. Os ângulos retos entre as arestas e as bases e os ângulos retos entre os lados do quadrado da base estão destacados. As arestas têm medida a.

Princípio de Cavalieri

Apresentamos o cálculo quê determina o volume do paralelepípedo reto-retângulo e do cubo. No entanto, a fórmula para o cálculo do volume de outros sólidos póde não sêr tão simples e, para estabelecê-la, precisamos de um resultado matemático, conhecido como princípio de Cavalieri.

Vamos considerar duas pilhas de papel sulfite idênticas, com a mesma quantidade de fô-lhas em cada uma, colocadas sobre uma mesa.

Saiba quê...

O princípio de Cavalieri foi desenvolvido pelo matemático italiano Frantiesco Bonaventura Cavalieri (1598-1647).

Ilustração de duas pilhas de papel. Elas têm a mesma altura. Uma das pilhas está com as folhas todas alinhadas, enquanto na outra pilha uma parte das folhas está deslocada para o lado, de forma que não ficam todas alinhadas.

Observando as duas pilhas, podemos destacar algumas características: a altura é a mesma, pois cada uma tem a mesma quantidade de fô-lhas; as fô-lhas de cada pilha quê ficam à mesma distância da mesa têm a mesma área; e as duas pilhas têm o mesmo volume, uma vez quê são formadas pela mesma quantidade de fô-lhas.

Essa ideia ilustra o princípio de Cavalieri, apresentado a seguir.

Considere dois sólidos A e B de mesma altura com as bases contidas em um mesmo plano horizontal (alfa)". Traçando um plano (beta)", paralelo a (alfa)" e secante aos sólidos, determinamos duas secções transversais, cujas áreas são S1 e S2.

Ilustração de dois sólidos, A e B. À direita estão apoiados sobre um plano alfa. Os dois têm mesma altura, indicada por 'h'. À esquerda os dois sólidos estão sendo seccionados por um plano beta, paralelo a alfa. A intersecção do plano beta com o sólido A é uma superfície denominada Síndice 1 e a intersecção do plano beta com o sólido B é uma superfície denominada Síndice 2.

O princípio de Cavalieri afirma quê, se, para todo plano (beta)", nas condições anteriores, tivermos S1 = S2, então os sólidos A e B terão o mesmo volume.

O princípio de Cavalieri póde sêr demonstrado; no entanto, não o faremos aqui, por esse cálculo envolver conceitos matemáticos quê não são estudados no Ensino Médio. Vamos considerá-lo verdadeiro e aplicá-lo para a determinação do volume de alguns sólidos.

Página sessenta e sete

Volume de um prisma

cérto fabricante de itens alimentícios tem, em seu catálogo, um produto cuja embalagem lembra um prisma de base hexagonal, como podemos observar na imagem.

Ilustração de uma caixa em formato de prisma hexagonal. Na tampa e na face lateral está escrito 'Chocolate delícia' e há imagens de bombons.

Para propósitos de armazenamento, o fabricante precisa saber qual é o volume ocupado por cada embalagem. Como ele póde determinar isso?

Para responder a essa pergunta, vamos usar o princípio de Cavalieri e determinar uma fórmula para calcular o volume de um prisma.

Seja A um sólido de altura h e área da base Sb. Considere, ainda, um paralelepípedo reto-retângulo B de mesma altura h e área da base também Sb. Ambos estão apoiados no plano (alfa)".

Ilustração de dois prismas. Um deles é um prisma pentagonal oblíquo, denominado 'A', e o outro é um paralelepípedo reto-retângulo, denominado 'B'. Ambos estão apoiados sobre um plano alfa e tem altura 'h'. Nas bases apoiadas sobre o plano alfa está escrito Síndice b. Um plano beta intersecta os dois prismas, paralelamente ao plano alfa.

Qualquer plano (beta)", paralelo ao plano (alfa)", quê intersecte os sólidos A e B determina secções transversais congruentes às respectivas bases. Como as áreas das bases de A e B são iguais e valem Sb, então as secções transversais também têm área igual a Sb. Portanto, pelo princípio de Cavalieri, concluímos quê o volume do prisma A é igual ao volume do paralelepípedo reto-retângulo B.

Como o volume do paralelepípedo reto-retângulo é dado pelo produto da área da base Sb pela medida da altura h, então o volume do prisma Vprisma também será calculado da mesma maneira. Assim, podemos escrever:

Vprisma = Sb h

Pense e responda

Qual é o volume ocupado pela embalagem, sabendo quê a área de sua base é igual a 6 cm2 e quê cada embalagem tem 10 cm de altura?

60 cm3

Página sessenta e oito

FÓRUM

O impacto das embalagens e o desafio dos resíduos sólidos

Infográfico clicável: Resíduos sólidos: produção e descarte.

As embalagens dêsempênham papel essencial na ssossiedade moderna, facilitando o transporte, a proteção e a preservação de produtos, bem como trazem importantes informações para o consumidor. No entanto, o uso excessivo e inadequado de embalagens tem gerado uma série de problemas ambientais e sociais, principalmente relacionados à produção de resíduos sólidos.

Esses resíduos, muitas vezes feitos de plástico, podem levar centenas de anos para se decompor, prejudicando éco-sistemas terrestres e aquáticos e representando uma ameaça à vida selvagem. Além díssu, visando ao aperfeiçoamento das técnicas de conservação de produtos, novos materiais têm sido incorporados às embalagens para torná-las mais eficientes. Entretanto, essas misturas freqüentemente dificultam tanto a sua degradação natural como a sua reciclagem.

Muitos dêêsses resíduos acabam sêndo descartados de maneira incorréta, poluindo rios, oceanos e áreas naturais e contribuindo para a formação de lixões e atêerros sanitários sobrecarregados. Esse cenário não apenas compromete a qualidade do ar, da á gua e do solo, mas também representa um desafio para as comunidades locais e os governos, quê enfrentam dificuldades na côléta, no tratamento e na disposição adequada dêêsses resíduos.

O excésso de embalagens também tem consequências econômicas e sociais. O aumento dos custos relacionados à gestão de resíduos representa um ônus para empresas, governos e consumidores, enquanto a poluição resultante afeta negativamente o turismo, a pesca e outras atividades econômicas dependentes de éco-sistemas saudáveis.

Diante dêêsses desafios, é fundamental adotar medidas eficazes para mitigar os problemas causados pelas embalagens e pêlos resíduos sólidos gerados por elas. Isso inclui a promoção de práticas de disáini e produção sustentáveis, a implementação de políticas de redução, reutilização e reciclagem de embalagens, o investimento em infraestrutura de gestão de resíduos e a conscientização pública sobre o impacto ambiental do consumo excessivo e do desperdício. Um país quê se destaca nesse sentido é a Alemanha, onde os resíduos quê não podem sêr reciclados ou compostados vão para usinas modernas, nas quais são incinerados em altas tempera-túras, gerando calor, quê é convertido em energia elétrica e térmica, reduzindo assim a dependência de fontes de energia não rêno-váveis.

Fonte dos dados: PORTAL SUSTENTABILIDADE. 5 países reconhecidos por boas práticas na gestão de resíduos sólidos urbanos. [S. l.]: Portal Sustentabilidade, 22 jun. 2023. Disponível em: https://livro.pw/pqiez. Acesso em: 3 maio 2025.

Atividade em grupo. Após ler o texto, converse com seus côlégas sobre as kestões a seguir.

Como vocês costumam descartar as embalagens após o uso do conteúdo? Já pensaram em como suas escôlhas de consumo afetam o meio ambiente? Que tipo de ações vocês acham quê poderiam sêr realizadas na escola ou na comunidade para abordar essas kestões?

Ver as Orientações para o professor.

Fotografia de lixo acumulado à beira de uma estrada.

Resíduos sólidos descartados de maneira inadequada.

Página sessenta e nove

ATIVIDADE RESOLVIDA

6. (Enem/MEC) Um petroleiro possui reservatório em formato de um paralelepípedo retangular com as dimensões dadas por 60 m × 10 m de base e 10 m de altura. Com o objetivo de minimizar o impacto ambiental de um eventual vazamento, esse reservatório é subdividido em três compartimentos, A, B e C, de mesmo volume, por duas placas de aço retangulares com dimensões de 7 m de altura e 10 m de base, de modo quê os compartimentos são interligados, conforme a figura. Assim, caso haja rompimento no casco do reservatório, apenas uma parte de sua carga vazará.

Ilustração de um paralelepípedo reto-retângulo. Ele possui bases de medidas 60 metros por 10 metros e altura 10 metros. No interior do paralelepípedo há dois retângulos sem espessura dispostos de forma que a base retangular do prisma fica dividida em três partes iguais, denominadas 'A', 'B' e 'C'. Estes retângulos possuem altura de 7 metros.

Suponha quê ocorra um desastre quando o petroleiro se encontra com sua carga mássima: ele sofre um acidente quê ocasiona um furo no fundo do compartimento C. Para fins de cálculo, considere desprezíveis as espessuras das placas divisórias. Após o fim do vazamento, o volume do petróleo derramado terá sido de

a) 1,4 × 103 m3

b) 1,8 × 103 m3

c) 2,0 × 103 m3

d) 3,2 × 103 m3

e) 6,0 × 103 m3

Resolução

Vamos calcular o volume da região acima das placas e do compartimento C, onde está o furo quê provocará o vazamento.

Assim, temos:

V = 60 ⋅ 10 ⋅ (10 − 7) + (60 ∶ 3) ⋅ 10 ⋅ 7

V = 1.800 + 1.400

V = 3.200

Dessa maneira, o volume de petróleo derramado é igual a 3,2 ⋅ 103 m3.

Outro modo de resolver a questão é calcular o volume total do reservatório e subtrair o volume dos compartimentos A e B.

V = 60 ⋅ 10 ⋅ 10 − 2 ⋅ (60 ∶ 3) ⋅ 10 ⋅ 7

V = 6.000 − 2.800

V = 3.200

A resposta correta é a alternativa d.

ATIVIDADES

20. Qual é o volume, em métro cúbico, de argila necessário para produzir 5.000 tijolos, tendo cada tijolo a forma de um paralelepípedo reto-retângulo com dimensões 18 cm, 9 cm e 6 cm?

4,86 m3

Fotografia de um tijolo de argila.

Tijolo de argila.

21. As medidas das arestas de um paralelepípedo reto-retângulo formam uma progressão geométrica. Se a menor das arestas méde 12 cm e o volume de tal paralelepípedo é 64 cm3, calcule as medidas das outras arestas.

4 cm e 32 cm

22. (UEPB) Um reservatório em forma de cubo, cuja diagonal méde 23 m, tem capacidade igual a:

a) 4.000 litros

b) 6.000 litros

c) 8.000 litros

d) 2.000 litros

e) 1.000 litros

alternativa c

23. Uma empresa alimentícia vai começar a produzir bôm-bôns de chocolate em formatos de cubo de aresta 4 cm e de paralelepípedo reto-retângulo com comprimento de 6 cm, largura de 5 cm e altura de 2 cm. Serão produzidos três tipos: chocolate ao leite, meio amargo e branco. A seguir, temos as dimensões dos bôm-bôns e os custos de produção dos chocolates.

Tipo

1

2

Dimensões (cm)

4 × 4 × 4

6 × 5 × 2

Tipos

Ao leite

Meio amargo

Branco

Custo (R$/cm3)

0,03

0,05

0,04

Elabore um problema quê associe as dimensões dos bôm-bôns ao custo por cm3.

Resposta pessoal.

Página setenta

24. (UEPG-PR) As medidas internas de uma caixa-d’água em forma de paralelepípedo retângulo são: 1,2 m, 1 m e 0,7 m. Sua capacidade é de:

a) 8.400 L

b) 84 L

c) 840 L

d) 8,4 L

e) n.d.a.

alternativa c

25. (UFRN) Quando se diz quê, numa região, caiu uma chuva com precipitação de 10 mm de á gua, isso significa quê cada métro quadrado dessa região recebeu 10 litros de á gua da chuva. Uma caixa-d’água de 1,5 m de altura, 0,8 m de largura e 1,4 m de comprimento, com uma abertura na face superior, na forma de um quadrado com 40 cm de lado, recebeu á gua diretamente de uma chuva de 70 mm.
Admitindo-se quê a caixa só tenha recebido á gua da chuva, pode-se afirmar quê o nível da á gua nessa caixa aumentou:

a) 0,8 cm

b) 1 cm

c) 1,2 cm

d) 2 cm

alternativa b

26. Uma barra de chocolate tem o formato da figura a seguir. Calcule o volume de chocolate contido nessa barra. (Use 3 _ = 1,73.)

83,04 cm3

Ilustração de um prisma. As bases são triângulos com os três lados de medida 4 centímetros. As arestas laterais têm medida 12 centímetros.

27. Uma pizzaria projetou uma caixa para colocar suas pitssas no formato de um prisma regular reto com base octogonal com lado de medida x e com altura de medida y. Reservou-se um espaço para armazenamento das caixas e verificou-se quê era possível montar 10 pilhas de 40 caixas cada. Determine uma fórmula para o volume quê as caixas ocuparão.

O volume quê as caixas ocuparão é 800x2y(1+2).

28. Um prisma reto de ferro, de densidade aproximada 7,5 g/cm3, tem por base um trapézio isósceles, como indica a figura.

Ilustração de um prisma A B C D E F G H. As bases são os trapézios isósceles: A B C D, na parte inferior, e E F G H na parte superior. Os lados D A e B C são congruentes, de medida 15 centímetros. O lado E F da base E F G H  tem medida 16 centímetros e o lado H G tem medida 34 centímetros. As arestas laterais têm medida 40 centímetros.

Saiba quê...

A densidade de um corpo é a razão entre a massa e o volume dêêsse corpo.

Determine:

a) o volume dêêsse sólido;

12.000 cm3

b) a massa dêêsse sólido.

90 kg

29. Um arquiteto fez o projeto de construção de uma coluna de concreto quê vai sustentar uma ponte. A coluna tem a forma de um prisma hexagonal regular de aresta de base 2 m e altura 8 m. Calcule:

a) a área lateral da estrutura de madeira quê deve sêr utilizada para a construção da coluna;

96 m2

b) o volume de concreto necessário para preencher a forma da coluna.

483 m3

30. (Ufersa-RN) De uma viga de madeira de secção quadrada de lado (éli)" = 10 cm, extrai-se uma cunha de altura h = 15 cm, conforme a figura.
O volume da cunha é:

a) 250 cm3

b) 500 cm3

c) 750 cm3

d) 1.000 cm3

alternativa c

Ilustração de uma cunha de madeira. Ela possui formato de um prisma, cujas bases são triângulos retângulos com catetos de medida 10 centímetros e 15 centímetros. As arestas laterais têm 10 centímetros de comprimento.

31. (UFRGS-RS) Um sólido geométrico foi construído dentro de um cubo de aresta 8, de maneira quê dois de seus vértices, P e Q, sêjam os pontos médios respectivamente das arestas AD e BC, e os vértices da face superior dêêsse sólido coincidam com os vértices da face superior do cubo, como indicado na figura a seguir.

Ilustração de um sólido geométrico inserido em um cubo A B C D E F G H. O sólido gerado no interior do cubo possui vértices E F G H P Q, sendo que os vértices E, F, G e H coincidem com os vértices da face superior do cubo. O vértice P está na aresta A D e o vértice Q está na aresta B C.

O volume dêêsse sólido é:

a) 64

b) 128

c) 256

d) 512

e) 1.024

alternativa c

Página setenta e um

Pirâmides

Além dos prismas, há outro grupo de poliedros cujo formato póde sêr associado a objetos do cotidiano.

Esse tipo de poliedro é denominado pirâmide.

Fotografia do museu do Louvre. Ele possui formato de uma pirâmide. As faces são triângulos de vidro.

Entrada do Museu do lúvre em Paris (França). A pirâmide é feita de vidro e aço e foi inaugurada em 1989. Fotografia de 2024.

Considere um plano (alfa)", um polígono convexo contido em (alfa)" e um ponto V quê não pertence a (alfa)".

Pirâmide é a figura geométrica formada pela reunião de todos os segmentos de reta quê têm uma extremidade no ponto V e a outra em um ponto do polígono.

Ilustração do processo de construção de uma pirâmide. À esquerda há um plano alfa e nele há o polígono A B C D E. Fora deste plano há um ponto denominado 'V'. À direita, há segmentos de reta ligando cada um dos vértices do polígono ao ponto V.

Considerando a pirâmide representada na figura a seguir, destacamos os seguintes elemêntos:

Ilustração de uma pirâmide. A base é o polígono A B C D E que está sobre um plano alfa. Fora deste plano há o vértice V e todos os vértices do polígono estão ligados ao ponto V. No polígono do plano alfa há uma seta indicando 'base'. No segmento E A do polígono há uma seta indicando 'aresta da base'. No segmento E V  há uma seta indicando 'aresta lateral'. No triângulo E A V há uma seta indicando 'face lateral'. Do ponto V até um ponto no interior do polígono no plano há uma seta indicando 'altura'.

Base: é o polígono convexo ABCDE contido no plano (alfa)";

Vértice da pirâmide: é o ponto V;

Vértices da base: são os pontos A, B, C, D, E;

Faces laterais: são os triângulos VAB, VBC, VCD, VDE e VEA;

Arestas da base: são os lados do polígono da base AB¯, BC¯, CD¯, DE¯ e EA¯;

Arestas laterais: são os segmentos de reta VA¯, VB¯, VC¯, VD¯ e VE¯;

Altura: é a distância entre o ponto V e o plano da base, (alfa)".

pôdêmos classificar as pirâmides de acôr-do com o número de lados do polígono da base. Por exemplo, as pirâmides podem sêr triangulares, quando a base é um triângulo; quadrangulares, quando a base é um quadrilátero; pentagonais, quando a base é um pentágono; e assim por diante.

Ilustração de uma pirâmide A B C V, cuja base é um triângulo.

Pirâmide triangular.

Ilustração de uma pirâmide A B C D V cuja base é o quadrilátero A B C D.

Pirâmide quadrangular.

Ilustração de uma pirâmide A B C D E V, cuja base é o pentágono A B C D E.

Pirâmide pentagonal.

Página setenta e dois

Pirâmide regular

Uma pirâmide é regular se sua base é um polígono regular e a projeção ortogonal de seu vértice coincide com o centro O dêêsse polígono.

Ilustração de uma pirâmide de base quadrada. O vértice é o ponto 'V'. O quadrado da base possui lado 'l' e estão destacados dois de seus vértices, 'A' e 'B', consecutivos.  No centro do quadrado da base há o ponto 'O' e ligando este ponto ao vértice 'V' há um pontilhado indicado por 'h'. Ligando o ponto 'O' ao vértice 'A' há um pontilhado indicado por 'r'. Este segmento é perpendicular ao segmento V O. Na aresta A B há um ponto M que ligado ao ponto O forma um segmento indicado por 'm'. Este segmento é perpendicular ao segmento V O. Ligando o vértice 'V' ao ponto 'M' forma-se um segmento pertencente à face lateral e é indicado por 'g'. Este segmento é perpendicular à aresta A B. Os segmentos 'h', 'g' e 'm' formam um triângulo que está destacado em verde.

Saiba quê...

O centro de um polígono regular é o centro da circunferência circunscrita ao polígono, ou seja, é o ponto quê equidista dos vértices dêêsse polígono.

Ilustração de um pentágono inserido em uma circunferência. Os vértices encostam na circunferência. O centro dos dois é coincidente e determinado pelo ponto 'O'.

Considerando a pirâmide regular de base quadrada representada destacamos os seguintes elemêntos:

Raio da base: é o raio da circunferência de centro O circunscrita ao polígono regular da base; sua medida é indicada por r;

Altura da pirâmide: é a medida do segmento de reta VO¯ , quê liga o vértice V ao centro da base, indicada por h;

Faces laterais: são triângulos isósceles congruentes;

Arestas laterais: são congruentes e sua medida é indicada por a;

Arestas da base: são congruentes, pois correspondem aos lados do polígono regular da base, e sua medida é indicada por (éli)";

Apótema da base: é o apótema do polígono regular da base, ou seja, o segmento OM¯, em quê M é o ponto médio de um dos lados, e sua medida é indicada por m;

Apótema da pirâmide: é a altura de cada face lateral (correspondente à altura VM¯ relativa à base de um triângulo isósceles), cuja medida é indicada por g.

Nas pirâmides regulares, podemos determinar algumas de suas medidas conhecendo outras e aplicando o teorema de Pitágoras em alguns triângulos. Considere a pirâmide anterior e os seguintes triângulos retângulos:

Ilustração de uma pirâmide de base quadrada. Trata-se da pirâmide anteriormente descrita. Nela está destacado um triângulo formado pelos pontos 'V', 'M' e 'B'. O segmento M B é perpendicular à apótema 'g' da pirâmide e tem medida fração: l sobre 2. O lado V B é uma das arestas da pirâmide e tem medida 'a'. Logo abaixo está escrita a fórmula: a^2 = g^2+(\frac{l}{2})^2. Ilustração da pirâmide de base quadrada anteriormente descrita. O centro do quadrado da base é o ponto 'O'. O triângulo V O M, retângulo em 'O', está em destaque.  O lado V O é indicado por 'h'. O lado V M é indicado por 'g'. O lado O M é indicado por 'm'. Logo abaixo está escrita a fórmula g elevado a 2=h^2+m^2. Ilustração da pirâmide de base quadrada anteriormente descrita. Agora está em destaque o triângulo V O A, retângulo em 'O'. O lado V O é indicado por 'h'. O lado O A é indicado por 'r'. O lado V A, aresta da pirâmide, é indicado por 'a'. Logo abaixo está escrita a fórmula a elevado a 2 = h^2 + r^2. Ilustração da pirâmide de base quadrada anteriormente descrita. Agora está em destaque o triângulo O M A. O lado O A é indicado por 'r'. O lado O M é indicado por 'm'. O lado A M tem medida fração: l sobre 2. Logo abaixo está escrita a fórmula r^2 = m^2 + (\frac{l}{2})^2.

Página setenta e três

Área da superfícíe de uma pirâmide

A figura a seguir representa a planificação da superfícíe de uma pirâmide quadrangular regular.

Ilustração de uma pirâmide quadrangular e sua planificação. A planificação consiste em quatro triângulos de mesma base, unidos por um de seus lados, de forma que os vértices coincidem em um único ponto. Ao lado deles está escrito 'superfície lateral'. Abaixo do segundo triângulo está encaixado um quadrado cujo lado é de mesma medida da base dos triângulos. Ao lado dele está escrito 'base'.

Em uma pirâmide, definimos:

área da base (Sb) como a área do polígono da base da pirâmide;

área lateral (S(éli)") como a soma das áreas de todas as faces laterais;

área total (St)como a soma da área lateral e da área da base.

Então, podemos escrever:

St = S(éli)" + Sb

Secção transversal de uma pirâmide

Denomina-se secção transversal da pirâmide a intersecção da pirâmide com um plano secante a ela, paralelo à base e a uma distância d do vértice V.

É possível provar quê a secção transversal de uma pirâmide é um polígono semelhante ao polígono da base.

Ilustração de uma pirâmide de base triangular. A base é o triângulo A B C que pertence a um plano fi. Seccionando a pirâmide paralelamente ao plano fi, há um plano gama. A intersecção do plano gama com a pirâmide é o triângulo A' B' C'. Ligando o vértice V a um ponto no interior do triângulo A' B' C' há uma linha pontilhada, perpendicular ao plano gama e cuja medida é indicada por 'h'.

Pense e responda

A pirâmide quê tem quatro faces idênticas, sêndo todas elas triângulos equiláteros, é chamada de tetraedro regular.

Como todas as faces são triângulos equiláteros, todas as arestas (da base e da lateral) são congruentes.

Utilizando a imagem a seguir, quê representa um tetraedro regular e alguns de seus elemêntos, determine a altura (h) da pirâmide em função de sua aresta de medida a.

(Lembre-se de quê a medida do apótema de um triângulo equilátero em função do lado a é dada por a 36.)

Ilustração de um tetraedro A B C D. As arestas têm medidas indicadas por 'a'. Ele está apoiado sobre a face A B C e o ponto médio do lado C A está indicado por 'M'. Ligando os pontos 'B' e 'M' há uma linha pontilhada, perpendicular ao lado C A. Nesta linha há um ponto H, extremidade do segmento D H, perpendicular a B M e indicado por 'h'. Ligando os pontos D e M há um segmento indicado por 'g'.

h = a63

Caso os estudantes não se lembrem das relações métricas de polígonos regulares, para determinar os apótemas dos polígonos regulares das bases das pirâmides, relembre-os dessas relações, quê foram estudadas no Capítulo 7 do Volume 2 desta Coleção.

Página setenta e quatro

Volume de uma pirâmide

Considere a pirâmide P, de altura h e base ABCDE de área A1, contida em um plano horizontal (alfa)", e um plano (beta)", paralelo a (alfa)" e secante à pirâmide. O plano (beta)" determina uma secção transversal ABCDE’ de área A2, quê é base da pirâmide Q de altura d (pirâmide menor) e semelhante à base ABCDE.

Ilustração de uma pirâmide pentagonal. A base é o pentágono A B C D E, denominado Aíndice 1, que pertence a um plano alfa. Do vértice V, fora de alfa, até o plano há uma seta indicando a medida 'h'. Esta pirâmide é chamada 'P'.  Há um plano beta, paralelo a alfa, seccionando a pirâmide P. A intersecção é o pentágono A' B' C' D' E'. A pirâmide V A' B' C' D' E' é chamada 'Q'. Há uma seta do vértice V ao plano beta indicando a medida 'd'.

No Volume 2 desta Coleção, aprendemos quê, se AB e AB’ são os comprimentos dos lados correspondentes de dois polígonos semelhantes de áreas F e F’, então:

FF'=(ABA'B')2

Note, na figura anterior, quê as respectivas faces laterais das pirâmides Q e P são triângulos semelhantes.

Usando semelhança de triângulos, pode-se demonstrar quê as bases de áreas A1

e A2 são polígonos semelhantes com razão de semelhança hd; então, A1A2=(hd)2.

Agora, considere duas pirâmides M e N de mesma altura h, com bases de mesma área AM e AN contidas em um plano horizontal (alfa)". Qualquer plano (beta)", paralelo a (alfa)" e secante às pirâmides, determina duas secções transversais de áreas SM e SN, respectivamente.

Ilustração de duas pirâmides. Uma delas, chamada 'M', possui base hexagonal. A outra pirâmide, chamada 'N', possui base triangular. As bases de ambas estão no plano alfa. A base da pirâmide M é indicada por Aíndice M e a base da pirâmide N é indicada por Aíndice N. As duas possuem mesma altura indicada por 'h'. Há um plano beta, paralelo a alfa, seccionando as duas pirâmides. A interseção do plano beta com a pirâmide M é um pentágono indicado por Síndice M. A interseção do plano beta com a pirâmide N é um triângulo indicado por Síndice N As duas novas pirâmides, menores que as primeiras, resultados da intersecção com o plano beta possuem altura indicada por 'd'.

Estudamos anteriormente quê a razão entre a área da base e a da secção transversal de cada pirâmide vale AMSM=(hd)2 e ANSN=(hd)2.

Logo, AMSM=ANSN.

Como AM = AN, concluímos quê SM = SN para qualquer plano (beta)" paralelo a (alfa)" e secante às pirâmides.

Com isso, pelo princípio de Cavalieri, as pirâmides M e N têm o mesmo volume.

Provamos, assim, quê duas pirâmides com bases de mesma área e com mesma altura têm volumes iguais. Esse fato será utilizado a seguir para determinar o volume de uma pirâmide.

Página setenta e cinco

Para calcular o volume de uma pirâmide qualquer, primeiro vamos considerar um prisma reto de base triangular decomposto em três pirâmides triangulares, como mostram as figuras a seguir.

Ilustração de um prisma triangular A B C D E F, decomposto em três pirâmides triangulares. Ele está apoiado sobre a base A B C.  Na base superior: O vértice D é correspondente ao vértice A.  O vértice F é correspondente ao vértice C. O vértice E é correspondente ao vértice B.  Ligando os vértices B e D há uma linha vermelha e ligando os vértices D e C há outra linha vermelha. Fora do prisma estão ilustradas as pirâmides: B A C D, chamada pirâmide um; C D E F, chamada pirâmide dois; B C D E, chamada pirâmide três.

Observe quê:

as pirâmides I e II têm a mesma altura (altura do prisma) e têm bases congruentes ((triângulo)"ABC(triângulo)"DEF, pois cada triângulo é uma base do prisma), portanto, conforme o resultado da página anterior, as pirâmides I e II têm o mesmo volume;

considerando as pirâmides II e III com suas respectivas bases CEF e BCE, a altura (distância do ponto D ao retângulo BCFE) dessas pirâmides é a mesma e elas têm bases congruentes ((triângulo)"CEF(triângulo)"BCE, pois cada um dêêsses triângulos é a mêtáde do retângulo BCFE), portanto, novamente conforme o resultado da página anterior, as pirâmides II e III têm o mesmo volume.

Logo, as pirâmides I, II e III têm o mesmo volume, ou seja, V1= V2 = V3.

Seja Vprisma = V1 + V2 + V3 (soma dos volumes das três pirâmides) e considerando V1 = V2 = V3 = V, temos:

Vprisma = V + V + V Vprisma = 3V V = Vprisma3

Assim, o volume de cada pirâmide é igual a 13 do volume do prisma triangular dado. Como o volume do prisma é Vprisma = Sb h, podemos escrever:

V = Vprisma3 V = Sbh3

Apesar de a obtenção da fórmula ter sido feita para uma pirâmide de base triangular, essa relação vale para o cálculo do volume de uma pirâmide de base qualquer, pois, como aprendemos na página anterior, pelo princípio de Cavalieri, duas pirâmides com bases de mesma área e mesma altura têm volumes iguais. Assim, o volume de uma pirâmide de base qualquer é igual ao volume de uma pirâmide com base triangular com mesma área da base e mesma altura.

Então, o volume de uma pirâmide qualquer de altura medindo h e área da base Sb é igual a:

V = 13Sbh

Página setenta e seis

ATIVIDADES RESOLVIDAS

7. Em uma feira de artesanato, foi construída uma tenda com tecido no formato de uma pirâmide hexagonal regular com 8 m de altura e aresta da base medindo 43 _ m. Considerando quê quem armou a tenda deixou uma das faces laterais como porta (sem fechamento do tecido), calcule a quantidade de tecido necessária para a cobertura da tenda.

Resolução

Primeiro vamos representar a tenda e sua base:

Imagem de uma pirâmide e sua planificação. A pirâmide tem base hexagonal, cujas arestas têm medida indicada por 'l'. Há um ponto M no lado A B. Ligando o vértice V ao ponto M há um segmento indicado por 'g'. O centro do hexágono da base é o ponto 'O' e ligado ao vértice 'V' forma um segmento indicado por 'h'.  Ligando os pontos 'O' e 'M' há um segmento indicado por 'm', perpendicular ao segmento 'h'. Ao lado há apenas o hexágono da base com o centro 'O' e os vértices 'A' e 'B' formando um triângulo. No lado A B deste triângulo há um ponto 'M'. O segmento O M, indicado por 'm', é perpendicular ao lado A B. Os pontos 'O', 'A' e 'M' formam um triângulo, retângulo em M.  O segmento O A tem medida indicada por 'l' e o segmento A M tem medida indicada por fração: l sobre 2.

Saiba quê...

Em um triângulo equilátero, a medida da altura h, em relação a qualquer um dos lados, em função de seu lado (éli)", póde sêr ôbitída pelo teorema de Pitágoras da seguinte maneira:

h2 = (l2)2 = (éli)"2 h2 = 34 (éli)"2 h = l 33, pois h > 0

No triângulo AOB, OM é a altura e o apótema da base da pirâmide; logo, a medida m é:

m = l32 m = 4332= 6 ⇒ m = 6

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo VOM, temos:

g2 = 62 + 82 g2 = 36 + 64 = 100 ⇒ g = 10, pois g > 0

Calculando área Sf de uma face da pirâmide, temos:

Sf = lg2 Sf = 43102 = 203 Sf = 203

Como uma das faces laterais (porta) não usará tecido, a área lateral será dada por:

5 ⋅ 203 m2 = 1003 m2

Portanto, serão necessários 1003 m2 de tecido.

8. Calcule o volume de uma pirâmide cuja base é um quadrado de 3 cm de lado e a altura é 10 cm.

Resolução

Como V = 13 Sb h, precisamos determinar a área da base (Sb).

A base é um quadrado, logo:

Sb = (éli)"2 Sb = 32 = 9 ⇒ Sb = 9

Calculando o volume (V), temos:

V = 13 Sb h V = 13 ⋅ 9 ⋅ 10 = 30 ⇒ V = 30

Portanto, o volume da pirâmide é 30 cm3.

9. Em uma pirâmide hexagonal regular, a aresta da base méde (éli)" = 2 cm. Sabendo quê a área lateral da pirâmide é 30 cm2, calcule o volume da pirâmide.

Resolução

Considere a pirâmide a seguir, com apótema da base m.

Ilustração de uma pirâmide hexagonal. O hexágono da base possui lado de medida indicada por 'l' e está dividido em triângulos a partir do centro do polígono. Há um segmento, indicado por 'h' ligando o vértice da pirâmide ao centro da base. Esse segmento é perpendicular ao segmento 'm', que liga o centro do hexágono ao ponto médio do seu lado. O triângulo formado pelo segmento 'h', pelo segmento 'm' e pelo apótema da pirâmide, denominado 'g', está destacado.

Como a base é um hekzágono regular, temos:

m = l32 m = 232=3m = 3

Página setenta e sete

Como a base da pirâmide é hexagonal, sua área lateral é 30 cm2 e ela tem seis faces laterais. A área de cada face lateral é dada por:

Sf = Sl6 Sf = 306= 5 ⇒ Sf = 5

Logo, o apótema da pirâmide (g) é:

Sf = lg2⇒ 5 = 2g2 g = 5

Pelo teorema de Pitágoras, a altura da pirâmide (h) é:

g2 = h2 + m2 ⇒ 52 = h2 + (3)2 h = 22 , pois h > 0

Para determinar o volume da pirâmide, precisamos calcular a área da base.

Como a base é um hekzágono regular, sua área é igual a seis vezes a área do triângulo equilátero de aresta (éli)" = 2 cm.

Sb = 6 ⋅l234 Sb = 6 ⋅434 = 63 Sb = 63

Calculando o volume da pirâmide (V), temos:

V = 13 Sb h V = 136322=266 V = 266

Portanto, o volume da pirâmide é 266 cm3.

10. Considere o tetraedro regular ABCV a seguir, de aresta de medida a = 4 cm, em quê AM¯ é uma mediana do triângulo equilátero ABC, base do tetraedro.

Ilustração de um tetraedro A B C V. Ele está apoiado sobre a face A C B. Há um segmento pontilhado ligando o vértice 'A' a um ponto M no lado B C.

A partir dessas informações, determine:

a) a medida da mediana AM¯;

b) a altura do tetraedro;

c) a área total da superfícíe do tetraedro.

Saiba quê...

A mediana de um triângulo é um segmento de reta quê tem uma de suas extremidades em um dos vértices do triângulo e a outra no ponto médio do lado ôpôsto a esse vértice.

No triângulo a seguir, AM¯ é a mediana relativa ao lado BC¯.

Ilustração de um triângulo A B C. Há um ponto M no lado B C que o divide em dois segmentos de mesma medida. Há um segmento ligando o vértice A ao ponto M.

Resolução

a) Em um triângulo equilátero, a mediana coincide com a altura. Assim, a medida da mediana AM¯ é igual à medida da altura relativa ao lado BC¯do triângulo equilátero ABC, quê tem lado de medida a, ou seja:

AM = a32=432=23

Portanto, a medida da mediana AM¯é 23 cm.

b) A altura h de um tetraedro regular em função de sua aresta a é dada por h = a63.

Então: h = a63=463

Portanto, a altura do tetraedro é 463 cm.

A altura h de um tetraedro regular em função de sua aresta a foi ôbitída no boxe Pense e responda da página 73. Se achar necessário, mostrar aos estudantes como chegar a essa medida.

c) A área total St da superfícíe de um tetraedro regular é igual a 4 vezes a área de uma face (triângulo equilátero):

St=4Sf=4aAM2=44232=163

Portanto, a área total da superfícíe do tetraedro é 163 cm2.

Página setenta e oito

ATIVIDADES

32. Considere a pirâmide quadrangular regular indicada na figura e determine o quê se pede.

Ilustração de uma pirâmide quadrangular. A base é o quadrado A B C D e o vértice é o ponto 'V'. O lado da base possui 12 centímetros de comprimento. No centro da base há o ponto 'O' e no lado B C há o ponto médio 'M'. Em destaque, está o triângulo V O M, retângulo em 'O'. O segmento V O possui 4 centímetros de comprimento.

a) A medida do apótema da base.

6 cm

b) A medida do apótema da pirâmide.

213 cm

c) A medida da aresta lateral.

222 cm

d) A área total da superfícíe da pirâmide.

48(3+13) cm2

33. Considere a pirâmide hexagonal regular indicada na figura e determine o quê se pede.

Ilustração de uma pirâmide hexagonal A B C D E F V. O hexágono A B C D E F da base possui 8 centímetros de lado e o segmento que liga o vértice ao centro 'O' da base possui 6 centímetros de comprimento.

a) A medida do apótema da base.

43 cm

b) A medida do apótema da pirâmide.

221 cm

c) A medida da aresta lateral.

10 cm

d) A área total da superfícíe da pirâmide.

483(2+7) cm2

34. Calcule a área lateral da superfícíe de uma pirâmide triangular regular cuja aresta lateral méde 13 cm e o apótema da pirâmide méde 12 cm.

180 cm2

35. A figura a seguir mostra uma pirâmide de base triangular em quê todas as arestas têm medida igual a 15 cm. Determine a área total da superfícíe dessa pirâmide.

Ilustração de uma pirâmide de base triangular. As arestas possuem 15 centímetros de comprimento. Há um segmento, indicado por 'h', ligando o vértice a um ponto na face oposta.

2253 cm2

36. Em uma pirâmide regular de base quadrada, o perímetro da base é 40 cm. Sabendo quê a altura da pirâmide é 12 cm, calcule a área lateral da superfícíe dessa pirâmide.

260 cm2

37. (FUCMT) Determine o volume de uma pirâmide cuja planificação é:

Ilustração de uma planificação. Consiste em quatro triângulos de mesma base, unidos por um de seus lados, de forma que os vértices coincidem em um único ponto. O lado destes triângulos tem medida 3\sqrt{2}{2}. Encaixado na base do segundo triângulo, há um quadrado cujo lado possui mesma medida da base dos triângulos: 2 centímetros.

V = 163 u.v.

38. (UFPA) Uma pirâmide triangular regular tem 9 cm3 de volume e 43 cm de altura. Qual a medida de aresta da base?

a) 2 cm

b) 3 cm

c) 22 cm

d) 3 cm

e) 32 cm

alternativa b

39. (UFPE) Uma pirâmide hexagonal regular tem a medida da área da base igual à mêtáde da área lateral. Se a altura da pirâmide méde 6 cm, assinale o inteiro mais próximo do volume da pirâmide, em cm3. Dado: use a aproximação: 3 ≃ 1,73.

≃83 cm3

Ilustração de uma pirâmide hexagonal regular.

Página setenta e nove

40. (hú éfe pê érre) As figuras a seguir apresentam um bloco retangular de base quadrada, uma pirâmide cuja base é um triângulo equilátero, e algumas de suas medidas.

Ilustração de um prisma e uma pirâmide. O prisma possui base quadrada, de 4 centímetros de lado e altura de 8 centímetros. Ao lado dele há uma pirâmide de base triangular, cujos lados medem 8 centímetros.

a) Calcule o volume do bloco retangular e a área da base da pirâmide.

volume do bloco retangular: 128 u.v.; área da base da pirâmide: 163 u.a.

b) Qual deve sêr a altura da pirâmide para quê seu volume seja igual ao do bloco retangular?

83 u.c.

41. (UFMA) A figura a seguir representa um paralelepípedo retângulo, no qual está inscrito um octaedro cujas 8 faces são triângulos equiláteros com 1 cm de lado. (Obs.: octaedro é o sólido resultante da reunião de duas pirâmides quadrangulares de bases congruentes.)

Ilustração de um octaedro inserido em um paralelepípedo reto-retângulo.

Nessas condições, é correto afirmar quê o volume do paralelepípedo, em centimetros cúbicos, é:

a) 22

b) 32 cm

c) 2

d) 3

e) 22

alternativa c

42. (Unicamp-SP) Uma pirâmide regular, de base quadrada, tem altura igual a 20 cm. Sobre a base dessa pirâmide constrói-se um cubo de modo quê a face oposta à base do cubo kórti a pirâmide em um quadrado de lado igual a 5 cm. Faça uma figura representativa dessa situação e calcule o volume do cubo.

Ver as Orientações para o professor.

43. (Vunesp-SP) A ilustração mostra uma pirâmide regular de base quadrada cuja altura tem a mesma medida quê as arestas da base. Pelo ponto médio M da altura EQ¯ traça-se o segmento MN¯ perpendicular à aresta OA¯. Se'a' expressa a medida de MN¯, determine o volume da pirâmide em função de 'a'.

V = 8a33

Ilustração de uma pirâmide de base quadrada A B C D e vértice 'O'. Há um segmento pontilhado ligando o vértice 'O' ao centro 'Q' da base.  No segmento O Q há um ponto 'M' e na aresta O A há um ponto 'N'. A medida de M N é expressa por 'a'.

44. Atividade em dupla. Um artista projetou uma pirâmide regular de base quadrada para sêr exposta na entrada de uma universidade. A pirâmide tem 4 metros de altura e o quadrado da base da pirâmide tem lado de 6 metros. As faces laterais da pirâmide devem sêr pintadas, mas há uma restrição: a pirâmide não deve sêr monocromática, ou seja, é necessário usar mais de uma côr na pintura. Acompanhe o rendimento de cada uma das cores de tinta disponíveis.

côr

Rendimento (m2/L)

Amarelo

28

Azul

24

Laranja

25

Rosa

27

Roxo

22

Verde

24

Vermelho

22

Elabore um problema envolvendo: custo, quantidade de cores e quantidade de demãos. Em seguida, troque-o com um colega para quê um resôuva o problema do outro.

Resposta pessoal.

Página oitenta

CONEXÕES com...
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
ár-te e Geometria

No período quê antecede a década de 1950, a; ár-te moderna no Brasil foi marcada por obras com referências nacionalistas, com temáticas indígenas, regionais e elemêntos típicos brasileiros. Em 1951, na 1ª Bienal de São Paulo, a participação do artista sueco Max Bill (1908-1994) foi um dos marcos quê rompeu com essa visão modernista, dando espaço à ár-te concreta, ou concretismo, no contexto brasileiro.

A ideia central dêêsse movimento artístico era a de quê a; ár-te fosse universal, compreendida e sentida sem depender de um contexto histórico-cultural. Assim, a base das criações são figuras geométricas, pois se trata de signos universais, e as obras são mais objetivas e racionais e se resumem a si próprias.

Dois grupos, Ruptura (em São Paulo) e Frente (no Rio de Janeiro), foram os principais precursores do concretismo no Brasil e deram origem a outros grupos. Contudo, os artistas do Grupo Frente, a fim de superar o objetivismo e a racionalidade da ár-te concreta, deram início ao neoconcretismo, com obras quê permitiam dialogar mais com o espectador, possibilitando, inclusive, sua participação e interação. O texto a seguir nos conta um pouco sobre esse momento histórico.

O neoconcretismo e a ruptura com a; ár-te tradicional

[…]

O ano de 1951 é um dos grandes marcos na história da ár-te brasileira e também um dos responsáveis por consolidar São Paulo como capital moderna do país e centro artístico mundial. Inspirada pêlos móldes europêus da Bienal de Veneza, nasceu a 1ª Bienal de São Paulo. Entre Pablos Picassos, Anitas Malfattis, Renés Magrittes, estava ele: Max Bill […]. Também estava o jovem Ivan Serpa, quê iniciava sua “busca construtiva pela abstração geométrica e pela organização matemática de suas telas” []

É a partir de Max Bill, fundador da Escola Superior da Forma de Ulm, quê o quê entendemos como ár-te concreta surge: uma ár-te quê é ligada a kestões matemáticas, quê foge da representação da natureza e quê é uma “concreção de uma ideia”. Uma ár-te quê póde sêr observada, controlada e verificada; uma busca pela excelência da forma para definir o quê é belo. E isso inspira artistas paulistas a criar o Grupo Ruptura, cujas obras dispensam significados líricos ou simbólicos, ou seja, o qüadro não tem significado além dele próprio e seus elemêntos plásticos (planos e cores). O grupo rompe com o naturalismo da ár-te do século 20.

Pintura de um cubo. Ele está apoiado sobre uma superfície branca e há três faces aparentes. A superior é de cor preta e as duas laterais são azuis. No canto de cada uma dessas faces há um quadrado pintado de branco, formando outro cubo menor, no canto do cubo original.

CASTRO, Willys de. Objeto ativo. 1962. Óleo sobre tela colada sobre madeira, 25,2 cm × 25,5 cm × 25 cm. Acervo da Pinacoteca de São Paulo.

Página oitenta e um

Mas esse excésso de racionalidade gera uma inquietação em um outro grupo de artistas, estes do Rio de Janeiro: o Grupo Frente.

Esse negóssio de Neoconcreto surgiu por causa de Max Bill, quê fez uma conferência e os paulistas aceitaram sem discutir o problema concreto. No Rio de Janeiro nós protestamos, pois acreditamos quê ár-te é fundamentalmente emoção. []”

Depoimento de Amilcar de Castro

[]

Segundo Ferreira Gullar, poeta e um dos grandes nomes do movimento neoconcreto, a principal diferença entre os grupos é quê no grupo carioca predominava uma busca intuitiva, “sem romper com o rigor construtivo” da ár-te concreta. []

A partir daí, as investigações dos neoconcretos se desprenderam cada vez mais dos suportes tradicionais e suas obras começaram a explorar o espaço expositivo de novas maneiras, por vezes saindo do museu e/ou convidando o espectador a participar ativamente do trabalho, não mais como um mero observador e sim como co-autor/ativador da obra de; ár-te.

[]

SALVÁ, Camila; DIEDRICH, Andressa. O neoconcretismo e a ruptura com a; ár-te tradicional. Porto Alegre: Instituto Ling, 14 dez. 2020. Disponível em: https://livro.pw/zqecm. Acesso em: 1 set. 2024.

Agora, faça o quê se pede nas atividades a seguir.

1. Defina, com suas palavras, o quê foi o concretismo.

Espera-se quê os estudantes digam quê foi um movimento de; ár-te quê rompeu com o modernismo, dando espaço para obras com significado universal, sem quê necessitassem de um contexto histórico-cultural. As obras apresentam figuras geométricas e são mais objetivas e racionais, resumindo-se a si próprias.

2. por quê os artistas do Grupo Frente sentiram a necessidade de criar o neoconcretismo?

Porque acreditavam quê a emoção também era fundamental na ár-te. Nesse grupo, predominava uma busca intuitiva, superando a ideia puramente objetiva e racional, porém sem romper com o rigor construtivo.

3. Observe a seguir uma escultura de Amilcar de Castro e responda aos itens.

Fotografia de um cubo de mármore branco. Do canto inferior direito foi deslocado um pequeno pedaço cúbico.

CASTRO, Amilcar de. [Sem título]. 2001. Mármore, 210 cm × 210 cm × 70 cm. Acervo da Prefeitura Municipal de Brusque (SC). Fotografia de 2005.

a) É possível perceber quê a escultura é formada por dois poliedros “encaixados”. Esses poliedros são prismas ou são pirâmides?

Os poliedros são prismas.

b) Atividade em dupla. Suponha quê seja necessário transportar essa peça para uma exposição em uma escola da cidade. Para isso, a transportadora separou uma caixa no formato de um cubo. Com um colega, estimem as dimensões mínimas quê essa caixa deve ter para o transporte da peça.

O cubo deve ter, no mínimo, 210 cm de aresta.

4. Atividade em grupo. Junte-se a três côlégas, e pesquisem sobre a vida e a obra de um artista do movimento concretista ou neoconcretista. Preparem uma exposição de fotografias do artista e de suas obras e, no dia combinado com o professor, apresentem as informações para os espectadores.

Resposta pessoal. Alguns artistas quê podem sêr pesquisados pêlos estudantes, entre outros, são: Abraham Palatnik, Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Max Bill, Ivan Serpa, Lígia Clark, Lígia Pape, Sérvulo Esmeraldo e Willys de Castro.

Para acessar

LYGIA Clark: projeto para um planêta. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, c2024. Localizável em: Conteúdos digitais: Tour virtual. Disponível em: https://livro.pw/bgywd. Acesso em: 19 set. 2024.

Por meio do línki, é possível fazer uma visita virtual à exposição Projeto para um planêta, de Lígia Clark. A artista do neoconcretismo criou peças feitas de metal e articuladas, o quê possibilita movimento às esculturas.

Se julgar conveniente, pode-se propor aos estudantes quê pesquisem se há alguma exposição como essa na região em quê moram e quê, se possível, visitem um dêêsses museus e compartilhem a experiência com a turma.

Página oitenta e dois

EXPLORANDO A TECNOLOGIA
Conhecendo o GeoGebra

Orientar os estudantes a navegar pelo sáiti do GeoGebra, pois nele há uma comunidade de discussão e muitas informações disponíveis, inclusive alguns tutoriais e materiais produzidos por professores.

O GeoGebra é um software de Matemática dinâmica quê póde sêr utilizado em todos os níveis de ensino. Trata-se de uma multiplataforma, pois tem portabilidade em todos os sistemas operacionais e póde sêr instalada em computadores, tablets e smartphones.

Sua instalação deve sêr feita por meio do sáiti oficial https://livro.pw/jtbfa (acesso em: 1 set. 2024), baixando-se o software GeoGebra Clássico 6 e seguindo-se as orientações de instalação.

O GeoGebra também póde sêr usado em sua versão ôn láini, sem a necessidade de instalação, pelo sáiti https://livro.pw/otpjb (acesso em: 1 set. 2024).

Ao abrir o software instalado ou a versão ôn láini, aparece uma tela inicial composta de várias janelas, com ferramentas e exibições específicas de acôr-do com a utilização. A seguir, apresentamos a tela inicial com algumas de suas funções.

Ilustração de um notebook. Na tela é exibido um plano cartesiano quadriculado e há uma caixa de texto com as seguintes informações: 'Janela de visualização. A janela de visualização mostra as representações gráficas, como polígonos, circunferências e gráficos de funções, das construções feitas.  Na parte superior há uma barra com alguns ícones de ferramentas. Apontando para ela há uma caixa de texto: Barra de ferramentas. A barra de ferramentas é composta de 11 caixas contendo ferramentas diversas, relacionadas dentro de seu subgrupo. Para acessá-las, basta clicar em cada caixa de ferramenta.' Abaixo da barra de ferramentas há um campo em branco para digitar. Apontando para ele há uma caixa de texto: 'Campo de entrada. No campo de entrada, é possível inserir coordenadas, equações, comandos ou funções. Ao pressionar a tecla Enter, a representação algébrica do objeto é apresentada na janela de Álgebra, enquanto a representação gráfica é mostrada na janela de visualização.' Abaixo do campo de entrada há um espaço em branco. Apontando para ele há uma caixa de texto: 'Janela de Álgebra A janela de Álgebra mostra as representações algébricas, como equações e coordenadas, das construções feitas.'

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Além da janela de Álgebra e da janela de visualização, quê são mostradas na tela inicial padrão, o GeoGebra tem outras janelas quê, dependendo da construção quê se deseja realizar, podem sêr acionadas no menú Exibir. Quando necessário, essas outras janelas serão exibidas durante a realização das construções.

Todas as janelas do GeoGebra estão relacionadas dinamicamente, ou seja, ao se realizar uma alteração em algum objeto em uma delas, todas as representações dêêsse mesmo objeto nas demais janelas serão alteradas automaticamente.

O GeoGebra utiliza linguagem e notação próprias, quê podem diferir um pouco das utilizadas nesta Coleção. Por exemplo, para a separação da parte decimal de um número, o software usa o ponto no lugar da vírgula; para indicar as coordenadas de um ponto A qualquer, a notação é A = (0,0), em vez de A(0, 0). Ao longo da Coleção, conforme necessário, apresentaremos outras particularidades do GeoGebra.

Ilustração de uma tela de notebook com o programa anteriormente descrito. Na barra de ferramentas há um ícone com a ilustração de uma reta selecionado. Abaixo há uma lista de opções. São elas: 'Reta', 'Segmento', 'Segmento de comprimento fixo', 'Semirreta', 'Caminho Poligonal', 'Vetor' e 'Vetor a Partir de um Ponto'. Apontando para esta lista há uma caixa de texto com as seguintes informações: 'Na barra de ferramentas, ao clicar na terceira caixa de ferramentas, estas opções ficam disponíveis.' A opção 'Segmento' está destacada e na parte de baixo da tela há uma caixa onde está escrito 'Segmento Selecione dois pontos ou posições' e 'AJUDA'. Apontando para ela há uma caixa de texto com as seguintes informações: 'Ao sobrepor o cursor do mouse sobre uma ferramenta ou selecioná-la, surge um boxe com orientações a respeito de como usá-la.'.

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Construção de modelos de sólidos geométricos

Vamos utilizar o GeoGebra para construir um modelo de sólido geométrico e, em seguida, observar sua planificação. Para isso, acompanhe os passos a seguir.

I. Clique sobre o botão Ícone com um triângulo. selecione a ferramenta Polígono regular, Ícone com um polígono. marque os pontos A(0,0) e B(0,2) no plano cartesiano, digite"3" na caixa de diálogo quê será aberta para informar o número de lados e pressione OK. Na janela de visualização, será criado um triângulo equilátero de lado de medida duas unidades.

II. No menú Ícone com uma pirâmide. marque a opção janela de visualização 3D. Ao lado da janela de visualização, aparecerá uma outra janela, mostrando um sistema cartesiano tridimensional quê está interligado com o sistema cartesiano da janela de visualização. O plano cinza na janela de visualização 3D representa o plano da janela de visualização em quê construímos o triângulo equilátero.

Ilustração de um menu do programa anteriormente descrito. Nele há os seguintes itens: 'Arquivos', 'Editar', 'Disposições', 'Exibir', 'Janela de álgebra', 'Cálculo simbólico (CAS)', 'Janela de Visualização', 'Janela de Visualização 2', 'Janela de Visualização 3D', 'Planilha' e 'Calculadora de probabilidades'.

III. Ao clicar na janela de visualização 3D, uma nova barra de ferramentas substituirá a anterior, com instrumentos para a construção de elemêntos no campo tridimensional, como planos e sólidos geométricos. Observe a imagem a seguir.

Ver as Orientações para o professor.

Ilustração de uma barra com vários ícones remetendo a objetos geométricos.

IV. Clique sobre o ícone Ícone com uma pirâmide., escolha a ferramenta Extrusão para prisma, Ícone com um prisma e uma seta apontando para cima. e, em seguida, clique no triângulo na janela de visualização 3D. Na sequência, digite"2" na caixa de diálogo aberta para informar a altura do prisma e pressione OK. Desse modo, será construído um prisma regular de base triangular com altura medindo duas unidades. A tela do software ficará semelhante à imagem a seguir.

Reprodução da tela do programa anteriormente descrito. Na janela de álgebra há algumas informações. Ao centro há um plano cartesiano com um triângulo plotado. Ao lado há um eixo tridimensional onde há um prisma de base triangular.

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V. Para planificar o prisma, no mesmo ícone do item anterior, escolha a ferramenta Planificação Ícone com a ilustração de uma pirâmide sendo planificada. e, na janela de visualização 3D, clique no prisma construído. Na janela de visualização e na janela de visualização 3D, a planificação do prisma aparecerá, ficando semelhante à imagem a seguir.

Reprodução da tela do programa anteriormente descrito. Na janela de álgebra há algumas informações. Ao centro há um plano cartesiano com triângulos e quadrados formando uma planificação. Ao lado há um eixo tridimensional onde há um prisma de base triangular ocupando parte da planificação.

VI. Você perceberá quê um contrôle deslizante foi criado. Ao alterar o valor dêêsse contrôle deslizante, é possível visualizar o processo de planificação do prisma na janela de visualização 3D, como apresentado na imagem a seguir.

Reprodução da tela do programa anteriormente descrito. Na janela de álgebra há algumas informações. Ao centro há um plano cartesiano com um triângulo plotado. Ao lado há um eixo tridimensional onde há um prisma de base triangular sendo planificado.

Além do software apresentado, há outros quê possibilitam visualizar a planificação de sólidos geométricos. Um dêêsses softwares é o Poly, quê póde sêr baixado em https://livro.pw/hcnba (acesso em: 19 set. 2024). Se achar conveniente, apresentá-lo aos estudantes.

Agora, faça o quê se pede na atividade a seguir.

1. Construa os seguintes sólidos geométricos no GeoGebra e represente suas planificações, conforme as orientações apresentadas na seção.

a) Prisma regular de base pentagonal com lado medindo 3 unidades e altura 5 unidades

1. a) A construção deve sêr de um prisma regular com base pentagonal de lado medindo 3 unidades e altura 5 unidades e deve sêr feita sua planificação.

b) Pirâmide regular de base quadrada com lado medindo duas unidades e altura 4 unidades. Nesse caso, a ferramenta utilizada no passo IV das orientações deve sêr Fazer extrusão para pirâmide, Ícone com uma pirâmide e uma seta apontando para cima..

A construção deve sêr de uma pirâmide regular de base quadrada com lado medindo duas unidades e altura 4 unidades e deve sêr feita sua planificação.

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES

1. (Enem/MEC) Dentre as diversas planificações possíveis para o cubo, uma delas é a quê se encontra apresentada na Figura 1.

Ilustração de uma planificação. Consiste em dois quadrados unidos por um dos lados, na horizontal. Abaixo do segundo inicia-se mais uma fileira com dois quadrados, na horizontal. Abaixo do segundo quadrado desta segunda fileira, inicia-se a terceira fileira, com dois quadrados unidos, na horizontal.

Em um cubo, foram pintados, em três de suas faces, quadrados de côr cinza escura, quê ocupam um quarto dessas faces, tendo esses três quadrados um vértice em comum, conforme ilustrado na Figura 2.

Ilustração de um cubo. Em três de suas faces há um quadrado cinza. Eles estão dispostos de forma que os três se encontram no mesmo vértice.

A planificação do cubo da Figura 2, conforme o tipo de planificação apresentada na Figura 1, é

a) Ilustração de uma planificação. Trata-se da planificação anteriormente descrita, agora com dois quadrados cinzas menores nos dois quadrados da primeira fileira: um no canto superior direito do primeiro quadrado e outro no canto superior esquerdo do segundo quadrado. No último quadrado da terceira fileira há também um pequeno quadrado cinza no canto superior direito.

b) Ilustração de uma planificação. Trata-se da planificação anteriormente descrita, agora com dois quadrados cinzas menores nos dois quadrados da primeira fileira: um no canto superior direito do primeiro quadrado e outro no canto superior esquerdo do segundo quadrado. No segundo quadrado da segunda fileira há também um pequeno quadrado cinza, no canto superior direito.

c) Ilustração de uma planificação. Trata-se da planificação anteriormente descrita, agora com dois quadrados cinzas menores nos dois quadrados da primeira fileira: um no canto superior direito do primeiro quadrado e outro no canto superior esquerdo do segundo quadrado. No primeiro quadrado da terceira fileira há também um pequeno quadrado cinza, no canto inferior direito.

d) Ilustração de uma planificação. Trata-se da planificação anteriormente descrita, agora com dois quadrados cinzas menores nos dois quadrados da primeira fileira: um no canto superior direito do primeiro quadrado e outro no canto superior esquerdo do segundo quadrado. No segundo quadrado da terceira fileira há também um pequeno quadrado cinza, no canto inferior direito.

e)Ilustração de uma planificação. Trata-se da planificação anteriormente descrita, agora com dois quadrados cinzas menores nos dois quadrados da primeira fileira: um no canto superior direito do primeiro quadrado e outro no canto superior esquerdo do segundo quadrado. No primeiro quadrado da terceira fileira há também um pequeno quadrado cinza, no canto inferior esquerdo.

alternativa d

2. (UFCG-PB) Um professor de Matemática, em uma aula de Geometria, pediu quê cada aluno construísse um poliedro convexo regular com 20 faces triangulares. pôdêmos afirmar quê o número de vértices do poliedro construído por cada aluno é igual a:

a) 28

b) 12

c) 19

d) 27

e) 41

alternativa b

3. (EsPCEx-SP) Um poliedro convexo, com 13 vértices, tem uma face hexagonal e 18 faces formadas por polígonos do tipo P. Com base nessas informações, pode-se concluir quê o polígono P é um:

a) dodecágono.

b) octógono.

c) pentágono.

d) quadrilátero.

e) triângulo.

alternativa e

4. (UFJF-MG) A figura abaixo corresponde à planificação de um determinado poliedro:

Ilustração de uma planificação. É formada por quatro hexágonos e quatro triângulos, todos polígonos com a mesma medida de lado. Há um hexágono no meio. Alternando entre os lados do hexágono, há três triângulos encaixados. Entre os triângulos, estão encaixados os demais três hexágonos. No hexágono da direita, no seu lado direito, na parte superior, está encaixado o quarto triângulo.

O número de vértices dêêsse poliedro é

a) 12

b) 18

c) 21

d) 30

e) 36

alternativa a

5. (UFPI) Um poliedro convexo, constituído de faces triangulares e quadrangulares, possui 20 arestas, e a soma dos ângulos de suas faces é igual a 2.880°. É correto afirmar quê esse poliedro possui:

a) 8 faces triangulares.

b) 12 vértices.

c) 10 faces.

d) 8 faces quadrangulares.

alternativa a

6. (Fuvest-SP) Um deltaedro é um poliedro cujas faces são todas triângulos equiláteros. Se um deltaedro convexo possui 8 vértices, então o número de faces dêêsse deltaedro é:

(Note e adote: Em poliedros convexos, vale a relação de Óiler F A + V = 2, em quê F é o número de faces, A é o número de arestas e V é o número de vértices do poliedro.)

a) 4

b) 6

c) 8

d) 10

e) 12

alternativa e

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7. (Enem/MEC) Um casal planeja construir em sua chácara uma piscina com o formato de um paralelepípedo reto-retângulo com capacidade para 90.000 L de á gua. O casal contratou uma empresa de construções quê apresentou cinco projetos com diferentes combinações nas dimensões internas de profundidade, largura e comprimento. A piscina a sêr construída terá revestimento interno em suas paredes e fundo com uma mesma cerâmica, e o casal irá escolher o projeto quê exija a menor área de revestimento.
As dimensões internas de profundidade, largura e comprimento, respectivamente, para cada um dos projetos, são:

projeto I: 1,8 m, 2,0 m e 25,0 m;

projeto II: 2,0 m, 5,0 m e 9,0 m;

projeto III: 1,0 m, 6,0 m e 15,0 m;

projeto IV: 1,5 m, 15,0 m e 4,0 m;

projeto V: 2,5 m, 3,0 m e 12,0 m.

O projeto quê o casal deverá escolher será o

a) I.

b) II.

c) III.

d) IV.

e) V.

alternativa b

8. (Famerp-SP) Dois cubos idênticos, de aresta igual a 1 dm, foram unidos com sobreposição perfeita de duas das suas faces. P é vértice de um dos cubos, Q é vértice do outro cubo e R é vértice compartilhado por ambos os cubos, conforme indica a figura. A área do triângulo de vértices P, Q e R é igual a

Ilustração de um sólido formado pela união de dois cubos. Estão unidos por uma de suas faces. O ponto 'R' é um dos vértices desta face, na parte superior. No vértice da face superior de um dos cubos há o ponto 'P'. Ele está no vértice pertencente à aresta oposta de onde está o ponto 'R'. No vértice da face inferior do outro cubo há o ponto 'Q'.

a) 62 dm2

b) 63 dm2

c) 32 dm2

d) 66 dm2

e) 233 _ dm2

alternativa a

9. (Enem/MEC) O projeto de um contêiner, em forma de paralelepípedo reto retangular, previa a pintura dos dois lados (interno e externo) de cada uma das quatro paredes com tinta acrílica e a pintura do piso interno com tinta epóxi. O construtor havia pedido, a cinco fornecedores diferentes, orçamentos das tintas necessárias, mas, antes de iniciar a obra, rêzouvêo mudar o projeto original, alterando o comprimento e a largura para o dôbro do originalmente previsto, mantendo inalterada a altura. Ao pedir novos orçamentos aos fornecedores, para as novas dimensões, cada um deu uma resposta diferente sobre as novas quantidades de tinta necessárias.

Em relação ao previsto para o projeto original, as novas quantidades de tinta necessárias informadas pêlos fornecedores foram as seguintes:

Fornecedor I: “O dôbro, tanto para as paredes quanto para o piso.”

Fornecedor II: “O dôbro para as paredes e quatro vezes para o piso.”

Fornecedor III: “Quatro vezes, tanto para as paredes quanto para o piso.”

Fornecedor IV: “Quatro vezes para as paredes e o dôbro para o piso.”

Fornecedor V: “Oito vezes para as paredes e quatro vezes para o piso.”

Analisando as informações dos fornecedores, o construtor providenciará a quantidade adequada de material. Considere a porta de acesso do contêiner como parte de uma das paredes. Qual dos fornecedores prestou as informações adequadas, devendo sêr o escolhido pelo construtor para a aquisição do material?

a) I.

b) II.

c) III.

d) IV.

e) V.

alternativa b

10. (Fuvest-SP) A figura mostra uma escada maciça de quatro degraus, todos eles com formato de um paralelepípedo reto-retângulo.

Ilustração de uma escada maciça. Os degraus são em formato retangular. O comprimento da parte frontal da escada é 50 centímetros. A altura de um degrau é de 10 centímetros e a largura de cada degrau é de 20 centímetros.

A base de cada degrau é um retângulo de dimensões 20 cm por 50 cm, e a diferença de altura entre o piso e o primeiro degrau e entre os degraus consecutivos é de 10 cm. Se essa escada for prolongada para ter 20 degraus, mantendo o mesmo padrão, seu volume será igual a

a) 2,1 m3

b) 2,3 m3

c) 3,0 m3

d) 4,2 m3

e) 6,0 m3

alternativa a

Página oitenta e oito

11. (Unicamp-SP) Um paralelepípedo retângulo tem faces de áreas 2 cm2, 3 cm2 e 4 cm2. O volume dêêsse paralelepípedo é igual a

a) 23 cm3

b) 26 cm3

c) 24 cm3

d) 12 cm3

alternativa b

12. (Unicamp-SP) Se um tetraedro e um cubo têm áreas de superfícíe iguais, a razão entre o comprimento das arestas do tetraedro e o comprimento das arestas do cubo é igual a

a) 23

b) 243

c) 234

d) 2434

alternativa c

13. (UEG-GO) Em um curso de dobraduras, a instrutora orientou quê fosse construída uma pirâmide de base quadrada, de lado igual a 3 cm e altura igual a 10 cm. O volume dessa pirâmide é igual a

a) 25 cm3

b) 30 cm3

c) 13 cm3

d) 9 cm3

e) 12 cm3

alternativa b

14. (ú éfi érri jóta) A grande pirâmide de Quéops, antiga construção localizada no Egito, é uma pirâmide regular de base quadrada, com 137 m de altura. Cada face dessa pirâmide é um triângulo isósceles cuja altura relativa à base méde 179 m. A área da base dessa pirâmide, em métro quadrado, é:

Ilustração de uma pirâmide de base quadrada. Há um segmento unindo o vértice ao centro do quadrado da base, indicado por 'h'. O apótema da base, segmento unindo o vértice ao ponto médio do lado da base, é indicado por a.

a) 13.272

b) 26.544

c) 39.816

d) 53.088

e) 79.432

alternativa d

15. (Enem/MEC) Um processo de aeração, quê consiste na introdução de ar num líquido, acontece do seguinte modo: uma bomba B retira o líquido de um tanque T1 e o faz passar pelo aerador A1, quê aumenta o volume do líquido em 15%, e em seguida pelo aerador A2, ganhando novo aumento de volume de 10%. Ao final, ele fica armazenado num tanque T2, de acôr-do com a figura.

Ilustração de prismas conectados por canos. O primeiro prisma, de base retangular, é denominado 'T 1'. De sua parte inferior direita há um cano ligando-o a um pequeno cubo, denominado 'B'. Saindo da parte superior de 'B' um cano leva ao cubo 'A 1' de mesmo tamanho de B. Saindo da lateral direita de 'A 1' um cano leva ao cubo 'A 2', de mesmo tamanho dos dois anteriores.  O último cano sai da parte lateral direita de 'A 2' levando a um prisma de base retangular, denominado 'T 2'.

Os tanques T1 e T2 são prismas rétos de bases retangulares, sêndo quê a base de T1 tem comprimento c e largura L, e a base de T2 tem comprimento c2 e largura 2L.

Para finalizar o processo de aeração sem derramamento do líquido em T2, o responsável deve saber a relação entre a altura da coluna de líquido quê já saiu de T1, denotada por x, e a altura da coluna de líquido quê chegou a T2, denotada por y.

Disponível em: w ww.dec.ufcg.edu.br. Acesso em: 21 abr. 2015.

A equação quê relaciona as medidas das alturas y e x é dada por

a) y = 1,265x

b) y = 1,250x

c) y = 1,150x

d) y = 1,125x

e) y = x

alternativa a

16. (Enem/MEC) Num recipiente com a forma de paralelepípedo reto-retângulo, colocou-se á gua até a altura de 8 cm e um objeto, quê ficou flutuando na superfícíe da á gua.

Para retirar o objeto de dentro do recipiente, a altura da coluna de á gua deve sêr de, pelo menos, 15 cm. Para a coluna de á gua chegar até essa altura, é necessário colocar dentro do recipiente bó-linhas de volume igual a 6 cm³ cada, quê ficarão totalmente submérsas.

Ilustração de um prisma. Ele possui base retangular de 4 centímetros de comprimento, 3 centímetros de largura e 17 centímetros de altura. 8 centímetros de sua altura está colorido em cinza escuro, tendo na base superior uma pequena cruz.

O número mínimo de bó-linhas necessárias para quê se possa retirar o objeto quê flutua na á gua, seguindo as instruções dadas, é de

a) 14.

b) 16.

c) 18.

d) 30.

e) 34.

alternativa a

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17. (UFRGS-RS) De cada vértice de um cubo de aresta medindo a, corta-se uma pirâmide. A figura abaixo mostra os vértices de uma das pirâmides, em quê I, J e K são pontos médios de arestas e A é vértice do cubo.

Ilustração de um cubo. Nas arestas em torno do vértice 'A', foram colocados os pontos 'I', 'J' e 'K', um em cada aresta, formando uma pirâmide.

Depois de retiradas todas as pirâmides, o volume do sólido quê resta é

a) a32 .

b) a33.

c) a36.

d) 2a33 .

e) 5a36.

alternativa e

18. (UECE) Ao adicionarmos um métro a cada uma das arestas de um cubo cuja medida da aresta é (alfa)" metros, temos um novo cubo. Se a diferença entre o volume dêste novo cubo e o volume do cubo inicial é 271 m3, então, a medida, em metros, da aresta (alfa)" do cubo inicial é igual a

a) 10.

b) 7.

c) 9.

d) 8.

alternativa c

19. Uma pedra preciosa tem a forma de um octaedro regular de aresta 8 mm, conforme indica a figura. Calcule o volume dessa pedra.

Ilustração de um octaedro regular. Possui o formato de duas pirâmides de base quadrada, unidas pela base. Aresta mede 8 milímetros.

51223 mm3

PARA REFLETIR

Na abertura dêste Capítulo, conhecemos a ciência quê estuda os cristais, a Cristalografia. Aprendemos quê os minerais são classificados conforme seu sistema cristalino e têm configurações geométricas bem claras, quê determinam diversas propriedades físicas e químicas do cristal.

Ainda neste Capítulo, aprendemos o quê são poliedros, estudamos a relação de Óiler e compreendemos os critérios para quê um poliedro seja de Platão.

Em seguida, foi dada maior ênfase aos prismas e às pirâmides e à determinação das áreas e dos volumes dêêsses sólidos geométricos.

Conhecemos um pouco sobre o neoconcretismo e a relação dêêsse movimento artístico com a Geometria.

Vamos refletir sobre as aprendizagens do Capítulo 2:

Você conhecia a relação de Óiler, a igualdade quê relaciona a quantidade de vértices, arestas e faces de um poliedro?

Você já sabia quê existem apenas cinco classes para os poliedros de Platão?

Como você diferencia um prisma de uma pirâmide?

O estudo das áreas e dos volumes dos paralelepípedos é bastante explorado pela indústria de embalagens. Explique por quê.

O teorema de Pitágoras é muito utilizado no estudo da Geometria Espacial. Cite um exemplo, envolvendo pirâmides, no qual seja necessário utilizar esse teorema.

Respostas pessoais.

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