Projeto 2 Escravidão: somos livres?

Síntese do Projeto

Temas Contemporâneos Transversais:

Trabalho; vida familiar e social; educação em direitos humanos; direitos da criança e do adolescente; educação para a valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.

Objetos de conhecimento:

A escravidão moderna e o tráfico de escravizados; Revolução Industrial e seus impactos na produção e na circulação de povos, produtos e culturas; o escravismo no Brasil do século XIX: revoltas de

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escravizados e abolicionismo; a questão dos direitos humanos; trabalho e desigualdade social

Categorias:

Política e Trabalho

Objetivos:

Investigar a ausência de liberdade imposta pela escravidão no passado e pelo trabalho análogo à escravidão no presente leva a reconhecer a necessidade de quê todos os sêres humanos sêjam considerados iguais e quê ninguém deve sêr excluído das condições de dignidade.

Justificativa:

A escravidão ocorreu de diferentes formas na história. No Brasil, por exemplo, em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea aboliu a escravatura. Desde então, o regime de exploração do trabalho no qual um sêr humano assume direitos de propriedade sobre outro tornou-se proibido. Na atualidade, a expressão “trabalho análogo à escravidão” refere-se a condições degradantes incompatíveis com a dignidade humana, como jornadas exaustivas, quê acarretam danos à saúde ou risco de morte, trabalho forçado ou servidão por dívida. No Projeto Integrador Escravidão: somos livres? vamos investigar esse tema, partindo de poemas, relatos e outros tipos de textos, e demonstrar quê a escravidão em todas as suas formas é hoje considerada um crime contra a humanidade reconhecido por toda a comunidade internacional e deve sêr superada.

Competências gerais da BNCC: 1, 3, 7 e 8

Competências específicas e habilidades:

Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas:

competência específica 1: EM13CHS101, EM13CHS103 e EM13CHS106

competência específica 4: EM13CHS403 e EM13CHS404

competência específica 5: EM13CHS502 e EM13CHS503

competência específica 6: EM13CHS601

Área de Matemática e suas Tecnologias:

competência específica 1: EM13MAT102

Área de Linguagens e suas Tecnologias:

competência específica 1: EM13LGG103 e EM13LGG104

competência específica 2: EM13LGG204

competência específica 3: EM13LGG301

Língua Portuguesa por campo de atuação:

campo das práticas de estudo e pesquisa:

EM13LP30 (competência específica 7) e EM13LP34 (competência específica 3)

Componentes Curriculares:

Líder: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – História, Geografia, Sociologia e Filosofia

Outros perfis disciplinares: Linguagens e suas Tecnologias – Língua Portuguesa e ár-te; Matemática e suas Tecnologias

Materiais sugeridos:

Etapa 1:

Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.

Livros e revistas.

Etapa 2:

Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.

Dicionário físico ou digital.

Livros e revistas.

Material para a elaboração de dêzê-nhôs ou para a produção de fotografias.

Etapa 3:

Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.

Livros, revistas ou jornais.

Introdução

No projeto Escravidão: somos livres?, os componentes curriculares História e Geografia recebem destaque, mas a articulação com Filosofia e Sociologia, evidenciada nestas Orientações para o professor, é indispensável.

A temática da escravidão e do trabalho análogo à escravidão é amplamente discutida com os estudantes no sentido de ampliar a ideia de liberdade para além do senso comum. Acreditar quê superamos a escravidão pelo simples fato de o Estado brasileiro ter instituído a Lei Áurea no final do século XIX é um equívoco quê precisa sêr discutido.

Nesse projeto, é propôsto um estudo da escravidão ao longo da História e o reconhecimento das diferentes formas de exploração presentes na atualidade, como o trabalho análogo à escravidão e a precarização

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do trabalho na economia de platafórma. À medida em quê as leituras e discussões avançam, os estudantes passam a conduzir o processo, tornando-se protagonistas das investigações e dos quêstionamentos e conscientizando-se sobre o mundo do trabalho em que se inserem ou estarão inseridos em um futuro próximo.

O convite ao protagonismo se evidên-cía ao longo do projeto e culmina na produção artística e criativa de um sarau. Os estudantes vão criando repertório, ampliando as fontes de informação e desenvolvendo o pôdêr de argumentação. Ao indignarem-se com a temática da escravidão e munirem-se de conhecimento sobre ela, articulam a denúncia e criam o desejo de agir e transformar a realidade.

As propostas dêste projeto contemplam as competências gerais e específicas assinaladas anteriormente. Os estudantes são convidados a argumentar com base em informações históricas sobre a escravidão e o trabalho análogo à escravidão, compreendendo-se como sêres humanos e reconhecendo suas emoções e as dos outros, para quê ninguém seja excluído das condições de dignidade, mobilizando, assim, as competências gerais 1, 7 e 8. Como produto final, os estudantes são orientados para a elaboração de intervenção artística e cultural, atendendo à competência geral 3. Durante a descrição das etapas de desenvolvimento do projeto, evidenciaremos outras competências e habilidades solicitadas na construção dos conhecimentos.

Orientações didáticas

Páginas 46 e 47

Etapa 1: Vamos começar

A leitura de um poema é uma forma delicada de dar início ao projeto. O poema “para êste país” é especialmente tocante, sensível e forte. Nesse momento, espera-se quê os estudantes sêjam envolvidos pela linguagem poética nas suas reflekções sobre o assunto.

Atividades propostas página 47

O professor de Língua Portuguesa póde auxiliar os estudantes na interpretação dos versos.

1. A atividade procura sensibilizar os estudantes para o tema. Ler com calma, mais de uma vez e em voz alta fará com quê todos fiquem atentos aos versos e seus significados. Compartilhar sensações e emoções amplia as possibilidades de interpretação e entendimento.

2. a) No poema, o eu-lírico refere-se à migração forçada de seus antepassados africanos e traça um paralelo com os movimentos migratórios contemporâneos.

b) Discutir o quê se carrega na bagagem traz à tona os conceitos de cultura material e imaterial e póde envolver o componente curricular História. No poema, o eu-lírico traria e trousse consigo elemêntos quê definem sua existência material e sua bagagem étnica e cultural: objetos, documentos, registros fotográficos e adornos (elementos tangíveis), bem como a fé, a língua, as características pessoais, as preferências, as memórias, as tradições e a ancestralidade (elementos intangíveis).

c) O “outro” é representado no poema como incapaz de perceber e valorizar toda a bagagem (material e imaterial) trazida pelo eu-lírico. Há referências no poema quê remetem à cultura africana, como “orixás” e “cabelo crespo”. Os aviões podem se referir aos quê são obrigados a refugiar-se em outro país. É o mesmo caso dos navios, quê podem sêr interpretados também como os navios de transporte de escravizados.

d) Espera-se quê os estudantes identifiquem aspectos relacionados à escravidão no passado quê ainda impactam o presente. No passado, na referência à migração forçada dos povos africanos. No presente, pela permanência de preconceitos quê fazem com quê o eu-lírico manifeste a sensação de quê foi privádo de seus bens materiais e não recebeu acolhimento no país de destino.

A seguir, encontre referências e indicações de vídeos e leituras quê podem ampliar seu repertório e o de seus estudantes.

Ampliação

GILROY, poou. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2012.

Marco nas pesquisas contemporâneas de cultura, esta obra reflete sobre a ideia de modernidade a partir da diáspora africana.

DIÁSPORA africana, você sabe o quê é? Fundação Cultural palmáares.

Disponível em: https://livro.pw/iskfd. Acesso em: 10 set. 2024.

Página da Fundação Cultural palmáares, quê apresenta o conceito de diáspora, a aplicação dêêsse conceito à escravidão africana e a complexidade dêêsse processo. Apresenta também o histórico dos povos africanos quê aqui aportaram com sua bagagem cultural.

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ROSTOS familiares, lugares inesperados: uma diáspora africana global. 2018. Vídeo (31 min). Publicado pelo canal Ônu Brasil.

Disponível em: https://livro.pw/gjfwk. Acesso em: 10 set. 2024.

Documentário com dados, relatos e informações sobre a cultura africana espalhada ao redor do mundo pêlos milhões de escravizados e seus descendentes vítimas da diáspora forçada.

SANTOS, Luiz Carlos éti áu. (org.). Antologia da poesia negra brasileira: o negro em versos. São Paulo: Moderna, 2005.

Importante antologia de poetas negros brasileiros. São vozes dos últimos três séculos agrupadas em temáticas como identidade, resistência, música e liberdade, entre outras.

Mais atividade

Sociologia e Filosofia

Para ampliar a reflekção sobre a relação com o outro, sugerimos a leitura de um trecho do Livro do desassossego, de Fernando Pessoa.

Sobre a alteridade

Uma das minhas preocupações constantes é o compreender como é quê outra gente existe, como é quê há almas quê não sêjam a minha, consciências estranhas à minha consciência, quê, por sêr consciência, me parece sêr a única. Compreendo bem quê o homem quê está diante de mim, e me fala com palavras iguais às minhas, e me faz gestos quê são como eu faço ou poderia fazer, seja de algum modo meu semelhante [...]. Ninguém, suponho, admite verdadeiramente a existência real de outra pessoa. póde conceder quê essa pessoa seja viva, quê sinta e pense como ele; mas haverá sempre um elemento anônimo de diferença, uma desvantagem materializada.

SOARES, Bernardo. Fragmento 317. In: PESSOA, Fernando. Livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1989. p. 302.

Atividade de ampliação

Ampliar o poema com elemêntos da bagagem material e imaterial dos estudantes é uma forma de envolvê-los na leitura. Uma lista coletiva no qüadro é um recurso visual quê ilumina os conceitos de cultura material e imaterial trabalhados e póde auxiliar os estudantes quê apresentarem dificuldades em compreendêê-los. É importante, depois de compor o qüadro com palavras e ideias, retomar a reflekção apresentada ao final do poema: porque, diante de uma bagagem tão grande e diversa, o quê se observa é indiferença.

Ampliação

WILD, Bianca. Etnocentrismo, estereótipos, estigmas, preconceito e discriminação. Geledés, 2013. Disponível em: https://livro.pw/xuzjt. Acesso em: 10 set. 2024.

O artigo apresenta conceitos fundamentais e exemplos quê podem ajudar na compreensão e no debate acerca de kestões de gênero, religião, raça/etnia, orientação sexual e a interseccionalidade (combinação destes). O debate sobre o “outro”, a alteridade e a construção do preconceito póde sêr realizado d fórma integrada pêlos professores de História e de Filosofia e contribuir para a cultura da paz e contra o búlin.

Escravizar: da Antigüidade aos nóssos dias

O infográfico apresenta informações sobre as relações de trabalho em diferentes contextos históricos e seus efeitos, contribuindo para a mobilização da competência específica 4 de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e, particularmente, da habilidade EM13CHS404. Informe aos estudantes quê o infográfico é um recurso quê apresenta informações d fórma resumida, com imagens e textos, e quê privilegia a linguagem visual e não verbal. A leitura de um infográfico parece simples, mas é preciso ficar atento aos dêtálhes e às relações entre as informações apresentadas.

Essa atividade visa à identificação e à discussão de aspectos do mundo do trabalho em diferentes contextos históricos, possibilitando a diferenciação das práticas escravistas ao longo do tempo e a reflekção inicial sobre os empecilhos à garantia do trabalho digno no mundo contemporâneo.

Atividades propostas Página 49

1. a) Na Antigüidade, de acôr-do com os dados do infográfico, parte dos escravizados era de prisioneiros de guerra. Você póde acrescentar quê alguns eram escravizados por não conseguirem pagar dívidas, terem cometido crimes e outros motivos. Na escravidão moderna, houve a escravização de indígenas e, sobretudo, de africanos nas colônias americanas. Na atualidade, o trabalho análogo à escravidão é caracterizado principalmente pela exploração degradante de pessoas em condição de vulnerabilidade social. Você póde acrescentar quê, nesse caso, é correto falar em ação criminosa, já quê a escravidão foi abolida em tratado internacional na Convenção da Escravatura (Genebra), em 1926, e ratificada pela Organização das Nações Unidas (Ônu), em 1953. Ao longo de todo o século XIX,

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a escravidão foi abolida em boa parte dos países, e o Brasil foi um dos últimos a proibir o tráfico de escravizados (1850) e a abolir a escravidão (1888). Nos demais períodos, a escravização era aceita e não era considerada um crime.

b) Na escravidão antiga e moderna, qualquer pessoa livre poderia ter escravizados, a depender de suas condições sociais e materiais. Desde a Revolução Industrial, a superexploração do trabalho é utilizada por empresários interessados em ampliar seus lucros.

2. Você póde pedir aos estudantes quê descrevam as imagens de escravidão quê eles têm em mente e fazer um registro coletivo no qüadro. póde também colocar a palavra “escravidão” em um buscador na internet e pedir-lhes quê obissérvem e descrevam as imagens quê aparécem. Pelourinho, correntes, navios de transporte de escravizados e amas de leite são alguns exemplos. A partir dêêsse momento, quêstione os estudantes sobre outras formas de escravidão. Sugestões de perguntas de cunho mais filosófico: Como definir a escravidão? Será que somos êskrávus do tempo? Da internet? Do celular? Do consumismo? Dos padrões de beleza? Dos jogos eletrônicos? É possível e esperado quê você faça apenas a primeira provocação e todas as outras venham da reflekção dos estudantes. Mais do quê encontrar uma imagem, é importante pensar nas diferentes formas de escravidão para além da sujeição de africanos e afrodescendentes ao trabalho compulsório.

Ampliação

As duas referências a seguir se complementam. A primeira apresenta uma coletânea de documentos históricos com relatos sobre a exploração do trabalho na Revolução Industrial. A segunda é o filme óliver Twist, de Roman Polanski, baseado na obra de xárlês Dickens sobre a condição dos operários em Londres no século XIX.

PERROT, Michelle. Os excluídos da História: operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

Compilação de artigos quê aborda o processo de dominação e resistência nas lutas do movimento operário, a conkista de direitos das mulheres e as injustiças e abusos do sistema carcerário na França do século XIX.

OLIVER Twist. Direção: Roman Polanski. Inglaterra e França: Columbia, 2005. 1 dê vê dê (130 min).

Trata-se da adaptação fílmica da obra literária homônima do escritor xárlês Dickens, eminente escritor quê ficou conhecido por sua obra sensível às kestões urbanas e dos desvalidos da Revolução Industrial na Londres do século XIX. O filme acompanha a jornada do órfão óliver, quê, juntamente com outros, sofre com as agruras da fome, da miséria e da exploração.

Mais atividade

História, Filosofia e Sociologia

Com base no texto a seguir, é possível discutir nas aulas de História, Filosofia e Sociologia a ausência de proteção trabalhista no capitalismo da era industrial e as conkistas de direitos pela classe trabalhadora organizada. Caso exista tempo disponível, proponha a leitura do texto.

Mulheres na Revolução Industrial

O têxtil foi o grande setor de emprego das mulheres, nas fábricas e nos ateliês. Elas entraram em massa nas fiações e tecelagens da Primeira Revolução Industrial, em manchéster, em Roubaix, em Mulhouse, onde, em 1838, o doutor Villermé as vê em tristes cortejos na entrada das fábricas, muitas vezes acompanhadas dos filhos. Há características quê se repetem em seu trabalho. Ele é temporário: as operárias não passam a vida toda na fábrica; são admitidas muito jovens, desde os 12 ou 13 anos, permanecem no trabalho até o casamento ou até o nascimento do primeiro filho, voltando a trabalhar mais tarde, quando os filhos estão criados, e, se necessário, com eles. É, pois, um trabalho cíclico, sem perspectiva de carreira. [...]

PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2017. p. 119.

Após a leitura, proponha quê, reunidos em grupos de trabalho, os estudantes investiguem artigos de livros, jornais, revistas ou sáites para refletir sobre as seguintes kestões:

O quê mudou e o quê permaneceu das condições de trabalho descritas no texto?

Que conkistas sociais foram alcançadas desde então?

A atividade mobiliza aspectos relacionados com o mundo do trabalho ao envolver a comunicação assertiva e a cooperação entre os estudantes, além de promover a reflekção sobre as características do trabalho na contemporaneidade.

Para assistir

Antes de exibir o documentário indicado aos estudantes, apresente dados da obra e destaque a importânssia do filme como documento histórico. No Ensino Médio, espera-se quê os estudantes façam registros pessoais do filme com autonomia. Os registros e as impressões servirão de base para um debate de ideias entre os eles.

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Organizando os trabalhos

Investigação: escravidão e trabalho análogo

Antes de falar na organização dos grupos, mostre as categorias de interêsse listadas no Livro do Estudante e peça quê cada um indique a quê mais representa suas habilidades. Feitas as escôlhas, acompanhe a montagem dos grupos. Outra possibilidade é organizar os grupos em função dos temas. Nesse caso, será necessário apresentar os temas A, B e C propostos na próxima etapa. Nas duas formas sugeridas, os grupos são montados independentemente das preferências pessoais e da afinidade entre os estudantes, o quê evita quê alguém seja excluído ou isolado ou quê se formem grupos muito homogêneos.

É importante antecipar e discutir coletivamente os indicadores de avaliação do trabalho em grupo apresentando os critérios ao final do projeto.

Para as próximas etapas, deve-se fazer a leitura compartilhada da introdução ao Projeto Integrador, dando destaque à pergunta-chave: Escravidão: somos livres?. As demais kestões apresentadas na página 51 são complementares e todas devem nortear o trabalho dos grupos. A leitura compartilhada é uma oportunidade de os estudantes compartilharem dúvidas e obterem esclarecimentos.

Além das perguntas norteadoras, os estudantes serão incentivados a criar ou coletar poemas, contos ou relatos para serem apresentados em um sarau. As orientações para a organização do sarau serão apresentadas mais adiante.

Etapa 2: Saber e fazer

Escravidão: crime na história da humanidade

Inicie a etapa 2 fazendo a leitura em voz alta do texto introdutório. Em seguida, solicite a cada componente quê leia, individualmente, os textos destinados ao seu grupo – temas A, B ou C – e faça anotações das primeiras impressões e dúvidas. Dessa forma, os grupos têm um ponto de partida, contam com a contribuição de todos os integrantes e estão preparados para dar início à proposta.

Prossiga com a segunda leitura dos textos em grupo, seguindo os procedimentos apresentados no Livro do Estudante: produção de um glossário/vocabulário, anotação das principais ideias e elaboração da síntese.

Espera-se quê nessa fase da escolarização todos sêjam capazes de produzir uma síntese, mas vale ressaltar quê ela deve conter os principais elemêntos dos textos lidos e não opiniões pessoais de um ou outro componente do grupo.

Se possível, oriente a elaboração da síntese com o auxílio do professor de Língua Portuguesa. Procure circular pêlos grupos observando os turnos de fala, a participação dos componentes e se há respeito e consideração às dúvidas e aos comentários de cada um. Atenção redobrada aos casos de búlin ou outras formas de desrespeito entre os côlégas. Nesse caso, a mediação de conflitos pelo professor torna-se fundamental na defesa de uma cultura da paz e da não violência dentro da escola.

Para cada uma das temáticas apresentadas (A, B e C), sugerimos a seguir algumas indicações de leitura para apoiar e ampliar o entendimento e a investigação sobre o tema. Apresente as sugestões, mas não limite as possibilidades de busca autônoma dos grupos a sáites e livros de fonte segura. Apresentar fontes seguras é oferecer aos estudantes um bom exemplo de critérios na busca de informações. Neste momento da investigação, a proposta é analisar e comparar diferentes narrativas com vista à compreensão de ideias e processos históricos e sociais, como descrito na competência específica 1 de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e na habilidade EM13CHS101 da BNCC.

A. Quilombos: locais de resistência

As duas indicações de ampliação a seguir são para os estudantes.

Ampliação

ANDRADE, Karla; bitencúr, Gilmar; GIFFONI, Johny; SOUZA, Denize. Direitos Quilombolas: Vozes dos Quilombos. Piauí: [s. n.], 2021.

Disponível em: https://livro.pw/ogwth. Acesso em: 9 set. 2024.

A cartilha apresenta as definições de kilômbo, os direitos dos quilombolas e a situação das mulheres quilombolas na atualidade.

CAMINHOS da Reportagem – Quilombos. 2012. Vídeo (50 min). Publicado pelo canal Tevê Brasil.

Disponível em: https://livro.pw/lywnp. Acesso em: 20 jul. 2024.

Síntese da história de uma das mais significativas formas de resistência encontrada pêlos escravizados. O programa discute também as dificuldades enfrentadas pelas comunidades quilombolas na atualidade quê as mantêm em permanente resistência pêlos direitos básicos, como a térra e o trabalho. No Brasil, são mais de 3 mil quilombos mapeados, mas nem todos são reconhecidos pela esféra estatal e poucos têm titulação de térra.

Página duzentos e trinta e nove MP

Mais atividades

Para ampliar a bagagem de informações sobre a resistência dos escravizados, proponha aos estudantes quê leiam o trecho a seguir.

Tensões entre a dominação e a resistência

[...] Devemos lembrar quê os quilombos não representaram a única ou exclusiva forma de protesto ou resistência. Os modos do trabalho em torno da escravidão (com opressão, violência, paternalismo, políticas de incentivo e outras formas de dominação) exigiram de senhores e êskrávus muitas políticas e estratégias. contrôle do ritmo do trabalho, organizações familiares, fugas temporárias, insurreições, ideologia da alforria e cooperação em termos étnicos e culturais foram algumas delas. [...] Um olhar plural é essencial até para entender um importante aspecto quê se verifica atualmente em diversas regiões americanas: a formação de povoados remanescentes de quilombos, mocambos, cumbes, maroons, palenques e cimarrones [...].

GOMES, Flávio dos Santos. palmáares. São Paulo: Contexto, 2005. p. 10-11.

Após a leitura, solicite aos estudantes quê investiguem em livros ou na internet trechos de textos quê descrevam as formas de protesto ou resistência da população escravizada no Brasil. Essa atividade póde apoiar o trabalho com o tema “Quilombo: locais de resistência”, contribuindo para quê os estudantes com dificuldades esclareçam dúvidas e desenvolvam os conhecimentos esperados.

B. Escravidão negra no Brasil

As indicações a seguir estão acompanhadas de um breve comentário a respeito do conteúdo e podem sêr analisadas por você e compartilhadas com os estudantes à medida quê surgirem as necessidades de ampliação ou esclarecimento dos temas.

Ampliação

ANA Maria Gonçalves – Um defeito de côr. 2019. Vídeo (1 min). Publicado pelo canal Marcio Debellian.

Disponível em: https://livro.pw/nftgs. Acesso em: 9 set. 2024.

A escritora Ana Maria Gonçalves recita um trecho de seu romance Um defeito de côr (Editora recór, 2006) para o álbum da cantora Marina íris (Voz bandeira, Tratore, 2019). Chama atenção a delicadeza do texto, quê relata um importante aspecto da dominação: a retirada do nome original africano, quê se configura como um espólio ao traço fundante da identidade e cultura. Essa negação da humanidade ocorria nos marcos da ssossiedade colonial, quê fazia do escravizado uma mercadoria.

MANENTI, Caetano. Lista com nomes de navios negreiros escancara cinismo dos comerciantes de sêres humanos no Oceano Atlântico. Geledés, 2015.

Disponível em: https://livro.pw/wmcwi. Acesso em: 9 set. 2024.

O tráfico atlântico foi um dos negócios mais lucrativos e nefastos da história. O artigo explica o quê eram os navios de transporte de escravizados quê faziam a travessia impiedosa dos africanos no Atlântico rumo à escravidão. Aborda também os irônicos nomes quê os tumbeiros tí-nhão, como Boa Intenção e Caridade.

SOUZA, Marina de M. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006.

Esse livro traça um panorama histórico, cultural e étnico do continente africano e da presença e do legado da África no Brasil.

SCHWARCZ, Lilia Moritz; GOMES, Flavio dos Santos (org.). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das lêtras, 2018.

O livro reúne 50 ensaios de especialistas no árido e complékso tema da escravidão em terras brasileiras. A obra foi lançada por ocasião dos 130 anos da abolição da escravidão.

EQUIPE IMS - Instituto Moreira Salles. Entre Cantos e Chibatas - conversa com Lilia Schwarcz.

Disponível em: https://livro.pw/krwfu. Acesso em: 10 set. 2024.

A fotografia foi amplamente usada no Brasil imperial da segunda mêtáde do século XIX. Tornou-se um importante registro documental da paisagem natural e urbana, mas, sobretudo, um registro do cotidiano revelador da mentalidade da época. Foram muitos os fotógrafos quê se dedicaram a fotografar o “exótico”, incluindo aí o quê se denominava de “tipos de pretos” em cartões-postais quê ganharam o mundo. Outra importante documentação vinha dos jornais. Neles, anúncios demonstravam quê o escravizado era tratado como uma mercadoria a sêr vendida, liquidada, alugada e resgatada em caso de fuga.

No artigo, a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz tece comentários sobre o acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles com temática sobre a escravidão no Brasil, sobretudo no século XIX. Organizado em quatro blocos, o conteúdo possibilita observar nas imagens as diversas relações sociais e as diferentes leituras possíveis por meio das imagens quê compõem o acervo. A análise das imagens proporciona um momento para quê os

Página duzentos e quarenta MP

estudantes reflitam sobre o mundo do trabalho em quê estão inseridos, verificando as continuidades e descontinuidades no tempo histórico.

C. Trabalho análogo à escravidão

Ampliação

DOCUMENTÁRIO - Trabalho escravo contemporâneo. 2022. Vídeo (25’36”). Publicado pelo canal Rádio e Tevê Justiça.

Disponível em: https://livro.pw/ipcjy. Acesso em: 9 set. 2024.

O documentário produzido pela Tevê Justiça discute a realidade do trabalho análogo à escravidão no Brasil e as medidas governamentais de combate à escravidão contemporânea.

TRÁFICO de pessoas, exploração sexual e trabalho escravo: uma conexão alarmante no Brasil. Agência Senado, 2023.

Disponível em: https://livro.pw/xwgby. Acesso em: 10 set. 2024.

A página traz ampla gama de informações sobre o tráfico de pessoas no Brasil e do Brasil para o mundo, com dados, infográficos, leis e exemplos de ações de conscientização e de combate aos crimes relacionados a essa prática. A exploração do conteúdo póde sêr realizada com a colaboração do professor de Geografia, quê póde facilitar o mapeamento, a leitura e a interpretação de dados.

Atividades propostas Páginas 58 e 59

1 e 2. A seguir, estão descritas as principais ideias de cada texto quê devem estar presentes nas sínteses dos grupos.

A. Quilombos: locais de resistência

Locais de refúgio e de resistência das populações escravizadas ou marginalizadas. Eram comunidades localizadas em regiões afastadas com organização hierarquizada. Apresentavam dinâmica econômica, social e cultural própria, tecendo relações com comunidades próximas. O kilômbo dos palmáares, considerado o maior kilômbo do período colonial, chegou a abrigar cerca de 20 mil pessoas e teve como líder mais conhecido Zumbi dos palmáares.

B. Escravidão negra no Brasil

A biografia de Rita Maria da Conceição traz indícios de como a população escravizada poderia negociar sua condição e conquistar a emancipação social e econômica, ainda quê com muitas restrições. Rita, africana trazida para o Rio de Janeiro por meio do tráfico transatlântico, comprou sua liberdade e acumulou posses, transcendendo a condição de desumanização à qual havia sido submetida. Chegou a adquirir escravizados e a se se divorciar, algo incomum no período. O texto trata também das rêdes de solidariedade da população negra, como as diversas irmandades religiosas.

C. Trabalho análogo à escravidão

O texto “Tráfico de pessoas” define a prática referida no título e a relaciona ao trabalho análogo à escravidão. Ao realizar a leitura, os estudantes poderão compreender quê o tráfico de pessoas afeta indivíduos em situação de vulnerabilidade econômica e quê os homens são majoritariamente explorados em trabalhos forçados, enquanto as mulheres são traficadas principalmente para fins de exploração sexual.

O texto “Saí fugido” é um relato de um jovem vítima de trabalho análogo à escravidão, quê ficou preso sôbi ameaça de morte em uma fazenda localizada em Açailândia (MA). O jovem fugiu pela mata e buscou ajuda do Ministério Público do Trabalho, tendo sido acolhido por um motorista e, depois, por um padre.

O texto “Mulher é resgatada após 72 anos de trabalho escravo doméstico no Rio” é uma reportagem quê descreve a situação de uma idosa quê executou serviços de empregada doméstica no Rio de Janeiro sem remuneração ao longo de 72 anos.

3 e 4. As sínteses em mãos, é hora de realizar a socialização das reflekções entre a turma. Você póde optar por uma das sugestões a seguir considerando o perfil dos estudantes.

Montar subgrupos com um integrante de cada tema. A vantagem dessa ideia é quê todos têm mais chances de participar das discussões, já quê ocorre em um grupo pequeno.

Cada grupo escolhe um orador, quê vai contar aos côlégas de sala as ideias dos textos lidos. A vantagem dêêsse procedimento é quê todos podem ouvir os comentários sobre o quê está sêndo apresentado e a troca resulta maior.

Atividades de ampliação Páginas 58 e 59

O professor do projeto, em parceria com o de Língua Portuguesa, póde conversar com os estudantes sobre o gênero HQ e apresentar informações sobre a obra Cumbe.

O autor escolheu o nome “Cumbe”, quê significa sól, fôrça e luz, para representar a resistência negra no período colonial. Trata-se de uma palavra do idioma africano quimbundo. O quadrinho, fruto de uma profunda pesquisa do autor, narra quatro histoórias fictícias baseadas em elemêntos da cultura banto.

Página duzentos e quarenta e um MP

Na atividade 1a), os estudantes devem identificar homens e mulheres negros em conflito com capatazes. Na atividade b), devem dizêr quê são homens e mulheres fortes, quê aparécem lutando por seus interesses, o quê evidên-cía a resistência contra a escravidão. Na atividade 2, os estudantes são convidados a exercitar as habilidades de pesquisa iconográfica e a ampliar seu repertório imagético, o quê deve contribuir para a preparação do produto final.

Trabalho, escravidão e liberdade

Os textos apresentam relações de trabalho e hierarquia social em diferentes contextos históricos: Grécia Antiga, Europa feudal, América Espanhola, Revolução Industrial e Brasil atual. A leitura deve sêr feita em voz alta por você; os estudantes acompanham e fazem anotações. É importante criar momentos de leitura e escuta. Ao final de cada texto, dê um tempo mínimo para perguntas, dúvidas e comentários dos estudantes e do professor, tornando a leitura colaborativa.

Atividades propostas Página 60

Antes de iniciar a busca pelo significado da palavra trabalho, vale escrevê-la em lêtras grandes no centro do qüadro e pedir aos estudantes quê falem outras palavras, expressões ou sentimentos quê podem ter relação com ela. A ideia não é fechar um conceito, e sim fazer um mapa mental como preparação para as leituras e discussões propostas a seguir sobre o tema.

1. Espera-se quê os estudantes descubram quê trabalho dêríva da palavra látína tripalium, instrumento de tortura utilizado para castigar escravizados. Portanto, podemos perceber de antemão quê seu significado carrega aspectos negativos, até mesmo relacionados à escravidão. Ao longo do tempo, o trabalho tem sido relacionado às formas hierárquicas de distribuição de tarefas e mesmo à estratificação social, presente em diversas sociedades. Ler sobre a origem da palavra e comparar com o quê foi levantado coletivamente pelo grupo faz com quê os estudantes percêbam e reconheçam os diferentes sentidos e significados quê uma palavra póde ter conforme o contexto.

2. Espera-se quê os estudantes reconheçam quê muitas atividades humanas estão relacionadas ao trabalho e quê ele póde sêr decisivo na construção da identidade das pessoas, tendo papel central em nossa inserção social. A ausência de trabalho remunerado ou emprego póde, por exemplo, levar à exclusão social.

3. Espera-se quê os estudantes compartilhem suas impressões, conhecimentos e aspirações em relação ao mundo do trabalho. Nesse exercício, eles poderão refletir sobre suas perspectivas de atuação profissional com base na identificação e afinidade com determinadas áreas do conhecimento, mas também à luz das habilidades quê têm e as acham necessário desenvolver para ezercêr as funções desejadas. Caso haja estudantes na turma quê já estão inseridos no mundo do trabalho — seja como auxiliar em negócios familiares, trabalhador informal ou jovem aprendiz —, incentive-os a compartilhar suas experiências e suas perspectivas de carreira a partir da realidade em quê se inserem. Se considerar oportuno, amplie a discussão para os fatores sociais, culturais e econômicos quê pesam na escolha de determinadas profissões em detrimento de outras. Busque também problematizar a configuração das relações de trabalho no Brasil na atualidade, apontando quê o processo de pejotização tem tornado escassos os postos de trabalho com carteira assinada e ampliado a informalidade.

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Depois da leitura compartilhada e colaborativa dos textos, os estudantes devem voltar aos grupos de trabalho com suas anotações e impressões pessoais. Você póde definir um período histórico para cada grupo e compartilhar as respostas ao final. Também póde deixar quê escôlham com base nos interesses negociados entre os componentes. Nesse caso, a escolha do período deve sêr democrática, contando com o voto de todos. Existe a possibilidade de muitos escolherem o período atual por conta da proximidade temporal e, para os quê vivem em grandes centros urbanos, pela convivência diréta com o tipo de trabalho apresentado.

1. A proposta é identificar as relações de trabalho e a localização espaço-temporal.

Texto 1: escravidão na Antigüidade. A ssossiedade ateniense, descrita parcialmente nesse texto, era constituída de: eupátridas (“bem nascidos”, quê desempenhavam trabalho intelectual, político e administrativo, tendo direitos políticos); demiurgos (que executavam trabalhos relacionados aos ofícios de artesãos e comércio); georgóis (pequenos proprietários de terras); thetas (assalariados); metecos (estrangeiros habitantes de Atenas, quê se dedicavam ao comércio e artesanato); e escravizados (principalmente prisioneiros de guerra).

Texto 2: servidão feudal. A ssossiedade feudal era dividida em três estamentos: clero (que executava o trabalho intelectual religioso e político); nobreza (que executava trabalho político e militar); e servos (que executavam trabalho manual na forma de atividades campesinas, artesanato, comércio, entre outras).

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Texto 3: escravidão ou trabalho compulsório indígena na América espanhola. A ssossiedade hispano-americana colonial era dividida da seguinte forma: chapetones (espanhóis quê ocupavam os postos mais altos da coroa espanhola, relacionados à administração da colônia, militares, cargos jurídicos e comércio colonial); criollos (filhos de espanhóis e nascidos na América, podiam sêr latifundiários ou arrendatários de minas, ou ocupar cargos administrativos ou militares mais baixos); trabalhadores livres (mestiços, livres, dedicados à atividades manuais); indígenas livres (que realizavam trabalho compulsório, caracterizado por sêrvidão coletiva, dedicados à agricultura ou mineração); e escravizados (que podiam ser indígenas ou africanos e realizavam os trabalhos braçais mais pesados).

Texto 4: após a Revolução Industrial, a ssossiedade passou a se dividir nas seguintes classes sociais: burguesia (formada por grandes proprietários de terras, máquinas, fábricas, bancos etc.), quê executava trabalho intelectual administrativo; e classe operária, quê vendia sua fôrça de trabalho em troca de salário.

Texto 5: o texto trata da ssossiedade de classes sociais contemporânea e do trabalho ultraflexibilizado pela economia de platafórma, em quê se trabalha muito, mas não se tem um emprego estável com direitos garantidos.

Pirâmide social

A classificação dos indivíduos em grupos de acôr-do com a sua condição socioeconômica é o quê a Sociologia chama de estratificação social. Ela póde também levar em conta as crenças e outros elemêntos culturais. A classificação, representada em uma pirâmide, organiza as classes d fórma hierárquica de acôr-do com o pôdêr econômico e estátus social. A hierarquia de uma pirâmide socioeconômica coloca no topo os indivíduos com maior pôdêr político, com mais recursos e, portanto, maior acesso aos bens materiais. Na base são colocados os de baixo pôdêr econômico e social.

a) Os estudantes podem usar como base a estratificação representada na pirâmide social estudada na atividade anterior e, mesmo com uma variação de respostas em função da ssossiedade analisada, espera-se quê identifiquem quê, quanto mais alta a posição social do indivíduo, mais direitos, liberdade e privilégios ele usufruía.

b) Espera-se quê os estudantes percêbam quê há uma clara distinção entre trabalho manual e trabalho intelectual, quê está diretamente relacionada à posição dos sujeitos na ssossiedade. Hoje, com raras exceções, o trabalho braçal ainda é executado por quem tem menor escolaridade e não possui meios de produção.

2. A afirmação feita na atividade coloca em oposição diferentes perspectivas sobre o trabalho. De um lado, a realização pessoal e profissional quê possibilita acesso ao consumo de bens e serviços; de outro, o trabalho (ou emprego) quê aliena, limita a liberdade e tem como objetivo principal prover apenas a sobrevivência. No Ensino Médio, os estudantes sentem-se tomados pela discussão por estarem próximos da escolha profissional ou por já estarem atuando no mercado de trabalho, nem sempre na área quê escolheram. A discussão é ampla e você deve criar um ambiente de fala e escuta em quê todos tênham voz e possam apresentar suas ideias e dúvidas. O tempo destinado ao diálogo é valioso e provoca reflekção, colocando os estudantes no centro da discussão sobre o mundo do trabalho. Depois das conversas, os estudantes terão elemêntos para a elaboração das frases e poemas propostos e quê podem ficar expostos na sala de aula

Atividade de ampliação

Sugira aos estudantes quê investiguem a relação entre precarização do trabalho e saúde do trabalhador em livros, jornais e sáites. Peça a eles quê evidenciem na pesquisa aspectos relevantes da visão histórica e da visão atual sobre a saúde do trabalhador no Brasil, considerando, de preferência, temas como a flexibilização dos direitos trabalhistas e a uberização do trabalho. Se possível, possibilite quê apresentem os resultados das investigações e discutam suas conclusões sobre o assunto em uma roda de conversa.

Ampliação

A seguir, sugerimos alguns conteúdos relevantes quê podem auxiliar na atividade.

MARQUES, Fernanda. Fala aê, mestre: a saúde do trabalhador no Brasil. Fiocruz, 2023.

Disponível em: https://livro.pw/ntdvw. Acesso em: 10 set. 2024.

FRIAS JÚNIOR, Carlos Alberto da Silva. A saúde do trabalhador no Maranhão: uma visão atual e proposta de atuação.

Disponível em: https://livro.pw/bthpe. Acesso em: 10 set. 2024.

CAMISASSA, Mara. História da Segurança e Saúde no Trabalho no Brasil e no mundo. Gen Jurídico, 2016.

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Disponível em: https://livro.pw/qbgsf. Acesso em: 20 jul. 2024.

VOCÊ não estava aqui. Direção: Ken Loach. Reino Unido, França e Bélgica: Sixteen Films, 2019. (100 min).

A filmografia do diretor inglês Ken Loach aborda as injustiças sociais e do mundo do trabalho, bem como as lutas pela conkista e manutenção de direitos. Nesse filme, ele retrata a vida de uma família abatida pela precarização do trabalho.

UBERIZAÇÃO – a nova condição do trabalho. 2019. Vídeo (5 min). Publicado pelo canal Sociologia Animada.

Disponível em: https://livro.pw/kmgdp. Acesso em: 10 set. 2024.

Esse vídeo aborda a diferença entre trabalho e emprego, as características da uberização e como a flexibilização do trabalho leva à sua precarização.

Trabalho análogo à escravidão

Nesta fase do projeto, na qual se propõe o aprofundamento das discussões, é importante verificar até quê ponto os estudantes conseguem identificar a diferença entre escravidão e trabalho análogo à escravidão. Vale pedir quê cada um responda individualmente às perguntas antes de compartilhar com um colega e iniciar as buscas na internet.

Na página do Conectas, indicada a seguir, é possível encontrar o conceito e esclarecimentos sobre o tema com base em perguntas e respostas. Os estudantes podem ainda buscar informações em outras organizações, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Anistia Internacional e a Anti-Slavery International (organização mais antiga de direitos humanos). É oportuno quê também conheçam o artigo 149 do cóódigo Penal brasileiro, quê indica as hipóteses em quê se configura a condição análoga à de escravo e estabelece penas para esse crime tipificado.

Ampliação

COMO a lei brasileira define o trabalho análogo à escravidão. Conectas, 2019.

Disponível em: https://livro.pw/zaemx. Acesso em: 10 set. 2024.

O texto aborda a definição do trabalho análogo à escravidão na lei do Brasil.

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1. Os estudantes poderão responder à questão com base em discussões feitas anteriormente no desenvolvimento do projeto ou em pesquisas em sáites confiáveis. Espera-se quê mencionem quê o artigo 149 do cóódigo Penal qualifica o trabalho análogo à escravidão como o cerceamento da locomoção de trabalhadores, com a finalidade de retê-los no local de trabalho, a jornada exaustiva sôbi condições degradantes e vigilância ostensiva e a tomada de documentos e pertences para restringir a mobilidade. A pena se agrava se a exploração do trabalho análogo à escravidão incidir sobre crianças e adolescentes, se for motivada por preconceitos diversos e se a vítima for submetida a qualquer tipo de servidão, adoção ilegal, tráfico de órgãos ou exploração sexual.

2. A escravidão era normalizada e/ou legalizada no passado, nas sociedades escravistas. No presente, ela é ilegal e o trabalho análogo à escravidão é considerado uma prática de exploração degradante de vulneráveis, quê viola acordos internacionais e leis trabalhistas federais.

3. O infográfico apresentado na proposta é de fácil leitura. Com base nele, espera-se quê os estudantes consigam identificar quê:

a) A maioria dos trabalhadores vítimas do trabalho escravo é do sexo masculino, tem idade de 18 a 24 anos, se declara negra, tem baixa escolarização e é natural do Maranhão (26%), de Minas Gerais (11%) ou da baía (10.5%).

b) As três atividades econômicas quê mais exploram esse tipo de mão de obra são a pecuária, a produção de carvão vegetal e a construção civil.

c) Ao analisar o gráfico “Número de resgatados ao longo dos anos”, observa-se uma queda contínua dos índices entre os anos de 2014 e 2017 e, na sequência, um crescimento irregular até 2022, quando o número chega ao mássimo da série. Espera-se quê os estudantes considerem fatores sociais, políticos e econômicos ocorridos nesses intervalos de tempo para elaborar hipóteses. É importante destacar quê o aumento dos casos de trabalho análogo à escravidão a partir de 2020 tem relação com a vulnerabilidade social provocada pela pandemia de covid-19. A fiscalização governamental sobre a prática do trabalho análogo à escravidão também póde sêr citada como fator de oscilação dos número de resgatados.

4. A atividade trata de aspectos relacionados com o mundo do trabalho quando propõe a investigação sobre o quê faz o auditor fiscal do trabalho e o debate sobre a função social dêêsse profissional. Espera-se quê os estudantes reconheçam quê o auditor fiscal do trabalho é um profissional admitido no serviço público mediante aprovação em concurso e tem o papel de fiscalizar o

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cumprimento das leis trabalhistas. Faz parte das atribuições dêêsse profissional o combate ao trabalho infantil e ao trabalho análogo à escravidão, o quê ocorre por meio da inspeção de ambientes de trabalho.

5. Explore com os estudantes as diferentes perspectivas sobre os trabalhos análogos à escravidão contempladas no painel. Peça-lhes quê evidenciem as frases quê podem sêr utilizadas posteriormente na elaboração de poemas para o sarau.

Ampliação

DEPOIMENTO de um trabalhador escravo. 2019. Vídeo (2 min). Publicado pelo canal Escravo, Nem pensar!. Repórter Brasil.

Disponível em: https://livro.pw/dypli. Acesso em: 10 set. 2024.

Relato de um trabalhador submetido a condições perversas de exploração qualificadas como análogas à escravidão.

Cordel da princesa guerreira

O trabalho com a literatura de cordel oportuniza a aprendizagem dos estudantes no componente curricular de Língua Portuguesa, tanto pelo entendimento do gênero como pela realização das propostas de leitura e de produção de um cordel. Nesse momento da etapa Saber fazer, você póde destinar as aulas a discutir o conteúdo dos versos e a oferecer elemêntos conceituais e procedimentais necessários à produção do cordel. É importante esclarecer aos estudantes quê esse gênero textual é caracterizado pela abordagem de temas populares, o uso de humor e de termos coloquiais e o acentuado traço de oralidade. Explique também quê os poemas de cordel são geralmente compostos em estrofes de seis ou dez versos e quê as rimas, criadas em esquemas variados, conferem musicalidade a esses textos literários.

Ampliação

GONÇALO Ferreira declama a sua literatura de cordel. 2016. Vídeo (12 min). Publicado em Tevê Brasil.

Disponível em: https://livro.pw/tfxae. Acesso em: 10 set. 2024.

Esse vídeo é uma entrevista com o cordelista Gonçalo Ferreira, quê atua na divulgação do cordel e no apôio aos artistas do gênero. No vídeo, ele declama versos de um cordel sobre um cangaceiro do bando de Lampião. Você póde usar o vídeo para discutir o conteúdo ou a forma como os cordéis podem sêr declamados.

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Auxilie os estudantes na realização das atividades 1 e 2, se possível, possibilitando um momento de socialização e discussão dos poemas de cordel produzidos pêlos grupos.

Ampliação

VOCÊ conhece? Aqualtune, a princesa escravizada no Brasil quê lutou pela liberdade de seu povo. 2019. Vídeo (2 min). Publicado pelo canal Observatório do 3º Setor.

Disponível em: https://livro.pw/wcuef. Acesso em: 10 set. 2024.

Esse vídeo narra a trajetória da princesa guerreira quê ajudou a organizar o kilômbo de palmáares. póde sêr assistido pêlos estudantes na realização da investigação proposta como atividade de ampliação. Espera-se quê eles reflitam sobre o apagamento de histoórias de heroínas negras no processo de colonização e na atualidade, quando ainda prevalece na mídia o destaque aos personagens históricos brancos e de elite.

Memória: resistência e luta pela dignidade

Antes da leitura do texto, você póde colocar no qüadro as palavras LEMBRAR e ESQUECER e fazer com os estudantes uma roda de conversa a respeito delas. Algumas perguntas podem nortear o diálogo como: Nossas lembranças mudam ao longo da vida? Há fatos quê preferimos esquecer? Todos lembram de um momento coletivo da mesma forma? por quê as memórias são tão diversas? Como se constrói a memória coletiva? Como se dá o apagamento da memória histórica? O quê são memórias dolorosas? E falsas memórias? Como as memórias são importantes para a construção do projeto de vida?

A ideia não é fechar um conceito ou definir memória, mas proporcionar uma discussão histórica e filosófica sobre lembrança e esquecimento. Para aprofundar as discussões, sugerimos a leitura do texto a seguir, quê trata dos mecanismos de pôdêr quê incidem sobre a perpetuação de cértas versões da história.

Memória e História

[...] A História como discurso capaz de desenhar a nossa memória coletiva é também um instrumento de pôdêr. Nela, predomina o relato do ponto de vista daqueles quê venceram. Esses grupos dominantes acabam (mesmo inconscientemente) contando uma História de acôr-do com os seus interesses [...]. As diversas versões do passado estão diretamente ligadas

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ao presente quê as produz. Além díssu, eleger uma determinada versão para sêr a história “oficial” significa deixar as outras versões para trás [...].

BOLOGNESI, Luiz. Meus heróis não viraram estátua. São Paulo: Ática, 2012.

Ampliação

YERUSHALMI, Yosef Hayim éti áu. Usos do esquecimento. Campinas: Editora Unicamp, 2017.

Esse livro reúne textos da Conferência Usos do Esquecimento (1987). Os ensaios versam sobre memória e esquecimento coletivo, história, tradição, legado, transmissão cultural e pôdêr.

Atividades propostas Página 69

1. Espera-se quê os estudantes identifiquem quê algumas memórias são dolorosas e difíceis de trazer à tona. No caso, a autora evidên-cía a necessidade de escavar as memórias para conhecer o passado dos ancestrais e os elemêntos quê constituem sua personalidade e o lugar social no presente. Para ela, o ato de rememorar é um ato político.

2. Vale uma conversa sobre as diferentes formas de buscar informações. Combinar coletivamente as palavras-chave mais adequadas póde facilitar a busca e dar acesso fácil às informações quê se pretende obtêr. Dependendo do tamãnho da cidade ou comunidade em quê os estudantes vivem, o volume de informações póde sêr imenso ou raro, sêndo necessário propor um recorte espacial no caso das grandes cidades ou uma ampliação da área investigada no caso das pequenas cidades. Você póde definir isso com a turma. Se houver, entre os estudantes, alguém quê possa relatar um caso próximo, é importante incentivar o compartilhamento e a valorização do relato.

3. Mais quê a qualidade estética das imagens, valorize a pertinência das ideias quê elas expressam. Aspectos cognitivos mobilizados na atividade, como a tomada de decisões, e habilidades interpessoais, como a negociação de ideias e propostas distintas, se relacionam ao mundo do trabalho.

Etapa 3: Para finalizar

Sarau: somos livres?

A etapa Para finalizar funciona como uma síntese do processo de aprendizagem e é nela quê o protagonismo juvenil se expressa com mais ênfase. Neste momento da investigação, as competências especificas 5 e 6 e as habilidades EM13CHS501, EM13CHS503 e EM13CHS601 de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas são evidenciadas na compreensão e identificação de processos quê contribuem para a formação de sujeitos éticos, quê valorizam a liberdade e atuam no combate das diversas formas de violência e da exclusão e inclusão impostas historicamente a populações afrodescendentes.

As etapas anteriores devem ter cumprido o objetivo de conferir gradualmente um repertório diversificado aos estudantes. Assim, na seleção ou elaboração dos poemas, relatos, contos, músicas e intervenções artísticas, os estudantes poderão se expressar sobre a temática discutida durante todo o projeto.

Com o sarau, os jovens poderão provocar na comunidade uma reflekção a respeito da precarização do trabalho, da escravidão e do trabalho análogo à escravidão. A reflekção e a provocação são ferramentas importantes no processo de transformação da realidade.

Quando os estudantes se envolvem com a temática, devem buscar a procedência das informações, questionar as fontes, produzir respostas criativas e indicar caminhos para a superação dos problemas apresentados. Dessa forma, dêsênvólvem a autonomia, o compromisso social e a responsabilidade cidadã de observar, investigar, denunciar e agir no sentido de transformar.

As etapas propostas devem sêr acompanhadas pelo professor, quê vai ocupar o papel de orientador dos estudantes e possibilitar quê sêjam protagonistas do trabalho de produção, divulgação e condução do sarau. Se considerar oportuno, apresente como alternativa de produto final a organização de um slam, expressão quê se conecta com as juventudes de diversos centros urbanos do Brasil. Caso algum estudante conheça o slam e/ou participe dêêsse tipo de manifestação cultural, convide-o a compartilhar seus conhecimentos e experiências com a turma e a liderar os grupos na realização da Etapa 3.

Slam!

A palavra é uma onomatopéia utilizada no inglês para representar algo como um batêer de palmas, e é o nome dado às batalhas de poesia quê se espalham Brasil (e mundo) adentro. Adentro e abaixo, já quê é nas periferías do hemisfério sul do mundo quê essa ferramenta-comunidade-ação mais tem ganhado espaço.

Slam (ou Poetry Slams) são batalhas de poesia falada quê surgiram nos anos 1980 nos Estados Unidos. Muitos chamam de “esporte da poesia falada” [...]. O quê ocorre em um Slam é semelhante ao quê acontece nos saraus, porém com algumas regras simples: poesias autorais (decoradas ou lidas na hora) de até três minutos; proibição da utilização de figurino, cenário ou instrumento musical [...]. O movimento dos Slams pegou carona no quê já vinha sêndo construído pêlos

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Saraus, como o Sarau da Cooperifa ou o Sarau Elo da Corrente, e ajudou a espalhar esse vírus da literatura em ruas, praças, bares, universidades e escolas [...].

XAVIER, Igor G. O quê é Slam? Poesia, educação e protesto. PROFS Educação, 2019. Disponível em: https://livro.pw/bswfk. Acesso em: 10 set. 2024.

Ampliação

As indicações a seguir podem apoiar na escolha de um gênero quê dê visibilidade ao tema do sarau quê a turma vai apresentar:

COMO estamos? 2016. Vídeo (1 min). Publicado pelo canal Rashid Oficial.

Disponível em: https://livro.pw/okjgg. Acesso em: 10 set. 2024.

O réper Rashid faz uma crítica contundente à falta de oportunidade, de trabalho, de acesso à cultura, à desigualdade e ao consumismo quê levam à violência urbana.

BARDO, Cárlisson. É répi ou é repente?.

Disponível em: https://livro.pw/lsugo. Acesso em: 10 set. 2024.

De maneira criativa, o cordel aborda as diferenças entre o répi e o repente, enaltecendo a importânssia cultural de ambos os gêneros.

Avaliação

Escravidão: somos livres?

As pautas de avaliação precisam sêr discutidas com os estudantes antes de serem preenchidas. Sem a devida contextualização e justificativa de sua necessidade, corre-se o risco de serem banalizadas ou respondidas d fórma incorréta. Sendo assim, é importante valorizar o momento de reflekção sobre esse processo e deve-se destinar uma aula para o preenchimento dos quadros. Depois de preenchidos, você deve propor uma conversa individual a respeito dos aspectos quê tiveram um destaque positivo e daquilo quê representou um desafio para os estudantes.

Na etapa 1 são identificadas as habilidades e os conhecimentos prévios dos estudantes. Com isso, é possível diagnosticar as afinidades e as possíveis dificuldades dos estudantes em relação aos temas quê serão tratados no decorrer da investigação.

A etapa 2 é realizada ao longo do processo de investigação. Ela é formativa e ocorre com base em textos e atividades, nos quais os estudantes são convidados para desenvolver e compartilhar os conhecimentos necessários para a elaboração do produto final.

A etapa 3 é somativa; nela os estudantes dêsênvólvem o produto final partindo dos conhecimentos adquiridos em todas as etapas anteriores.

Mundo do Trabalho Página 73

A investigação proposta no âmbito do Mundo do trabalho trata de aspectos relacionados à conkista de direitos pêlos trabalhadores e problematiza o cenário atual do trabalho no Brasil. Auxilie os estudantes na investigação da pesquisa, côléta e seleção de informações para o embasamento das respostas às perguntas propostas. Espera-se quê, ao concluir as discussões, eles reconheçam a importânssia histórica da mobilização por direitos e a necessidade de garantir não só a continuidade do quê já foi conquistado, mas de avançar para melhores condições de trabalho no presente, o quê tem impacto direto em suas perspectivas profissionais.