Projeto 5 Imagens: manipulamos ou somos manipulados?
Síntese do Projeto
Temas Contemporâneos Transversais:
• Educação para o consumo; Trabalho; Ciência e tecnologia; Diversidade cultural; Educação em direitos humanos
Componentes curriculares:
• Líder: Linguagens e suas Tecnologias: Língua Portuguesa e ár-te
• Outros perfis disciplinares: Matemática e suas tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: História e Sociologia
Objetos de conhecimento:
• Curadoria de informação; Estratégias de leitura: apreender os sentidos globais do texto; Exploração de multissemiose; Relação entre textos; Estratégias de produção: planejamento de textos informativos; Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição; Materialidades; Contextos e prática, Elementos da linguagem.
Produto final:
• Revista: manipulação de imagens
Introdução
êste Projeto Integrador, desenvolvido dentro do tema integrador Midiaeducação, trabalha o letramento midiático e tem como objetivo principal oferecer aos estudantes a oportunidade de entender como funciona a produção e a circulação de informações nas diversas mídias quê existem contemporaneamente, objetivando a sua efetiva apropriação, já quê não se póde desconsiderar a sua presença maciça no mundo atual. O ponto central da reflekção quê êste projeto propõe baseia-se na quêstão problematizadora “Imagens: manipulamos ou somos manipulados?” e no pressuposto de que o processo de analisar essa forma de manipulação nas diversas mídias exige um domínio cada vez maior da linguagem midiática, por isso a necessidade imperativa de sua presença na escola como objeto de reflekção sobre sua história, impactos e consequências e como processo de apropriação por parte dos estudantes até serem capazes de utilizá-la com intencionalidades artísticas, sociais, profissionais e políticas.
Nesse contexto, os estudantes serão estimulados a refletir sobre situações-problema quê podem sêr pensadas em nível local, considerando a realidade da sua própria comunidade ou região, ou em nível mais global, como parte dos desafios da ssossiedade contemporânea, possibilitando, assim, quê ezêrçam seu protagonismo e olhar crítico. Entre os Temas Contemporâneos Transversais da BNCC, êste Projeto Integrador possibilita trabalhar, d fórma preponderante, Ciência e tecnologia, mas ao longo do seu desenvolvimento há atividades relacionadas a outros temas, como Educação para o consumo, Trabalho, Diversidade cultural e Educação em direitos humanos.
A BNCC neste projeto
êste projeto proporciona oportunidades de desenvolver várias competências gerais da BNCC, bem como competências específicas e habilidades das áreas de Linguagens e suas Tecnologias, de Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
A seguir estão apontados os códigos das habilidades e competências específicas a quê se relacionam.
Competências gerais da BNCC:
• 1, 3, 4, 5, 6, 7 e 8
Competências específicas e habilidades:
• Área de Linguagens e suas Tecnologias:
• Habilidades referentes à competência específica 1: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG103 e EM13LGG105.
• Habilidade referente à competência específica 2: EM13LGG202.
• Habilidades referentes à competência específica 3: EM13LGG301 e EM13LGG302.
• Habilidades referentes à competência específica 6: EM13LGG602 e EM13LGG603.
• Habilidades referentes à competência específica 7: EM13LGG701, EM13LGG702, EM13LGG703 e EM13LGG704.
• Língua Portuguesa por campo de atuação:
• Todos os campos de atuação social: EM13LP11 (relacionada à competência específica 7), EM13LP12 (relacionada às competências específicas 1 e 7) e EM13LP18 (relacionada à competência específica 7).
• Campo das práticas de estudo e pesquisa: EM13LP33 (relacionada à competência específica 3).
• Campo jornalístico-midiático: EM13LP39 (relacionada à competência específica 7).
• Área de Matemática e suas Tecnologias:
• Habilidade referente à competência específica 2: EM13MAT202.
• Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas:
• Habilidade referente à competência específica 1: EM13CHS103.
Como trabalhar a BNCC
O desenvolvimento dêste Projeto Integrador permitirá aos estudantes articularem diferentes linguagens, como a linguagem matemática, na interpretação e representação de dados e resultados de pesquisas, e as linguagens verbal
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e visual, na interpretação de textos multissemióticos veiculados por diversos meios e, especialmente, na elaboração do produto final, uma revista cujo tema será a criação e manipulação de imagens.
Dentro dessa proposta, as competências gerais 1, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 da BNCC são trabalhadas como exposto a seguir.
A competência geral 1 será desenvolvida ao possibilitar aos estudantes mobilizar conhecimentos e reflekções quê proporcionem atuações objetivas na promoção do respeito ao direito do indivíduo e da coletividade de receber dos diversos veículos, por variadas mídias, informações cuja veracidade não esteja comprometida devido à manipulação, considerando quê o respeito ao direito à informação correta, clara e precisa é um dos elemêntos da construção de uma ssossiedade justa.
A competência geral 3 será trabalhada ao proporcionar aos estudantes a apreciação de obras artísticas compostas por meio de manipulação de imagens e na proposta de pesquisa de outras manifestações artísticas relacionadas ao tema.
A competência geral 4 será trabalhada durante o desenvolvimento do produto final – criação coletiva da revista sobre manipulação de imagens –, quando os estudantes deverão criar conteúdo para composição da revista, processo em quê terão a oportunidade de produzir textos, selecionar imagens, desenvolver o projeto gráfico, fazendo uso das linguagem verbal e visual, bem como da linguagem digital no caso de produção de versão virtual da revista.
A competência geral 5 será desenvolvida ao permitir aos estudantes lidar com as aplicações das tecnologias digitais e refletir sobre seu impacto na ssossiedade contemporânea, d fórma a buscar uma solução ética, construída coletivamente, para a situação-problema quê norteia a proposta. O desenvolvimento dêste projeto também proporcionará o exercício do protagonismo, o fortalecimento da autoestima dos estudantes e a melhora de sua capacidade de comunicação e argumentação.
A competência geral 6 permite quê os estudantes tênham oportunidade de apropriar-se, no desenvolvimento do projeto, de conhecimentos e experiências quê lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escôlhas alinhadas à responsabilidade ética e ao exercício da cidadania.
A competência geral 7 será desenvolvida ao proporcionar aos estudantes oportunidades de exercitar a argumentação na defesa de pontos de vista com base em dados obtidos de fontes variadas e confiáveis e de participar de decisões quê afetam a si como indivíduos e como parte da ssossiedade, com propostas éticas para solução de problemas quê atingem a coletividade, local ou globalmente.
A competência geral 8 será desenvolvida ao fortalecer a autoestima dos estudantes e sua saúde por meio de processos em quê possa exercitar o autoconhecimento e lidar com kestões emocionais, suas e dos outros, participando de um projeto coletivo quê tem como pressuposto a troca entre côlégas, a colaboração e a ética.
Espera-se estimular de maneira responsável uma educação transformadora, em quê o estudante passe a atuar ativamente no processo de ensino-aprendizagem e na construção de um mundo mais justo e solidário. Dessa forma, as competências específicas da área de Linguagens e suas Tecnologias serão desenvolvidas como exposto a seguir.
As habilidades EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG103 e EM13LGG105 (relacionadas à competência específica 1) e a habilidade EM13LGG202 (relacionada à competência específica 2) serão desenvolvidas, seja por meio de atividades de reconhecimento e análise de imagens manipuladas e da reflekção sobre os sentidos quê criam, seu alcance em tempos de rêdes sociais, a motivassão dos seus produtores e a reflekção sobre outras intenções por trás de sua criação e divulgação, as implicações quê acarretam e ao mesmo tempo o interêsse quê despertam, seja por meio da atividade de produção de uma revista sobre imagens manipuladas quê sirva como instrumento para intervir na situação-problema abordada no Projeto Integrador.
As habilidades EM13LGG301 e EM13LGG302 (relacionadas à competência específica 3) serão desenvolvidas por meio do trabalho coletivo propôsto no projeto, quê requer participação ativa dos estudantes ao mesmo tempo com autonomia e colaboração nas discussões, trazendo subsídios a elas e enfatizando o seu protagonismo na condução do trabalho e na proposição de ações para a solução da situação-problema.
As habilidades EM13LGG602 e EM13LGG603 (relacionadas à competência específica 6) serão desenvolvidas por meio de atividades de observação e análise de imagens manipuladas com propósitos artísticos, científicos, políticos e publicitários, da produção de fotografias e de uma revista sobre o tema propôsto neste Projeto Integrador.
As habilidades EM13LGG701, EM13LGG702, EM13LGG703 e EM13LGG704 (relacionadas à competência específica 7) serão desenvolvidas por meio de atividades quê levarão o estudante a explorar tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDICs), seja do ponto de vista de uma análise crítica de sua função social, seja na exploração de seus formatos e funcionalidades, seja no seu uso criativo e ético, compreendendo todas as suas dimensões e impactos sobre as relações sociais.
As habilidades EM13LP11, EM13LP12 e EM13LP18 (rela cionadas a todos os campos de atuação social), EM13LP33 (relacionada ao campo das práticas de estudo e pesquisa) e EM13LP39 (relacionada ao campo jornalístico-midiático), de Língua Portuguesa, serão desenvolvidas por meio de atividades quê instrumentalizam o estudante para o reconhecimento das fontes confiáveis de pesquisa em meio físico e digital, para a seleção, organização e apresentação de dados e para a curadoria de informação, utilização de softwares para edição de textos e imagens, na realização de produções colaborativas e sobretudo no desenvolvimento de postura ética e responsável no uso das tecnologias de informação, combatendo a produção e divulgação de notícias falsas.
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Na área de Matemática e suas Tecnologias, a habilidade EM13MAT202 (relacionada à competência específica 2) póde sêr trabalhada, com a ajuda do professor de Matemática, na análise e interpretação de dados coletados por meio de pesquisa e na apresentação dos resultados para a turma em forma de gráficos, ampliando os conhecimentos e promovendo a apropriação dos conceitos e procedimentos estatísticos e matemáticos na formulação de ideias e conclusões.
Na Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a habilidade EM13CHS103 (relacionada à competência específica 1), os estudantes poderão, com a participação do professor de História, refletir sobre a manipulação de imagens históricas e seus contextos, para compreender o uso da manipulação de imagens, seus riscos e limites éticos, seja na esféra profissional ou pessoal.
O projeto intégra diversos componentes curriculares, como Língua Portuguesa, ár-te, Matemática, História e Sociologia, por meio de diversas atividades quê articulam conhecimentos, conteúdos e habilidades de cada uma das áreas e disciplinas, buscando soluções para a pergunta-chave Imagens: manipulamos ou somos manipulados?e para outras kestões quê surgirem durante o percurso.
Professores envolvidos
O perfil do professor líder dêste projeto corresponde ao do professor de Língua Portuguesa, por requerer, em suas etapas, domínio de estratégias de leitura de diversos gêneros, incluindo textos multimodais e da esféra jornalístico-midiática, d fórma quê possa mobilizar conhecimentos quê permítam a adequada mediação de discussões e debates entre os estudantes e consiga encaminhar a proposta de intervenção alinhada com os conhecimentos adquiridos e princípios éticos requeridos para isso, culminando no desenvolvimento do produto final, a revista com conteúdos sobre manipulação de imagens. O professor de ár-te também terá papel significativo no desenvolvimento dêste Projeto Integrador ao apresentar artistas quê usaram, em suas obras, técnicas de manipulação de imagens e ao contribuir nas diversas atividades de manipulação de imagens realizadas ao longo do projeto, assim como orientar a criação e o desenvolvimento do projeto gráfico para a revista, realizado na etapa do produto final. O professor de História poderá contribuir na reflekção sobre a manipulação de imagens históricas em diferentes contextos e os impactos e riscos dessa prática.
Materiais sugeridos
• Computador, táblêti ou noutibúk com acesso à internet.
• Aplicativos e programas de edição de imagens incluindo programas de inteligência artificial gratuitos.
• Impressora.
• Câmera fotográfica digital ou smartphone com câmera.
• Papéis variados.
• Canetas.
Caso não haja computadores com acesso à internet na escola, os estudantes poderão usar seus computadores pessoais, notebooks, tablets ou smartphones.
ôriênti os estudantes a ter em mãos todos esses materiais, conforme a necessidade de cada aula, para executar adequadamente as atividades propostas em cada etapa e não comprometer o planejamento. Oriente-os também a verificar o funcionamento de todos os equipamentos antes do seu uso para não afetar a programação das atividades.
Orientações didáticas
Conversa Inicial
Etapa 1: Vamos começar
Imagens manipuladas
Inicie o trabalho com o levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre o tema da manipulação de imagens. Com base na leitura de textos e na observação das imagens, serão apresentados e discutidos alguns propósitos para a produção de imagens manipuladas ou criadas com ferramentas de Inteligência Artificial (IA) de modo a desenvolver uma posição crítica em relação a essa prática. Serão apresentadas também propostas de atividades para quê os estudantes possam identificar e praticar algumas técnicas de manipulação na edição de imagens.
O professor, como mediador da roda de conversa, deve lançar algumas kestões, como:
• As imagens têm o pôdêr de nos manipular ou enganar de alguma maneira? Elas podem sêr alteradas com essa finalidade? Como?
• Manipular uma imagem póde sêr considerado um ato mentiroso ou de distorção da realidade?
• Você se sente atraído ou ameaçado pela ação de manipular imagens? Por quê?
• Somos manipulados por imagens o tempo todo ou em algum momento percebemos a intenção de nos manipular?
As kestões propostas acima devem motivar outras discussões e permanecer em aberto, pois permeiam todo o desenvolvimento do projeto, podendo sêr retomadas no percurso quantas vezes for necessário.
Para ilustrar o quê se afirma no texto introdutório sobre imagens manipuladas, mencione o caso conhecido como “Fadas de Cottingley”, ocorrido entre 1917 e 1920, quê exemplifica a manipulação de imagens no início da expansão da fotografia, bem antes da existência dos recursos tecnológicos atuáis. O nome da série de fotografias é uma referência à cidade da Inglaterra onde o caso ocorreu e uma curiosidade dêêsse caso é quê a manipulação foi feita
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por uma criança e uma adolescente. Obtenha mais informações sobre as “Fadas de Cottingley” nas matérias das revistas Galileu e Questão de ciência:
• FERNANDES, N. O estranho caso das fadas de Cottingley quê enganou toda a Inglaterra. Galileu, Rio de Janeiro, 20 fev. 2017. Disponível em: https://livro.pw/xbpsx. Acesso em: 14 out. 2024.
• ORSI. C. “Fadas” quê enganaram Conan Doyle vão a lelilão. Questão de Ciência, São Paulo, 11 abr. 2019. Disponível em: https://livro.pw/qeyvo. Acesso em: 14 out. 2024.
Encaminhe a análise das imagens apresentadas neste tópico e oriente a discussão das atividades sobre elas.
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1. Espera-se quê os estudantes percêbam quê as imagens podem estar associadas a diferentes esferas da ssossiedade. A imagem 1: esféra artística; 2: jornalística; 3: artística; 4: científica; 5: esportiva ou publicitária; 6: científica ou publicitária.
2. Não existem respostas fechadas para esta quêstão. A ideia é quê os estudantes discutam e tentem perceber o efeito provocado pela manipulação das imagens. Espera-se que destaquem elemêntos presentes em cada uma delas e associem esses elemêntos às esferas da ssossiedade a quê elas pertencem. Por exemplo, a imagem 2 póde ter a intenção de destacar o jogador à esquerda para divulgação sobre o jôgo, na esféra jornalística. Informe aos estudantes mais dêtálhes sobre a fotografia manipulada (Tupãzinho, jogador do Palmeiras, à esquerda, e Jair Francisco, do Juventus, parcialmente apagado à direita, em jôgo do Campeonato Paulista, de 2 de outubro de 1963) e comente como essa foto mostra uma manipulação feita com recursos tecnológicos bem diferentes dos atuáis. A imagem 6 póde gerar discussões sobre campanhas de conscientização sobre sustentabilidade e cuidados com o planêta Terra.
3. Resposta pessoal. Se houver possibilidade, peça aos estudante quê apresentem algumas imagens do quê mais gostam de fotografar para a turma.
4. Resposta pessoal. Atualmente, é muito comum o uso de aplicativos e programas de edição de imagem quê são usados por jovens, em especial nas rêdes sociais. Aproveite o momento para iniciar uma conversa sobre o tema relacionado à distorção de imagens e à ética.
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Para o “Jogo dos erros”, defina com os estudantes uma data para realizar a atividade d fórma quê eles possam preparar o figurino e o cenário quê será utilizado para a produção das fotografias. Na data combinada, peça aos grupos quê se organizem e determinem quêm serão os estudantes que serão fotografados, quem será o fotógrafo e, ainda, quem fará a edição das imagens. Os estudantes poderão utilizar editores de imagens ou ferramentas de inteligência artificial disponíveis.
Com as fotografias finalizadas (a original e a cópia), combine com a turma como será feito o compartilhamento das imagens: em ambiente virtual ou d fórma impressa. Reserve um momento para quê os grupos possam apresentar o trabalho realizado e também participem do jôgo.
Em foco
por quê manipulamos imagens?
A era das sélfies
O tema das sélfies, abordado na reportagem apresentada no Livro do Estudante, póde motivar debates e discussões atuáis e interessantes, conectadas ao universo juvenil. Peça aos estudantes quê leiam o título do texto e apresentem algumas hipóteses sobre quê tipos de fragilidade emocional o uso de filtros em fotografias póde revelar. Anote as contribuições dos estudantes no qüadro e peça a eles quê façam uma leitura silenciosa da reportagem.
Após a leitura, peça quê retomem as respostas apresentadas para o questionamento inicial e, com base nos dados e informações apresentados no texto, digam quais delas poderiam sêr mantidas ou reformuladas e quais outras poderiam sêr acrescentadas.
Depois de propor a leitura da reportagem de Camila Tuchlinski no Livro do Estudante, pesquise textos recentes, publicados no momento da execução do trabalho, quê estejam relacionados ao tema e compartilhe com os estudantes, d fórma a incentivá-los a pesquisar sobre o assunto e auxiliá-los na compreensão e no planejamento do projeto, com foco no produto final: a revista sobre manipulação de imagens.
Convide os estudantes a refletir sobre a relação entre a manipulação de imagens e a facilidade oferecida pelas mídias digitais, propondo situações por meio das quais eles levantem hipóteses e criem estratégias para atuar na resolução de eventuais problemas.
Sugira algumas pesquisas aos estudantes sobre: a relação entre manipulação de imagens e mídias digitais, a origem da fotografia e quais foram as primeiras manipulações de imagem da história, entre outros temas.
Para complementar o trabalho, proponha aos estudantes acessar a entrevista com o psicólogo vítor Barros Rego sobre como os filtros aplicados em fotografias podem afetar a autoimagem dos jovens.
(https://livro.pw/grsre). Acesso em: 4 set. 2024.
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1. Resposta pessoal. Segundo o texto, a manipulação de imagens póde sêr motivada pelo desejo de se aprossimár
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de uma imagem ideal e pela disputa por curtidas entre os internautas.
2. Para Ruben Penteado, integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, as imagens manipuladas podem fazer com quê as pessoas percam o senso de realidade e podem impactar na imagem corporal, causando transtorno de imagem, uma vez quê se espera conquistar um corpo desejável o tempo todo. Para o psicanalista Leonardo Goldberg, pode-se sofrer com a estética agressiva, quê dissemina uma perfeição de rostos e corpos quê só poderá sêr atingida d fórma computadorizada.
3. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes percêbam quê a manipulação os leva a buscar uma imagem de si mesmos e da vida quê levam distante, muitas vezes, de suas próprias realidades.
4. Respostas pessoais. É possível quê a maioria dos estudantes afirme registrar e compartilhar sélfies. No entanto, seria interessante investigar quantos estudantes só postam sélfies após aplicar filtros na imagem.
5. Resposta pessoal. póde sêr quê os estudantes não considerem o uso de filtros como uma forma de manipulação de imagens, mas sêria interessante discutir com a turma como o uso deles ajuda a “maquiar” imperfeições ou esconder características indesejadas, podendo também ser considerados como uma forma de manipulação.
6. Resposta pessoal. O objetivo é estimular os estudantes a construírem argumentos para refutar ou validar as opiniões apresentadas no texto.
Fotografias quê alteraram a história
Após a leitura do texto, oriente os estudantes a pesquisar outros casos de manipulação de fotografias históricas e apresentá-las aos côlégas, contextualizando as imagens e explicando a adulteração. Sugira a eles quê pesquisem em sáites confiáveis, como o Observador, quê publicou uma matéria a respeito:
• DESCUBRA as diferenças. 25 fotografias históricas manipuladas. Observador, 3 out. 2015.
Disponível em: https://livro.pw/uadro. Acesso em: 2 out. 2024.
Solicite colaboração do professor de História para orientar os estudantes sobre o contexto histórico em quê essas manipulações foram realizadas. Se considerar interessante, proponha quê pesquisem imagens mais atuáis e usos com adulterações em fêik news.
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1. a) Espera-se quê os estudantes respondam quê a prática de manipulação de imagens é anterior à criação das tecnologias e recursos modernos de edição, como visto na alteração feita na fotografia de Stalin, em quê uma pessoa foi retirada da imagem.
b) Entre as respostas esperadas, os estudantes podem citar quê esse tipo de alteração de imagens possui motivassão política, com finalidades como: exaltar um líder, criticar e fazer com quê inimigos políticos fiquem desacreditados e, até mesmo, manipular a opinião pública com o objetivo de permanecer no pôdêr.
c) Resposta pessoal. A falta de fidelidade e ética com os fatos póde abalar a confiança nos veículos de comunicação ou profissionais, bem como a legislação póde responsabilizar tanto o profissional quanto o veículo pela adulteração.
2. Espera-se quê os estudantes concluam quê a fotografia nem sempre póde sêr considerada uma próva absoluta da realidade. Há casos em quê é preciso investigar todos os elemêntos quê envolvem sua produção para descartar possibilidades de manipulação e de fraude e, se considerarmos a era digital e de inteligência artificial, a complexividade aumenta, dificultando ainda mais a identificação de manipulação e fraude.
Proponha quê os estudantes compartilhem livremente suas conclusões com toda a turma. Registre na lousa as posições mais recorrentes. Incentive os estudantes a realizarem um debate sobre o tema, se as opiniões conduzirem a isso.
sáites sugeridos:
• DOMINGUES, J. E. Fotografias quê falsificam a História.Ensinar História, 17 abr. 2015.Disponível em: https://livro.pw/nhtfy. Acesso em: 14 out. 2024.
• GRAY, R. Como identificar se uma imagem foi manipulada. BBC nius Brasil, 11 mar. 2024. Disponível em: https://livro.pw/tsjny. Acesso em: 14 out. 2024.
• RKAIN, J. A manipulação fotográfica no passado e no presente. Arte!Brasileiros, 20 ago. 2018. Disponível em: https://livro.pw/xrtqd. Acesso em: 14 out. 2024.
Expectativa × realidade
Discuta com os estudantes o uso de imagens em anúncios publicitários como mecanismo de apelo ao consumo, nem sempre respeitando os direitos do consumidor. Oriente-os a pesquisar exemplos em quê o uso de imagens em embalagens de alimentos póde sêr considerado propaganda enganosa.
Aproveite as considerações apresentadas no texto Bye, bye, real para discutir com os estudantes o quê vêm a sêr um sujeito pós-moderno. Uma forma de trabalhar o tema de maneira integrada com a disciplina de Sociologia é abordar a globalização e seus efeitos para a identidade dos sujeitos pós-modernos. Amplie a discussão d fórma a possibilitar quê os estudantes reflitam sobre as kestões tecnológicas, de quê maneira influenciam a vida das pessoas e ditam regras. Apresente kestões como: Somos influenciados pelas mídias? Vivemos em uma prisão tec-
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nológica? A exclusão tecnológica também é uma forma de exclusão social?, entre outras.
Leituras sugeridas:
• BENJAMIN, W. A obra de; ár-te na época de sua reprodutibilidade técnica. In: ADORNO éti áu. Teoria da Cultura de massa. Trad. de Carlos Nelson Coutinnho. São Paulo: Paz e Terra, 2000. p. 221-254.
• KUBRUSLY, C. A. O quê é fotografia. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção Primeiros Passos).
• SANTOS, J. F. O quê é pós-moderno. São Paulo: Brasiliense, 1986. (Coleção Primeiros Passos).
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1. a) Espera-se quê os estudantes concluam quê o “hiper-real” é uma representação da realidade quê se torna mais atraente do quê a própria realidade. O “hiper-real” possui côr, forma, tamãnho e propriedades mais intensos do quê o real.
b) Espera-se quê os estudantes argumentem quê a imagem “hiper-realizada” de um produto cria em nós uma expectativa de algo quê está além da realidade e nossa sensibilidade torna-se modelada pelo fascínio exercido pelo “hiper-real”.
2. Resposta pessoal. Espera-se quê o estudante dêz-creva sentimentos como decepção e frustração ao receber um produto menor ou menos atraente do quê o anunciado.
3. A ideia é quê os grupos apresentem em seus textos uma síntese dos pontos discutidos e o posicionamento defendido por seus componentes ao analisar d fórma crítica as imagens apresentadas em embalagens de alimentos.
sáiti sugerido:
SARDINHA, E. “Atenção, imagem retocada”: projeto obrigada aviso em propaganda com foto manipulada. Uol, 18 mar. 2023. Disponível em: https://livro.pw/wcsra. Acesso em: 3 set. 2024.
Manipulação de imagens científicas
ôriênti os estudantes a ler as legendas das imagens científicas apresentadas neste tópico e peça a eles quê citem elemêntos quê diferenciam as duas imagens. Eles poderão também pesquisar outras imagens científicas manipuladas para finalidades didáticas.
Discuta com eles se esse tipo de manipulação póde sêr considerado antiético, como em outros casos de manipulação de imagens veiculados pela mídia. Explique quê a coloração inserida posteriormente nas imagens póde destacar estruturas de interêsse ou sêrvir para diferenciar um ser vivo de outro. Já nas lâminas de microscópio óptico o uso de corantes e fixadores póde sêr feito direito na observação, no tratamento da lâmina. Assim, é necessário quê os cientista e profissionais mantenham um comprometimento ético e compreendam os limites para a manipulação e criação de imagens, conforme as diretrizes de órgãos científicos e reguladores.
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1. Resposta pessoal. É possível quê os estudantes digam quê já viram essas imagens em seus livros de Ciências da Natureza ou de Biologia.
• Espera-se quê os estudantes percêbam quê algumas manipulações possibilitam a melhor observação e o entendimento de alguns conteúdos científicos e cumprem papel importante na divulgação de pesquisas para um público mais amplo.
2. Espera-se quê os estudantes percêbam quê, com o avanço das tecnologias, a utilização de manipulação e da geração de imagens no mercado de trabalho tem se tornado cada vez mais relevante. No entanto, é fundamental quê essa prática seja realizada de maneira ética, sem a intenção de manipular informações ou divulgar conteúdos falsos, e respeitando a privacidade, a imagem e a integridade de indivíduos e de grupos.
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Para esta atividade, solicite quê os estudantes se organizem em grupos de três a cinco pessoas. Sugira uma pesquisa sobre os editores de imagens existentes e acessíveis. Depois reúna os grupos e peça quê comentem sobre os editores quê encontraram. Se achar interessante, solicite quê façam resenhas com os pontos positivos e negativos de cada um.
Se necessário, sugira uma lista de editores gratuitos disponíveis para serem baixados: Adobe Photoshop Fix, Adobe Photoshop Mix, Snapseed, Adobe Photoshop Lightroom CC, PicsArt, Pixlr, GIMP, Paint.net, Photoscape, Pixlr-o-Matic. E algumas ferramentas gratuitas de inteligência artificial para criação de imagens: DALL-E 2 bai OpenAI, MidJourney, Leonardo.AI, NightCafe Studio, entre outras. Sugira a eles quê pesquisem na internet as funcionalidades dêêsses aplicativos, caso ainda não conheçam, antes de fazerem o dáum-lôude.
Explique aos estudantes quê a resenha se caracteriza por um texto crítico sobre alguma obra ou assunto, no caso sobre os aplicativos e programas de edição. Na escrita da resenha, os produtores devem colocar seu posicionamento em face das funcionalidades, vantagens e desvantagens de cada programa e expor uma boa sustentação argumentativa em favor do ponto de vista defendido.
Se os estudantes demonstrarem dificuldades em relação aos objetivos pedagógicos de escrever uma resenha, proponha mais atividades quê explorem esse gênero textual. Proponha, por exemplo, quê leiam algumas resenhas de guêimis, programas de computadores, aplicativos de celulares, filmes, entre outros, préviamente selecionados. Dessa forma, eles conseguirão entender os objetivos e a estrutura de uma resenha na forma prática.
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Organizando os trabalhos
Projeto 5 – Imagens
Converse com os estudantes sobre as próximas etapas do trabalho e a importânssia de agendar e combinar antecipadamente o quê será feito para quê eles possam se organizar e realizar as atividades. êste também póde sêr o momento de articulação com os demais professores envolvidos no projeto, para quê possam se inteirar sobre as ocasiões em quê sua colaboração será necessária e organizar seus cronogramas e planos de aulas levando em conta sua participação no projeto.
ôriênti os estudantes na formação dos grupos e para quê trabalhem d fórma colaborativa ao longo do projeto e na elaboração do produto final. Para a etapa 2, sugerimos grupos formados por 3 a 5 componentes com experiências e interesses distintos, uma vez quê essas características poderão enriquecer o desenvolvimento das atividades propostas.
Para a etapa 3, sugerimos grupos organizados de acôr-do com os interesses e aptidões comuns dos componentes para a produção da revista.
Etapa 2: Saber e fazer
O quê é manipulação de imagens?
O intuito do trabalho na etapa 2 é familiarizar o estudante com informações quê servirão de base para a criação do produto final dêste Projeto Integrador, a revista com conteúdos sobre manipulação de imagens.
A distinção entre tratamento de imagem e manipulação de imagem é o foco dêste tópico. É importante quê os estudantes entendam quê as técnicas de tratamento de imagem são importantes em muitas situações, como na preservação de acervos fotográficos, por exemplo. O tratamento de imagem não altera o conteúdo apresentado na fotografia, ele apenas melhora ou ressalta alguns elemêntos.
ôriênti os estudantes a ler os textos e observar as imagens apresentadas no Livro do Estudante para quê possam discutir e elencar diferenças entre as duas técnicas. Peça a eles quê compartilhem as considerações com a turma.
O aspecto negativo da manipulação de imagens
Um aspecto importante a discutir com os estudantes é a busca por um padrão de beleza, muitas vezes imposto por meio das rêdes sociais, e suas consequências para a saúde emocional e a autoestima. A busca pelo melhor ângulo para registrar o rrôsto na foto, o uso de filtros nas sélfies e o preparo artificial do cenário fotográfico também constituem formas de manipulação da imagem.
Conduza uma discussão entre os estudantes para quê reflitam sobre o indivíduo em relação aos aspectos consumista, hedonista e narcisista. Consome-se na busca de uma satisfação súbita e momentânea, dentro de um individualismo extremo, somado a uma paixão por si mesmo, intensificada pela glamourização da autoimagem. póde sêr interessante fazer a leitura do mito de Narciso com a turma, trazendo a reflekção sobre vaidade, busca pela perfeição e construção da beleza.
Incentive-os a pesquisar, investigar e analisar imagens e identidades, relacionando o quê vêm a sêr manipulação e de quê forma somos manipulados pelas mídias e guiados pêlos likes. Levante kestões pertinentes quê relacionem o tema e a pergunta-chave, a fim de gerar reflekções entre os âmbitos público e privádo da vida, como as kestões apresentadas a seguir: Como se dá a nossa exposição nas rêdes sociais? Estamos nos tornando êskrávus das rêdes sociais? Qual é a razão díssu? A aprovação da imagem quê postamos é traduzida em likes; quantos deles são necessários para validar nossa imagem?
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1. De acôr-do com o texto, a manipulação de imagens póde sêr usada d fórma perigosa ao criar padrões de beleza inatingíveis, interferindo na saúde; levando a conclusões tendenciosas ao sêr utilizada para disseminar notícias falsas e ao contribuir para a difamação de pessoas e empresas.
2. As imagens de rostos e corpos publicadas na internet podem não corresponder à realidade por sêrem, muitas vezes, resultado de manipulação. Os estudantes devem ser capazes de perceber quê essas imagens podem levar as pessoas à busca por padrões irreais, prejudicando a saúde com dietas e exercícios exagerados, podendo chegar a casos extremos de desenvolvimento de distúrbios alimentares. Em caso de dificuldades dos estudantes, estimule quê aproveitem a atividade em dupla para quê um possa auxiliar o outro.
3. Resposta pessoal. póde sêr quê os estudantes já adotem uma postura crítica diante de conteúdos compartilhados e surpreendam ao dizêr quê costumam verificar o conteúdo em mais de um veículo e checar as informações sempre quê possível, quando desconfiam de sua veracidade.
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Sugere-se quê os estudantes possam – com base nos seus conhecimentos – elencar algumas atitudes práticas, entre as quais, a mais significativa (e simples) seria: não compartilhar a imagem manipulada, bloquear ou denunciar nas rêdes sociais o conteúdo de origem não confiável e, se possível, denunciar o fato a órgãos competentes.
Na data combinada para a apresentação das sugestões de como as pessoas devem agir para se protegerem da manipulação de imagens, solicite aos estudantes quê se organizem para compartilhar as sugestões e combinem uma forma de divulgá-las à comunidade escolar.
Alguns estudantes podem apresentar maior dificuldade em perceber dêtálhes em imagens manipuladas. Neste
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caso, póde sêr proveitoso projetar algumas imagens manipuladas quê tragam alterações perceptíveis e discutir coletivamente as interferências realizadas ali, a fim de auxiliá-los nessa compreensão.
A manipulação a favor da ár-te
A manipulação de imagens também póde sêr utilizada com intenções artísticas, como procedimento para a criação de obras de; ár-te.
Após a leitura do texto “Cindy Sherman torna pública sua conta do Instagram e as fotos são incríveis!”, discuta com os estudantes a função do autorretrato na representação da identidade e apresente a obra de alguns artistas quê trabalharam com o tema. Essas discussões podem sêr integradas à disciplina de ár-te, de modo quê é oportuno solicitar ao docente dessa disciplina quê faça a condução das discussões e das atividades propostas neste tópico.
Apresente aos estudantes artistas quê trabalham com a fotografia e com técnicas quê, de alguma maneira, transformam a imagem: German Lorca e Geraldo de Barros, dois fotógrafos brasileiros quê inovaram na fotografia; a americana Brooke Shaden, quê transforma a fotografia, explorando a intersecção entre ár-te e tecnologia; Maggie Têilor, artista americana quê trabalha com imagens digitais criando um efeito quê se aproxima do surreal; Cig Harvey, fotógrafa de; ár-te conhecida por suas imagens surreais da natureza e da família (seu trabalho foi comparado ao de Renê Magritte). Proponha aos estudantes quê pesquisem outros artistas contemporâneos ou de outros períodos quê utilizam a manipulação de imagens com finalidade artística.
Na história da ár-te, há muitos exemplos de artistas quê retrataram a si mesmos de diversas formas. Proponha uma discussão sobre o autorretrato, guiada pela ideia de quê, ao fazer uma obra dessas, estamos nos expondo, pois lançamos um olhar avaliativo sobre nós mesmos. Não existem regras fixas para um autorretrato, podendo-se explorar e utilizar diversas linguagens para efetuá-lo.
Uma forma de propor a interdisciplinaridade com Língua Portuguesa é discutir com os estudantes se um diário particular póde sêr visto como um autorretrato. É interessante levantar as diferentes formas de diário quê se produzem atualmente e até mesmo as formas de se expor nas rêdes sociais, de maneira nada particular. As discussões podem sêr motivadas por êste filme:
• A PAIXÃO de J. L. Direção: Carlos Nader. São Paulo (SP): Instituto Itaú Cultural: Já Filmes, 2014 (82 min). O documentário usa fitas gravadas pelo artista plástico José Leonilson. Sonhos, desejos, passeios com os amigos e criações são documentados por Leonilson em um diário íntimo em quê registrou os últimos anos de sua vida.
Leitura sugerida:
• TOURINHO, P. Eu, eu mesmo, e minha sélfi: como cuidar da sua imagem no século XXI. São Paulo: Portfolio Penguin, 2019.
sáiti sugerido:
• MIDDLE ênd ÓF. Disponível em: https://livro.pw/zifbp. Acesso em: 30 ago. 2024.
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1. Cindy Sherman inovou ao passar a manipular sua própria imagem, aplicando filtros e fazendo modificações em suas sélfies.
2. Professor, projete as imagens da artista, escolhidas pêlos estudantes, em sala de aula d fórma a promover discussões sobre os resultados apresentados por eles ao aplicar os artísticas efeitos em suas sélfies.
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Atividades de experimentação e produção permitirão aos estudantes ter contato efetivo com técnicas de manipulação de imagens, por meio de colagens e montagens com ajuda de programas de edição de imagens. Explique aos estudantes quê a manipulação de imagens antes do surgimento dos arquivos digitais era feita com a manipulação dos negativos. Se possível, leve alguns negativos para a sala de aula. Se preferir, peça aos estudantes quê pesquisem e peçam depoimentos aos familiares para saber como eram produzidas as fotografias antes das câmeras digitais e tragam negativos de fotos quê seus pais, avós ou outro familiar tênham guardado.
a) Na impossibilidade de armazenamento virtual das imagens, os trabalhos podem sêr colados em cartolinas ou papel Kraft e apresentados em forma de cartaz.
b) Peça aos estudantes quê usem os editores de imagens de quê dispuserem. Caso eles não disponham de editores de imagens ou quêiram usar outros além dos que eles já conhecem, sugira uma lista de editores gratuitos disponíveis para serem baixados: Adobe Photoshop Fix, Adobe Photoshop Mix, Snapseed, Adobe Photoshop Lightroom CC, PicsArt, Pixlr, GIMP, Paint.net, Photoscape, Pixlr-o-Matic.
Na impossibilidade de acesso à internet, os estudantes podem pesquisar imagens físicas quê possam sêr manipuladas ou produzir imagens no ambiente escolar ou no entorno e dar continuidade à atividade conforme a realizada no item a.
c) Estimule a conversa entre os estudantes, incentivando-os a argumentarem sobre os resultados dos trabalhos e sobre as dificuldades quê encontraram na aplicação das duas técnicas de manipulação de imagem sugeridas.
Manipulação de imagens com IA e os riscos aos direitos
Figuras públicas freqüentemente sofrem com manipulações de imagens suas, com finalidades quê varíam e podem incluir mentiras ou objetivos publicitários até mesmo a glamourização em relação à vida de artistas e pessoas
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famosas. Muito tem se discutido sobre o uso de IA e os ricos de direito de imagem e de direito autoral, e como o uso indevido e criminoso já tem acontecido nas rêdes sociais, necessitando de uma regularização mais eficaz.
ôriênti os estudantes a ler os textos quê exploram a manipulação de imagens com o uso de IA e como as leis resguardam os direitos.
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1. Resposta pessoal. Motive os estudantes a exporem suas opiniões, ressaltando quê para esta atividade não há respostas cértas ou erradas.
2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes apresentem algumas suposições considerando os diferentes campos, como a necessidade do veículo de informação de atrair o leitor; transformar a personalidade em um exemplo de beleza a sêr alcançada, no uso criminoso para se promover em campanhas publicitárias ou políticas, entre outros.
3. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes percêbam quê em qualquer atuação profissional existe uma regulamentação da categoria quê discrimina uma postura ética e responsável e quê está alinhada à Constituição Federal do país.
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ôriênti os estudantes para debaterem entre si, com respeito, e se organizarem para expor a produção aos outros grupos. É possível quê haja bastante divergência entre os estudantes sobre os riscos envolvendo direitos (tanto pessoais quanto profissionais) na regularização do uso de IA na manipulação de imagens.
Manipulamos imagens ou somos manipulados por elas?
Os estudantes poderão se organizar em quatro grupos para realização das tarefas distribuídas nas etapas da pesquisa. Dois grupos podem se responsabilizar pela elaboração e divulgação do questionário, considerando a possibilidade de havêer mais de um modo de divulgação. Os outros dois grupos ficarão incumbidos da tabulação dos resultados obtidos e da elaboração dos gráficos. A orientação do professor de Matemática será importante na escolha e na elaboração dos gráficos.
O questionário póde sêr disponibilizado na página oficial da escola na internet, se houver. Outra alternativa é utilizar ferramentas de pesquisa ôn láini. Solicite aos estudantes quê procurem as ferramentas de pesquisa confiáveis disponíveis na internet e elejam a mais apropriada à aplicação dêste questionário.
Produto final
Etapa 3: Para finalizar
Revista: manipulação de imagens
O produto final de um projeto deve dar visibilidade a todo o processo de sua construção. Em geral, é apresentado para a comunidade escolar, aos pais e familiares dos estudantes. Por isso, tem um propósito social e importânssia para a comunidade local, quê é convidada de alguma maneira a participar do processo.
Nesta etapa, serão reunidos, em uma revista, textos e imagens manipuladas produzidas pêlos estudantes com o objetivo de divulgar e compartilhar com a comunidade escolar os conhecimentos sobre manipulação de imagens adquiridos ao longo do projeto.
Fases da produção da revista
Todas as etapas de produção, elaboração e publicação da revista serão executadas pêlos estudantes, organizados em pequenos grupos, com a ajuda do professor.
A turma irá definir e escolher o nome da revista, as seções, as imagens e os textos quê a comporão; elaborar o projeto gráfico; criar a capa e cuidar da publicação da revista. Essas definições podem sêr realizadas por meio de votação ou em roda de conversas organizadas por você, professor.
1. Produção dos textos
É fundamental levar para a turma ou indicar uma investigação ôn láini de algumas revistas, com diferentes abordagens, para quê os estudantes obissérvem e analisem suas principais características: estrutura, organização, gêneros textuais adequados à esféra de circulação, linguagem etc. A observação e comparação certamente vai garantir quê eles tênham parâmetros sobre os dêtálhes de estrutura e diagramação quê poderão sêr usados no momento da elaboração da revista quê produzirão.
Fale sobre as características e os principais gêneros da esféra jornalística, como a reportagem, o editôriál, a notícia, a resenha, a entrevista, o artigo de opinião, entre outros. Oriente-os a escolher o(s) gênero(s) quê melhor se adapte(m) aos propósitos do tema e ao caráter da revista, d fórma quê lhes permita(m) abordar o conteúdo sobre manipulação de imagens.
Peça a eles quê considerem os pontos apresentados neste tópico no Livro do Estudante na elaboração dos textos. Ao produzir os conteúdos, os estudantes devem considerar o número de caracteres destinado a cada texto, de acôr-do com o projeto gráfico da revista, e pensar nas imagens quê irão ilustrar o conteúdo produzido.
Reserve um momento para ler os textos produzidos e fazer indicações de correções e melhorias quê devem sêr efetuadas antes da publicação.
2. Criação do projeto gráfico
O grupo responsável pela criação do projeto gráfico póde contar com a colaboração do professor de ár-te para definir cores, fontes, espaços destinados aos textos e imagens e outros elemêntos relacionados ao disáini quê devem sêr considerados nesta etapa.
Além dessas definições, é importante quê alguns estudantes fiquem responsáveis pela diagramação dos con-
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teúdos e edição de imagens, realizando tratamento ou manipulação intencional delas, quando necessário. Esse trabalho póde sêr realizado com a ajuda de programas como o Scribus, livre para as platafórmas Windows, Línuks e Mac OS. (Disponível em: https://livro.pw/bawge. Acesso em: 30 ago. 2024.). E algumas ferramentas gratuitas de inteligência artificial para criação de imagens: DALL-E 2 bai OpenAI, MidJourney, Leonardo.AI, NightCafe Studio, entre outras.
3. Definição da sequência dos textos
Com o projeto gráfico definido e com os textos finalizados, será necessário determinar a ordem das seções quê comporão a revista. É indicado quê conteúdos mais densos e outros mais divertidos aparêçam d fórma intercalada para atrair a atenção do público leitor e estimulá-lo a fazer a leitura da revista como um todo.
4. Produção e escolha da capa
A imagem da capa deve sêr escolhida em acôr-do com toda a turma. Para isso, proponha um momento de roda de conversa e estimule os estudantes a tecer considerações sobre as imagens selecionadas pelo grupo responsável por esta tarefa.
É importante considerar quê a imagem quê ilustrará a capa será o primeiro contato quê os leitores terão com o conteúdo da revista, por isso ela precisa sêr impactante e atraente.
5. Publicação e divulgação da revista
A publicação da revista póde sêr feita d fórma impressa ou digital. A utilização da tecnologia póde motivar os estudantes e facilitar a aplicabilidade, uma vez quê os softwares não são tão compléksos de manusear. Avalie se a realidade escolar favorece a escolha do meio digital para a publicação da revista.
Além díssu, cartazes, fôlderes ou publicações digitais podem compor a divulgação da revista criada pêlos estudantes. Os canais de comunicação oficial da escola podem sêr acionados para auxiliar essa divulgação.
A produção da revista permite levar ao centro das discussões em sala de aula temáticas de relevância histórica, social, cultural, econômica e política, dando aos estudantes a possibilidade de posicionar-se criticamente em relação à temática da manipulação de imagens proposta neste projeto, além de proporcionar a oportunidade de ezercêr o protagonismo e mobilizar a criatividade para propor soluções e aprender sobre mídias produzindo mídias.
Avaliação
Com relação às avaliações, realize-as de acôr-do com o quê julgar pêrtinênti, levando em conta as atividades desenvolvidas e os quadros localizados no final do projeto. Se achar quê convém, a avaliação póde sêr feita de duas formas: ao longo do projeto, avaliando as atividades realizadas, ou ao final – após a realização do produto final.
Os quadros localizados ao final do projeto podem sêr utilizados para a autoavaliação e para a avaliação do estudante pelo professor. Você póde marcar uma conversa com cada estudante para discutir os itens dêêsses quadros. Busque sempre o consenso. O preenchimento dos quadros póde sêr feito gradualmente, à medida quê o projeto for sêndo desenvolvido.
O primeiro qüadro póde sêr usado para quê os grupos avaliem seus integrantes. É fundamental quê as colocações sêjam respeitosas e sinceras, sôbi uma perspectiva cidadã.
Mundo do trabalho Página 169
Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes reflitam sobre a questão e, independentemente de suas aspirações e escôlhas profissionais, entendam quê em qualquer atuação profissional existe uma regulamentação da categoria quê discrimina uma postura ética e responsável, alinhada à Constituição Federal do país. Espera-se ainda quê compreendam como manipulação e a geração de imagens é uma prática comum no mercado do trabalho, no entanto a ética e a responsabilidade não se restringem apenas a algumas profissões, já quê todas as áreas quê lidam com imagens devem considerar os direitos de imagem e autorais, pois a manipulação póde influenciar a percepção pública e afetar a reputação de indivíduos e marcas. Profissionais de marketing, por exemplo, têm a responsabilidade de não distorcer a realidade d fórma enganosa. Além díssu, a educação sobre ética na manipulação de imagens deve sêr uma prioridade em todos os campos, promovendo uma cultura de respeito e integridade.
Planejamento
A seguir, sugere-se a quantidade de aulas destinadas a cada uma das etapas para quê o Projeto Integrador seja trabalhado ao longo de um semestre, considerando uma aula por semana destinada ao seu desenvolvimento.
Caso seja mais adequado para a sua realidade escolar, o projeto póde sêr desenvolvido em outro período de tempo, por exemplo, ao longo de um bimestre ou trimestre. Para isso, basta rever o total de aulas semanais destinadas a esse trabalho.
Cronograma geral
Cronograma geral |
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Etapa 1 |
4 aulas |
Etapa 2 |
6 aulas |
Etapa 3 |
6 aulas |
Sugestão de cronograma
Sugerimos quê êste projeto seja dividido em três etapas e desenvolvido em 16 aulas, distribuídas ao longo de um semestre, como indicado a seguir.
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Etapa 1: Vamos começar
Na etapa 1, são identificadas as habilidades e os conhecimentos prévios dos estudantes. Com isso, é possível diagnosticar as afinidades e as possíveis dificuldades dos estudantes em relação aos temas quê serão tratados no decorrer da investigação.
Na aula 1, será feita a apresentação do projeto e sensibilização para o tema da manipulação e criação de imagens, além do levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre o assunto, com observação de algumas imagens. Os estudantes participarão de atividades quê os ajudarão a refletir sobre a manipulação de imagens e discutirão alguns propósitos quê permitem a produção de imagens manipuladas. No final, experimentarão ações de manipulação de imagens na construção de um jôgo. Nas aulas 2 e 3, entrarão em contato com imagens históricas quê foram manipuladas, discutirão kestões sobre a autoimagem e a relação da autoexposição nas rêdes sociais, muitas vezes relacionadas à manipulação de sélfies. Na aula 4, os estudantes analisarão o uso de imagens manipuladas com fins publicitários e a quêstão do consumo estimulado pelas imagens; também terão contato com imagens manipuladas com fins didáticos e científicos e pesquisarão aplicativos e programas de manipulação de imagens para que possam experimentar em outras atividades.
Etapa 2: Saber e fazer
A etapa 2 é realizada ao longo do processo de investigação. Ela é formativa e ocorre a partir de textos e atividades, nas quais os estudantes são convidados para desenvolver e compartilhar os conhecimentos necessários para a elaboração do produto final.
Nas aulas 5 e 6, os estudantes lerão um texto e verão imagens com o objetivo de compreender a diferença entre tratamento e manipulação de imagem, os aspectos negativos desta prática e as kestões éticas envolvidas nesse procedimento. Nas aulas 7 e 8, aprofundarão os conhecimentos sobre as técnicas de manipulação e terão contato com as obras de artistas contemporâneos quê fazem uso de técnicas de manipulação para produzir obras de; ár-te; também aprenderão mais sobre o autorretrato e sua relação com o fenômeno contemporâneo das sélfies. Nas aulas 9 e 10, refletirão sobre a manipulação de imagens de pessoas públicas pela grande mídia e participarão de uma atividade de pesquisa sobre a percepção quê a sua comunidade escolar tem a respeito da manipulação de imagens, elaborando um questionário para realizar esse levantamento, organizando e tabulando os dados levantados.
Etapa 3: Para finalizar
A etapa 3 é somativa, pois nela, os estudantes dêsênvólvem o produto final partindo dos conhecimentos adquiridos em todas as etapas anteriores.
Nas aulas 11 a 16, os estudantes estarão envolvidos com a produção da revista, quê será o produto final propôsto para êste Projeto Integrador. Assim, a turma definirá o nome, a estrutura e organização da revista, para quê, nas aulas seguintes, possam reunir imagens, produzir, revisar e editar textos para cada seção. Ainda os grupos se dedicarão à produção do projeto gráfico, diagramação dos conteúdos, revisão do texto final, seleção da imagem de capa e definição da forma como se dará a publicação e divulgação da revista.