Projeto 3 Refugiados: como vivem no Brasil?
Síntese do Projeto
Temas contemporâneos transversais:
• Vida familiar e social
• Educação em direitos humanos
• Diversidade cultural
• Trabalho
Categorias:
• Território e Fronteira; Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética
Objetos do conhecimento:
• Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais; Diversidade e dinâmica da população mundial e local; Corporações e organismos internacionais; A Organização das Nações Unidas (Ônu) e a questão dos Direitos Humanos; A questão da violência contra populações marginalizadas; Os conflitos do século XXI e a questão do terrorismo; Pluralidades e diversidades identitárias na atualidade.
Página duzentos e quarenta e sete MP
Objetivo:
• Investigar aspectos de movimentos migratórios, com foco nos refugiados do Brasil atual, e a situação deles na cidade ou no estado onde a comunidade escolar está localizada e a inserção dessa população na vida social e no mundo do trabalho.
Justificativa:
• Diversos tipos de migração fazem parte da constituição e identidade da população brasileira. Em nossa história recente, uma nova categoria de migrantes internacionais se inscreve em território brasileiro: os refugiados.
• O trabalho propôsto neste projeto é conhecer e qualificar a migração caracterizada como refúgio, analisando a interação e inserção dessas pessoas em um novo país para considerar, especialmente, se os refugiados da região onde os estudantes moram sofrem algum tipo de discriminação ou de privação de direitos, tais como de moradia, saúde e trabalho.
Competências gerais da BNCC: 4, 5, 7 e 9
Competências específicas e habilidades:
• Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas:
• competência específica 1: EM13CHS101 e EM13CHS106
• competência específica 2: EM13CHS201
• competência específica 5: EM13CHS502
• competência específica 6: EM13CHS604 e EM13CHS605
• Área de Linguagens e suas Tecnologias:
• competência específica 1: EM13LGG104
• competência específica 3: EM13LGG301 e EM13LGG303
• competência específica 7: EM13LGG703
• Área de Matemática e suas Tecnologias:
• competência específica 1: EM13MAT102
Componentes Curriculares:
Líder: Filosofia, Geografia, História e Sociologia
Outros perfis disciplinares: Linguagens e suas Tecnologias – Língua Portuguesa e ár-te; Matemática e suas Tecnologias
Materiais sugeridos:
Etapa 1:
• Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.
• Livros, jornais e revistas.
Etapa 2:
• Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.
• Dicionários físicos e virtuais.
• Livros, jornais e revistas.
Etapa 3:
• Dispositivos eletrônicos com acesso à internet.
• Aplicativos e ferramentas digitais.
• Recursos para a apresentação do painel.
Introdução
O projeto Refugiados: como vivem no Brasil? é um convite à reflekção e ao exercício de colocar-se no lugar do outro, buscando compreender toda a fragilidade emocional, física, social e econômica quê a condição de refugiado póde acarretar. A temática central dêste Projeto Integrador inclui as dinâmicas das populações e a mobilidade e a fixação de pessoas, retratadas na competência específica 2 de CHS e na habilidade EM13CHS201 da BNCC.
Pensar para além do conforto de viver em seu próprio país com a segurança de conhecer o idioma, a cultura e o funcionamento das esferas política e social é, sem dúvida, um grande desafio para jovens na faixa etária predominante no Ensino Médio. Exercitar a empatia e o diálogo sobre o tema, e entender o refugiado como detentor de direitos e merecedor de respeito, cuidado e hospitalidade são duas tarefas muito gratificantes e transformadoras do projeto, evidenciadas na competência geral 9 da BNCC.
Neste projeto, os estudantes serão convidados a elaborar argumentos com base em dados e informações confiáveis, apoiados pelas mídias digitais, quê trazem para a sala de aula o rrôsto, os objetos e as histoórias dos quê estão refugiados no Brasil e no mundo, como meio de atender à competência geral 7 da BNCC. Há também as imagens e os dados estatísticos e cartográficos, e tudo isso alimenta nos jovens o desejo de entender, questionar e investigar, conforme propôsto nas competências gerais 4 e 5 da BNCC.
A montagem de um painel em mídias digitais com textos e imagens comunica o quê foi descoberto pelo grupo de uma forma quê atrai a atenção dos ouvintes e espectadores. Para a produção do painel, diferentes fontes e narrativas serão utilizadas para quê os estudantes compreendam os aspectos geográficos, filosóficos e históricos quê envolvem o tema, descritos na competência geral 1 da BNCC e na habilidade EM13CHS101.
Durante a descrição de cada uma das etapas de desenvolvimento do projeto, evidenciaremos outras competências e habilidades quê atuarão na construção dos conhecimentos.
Página duzentos e quarenta e oito MP
Orientações didáticas
Páginas 78 e 79
Etapa 1: Vamos começar
Olhares sobre os refugiados
Antes de observar fotografias de refugiados, é interessante conversar com os estudantes sobre o pôdêr da imagem e o quanto ela póde revelar sobre uma pessoa, uma situação ou um lugar. Deve-se destinar um tempo para a discussão sobre a observação atenta de imagens e a diferença entre vêr e olhar. Com as imagens apresentadas, é importante manter o foco nas kestões: O quê é valoroso e importante para as pessoas na condição de refugiados? O quê as pessoas refugiadas levariam para um novo lugar?
Durante essa reflekção, é possível quê a palavra “refugiado” não seja compreendida por todos, mas ela será apresentada e explicada na etapa 2 do projeto. Cabe a você avaliar se é o momento de propor uma conversa, buscando explicar os diferentes sentidos e significados quê ela tem e fazer um diagnóstico do quanto cada um sabe sobre o conceito.
Bom dia pra nascer
[...] O diabo é quê, de tanto vêr, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. essperimênte vêr pela primeira vez o quê você vê todo dia, sem vêr. Parece fácil, mas não é. O quê nos cerca, o quê nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. [...] O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o quê vêr. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o quê o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de vêr pela primeira vez o quê, de fato, ninguém vê. [...]
RESENDE, Otto Lara. vista cansada. In: WERNECK, H. (org.). Bom dia para nascer. São Paulo: Cia. das lêtras, 2011. p. 121-122.
Ampliação
• GENTILE, Paola. Um mundo de imagens para ler. Nova Escola, 2003.
Disponível em: https://livro.pw/gkbpv. Acesso em: 24 set. 2024
Esse artigo aborda a cultura visual e a leitura de imagens na sala de aula e apresenta as etapas dessa leitura fundamental.
Atividades Página 79
1. A atividade póde sêr feita coletivamente e d fórma oral, já quê o mais importante é conversar sobre os sentimentos despertados pelas imagens, e não apenas escrever no caderno. A troca de impressões entre os estudantes póde sêr bem rica.
2. O registro individual funciona como um exercício de observação, e a resposta póde sêr um breve texto englobando as três perguntas apresentadas. Espera-se quê os estudantes identifiquem quê as fotografias tratam de pessoas refugiadas quê carregam objetos de valor pessoal escolhidos para serem levados. O refugiado sírio trousse um instrumento musical; a família do Mali, uma moto; e a família sudanesa, uma panela. Além dos objetos, é possível observar as tendas e o uso dos véus.
3. Os estudantes deverão conversar e apresentar suas hipóteses sobre o quê poderia ter motivado o refúgio em outro país. Espera-se quê os estudantes falem de guerras; perseguição política, étnica ou religiosa; catástrofes ambientais; entre outras.
4. Nessa atividade os estudantes farão um exercício de empatia ao se projetar numa situação de refugiados. As fotografias podem compor um painel coletivo. As legendas podem destacar sentimentos por eles evidenciados durante a produção das imagens. Nesse momento, é importante a colaboração com os professores de ár-te, de Filosofia e de Língua Portuguesa.
Atividade de ampliação Página 79
Nesse momento, os estudantes devem ampliar suas investigações buscando outras imagens quê mostram pessoas refugidas portando objetos próprios de sua cultura com valor afetivo. As imagens encontradas podem compor o painel propôsto na atividade 4.
Ampliação
• SÉRIE fotográfica mostra objetos quê famílias de refugiados escolhem levar no momento da fuga. SuperInteressante.
Disponível em: https://livro.pw/mfesh. Acesso em: 24 set. 2024
Informações sobre a série fotográfica A Coisa Mais Importante, quê retrata os objetos quê os refugiados carregam ao fugir de suas casas.
• FOTOGRAFIA documental com Érico Hiller. 2016. Vídeo (3min59s). Publicado pelo canal O Beijo.
Disponível em: https://livro.pw/eopzh. Acesso em: 24 set. 2024
Essa referência é um depoimento do fotógrafo documental Érico Hiller, quê compartilha suas impressões sobre a profissão.
Página duzentos e quarenta e nove MP
Mais atividade
Neste momento do projeto, despertamos no jovem o desejo de entender, questionar, investigar e aprender. Colocando um desafio de reflekção, pode-se atrair a atenção de todos. Proponha à turma a pergunta: O quê você faria se fosse obrigado a sair às pressas e deixar o Brasil? Com o quê você iria trabalhar no novo país? A palavra “obrigado” precisa ter destaque, pois não se trata de uma saída espontânea para trabalhar, estudar ou viver uma nova experiência. A ideia é deixar quê os estudantes pensem, manifestem opiniões, comentários e dúvidas para serem envolvidos e sensibilizados pelo tema do projeto.
Ampliação
• PEREZ, Francisco; MOREIRA, Mônica; PIMENTA, Vânia. Se fosse um refugiado o quê levaria na mochila? JPN, 2016.
Disponível em: https://livro.pw/ntpda. Acesso em: 24 jul. 2024.
”E se fosses tu? Se tivesses quê fugir da guerra, o quê levarias na mochila?” Essa foi a campanha lançada em 600 escolas portuguesas para sensibilizar os estudantes e convocá-los a se colocar na péle do refugiado.
Páginas 80 e 81
Uma dinâmica mundial
Antes de analisar os números em cada região, é interessante quê os estudantes verifiquem as regiões com a presença dos maiores círculos, indicando a origem das pessoas deslocadas à fôrça.
Realizar um breve panorama dos conflitos em conjunto com os estudantes póde auxiliar na compreensão dos dados apresentados no mapa. Neste momento, são evidenciadas a competência específica 1 de CHS e a habilidade EM13CHS106, quê compreendem a utilização de linguagens cartográficas d fórma crítica, significativa e reflexiva para acessar e disseminar informações e produzir conhecimentos. Nesse momento é importante a colaboração entre os professores de Geografia e de Sociologia.
Atividade Página 81
1. Na atividade proposta, auxilie os estudantes na investigação sobre as principais nacionalidades das pessoas quê escolheram o Brasil como destino de refúgio. Se possível, evidencie os refugiados quê se estabeleceram na cidade ou no estado onde os estudantes moram.
Páginas 82 e 83
Organizando os trabalhos
Painel: Refugiados: como vivem no Brasil?
Nessa parte do projeto, é interessante começar a aula explicando aos estudantes as diferenças entre “migração”, “emigração” e “imigração”. É bem possível quê eles conheçam as palavras de outro período da escolaridade, mas é importante retomá-las. Em linhas gerais, pode-se falar quê migração é o movimento de pessoas quê deixam o local onde vivem para viver em outra localidade.
Esse movimento póde acontecer dentro de um país ou entre países. Já o processo de entrada é a imigração, e o de saída, a emigração. As motivações para o deslocamento das pessoas podem variar muito, como a busca de uma vida nova, trabalho ou estudos, mas não há dúvidas de quê, no caso dos refugiados, as motivações são extremamente penosas.
Ampliação
• ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL PARA AS MIGRAÇÕES. Glossário sobre migração, 22. Genebra: OIM, 2009.
Disponível em: https://livro.pw/izjtj. Acesso em: 24 jul. 2024.
Obra de referência com glossário oficial do direito internacional sobre migração criado pela Organização Internacional para as Migrações. póde sêr consultado durante todo o percurso do projeto por professores e estudantes.
Painel: Refugiados: como vivem no Brasil?
Você deve apresentar a proposta da montagem de um painel de fotografias e imagens de refugiados retomando o quê conversaram sobre a foto documental. Para a montagem dos grupos, você póde listar no qüadro as diferentes habilidades necessárias para a produção de um painel e conversar sobre o significado de cada uma delas. Ao final da conversa, é importante quê cada estudante demonstre interêsse e afinidade com pelo menos uma das propostas apresentadas nesse momento. Assim, fica mais fácil conseguir a formação de grupos mais diversificados.
Atividade de Ampliação Página 82
• ôriênti os estudantes a buscar informações sobre o tema em sáites de organizações oficiais como a ACNUR, Agência da Ônu quê se dedica aos refugiados. Possibilite a troca das informações obtidas nas investigações.
Página duzentos e cinquenta MP
• Ao indicar o documentário Refugee (2016), você póde conversar com os estudantes sobre a difícil tarefa de sêr um fotógrafo em situações em quê se observam desconforto e tristeza naqueles quê estão sêndo fotografados. O uso intenso dos celulares criou, na atualidade, quase uma banalização da imagem. Fotografamos tudo o tempo todo e compartilhamos sem, muitas vezes, ter o cuidado de pedir autorização às pessoas quê estão nas fotos. Fotos são tiradas para registrar um sorriso ou um momento de alegria, mas será quê no caso da foto documental de refugiados é a mesma situação? Deve-se ter delicadeza com essas pessoas? E quais são os cuidados quê se deve ter? Conversar sobre isso é uma forma de convidar os estudantes a ter um olhar atento ao documentário. Nas aulas de Filosofia, é possível fazer uma reflekção sobre ética, estética e fotografia.
Mais atividade
Você póde fazer um levantamento coletivo a respeito de quais seriam as razões para quê uma pessoa escolhesse o Brasil para se refugiar. Colocar as ideias no qüadro e promover uma discussão com a sala toda é uma forma de deixar as primeiras impressões registradas para serem usadas na proposta de finalização do projeto.
Ampliação
• ALMEIDA, Daniella. Brasil reconheceu mais de 77 mil pessoas como refugiadas em 2023. EBC, 2024.
Disponível em: https://livro.pw/mnhzb. Acesso em: 24 jul. 2024.
Matéria com dados oficiais e análises sobre os refugiados no Brasil e uma matéria quê sintetiza parte dêêsses dados, quê podem nortear o projeto durante todo seu percurso.
Páginas 84 e 85
Etapa 2: Saber e fazer
Fragilidade política e social
O infográfico das páginas 84 e 85 póde sêr lido com certa facilidade, pois as informações estão dispostas d fórma clara, mas o significado da sigla ACNUR precisa sêr compartilhado com os estudantes. A palavra “apátrida” também póde gerar dúvidas, mas será trabalhada logo a seguir.
ACNUR – Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Tem a missão de oferecer proteção e apôio a refugiados do mundo todo, por meio de ajuda financeira, itens de emergência e abrigos para as pessoas quê foram obrigadas a deixar suas casas.
Nesse momento é importante a colaboração entre os professores de Geografia, de Matemática e de Sociologia.
Atividades Página 85
1. a) Do número total, 37,6 milhões de pessoas solicitaram e adquiriram a condição de refugiados em outros países.
b) Afeganistão (6,4 milhões); Síria (6,4 milhões); Venezuela (6,1 milhões); Ucrânia (6 milhões); Sudão (1,5 milhão).
c) As pessoas costumam se deslocar mais para os países vizinhos. Os países quê mais abrigam refugiados são: Irã e Turquia.
2. O maior desafio dos estudantes é selecionar infográficos atualizados e fazer a leitura de dados quê, muitas vezes, aparécem em inglês. Considerando quê a linguagem visual e numérica dos infográficos é bastante comunicativa, talvez o idioma não interfira na leitura, mas o apôio do professor da área de Língua Inglesa póde sêr uma opção.
Ampliação
• GRIJÓ, Danielle Porto S. O infográfico na sala de aula: uma experiência multimodal. Revista Práticas de Linguagem, v. 8, n. 2, 2018.
Disponível em: https://livro.pw/bvoen. Acesso em: 24 set. 2024.
Esse artigo póde auxiliar no trabalho com infográficos na sala de aula.
Páginas 86 e 87
Migrações, refúgio e apatridia
É hora de trabalhar com os verbetes relacionados ao tema, os quais podem ajudar na compreensão de tudo quê vêm sêndo conversado e discutido em aula. As palavras e expressões “apatridia”, “deslocados internos”, “solicitante de refúgio” e “refugiado(a)” podem sêr discutidas em grupos ou com toda a sala, com base em hipóteses e conhecimentos prévios dos estudantes antes da leitura.
É conveniente lembrar aos estudantes o conceito de verbete. Nesse momento é importante a colaboração com o professor de Língua Portuguesa.
Verbete é um gênero textual de caráter informativo destinado a oferecer os significados e definições de uma palavra ou expressão. É apresentado d fórma objetiva, seguindo padrões descritivos. póde aparecer em dicionários e enciclopédias (físicos e digitais) e sêr acompanhado de ilustrações e línkis para outros sáites.
Página duzentos e cinquenta e um MP
Atividades Página 87
1. a) Espera-se quê os estudantes consigam apresentar verbetes com significados próximos aos sugeridos a seguir.
Asilo político: É concedido a pessoas quê não podem retornar ao seu Estado de origem em razão de perseguição injustificada. No entanto, difére do refúgio porque sua concessão a um determinado indivíduo é de ordem estritamente política e não há um procedimento ou requisito definido para tal. É decidido no âmbito do pôdêr discricionário do Presidente da República.
Xenofobia: É o sentimento de aversão, desconfiança, medo, antipatia, rejeição em relação ao estrangeiro, ao quê vêm de outro país, ao quê vêm de fora. O sentimento de xenofobia se manifesta em atitudes discriminatórias e, muitas vezes, violentas, tanto verbais como físicas e psicológicas, contra migrantes. Abordagens xenófobas também podem sêr encontradas em políticas adotadas por países quê buscam restringir fluxos migratórios.
b) e c) Você póde perguntar aos estudantes sobre as possíveis palavras e expressões ligadas ao tema. Na ausência de repertório por parte dos estudantes ou no intuito de ampliar a lista sugerida por eles, você póde apresentar as sugestões a seguir: “êxodo”, “migração forçada”, “deslocados”, “direito internacional”, “discriminação”, “racismo”, “retornados”, “solicitante de asilo”, “intolerância”, “direitos humanos”, “desterro” e outras.
Uma possibilidade é dividir as palavras entre os grupos ou duplas para quê façam uma busca de informações e produzam os verbetes. Assim, os estudantes terão uma ampla gama de verbetes quê poderão sêr compartilhados na sala e usados na etapa final do projeto.
XENOFOBIA
[...] A xenofobia contemporânea, portanto, continua repercutindo essa distinção entre vidas quê contam, entre vidas quê são humanas e vidas quê vivem num estado à beira do humano ou do inumano. Em várias situações, os Estados quê deveriam fazer viver, garantir a vida, não deixar morrer, pelas próprias exigências legais e jurídicas quê implicam, pela própria discricionariedade dos agentes públicos quê os compõem, condenam a situações de perigo à vida os muitos corpos quê são definidos e marcados com a condição de estrangeiros. [...]
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval M. de. Xenofobia: medo e rejeição ao estrangeiro. São Paulo: Cortez Editora, 2016.
XENOFOBIA É CRIME
[...] Assim como o racismo, xenofobia é crime. De acôr-do com a Lei número 9459, de 13 de maio de 1997, serão punidos os crimes “resultantes de discriminação ou preconceito de raça, côr, etnia, religião ou procedência nacional” [...].
MELLONE, Maurício. Xenofobia é crime. Instituto ADUS, 15 ago. 2019. Disponível em: https://livro.pw/rfwgx. Acesso em: 24 set. 2024.
2. Com base na discussão coletiva sobre discriminação, os estudantes podem prosseguir na busca por outros exemplos. Se a presença de refugiados fizer parte do contexto da comunidade escolar, a discussão será ainda mais séria e profunda, pois a turma poderá contar com o depoimento das pessoas da própria escola, moradores do bairro ou da região.
Páginas 88 a 91
Migração: direito humano
A atividade de leitura da Lei número 9.474/1997, quê implantou o Estatuto dos Refugiados no Brasil, deve sêr coletiva, e o registro das informações solicitadas póde sêr feito no qüadro, em um painel da sala ou em arquivo digital compartilhado entre os estudantes. O trabalho consiste em localizar a informação e apresentá-la d fórma resumida ao redator, quê póde sêr um estudante ou você. É indicado dividir o local de registro em duas colunas com as palavras “Condição de refugiados” no centro e uma linha divisória. De um lado, a palavra “reconhecidos”, e, do outro, “excluídos”.
Atividade Página 89
Reconhecidos – Os quê sofrem de temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas ou violações graves de direitos humanos em seu país de origem; quê já estejam em território brasileiro e não possam retornar à sua pátria pêlos motivos descritos anteriormente, ou, ainda, dependentes econômicos ou familiares da pessoa em situação de refúgio.
Excluídos – Pessoas quê já desfrutam de proteção ou assistência por parte de organismo ou instituição das Nações Unidas quê não o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados; sêjam residentes no território nacional e tênham direitos e obrigações relacionados com a condição de nacional brasileiro; tênham cometido crime contra a paz, crime de guerra, crime contra a humanidade, crime hediondo ou participado de atos terroristas ou tráfico de drogas; sêjam considerados culpados de atos contrários aos fins e princípios das Nações Unidas.
Ampliação
• UNHCR/ACNUR.
Disponível em: https://livro.pw/uqakh. Acesso em: 24 jul. 2024
Página duzentos e cinquenta e dois MP
sáiti quê dá suporte aos refugiados e solicitantes de refúgio no Brasil, com direitos e deveres e um guia de como viver no Brasil (moradia, educação, trabalho, documentação, saúde e outros).
Você póde promover uma conversa a respeito da necessidade de atualização das leis. A nova Lei de Migração é considerada por muitos um avanço no reconhecimento de direitos quê só eram garantidos aos nacionais. Apesar de ter recebido elogios por seu caráter humanitário, a nova lei sofreu várias críticas e ataques de uma parcela da ssossiedade quê não aceita a entrada de estrangeiros no Brasil. Essa é uma discussão delicada e séria quê precisa sêr considerada por você no encaminhamento das propostas.
Silenciar o estudante quê não concórda com os avanços humanitários apresentados na lei não promoverá o debate, a reflekção e a transformação. O diálogo aberto com os jovens é uma excelente oportunidade de abordar a cultura da paz e da não violência, colocando cada um deles como protagonista de uma possível mudança nas relações pessoais em âmbito local, regional e global.
Muitos jovens temem a presença dos refugiados como uma ameaça aos seus direitos e oportunidades de futuro profissional. Acolher as angústias e medos dos jovens é uma tarefa importante, assim como propiciar um ambiente livre de agressões, em quê o diálogo prevaleça. O respeito às diferentes posições deve sêr acompanhado de uma profunda reflekção, em quê as discussões estejam pautadas em argumentos sólidos a respeito dos direitos humanos. Nesse ponto da investigação, contemplam-se a competência específica 6 de CHS e as habilidades EM13CHS604 e EM13CHS605, ao apresentar e discutir o papel dos organismos internacionais no contexto mundial e analisar leis nacionais e os princípios da Declaração dos Direitos Humanos, recorrendo às noções de justiça e igualdade.
Ampliação
• REFUGIADOS – Quais os seus direitos? 2018. Vídeo (30s). Publicado pelo canal Direito no popular.
Disponível em: https://livro.pw/igwof. Acesso em: 24 jul. 2024
Síntese quê une a perspectiva do direito com as kestões filosóficas e sociológicas a respeito dos refugiados.
• FRANCESCO, Wagner. por quê devemos acolher os refugiados? Um debate sobre a globalização da fraternidade. Jusbrasil, 2016.
Disponível em: https://livro.pw/xvpku. Acesso em: 24 jul. 2024
Artigo quê aborda a tolerância e aspectos polêmicos sobre a acolhida aos refugiados. póde sêr trabalhado com o professor de Filosofia.
Atividades Página 91
1. A ideia da atividade é fazer os estudantes construírem argumentos de defesa de alguns dos 16 incisos do Artigo 4 do Estatuto dos Refugiados no Brasil. Para defender um ponto de vista, eles precisam apresentar explicações e exemplos quê justifiquem a escolha. Uma sugestão para abarcar todos os direitos apresentados é ler e pedir a cada dupla quê fique com um direito para o qual deve apresentar defesa. Nessa atividade, são importantes o exercício de reflekção e a elaboração de argumentos sólidos pautados em fatos e informações seguras, e não na opinião pessoal.
2. Para realizar a atividade, é importante apresentar a indicação a seguir, quê aborda o direito e as normas internacionais para a questão dos refugiados, mas os estudantes devem ter autonomia na busca pelas informações, com a orientação de coletar dados em sáites oficiais e seguros.
Ampliação
• NOGUEIRA, Rafael. O direito internacional dos refugiados e os direitos humanos internacionalmente. Direito Diário, 5 ago. 2017.
Disponível em: https://livro.pw/ozybq. Acesso em: 24 set. 2024
Síntese quê aborda a temática dos refugiados na perspectiva da intersecção entre o direito internacional e os direitos humanos.
Páginas 92 e 93
Breve história do refúgio
Você póde fazer a leitura em voz alta enquanto os estudantes fazem anotações pessoais. Se julgar pêrtinênti, peça a eles quê realizem as atividades 1 e 2 em conjunto, ou seja, póde sugerir quê escrevam um texto comparativo entre o refúgio na atualidade e na Antigüidade. Nesse momento é importante a colaboração com o professor de História.
Atividade Página 93
1. Na Antigüidade, o refúgio se dava nos templos em quê o exército e outras autoridades não podiam entrar para perseguir os criminosos comuns. Com o tempo, o refúgio passou a sêr assunto de Estado e, a partir da Revolução Francesa, fortalecido pêlos ideais de liberdade e direitos individuais, o refúgio passou a sêr aplicado a criminosos políticos.
Página duzentos e cinquenta e três MP
Espera-se quê os estudantes identifiquem no texto e na imagem quê o refúgio na atualidade se caracteriza pela proteção dos Estados a indivíduos perseguidos quê não sêjam criminosos.
Ampliação
• SOUSA, Suzyanne V. M. O conceito de refugiado: historicidade e institucionalização. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, XXX. Anais [...]. ANPUH Brasil, 2019.
Disponível em: https://livro.pw/yrncz. Acesso em: 24 set. 2024
• búrki, P. Perdas e ganhos: exilados e expatriados na história do conhecimento na Europa e nas Américas, 1500-2000. São Paulo: Unésp, 2017.
Essas obras tratam do exílio e do refúgio ao longo da história. São indicadas principalmente ao professor de História.
Páginas 94 e 95
Panorama do refúgio no Brasil
O foco principal dos dados apresentados neste momento é montar um panorama demonstrando alguns aspectos da população de refugiados quê chegam ao Brasil. É importante apresentar o mapa e as tabélas aos estudantes para quê eles compreendam os países de origem e as faixas etárias dos refugiados, bem como as regiões do Brasil quê mais têm recebido essas pessoas. Nesse momento é importante a colaboração entre os professores de Geografia, de Sociologia e de Matemática.
Atividades Página 95
1. a) Os dados apresentam pessoas dos continentes americano, asiático e africano
b) A faixa etária majoritária são de pessoas entre 25 e 39 anos. Uma explicação possível é quê os refugiados em idade de trabalhar deixam o país de origem em maior número.
c) Entre as principais razões, o advento da pandemia de covid-19 é uma hipótese possível para a queda no número de solicitações de refúgio.
2. Os estados do Norte do Brasil fazem divisa com a Venezuela e, portanto, são o portão de entrada mais fácil para os refugiados dêêsse país.
3. a) Os estudantes deverão pesquisar e verificar quê a crise política e humanitária na Venezuela faz com quê muitas pessoas saiam do país e venham para o Brasil.
b) Os estudantes deverão pesquisar e apresentar aos côlégas essa questão. O bom acolhimento aos refugiados e o Brasil sêr uma “passagem” para outros países como os Estados Unidos podem sêr as hipóteses levantadas pêlos estudantes.
4. Ressalte aos estudantes quê o resultado desta atividade será aproveitado no trabalho final.
Páginas 96 e 97
Quem acolhe e ampara os refugiados?
Neste momento da investigação, serão evidenciadas ações quê promovam a solidariedade e os direitos humanos, para o acolhimento e amparo de refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade, quê são tratados na competência específica 5 de CHS e na habilidade EM13CHS502 da BNCC.
A leitura compartilhada do texto póde evidenciar a delicadeza do professor, quê usa músicas para ensinar e trazer um pouco de alegria aos jovens refugiados em suas aulas. Chama a atenção também o fato de quê dois terços dos refugiados do Sudão do Sul quê vivem no campo de Jewi, na Etiópia, são crianças.
Atividades Página 97
As atividades propostas têm foco nas instituições e pessoas quê atuam no acolhimento de imigrantes. Nesse ponto, os estudantes terão a oportunidade de conhecer os aspectos sociais e econômicos quê envolvem o trabalho com imigrantes. A investigação póde encaminhar para os profissionais envolvidos nessa atuação. Desse modo, os estudantes aprofundam aspectos relacionados ao mundo do trabalho. Os estudantes devem partir de um levantamento coletivo em sala de aula. Você e os estudantes precisam conversar sobre a percepção de todos a respeito da presença de refugiados nas proximidades da escola e até mesmo dentro dela. Dependendo do estado, da cidade e até do bairro onde a escola está inserida, a presença póde sêr muito marcante ou inexistente. Cabe ao grupo avaliar as condições para a realização da côléta de dados. Em alguns casos, entrevistas, visitas à biblioteca e centros culturais, assim como fotos tiradas pêlos próprios estudantes, podem fazer parte do trabalho. Em outros casos, a tarefa estará restrita a uma côléta de dados na internet sobre a presença de refugiados no estado ou na região do Brasil em quê vivem.
Ampliação
• CONHEÇA ônguis quê apoiam migrantes e refugiados no Brasil e aceitam voluntários. MigraMundo, 28 ago. 2019.
Disponível em: https://livro.pw/udfqq. Acesso em: 24 jul. 2024.
Artigo quê reflete sobre o panorama da chegada de refugiados no Brasil ao longo do tempo.
Página duzentos e cinquenta e quatro MP
Páginas 98 e 99
Uma vida melhor no Brasil?
A proposta de leitura do poema póde vir acompanhada de uma representação artística. Você póde preparar a sala pedindo aos estudantes quê guardem todo material e usem apenas o estojo, com lápis e canetas coloridas. Cada um receberá uma fô-lha de papel sulfite em branco e você pedirá silêncio e escuta atenta. A ideia é quê, enquanto você faz a leitura vagarosa do poema em voz alta, os estudantes registrem suas impressões com cores, dêzê-nhôs, palavras e frases. A intenção é quê sêjam tocados pelo poema e sintam a emoção contida nos versos. Ao final, é interessante quê haja a troca das fô-lhas e quê todos possam compartilhar o quê fizeram e observar o registro dos côlégas, conhecendo o quê foi produzido.
Ampliação
• IMIGRAÇÃO e chegada de refugiados trazem a SP diversidade cultural. 2018. Vídeo (10min04s). Publicado pelo canal Tevê Brasil.
Disponível em: https://livro.pw/qcdxu. Acesso em: 24 jul. 2024.
Esse vídeo mostra a Hospedaria dos Imigrantes, do século XIX até a vinda dos refugiados na atualidade, a forma como a cidade de São Paulo recebeu e recebe imigrantes, os problemas quê eles enfrentam e a riqueza do multiculturalismo.
• ZYLBERKAN, Mariana. Vida de refugiado: por uma segunda chance. TAB UOL, n. 45, 2015.
Disponível em: https://livro.pw/mflcb. Acesso em: 24 jul. 2024.
Página sobre kestões da atualidade com conteúdo apresentado d fórma interativa e dinâmica. Nesta edição, trata-se da vida dos refugiados no Brasil.
Atividade Página 99
A proposta de buscar imagens e criar legendas sobre as impressões do poema póde complementar a sugestão da representação artística apresentada acima. Cabe a você escolher a opção quê mais se adapta ao grupo com o qual trabalha.
Ampliação
• O MENINO na areia, por Emi Mahmoud. 2016. Vídeo (1min36s). Publicado pelo canal Ônu Brasil.
Disponível em: https://livro.pw/sjbpt. Acesso em: 24 jul. 2024.
A poeta sudanesa Emi Mahmoud recita seu poema “O menino na areia”, quê faz uma emocionante reflekção sobre a travessia e morte dos refugiados no mar Mediterrâneo.
Páginas 100 e 101
Relatos do refúgio
A leitura de um relato sempre sensibiliza mais do quê qualquer gráfico, tabéla ou dado estatístico. O relato humaniza as relações e aproxima os estudantes do quê realmente acontece com as pessoas, para além dos preconceitos e opiniões pessoais. É preciso estar aberto para ouvir, observar e entender. Ter uma conversa antes de iniciar a leitura póde sêr um caminho para torná-la atenta, respeitosa e produtiva.
Ampliação
• A VIAGEM de Khalid: uma jornada perigosa. A história real da transformação de um sírio ‘ocidental’ em refugiado na Europa. TAB UOL.
Disponível em: https://livro.pw/ykzlz. Acesso em: 24 jul. 2024.
• HANAN Dacka dá voz aos jovens refugiados sírios no Brasil. 2018. Vídeo (3min18s). Publicado pelo canal Capricho.
Disponível em: https://livro.pw/ovjed. Acesso em: 24 jul. 2024.
Essas indicações trazem relatos de refugiados sírios em formatos diferentes: depoimentos escritos, HQ e vídeo. Mas há muitos outros depoimentos na internet. No caso de havêer refugiados nas proximidades da escola, vale a indicação de uma atividade de entrevista, vídeo ou relato oral.
Atividades Página 101
Com base na leitura dos relatos, é esperado quê os estudantes apontem quê o refugiado congolês participou de protestos contra o govêrno do seu país natal e, por conta díssu, sofreu ameaças e teve quê deixar o Congo. Já a refugiada síria teve quê deixar o país por conta da guerra civil iniciada em 2011.
No Brasil, os dois refugiados sentem saudades de sua térra natal e de suas famílias. A refugiada síria teve dificuldades com o idioma e com o alto custo do aluguel em São Paulo.
Os dois refugiados buscam reconstruir suas vidas em terras brasileiras. O congolês trabalha com música e a síria cuzinha pratos de sua culinária para vender.
ôriênti os estudantes na obtenção de outros relatos quê irão compor o painel do grupo.
Ampliação
• CARNEIRO, Júlia; SOUZA, Felipe; TEIXEIRA, Fábio. Fugindo da guerra, congoleses enfrentam violência, racismo e desemprego para recomeçar no Brasil. BBC Brasil, 30 jul. 2018.
Disponível em: https://livro.pw/bvstq. Acesso em: set. 2024.
Página duzentos e cinquenta e cinco MP
• LISSARDY, Geraldo. Como o Brasil virou o principal refúgio de sírios na América Látína. BBC Brasil, 2015.
Disponível em: https://livro.pw/fjbuc. Acesso em: 24 set. 2024
Essas duas indicações ajudam a compreender as motivações migratórias de congoleses e sírios e traçam um panorama da vida e das dificuldades quê enfrentam no Brasil.
Páginas 102 e 103
Etapa 3: Para finalizar
Produção de painel
Chega o momento em quê é necessário recolher tudo quê foi desenvolvido ao longo do projeto para pensar no produto final. O resgate das etapas e das propostas póde sêr coletivo, assim todos os estudantes podem participar observando suas anotações ou retomando o livro e as propostas. Resgatar é um exercício importante, pois, ao longo das aulas, muito se perde e nem todos têm clareza do volume de produção. Além díssu, a retomada do processo póde dar pistas de como cada grupo vai compartilhar os aprendizados e as impressões.
Feito o resgate, é hora de orientar e acompanhar os grupos na elaboração do painel. Considerar as diferentes possibilidades de uso das mídias digitais disponíveis na escola é a primeira tarefa a sêr feita, já quê ela define minimamente quais caminhos poderão sêr seguidos.
Vivemos a era digital, quê oferece recursos de filmagem, fotografia, edição, som e efeitos visuais na palma da mão, mas para acessar e usar é preciso acesso à internet e parceria com a área de Linguagens e suas Tecnologias. Isso tudo póde levar tempo e exige planejamento. Estabelecer com os estudantes um cronograma de ações e divisão de tarefas póde sêr definitivo no desenvolvimento do produto final.
A apresentação para o público meréce sêr ensaiada e mostrada préviamente aos côlégas para quê eles possam fazer críticas, comentários e sugestões quanto ao uso das imagens, da linguagem e dos recursos. Trata-se de um tema delicado quê aborda a vida de pessoas em condições de vulnerabilidade social, emocional e econômica e, portanto, meréce todo cuidado. No fechamento do trabalho, cada estudante deve considerar o quê foi apresentado nos painéis para refletir se os refugiados são tratados com hospitalidade no Brasil.
O painel póde sêr produzido em uma mídia eletrônica, para sêr compartilhado pela rê-de com os côlégas ou projetado em uma tela grande para a turma. Muitos aplicativos e ferramentas digitais estão disponíveis na internet, grande parte deles gratuita, e podem sêr utilizados na produção e apresentação do painel. O meio digital póde sêr um editor de slides, acessível a computadores e smartphones.
Páginas 104 e 105
Avaliação
O momento da avaliação é muito importante e meréce toda a atenção dos envolvidos. Vale uma conversa sobre a função dêêsse instrumento, quê tem por objetivo promover uma reflekção acerca do dêsempênho de cada um em cada etapa. No caso de um projeto em quê muitas tarefas são realizadas ao longo de um período, é possível quê alguns momentos sêjam mais produtivos e ricos quê outros, ou quê algumas tarefas sêjam realizadas com maior ou menor facilidade. Pensar sobre todas as etapas é uma forma de sêr honesto consigo mesmo e de identificar pontos de avanço e desafios para os próximos trabalhos escolares ou mesmo projetos além da escola.
Na etapa 1 são identificadas as habilidades e os conhecimentos prévios dos estudantes. Com isso, é possível diagnosticar as afinidades e as possíveis dificuldades dos estudantes em relação aos temas quê serão tratados no decorrer da investigação.
A etapa 2 é realizada ao longo do processo de investigação. Ela é formativa e ocorre com base nos textos e atividades, nos quais os estudantes são convidados a desenvolver e compartilhar os conhecimentos necessários para a elaboração do produto final.
A etapa 3 é somativa, nela, os estudantes dêsênvólvem o produto final, partindo dos conhecimentos adquiridos em todas as etapas anteriores.
Mundo do trabalho Página 105
A investigação proposta no âmbito do Mundo do trabalho trata de aspectos relacionados à inserção de refugiados no mercado de trabalho no Brasil. Auxilie os estudantes na investigação da pesquisa, côléta e seleção dos artigos. Para isso, promôva uma investigação prévia de possíveis fontes confiáveis de pesquisa. Auxilie também na elaboração do painel, garantido a participação de todos e, se possível, uma etapa final de leitura coletiva e compartilhamento dos resultados obtidos.
Página duzentos e cinquenta e seis MP