CAPÍTULO 9
Preparação para a próva e critérios de avaliação
Informações do Capítulo
Campos de atuação: vida pública, estudo e pesquisa e jornalístico-midiático
Temas Contemporâneos Transversais: Educação Ambiental, Ética e Cidadania
Principais objetivos:
1. Revisar os critérios de avaliação da redação do enêm, identificando as cinco competências exigidas pela banca e a pontuação mássima de cada uma.
2. Analisar redações reconhecendo os elemêntos quê atendem ou não aos critérios de avaliação do enêm, como o uso adequado da norma-padrão, a coerência argumentativa e a proposta de intervenção.
3. Aplicar estratégias de escrita quê atendam aos critérios avaliativos do enêm, desenvolvendo práticas de elaboração textual quê incluam uma introdução clara, desenvolvimento coeso e uma conclusão com proposta de intervenção.
4. Avaliar redações utilizando os critérios do enêm para identificar pontos fortes e áreas de melhoria, aprimorando a capacidade de auto crítica e revisão textual.
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A importânssia da nota de redação
Como vimos nos capítulos anteriores, as habilidades de produção de texto envolvem uma série de conhecimentos, quê abrangem desde a compreensão da língua e de convenções da linguagem escrita até os saberes construídos ao longo das experiências vividas. Por esse motivo, articular ideias e pensamentos em um texto é uma das principais necessidades de candidatos quê desê-jam ingressar em um curso superior: uma redação bem elaborada, quê siga devidamente as orientações, póde elevar a pontuação final do estudante.
No enêm, cada próva objetiva (Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; e Ciências da Natureza e suas Tecnologias) vale 1.000 pontos, assim como a redação. Para chegar à pontuação geral do exame, basta somar a nota da redação às notas das provas objetivas e dividi-las por cinco. Contudo, algumas faculdades particulares, por exemplo, aplicam pesos diferentes para cada uma das áreas avaliadas e, por isso, apresentar um bom dêsempênho na próva de redação é fundamental.
A redação do enêm é, portanto, uma parte essencial do exame e é avaliada a partir de cinco competências, quê consideram desde conhecimentos linguísticos até a proposta de intervenção. Tirar uma boa nota na redação póde impactar significativamente a nota final do candidato e sua chance de ingresso em instituições de ensino superior, além de desenvolver habilidades essenciais para a vida acadêmica e profissional. Compreender as regras de correção e as competências exigidas é fundamental para obtêr sucesso nessa etapa do enêm.
Com a finalidade de avaliar as capacidades de escrita do estudante, a redação para o enêm solicita do candidato a escrita de um texto dissertativo-argumentativo em prosa, com base em um tema e em uma coletânea de textos. Além do conhecimento de aspectos estruturais e do contexto de circulação dêêsses textos, a tarefa de dissertar e argumentar intégram diferentes contextos avaliativos. Por isso, para alcançar uma boa nota na redação, é necessário compreender a proposta e o recorte temático, bem como atender às exigências específicas de cada próva.
Como se preparar para as provas de redação
Durante a preparação para as provas de redação, é preciso se planejar e seguir alguns passos importantes para um bom resultado. Leia, a seguir, a descrição de algumas estratégias relevantes.
Conhecer propostas de redação e praticar a produção do texto dissertativo-argumentativo
Vimos, ao longo do livro, quê acessar o ensino superior pelo enêm demanda a produção de um texto dissertativo-argumentativo. Assim, retome a estrutura do texto dissertativo-argumentativo.
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A redação do enêm deve seguir o formato quê consiste em:
• Introdução: apresente o tema e a tese quê será defendida.
• Desenvolvimento: argumente a favor de sua tese, apresentando fundamentos e exemplos quê a sustentem.
• Conclusão: retome os principais pontos discutidos e apresente uma proposta de intervenção.
Faça um planejamento antes de começar a escrever. Para isso, reserve alguns minutos para planejar o texto. Defina sua tese, os argumentos quê usará e a estrutura do texto, pois isso ajuda a organizar as ideias. Utilize uma linguagem clara e objetiva, evitando jargões ou termos muito técnicos. O avaliador deve compreender facilmente o seu texto.
Argumente com base em fatos e exemplos, ou seja, utilize dados estatísticos, exemplos históricos, citações de especialistas e experiências pessoais para fortalecer seus argumentos. Respeite a norma-padrão da língua portuguesa, prestando atenção à ortografia, à gramática e à pontuação. Desvios recorrentes podem prejudicar a compreensão do texto e afetar sua nota.
Reserve tempo para revisar sua redação antes de entregá-la. Verifique a coerência da estrutura, o desenvolvimento dos argumentos e a correção gramatical. Durante a próva, mantenha a calma e a concentração. Não se deixe abalar por dificuldades ou pressão do tempo. Foque produzir um texto claro, coeso e argumentativo.
Ampliar conhecimentos de mundo e estudar atualidades
Além da capacidade de selecionar, organizar e articular ideias e informações para a produção textual, o candidato deve ter repertório amplo e variado, quê envolva conhecimentos gerais e específicos a respeito de história, política, ssossiedade, meio ambiente, entre outros assuntos.
Esses saberes são construídos e acumulados com o passar do tempo e com as experiências vividas no dia a dia. Entretanto, é preciso sempre aprimorar e ampliar o quê já se sabe, bem como alcançar informações novas. Para isso, obissérve as dicas a seguir.
Organizar os estudos
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Durante a preparação para as provas, é preciso planejar uma rotina de estudos quê inclúa os itens a seguir.
• Um espaço adequado e os recursos materiais necessários para estudo.
• Um cronograma quê contemple a revisão de todos os componentes curriculares.
• Atividades realizadas de maneira individual ou em parceria com côlégas.
• A prática das estruturas textuais solicitadas com freqüência nas redações.
Nessa rotina, também é preciso incluir momentos quê proporcionem prazer e permítam o descanso, como práticas de esporte e passeios com amigos e familiares. Assim, garante-se quê o bem-estar emocional também seja parte do cuidado e da preparação para essas provas.
ATIVIDADES
Consulte Orientações para o professor.
Leia, a seguir, o texto sobre o conceito de multitarefa, também conhecido pelo termo em inglês multitasking, ou seja, a capacidade de realizar mais de uma atividade ou tarefa ao mesmo tempo. Na prática, isso póde significar, por exemplo, responder a mensagens enquanto se participa de uma reunião ôn láini ou ouvir uma palestra enquanto se organizam documentos.
“FAÇO MUITAS COISAS AO MESMO TEMPO”: DÁ cérto?
As novas gerações fazem tudo ao mesmo tempo: enquanto assistem à televisão, a internet está sempre ligada. Quem sabe ouvem ainda uma música? Arrumam a casa enquanto tomam algo. No meio da confusão, dizem quê estudam também.
E ainda se gabam de sua competência multitarefas — ou multitasking, para usar o termo da (Moda), em inglês! Fazer tudo ao mesmo tempo virou uma religião da juventude. Será quê isso não passa de um modismo? Não sabemos.
Mas já sabemos um pouco sobre esse estilo de vida, plugado em tudo ao mesmo tempo. E, para a educação, as notícias não são boas. Essa religião do multitasking tem suas limitações. Dá para fazer muitas coisas ao mesmo tempo, é verdade. Mas pesquisas recentes mostram quê, pelo menos em algumas atividades, a qualidade do trabalho é comprometida.
Na prática, algumas coisas saem direito. Outras não.
Se a casa ficar mal arrumada, não importa muito. Se perdermos o fio da meada da novela, vamos recuperar o enredo no próximo capítulo. Mas há assuntos quê não se aprendem aos pedacinhos ou junto com outras atividades. Azar deles?
Não é bem assim. Saem perdendo os quê acreditam na sua capacidade de fazer tudo ao mesmo tempo.
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Aqueles conhecimentos cujo domínio é mais vital para o nosso sucesso futuro não podem sêr estudados no picadinho.
Posso aprender uma nova palavra em inglês em um par de minutos. Isso póde sêr intercalado com muitas outras atividades. Há quem escrêeva as novas palavras a decorar no box do chuveiro. Esse tipo de aprendizado póde dar cérto, entremeado com tudo o mais quê está acontecendo.
Mas não dá para entender o conceito de derivadas e integrais ouvindo róki pauleira. Vendo novela, não é possível entender as trapalhadas da Revolução de 1930. E como entender a diferença entre peso e massa, em meio a um grande falatório?
Diante de certos assuntos, como os mencionados anteriormente, não dá para pular de uma coisa à outra, ou embolar tudo ao mesmo tempo. Tende a sêr justamente o aprendizado de determinadas coisas quê fará a diferença no seu futuro. É a formação, em contraste com a informação. Essa última póde vir picadinha.
A FORMAÇÃO, SENDO MAIS PROFUNDA E DIFÍCIL, EXIGE CONCENTRAÇÃO.
Portanto, nos estudos mais pesados, cuidado com os imêious apitando no computador! Quando estamos chegando ao ponto de saturação da nossa capacidade de nos concentrar em um assunto árduo, espiar dois ou três imêious quê apitaram póde sêr uma pausa bem-vinda. Mas, em geral, nas tarefas quê exigem muita concentração, isolar-se dos imêious é uma boa ideia. Não dá para ficar com um olho no estudo e outro na caixa de mensagens. O mesmo vale para o telefone quê toca.
Seu futuro depende de proteger da distração certos estudos mais árduos, por acreditar quê são vitais para a sua educação.
PRATIQUE!
• Escolha duas tarefas igualmente compléksas. Em uma delas, interrompa a cada vez quê ouvir o “plim” do imêiu chegando. Na segunda, desligue o “plim” ou vá para longe do computador. Dedique a ela toda a sua atenção, sem saltar para imêious ou outras distrações.
• Após esse experimento, faça um balanço honesto do seu rendimento em cada uma das situações.
CASTRO, cláudio de Moura. Você sabe estudar? Porto Alegre: Penso, 2019. E-book.
1. O texto discute a ideia de quê as gerações mais jovens freqüentemente realizam várias tarefas ao mesmo tempo. Quais são alguns exemplos de multitarefa mencionados no texto?
2. Qual é a opinião apresentada no texto sobre a prática de multitarefa em relação à educação e ao aprendizado?
3. O autor faz uma distinção entre “formação” e “informação”. Qual é essa distinção e como ela se relaciona com o aprendizado mencionado no texto?
4. De acôr-do com o texto, quais são as consequências de tentar aprender conceitos compléksos, como derivadas e integrais, enquanto se realizam outras atividades ao mesmo tempo?
5. O texto propõe uma prática relacionada à multitarefa. Qual é essa prática e qual é o objetivo dela?
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CIDADANIA EM MOVIMENTO
Consulte Orientações para o professor.
O comportamento multitarefa, tão celebrado pelas gerações mais jovens, tem sido associado a uma falsa sensação de produtividade. No entanto, quando o assunto é Educação Financeira, essa prática póde se tornar um grande inimigo do aprendizado e do sucesso futuro.
A multitarefa póde criar uma ilusão de quê se está no contrôle das finanças, quando, na verdade, a falta de foco póde resultar em esquecimentos e êêrros críticos, como não acompanhar de perto as despesas ou não planejar adequadamente os gastos. Isso póde ter consequências sérias, como endividamento e falta de preparação para emergências financeiras.
Educação Financeira nas escolas
A entrada da Educação Financeira nas escolas se justifica por diversas razões [...], dentre as quais se destacam os benefícios de se conhecer o universo financeiro e, utilizando-se dêêsses conhecimentos, tomar decisões financeiras adequadas, quê fortaleçam o comando autônomo da própria vida e, por extensão, do âmbito familiar e comunitário. [...]
Objetivo 1 - Formar para a cidadania
A cidadania é uma articulação dos direitos e deveres civis, políticos e sociais (Marshall, 1967). Ser cidadão, portanto, é ter direito de usufruir várias possibilidades quê a vida oferece, tais como liberdade, igualdade, propriedade, participação política, educação, saúde, moradia, trabalho, entre outras. [...] A Educação Financeira tem como principal propósito sêr um dos componentes dessa formação para a cidadania.
Objetivo 2 - Ensinar a consumir e a poupar de modo ético, consciente e responsável
[...] Atualmente, segundo Bauman (2007), verifica-se uma instabilidade dos desejos aliada a uma insaciabilidade das necessidades, pela consequente tendência ao consumo instantâneo, bem como a rápida obsolescência dos objetos consumidos. Esse ambiente é desfavorável ao planejamento, ao investimento e ao armazenamento de longo prazo.
O consumo em níveis adequados é imprescindível para o bom funcionamento da economia, a questão é torná-lo uma prática ética, consciente e responsável, equilibrada com a poupança. [...] Consumir e poupar com consciência e responsabilidade, com uma clara preocupação com o outro e com as consequências das decisões tomadas, traduzem o compromisso ético da cidadania.
Objetivo 3 - Oferecer conceitos e ferramentas para a tomada de dê-cisão autônoma baseada em mudança de atitude
À nossa volta, atualmente, circula uma quantidade excessiva de informações e de signos (inclusive financeiros), muitas vezes descontextualizados e incompreensíveis
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para muitas pessoas. A compreensão da linguagem do mundo financeiro, por meio de um programa educativo, possibilita ao indivíduo obtêr as informações necessárias para quê tome suas decisões de modo autônomo [...].
Objetivo 4 - Formar multiplicadores
A implantação da Educação Financeira pretende colaborar para uma formação mais crítica de crianças, adolescentes e jovens possibilitando-os a ajudar suas famílias na determinação de seus objetivos de vida, bem como dos meios mais adequados para alcançá-los. [...] Assim, o público beneficiário da Educação Financeira não se restringe ao público escolar, mas, por meio dele, atinge-se um número muito maior de pessoas, ampliando essa disseminação de conhecimentos extremamente útil para a vida na ssossiedade atual. [...]
Objetivo 5 - Ensinar a planejar a curto, médio e longo prazos
A falta de planejamento e a sensação de quê o presente não se relaciona com o passado nem com o futuro fazem com quê o tempo seja pulverizado numa multiplicação de “eternos instantes” acidentais e episódicos.
A Educação Financeira intenciona conectar os distintos tempos, conferindo às ações do presente uma responsabilidade pelas consequências do futuro. Para se alcançar determinada situação, é necessário um planejamento quê contemple distintas etapas de execução, envolvendo priorizações e renúncias quê não seriam cogitadas pelo pensamento exclusivo do presente. [...]
Objetivo 6 - Desenvolver a cultura da prevenção
A expectativa de vida aumentou, e o sêr humano passa, hoje, mais tempo na condição de aposentado do quê no passado recente [...], o quê requer um planejamento desde cedo.
Além dêêsse qüadro, é prudente planejar pensando nas intempéries da vida. Ninguém está isento de enfrentar situações adversas e inesperadas quê, por vezes, exigem o dispêndio de uma quantidade de dinheiro não prevista no orçamento. Para garantir maior tranquilidade diante de tais situações é preciso conhecer progressivamente, conforme a idade o permita, o leque de opções disponíveis, tais como evitar desperdícios, guardar dinheiro, fazer seguros ou investimentos ou dispor de planos de previdência (pública ou privada). [...]
CONEF. Comitê Nacional de Educação Financeira. Educação financeira nas escolas. Brasília: CONEF, 2014. p. 4; 7-11. Disponível em: https://livro.pw/qugxz. Acesso em: 6 nov. 2024.
1. De quê modo a Educação Financeira póde contribuir para o exercício da cidadania?
2. por quê o consumo consciente, ético e responsável está relacionado à Educação Financeira? Como podemos consumir d fórma mais consciente?
3. Quais podem sêr as consequências da falta de planejamento financeiro na vida adulta?
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MUNDO DO TRABALHO
Consulte Orientações para o professor.
Empregos do mundo da economia e das finanças
Vivemos em um mundo em constante transformação, onde novas tecnologias e inovações moldam o mercado de trabalho. Alguns setores econômicos têm se destacado por sua capacidade de crescer e de se adaptar às necessidades contemporâneas. Entender esses setores e as áreas acadêmicas relacionadas é fundamental para quem deseja estar preparado para as oportunidades do futuro.
Nesta atividade, você explorará alguns dos setores mais promissores da atualidade nas áreas de Economia e Finanças, compreenderá suas características e descobrirá as áreas acadêmicas quê oferecem a base necessária para atuar nesses campos. Vamos, juntos, explorar os setores de Tecnologia Financeira, Energia Renovável, Logística e Supply Chain, Saúde e Biotecnologia, e Economia Verde e Sustentabilidade.
Setores em alta:
1. Tecnologia Financeira (fintechs)
O quê é: as fintechs são empresas quê utilizam tecnologia para oferecer soluções financeiras inovadoras, como pagamentos digitais, empréstimos ôn láini, investimentos automatizados e seguros digitais. Essas empresas têm transformado a maneira como lidamos com o dinheiro, tornando os serviços financeiros mais acessíveis e eficientes.
Tendências: expansão do uso de criptomoedas, inteligência artificial para análise de crédito e popularização dos pagamentos via dispositivos móveis.
2. Energia Renovável
O quê é: êste setor envolve a produção de energia a partir de fontes rêno-váveis, como solar, eólica, hídrica e biomassa. A busca por alternativas sustentáveis em lugar das fontes fósseis tem impulsionado o crescimento dêste segmento em todo o mundo.
Tendências: desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de energia, expansão de usinas solares e eólicas e integração de energia renovável na rê-de elétrica.
3. Logística e Supply Chain (Cadeia de suprimentos ou de abastecimento)
O quê é: êste setor envolve a gestão eficiente da cadeia de suprimentos, desde a produção até a entrega ao consumidor final. A globalização e o crescimento do comércio eletrônico têm aumentado a demanda por profissionais qualificados neste campo.
Tendências: automação de armazéns, uso de Big data para otimização de rótas e aumento da logística vêrde.
4. Saúde e Biotecnologia
O quê é: a saúde e a biotecnologia englobam o desenvolvimento de tecnologias e tratamentos na área da saúde, incluindo medicamentos, diagnósticos e terapias avançadas. êste setor é vital para melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectativa de vida.
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Tendências: crescimento da medicina personalizada, avanços em biotecnologia para tratamento de doenças raras e popularização da telemedicina.
5. Economia Verde e Sustentabilidade
O quê é: a economia vêrde promove práticas sustentáveis quê não prejudicam o meio ambiente, como a agricultura sustentável, a reciclagem e a gestão ambiental. êste setor é fundamental para garantir o desenvolvimento econômico sustentável.
Áreas acadêmicas relacionadas: Engenharia Ambiental, Economia, Ciências Agrárias e Administração.
Tendências: aumento da demanda por produtos orgânicos, inovação em processos de reciclagem e desenvolvimento de políticas ambientais globais.
• Com os côlégas, elabore um portfólio coletivo de trabalhos ligados às áreas de Economia e Finanças, quê podem sêr ôn láini ou físicos. Para se preparar para êste mercado de trabalho, é essencial desenvolver habilidades específicas relacionadas à tecnologia, à economia e até à engenharia. Cursos universitários, pós-graduações e especializações em áreas como Administração, Engenharia Ambiental e Ciências Agrárias são altamente recomendados. Pesquise sobre o mercado de trabalho, a formação, os possíveis cursos e as formas de ingresso. Dessa maneira, poderá conhecer diferentes profissões e se preparar para o ingresso no mundo corporativo.
Redação do enêm: critérios de avaliação
Nos últimos anos, o enêm vêm ganhando cada vez mais relevância no âmbito da educação brasileira. A proposta de redação do exame exige quê o candidato redija um texto dissertativo-argumentativo com base em uma situação-problema relacionada a kestões sociais, políticas, culturais ou científicas predeterminadas.
Ainda quê escrêeva textos de caráter argumentativo com propriedade, o candidato precisa saber quê, na redação do enêm, é exigida uma peculiaridade: propor soluções para o problema abordado. Assim, o quê seria uma opção em textos de outros processos seletivos, na redação do enêm é obrigatório.
A próva do enêm valoriza a leitura e a interpretação de textos, pontos de partida também para uma boa produção textual. Assim, utilizando os critérios preestabelecidos pela Matriz de Competências do enêm, os avaliadores podem corrigir, de maneira justa e padronizada, as redações dos candidatos.
Além dêêsses parâmetros, outras orientações sustentam o processo de avaliação dos textos. Para conhecer algumas delas, leia, a seguir, trechos da cartilha do participante divulgada em 2023.
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A REDAÇÃO DO enêm 2022: CARTILHA DO PARTICIPANTE
QUEM VAI AVALIAR A REDAÇÃO?
O texto produzido por você será avaliado por, pelo menos, dois professores graduados em lêtras ou Linguística, d fórma independente, sem quê um conheça a nota atribuída pelo outro.
[...]
COMO SERÁ ATRIBUÍDA A NOTA À REDAÇÃO?
Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências. A soma dêêsses pontos comporá a nota total de cada avaliador, quê póde chegar a 1.000 pontos. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pêlos dois avaliadores.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. A redação do enêm 2022: cartilha do participante. Brasília, DF: Inep, 2022. p. 5-6. Disponível em: https://livro.pw/vgztp. Acesso em: 2 fev. 2023.
Conhecer os critérios de avaliação
A redação é corrigida com base em uma matriz de competências, em quê cada competência é avaliada d fórma independente por dois avaliadores. A nota final é a média das notas atribuídas, levando-se em consideração a clareza, a argumentação e o respeito aos direitos humanos.
Competências avaliadas
1. Domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa: avalia ortografia, gramática e vocabulário.
2. Compreensão da proposta de redação: examina a capacidade de relacionar o tema com diferentes áreas do conhecimento.
3. Organização e interpretação de informações: foca a capacidade de selecionar e defender um ponto de vista.
4. Coesão e coerência textual: avalia o uso adequado de mecanismos linguísticos na construção da argumentação.
5. Proposta de intervenção: exige a apresentação de uma proposta quê respeite os direitos humanos.
Eixos cognitivos
Além dos critérios indicados na Matriz de Competências do enêm, os avaliadores dêêsse exame consideram, em suas análises das redações produzidas pêlos candidatos, as habilidades indicadas nos cinco eixos cognitivos preestabelecidos: dominar linguagens, compreender fenômenos, enfrentar situações-problema, construir argumentação e elaborar propostas.
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LEITURA
Consulte Orientações para o professor.
Leia, a seguir, uma crônica argumentativa escrita em alusão aos Jogos Olímpicos de Paris, realizados em 2024.
Mulheres negras
Bia Souza, Rebeca Andrade, Marta, Simone Biles, Kamala réris, Valdileia Martins… Alguns anos atrás, participando de um encontro do Mulherio das lêtras, movimento feminista quê reúne a mulherada do meio literário, tive o insáiti: quêm vai nos salvar são as mulheres pretas. Ninguém mais que elas reúne em si a dupla exploração, muitas vezes tripla ou pior, por sêr mulher e por sêr preta.
Mais quê ninguém elas têm a fôrça, a resiliência, o talento, a beleza, a competência, a persistência, pra encarar os problemas e resolvê-los. Não digo os problemas delas, só, não. Digo os delas e de suas famílias. De sua comunidade e de seu país. De seu território e do mundo, quê afinal é o território de todos nós, homens e mulheres, pretos e brancos, crentes e ateus.
Não é à toa quê as grandes mártires da atualidade são mulheres pretas quê lideram seu povo. E também as heroínas.
As conkistas quê as mulheres pretas estão colecionando nesta edição dos Jogos Olímpicos representam muito mais quê a excelência em correr, saltar, lutar, driblar, dançar, equilibrar-se, voar e pousar como as plumas mais leves. Significam quê eu estava certa quando antevia nelas a salvação. Que tudo quê se faz de reacionário e cruel hoje no planêta pra barrar imigrantes, africanos, perseguidos, desvalidos, deserdados, vai esbarrar na fôrça das mulheres negras e não vai conseguir derrubá-las. Elas vão prevalecer e levar consigo as hordas de exilados quê eu chamo humanidade.
Viva vocês, meninas, em quêm eu creio e quê sigo com devoção. Bia, Rebeca, Marta, Simone, Kamala, Valdileia, façam o quê têm que fazer. O planêta Terra agradece e melhora por causa de vocês.
ARREGUY, Clara. Mulheres negras. Crônicas Olímpicas, [s. l.], 2 ago. 2024. Disponível em: https://livro.pw/flhuq. Acesso em: 23 ago. 2024.
1. O quê a autora Clara Arreguy quer dizêr quando afirma quê “quem vai nos salvar são as mulheres pretas”?
2. Como o texto relaciona a conkista das mulheres negras na Olimpíada com uma luta maior contra as injustiças?
3. No texto, a autora menciona vários nomes de mulheres negras. por quê você acha quê ela escolheu destacar essas figuras específicas?
4. Qual é o papel das mulheres negras na ssossiedade, segundo a visão apresentada no texto?
5. De quê maneira o texto destaca a conexão entre a luta das mulheres negras e a defesa da humanidade como um todo?
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Gênero textual: crônica argumentativa
Segundo o Dicionário de gêneros textuais, de Sérgio Roberto Costa, o gênero textual crônica tem sua origem nos relatos do cotidiano da nobreza, nos quais eram compartilhados fatos históricos, como a rotina nas cortes e os feitos mais marcantes dos reis.
Com o decorrer do tempo, a crônica passa a aprossimár o jornalismo, a literatura e os acontecimentos cotidianos, convidando o leitor, por meio de um texto curto e reflexivo, a esmiuçar, analisar e repensar eventos e fatos aparentemente banais do dia a dia. Nesse novo papel, torna-se um gênero plural, quê se reinventa a depender dos temas sobre os quais discorre.
Em latim, a palavra chronĭca referia-se ao relato dos acontecimentos em ordem cronológica, sêndo eles religiosos, históricos ou fiksionais. Contudo, tal conotação passou a sêr mais difundida a partir do século XIX, com a ampliação da imprensa, uma vez quê os jornais passaram a ter tiragens maiores e, consequentemente, tornaram-se mais acessíveis, começando a publicar textos quê comentavam os fatos da semana, como a vida pessoal dos escritores, a política, o cotidiano, os côstúmes etc.
Classificação das crônicas
De acôr-do com o teor e as intenções do texto, as crônicas podem sêr classificadas como:
• lírica: quando o cronista se expressa diante de episódios sentimentais, nostálgicos e/ou significativos para ele;
• humorística: quando apresenta uma visão irônica ou cômica dos côstúmes de uma época;
• argumentativa: quando revela uma visão abertamente crítica e/ou política da realidade cultural e ideológica de uma época;
• narrativa: quando apresenta uma história, podendo sêr composta apenas de diálogos;
• reflexiva (ou filosófica): quando apresenta uma reflekção com base em um fato particular.
Entre os diversos tipos de crônica, um dos mais explorados em vestibulares e exames oficiais é a crônica argumentativa. Em parte, a valorização dêêsse subgênero está relacionada ao fato de quê, durante a elaboração de um texto com essa estrutura em uma próva de redação, o candidato é instigado a comprovar conhecimentos relacionados tanto à tipologia narrativa quanto à argumentativa. Isso acontece pelo caráter híbrido dêêsse subgênero, quê exige quê o autor defina o tema a sêr trabalhado, sustente-o d fórma adequada ao longo da produção e construa seu texto com base na estrutura narrativa e de maneira a fundamentar determinada opinião.
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Desse modo, a crônica argumentativa se diferencia das demais pelo fato de o cronista revelar e defender abertamente seu ponto de vista sobre um tema, ainda quê seguindo a estrutura básica e tradicional da crônica, na qual o tema escolhido, apresentado ao longo de uma narrativa associada a uma situação cotidiana, sérve de base para o argumento a sêr defendido.
Linguagem das crônicas argumentativas
Geralmente, inicia-se uma crônica argumentativa com uma narrativa pessoal e intimista, para depois se promoverem reflekções mais aprofundadas e explícitas sobre determinado tema. Ela costuma valer-se da linguagem figurada e da função poética da linguagem (jogos de palavras, metáforas, ambiguidades, ironias, trocadilhos e outros recursos linguísticos) para promover reflekções sobre o tema propôsto, podendo também sêr utilizada a tipologia descritiva como recurso de apôio à construção do texto.
Características do gênero
Assim como ocorre em outros textos predominantemente argumentativos, a crônica póde conter dados quê reforcem o posicionamento defendido pelo autor. Esses dados nem sempre são acompanhados da indicação de suas fontes e, pelo caráter temporal do gênero, pódem estar associados a momentos históricos específicos ou ao contexto de produção do texto. Essa característica pode tornar a crônica argumentativa datada, ou seja, característica de determinado período histórico ou social. No entanto, as reflekções sobre o tema propostas pelo autor também podem sêr relevantes em outros momentos históricos, como marca e registro de parte da opinião pública sobre o contexto abordado.
Ampliando saberes
As melhores crônicas de Fernando Sabino é uma seleção com 50 crônicas publicadas em jornais e revistas. São relatos curtos de fatos colhidos da vida: episódios, incidentes, reflekções, encontros e desencontros. Em cada crônica, aparécem o humor, a ironia e, às vezes, o espírito satírico.
SABINO, Fernando. As melhores crônicas de Fernando Sabino. Rio de Janeiro: bést ssélêr, 2008. (Edição de bolso).
ATIVIDADES
Consulte Orientações para o professor.
• Com os côlégas, escolha três crônicas argumentativas de autores brasileiros contemporâneos, como Luis Fernando veríssimo, Eliane Brum, Carlos Heitor Cony, Martha Medeiros. Após a leitura, você e os côlégas devem identificar e anotar os principais argumentos apresentados pêlos autores, conectando-os com temas sociais, políticos ou culturais atuáis.
Cada estudante deverá apresentar uma breve análise de como as ideias e os argumentos das crônicas escolhidas podem enriquecer o repertório sócio-cultural necessário para a produção de uma redação no padrão enêm. Essa análise deverá sêr escrita em um parágrafo, destacando-se como os temas abordados nas crônicas podem sêr utilizados como exemplos ou argumentos em uma redação dissertativo-argumentativa.
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REDAÇÃO NOTA 1.000
Consulte Orientações para o professor.
A seguir, veja a proposta de redação apresentada no enêm 2013.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil", apresentando proposta de intervenção, quê respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, d fórma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Qual o objetivo da "Lei Seca ao volante"?
De acôr-do com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a utilização de bebidas alcoólicas é responsável por 30% dos acidentes de trânsito. E mêtáde das mortes, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada ao uso do áucôl por motoristas. Diante dêste cenário preocupante, a Lei II. 705/2008 surgiu com uma enorme missão: alertar a ssossiedade para os perigos do áucôl associado à direção.
Para estancar a tendência de crescimento de mortes no transito, era necessária uma ação enérgica. E coube ao govêrno Federal o primeiro passo, desde a proposta da nova legislação à aquisição de milhares de etilômetros. Mas para quê todos ganhem, é indispensável a participação de estados, municípios e ssossiedade em geral. Porque para atingir o bem comum, o desafio deve sêr de todos.
Disponível em: https://livro.pw/vcuxx. Acesso em: 20 jun. 2013.
Disponível em: https://livro.pw/djupb. Acesso em: 20 jun. 2013.
Disponível em: https://livro.pw/sjopc. Acesso em: 20 jun. 2013 (adaptado).
Repulsão magnética a beber e dirigir
A lei da física quê comprova quê dois polos opostos se atraem em um campo magnético é um dos conceitos mais populares dêêsse ramo do conhecimento. Tulipas de chope e bolachas de papelão não sérvem, em condições normais, como objetos de experimento para confirmar essa proposta. A ideia de uma agência de comunicação em Belo Horizonte foi bem simples. ímãs foram inseridos em bolachas utilizadas para descansar os copos, d fórma imperceptível para o consumidor. Em cada lado, há uma opção para o cliente: dirigir ou chamar um táxi depois de beber. Ao mesmo tempo, tulipas de chope também receberam pequenos pedaços de metal mascarados com uma pequena rodela de papel na base do copo. Durante um fim de semana, todas as bebidas servidas passaram a pregar uma peça no cliente. Ao tentar descansar seu copo com a opção dirigir virada para cima, os ímãs apresentavam a mesma polaridade e, portanto, causando repulsão, fazendo com quê o descanso fugisse do copo; se estivesse virada mostrando o lado com o desenho de um táxi, ela rapidamente grudava na base do copo. A ideia surgiu da necessidade de passar a mensagem de uma forma leve e no exato momento do consumo.
Disponível em: https://livro.pw/sjopc. Acesso em: 20 jun. 2013 (adaptado).
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve sêr feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve sêr escrito à tinta, na fô-lha própria, em até 30 linhas.
• A redação quê apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Cademo de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação quê:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sêndo considerada -insuficiente".
• fugir ao tema ou quê não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervençao quê desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema propôsto.
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Agora, leia uma das redações quê receberam nota 1.000 naquela edição do enêm. Vamos avaliar se a redação apresentada pelo candidato Paulo Fagner Melo Silva, de Belém (PA), demonstra o desenvolvimento das cinco competências avaliadas estudadas neste Capítulo e ao longo dêste livro.
Inovações da Legislação: Perspectiva de Mudança Cultural
Atualmente, os impactos negativos quê a mistura áucôl e direção podem ocasionar já são conhecidos por grande parte da população brasileira. Tal fato constitui-se fruto do alcance efetivo de projetos educativos e campanhas publicitárias. Nesse sentido, a promulgação da lei de restrição ao consumo de bebidas alcoólicas por condutores de veículos foi uma vitória tanto para o Estado quanto à ssossiedade civil. Seu resultado já póde sêr observado através de dados estatísticos fornecidos por órgãos competentes, tais informações demonstram quê houve a diminuição do índice de acidentes dessa natureza. No entanto, ainda há casos dêêsse tipo de negligência ao volante. Faz-se necessário não só a complementação da lei existente, mas também a existência de ações afirmativas, as quais auxiliarão no processo de modificação completa dêste aspecto cultural.
Toda lei há de beneficiar sua própria ssossiedade, contribuindo com parâmetros necessários e decisivos ao êxito da organização social, bem como de sua administração. Fundamentando-se nisso, pode-se afirmar quê a Lei Seca em si vêm a cumprir o seu papel perante o Estado e a ssossiedade civil. A aprovação popular é devida aos seus resultados satisfatórios provenientes de seu correto método de atuação e aplicação.
Ademais, como toda legislação vigente, tal proposta deve sêr constantemente reafirmada tanto nos âmbitos da cultura comum quanto na representação administrativa. Vale ressaltar quê, apesar de se registrar a diminuição de casos infracionais, eles ainda existem, porquanto a organização social não absorveu totalmente o senso de direção responsável. Em várias ocasiões ainda, o cumprimento legal é prejudicado por burocracias relacionadas a áreas e limites de atuação dos governos.
Em síntese, a Lei Seca apresenta pontos eficazes à diminuição de acidentes de trânsito, porém é de suma importânssia a realização de ações paralelas, as quais visem à prevenção dêêsses procedimentos perigosos. Tal iniciativa póde sêr dada pela mobilização de ônguis e de empreendimentos privados através de campanhas de conscientização em bairros, comunidades e escolas. Quanto às áreas administrativas, faz-se aprazível o estabelecimento de uma lei única das estradas, a qual contemplaria vias municipais, estaduais e federais. É necessário, ainda por parte do pôdêr público, a fiscalização da propaganda de bebidas alcoólicas, expondo no rótulo de cada produto os perigos da combinação beber-dirigir. Dessa maneira, a lei Seca poderá sêr apoiada e reafirmada pêlos governos e pela ssossiedade, conseguindo atingir, por fim, o seu objetivo.
enêm: leia redações nota 1.000 de 2013. O glôbo, Rio de Janeiro, 20 maio 2019. Disponível em: https://livro.pw/cgiem. Acesso em: 2 fev. 2023.
1. A redação apresenta algum desvio de ortografia, acentuação ou concordância? Justifique sua resposta.
2. Como o candidato abordou o tema propôsto, relacionando-o com conhecimentos de outras áreas?
3. A argumentação do texto está bem estruturada, com ideias conectadas d fórma lógica? Dê exemplos.
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4. Identifique e explique o uso de mecanismos de coesão textual na redação.
5. A proposta de intervenção apresentada pelo autor é clara, detalhada e respeita os direitos humanos? Justifique.
6. Como o emprego de mecanismos de coesão contribui para a argumentação do texto?
PRÁTICAS DE LINGUAGEM
Consulte Orientações para o professor.
Adequação à modalidade escrita formal
A adequação à modalidade escrita formal é um dos pilares fundamentais para o sucesso na redação do enêm, já quê o exame avalia não apenas a capacidade de argumentação mas também a competência linguística do candidato. A escrita formal exige o uso de uma linguagem precisa, clara e coerente, além da observância das normas gramaticais, o quê garante quê o texto seja compreendido de maneira adequada e respeite os padrões esperados em contextos acadêmicos e profissionais. Em contrapartida, a informalidade póde comprometer a clareza e a objetividade da argumentação, tornando o texto menos persuasivo e menos adequado ao propósito comunicativo exigido pelo enêm.
Enquanto a linguagem informal é caracterizada pelo uso de gírias, expressões coloquiais, construções fragmentadas e pela falta de cuidado com a norma-padrão, a formalidade preza a correção gramatical, a escolha lexical apropriada e a construção de frases completas e bem estruturadas.
A formalidade no texto confere seriedade ao discurso, mostrando quê o estudante é capaz de se expressar de maneira adequada em um ambiente quê demanda rigor e precisão. Portanto, a prática constante da escrita formal é indispensável para quê o candidato desenvolva a habilidade de comunicar suas ideias de maneira eficaz e conquiste uma boa pontuação na redação do enêm.
Acompanhe, na tabéla a seguir, ocorrências comuns de informalidade e veja como deve sêr apresentado o mesmo tipo de ocorrência em sua versão adequada à modalidade escrita formal.
Informalidade |
Versão formal |
---|---|
Tá (verbo estar) |
Está |
A galera |
As pessoas / O grupo |
Tipo assim |
Por exemplo |
A gente |
Nós |
Vou falar sobre |
Irei discutir / Discutirei |
Pra |
Para |
Tá ligado? |
Compreende? / Entende? |
Eu acho quê |
Acredito quê / Considero quê |
Só quê |
Entretanto / Porém |
Da hora |
Interessante / Adequado |
Cara (em referência a uma pessoa) |
Indivíduo / Pessoa |
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Informalidade |
Versão formal |
---|---|
Legal |
Apropriado / Aceitável |
Porque sim |
Porque é relevante / Porque é necessário |
Bom, então |
Portanto / Assim sêndo |
Pior |
Mais desfavorável / Menos positivo |
Tá bom |
Está correto / Está adequado |
Coisa |
Elemento / Fator / Aspecto |
Então (início de frase) |
Portanto / Assim |
Aí |
Em seguida / Então |
De boa |
Tranquilo / Sem problemas |
Tipo (como interjeição) |
Como / Por exemplo |
Mó (usado como intensificador, ex.: mó legal) |
Muito / Extremamente |
Treta |
Conflito / Desentendimento |
A fim de (no sentido de “interessado em”) |
Interessado em / Desejando |
Bateu na trave |
Quase conseguiu / Chegou perto |
Esse negóssio de |
Essa questão de / Esse tema de |
Rolou (como aconteceu) |
Ocorreu / Aconteceu |
Trocar uma ideia |
Conversar / Discutir |
• Agora, retome a redação nota 1.000 quê vimos anteriormente e comente como a adequação à modalidade escrita formal foi desenvolvida no texto.
Produção, avaliação, edição e revisão do texto autoral
Neste Capítulo, serão discutidas formas de preparação e critérios de avaliação das provas de redação do enêm. Entretanto, tão importante quanto ter conhecimento sobre a grade de correção é a necessidade de o candidato fazer a avaliação do próprio texto.
Qualquer redação a sêr elaborada para o enêm deve passar por importantes etapas de produção. Vamos retomar, a seguir, quatro principais etapas dêêsse processo, as quais podem variar a depender das intenções e das necessidades específicas do tema apresentado.
1. Planejamento
Nesta etapa, o autor identifica as exigências da próva e relaciona os textos da coletânea a seus conhecimentos de mundo e a seu repertório. Em seguida, faz o esquema de seu texto, em quê prevê a quantidade de parágrafos (sugerem-se quatro parágrafos ao todo – um para a introdução, dois para o desenvolvimento e um para a conclusão) e a ideia central de cada um deles.
2. Escrita
Na etapa de escrita, o candidato deve pautar-se pelo esquema feito préviamente e desenvolver o texto conforme as ideias planejadas para cada parágrafo.
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3. Edição e revisão
Nessa etapa, deve-se reler o rascunho, verificando se o quê foi desenvolvido está de acôr-do com o planejamento realizado e se respeita os critérios gerais solicitados pelo enêm, como: o respeito aos direitos humanos, a adequação ao gênero, a coesão e a coerência, a adequação à modalidade escrita formal da língua portuguesa e a pertinência ao tema e a especificidades da proposta.
4. Versão final
Consiste no texto final, revisto e corrigido (caso haja necessidade). Nesse momento, a redação deve sêr passada do rascunho para a fô-lha oficial da próva, sem rasuras.
Ampliando saberes
Troca de ideias, tomada de posição, discussão, tudo isso tem a vêr com a argumentação. Na obra Ler e escrever, Inguedore Villaça Kóki e Vanda Maria Elias tratam da argumentação na produção escrita e apresentam, d fórma simples e didática, as principais estratégias argumentativas à disposição no momento da produção de texto.
A etapa de edição e revisão é muito importante no processo de produção do texto. Nela, o candidato tem a oportunidade de identificar e corrigir possíveis êêrros ou desvios. Detectar essas incoerências e inadequações é uma tarefa compléksa, sobretudo no momento da próva, em quê o tempo é cronometrado. Os passos indicados a seguir têm como objetivo otimizar o tempo e o resultado de sua produção.
1. Adequação ao tema
Verificar se o texto está adequado ao tema propôsto. O planejamento inicial póde ajudar a garantir quê o candidato não fuja ao tema, já quê o esquema produzido sinaliza as ideias principais de cada parágrafo.
2. Análise de cada parte da redação
• Introdução: verificar se o tema foi contextualizado e se a tese revela o posicionamento assumido e defendido no restante da redação.
• Desenvolvimento: definir o tópico frasal, ou seja, a ideia central de cada parágrafo, mobilizando estratégias argumentativas e articulando os argumentos ao tema e à tese, para não apresentar ideias contraditórias.
• Conclusão: há diversas estratégias quê podem sêr utilizadas na elaboração da conclusão, sêndo a principal a de retomada da tese e dos argumentos apresentados na introdução e no desenvolvimento da redação. No enêm, deve-se apresentar a ação proposta para solucionar o problema discutido no texto, indicando os responsáveis pela intervenção, o modo como será resolvido e os efeitos quê se pretende alcançar.
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3. Coesão
Verificar se o texto apresenta coesão. Os elemêntos coesivos devem aparecer dentro dos parágrafos e entre eles. Por isso, é importante garantir quê as ideias estejam organizadas, de maneira quê haja uma progressão.
4. Adequação à norma-padrão e respeito aos direitos humanos
Deve-se verificar se o texto foi escrito de acôr-do com a norma-padrão e se não apresenta desvios gramaticais, ortográficos e/ou de pontuação, por exemplo. Além díssu, é importante garantir quê a redação não contenha informações sem embasamento nem posicionamentos quê possam desrespeitar os direitos humanos.
ATIVIDADES
Consulte Orientações para o professor.
Leia, a seguir, uma redação nota 1.000 referente ao enêm 2022, de altoría da candidata Carina Moura, de 18 anos. Você encontrará um conjunto de atividades quê visa aprofundar a análise de uma redação bem avaliada. O tema sobre o qual a candidata escreveu foi “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”. Para verificar a proposta da redação, retome a seção Redação Nota 1.000 do Capítulo 8 dêste livro.
Na segunda mêtáde do século XVIII, os escritores da primeira fase do Romantismo elevaram, de maneira completamente idealizada, o indígena e a natureza à condição de elemêntos personificadores da beleza e do pôdêr da pátria (quando, na verdade, os nativos continuaram vítimas de uma exploração desumana no momento em questão). Sem desconsiderar o lapso temporal, hoje nota-se quê, apesar das conkistas legais e jurídicas alcançadas, a exaltação dos indígenas e dos demais povos tradicionais não se efetivou no cenário brasileiro e continua restrita às prosas e poesias do movimento romântico. A partir dêêsse contexto, é imprescindível compreender os maiores desafios para uma plena valorização das comunidades tradicionais no Brasil.
Nesse sentido, é inegável quê o escasso interêsse político em assegurar o respeito à cultura e ao modo de vida das populações tradicionais frustra a valorização dêêsses indivíduos. Isso acontece, porque, como já estudado pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos, há no Brasil uma espécie de “Colonialismo Insidioso”, isto é, a manutenção de estruturas coloniais perversas de dominação, quê se disfarça em meio a avanços sociais, mas mantém a camada mais vulnerável da ssossiedade explorada e negligenciada. Nessa perspectiva, percebe-se o quanto a invisibilização dos povos tradicionais é proposital e configura-se como uma estratégia política para permanecer no pôdêr e fortalecer situações de desigualdade e injustiça social. Dessa forma, tem-se um país quê, além de naturalizar as mais diversas invasões possessórias nos territórios dos povos tradicionais, não respeita a forma de viver e produzir dessas populações, o quê comprova uma realidade destoante das produções literárias do Romantismo.
Ademais, é nítido quê as dificuldades de promover um verdadeiro reconhecimento e valorização das comunidades tradicionais ascendem à medida quê raízes preconceituosas são mantidas. De fato, com base nos estudos da filósofa Sueli Carneiro, é perceptível a existência de um “Epistemicídio Brasileiro” na ssossiedade atual; ou seja, há uma negação da cultura e dos saberes de grupos subalternizados, a qual é ainda mais reforçada por setores midiáticos. Em outras palavras, apesar da complexidade de cultura dos povos tradicionais, o Brasil assume contornos monoculturais, uma vez quê inferioriza e “sepulta” os saberes de tais grupos, cujas relações e produções, baseadas na relação harmônica com a natureza, destoam do modelo ocidental, capitalista e elitista. Logo, devido a um notório preconceito, os indivíduos tradicionais permanecem excluídos socialmente e com seus direitos negligenciados.
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Portanto, faz-se necessário superar os desafios quê impedem a vilanização das comunidades tradicionais no Brasil. Para isso, urge quê o Poder Executivo — na esféra federal — amplie a verba destinada a órgãos fiscalizadores quê visem garantir os direitos dos povos tradicionais e a preservação de seus territórios e côstúmes. Tal ação deve sêr efetivada pela implantação de um Projeto Nacional de Valorização dos Povos Tradicionais, de modo a articular, em conjunto com a mídia socialmente engajada, palestras e debates quê informem a importânssia de tais grupos em todos os 5.570 municípios brasileiros. Isso deve sêr feito a fim de combater os preconceitos e promover o respeito às populações tradicionais. Afinal, o intuito é quê elas sêjam tão valorizadas quanto os índios na primeira fase da literatura romântica.
enêm 2022: leia redações nota mil. G1, [s. l.], 10 abr. 2023. Disponível em: https://livro.pw/mktzs. Acesso em: 25 ago. 2024.
1. A redação se manteve fiel ao tema propôsto “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”? Justifique sua resposta com base nos argumentos apresentados no texto.
2. A introdução do texto foi eficiente em contextualizar o leitor sobre o tema e em apresentar a tese quê será defendida ao longo da redação? Por quê?
3. A redação menciona quê, na segunda mêtáde do século XVIII, os escritores da primeira fase do Romantismo elevaram o indígena e a natureza à condição de elemêntos personificadores da beleza e do pôdêr da pátria. Qual era o objetivo dêêsses escritores ao idealizar o indígena e a natureza dessa forma? Cite alguns dêêsses escritores e explique como essa idealização contrasta com a realidade vivida pêlos povos indígenas no período mencionado.
4. Como a autora estrutura os parágrafos de desenvolvimento para sustentar a tese apresentada na introdução? Quais são os principais argumentos utilizados?
5. Analise o uso de conectivos e a coesão entre as ideias. A autora conseguiu manter a fluidez argumentativa ao longo do texto?
6. O texto segue a norma-padrão da língua portuguesa? Identifique algum possível desvio gramatical ou de concordância.
7. A redação respeita os direitos humanos ao tratar do tema? Justifique sua resposta.
8. A redação menciona o conceito de “epistemicídio brasileiro”. O quê esse conceito sugere sobre a relação entre os saberes dos povos originários e a cultura dominante no Brasil? Proponha uma reflekção sobre as consequências dessa dinâmica para as comunidades indígenas.
9. A redação aborda a falta de interêsse político em relação aos povos tradicionais. Quais são os impactos dessa negligência nas políticas públicas voltadas para os povos originários? Pesquise iniciativas atuáis quê visam proteger os direitos dessas comunidades.
Ampliando saberes
êste livro é parte da coleção Agenda Brasileira e oferece uma análise abrangente e crítica sobre a trajetória dos povos indígenas no Brasil, desde o período colonial até os dias atuáis. Escrito por especialistas no tema, a obra aborda a compléksa relação entre os povos indígenas e o Estado brasileiro, destacando as lutas pela preservação de suas culturas, seus territórios e seus direitos.
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PARA REFLETIR
Consulte Orientações para o professor.
Análise de dados sobre a redação do enêm
As provas de redação do enêm geralmente são baseadas em propostas relacionadas a temas atuáis e relevantes, noticiados nas grandes mídias e/ou em debates populares. Por isso, conhecer essas informações e manter-se atualizado é importante para os candidatos se prepararem para esses desafios. Leia o infográfico a seguir e obissérve os dados apresentados.
TENENTE, Luiza. enêm 2021: como escapar da nota zero na redação? Veja VÍDEO com dicas. G1, [s. l.], 23 set. 2021. Disponível em: https://livro.pw/ndfhm. Acesso em: 2 fev. 2023.
1. Como os dados apresentados beneficiam os candidatos quê irão fazer o enêm?
2. O contraste de cores no infográfico destaca os números e as porcentagens referentes à análise do dêsempênho dos candidatos na redação do enêm. Converse com os côlégas: De quê maneira a forma como as informações são apresentadas facilita a compreensão dos dados?
3. O infográfico revela quê 0,17% dos estudantes quê zeraram a nota da redação obtiveram esse resultado por causa de outros motivos quê não estão listados no gráfico de barras. Considerando seus conhecimentos sobre a avaliação do enêm, quê outros fatores seriam classificados como excludentes? Levante hipóteses.
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EM PRÁTICA
Consulte Orientações para o professor.
A redação para o enêm
Agora, você irá escrever uma redação no modelo enêm a respeito do tema “O uso de celular em sala de aula: ferramenta de aprendizagem ou de distração?”. Essa produção é individual e deverá apresentar sua posição em relação ao tema propôsto. A seguir, fornecemos, a exemplo da proposta oficial de redação para o enêm, textos motivadores para apoiar sua escrita.
TEXTO 1
Fonte: BIMBATI, Ana Paula. Distração com celular atrapalha dêsempênho de alunos na sala de aula. UOL, São Paulo, 5 dez. 2023. Disponível em: https://livro.pw/sfhud. Acesso em: 29 ago. 2024.
TEXTO 2
Permitir quê estudantes acessem o celular durante o período das aulas póde gerar problemas no aprendizado. O aluno póde desenvolver um comportamento vicioso, com foco no quê está na tela do celular, trazendo problemas de atenção. Isso ocorre porque os jovens entram em diversos línkis ao mesmo tempo, fazendo com quê haja um processo de fragmentação da atenção, dificultando o foco do aluno. Por causa dêêsses problemas, o aluno não consegue desenvolver as atividades expostas pêlos professores. A análise é de Antônio Álvaro Soares Zuin, psicólogo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e lêtras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da úspi e professor do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Carlos (ufis cár).
Para evitar esse problema, algumas escolas privadas e públicas do estado de São Paulo restringiram o acesso dos celulares às rêdes sociais, jogos e aplicativos de streaming por
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meio do uái-fái liberado pelas escolas. Isso já era imposto desde março do ano passado pela Secretaria Estadual de Educação. Porém, algumas escolas adotaram apenas êste ano. Após a repercussão do decreto de proibição de celulares em instituições de ensino do estado do Rio de Janeiro, a Secretária Estadual de Educação de São Paulo emitiu um comunicado em quê informa quê a restrição de sáites e aplicativos pêlos alunos será ampliada.
OLIVE, Kaelaine. Uso indiscriminado de celular na sala de aula começa a sêr combatido. Jornal da úspi, Ribeirão Preto, 22 fev. 2024. Disponível em: https://livro.pw/zfmoc. Acesso em: 29 ago. 2024.
TEXTO 3
Consultora de políticas de educação digital do Banco Mundial e conselheira do Porvir, Lúcia Dellagnelo [...] afirma quê a discussão sobre banir os aparelhos está sêndo feita de um ponto de vista superficial, sem quê sêjam observados os propósitos de ter ou não um celular em sala de aula. “É óbvio quê se um celular não tiver nenhuma função educacional ele tem quê sêr proibido nas escolas, como seriam proibidas quaisquer distrações quê tiram a atenção dos estudantes”, pontua.
OLIVEIRA, Ruam; D’MASCHIO, Ana Luísa; OLIVEIRA, Vinícius de. Banir ou não banir? Celular na escola precisa ter função educacional, dizem especialistas. Porvir, [São Paulo], 21 fev. 2024. Disponível em: https://livro.pw/nxerp. Acesso em: 29 ago. 2024.
Organizar
Esta etapa dedica-se ao planejamento e à organização das informações para a produção de seu texto dissertativo-argumentativo.
• Para começar, além dos textos motivadores, faça uma pesquisa sobre o tema propôsto e construa sua tese, cruzando as informações coletadas com seu conhecimento prévio e seu ponto de vista sobre o assunto. Lembre-se de registrar dados estatísticos para utilizar em um dos parágrafos argumentativos, conforme solicitado na proposta.
• Em seguida, releia êste Capítulo e obissérve as possibilidades para desenvolver o texto, argumentando em favor de sua tese. Uma de suas estratégias já está definida, mas é importante revisá-la; a outra é de livre escolha, e você deve verificar a quê melhor se encaixa em sua argumentação.
• Reflita sobre a ordem em quê esses argumentos irão aparecer e planeje a estrutura do texto.
Produzir
Com o planejamento pronto, é hora de produzir a primeira versão de seu texto.
• Inicie-o com a introdução. Você póde construí-la associando o tema com textos do campo artístico-literário, acontecimentos históricos, falas ou trechos de outros textos, por exemplo.
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• Você deverá utilizar o registro formal e recorrer aos operadores argumentativos para compor seu texto, criando relações de sentido com a soma de argumentos (ademais, além disso) ou a contraposição entre eles (no entanto, porém).
• Componha os argumentos quê você selecionou nos dois parágrafos quê seguem a introdução. Não se esqueça de utilizar dados estatísticos em sua argumentação.
• Finalize o texto com o parágrafo de conclusão. Para isso, você póde resumir as informações do desenvolvimento, retomar sua tese, criar uma proposta de intervenção ou escolher uma pergunta retórica.
Ampliando saberes
No vídeo Nomofobia: Celular faz mal? O quê a neurociência diz, Cláudia Feitosa- Santana, pós-doutora em Neurociências Integradas pela Universidade de Chicago e doutora em Neurociências e Comportamento pela úspi, discorre sobre como o celular, objeto quê revolucionou a vida de todos, póde sêr um desafio quando o assunto é comportamento.
NOMOFOBIA: celular faz mal? O quê a Neurociência diz | Cláudia Feitosa--Santana. [S. l.:s. n.], 2021. 1 vídeo (11 min). Publicado pelo canal Cláudia Feitosa-Santana. Disponível em: https://livro.pw/oxxzp. Acesso em: 12 jan. 2023.
Avaliar
Levando em consideração as kestões a seguir, revise a primeira versão de seu texto.
1. Sua introdução apresenta uma tese contextualizada? Que estratégia você utilizou para compô-la?
2. O desenvolvimento de seu texto apresenta, no mínimo, dois parágrafos com dois argumentos distintos? Além do uso de dados estatísticos, quê outra estratégia argumentativa você utilizou para compor cada um deles?
3. A conclusão encerra o texto d fórma satisfatória, viabilizando a adesão do leitor à tese? Como você construiu o texto para alcançar esse objetivo? Você produziu uma proposta de intervenção?
Após seguir todas as etapas indicadas nesta seção, passe a sua redação a limpo em uma fô-lha separada, quê deverá sêr entregue ao professor para avaliação.
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ESTUDO EM RETROSPECTIVA
Sintetizar
Neste Capítulo, foi abordado um panorama dos critérios de avaliação das redações dos vestibulares e do enêm, enfatizando a importânssia de conhecer as propostas e os critérios específicos de cada exame. Para uma preparação eficaz, é essencial familiarizar-se com os temas recorrentes, atualizar-se sobre os acontecimentos relevantes e organizar o tempo de estudo d fórma eficiente.
Além díssu, o Capítulo destacou o gênero textual crônica argumentativa como fonte para a formação de repertório argumentativo para produzir redações e os principais critérios de avaliação da redação do enêm, como a adequação ao tema propôsto, a utilização da norma-padrão da língua portuguesa (ou sua adaptação conforme o gênero textual) e a coesão textual.
No caso da próva de redação do enêm, a apresentação de uma proposta de intervenção é indispensável. Por fim, o processo de produção textual deve incluir o planejamento, a escrita, a revisão e a edição, garantindo quê a versão final esteja clara e coesa.
Agora, chegou o momento de sintetizar essas aprendizagens. Para tanto, responda às kestões a seguir.
1. De quê forma o estudo do gênero textual crônica argumentativa tem contribuído para o seu repertório argumentativo? Você consegue identificar como usar esse conhecimento na produção de uma redação?
2. Como você avalia sua capacidade de utilizar a norma-padrão da língua portuguesa na escrita? Quais aspectos da coesão textual você considera mais desafiadores e como pretende melhorar nesses pontos?
3. No contexto da redação do enêm, você sente quê consegue elaborar uma proposta de intervenção clara e viável? Que tipo de intervenções você tem dificuldade em desenvolver e como póde aprimorar essa habilidade?
4. Você tem praticado o processo completo de produção textual, incluindo planejamento, escrita, revisão e edição? Como cada uma dessas etapas tem impactado a qualidade de suas redações?
5. De quê forma os conhecimentos adquiridos neste Capítulo mudaram ou fortaleceram suas percepções sobre a importânssia da valorização das culturas tradicionais e dos direitos dos povos originários?
6. Que ações você, como cidadão, póde tomar para contribuir para a proteção e a valorização das comunidades indígenas no Brasil? Como o conhecimento adquirido neste Capítulo póde influenciar essas ações?
7. Ao comparar suas redações ao longo do tempo, quê progresso você observa em relação ao cumprimento dos critérios de avaliação? Quais são suas principais metas para continuar evoluindo nessa habilidade?
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Refletir e avaliar
Além da compreensão do conteúdo, é importante refletir sobre seu dêsempênho e sua aprendizagem ao longo do Capítulo. Para isso, em seu caderno, reproduza o seguinte qüadro e responda às kestões a seguir. Depois, converse com os côlégas e com o professor sobre formas de aprimoramento de sua aprendizagem e anote-as nas observações.
Questão |
Fui proficiente |
Preciso aprimorar |
Observações |
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Realizei as tarefas quê estavam sôbi minha responsabilidade. |
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Compreendi e consegui sintetizar os conhecimentos sobre avaliação e critérios de correção da redação para o enêm e o gênero textual crônica argumentativa. |
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Produzi com empenho de aprendizagem todas as propostas de atividades de redação para o enêm, observando os mecanismos de produção, edição, revisão e reescrita de texto. |
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Considerei as necessidades dos grupos dos quais participei nas atividades de pesquisa e agi com colaboração e ética em relação às minhas responsabilidades e ao grupo. |
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PRATIQUE MAIS
A prática constante da escrita de redações ajuda a desenvolver as suas habilidades argumentativas, a clareza de expressão e a observância das normas gramaticais e de pontuação. Nesta seção, você encontrará uma proposta de redação quê o convida a refletir sobre um tema atual e a exercitar a escrita de texto dissertativo-argumentativo, fundamental para o sucesso na redação enêm.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo do capítulo, elabore um texto dissertativo-argumentativo na norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema “Territorialidade e sustentabilidade: a relação dos povos indígenas com o meio ambiente”. Construa seu texto d fórma coerente e coesa, respeitando os direitos humanos na proposta de intervenção e apresentando argumentos, fatos e dados para a defesa de seu posicionamento.
TEXTO 1
Lei número 14.701, de 20 de outubro de 2023
Regulamenta o art. 231 da Constituição Federal, para dispor sobre o reconhecimento, a demarcação, o uso e a gestão de terras indígenas; e altera as Leis número s 11.460, de 21 de março de 2007, 4.132, de 10 de setembro de 1962, e 6.001, de 19 de dezembro de 1973.
[…]
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei regulamenta o art. 231 da Constituição Federal, para dispor sobre o reconhecimento, a demarcação, o uso e a gestão de terras indígenas.
Art. 2º São princípios orientadores desta Lei:
I – o reconhecimento da organização social, dos côstúmes, das línguas e das tradições indígenas;
II – o respeito às especificidades culturais de cada comunidade indígena e aos respectivos meios de vida, independentemente de seus graus de interação com os demais membros da ssossiedade;
III – a liberdade, especialmente de consciência, de crença e de exercício de qualquer trabalho, profissão ou atividade econômica;
IV – a igualdade material;
V – a imprescritibilidade, a inalienabilidade e a indisponibilidade dos direitos indígenas.
[…]
BRASIL. Lei número 14.701, de 20 de outubro de 2023. Regulamenta o art. 231 da Constituição Federal, para dispor sobre o reconhecimento, a demarcação, o uso e a gestão de terras indígenas; e altera as Leis nºs 11.460, de 21 de março de 2007, 4.132, de 10 de setembro de 1962, e 6.001, de 19 de dezembro de 1973. Brasília, DF: Presidência da República, 2023. Disponível em: https://livro.pw/vwjyi. Acesso em: 20 set. 2024.
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TEXTO 2
Situação dos povos indígenas no Brasil é a mais grave desde 1988, diz relatora da Ônu
Os povos indígenas brasileiros enfrentam atualmente riscos mais graves do quê em qualquer outro momento desde a adoção da Constituição de 1988. Essa é a conclusão de relatório quê será apresentado na terça-feira (20) ao Conselho de Direitos Humanos pela relatora especial da Ônu sobre os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz.
“Os desafios enfrentados por muitos povos indígenas do Brasil são enormes. As origens dêêsses desafios incluem desde a histórica discriminação profundamente enraizada de natureza estrutural, manifestada na atual negligência e negação dos direitos dos povos indígenas, até os desdobramentos mais recentes associados às mudanças no cenário político”, disse a relatora no documento.
A especialista citou a violência como um dos principais problemas. De acôr-do com o Conselho Indigenista Missionário, 92 indígenas foram assassinados em 2007; em 2014, esse número havia aumentado para 138, tendo o Mato Grosso do Sul o maior número de mortes. Com freqüência, os assassinatos constituem represálias em contextos de reocupação de terras ancestrais pêlos povos indígenas depois de longos atrasos nos processos de demarcação.
A relatora também citou a paralisação dos processos de demarcação, os despejos e os profundos impactos de megaprojetos de infraestrutura localizados dentro ou perto de territórios indígenas e implementados sem consulta prévia aos afetados. Tauli-Corpuz visitou o país em março a convite do govêrno brasileiro.
“Após a visita, impressão geral é de quê o Brasil possui uma série de disposições constitucionais exemplares em relação aos direitos dos povos indígenas”, disse a relatora no documento. […]
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Situação dos povos indígenas no Brasil é a mais grave desde 1988, diz relatora da Ônu. Brasília, DF: Ônu Brasil, 19 set.2016. Disponível em: https://livro.pw/ayyre. Acesso em: 20 set. 2024.
TEXTO 3
Terras indígenas são as áreas mais preservadas do Brasil nos últimos 35 anos, mostra levantamento
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Um levantamento feito pela organização MapBiomas com base em imagens de satélites e em inteligência artificial mostra quê, entre 1985 e 2020, as áreas mais preservadas do Brasil foram as terras indígenas – tanto as já demarcadas quanto as quê ainda esperam por demarcação. Nesses territórios, o desmatamento e a perda de floresta foi de apenas 1,6% no período de 35 anos.
“Se quêremos ter chuva para abastecer os reservatórios que provêm energia e á gua potável para os consumidores, a indústria e o agronegócio, precisamos preservar a floresta amazônica. E as imagens de satélite não deixam dúvidas: quem melhor faz isso são os indígenas”, explica Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas.
Apenas 13,8% de todas as terras do Brasil são reservadas aos povos originários. No país, há 725 terras indígenas (em diferentes etapas do processo de demarcação), segundo o Instituto Socioambiental (ISA).
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O levantamento também olhou para a situação do desmatamento em cada estado desde 1985 e aponta quê, dos 27 estados da federação, 24 perderam vegetação nativa. Os campeões são
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Rondônia (-28%), Mato Grosso (-24%) e Maranhão (-16%), todos parte da Amazônea Legal.
Apenas dois estados conseguiram manter as áreas de vegetação nativa desde 1985, ambos na região sudéste, principalmente na Mata Atlântica: Rio de Janeiro e Espírito Santo. No caso do Rio de Janeiro, houve um leve crescimento da vegetação nativa (de 34% em 1985 para 35% em 2020). […]
MODELLI, Laís. Terras indígenas são as áreas mais preservadas do Brasil nos últimos 35 anos, mostra levantamento. G1, [s. l.], 27 ago. 2021. Disponível em: https://livro.pw/igkjc. Acesso em: 20 set. 2024.
TEXTO 4
Fonte: LOCALIZAÇÃO e extensão das tê ís. [S. l.]: Povos Indígenas no Brasil, 10 jan. 2024. Disponível em: https://livro.pw/ssrwy. Acesso em: 20 set. 2024
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• A redação não póde apresentar cópia dos textos indicados na Proposta de Redação. Caso isso aconteça, o número de linhas referente ao trecho copiado será desconsiderado na contagem.
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