Projeto 1 Sustentabilidade: quêque ações contribuem?

Síntese do Projeto

Temas contemporâneos transversais:

• Educação ambiental; educação para o consumo

Categorias:

• Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética

Objetos de Conhecimento:

• O Ocidente Clássico: aspectos da cultura na Grécia e em Roma; Brasil: Primeiro Reinado; O Brasil do Segundo Reinado; Primeira República e suas características; Produção, circulação e consumo de mercadorias; Distribuição da população mundial; Corporações e organismos internacionais; Transformações do espaço na ssossiedadesociedade urbano-industrial.

Objetivo:

• Investigar as iniciativas sustentáveis quêque ocorrem na cidade ou na comunidade com o objetivo de refletir sobre princípios, valores e ações quêque contribuem para entender o conceito de sustentabilidade e fomentar a corresponsabilidade na conservação dos recursos naturais.

Justificativa:

• As iniciativas de sustentabilidade podem sêrser dirigidas a diferentes âmbitos – pessoal (projeto de vida), ambiental, social, econômico etc. –, tendo a cooperação como base para concretizar essas propostas. Um dos focos dêstedeste projeto é incentivar a reflekçãoreflexão sobre propostas para cidades ou comunidades quêque contribuam para aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e a capacidade para o planejamento e a gestão participativa, integrada e sustentável dos assentamentos humanos. O projeto objetiva motivar uma proposta de ação sustentável quêque possa contribuir com os desafios locais e globais.

Competências gerais da BNCC: 1, 2, 5, 7 e 10

Competências específicas e habilidades:

• Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas:

• competência específica 1: EM13CHS106

• competência específica 3: EM13CHS301

• competência específica 4: EM13CHS404

• Área de Matemática e suas Tecnologias:

• competência específica 1: EM13MAT102

• competência específica 2: EM13MAT202

• Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias:

• competência específica 2: EM13CNT206

• competência específica 3: EM13CNT302

Componentes curriculares:

• Líder: Filosofia, Geografia, História e Sociologia

• Outros perfis disciplinares: Ciências da Natureza e suas Tecnologias – Biologia; Matemática e suas Tecnologias

Materiais sugeridos:

Etapa 1:

• Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.

• Livros, jornais e revistas.

Etapa 2:

• Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.

• Livros, jornais e revistas.

Etapa 3:

• Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.

• Livros, jornais e revistas.

• Materiais relacionados à forma selecionada pelo grupo para apresentar o trabalho, quêque pódepode sêrser maquétemaquete ou croqui, pôsteres ou apresentações em slides.

Introdução

No projeto Sustentabilidade: quêque ações contribuem?, o componente curricular Geografia tem destaque, podendo o professor dessa disciplina assumir a condução, mas são indispensáveis as parcerias com História, Filosofia e Sociologia. Vale ressaltar quêque, no projeto, as parceiras com as áreas da Matemática e suas Tecnologias e da Ciências da Natureza e suas Tecnologias serão fundamentais para a a criação de argumentos sólidos e com fundamentos teóricos pertinentes.

Propõe-se, neste projeto, quêque os estudantes deixem a condição de observadores e passem a integrar as ações propostas como investigadores, protagonistas e agentes de transformação dos lugares quêque habitam, à medida quêque coloca os estudantes no centro do processo cognitivo, quêque é interdisciplinar e colaborativo e tem o professor como um mediador quêque coopera e orienta.

As competências gerais propostas pela BNCC visam à formação integral dos indivíduos e devem

Página duzentos e vinte e três223 MP

orientar os objetivos de todos os componentes curriculares ao longo de toda a escolaridade. As propostas dêstedeste projeto contemplam algumas competências gerais da BNCC e competências específicas das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, das Ciências da Natureza e da Matemática e suas Tecnologias. Elas exercitam a curiosidade intelectual e a criatividade dos estudantes para a elaboração de hipóteses e explicações relacionadas à sustentabilidade e estimulam a valorização de conhecimentos historicamente construídos e a abordagem própria das ciências, tal como preveem as competências gerais 1 e 2. No decorrer da investigação, os estudantes são orientados a utilizar tecnologias digitais no desenvolvimento das atividades e a atuar coletivamente para a produção de conhecimentos com base em princípios sustentáveis e democráticos, como é sugerido nas competências gerais 5 e 10. Além díssudisso, os estudantes são convidados a planejar e elaborar propostas de ações sustentáveis, utilizando diferentes linguagens e tecnologias digitais, d fórmade forma ética e reflexiva, para produzir conhecimentos e promover a consciência sócio-ambientalsocioambiental, quêque é evidenciada na competência geral 7 e na habilidade EM13CHS106 da BNCC.

É recomendável quêque você conheça as competências, mas mantenha o foco no trabalho com as habilidades, já quêque elas contribuem para o desenvolvimento das competências. Durante a descrição das etapas de desenvolvimento do projeto, evidenciaremos as competências e as habilidades quêque atuam na construção dos conhecimentos.

Orientações didáticas

Páginas 14 e 15

Etapa 1: Vamos começar

Engajamento: jovens e ações sustentáveis

Logo no início do projeto Sustentabilidade: quêque ações contribuem?, é importante conversar sobre as ideias prévias quêque a turma tem sobre o tema. Não se trata ainda de apresentar ou discutir conceitos, mas sim de ouvir impressões, suposições e exemplos dos estudantes. É importante deixar quêque falem livremente, façam perguntas entre si e exponham dúvidas. É uma forma de aprossimáraproximar o grupo da primeira leitura proposta, nas páginas 14 e 15. Nessa leitura, identificamos e discutimos o trabalho científico e tecnológico da primeira brasileira a ganhar o Prêmio Jovens da Terra, da Organização das Nações Unidas (ÔnuONU), e evidenciamos os efeitos dêêssedesse fato para a comunidade, remetendo às competências específicas 4 (CHS); 2 e 3 (CNT) e às habilidades EM13CHS404, EM13CNT206 e EM13CNT302.

A leitura do texto pódepode sêrser coletiva ou individual e silenciosa; utilize a opção mais adequada para a sua turma. Solicite aos estudantes quêque usem o caderno para anotar dúvidas, comentários e outras informações. Assim, estarão preparados para responder às kestõesquestões. Possibilite aos estudantes o tempo necessário para a elaboração das atividades 1 e 2 e para a elaboração da investigação proposta na atividade 3. Após a resolução das atividades, sugerimos quêque as respostas sêjamsejam compartilhadas. Solicite aos estudantes quêque leiam o quêque produziram para os côlégascolegas e estimule as discussões para quêque ocorram d fórmade forma quêque todos tênhamtenham voz e sêjamsejam ouvidos e respeitados. A atividade deve sêrser acompanhada de perto por você, quêque vai monitorar as trocas e fazer as intervenções necessárias. Nessa etapa, é importante a colaboração entre os professores de Biologia, de Filosofia, de Geografia, de História e de Sociologia.

Ampliação

• BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o quêque é – o quêque não é. Petrópolis: Vozes, 2017.

O autor traça um amplo painel histórico sobre o conceito de sustentabilidade, do século XVI até os dias atuáisatuais, e defende modelos de desenvolvimento sustentável quêque devem sêrser aplicados d fórmade forma global e integral.

Atividades propostas Página 15

1. Espera-se quêque os estudantes apresentem, em linhas gerais, o percurso de Anna Luísa a partir de 2013, desde o primeiro contato com o Prêmio Jovem Cientista (CNPq), em quêque criou um projeto para resolver o problema da falta de á guaágua potável no semiárido nordestino, passando pelas pesquisas no Ensino Médio, depois em 2019, quando recebeu o Prêmio Jovens da Terra (ÔnuONU) com o projeto Aqualuz e o desenvolvimento de sua startup especializada em purificação de á guaágua não potável usando a luz solar.

2. Espera-se quêque os estudantes percêbampercebam quêque o projeto de tornar potável a á guaágua no semiárido nordestino é uma iniciativa sustentável, tanto do ponto de vista ambiental, na medida em quêque usa a á guaágua das chuvas captada nas cisternas, quanto do ponto de vista social e econômico, pois melhora a qualidade de vida e reduz os gastos da comunidade, quêque é beneficiada com a á guaágua potável oferecida pela Aqualuz.

3. ôriêntiOriente os estudantes a buscar informações nos sáitessites indicados a seguir. No portal Prêmio Jovem

Página duzentos e vinte e quatro224 MP

Cientista, eles podem encontrar os objetivos da premiação na aba “Regulamento”, no art. 2º: “revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores quêque procuram inovar na solução dos desafios da ssossiedadesociedade brasileira”. Chame a atenção dos estudantes para o art. 3º, o qual explica quêque a “cada edição do Prêmio Jovem Cientista é indicado um tema importante para o desenvolvimento científico e tecnológico, com prioridade nacional, quêque atenda às políticas públicas do govêrnogoverno federal e seja de relevância para a ssossiedadesociedade brasileira”. Na aba “Oprêmio”, os estudantes podem encontrar os nomes dos últimos ganhadores e escolher os projetos quêque mais chamam a atenção para discuti-los. Aproveite a oportunidade para discutir com a turma sobre a importânssiaimportância do fomento à ciência, do investimento em educação, ciência e tecnologia e do impacto quêque tais iniciativas têm para os jovens e sua entrada no mercado de trabalho.

Ampliação

• 30º Prêmio Jovem Cientista. Prêmio Jovem Cientista, [s. l.], [20--].

Disponível em: https://livro.pw/wsmlz. Acesso em: 14 out. 2024.

Plataforma com orientações sobre a 30º edição do Prêmio Jovem Cientista.

• ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Faça sua Inscrição. [S. l.]: ÔnuONU, [202-?].

Disponível em: https://livro.pw/sotij. Acesso em: 9 out. 2024.

Página da ÔnuONU com informações de inscrições sobre o prêmio Jovem Campeões da Terra. Na página, o estudante poderá conhecer os projetos e os vencedores anteriores, bem como notícias e vídeos da premiação. Incentive os estudantes a desenvolver um projeto quêque possa concorrer ao prêmio criado pela ÔnuONU.

Atividade de ampliação

Se existir disponibilidade de tempo, amplie a atividade proposta sugerindo a produção de um painel, físico ou virtual, sobre cientistas mulheres quêque, como Anna Luísa, dêsênvólvemdesenvolvem projetos e ações sustentáveis ou estimulam o engajamento social e científico no Brasil e no mundo. Após a elaboração do painel, peça aos estudantes quêque compartilhem os resultados da investigação com os côlégascolegas e, juntos, dialoguem sobre as possibilidades de mercado de trabalho relacionadas ao campo científico.

Mais atividade

Sugira a leitura da reportagem indicada a seguir e, depois de ler, organize uma roda de conversa sobre a lista produzida pelo jornáljornal quêque contempla diversas mulheres do Brasil e do mundo quêque foram referências para o desenvolvimento das vacinas contra a covid-19.

Nesta atividade, é importante a colaboração entre os professores de Sociologia e de Biologia.

Ampliação

• MARTINS, Thays. Conheça mulheres quêque batalharam por uma vacínavacina contra a covid-19. Correio Braziliense, Brasília, DF, 8 mar. 2021.

Disponível em: https://livro.pw/yquyi. Acesso em: 9 out. 2024.

A matéria apresenta mulheres de diversas áreas quêque foram fundamentais para o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19.

• PRÊMIO Para Mulheres na Ciência: conheça a vencedora na área de Matemática. Sociedade Brasileira de Matemática, [s. l.], 8 dez. 2023.

Disponível em: https://livro.pw/ubrsw. Acesso em: 9 out. 2024.

A página apresenta o perfil de uma cientista premiada no ano de 2023 com o prêmio “Para Mulheres na Ciência”, desenvolvido em parceria com a UNESCO. A premiação promove a igualdade de gênero ao premiar projetos inovadores desenvolvidos por pesquisadoras mulheres no mundo todo.

Páginas 16 e 17

Exploração: sustentabilidade e desenvolvimento sustentável

Mais atividade

Nesta fase do trabalho, os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável ganham uma ampliação. Com isso, os estudantes poderão perceber quêque a sustentabilidade não está relacionada apenas às kestõesquestões ambientais, mas abrange as esferas social, cultural, econômica e política.

Para ampliar o diálogo sobre o tema sustentabilidade e os conhecimentos sobre os ideais filosóficos quêque orientam a ecologia, sugerimos a leitura dêstedeste trecho da introdução da obra Criando hábitátishábitats na escola sustentável: livro do educador.

Página duzentos e vinte e cinco225 MP

Criando Hábitats

O planêtaplaneta Terra está em constante transformação. Durante milhões de anos a natureza veio mudando e desenvolvê-udesenvolveu uma incrível variedade de formas de vida quêque estão, seguramente, interligadas. No entanto, esse equilíbrio ecológico está sêndosendo perturbado pelas ações do homem, e a Terra enfrenta mudanças numa escala alarmante. A máquina de “usar e jogar fora”, quêque hoje comanda as economias industrializadas, causou danos ao meio ambiente por meio do intenso consumo de combustíveis fósseis e florestais. Essas ações põem grande pressão nos éco-sistemasecossistemas de todo o mundo e resultam na perda da biodiversidade de muitas espécies. Estatísticas alarmantes mostram quêque entre 10 e 15% das espécies de plantas poderão estar extintas até o ano de 2050. Cerca de 23% das espécies de mamíferos, 12% das de pássaros e 32% dos anfíbios estão, neste momento, ameaçadas de extinção.

Já foi dito, e é sempre bom lembrar, quêque neste século todas as pessoas vão passar suas vidas lidando com as profundas implicações do quêque está sêndosendo chamado de “a problemática mundial”, em quêque kestõesquestões sociais, econômicas, políticas e ambientais estão interligadas e já não podem mais sêrser discutidas isoladamente. Passaremos grande parte do tempo nos preocupando em reorganizar a humanidade, em garantir a melhoria da qualidade de vida para esta e futuras gerações sem acabar com o patrimônio comum: o planêtaplaneta em quêque vivemos.

A pergunta a sêrser colocada é: como podemos passar de uma crise ambiental para um futuro sustentável?

LEGAN, LúciaLucia. Criando hábitátishábitats na escola sustentável: livro do educador. Imprensa Oficial do estado de São Paulo. São Paulo: Pirenópolis: Ecocentro IPEC, 2009.

Sugira aos estudantes quêque, reunidos em grupos de trabalho, respondam à pergunta proposta no texto: “Como podemos passar de uma crise ambiental para um futuro sustentável?”.

Para elaborar a resposta, sugira quêque façam um levantamento coletivo de exemplos de ações quêque permitiriam a existência continuada dos éco-sistemasecossistemas naturais do planêtaplaneta.

Ampliação

• SPAZZIANI, Maria de Lourdes éti áuet al. (org.). Educação ambiental sintrópica: ensaios para o futuro. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2022.

Coletânea de artigos quêque busca promover a melhoria na educação intelectual, social e afetiva com base em atividades educativas ambientais.

Atividades propostas Página 17

1. Espera-se quêque os estudantes reconheçam quêque a ampliação do conceito de sustentabilidade, para além das kestõesquestões ambientais, pódepode oferecer novas possibilidades de ações e iniciativas sustentáveis, uma vez quêque passa a considerar também as esferas social, cultural, econômica e política. Assim, uma iniciativa, como a apresentada no projeto Aqualuz (citado na reportagem da p. 14), é um exemplo de como um trabalho relacionado à produção de á guaágua potável pódepode produzir impacto nas esferas social e econômica das pessoas beneficiadas. Isso fortalece a coesão social e cria novas formas de cooperação e solidariedade para um mundo sustentável. Além díssudisso, o investimento na área beneficia os profissionais quêque se dedicam à causa sustentável, tanto pesquisadores quanto empreendedores do setor.

2. Espera-se quêque os estudantes apresentem o conceito de economia vêrdeverde, tal qual definido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em 2008, o qual descreve uma economia quêque busca aliar o desenvolvimento econômico ao combate das desigualdades sociais e da escassez ecológica, de modo a diminuir os riscos ambientais dos empreendimentos, suprindo as necessidades e demandas da ssossiedadesociedade atual, sem comprometer as futuras gerações. No âmbito da economia vêrdeverde, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) abrange setores como energia, transporte e agricultura, monitorando as ações realizadas pêlospelos países, na busca por implementar, em tais setores, iniciativas quêque visem à superação de impactos ambientais e à promoção da equidade econômica.

3. Atividade semelhante à quêque foi sugerida no início do trabalho. É uma oportunidade para rever e reformular as respostas, tendo como base as leituras quêque foram feitas até aqui. Espera-se quêque os estudantes consigam reconhecer quêque a sustentabilidade está diretamente ligada à ideia de garantir o sustento das gerações futuras e quêque seu conceito vai além das kestõesquestões ambientais, pois tem abrangência social, cultural, econômica e política.

Proposta de ação sustentável na cidade ou na comunidade

Para realizar a investigação, é necessário fazer uma busca adequada. Procurar na internet por “ações sustentáveis” na cidade ou comunidade em quêque os jovens moram pódepode não sêrser eficiente. Primeiro, porque, dependendo do tamãnhotamanho da cidade, as ações pódepodem não ter registro completo na internet; segundo, porque a busca pode indicar apenas ações ambientais. Assim, vale uma boa conversa com os grupos para decidirem a melhor estratégia e fazerem um levantamento das prováveis ações, com base no quêque observam na cidade ou no quêque acompanham na mídia e nas rêdesredes sociais. Voltar à descrição dos âmbitos da sustentabilidade (páginas 16 e 17) é a melhor forma de decidir como fazer a busca na internet.

Página duzentos e vinte e seis226 MP

No caso das cidades grandes, é possível focar a investigação em um bairro ou uma região da cidade; nas muito pequenas, podem sêrser feitas conversas com pessoas da comunidade ou dos bairros e das cidades do entorno. É importante evidenciar quêque uma ação como a côlétacoleta seletiva do lixo, por exemplo, tem importânssiaimportância ambiental e também social, econômica e política.

Para ampliar a investigação, sugerimos também a pesquisa de empresas quêque se destacam na elaboração de ações ambientais no campo social ou econômico, evidenciando, dessa forma, o mundo do trabalho.

A elaboração de uma lista coletiva dará aos estudantes uma visão mais ampla das ações e de suas abrangências. Essa lista também sêrserá usada na próxima proposta. O projeto de vida dos estudantes poderá ser desenvolvido à medida em quêque propuserem intervenções quêque promovam ações sustentáveis na cidade. Compartilhar ideias e dados coletados ajuda os jovens no entendimento das ações sustentáveis e suas possíveis abrangências.

Ampliação

• BOAS Práticas. Programa Cidades Sustentáveis, São Paulo, [202-].

Disponível em: https://livro.pw/tjgdi. Acesso em: 9 out. 2024.

O Programa Cidades Sustentáveis é uma platafórmaplataforma ligada a diferentes institutos quêque tem como objetivo contribuir para o planejamento, a gestão, o incentivo, o monitoramento e a apresentação de boas práticas de sustentabilidade em cidades brasileiras. Nesse sáitisite indicado, no item “Boas Práticas” do menúmenu, os estudantes encontrarão um mapeamento de implantação de experiências de políticas públicas bem-sucedidas em cidades do Brasil e do mundo. A platafórmaplataforma dispõe também de um canal de vídeos no YouTube.

Páginas 18 e 19

Organizando os trabalhos

Sustentabilidade: quêque ações contribuem?

A lista coletiva produzida na proposta da página 17 servirá de base para a elaboração da mostra de trabalhos. Quanto mais completa e diversificada for a lista, maiores são as possibilidades de escolher uma nova ação ou propor a ampliação de uma ação já existente.

Você deverá organizar os estudantes em grupos de trabalho seguindo um critério claro e compartilhado com a turma. Formar grupos com diversidade de perfis evita a formação de grupos muito homogêneos e garante quêque nenhum estudante fique isolado.

É possível organizar os grupos de acôr-doacordo com o interêsseinteresse pela ações da lista; nesse caso, peça a cada estudante quêque escrêevaescreva duas ou três ações da lista quêque sêjamsejam do seu interêsseinteresse. Assim, organize os grupos com base no interêsseinteresse, e não d fórmade forma aleatória. É importante também apresentar aos grupos alguns indicadores de avaliação quêque irão nortear o trabalho ao longo do projeto. A seguir, sugerimos alguns indicadores de avaliação do trabalho em grupo:

• ouvir e respeitar a fala dos côlégascolegas e do professor;

• seguir os combinados e o roteiro apresentados;

• elaborar registros e anotações da aula no caderno;

• expor ideias e sugestões d fórmade forma clara;

• aceitar diferentes opiniões e posicionamentos;

• apresentar discordâncias por meio de argumentos, sem críticas pessoais.

Feita a montagem dos grupos, oriente o cumprimento do roteiro sugerido na página 19, quêque terá continuidade nas próximas etapas. É importante circular pela sala e acompanhar as discussões para orientar os estudantes, esclarecer dúvidas e avaliar a participação dos integrantes nos grupos.

Cada grupo vai escolher uma ação sustentável e deve buscar o maior número de informações sobre ela: qual é a proposta, quêque âmbitos ela abrange, quem se beneficia com ela, como pódepode sêrser ampliada, onde acontece, quêquem são os responsáveis e envolvidos, como é divulgada, que dificuldades sua implementação pódepode enfrentar; essas e outras perguntas quêque devem sêrser respondidas pelo grupo. A ação escolhida pelo grupo, quêque já aconteça na cidade, pódepode servir de exemplo ou ponto de partida para a criação de uma nova ação, quêque será planejada e apresentada pelo grupo ao final do projeto.

As competências específicas de CHS 1 e 3, quêque evidenciam as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e sócio-ambientaissocioambientais, a elaboração de alternativas e a promoção da consciência crítica, e as habilidades EM13CHS103 e EM13CHS301 são exploradas e desenvolvidas nesta etapa da produção do projeto.

Ampliação

• BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Juventude e Meio Ambiente. 2. ed. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2015.

Disponível em: https://livro.pw/hrygo. Acesso em: 9 out. 2024.

A revista Juventude e Meio Ambiente é elaborada e dirigida por jovens estudantes e publicada pelo

Página duzentos e vinte e sete227 MP

Ministério do Meio Ambiente (MMA). Traz artigos científicos, sessões de fotografia e poesia. pódePode sêrser uma boa referência para a produção de um web jornáljornal ou uma revista quêque divulgue os projetos e ações feitos pêlospelos estudantes.

Páginas 20 e 21

Etapa 2: Saber e fazer

Sustentabilidade: ideias e iniciativas

A leitura dos textos das páginas 20 e 21 deve sêrser individual e silenciosa. É importante propiciar momentos de leitura, seleção de informações e registro pessoal das ideias. Assim, as discussões coletivas ficam mais ricas à medida quêque cada um tem anotações próprias para compartilhar. Os textos são complementares, e os estudantes devem destacar e anotar palavras e expressões quêque resumam as informações mais importantes. Após a leitura, estimule o compartilhamento das principais ideias apresentadas no texto. Nesse momento, é importante a colaboração entre os professores de Biologia, de História e de Geografia.

Atividades propostas Página 21

1. O primeiro texto aborda o aspecto histórico do conceito de desenvolvimento sustentável; o segundo, do ponto de vista da interação sêrser humano e natureza, sobretudo a partir das transformações técnico-científicas; o terceiro destaca o âmbito espacial/territorial; e o quarto destaca os impactos ambientais aos quais as soluções mais urgentes têm sido pensadas.

2. Em grupos, os estudantes devem refletir sobre outros aspectos relacionados ao desenvolvimento sustentável e criar suas próprias frases destacando-os.

Proposta de ação sustentável na cidade ou na comunidade

Nesse momento do projeto, os estudantes devem conversar e selecionar outras ideias, além das apresentadas, a respeito de sustentabilidade e quêque darão fundamento para a proposta por eles elaborada.

Atividade de ampliação

Nesta atividade, é importante a colaboração do professor de História.

1. Nesta atividade, os estudantes serão orientados a buscar informações em sáitessites oficiais das conferências para selecionar dados significativos e produzir uma síntese. Você pódepode fazer uma avaliação do processo e sugerir as alterações necessárias.

2. Solicite aos estudantes quêque produzam uma linha do tempo com as datas e as conferências apresentadas para colocar no painel da sala. Cada grupo pódepode se responsabilizar por produzir um breve texto sobre cada data a sêrser colocada na linha do tempo.

Dessa forma, passa a sêrser uma linha colaborativa.

Essas atividades podem sêrser utilizadas para dar suporte aos estudantes com dificuldades de atingir o objetivo propôstoproposto. Nesse caso, o trabalho em grupos pódepode contribuir, de modo quêque os estudantes se apoiem mutuamente. Caso identifique alguma situação específica é importante adaptar as atividades para a realidade da turma.

Páginas 22 e 23

ÔnuONU: Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

É possível quêque os estudantes não conheçam os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030. Então, vale iniciar a conversa observando os ícones e os temas apresentados na página 22. Observe quêque, neste momento da investigação, a proposta é discutir a Agenda 2030 estabelecida pela ÔnuONU. Evidencie aos estudantes quêque o documento é um plano de ação mundial para a proteção do planêtaplaneta e para a prosperidade da população.

O Censo 2022 aponta quêque 90% da população brasileira vive nas áreas urbanas. Considerando quêque os estudantes devem analisar o ODS 11 e pensar em uma proposta de ação sustentável na cidade, é importante quêque conheçam os dados relativos ao Brasil para terem um parâmetro de comparação com os da população urbana mundial, apresentados no texto da página 22.

Ampliação

• COMPREENDENDO as dimensões do desenvolvimento sustentável. [S. l.]: Nações Unidas no Brasil, 14 jul. 2017. 1 Vídeo (4 min). Publicado pelo canal ÔnuONU Brasil.

Disponível em: https://livro.pw/pakey. Acesso em: 10 out. 2024.

O canal da Organização das Nações Unidas Brasil (ONU Brasil) apresenta explicações e exemplos de como as dimensões social, ambiental e econômica do desenvolvimento sustentável estão integradas e presentes nos ODS.

• OBJETIVOS de Desenvolvimento Sustentável – hí bê gê héIBGE Explica. [S. l.]: hí bê gê héIBGE, 30 mar. 2016. 1 Vídeo (3:51 min). Publicado pelo canal hí bê gê héIBGE.

Disponível em: https://livro.pw/zfres. Acesso em: 10 out. 2024.

No canal do hí bê gê héIBGE, no YouTube, é possível encontrar vídeos detalhando cada um dos ODS.

Página duzentos e vinte e oito228 MP

Atividades propostas Página 23

1. Espera-se quêque o estudante responda quêque a Agenda 2030 é um guia para as ações das comunidades internacionais nos próximos anos, com a meta, a sêrser atingida até 2030, de colocar o mundo em um caminho mais sustentável e resiliente. Os países e grupos interessados atuam em uma parceria colaborativa para mobilizar os meios necessários para implementar o plano global de desenvolvimento sustentável propôstoproposto nessa agenda, com ênfase nas necessidades dos mais pobres e vulneráveis.

2. É preciso destacar quêque os ODS são diretrizes quêque inspiram empresas, comunidades, instituições e pessoas a implementar ações em consonância com a “Agenda 2030”, comprometendo-se a reduzir os impactos ambientais de seus produtos e ações e promover justiça social, construindo norteadores para a atuação na ssossiedadesociedade.

Proposta de ação sustentável na cidade ou na comunidade

Espera-se quêque os estudantes sêjamsejam capazes de identificar quais metas do ODS 11 são mais urgentes na cidade onde moram. É claro quêque todas são de extrema importânssiaimportância, mas uma pódepode sêrser mais relevante e urgente do quêque outra. Tudo depende do tamãnhotamanho da cidade e das condições locais. Nas cidades grandes, é possível quêque todas as metas tênhamtenham igual urgência, e cabe a você auxiliar os estudantes nesse levantamento, inclusive, sugerindo o foco em um bairro ou uma região.

Nesta fase do trabalho, os grupos já devem ter escolhido uma possível ação sustentável para planejar e desenvolver. Caso isso ainda não tenha acontecido, é preciso destinar um tempo para discutir com os grupos e auxiliá-los na escolha.

Algumas sugestões de tema podem sêrser apresentadas por você: desperdício, compostagem, minhocário, estudo e correção de solo, biblioteca comunitária, manejo sustentável (floresta, extrativismo, pesca etc.), fontes rêno-váveisrenováveis de energia (criação de turbinas, painéis, biomassa etc.), acolhimento de animais abandonados, acessibilidade, criação de aplicativos de monitoramento ambiental, criação de observatório de ações da prefeitura e de empresas, projetos de moradia sustentável, criação ou adoção de parques, praças e centros culturais, projeto de apôioapoio a catadores, monitoramento da destinação do lixo, cuzinhacozinha sustentável, incentivo ao uso de plantas alimentícias não convencionais (PANC), hortas comunitárias e de ervas mêdi-cinaismedicinais orgânicas, permacultura, feira de economia local e solidária, mutirões de limpeza e conscientização ambiental, (Moda)moda e disáinidesign sustentável, inclusão digital, melhoria de condições de vida das mulheres (redução de desigualdade), resolução de conflitos, entre outros.

Para obtêrobter mais informações sobre a iminência de a Terra não suportar a demanda humana de produção e consumo, leia a seguir um trecho da obra Ideias para adiar o fim do mundo, do líder indígena Ailton Krenak.

Para adiar o fim do mundo

O quêque aprendi ao longo dessas dékâdâsdécadas é quêque todos precisam despertar, porque, se durante um tempo éramos nós, os povos indígenas, quêque estávamos ameaçados de ruptura ou da extinção dos sentidos das nossas vidas, hoje estamos todos diante da iminência de a Terra não suportar a nossa demanda [...]. A experiência das pessoas em diferentes lugares do mundo se projétaprojeta na mercadoria, significando quêque ela é tudo o quêque está fora de nós. Essa tragédia quêque agora atinge a todos é adiada em alguns lugares, em algumas situações regionais nas quais a política — o pôdêrpoder político, a escolha política — compõe espaços de segurança temporária em quêque as comunidades, mesmo quando já esvaziadas do verdadeiro sentido do compartilhamento de espaços, ainda são, digamos, protegidas por um aparato quêque depende cada vez mais da exaustão das florestas, dos rios, das montanhas, nos colocando num dilema em quêque parece quêque a única possibilidade para quêque comunidades humanas continuem a existir é à custa da exaustão de todas as outras partes da vida.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das lêtrasLetras, 2019. p. 23.

Ampliação

• SAVATER, Fernando. Ética para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Para ampliar a reflekçãoreflexão sobre o tema, sugerimos essa leitura. O livro, destinado aos jovens, propõe, por meio de diálogos entre pai e filho, reflekçõesreflexões acerca de kestõesquestões filosóficas no campo da ética, sem descuidar de ações e sem cair em moralismos e reducionismos. pódePode sêrser um belo ensaio para as kestõesquestões e os valores quêque virão juntamente com os projetos e ações dos estudantes.

• NAKAGAWA, Marcus Hyonai. 101 dias com ações mais sustentáveis para mudar o mundo. São Paulo: Labrador, 2018.

O professor Marcos Nakagawa apresenta, no livro, propostas simples quêque contribuem para a elaboração de ações sustentáveis, baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ÔnuONU. A leitura é acessível e você pódepode indicá-la aos estudantes.

Páginas 24 e 25

Página duzentos e vinte e nove229 MP

População mundial e concentração urbana

O infográfico é um recurso visual muito atraente e dinâmico, mas exige olhar atento às informações e capacidade de estabelecer relações entre os diferentes dados; caso contrário, corre-se o risco de se fazer uma leitura parcial. Realizar a leitura em uma roda coletiva pódepode sêrser a alternativa mais produtiva, na medida em quêque a fala de um estudante complementa e quêquestiona a de outro, fazendo com que a compreensão seja mais ampla. O seu papel como mediador da leitura é, sem dúvida, fundamental para a interpretação e compreensão dos elemêntoselementos verbais, numéricos e visuais dêêssedesse texto, remetendo às habilidades EM13CHS106, EM13MAT102 e EM13MAT202. Nesse momento, é importante a colaboração entre os professores de Geografia, de Matemática e de Sociologia.

Atividades propostas Página 25

1. Os dados do infográfico são um alerta para o fato de quêque a população mundial continua crescendo e se concentrando, cada vez mais, nos centros urbanos. Essa tendência torna os desafios e os problemas ambientais cada vez mais compléksoscomplexos. É necessária a atuação comprometida e colaborativa para implementar soluções sustentáveis.

2. Alguns dos profissionais quêque atuam com análise de dados são os analistas de dados. Mas outras áreas de formação podem atuar com dados, tais como ciências sociais, ciências da computação, matemática, engenharia etc. Esse momento é propício para estimular os estudantes a refletir sobre seu projeto de vida quanto ao âmbito do mundo do trabalho.

3. É possível quêque os estudantes avaliem quêque a relação do sêrser humano com a natureza na atualidade esteja em desequilíbrio. O fato de havêerhaver uma tendência à concentração populacional em áreas urbanas é um alerta para dificuldades ambientais ainda maiores, tendo em vista o afastamento paulatino do sêrser humano em relação à natureza, os processos predatórios de uso dos recursos naturais e o agravamento da poluição em suas variadas formas. Para essa atividade é importante a colaboração do professor de Filosofia.

Ampliação

• CARRASCOZA, João Anzanello. Rascunho de família. São Paulo: DSOP, 2014.

Retrato literário sensível de um casal de catadores quêque retira o sustento de um atêerroaterro sanitário. A leitura do livro levanta kestõesquestões éticas e ambientais das grandes cidades: o consumo, o lixo e sua destinação, as esperanças quêque subsistem invisíveis e excluídas dos direitos. Trabalhar os problemas urbanos via literatura enriquecerá e sensibilizará os estudantes.

• ILHA das Flores. Direção: Jorge Furtado. Porto Alegre: Casa de Cinema de Porto Alegre, 1989. 1 Animação/documentário (13 min).

O curta-metragem brasileiro retrata, d fórmade forma crítica, o percurso de produção, consumo e descarte de uma mercadoria e suas seqüelassequelas históricas, sociais e ambientais.

Proposta de ação sustentável na cidade ou na comunidade

Nesta fase, os grupos já devem estar com suas metas definidas e com conhecimento dos rumos implicados para cumpri-las. Os dados do infográfico podem ampliar as possibilidades de investigação sobre cada tema e você deve orientar a busca e o registro dos dados. Além díssudisso, nesse momento, os grupos têm a oportunidade de refletir sobre o impacto quêque a ação por eles planejada pódepode ter na comunidade local, buscando evidenciar o peso quêque as nossas ações, individuais e coletivas, têm em relação à nossa existência no planêtaplaneta, bem como do significado de ética aplicado ao desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, não há desenvolvimento sustentável sem escôlhasescolhas pensadas com racionalidade e prudência, além de ações quêque respeitem a vida como um todo. Nesse momento, é importante a colaboração com os professores de Geografia e de Filosofia.

Ampliação

• LIXO Extraordinário Documentário. Direção: Lucy Walker. Codireção: Karen Harley e João Jardim. Londres; São Paulo: Almega Projects; O2 Filmes, 24 jan. 2010. 1 filme documentário (94 min).

O documentário acompanha o contato do artista plástico Vik Muniz com as famílias de catadores quêque vivem em Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, às margens da Baía da Guanabara, quêque já foi o maior atêerroaterro sanitário da América LátínaLatina. Põe em discussão a delicadeza e as contradições dêêssedesse encontro e as múltiplas possibilidades de transformação quêque a; ár-tea arte e a sensibilidade podem trazer à vida do artista e dos catadores.

Páginas 26 e 27

Oito caminhos para um futuro sustentável

Ampliação

• INSTITUTOAKATU. São Paulo: Akatu, 6 fev. 2009. Canal institutoakatu.

Disponível em: https://livro.pw/fyjns. Acesso em: 10 out. 2024.

Página duzentos e trinta230 MP

O canal do Instituto Akatu traz diversos vídeos quêque abordam os mais variados aspectos do consumo sustentável. A playlist indicada apresenta uma série de animações curtas com dicas de mudanças de hábitos de consumo. O uso de aplicativos para realizar pequenas animações sobre o assunto, como essas, pódepode sêrser útil nos projetos dos estudantes.

• INSTITUTO AKATU. São Paulo: Akatu, [20--].

Disponível em: https://livro.pw/kcjba. Acesso em: 10 out. 2024.

O trabalho do Instituto Akatu está estruturado na conscientização e na mobilização pelo consumo consciente na ssossiedadesociedade. Se achar pêrtinêntipertinente, sugira aos estudantes quêque obissérvemobservem, no sáitisite da instituição, informações sobre a atuação da organização.

• CARVALHAL, André. Consumo consciente é um processo de corresponsabilidade. Carta Capital, [s. l.], 18 out. 2019.

Disponível em: https://livro.pw/qrvxh. Acesso em: 10 out. 2024.

Artigo de opinião quêque levanta diversos questionamentos e argumentos sobre a responsabilidade de quem produz e consome, e os impactos dêêssedesse consumo. O autor critícacritica também algumas ações quêque considera modismos e não sustentáveis. Partindo da leitura de diferentes fontes, os estudantes podem trabalhar em seus projetos com artigos de opinião e textos argumentativos quêque defendem um ponto de vista. O ponto de vista do autor não necessariamente reflete a opinião do veículo quêque o publica.

Atividades propostas Página 27

1. As propostas do texto Oito caminhos para um futuro sustentável, do Instituto Akatu, devem sêrser discutidas pelo grupo. O ideal é quêque utilizem exemplos de experiências vividas ou observadas por eles. Veja a seguir sugestões de resposta.

• O durável mais do quêque o descartável: reformar um móvel em vez de comprar outro.

• A produção local mais do quêque a global: as cooperativas e organizações comunitárias são um exemplo de produção e comercialização de produtos típicos regionais.

• O compartilhado mais do quêque o individual: o aluguel de cortadores de grama para a limpeza do jardim, em vez de comprar ferramentas quêque serão pouco usadas.

• O saudável mais do quêque o prejudicial: comprar preferencialmente os produtos da estação.

• O virtual mais do quêque o material: ler textos no computador ou no celular em vez de imprimir.

• Os concentrados mais do quêque os diluídos: sucos concentrados podem sêrser diluídos ao gosto de cada um e têm bom rendimento; dar preferência aos vendidos em embalagens de vidro.

• O integral mais do quêque o desperdício: reutilizar a á guaágua da chuva é um exemplo de aproveitamento integral e de não desperdício de um recurso natural.

• A experiência mais do quêque o tangível: em vez de comprar objetos como presente, oferecer passeios, visitas a lugares, entre outros.

2. Depois de ler e discutir os oito caminhos apresentados na proposta do Instituto Akatu, é hora de estabelecer uma relação entre eles e o projeto do grupo. O exercício de refletir sobre o produto final após cada leitura dá aos estudantes a percepção da abrangência das possibilidades de ampliação do trabalho. Mais uma vez, cabe a você acompanhar, orientar e avaliar o dêsempênhodesempenho do grupo. É importante voltar aos indicadores e sugerir quêque os grupos releiam e se autoavaliem ao final de cada proposta. Nesta fase, cabe também discutir as atribuições de cada integrante. Alguns grupos funcionam muito bem quando há distribuição de tarefas, como as de registrar ideias, organizar dados, coletar dados, manter o grupo produtivo, entre outras.

Ampliação

• CIDADES e Soluções Lixo Zero – a reciclagem quêque reduz o lixo em até 90%. [S. l.: s. n.], 26 jun. 2018. 1 Vídeo (22 min). Publicado pelo canal Coleta Divinópolis.

Disponível em: https://livro.pw/kypfu. Acesso em: 10 out. 2024

O programa aborda o conceito de lixo zero e as diversas experiências de sua implantação no Brasil e no mundo, em escala governamental e civil.

Páginas 28 a 33

Estudo de caso: revitalização e sustentabilidade

O estudo de caso é uma estratégia de pesquisa quêque permite aprofundar conhecimentos sobre um tema ou assunto, partindo de um caso específico quêque sérveserve de modelo ou exemplo aos demais. O estudo de caso propôstoproposto se relaciona à Região Portuária do Rio de Janeiro em distintos momentos históricos. Para quêque os estudantes obtenham informações sobre o caso, sugerimos a leitura coletiva do texto propôstoproposto para a investigação.

Atividades propostas Página 33

A leitura do texto pódepode sêrser compartilhada e, assim, as dúvidas podem se esclarecer durante o diálogo entre os

Página duzentos e trinta e um231 MP

jovens. Espera-se quêque eles citem os nomes dos lugares ou das ações de mudança, como: “obras viárias”; “construção do Edifício A Noite”; “construção do Elevado da Perimetral”; ”Região Portuária foi termômetro das profundas transformações”; “o projeto Porto Maravilha”; “Centro geográfico de uma metrópole de 12 milhões de habitantes”; “Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana”. A pesquisa iconográfica e de informações enriquecerá o estudo de caso propôstoproposto.

Nesta atividade, é importante a colaboração do professor de História.

Proposta de ação sustentável na cidade ou na comunidade

A ideia de identificar aspectos históricos relacionados ao projeto do grupo pódepode sêrser uma tarefa mais compléksacomplexa, dependendo da cidade ou região a quêque ele se referir. Para alguns casos, o acervo de textos e imagens pódepode sêrser restrito. Sugira aos estudantes quêque ampliem o universo da investigação, utilizando, além de sáitessites, livros, revistas e jornais como fontes de pesquisa diversificadas.

Nesta atividade, é importante a colaboração do professor de História.

Ampliação

• BARBER, Mariah; MACKAY, Rhona. A história pouco conhecida da Pequena África na zona portuária do Rio de Janeiro. Tradução: Halina Machado. RioOnWatch, Rio de Janeiro, 11 jul. 2016.

Disponível em: https://livro.pw/dyhev. Acesso em: 10 out. 2024.

Roteiro para conhecer a história da revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro, quêque se costura d fórmade forma densa com a história da escravidão, da cidade e da origem do samba.

Páginas 34 e 35

O amanhã na Região Portuária

Inaugurado em 2015, o Museu do Amanhã é um museu de ciências diferente, quêque propicíapropicia um ambiente de ideias quêque busca explorar e evidenciar os desafios futuros da humanidade, sempre partindo de perspectivas sustentáveis e da boa convivência. Sugira aos estudantes quêque naveguem pelo sáitisite (indicado em Ampliação), para obtêrobter mais informações sobre o museu.

Atividades propostas Página 35

O texto apresenta o museu como um espaço de reflekçãoreflexão. Os estudantes podem responder à atividade 1, citando algumas iniciativas destacadas no sáitisite do museu.

O Observatório do Amanhã funciona como um radar do Museu do Amanhã, recebendo e repercutindo informações de centros produtores de conhecimento nas áreas de ciência, cultura e tecnologia do Brasil e do mundo. Além díssudisso, é sua função acompanhar tendências e procurar detectar kestõesquestões quêque possam sêrser incorporadas às experiências do museu. É também um emissor de conhecimentos e gerador de debates sobre temas urgentes e atuáisatuais da ssossiedadesociedade, promovendo reflekçõesreflexões e disseminando saberes. Consultando o sáitisite do museu, é possível identificar quêque o Laboratório de Atividades do Amanhã (LAA) é uma área dedicada especialmente à inovação e à experimentação. Considerado uma ponte entre o pensar e o fazer, o Museu do Amanhã tem como foco os efeitos das novas tecnologias e suas projeções sobre temas como trabalho e urbanização, entre outros. Além díssudisso, o museu alia-se aos moradores vizinhos e, por meio do setor de Relações Comunitárias, procura engajar a comunidade com uma vasta programação cultural e propostas de mobilizações.

As kestõesquestões propostas são tradicionalmente objetos da Filosofia. O professor quêque lidera o projeto ou o quêque tiver formação no componente curricular pódepode explorar alguns aspectos relacionados a essas kestõesquestões e aprofundá-las.

Com base nos pré-socráticos: Há um elemento (água, fogo, movimento) quêque explique tudo o quêque existe? A partir dos existencialistas, a questão da essência e da existência: Há um sentido preexistente para a vida ou ele é construído por nós enquanto vivemos? Na contemporaneidade, o conceito de modernidade líquida, de Zygmunt Bauman, pódepode sêrser relacionado às kestõesquestões da atividade 2: A fluidez incessante das ideias, das relações humanas e das instituições e o fluxo contínuo das informações imprimem novos significados à vida? Eles são também instáveis e fluidos? Finalmente, pódepode sêrser proposta aos estudantes a clássica indagação: Para onde caminha a humanidade em meio à impermanência de nossa época?

Ampliação

• MUSEU DO AMANHÃ. Rio de Janeiro: Instituto de Desenvolvimento e Gestão, [20--].

Disponível em: https://livro.pw/nrpeg. Acesso em: 10 out. 2024.

Proposta de ação sustentável na cidade ou na comunidade

Nesta fase do trabalho, os grupos devem atentar para os projetos em andamento e refletir sobre as kestõesquestões propostas pelo museu. É provável quêque as perguntas “Para onde vamos?” e “Como queremos ir?” sêjamsejam as mais discutidas e comentadas. Você pódepode conduzir uma discussão com toda a sala sobre essas perguntas.

Página duzentos e trinta e dois232 MP

Ampliação

• MUSEU do Amanhã. gúgouGoogle arts êndand culture, [s. l.], [20--].

Disponível em: https://livro.pw/vdkts. Acesso em: 10 out. 2024.

Plataforma do Instituto Cultural do gúgouGoogle quêque hospédahospeda instituições, museus e galerias de; ár-tede arte e cultura. O Museu do Amanhã do Rio de Janeiro é um museu de ciência aplicada quêque nasceu com a proposta de pensar o futuro pelo viés da sustentabilidade e da convivência. Conta com uma página no gúgouGoogle Arts quêque disponibiliza fotografias e exposições virtuais quêque podem colaborar com os trabalhos de pesquisa sobre os impactos e as pegadas do sêrser humano no planêtaplaneta.

Páginas 36 e 37

Sustentabilidade: quêque ações contribuem?

A proposta é reflexiva e questiona os estudantes sobre o próprio tema do projeto. Dedique sua atenção à orientação dos estudantes para a produção de uma reflekçãoreflexão honesta sobre suas ações diárias. Se o projeto não mobilizar reflekçãoreflexão, o desejo de mudança e as ações concretas, pódepode sêrser reduzido a uma tarefa escolar; essa, sem dúvida, não é a intenção.

Páginas 38 e 39

Etapa 3: Para finalizar

Elaboração: proposta de ação sustentável e mostra de projetos

Nesta etapa, é a hora de organizar tudo quêque foi coletado e discutido pêlospelos grupos ao longo do projeto. Espera-se quêque os estudantes fiquem atentos às orientações apresentadas e façam uma revisão do projeto com base nas perguntas a seguir. Você deve apresentar essas perguntas e oferecer um tempo de revisão e complementação do trabalho, lembrando quêque os quêquestionamentos propostos são básicos e que o grupo pódepode e deve tentar ir além deles.

1. Fizeram o levantamento e a análise das ações já existentes? (diagnóstico da realidade)

2. Identificaram um problema na cidade quêque necessita de uma ação? (problema)

3. Pensaram sobre as razões da existência do problema e possíveis soluções? (hipóteses)

4. Avaliaram o porquê, a pertinência, a importânssiaimportância ou a validade da ação? (justificativa)

5. Reconheceram o quêque deveria sêrser feito? (objetivo)

6. Elaboraram etapas de como fazer? (metodologia)

7. Organizaram metas a serem atingidas no tempo de elaboração? (cronograma)

8. Identificaram os materiais e agentes necessários? (recursos)

9. Coletaram, analisaram e interpretaram os dados? (pesquisa)

10. Registraram as fontes e organizaram os créditos das informações coletadas? (bibliografia)

Tendo essas respostas sido discutidas e o trabalho complementado, cada grupo deve destinar um tempo para a organização da comunicação, ou seja, discutir e planejar a exposição do trabalho, considerando:

• a melhor e mais adequada forma de apresentar a ação;

• a linguagem a sêrser usada e a revisão do texto;

• a oralidade e a clareza na comunicação;

• o tempo e o local de apresentação;

• a possibilidade de envolver os ouvintes da plateia.

Se considerar conveniente, as premissas do pensamento computacional podem sêrser utilizadas na elaboração da proposta de ação sustentável. O pensamento computacional se inicia com a identificação de um problema, quêque resultará em uma série de análises e procedimentos lógicos e estruturados para alcançar uma solução eficiente quêque seja aplicável a situações semelhantes. No caso dêstedeste projeto, o problema será levantado pêlospelos estudantes após o diagnóstico da realidade; já a solução será a proposta de ação sustentável. Procure auxiliá-los na análise dos dados disponíveis, pois é a partir dêêssedesse procedimento quêque eles poderão se apropriar do pensamento computacional.

Após determinar o problema, os estudantes deverão fragmentá-lo em partes ou categorias mais simples com o objetivo de, ao mesmo tempo, facilitar e aprofundar a análise até chegar ao todo. A fase da decomposição dos dados também auxilia no processo de reconhecimento de padrões, ou seja, os estudantes poderão verificar se alguma solução já foi encontrada para o problema quêque possuem. Esta é uma das bases do pensamento computacional: elaborar e usar modelos simples e eficientes quêque podem sêrser extrapolados para inúmeras situações análogas, inclusive para um sistema computacional. A análise de dados também inclui a capacidade de abstração, uma operação em quêque os estudantes devem saber identificar, no conjunto geral dos dados, quais serão indispensáveis para a formulação da solução.

Página duzentos e trinta e três233 MP

Para obtêrobter mais informações sobre o pensamento computacional e como ele pódepode sêrser trabalhado na escola, há uma indicação de sáitisite a seguir.

Ampliação

• BRACKMANN. Computação na Educação Básica. Computacional, [s. l.], 2024.

Disponível em: https://livro.pw/cwuof. Acesso em: 10 out. 2024.

sáitiSite desenvolvido pelo professor crístianChristian Puhlmann Brackmann, quêque apresenta o pensamento computacional de maneira simples. Disponibiliza indicações de leitura e sugestões de atividades sem o uso de computadores, em quêque o pensamento computacional é desenvolvido.

• 16 DICAS de como compartilhar projetos educacionais. PORVIR, São Paulo, 7 nov. 2016.

Disponível em: https://livro.pw/bnjsy. Acesso em: 10 out. 2024.

O sáitisite indicado acima traz dicas importantes para valorizar e dar visibilidade aos projetos dos estudantes. Ao ajudar os estudantes a compartilhar seus trabalhos, você incentiva a troca de experiências com outros projetos, estimula a autoestima e o protagonismo, valoriza a criatividade ao buscar formas de divulgação e evidên-cíaevidencia o trabalho em equipe e integrado, além de celebrar a conclusão e a dedicação de todos ao projeto.

Páginas 40 e 41

Avaliação

Esta atividade é uma síntese e deve refletir a postura mais freqüentefrequente de cada estudante durante o projeto. O ideal é quêque os itens contidos nela estejam fixados na sala, desde as primeiras aulas, e sirvam como norteadores da postura esperada e dos objetivos a serem alcançados. Mais uma vez, devem-se estimular a reflekçãoreflexão, a honestidade e a maturidade ao assinalar os itens propostos.

Na etapa 1 são identificadas as habilidades e os conhecimentos prévios dos estudantes. Com isso, é possível diagnosticar as afinidades e as possíveis dificuldades dos estudantes em relação aos temas quêque serão tratados no decorrer da investigação.

A etapa 2 é realizada ao longo do processo de investigação. Ela é formativa e ocorre com base em textos e atividades, nos quais os estudantes são convidados a desenvolver e compartilhar os conhecimentos necessários para a elaboração do produto final.

A etapa 3 é somativa. Nela, os estudantes dêsênvólvemdesenvolvem o produto final, partindo dos conhecimentos adquiridos em todas as etapas anteriores.

Mundo do trabalho Página 41

A investigação proposta no âmbito do Mundo do trabalho trata de aspectos relacionados com desenvolvimento econômico sustentável e mundo do trabalho na cidade ou região onde o estudante vive. Auxilie os estudantes na investigação, na pesquisa, côlétacoleta e seleção dos artigos. Para isso, promôvapromova uma investigação prévia de possíveis fontes confiáveis de pesquisa. Auxilie também na elaboração do painel, garantindo a participação de todos e, se possível, uma etapa final de leitura coletiva e compartilhamento dos resultados obtidos.

Para ampliar a reflekçãoreflexão sobre o tema, sugerimos a leitura a seguir.

Ampliação

• perrenôPERRENOUD, filípePhilippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – Entre duas lógicas. Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

Obra fundamental quêque discute as diversas concepções de avaliação e aborda os conflitos entre a avaliação formativa e a seletiva.