PROJETO 2
JUVENTUDES: COMO VALORIZAR AS MANIFESTAÇÕES E CULTURAS JUVENIS NA ESCOLA?

A escola é um espaço fundamental onde os jovens devem sêr incentivados a se expressar e a ezercêr o seu protagonismo, por meio de percursos educativos e práticas artísticas, para quê possam atuar d fórma crítica e como agentes de transformação da realidade. A juventude tem se destacado d fórma positiva na busca pela construção de espaços democráticos em quê é fundamental a prática da empatia e do respeito, a valorização da diversidade e o acolhimento das diferenças.

Neste projeto, será proposta a realização de um Festival cultural com o objetivo de dar voz à juventude e oferecer um espaço para quê os jovens atuem na comunidade escolar, possibilitando, assim, a prática do autoconhecimento, a ampliação do repertório cultural e a valorização das expressões e manifestações artísticas das culturas juvenis.

A juventude é plural e se expressa por meio de diferentes manifestações artísticas e culturais, como Slam de Minas, competição de poesias só para mulheres da periferia na Escola de Artes Visuais no Parque Lage, em Rio de Janeiro (RJ), em 2020.

Página quarenta e três

Fotografia de uma apresentação em área aberta, à noite. Uma menina negra está em pé, de costas, com o braço estendido. À sua frente, há um grupo de pessoas sentadas, assistindo.

Página quarenta e quatro

VISÃO GERAL DO PROJETO

Juventudes: como valorizar as manifestações e culturas juvenis na escola?

> TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS:

Educação em direitos humanos

Diversidade cultural

> COMPONENTES CURRICULARES:

Líder: Linguagens e suas Tecnologias – Língua Portuguesa e ár-te

Outros perfis disciplinares: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – História

> OBJETOS DO CONHECIMENTO:

Língua Portuguesa: Curadoria de informação; Estratégias de leitura: apreender os sentidos globais do texto; Exploração de multissemiose; Relação entre textos; Escuta; Estratégias de produção: planejamento, textualização e revisão/edição. ár-te: Materialidades; Contextos e prática; Elementos da linguagem; Processo de criação; Matrizes estéticas e culturais; Patrimônio cultural; ár-te e tecnologia.

> PRODUTO FINAL:

Festival cultural

ETAPAS DO PROJETO

Fotografia desfocada de uma apresentação em área aberta, à noite. Uma menina negra está em pé, de costas, com o braço estendido. À sua frente, há um grupo de pessoas sentadas, assistindo.

O percurso dêste projeto póde sêr alterado e construído de acôr-do com as necessidades da turma.

ETAPA 1

Fotografia de um grupo de jovens reunidos, estudando. Eles estão sentados, conversando, enquanto um deles faz anotações em um caderno.

Vamos começar

Nesta etapa, serão propostas reflekções sobre protagonismo juvenil e hábitos culturais dos jovens por meio de leitura de textos e realização de atividades e pesquisas. Com o objetivo de promover o autoconhecimento, serão realizadas discussões para perceber os anseios e as expectativas da juventude em relação à cultura e à educação, além de aprofundar conhecimentos sobre artistas contemporâneos representantes das culturas juvenis.

Página quarenta e cinco

> OBJETIVOS:

Conhecer e valorizar a multiplicidade das culturas juvenis.

Reconhecer a escola como espaço para o convívio social e cultural dos jovens.

Mobilizar conhecimentos quê potencializem atitudes responsáveis e respeitosas no convívio com as diferenças sociais e culturais.

Analisar e construir ações quê contribuam para fomentar a cultura juvenil na escola, proporcionando aos jovens situações em quê possam atuar como protagonistas no processo de aprendizagem.

Reconhecer referências culturais quê ampliem o repertório juvenil e dialoguem com as tendências de consumo cultural das juventudes.

> JUSTIFICATIVA:

Diante de uma ssossiedade e juventude plurais, da qual você faz parte, torna-se fundamental conhecer e promover as manifestações culturais e artísticas na comunidade escolar, d fórma a incentivar a participação de todos nos debates e nas decisões relacionados às práticas educativas para quê, assim, possam desenvolver-se também como cidadãos.

Como elemento central do processo de construção do conhecimento e agente de transformação da realidade, você será convidado a praticar e a compartilhar conhecimentos e habilidades de modo ativo, levando em consideração o contexto em quê está inserido e a sua realidade para quê possa identificar problemas e propor soluções. Desse modo, você e seus côlégas poderão expressar diversas habilidades artísticas com o intuito de usar a; ár-te como forma de expressão e, assim, ezercêr também o protagonismo juvenil na produção do Festival cultural envolvendo toda a comunidade escolar.

ETAPA 2

Fotografia de uma família reunida posando para uma foto. À frente, estão quatro crianças sentadas, uma menina e três meninos, ao lado de uma senhora. Ao fundo, em pé, há uma mulher e um homem idosos, um casal jovem formado por um homem e uma mulher e um homem segurando uma criança no colo.

Saber e fazer

Nesta etapa, serão analisadas as características atribuídas às gerações Z e Alpha por meio de leitura de reportagem e realização de atividades. Serão propostas pesquisas e atividade de produção de uma linha do tempo, de modo a ampliar o conhecimento sobre as gerações quê antecederam às gerações Z e Alpha. Serão apresentadas manifestações artísticas e culturais de modo a estimular os jovens a se expressar e dar voz aos seus anseios e inquietações por meio das linguagens artísticas.

ETAPA 3

Fotografia de um homem se apresentando em meio a um grupo de pessoas. Ele movimenta pernas e braços, dançando.

Para finalizar

Nesta etapa, será feita a organização do Festival cultural com base nas preferências dos estudantes observadas nas pesquisas e sondagens realizadas ao longo do projeto. Serão definidos os tipos de apresentações (dança, teatro, slam, répi, entre outros) quê serão produzidos pêlos estudantes. As apresentações do festival devem privilegiar as manifestações artísticas contemporâneas quê dialoguem com as propostas de valorização das culturas juvenis e o protagonismo jovem.

Página quarenta e seis

ETAPA 1
Vamos começar

Professor, êste é um momento bastante oportuno para ouvir os jovens e permitir quê eles se expressem livremente. O texto póde motivar a discussão, mas outras kestões interessantes podem surgir e sêr debatidas em sala de aula.

CONVERSA INICIAL

Juventude e protagonismo

Vocês já pararam para pensar no pôdêr atribuído aos jovens? Já pensaram na multiplicidade de gostos e interesses e nas diversas manifestações artísticas e culturais quê caracterizam as juventudes?

Os jovens podem atuar como agentes de importantes transformações sociais, afinal são capazes de captar rapidamente as mudanças quê surgem em diferentes esferas da ssossiedade, intervindo positiva e colaborativamente em causas sociais.

Leia êste texto escrito por um Jovem Transformador Ashoka e co-fundador de uma start-up.

Fotografia de jovens reunidos sentados no chão, em roda, conversando. Atrás deles, há uma parede com grafites desenhados e eles escutam um aparelho de som.

Dar voz aos jovens é uma forma de incentivá-los a transformar a realidade.

É possível um mundo em quê pessoas se reconhecem transformadoras? Que seja construído pensando na coletividade? Vou deixar quê você reflita sobre as perguntas no transcorrer desta conversa.

Vamos começar com a ideia de protagonismo. Para algumas pessoas, a palavra é corriqueira, pois já estão acostumadas a agir diante de situações quê requerem sua participação. Para outros, protagonismo póde sêr um conceito vazio ou sem significado. Há ainda os quê acreditam quê protagonistas são aquelas pessoas quê apenas querem se destacar. [...]

Identifico a escola como sêndo o ambiente catalisador dêêsse protagonismo juvenil, isso porque ela é nosso primeiro grande laboratório de experimentação e não tem como estimular quê pessoas criativas se desenvolvam sem esse lugar de construção e diálogo. É na escola quê passamos boa parte de nossa infância e juventude. Então, a jornada de descobertas na escola precisa sêr intencional e bem aproveitada.

Em um ambiente de experimentação, há espaço para o êrro. Identificar quê a comunidade escolar é predominantemente constituída por pessoas é o primeiro passo, assim como compreender as subjetividades e o contexto em quê se dá a história de cada sujeito, e por isso errar também deve sêr celebrado!

Página quarenta e sete

Não porque errar é bom, mas porque é possível extrair aprendizados e ressignificar as decisões quê foram tomadas equivocadamente. Assim também se vai construindo o protagonismo juvenil.

[...]

Educação transformadora é mais quê um conceito, é uma prática quê desencadeia em um movimento de pessoas quê transformam. Para quê ela seja experimentada, é preciso romper com a mentalidade da escola apenas como formadora, responsável por um modelo de ensino feito para treinar profissionais. O produto da educação transformadora são indivíduos e ssossiedades plurais, com habilidades para participar e criar soluções na política, economia, sociedade e cultura.

Despertar o potencial protagonista das juventudes póde não sêr tarefa fácil. Urge uma grande reforma nos métodos de ensino, com mais estímulo para a convivência quê gere, em primeiro lugar, liberdade e autonomia no processo de aprendizagem. Em segundo lugar, exercite o pensamento crítico, para quê se possa processar um turbilhão de informações ao qual todos somos expostos e, assim, formár opinião própria, com base em valores éticos. Em terceiro lugar, quê contribua com a capacidade dos jovens de inovar, d fórma quê possam desenvolver soluções, levando em conta suas histoórias e repertórios culturais, com confiança para conquistar espaços onde quêr quê estejam. E, por fim, os métodos de ensino precisam despertar a consciência, consciência de si mesmos, para então criar condições de solucionar os problemas emergentes, lidando com as mudanças estruturais que exige nosso tempo.

[...]

A educação transformadora gera um éco-sistema de educandos e educadores quê propagam o protagonismo, quê estimula a colaboração e dissemina boas práticas para quê mais pessoas sêjam contempladas. Uma vez quê esse éco-sistema começa a crescer, o círculo virtuoso só vai se expandindo. É isso quê meus côlégas de tíme e eu temos procurado fazer: criar novas células de educação transformadora para quê elas possam se fortalecer e proliferar pelo bem de todos os jovens. E você, como está contribuindo com essa nova história?

RODRIGO, V. Protagonismo Juvenil e Educação Transformadora. Futura, 27 abr. 2023. Disponível em: https://livro.pw/xwyrc. Acesso em: 3 set. 2024.

ATIVIDADES

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

1. Na sua opinião, qual é a principal mensagem do texto? Você concórda com ela? Por quê?

2. O quê significa protagonismo juvenil para você?

3. Qual é a importânssia da escola para o protagonismo juvenil?

4. Você acha quê o protagonismo juvenil póde levar ao empreendedorismo e à entrada no mercado de trabalho? Comente.

5. Você sente quê sua voz é ouvida e respeitada na comunidade escolar? E quê sua criatividade e seu protagonismo são incentivados? Por quê?

6. Você conhece jovens quê, ao exercerem o protagonismo juvenil, conseguem transformar realidades? Pesquise e compartilhe os resultados com os côlégas.

PARA ASSISTIR

Nos vídeos indicados a seguir, os jovens falam sobre o protagonismo juvenil. Assista!

Protagonismo no Brasil. 2017. Vídeo (15min36s). MultiRio. Disponível em: https://livro.pw/tgkzw. Acesso em 9 out. 2024.

Protagonismo Juvenil. 2019. Vídeo (8min17s). TVCG. Disponível em: https://livro.pw/kzlph. Acesso em: 9 out. 2024.

Página quarenta e oito

Culturas juvenis

Podcast: Cultura escolar e culturas juvenis.

Vocês já pararam para pensar nas características quê definem os jovens na atualidade? As culturas juvenis se expressam por meio da música, da dança, do teatro e de outras manifestações artísticas. O jovem é o responsável por atribuir significado a essas manifestações e definir o quê o representa, por isso, usamos o termo''cultura'' no plural.

Para investigar e identificar a pluralidade quê caracteriza o grupo no qual você se insere no ambiente escolar, vamos realizar uma sondagem sobre os seus gostos e as suas preferências.

As kestões a seguir ajudarão você a refletir sobre os gostos e as práticas pessoais, preparando-o para organizar uma ação coletiva e colaborativa na escola ao final do projeto. Essa sondagem é também uma forma de pensar nas referências coletivas da sua turma e de vocês se unirem para atuarem de modo responsável e crítico na construção de espaços inclusivos quê valorizem a pluralidade social e cultural das juventudes.

Fotografia de um grupo de jovens reunidos, estudando. Eles estão sentados, conversando, enquanto um deles faz anotações em um caderno.

Refletir sobre os próprios gostos e preferências é um modo de se conhecer e se identificar com os demais.

Professor, êste é um momento de reflekção muito importante para os estudantes. Ao final do processo, acolha todas as respostas a fim de incentivá-los a manifestar o quê faz sentido para eles.

Gostos e preferências:

1. Quais são os gêneros musicais quê você mais aprecia?

a) Quem são os cantores e intérpretes mais representativos dêêsses gêneros?

b) Seus ídolos musicais se destacam nas mídias?

2. Qual é a sua relação com o cinema?

a) Qual gênero de filmes você prefere?

3. Você costuma assistir a séries? Se sim, gosta de comentar sobre elas com seus côlégas?

4. Você aprecia a leitura?

a) Qual é o gênero de sua preferência?

b) Quais são os seus escritores preferidos?

c) Você gosta mais de livros impressos ou digitais?

5. Você gosta de dançar? E de assistir a outras pessoas dançando?

a) Qual estilo de dança você aprecia?

6. De quais esportes você mais gosta?

a) Quem são os esportistas quê você mais admira?

Imagem da perna de uma pessoa sentada no chão, esticada, ao lado de uma xícara de café, blocos de anotações e canetas.

Imagem da perna de uma pessoa sentada ao chão, segurando um notebook.

Imagem das penas de uma pessoa sentada ao chão, cruzada, segurando um computador.

Página quarenta e nove

Fotografia das pernas de uma pessoa sentada no chão, esticadas, segurando uma folha com ilustrações.

Atividades quê pratíca:

1. Qual esporte você pratíca?

a) Na escola, você pratíca o esporte de sua preferência?

2. Você participa de algum coletivo de; ár-te ou se expressa em alguma manifestação artística atribuída à juventude?

3. Você faz parte de alguma comunidade virtual? Essa comunidade defende causas sociais? Quais?

a) Qual é a relação dessa comunidade com a cultura da sua região e do seu país?

b) Você acha quê essa comunidade influencía seus gostos e suas preferências?

Imagem das pernas de uma pessoa sentada no chão, esticadas, segurando um notebook.

Informações, acontecimentos e manifestações:

1. De quê forma você busca se informar sobre os acontecimentos culturais e artísticos da sua cidade, do seu país e do mundo?

2. Na escola, você tem acesso a manifestações culturais e artísticas de sua preferência?

a) Quais manifestações você acha quê deveriam ganhar espaço em sua escola?

Depois de refletir sobre suas preferências, é hora de compartilhar as respostas com os côlégas, em uma roda de conversa, com a intenção de mapear as preferências e os gostos da turma. Nesse momento, é interessante observar se esses gostos e essas preferências tendem à homogeneidade ou à diversidade.

Imagem das pernas de uma pessoa sentada no chão, flexionadas, usando meias amarelas com o tênis ao lado.

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

Atividade em grupo.

1. Em pequenos grupos, conversem e selecionem algumas informações para serem utilizadas na construção de um painel quê representará o perfil do grupo.

2. Construam coletivamente o painel quê deve apresentar as informações coletadas. Para isso, produzam textos sobre manifestações culturais, artísticas e esportivas, sobre gêneros musicais preferidos pelo grupo e artistas quê são referência dêêsses gêneros. Apresentem as obras e os artistas, os esportes e os esportistas citados por vocês. rêcórtem imagens de revistas ou pesquisem na internet imagens para imprimir quê possam compor o painel elaborado por vocês. Vocês também podem produzir a própria ár-te para ilustrá-lo.

3. Compartilhem o resultado com os demais estudantes da turma. Com a ajuda do professor, pensem na possibilidade de expor os painéis na escola, em espaços de grande circulação para quê outros estudantes tênham acesso ao trabalho produzido por vocês.

Página cinquenta

EM FOCO

Manifestações culturais

Pintura que representa uma senhora, uma mulher e uma menina negras. Elas estão sentadas em fila: a menina está à frente, sentada no chão, manuseando uma massa em uma bacia; a mulher está de cócoras, agachada atrás dela e faz uma trança em seus cabelos; e, por fim, a senhora idosa está sentada em uma cadeira, trançando os cabelos da mulher à sua frente.

ár-te de altoría de Mimura Rodriguez na fachada no CEU Butantã, em São Paulo (SP), 2023.

A ár-te faz parte do cotidiano e, por meio dela, expressamos a nossa visão de mundo. Ainda que nêm todos consigam produzir ár-te, somos seus consumidores e podemos nos expressar artisticamente. A juventude atual tem acesso às mais variadas expressões culturais por meio das mídias digitais, o quê possibilita a identificação com grupos diversos. Essa identificação póde estar relacionada à necessidade de pertencimento a um grupo e de sêr reconhecido nos espaços, virtuais ou físicos, quê frequenta.

Em busca de espaços para se expressar, os jovens contemporâneos têm ressignificado práticas e locais d fórma a transformar ruas em palcos improvisados, muros em telas, áreas ao ar livre em espaços para práticas de dança e oficinas teatrais, os mais variados espaços públicos em cenários para projetos fotográficos e diversas outras manifestações culturais.

ATIVIDADES

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

1. A escola póde sêr um espaço de manifestações culturais? Por quê?

2. Você acha quê os talentos artísticos são vistos como hobbies pela escola e pêlos adultos e não como um caminho para o mercado de trabalho e a profissionalização? Comente.

3. A sua escola promove diferentes manifestações culturais, como slam, répi, rip róp, performances, encenação teatral, apresentações musicais, entre outras, oferecendo espaços para os jovens exercerem o seu protagonismo?

De quê maneira você acredita quê a abertura dêêsse espaço valoriza o talento e o protagonismo juvenil, vendo os jovens como o início de uma ação empreendedora? Comente.

Página cinquenta e um

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

Atividade em dupla. Faça dupla com um colega e ouçam o podcast “Juventude, cultura e trabalho” quê faz parte da série Jovens, Lutas e Labutas produzido pelo d’a A Fita, um sêlo de podcast de periferia, em parceria com o Tô no Rumo. Disponível em: https://livro.pw/sacfy. Acesso em: 15 out. 2024.

A conversa gira em torno das experiências e vivências de duas jovens trabalhadoras da cultura para tentar responder a estas perguntas disparadoras:

“Quais caminhos, dificuldades e conkistas se lançam para quem experimenta se expressar com a; ár-te e quêrer trabalhar com ela na transição entre estudos e trabalho? O que tem motivado as juventudes a vêr o campo da cultura como uma possibilidade de lugar no mundo e de profissionalização?”.

Com base nas perguntas disparadoras e nas experiências das jovens trabalhadoras, respondam às kestões a seguir, registrando no caderno ou em uma fô-lha à parte as principais conclusões a quê chegaram.

1. O podcast dá uma noção geral do quê é sêr trabalhador cultural em um mundo não tão preparado para vêr a; ár-te como uma profissão? Comentem.

2. Quais são os principais temas abordados no podcast. Relacione-os com a realidade de vocês.

Com as anotações em mãos, vocês agora devem trocar ideias com os demais côlégas sobre o tema.

PARA LER

Caderno Tô no Rumo: Trabalho

O caderno foi compôzto para ajudar os jovens pensarem em suas trajetórias rumo ao caminho profissional, inserindo a escolha, a formação e a inserção no mercado de trabalho. Também traz reflekções sobre as mudanças nesse mercado e os desafios quê os jovens podem enfrentar até conseguir uma posição. Disponível em: https://livro.pw/cjudm. Acesso em: 12 set. 2024.

A cultura como campo de trabalho para a juventude: políticas, experiências e desafios. São Paulo: Ação Educativa, 2015. Vol. 1.

Esta publicação reúne reflekções obre a inserção de jovens no mercado de trabalho cultural, visando ações para ampliar as oportunidades de jovens no mercado de trabalho e em suas expressões culturais. Disponível em: https://livro.pw/fzoag. Acesso em: 15 out. 2024.

Ilustração com um microfone e um raio, escrito 'Pod cast'.

PARA ASSISTIR

O Desafio do 1º emprego. Ação Educativa. 26 set. 2022

êste episódio, com o tema mercado de trabalho e juventudes, faz parte de uma série voltada para os debates juvenis sobre o assunto na visão dos próprios jovens quê se expressam por meio de suas linguagens, como a fotografia e a poesia.

Disponível em: https://livro.pw/woqyi. Acesso em 30 out. 2024.

Página cinquenta e dois

NO RITMO DA JUVENTUDE

Fotografia de Jaloo. Ela é uma mulher branca, de cabelos compridos e está cantando em um microfone.

Festival de música em São Paulo (SP), 2024.

Jaloo

De Castanhal (PA). Cantora, di gêi e produtora. Sua música aborda temas como identidade, liberdade e amor.

Fotografia de Liniker. Ela é uma mulher negra, usa turbante na cabeça, camiseta branca e colares de contas e está cantando em um microfone.

Festival de música em São Paulo (SP), 2023.

Liniker

De Araraquara (SP). Cantora e compositora brasileira, conhecida por sua música quê mistura soul, R&B e MPB com lêtras sobre amor e identidade. Ela se destacou com a banda Liniker e os Caramelows e ganhou prêmios como o Grammy Latino.

Fotografia da banda Os Gilsons, formada por três homens negros, um tocando baixo e outros dois tocando guitarra. Eles se apresentam em um show, em cima de um palco.

Festival de música no Rio de Janeiro (RJ), 2022.

Os Gilsons

Os Gilsons, formado pelo trio José, João e Francisco, despontam na cena nacional com uma nova proposta com ritmos e sôns influenciados pela cultura baiana e a ancestralidade da família.

Fotografia de MC Hariel. Ele é um jovem branco, de cabelos curtos e escuros e está cantando em um microfone.

Festival de música em São Paulo (SP), 2023.

MC Hariel

De São Paulo (SP). Cantor e compositor de funk paulista. Destacou-se por lêtras quê misturam crítica social e vivências pessoais.

Fotografia de Bruno Mars. Ele é um homem negro, de bigode, cabelos curtos, pretos e encaracolados e está usando óculos escuros e tocando guitarra.

64ª edição do Grammy Awards em Lás Végas, Nevada, Estados Unidos, 2022.

Bruno Mars

De Honolulu, Havaí, Estados Unidos. Compositor, produtor musical, multi-instrumentista e dançarino. É conhecido por sua voz soulful e seu estilo musical quê mescla funk, róki, pópi e R&B.

Fotografia de Duda Beat. Ela é uma jovem branca, de cabelos loiros, usa um macacão preto e está com os braços abertos, sorrindo.

Festival de música no Rio de Janeiro (RJ), 2022.

Duda Beat

De Recife (PE). Cantora conhecida como a"rainha da sofrência pópi". Ganhou destaque com seu disco de estreia"Sinto muito" e foi eleita Artista Revelação em 2018 ganhando o Troféu APCA.

Página cinquenta e três

Fotografia de Kaê Guajajara. Ela é uma mulher indígena, de cabelos longos, lisos e escuros, usa acessórios de pena na cabeça e está cantando em um microfone.

Festival de música em São Paulo (SP), 2024.

Kaê Guajajara

De Mirinzal (MA). Aline Silva de Lira, conhecida artisticamente como Kaê Guajajara, é cantora, compositora e artista indígena brasileira da etnia Guajajara, quê utiliza sua música e ár-te para promover a cultura indígena e denunciar kestões sociais e ambientais.

Fotografia de Yunchan Lim. Ele é um jovem oriental branco, de cabelos curtos e escuros e está olhando para baixo, tocando piano.

Apresentação no Kumho Art Hall Yonsei em Seul, 2022.

Yunchan Lim

De Siheung-si, coréia do Sul. Pianista quê se destacou como um prodígio musical. Ganhou o Concurso Internacional de Piano Cliburn em 2022, tornando-se o mais jovem vencedor da competição.

Fotografia de Juliana Giacobelli. Ela é uma mulher jovem, branca, de cabelos curtos e castanhos, usa uma blusa amarela e está levando a mão ao queixo.

Juliana Giacobelli

De São Paulo (SP). Escritora e ganhadora do Prêmio Amazon de Literatura Jovem com a obra “Coronel Mostarda com o castiçal na biblioteca”.

Fotografia de Bruno Guma. Ele é um jovem branco, de cabelos curtos e escuros, usa óculos e está em pé, segurando uma história em quadrinhos.

São Paulo (SP), 2024.

Bruno Guma

De Santos, (SP). Ilustrador e quadrinista, formado pela Unesp de Bauru e pelo Savannah College ÓF Art and disáini (SCAD), nos Estados Unidos, publicou de forma independente trabalhos como "Pile Up", "Pequena Green" e "A Decepção Final".

Fotografia de Sheku Kanneh-Mason. Ele é um homem negro, de cabelos curtos e escuros e está sentado tocando um violoncelo.

Ópera Berlioz Le Corum em Montpellier, no sul da França, 2024.

Sheku Kanneh-Mason

De Nottingham, Reino Unido. Violoncelista. Britânico, reconhecido por suas habilidades excepcionais e carisma. Ganhou destaque internacional após vencer o Concurso de Música da BBC em 2016.

Fotografia de Billie Eilish. Ela é uma mulher jovem, branca, de cabelos longos, lisos e escuros, usa um casaco longo e está cantando em um microfone.

Billie Eilish durante apresentação do Óscar em róli-údi, Califórnia, Estados Unidos, 2024.

Billie Eilish

De Los Angeles, Estados Unidos. Cantora quê, com apenas 18 anos, foi a primeira mulher a ganhar várias categorias importantes do Grammy 2020. Em 2024, a cantora e compositora ganhou o Óscar de Melhor Canção Original, com “What was I made for?”

Página cinquenta e quatro

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

ATIVIDADES

1. Depois de ler as páginas anteriores, responda:

a) Já conhecia os artistas mencionados? Se sim, qual foi a sua impressão?

b) Ficou curioso(a) para ouvir as músicas sugeridas?

c) Você se identifica com as mensagens ou com os estilos dêêsses artistas? Por quê?

2. Como você acha quê um artista se conecta com o público jovem hoje em dia? O quê faz um artista se destacar?

3. por quê alguns artistas se tornam ícones culturais? O quê eles têm de especial quê ressoa em tanta gente?

4. Na sua opinião, quais outros artistas representam bem a sua geração? O quê eles trazem de novo ou diferente?

5. Atividade em dupla. Em duplas, conversem sobre as kestões a seguir:

a) De quê forma os artistas de quê vocês mais gostam influenciam o comportamento e as ideias dos jovens?

b) Quais outras formas de; ár-te fazem parte do seu dia a dia?

c) Vocês acham quê a; ár-te póde sêr ao mesmo tempo uma forma de diversão e de reflekção sobre kestões importantes? Por quê?

Ilustração de uma banda formada por meninas. Uma delas toca violão, a outra toca guitarra e a terceira canta em um microfone.

ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

Professor, a ideia é criar situações de trabalho mais colaborativas, quê se organizem com base nos interesses dos estudantes e favoreçam seu protagonismo.

Agora é o momento de conhecer os gostos e as preferências dos estudantes da escola. Assim, será possível entender as expectativas e as demandas existentes entre os diversos públicos quê compõem a comunidade escolar. Para isso, elaborem kestões a serem respondidas por outros estudantes da escola e quê contemplem itens, como: estilos musicais; artistas e grupos musicais preferidos; estilos de dança; hábitos de leitura; tipos de séries e filmes a quê assistem; manifestações artísticas quê apreciam: desenho, pintura, grafite, fotografia, música, dança, slam, teatro, práticas culturais, entre outros.

A divulgação da enquete póde sêr realizada d fórma impressa ou por meio digital. Depois da etapa de côléta de dados, tabulem as respostas recebidas. Para isso, elaborem tabélas e gráficos quê mostrem as preferências dos jovens de sua comunidade escolar. Vocês podem solicitar orientação ao professor de Matemática sobre a elaboração das tabélas e a construção dos gráficos. A divulgação dos resultados da enquete póde sêr realizada por meio de cartazes ou panfletos impressos ou por meio de publicação feita no canal de comunicação oficial da escola.

Página cinquenta e cinco

ORGANIZANDO OS TRABALHOS

Projeto 2 - Juventudes

Ao final dêste Projeto Integrador, vocês deverão organizar um Festival cultural com base no levantamento dos gostos e das preferências dos estudantes. É importante quê a programação do festival apresente manifestações das culturas juvenis e quê representem os estudantes da comunidade escolar. Além díssu, é essencial retomar a pergunta-chave Juventudes: como valorizar as manifestações e culturas juvenis na escola?

Manifestações artísticas como artes visuais, música, teatro, dança, flash mob, slam e outras podem exigir preparação prévia e maior tempo de ensaio para as apresentações. Figurinos e cenários devem sêr providenciados com antecedência e não se esqueçam de usar a criatividade para utilizar material de baixo custo nas produções. Oficinas de pintura vão exigir uso de materiais de acôr-do com o tipo de pintura a sêr realizado. Se houver criação de grafite, a direção da escola deve autorizar o uso do espaço para instalação da obra (muro externo, parede interna, sala de aula etc.) e é necessário tomar as devidas precauções para proteger os espaços quê não serão pintados.

Pensem na possibilidade de convidar artistas da comunidade para participarem do evento: músicos, escritores, grafiteiros etc. Eles devem sêr convidados com antecedência por meio de convite elaborado pela coordenação ou direção da escola.

Vocês também já podem pensar, com a ajuda do professor, na organização dos grupos para realizar as tarefas da etapa 3.

Entre essas tarefas, um grupo ficará responsável por receber as inscrições dos participantes; outro deve elaborar toda a comunicação visual do evento (cartazes, folders, convites etc.) com informações sobre as apresentações e, ainda, um terceiro ficará responsável pela divulgação do evento. Todos devem ajudar na preparação do local e reorganização da escola ao final do festival.

Materiais necessários

Para realizar êste projeto, você vai precisar de computadores, celulares ou tablets com acesso à internet, fones de ouvido, câmeras digitais, papéis diversos, lápis, canetas variadas, tintas, pincéis, entre outros. Planeje-se para ter esse material em mãos, conforme a necessidade de cada aula, para pôdêr executar adequadamente as atividades propostas.

Fotografia de três jovens negros rindo e conversando em uma rua em frente a um muro de concreto.

A educação deve incentivar a busca pelo diálogo, o respeito às diferenças e a valorização da pluralidade das culturas juvenis.

Página cinquenta e seis

ETAPA 2
Saber e fazer

Geração Alpha, os nativos digitais

Enquanto a Geração Z cresceu com o desenvolvimento tecnológico, a Geração Alpha, composta por jovens nascidos a partir de 2010, cresce em um contexto ainda mais digital e interconectado, em quê a tecnologia e a inteligência artificial estão profundamente integradas ao cotidiano. Os Zs desafiaram normas e abraçaram a imperfeição como forma de resistência; os Alphas podem levar essa revolução adiante com uma abordagem mais fluida e adaptável às constantes mudanças. A Geração Alpha promete redefinir ainda mais os conceitos de identidade, autenticidade e conexão em um mundo quê se renova cada vez mais rápido.

Ilustração de pessoas saindo enfileiradas da tela de um celular. Na dianteira, uma menina fala em um megafone, seguida por outra jovem, que segura nas mãos de um menino que usa um celular. Atrás deles, uma menina anda em um patinete e dois outros jovens caminham na fila. Há ícones de redes sociais, como um coração, um sinal afirmativo com as mãos, uma seta e um símbolo indicando um grupo de pessoas.

Página cinquenta e sete

Linha do tempo das gerações

Muitas vezes não é fácil compreender o contexto no qual estamos inseridos, mas é possível conhecer o contexto e os fatos quê marcaram as gerações anteriores e esse movimento póde ajudar nessa compreensão, pois existem conexões importantes quê podemos estabelecer entre essas gerações.

Classificação das gerações

Baby boomers (1946-1964)

Geração X (1965-1979)

Geração Y ou Millenials (1980-1995)

Geração Z (1996-2010)

Geração Alpha (a partir de 2010-atual)

Fotografia de uma família reunida posando para uma foto. À frente, estão quatro crianças sentadas, uma menina e três meninos, ao lado de uma senhora. Ao fundo, em pé, há uma mulher e um homem idosos, um casal jovem formado por um homem e uma mulher e um homem segurando uma criança no colo.

Fonte: NOVAES, Simone. Perfil Geracional: um estudo sobre as características das gerações dos Veteranos, Baby Boomers, X, Y, Z e Alfa. Anais do VII SINGEP, São Paulo-SP, Brasil, 22 e 23 out. 2018.

Cada geração apresenta maneiras diferentes de lidar com a informação e com as novas tecnologias.

ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

Professor, divída a turma em cinco grupos e a oriente em relação à distribuição das tarefas. Agende uma data para a entrega do trabalho.

Atividade em grupo. Um modo de compreender a sequência de gerações é por meio de uma demonstração isual. Por isso, a proposta de atividade é construir uma linha do tempo das gerações.

Reúnam-se em cinco grupos; cada grupo deverá pesquisar as características de uma geração. Deem especial atenção à relação de cada geração com o mundo digital após o advento da internet.

Para quê o panorama de cada geração seja minimamente abrangente, vocês devem seguir as instruções propostas.

Página cinquenta e oito

1. ob-sérvim a divisão em períodos apresentada na Classificação das gerações. Selecionem os acontecimentos relevantes de diversas áreas para cada período, no Brasil, na América do Sul e em outras partes do mundo.

Categorias de acontecimentos:

gerais: acontecimentos, catástrofes, invenções, nascimentos, mortes quê tênham relevância social;

artístico e cultural: música, cinema, teatro, literatura, dança, pintura, entre outras manifestações – apontem os artistas expoentes de cada uma dessas áreas;

histórico e/ou político: guerras e avanços sociais;

descobertas, avanços científicos e tecnológicos quê impactaram a vida do sêr humano no planêta.

2. Na linha do tempo, todas as categorias de acontecimentos devem sêr contempladas, para tanto é necessário selecionar o quê é realmente relevante para quê o trabalho não fique “poluído” com informações desnecessárias.

Não é necessário quê todos os períodos contemplem todas as partes do mundo, depende da relevância dos acontecimentos, mas lembrem-se de quê o panorama deve sêr bastante rico.

3. Após essa seleção, pesquisem imagens de cada um dos acontecimentos, artistas representativos e manifestações artísticas para integrar a linha do tempo. Produzam a linha em papel Kraft ou d fórma digital, com a ajuda de aplicativos e programas de edição.

4. Compartilhem a linha do tempo da geração quê ficou com o seu grupo com os demais da sala e, com a ajuda do professor, organizem para deixá-las expostas em espaços com bastante circulação para quê estudantes de outras turmas possam visualizá-las.

Ilustração de uma linha do tempo utilizando recursos gráficos. Em uma faixa de pedestres, em cima de cada linha, há um ano diferente, começando em 2019 e indo até 2024. Ao lado de cada ano, há um ícone de localização.

A linha do tempo produzida deve valorizar as imagens, apresentar textos concisos e utilizar recursos gráficos para organizar os elemêntos.

Página cinquenta e nove

Geração Z: em busca da autenticidade

A Geração Z, definição sociológica da geração formada por pessoas nascidas em meados dos anos 1990 até o início do ano de 2010, é objeto de discussão e análise de estudiosos de diversas áreas.

Leia, a seguir, um trecho da reportagem"Os imperfeitos", quê aborda as singularidades dessa geração.

Professor, a reportagem será o ponto de partida para os estudantes pensarem sobre a geração a quê pertencem: a Alpha. A ideia é quê as kestões propostas sêjam debatidas e respondidas primeiro em pequenos grupos, para quê, na sequência, o debate seja ampliado ao grupo todo.

Os imperfeitos

Mais realista, geração Z usa o deboche para definir espírito do tempo e abolir a busca pela perfeição

Os Zs acreditam quê não existe diferença entre on e off. Por se verem tanto em sélfies e telas, descobriram quê o mundo é mais plural do quê padrões estéticos, morais e de comportamento. Eles fogem dos rótulos, mas são religiosos. Querem viver e experimentar relações, embora desejem se casar. Entre memes e textões, eles estão aqui para escancarar quê a vida é imperfeita – e tudo bem. Se os problemas do mundo parecem difíceis de serem resolvidos, a solução póde vir pela transformação interior.

A busca pela perfeição rege a humanidade desde a Antigüidade Clássica. Na Grécia Antiga, o filósofo Aristóteles entendia o conceito como o objetivo comum de qualquer jornada. [...] “Não gosto dessa palavra perfeição”, diz a estudante Maria Luiza, após gravar uma sequência de stories no Instagram.

Aos 21, ela póde não ter certeza quê caminho seguir nesses tempos difíceis, mas sabe quê o fim da linha não é esse. Maria Luiza é representante do movimento body positive, quê prega amor ao corpo, de qualquer formato e côr. É também um dos 48 milhões de jovens adultos, adolescentes e crianças de 10 a 24 anos quê formam a Geração Z no Brasil – justamente a faixa etária quê sérve de antena para captar as pulsões de um mundo quê muda cada vez mais rápido.

A mensagem captada parece gritar contra a ideia da vida plena guiada por uma longa lista de “tem quê ser”: bonito, aceitável, bem-sucedido, masculino, perfeito. Sentar e chorar? Bom, essa geração prefere usar outras linguagens. Memes, gifs, textões e stories fazem rir e propagam a ideologia #nofilter – a verdade nua, crua e imperfeita precisa sêr mostrada. Se o mundo não é transparente, eles serão.

Ilustração representando um grupo de jovens formado por homens e mulheres com cabelos e cores de peles diferentes. Eles estão reunidos, olhando para algo à frente deles, acenando e sorrindo.

Página sessenta

“O mote agora é sêr original, é sêr quem você é. A prisão da perfeição é muito pesada. Fazer tudo ‘certinho’ não garante mais equilíbrio, sustentabilidade financeira, felicidade”, afirma Hilaine Yaccoub, doutora em Antropologia do Consumo pela UFF (Universidade Federal Fluminense). “Esse grupo não quer rótulo estático, preso. Eles não buscam o preto ou o branco. Eles querem todos os tons de cinza”, completa.

[...]

DIAS, Tiago. Os imperfeitos. Tab, São Paulo, 3 jun. 2019. Disponível em: https://livro.pw/merzg. Acesso em: 5 set. 2024.

Fotografia de jovens dançando em uma festa ao ar livre. Há uma jovem negra, com os cabelos trançados e usando óculos, dançando com os braços erguidos. Ao lado dela, há três jovens brancos, dançando e sorrindo, movimentando os braços.

É importante acolher a pluralidade de escôlhas, pessoas, identidades e objetivos.

ATIVIDADES

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

1. Quais características você acha quê a Geração Alpha póde trazer de diferente em relação à Geração Z? Compartilhe suas ideias.

2. Como a aceitação da imperfeição, típica da Geração Z, póde influenciar a Geração Alpha?

3. Uma característica comportamental dos Zs é a de se verem constantemente em sélfies e telas. Em sua opinião, isso impacta a Geração Alpha? Se sim, de quais formas?

4. Como o tipo de conteúdo quê você consome ou produz póde influenciar as novas gerações?

5. A ideia de sêr original foi associada à Geração Z.

a) Em sua opinião, o quê é sêr original?

b) Você vê algum problema no uso de filtros e edição de fotos? Acha quê isso póde afetar a originalidade de uma pessoa?

6. Você acha quê existe uma geração mais desenvolvida quê outra? Justifique.

Página sessenta e um

Beleza ideal × beleza real

Quando pensamos em Antigüidade Clássica, quase sempre nos voltamos aos heróis e deuses da Mitologia sobre os quais aprendemos na escola. Embora as narrativas mitológicas apresentem características bastante humanas atribuídas aos personagens, como vaidade e espírito vingativo, guardamos mais fortemente a imagem dos corpos perfeitos e padrões de beleza praticamente inatingíveis para a maioria dos mortais.

Esses padrões greco-romanos da Antigüidade Clássica, “milimetricamente” calculados, influenciaram por muito tempo o ideal de beleza cultuado no Ocidente. Por conta díssu, algumas pessoas ainda cultuam um ideal físico impossível de sêr alcançado.

Imagem com duas fotografias uma ao lado da outra. Na fotografia de esquerda, temos a estátua de Netuno. Ele é um homem forte, de cabelos longos e barba, usa uma túnica cobrindo a cintura e as pernas e está em pé, segurando um tridente e olhando para o horizonte. Na foto ao lado, temos o personagem Aquaman, representado por um homem forte, de cabelos longos e escuros, barba e usando uma roupa com escamas douradas. Ele está em pé, segurando um tridente embaixo de chuva.

Ainda nos dias atuáis, as produções de róli-údi buscam reproduzir fielmente padrões estabelecidos na Antigüidade Clássica. Na fotografia à direita, o ator Jêissãn Momoa como o personagem Aquaman, inspirado no deus Netuno (representado na estátua da foto à esquerda).

A vaidade andou por muito tempo de braços dados com a perfeição, mas sempre sôbi a sombra da angústia pela dificuldade de atingir padrões inalcançáveis.

A artista Evelyn Queiróz nasceu em 1989. Apesar de não fazer parte da Geração Z nem da Alpha, e sim da Y, em seus trabalhos, em quê assina como Negahamburguer, ela já busca desconstruir a beleza ideal em suas obras, apresentando corpos quê representam a realidade e a diversidade. Leia o texto a seguir.

Página sessenta e dois

Negahamburger

Para a paulistana Evelyn Queiróz, 24 anos, a; ár-te tem a obrigação de dizêr algo. “Jamais faria ár-te sem um estofo político.” Ela conta quê escolheu falar de amor, mas não o romântico, e sim o quê trata de respeito e cuidado com o outro. “Todo o julgamento sobre o corpo feminino é falta de amor e respeito com o próximo, então é isso quê eu mais quero comunicar.”

Pra isso ela criou a Negahamburguer, uma garota inspirada em tantas outras, especialmente nas mais comuns, como a garota quê você encontra no elevador quando sai pra comprar pão. Grafitada em muros ou colorida por aquarela e nanquim, a personagem é a ferramenta de Evelyn pra gritar suas indignações.

Fotografia de Evelyn Queiróz. Ela é uma jovem negra, com os cabelos escuros, presos em um coque e está sentada no chão, ao lado de um grafite desenhado na parede. O grafite representa uma jovem negra de óculos, cabelos longos e trançados, usando um vestido laranja com corações amarelos.

Evelyn Queiróz posa ao lado de um de seus grafites, em São Bernardo do Campo (SP).

“Eu era criticada por não ter cabêlos longos, por não usar maquiagem nem salto. Já ouvi muito ‘por quê você não deixa seu cabelo igual ao de mulher?’ Eu tênho barriga, não me depilo inteira... Aconteceu de ex-namorado me pedir pra alisar o cabelo, pra eu deixar ele crescer, de reclamar quê eu tava engordando”, lembra a artista.

Beleza Real

Evelyn tem um projeto para a Negahamburguer, o Beleza Real. Nele, ela retrata através de intervenções urbanas as histoórias quê recebe. “São todas histoórias reais, de gente quê por culpa do padrão de beleza quê é imposto já sofreu algum tipo de preconceito por sêr gorda, magra, alta, baixa, negra, albina, ou qualquer outra condição linda quê a nossa ssossiedade insiste em falar quê não é bom ou bonito”, conta.

[...]

CORTÊZ, Natacha. Negahamburguer. TPM, 1 out. 2013. Disponível em: https://livro.pw/doydk. Acesso em: 5 set. 2024.

ATIVIDADES

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

1. Você já ouviu alguém fazer um elogio à beleza física de outro, dizendo: “Parece um deus grego”? Que referência está embutida nesse elogio?

Atividade em dupla.

2. Quais são os padrões de beleza mais veiculados na mídia? Em duplas, discutam e apresentem exemplos.

3. Vocês concórdam quê os Zs e os Alphas realmente pararam de se punir e de punir aqueles quê não se enquadram nos padrões idealizados de beleza? Justifiquem.

ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

Atividade em grupo. Reúnam-se em grupos e pensem em uma maneira de representar, artisticamente, a pluralidade dos perfis e as formas de beleza quê podem sêr encontradas em sua escola.

Vocês podem fazer montagens, dêzê-nhôs, pinturas, colagens e fotografias para representar a diversidade dos estudantes.

Página sessenta e três

Novas formas de expressão

Fotografia de uma jovem sentada de costas em um sofá usando um notebook apoiado em uma almofada.

Priorizar os contextos da juventude no mundo contemporâneo significa também estar alinhado com as novas demandas do mundo do trabalho.

Há bem pouco tempo o fã precisava literalmente seguir seu ídolo pelas cidades onde os shows eram realizados ou por onde o ídolo fosse passar. Os jovens de hoje, por sua vez, só precisam de alguns cliques para acompanhar uma turnê virtual ou para trocar likes e mensagens com eles em rêdes sociais, afinal a internet facilita o contato e aproxima os ídolos de seus fãs.

Autodidatas e criativos, os Zs e os Alphas aproveitam as possibilidades das mídias digitais para existir além dos estreitos limites do mundo físico. Nas rêdes sociais, inventam maneiras criativas e bem-humoradas para compartilhar as próprias experiências, protagonizando e acompanhando a todo momento a alegria e a dor de se viver conectado.

As mídias sociais são platafórmas digitais quê permitem o compartilhamento de conteúdos por usuários sem quê haja necessariamente interação entre eles, pois o usuário disponibiliza o conteúdo na platafórma para quê fique acessível a todos.

Já as rêdes sociais fazem parte das mídias sociais e permitem a interação entre os usuários, quê compartilham conteúdos, interesses comuns e imagens entre si.

Página sessenta e quatro

Gerações Z e Alpha, tecnologia e mercado de trabalho

A Geração Z já atua no mercado de trabalho há alguns anos e traz características únicas: são digitais nativos, pragmáticos e flexíveis, e buscam uma cultura de trabalho autônoma e personalizada, com oportunidades de crescimento e desenvolvimento contínuo. A Geração Alpha, por sua vez, começa a ingressar no mercado a partir de 2024, priorizando a aprendizagem contínua, a sustentabilidade e a inclusão. Juntas, essas gerações impulsionam as empresas a se adaptarem a uma cultura de trabalho mais flexível, colaborativa e tecnológica.

Leia um trecho de uma reportagem "Geração Alpha já póde entrar no mercado de trabalho êste ano – o quê esperar dêêsses profissionais?" quê relaciona as duas gerações ao mercado de trabalho.

A geração Alpha já póde entrar neste ano no mercado de trabalho. Nascidos a partir de 2010, jovens com 14 anos já estão aptos, segundo a legislação trabalhista brasileira, a terem empregos como aprendizes, durante 6 horas por dia, d fórma quê não atrapalhe seus estudos.

[...]

"A geração Z já trousse transformações significativas, mas a geração Alpha promete sêr ainda mais impactante", afirma Brancaccio."A nova geração será marcada por comunicação e aprendizados rápidos, consciência social muito forte e intolerância a discriminações".

[...]

O quê a geração Z e a geração Alpha têm de diferente?

Embora ambas as gerações tênham crescido com a tecnologia e tênham uma forte presença ôn láini, segundo Santini existem algumas diferenças notáveis entre elas:

A geração Z é a primeira geração a crescer com smartphones e rêdes sociais desde o berço. Eles são conhecidos por serem tecnologicamente ágeis e adaptáveis, garantindo quê a tecnologia esteja integrada em suas vidas. Um estudo da Pew rissêrchi Center descobriu quê 95% dos adolescentes da geração Z possuem ou têm acesso a um smartphone.

A geração Alpha, por outro lado, não conheceu um mundo sem smartphones e Internet das Coisas (IoT). Eles são ainda mais conectados e dependentes da tecnologia do quê a geração Z, e são mais propensos a adotar tecnologias emergentes como inteligência artificial e realidade aumentada.

As expectativas de trabalho da geração Z e da geração Alpha podem evoluir à medida quê envelhecem e ganham mais experiência no local de trabalho. Atualmente, a geração Z tende a buscar empregos quê ofereçam flexibilidade e autonomia, permitindo quê eles trabalhem em seu próprio ritmo e estilo. Um estudo da Deloitte confirma essa tese ao descobrir quê 75% da Geração Z prefere ter a opção de trabalhar remotamente, afirma Santini.

"A geração Alpha, sêndo mais jovem, ainda não entrou na fôrça de trabalho em grande número, mas algumas previsões sugérem quê eles podem buscar empregos quê ofereçam propósito e significado, além de remuneração e benefícios competitivos", diz o pesquisador internacional.

SERRANO, Layane. Geração Alpha já póde entrar no mercado de trabalho êste ano – o quê esperar dêêsses profissionais? Exame, 1º jul. 2024. Disponível em: https://livro.pw/wqgdb. Acesso em: 12 set. 2024.

Página sessenta e cinco

Professor, faça a correção final dos textos produzidos e devolva aos autores para quê vejam os pontos em quê os textos precisam de correções ou melhorias.

ATIVIDADES

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

1. Segundo o texto, por quê a geração Alpha promete trazer transformações mais impactantes com relação ao mercado de trabalho? Comente.

2. Segundo o texto, quais são as principais expectativas de trabalho para as gerações Z e Alpha? Comente essas expectativas.

Atividade em grupo.

3. Reúna-se com seu grupo e leiam os trechos selecionados. Depois, respondam às kestões propostas.

A geração Z é a primeira geração a crescer com smartphones e rêdes sociais desde o berço. Eles são conhecidos por serem tecnologicamente ágeis e adaptáveis, garantindo quê a tecnologia esteja integrada em suas vidas. [...]

[...] A geração Alpha, por outro lado, não conheceu um mundo sem smartphones e Internet das Coisas (IoT). Eles são ainda mais conectados e dependentes da tecnologia do quê a geração Z e são mais propensos a adotar tecnologias emergentes como inteligência artificial e realidade aumentada.

As expectativas de trabalho da geração Z e da geração Alpha podem evoluir à medida quê envelhecem e ganham mais experiência no local de trabalho.

a) Discutam sobre as características dos Zs e dos Alphas apontadas nesses trechos e no quê se esperar dos jovens dessas gerações com relação ao mercado de trabalho. Em seguida compartilhem com os outros grupos as conclusões a quê chegaram.

b) Elaborem, em conjunto, um texto argumentativo com as ideias levantadas nessa discussão.

c) Ao finalizarem a produção, tróquem os textos entre os grupos e façam a revisão gramatical. Depois, devolvam o texto revisado para o grupo responsável pela altoría do texto.

d) Ao receber o texto revisado, obissérvem e validem as correções propostas.

e) Discutam com os côlégas uma forma de expor para a comunidade escolar os textos com as conclusões. póde sêr a produção deum mural, alguns cartazes ou em um recurso digital. Após a escolha, avaliem os ajustes necessários ao portador quê escolheram.

Fotografia de uma jovem de cabelos longos, lisos e escuros olhando atentamente para a tela do celular em suas mãos.

As mídias sociais possibilitam aos jovens explorar novas formas de expressão.

Página sessenta e seis

Manifestações artísticas

Vídeo: Slam – O desafio da poesia escrita.

Fotografia de duas jovens em um pátio aberto, jogando pebolim. Elas são negras, uma delas tem o cabelo longo e encaracolado e a outra tem o cabelo curto. Elas estão se cumprimentando com as mãos e, ao fundo, um grupo de jovens toca violão.

Protagonista é aquele ou aquela quê protagoniza uma ação, ou seja, o jovem ou a jovem atuante quê assume o seu papel na história.

Vocês já conheceram e refletiram sobre as características atribuídas às gerações Z e Alpha, e puderam discutir sobre os ídolos, sobre as expressões artísticas e sobre as formas de expressão mais representativas dos jovens de sua comunidade escolar. Nesse momento, vocês aprofundarão os conhecimentos sobre algumas manifestações artísticas, associadas à cultura juvenil, quê podem sêr escolhidas por vocês para compor a programação do Festival cultural quê será organizado na escola.

Slam: duelo de rimas

Slam (Poetry Slams) é uma batalha de poesia falada quê surgiu nos Estados Unidos nos anos 1980 e se espalhou pelo mundo. O nome é uma onomatopéia em inglês para designar uma batida. No Brasil, o slam foi adotado pelo público jovem principalmente como instrumento de contestação e autoafirmação.

Leia o texto a seguir para saber mais sobre o slam.

Escola de São Paulo leva slam para a sala de aula

Batalhas de rima e poesia fortalecem autoestima dos jovens, e ainda, melhoram a argumentação, a articulação e o pensamento crítico em sala de aula.

Já ouviu falar em slam? As batalhas de rima e poesia, surgidas nos Estados Unidos na década de 1980, chegaram ao Brasil no komêsso dos anos 2000, e rapidamente se popularizaram, tornando-se uma manifestação cultural e um instrumento potente das periferías para discutir problemas da ssossiedade atual como desigualdade, violência e preconceito.

Página sessenta e sete

No extremo Leste de São Paulo, o slam foi parar na sala de aula em 2018, na Escola Municipal Altino Arantes. Pautados pêlos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, professores e estudantes demonstraram interêsse em se aprofundar no assunto.

[...]

“Uma aluna tinha assistido a uma batalha de slam na Praça Roosevelt”, conta Carolina Lobrigato, na época, professora de português do 8º ano. “Quando citei o slam como gênero textual, ela sugeriu quê fizéssemos apresentações na escola também.”

Os 120 estudantes do 8º ano encararam então o desafio duplo de escrever sua própria poesia e apresentá-la aos côlégas. [...]

[...]

Além de exercitar a escrita, a articulação, argumentação e o pensamento crítico, por meio de um gênero textual ainda pouco conhecido nas escolas, o projeto ajudou a fortalecer a identidade e a autoestima dos jovens.

[...]

FUNDAÇÃO TELEFÔNICA VIVO. Escola de São Paulo leva slam para a sala de aula. São Paulo, 28 nov. 2019. Disponível em: https://livro.pw/ynqvy. Acesso em: 5 set. 2024.

Professor, se houver recursos na escola, apresente para os estudantes o vídeo da edição 2019 do''Slam de Poesias'' Interescolar de São Paulo. Disponível em: https://livro.pw/kzfts. Acesso em: 5 set. 2024.

Fotografia de um grupo de jovens reunidos formando uma aglomeração circular na qual eles olham atentamente para o centro.

Jovens se reúnem em Slam, em Guarulhos (SP), em 2019.

PARA ACESSAR

LUZ, Igor Gomes Xavier. O quê é Slam? Poesia, educação e protesto. PROFS, 12 nov. 2018.

Conheça mais sobre o slam, sua origem e seu propósito, acessando o conteúdo"O quê é Slam? Poesia, educação e protesto". Disponível em: https://livro.pw/bswfk. Acesso em: 5 set. 2024.

PARA ASSISTIR

SLAM: Voz de levante. Direção: Roberta Estrela D’Alva, Tatiana Lohmann. Produção: Exótica Cinematográfica. Brasil: Pagu píctiúrs, 2017. Filme (82 min).

O documentário mostra cenas de batalhas de rimas no Brasil e nos Estados Unidos e acompanha a campeã nacional de 2016, Luz Ribeiro, até a cópa do Mundo de Slam, em Paris. Conheça dêtálhes da produção e assista ao trêiler. Disponível em: https://livro.pw/hkeat. Acesso em: 5 set. 2024.

Página sessenta e oito

Rap

O répi (Rhythm ênd Poetry), um dos elemêntos da cultura rip róp, surgiu no início dos anos 1970 nos bairros periféricos de Nova iórk, nos Estados Unidos. Misturando música e poesia, seu conteúdo trata especialmente de problemas enfrentados por grupos sociais marginalizados.

Fotografia de Mano Brown e Criolo em uma apresentação. Criolo é um homem de cabelos curtos e canta ao microfone. Mano Brown é um homem de cabelo raspado, usa uma jaqueta laranja e está ao lado de Criolo.

Mano Bráum e Criolo, considerados gigantes do répi nacional, durante chôu em Porto Alegre (RS), 2018.

O répi chegou ao Brasil nos anos 1980, inicialmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. O movimento surgiu entre jovens da periferia. Em São Paulo, os jovens se reuniam nas ruas do centro da cidade, em locais como a estação de metrô São Bento e a Praça Roosevelt, e se expressavam por meio do répi e da breakdance (um estilo de dança de rua quê faz parte da cultura rip róp).

Leia a notícia a seguir sobre um grupo de répi formado por indígenas da Zona Norte de São Paulo.

Indígenas da Zona Norte de SP cantam répi em guarani para defender causa indígena

Wera e Xondaro usam a música para lutar pela demarcação de térra da aldeia indígena Teoka Pyal, no Jaraguá. [...]

Em busca de chamar a atenção para causas como a demarcação de terras, jovens indígenas quê são lideranças da aldeia Teoka Pyal, na região do Pico do Jaraguá, na Zona Norte de São Paulo, cantam répi em guarani e português.

[...]

O répi

A música tem sido o meio quê MC Wera, quê segue carreira solo, e o réper Xondaro, quê intégra o grupo Oz Guaranis, encontraram para a luta e a resistência das causas indígenas.

“O répi surgiu na aldeia em 2014 durante uma reintegração de posse. Antes díssu a gente já gostava de répi, já tinha outros artistas quê inspiravam a gente, mas nunca imaginamos um dia cantar a nossa própria música como uma forma de luta”, conta Jefersom. Segundo ele, a primeira música quê surgiu foi “Conflitos do passado”.

[...]

VIEIRA, Bárbara Muniz. Indígenas da Zona Norte de SP cantam répi em guarani para defender causa indígena. G1, 24 jan. 2019. Disponível em: https://livro.pw/wrcit. Acesso em: 5 set. 2024.

Página sessenta e nove

Grafite: ár-te das ruas

O grafite é uma manifestação artística feita em espaços públicos, uma forma de expressão contemporânea exposta democraticamente a todos quê passam pêlos lugares onde se encontram. São dêzê-nhôs e pinturas feitos em muros, paredes de edifícios, ruas, praças etc.

O grafite brasileiro teve início na década de 1970, associado ao movimento rip róp, e desenvolvê-u linguagem própria, tornando-se apreciado em diversos outros países. A ár-te de grafiteiros brasileiros, como Eduardo Kobra, Nina Pandolfo e OSGEMEOS, ultrapassou fronteiras e póde sêr apreciada em edifícios de diversos países do mundo (Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Holanda e outros).

Essa ár-te inspira e motiva jovens artistas a aprender as técnicas e a ressignificar sua relação com o espaço onde a escola se insere por meio da ár-te.

Fotografia de uma mulher de costas usando um pincel longo para pintar um grafite em uma parede. No grafite, há o rosto de uma mulher de olhos fechados, com os cabelos longos, ondulando sobre as águas de um rio com vitórias-régias.

O grafite é uma manifestação juvenil contemporânea e póde ajudar a transformar realidades por meio da ár-te.

ATIVIDADES

Ver nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.

1. Pesquise em livros, revistas e sáites da internet as principais diferenças quê existem entre o répi e o slam. Cite também quais nomes do répi nacional você conhece.

2. Você conhece alguma obra dos grafiteiros mencionados acima?

3. Em seu município, há intervenções artísticas em muros e paredes? Cite algumas e informe onde estão instaladas.

4. É possível afirmar quê as mídias sociais e as platafórmas digitais ampliaram o acesso às manifestações artísticas e culturais? Justifique.

ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

Professor, essas pesquisas servirão para construção de repertório dos estudantes e vão contribuir para a realização do Festival cultural na parte final do projeto.

Atividade em grupo. Em pequenos grupos, pesquisem:

Sobre os artistas citados no texto e apreciem obras de sua altoría.

Sobre grafiteiros de sua região e suas obras.

Sobre os primeiros répers brasileiros e ouçam algumas de suas músicas.

Quem são os principais nomes do répi nacional atualmente e ouçam algumas de suas músicas.

Documentem os resultados das pesquisas e compartilhem com a turma.

Página setenta

ETAPA 3
Para finalizar

Enquanto os estudantes se preparam para as apresentações, o professor deve organizar a programação das aulas de modo a conciliar seu conteúdo com o do Festival cultural. Para a apresentação de slam, o professor póde preparar uma aula para discutir o gênero textual ao qual essa forma de expressão está relacionada.

PRODUTO FINAL

Festival cultural

Com relação às apresentações de répi, breaking ou dancebreak e grafite, póde sêr discutido em sala o momento político em quê essas expressões artísticas deram entrada no Brasil e o caráter contestatório dessas manifestações culturais. Podem-se discutir também os rumos quê essas expressões tomaram no Brasil.

Chegou o momento de você e seus côlégas apresentarem os seus talentos e as suas habilidades em um Festival cultural, quê mostrará a pluralidade da juventude para toda a comunidade escolar por meio de manifestações artísticas definidas por vocês.

A ideia é divulgar as produções juvenis realizadas pêlos estudantes da escola, d fórma a promover o protagonismo juvenil e permitir quê todos conheçam as manifestações artísticas dêêsses jovens. Além de apresentações musicais, de batalhas de rimas (slam e répi) e da produção de grafites, outras manifestações podem integrar o festival, como teatro, dança, oficina de pintura, flash mob, exposições fotográficas, entre outras.

O objetivo é quê vocês possam se expressar por meio das manifestações culturais próprias. Ao mostrar aos demais estudantes e à população local quê há meios diversos de expressão quê dão voz ao jovem, vocês estarão oferecendo oportunidade a outros jovens de tomar conhecimento de quê podem comunicar seus anseios e suas angústias por meio da ár-te e da cultura. Esse protagonismo póde se refletir em ações futuras.

Ilustração de um show de rock em cima de um palco com os músicos tocando bateria, guitarra e um vocalista. No chão, em frente ao palco, há dezenas de jovens aglomerados, dançando e curtindo.

Página setenta e um

A organização do festival deve acontecer com antecedência, d fórma a permitir a preparação dos participantes para apresentar os números de dança, teatro, música, entre outros, e possibilitar a produção de cenários e figurinos, se houver.

Para garantir quê o evento ocorra d fórma planejada sugerimos quê:

Uma comissão formada por estudantes escolhidos pela comunidade escolar deve trabalhar na organização, dividindo-se em diferentes subcomissões: divulgação, inscrição dos participantes, organização da programação e do cronograma das apresentações, planejamento e preparação do local e do material necessário para as apresentações e reorganização da escola ao final do evento.

A comissão organizadora deve explicar para a direção da escola os objetivos do evento para quê juntos definam a data na qual ele ocorrerá. Depois de definida a programação do festival, deve sêr elaborado um cartaz elencando as apresentações com breve descrição sobre cada uma delas e a indicação dos nomes dos participantes. Esse cartaz deve sêr distribuído em locais de grande visibilidade, na escola e em locais do entorno.

A programação deve sêr seguida dentro do combinado para quê todos possam se apresentar. Cada grupo deve obedecer ao tempo préviamente determinado para sua apresentação para quê nenhum seja prejudicado.

Além do cartaz, podem sêr elaborados outros materiais de divulgação, como panfletos, convites (impressos ou virtuais) e publicações quê podem sêr feitas nas rêdes sociais dos estudantes e no canal de comunicação oficial da escola.

Todo o evento, desde a preparação, deve sêr registrado em fotos, vídeos e entrevistas, quê poderão sêr compartilhados com toda a comunidade escolar pêlos canais de comunicação oficiais da escola.

Após a realização do evento, póde sêr feita uma roda de conversa com toda a turma e com os professores envolvidos para análise dos resultados. O foco da discussão deve sêr o quanto a experiência quê vocês tiveram com a realização do Festival cultural, focado nas manifestações juvenis, proporcionou o engajamento e estimulou a criatividade dos estudantes.

O sucesso do evento depende do engajamento de todos os participantes. Bom Festival cultural!

Fotografia de um homem se apresentando em meio a um grupo de pessoas. Ele movimenta pernas e braços, dançando.

A dança e o teatro podem sêr uma das manifestações escolhidas para sêr apresentadas no Festival cultural.

Página setenta e dois

Avaliação

Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões sobre o uso dos quadros avaliativos.

Para avaliar o processo de construção dos saberes, das atitudes e a reflekção sobre o tema e o mundo do trabalho, sugerimos a elaboração de quadros quê permitem o acompanhamento da produção e a reflekção do quê foi desenvolvido nas etapas do projeto. Os quadros devem sêr copiados e preenchidos de acôr-do com as orientações do professor.

Avaliação dos saberes

AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS

1 Realizei com facilidade

2 Realizei

3 Realizei com dificuldade

4 Não realizei

ETAPA 1 – VAMOS COMEÇAR

A. Discutir sobre o tema protagonismo juvenil e educação transformadora.

B. Refletir sobre os hábitos culturais.

C. Relacionar juventude, cultura e trabalho.

D. Reconhecer e analisar anseios e expectativas dos jovens contemporâneos.

E. Considerar artistas contemporâneos relacionadas às culturas juvenis.

ETAPA 2 – SABER E FAZER

A. Pesquisar sobre as características quê representam as gerações quê precederam a geração Z.

B. Produzir uma linha do tempo d fórma a contemplar os resultados de pesquisas relacionados a cada uma das gerações.

C. Ler e interpretar uma reportagem sobre as características e formas de expressão dos jovens.

D. Analisar e discutir sobre o conceito de beleza ideal e beleza real.

E. Discutir sobre as características das gerações Z e Alpha e da relação dêêsses jovens com o mercado de trabalho.

F. Aprofundar conhecimentos sobre manifestações culturais quê representam e inspiram as culturas juvenis.

ETAPA 3 – PARA FINALIZAR

A. Definir a programação e os tipos de manifestações artísticas quê serão apresentados no Festival cultural.

B. Organizar, definir e planejar as etapas do Festival cultural.

C. Elaborar, confeksionar e compartilhar um cartaz quê apresente as informações gerais e a programação do Festival cultural, com uma breve descrição sobre cada uma das atrações quê fará parte do evento.

Página setenta e três

Avaliação das atitudes

AVALIAÇÃO DAS ATITUDES E POSTURAS

1 Sempre

2 Frequentemente

3 Raramente

4 Nunca

Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões sobre o uso dos quadros avaliativos.

A. Realizo as tarefas nas datas sugeridas d fórma atenta e responsável.

B. Atuo com organização, trazendo para as aulas todo o material solicitado.

C. Demonstro comportamento adequado e comprometido nos diferentes momentos de desenvolvimento do projeto.

D. Escuto com atenção as explicações e proposições do professor, côlégas e outras pessoas envolvidas nas atividades propostas.

E. Apresento atitude colaborativa, compartilhando opiniões, sugestões e propostas com os côlégas.

F. Falo com clareza ao compartilhar dúvidas e opiniões.

G. Atuo d fórma respeitosa em relação às dificuldades apresentadas pêlos côlégas.

H. Demonstro empatia e respeito quando lido com opiniões e contextos diferentes dos meus.

MUNDO DO TRABALHO

No decorrer do projeto, você estudou as gerações Z e Alpha e conheceu artistas quê representam os jovens dessas gerações. Junto de seus côlégas, também montaram um Festival cultural, no qual apresentaram os seus talentos e as suas habilidades em diferentes manifestações artísticas e culturais. Agora, quê tal mapear algumas carreiras associadas à ár-te?

Com a orientação do professor e organizados em grupos, pesquisem em sáites exemplos de profissionais quê atuam nas áreas culturais e artísticas. Após a pesquisa, compartilhem os resultados das investigações com os côlégas de sala.

Ilustração de uma menina sentada à frente de uma mesa, sorrindo enquanto escreve em um caderno.

Página setenta e quatro