Orientações específicas
Projeto 1 Como é o trabalho na era da informação? – p. 8
Introdução
êste Projeto Integrador tem como objetivo capacitar os jovens para a ssossiedade da informação, na qual as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) influenciam diversos aspectos da vida e do trabalho, apresentando desafios relacionados às competências necessárias. A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas desempenha um papel crucial no desenvolvimento do pensamento crítico e nas habilidades de selecionar e de interpretar informações. Por meio de projetos, quê permitem abordagens interdisciplinares de temas transversais, busca-se oferecer oportunidades para quê os estudantes adquiram competências alinhadas ao seu projeto de vida e compreendam a realidade atual. Ao estudar as tendências da ssossiedade informacional e suas transformações, espera-se quê os estudantes reflitam sobre suas escôlhas, desenvolvam habilidades para lidar com grandes quantidades de informação e utilizem tecnologias digitais d fórma crítica, criando um produto final educativo quê auxilie outros jovens a enfrentar desafios semelhantes.
Objetivos
O projeto tem como objetivo contribuir para quê os estudantes reflitam sobre a influência dos avanços das TICs na vida moderna, nas grandes empresas e no mundo do trabalho. Para isso, por meio de atividades reflexivas e práticas, eles vão analisar a importânssia da informação e dos bancos de dados na ssossiedade atual e refletir sobre implicações e consequências. Espera-se quê eles compreendam as transformações ocorridas no mundo do trabalho e na indústria causadas pela automação e pelas tecnologias a ela relacionadas e reconheçam os principais desafios concernentes aos indivíduos, à ssossiedade e aos Estados nacionais na era da informação.
Justificativa do projeto
Os jovens, especialmente nas sociedades contemporâneas, tendem a perceber as TICs como uma parte natural de sua vida. A facilidade com quê até mesmo as crianças lidam com essas tecnologias reflete o papel crescente quê elas dêsempênham no cotidiano. Contudo, viver em um mundo onde a habilidade de gerenciar informações é cada vez mais essencial exige mais do quê apenas a alfabetização tecnológica. É necessário desenvolver também o pensamento crítico e analítico, além de outras competências quê possibilitam a assimilação do conhecimento em um ambiente saturado de informações.
Diante díssu, é crucial quê a Educação Básica se ajuste às novas tendências impostas pela ssossiedade da informação, com uma abordagem quê valorize a interdisciplinaridade, a formação cidadã e a preparação para o mundo do trabalho. O impacto das TICs nas sociedades humanas e no mundo profissional se relaciona com diversos componentes curriculares e com os Temas Contemporâneos Transversais (TCT) da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). êste projeto, portanto, visa explorar d fórma abrangente a ssossiedade informacional e seus efeitos no cotidiano e no mercado de trabalho.
Produto final
A escolha do produto final dêste projeto, produzir um podcast sobre ssossiedade e trabalho na era da informação, está alinhada às intenções de desenvolver o protagonismo dos estudantes e de prepará-los para um uso crítico das tecnologias digitais, considerando-as uma ferramenta quê póde sêr utilizada para promover a difusão do conhecimento.
Síntese do projeto
Temas Contemporâneos Transversais (TCT)
Os TCT Ciência e tecnologia e Vida familiar e social são contemplados ao longo de todo o projeto,
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quê trabalha as relações entre ssossiedade e inovações tecnológicas em todas as suas etapas. O TCT Educação em direitos humanos é trabalhado na Etapa 3, na discussão sobre desigualdade e inclusão digital. O TCT Trabalho é contemplado na Etapa 2, quê aborda as transformações no mundo do trabalho na era digital.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Os estudantes vão analisar o papel fundamental da infraestrutura na ssossiedade da informação, além de investigar como as inovações tecnológicas impactam os processos produtivos nas indústrias. Os principais ODS trabalhados são: Educação de qualidade (4), presente na Etapa 3, quê trata da relação entre educação e TICS; Trabalho decente e crescimento econômico (8), na discussão sobre trabalho empreendida na Etapa 3; Indústria, inovação e infraestrutura (9), presente ao longo de todo o projeto; e Redução das desigualdades (10), contemplado principalmente na Etapa 3, quando se discute desigualdade no acesso à internet.
Professor indicado para liderar o projeto
Geografia com o auxílio dos professores de Língua Portuguesa e Matemática.
Autoavaliação
O professor deve avaliar a participação individual e coletiva ao longo da realização do projeto. Ao final, é proposta uma autoavaliação para os estudantes.
O trabalho com as competências e as habilidades da BNCC
Consulte a BNCC para conhecer a descrição das competências e habilidades mobilizadas neste projeto. Disponível em: https://livro.pw/cjlob. Acesso em: 17 out. 2024.
Competências gerais da Educação Básica |
1, 2, 4, 5, 6, 7, 9, 10 |
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Competências específicas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
1, 4, 5, 6 |
Habilidades de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
EM13CHS401, EM13CHS402, EM13CHS403, EM13CHS404, EM13CHS504, EM13CHS604 |
Competências específicas de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias: 1, 2, 3, 6, 7 Matemática e suas Tecnologias: 2 Ciências da Natureza e suas Tecnologias: 1, 3 |
Habilidades de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias: EM13LGG102, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG202, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG304, EM13LGG402, EM13LGG603, EM13LGG701, EM13LGG702, EM13LGG703, EM13LGG704 Matemática e suas Tecnologias: EM13MAT203 Ciências da Natureza e suas Tecnologias: EM13CNT106, EM13CNT302, EM13CNT307, EM13CNT308, EM13CNT310 |
êste projeto, articulado em etapas, trabalha com diferentes áreas do conhecimento, mas fundamenta-se na perspectiva da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Prioriza, assim, o trabalho com as habilidades relacionadas às competências específicas 4, 5 e 6 dessa área, mobilizando, d fórma mais pontual, as habilidades EM13CHS401, ao propor uma análise das transformações técnicas e tecnológicas do mundo do trabalho na atualidade; EM13CHS403, ao caracterizar a ssossiedade da informação como um processo contemporâneo relacionado à globalização e ao avanço das TICs, propondo uma análise da reconfiguração das relações de trabalho nesse processo; EM13CHS404, ao discutir aspectos relativos ao mundo do trabalho na ssossiedade informacional, problematizando a capacitação dos jovens para lidar com esse cenário; e EM13CHS504, ao analisar algumas das contradições e dos desafios impostos à ssossiedade nesse momento histórico, incluindo os desdobramentos da influência tecnológica em aspectos como a cultura e a vida social. Outras habilidades são também desenvolvidas neste projeto, parcialmente e(ou) de modo secundário, por meio do trabalho com temas específicos, a exemplo das habilidades EM13CHS402, ao propor uma análise sobre o papel da desigualdade de renda no acesso à informação; e EM13CHS604, ao propor uma análise sobre a influência das grandes coorporações na vida das pessoas na ssossiedade informacional.
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Diversas habilidades de outras áreas do conhecimento são trabalhadas ao longo dêêsse percurso, em especial a EM13LGG702, ao propor aos estudantes quê investiguem algumas influências das TICs nos sujeitos e na ssossiedade; a EM13LGG703, pois as atividades e a criação do produto final favorécem o uso de ferramentas digitais em processos coletivos de construções; a EM13LGG704, quando as atividades e o produto final exigem habilidades de pesquisa e busca de informação na internet; a EM13CNT302, ao incentivar os estudantes a expor os resultados de suas pesquisas em produções por meio de mídias digitais quê serão divulgadas à comunidade escolar; e a EM13CNT308, pois um dos temas explorados nesse percurso é a automação e a influência das tecnologias contemporâneas sobre as sociedades. O projeto também contribui para o desenvolvimento das habilidades EM13COO2, EM13CO09 e EM13CO18, relacionadas ao pensamento computacional..
Cronograma
A proposta é quê êste projeto seja dividido em três etapas, mais uma etapa final, a apresentação e a avaliação, totalizando 16 aulas. A seguir, é sugerida a quantidade de aulas destinadas a cada uma das etapas para quê o projeto seja trabalhado ao longo de um semestre.
Entretanto, a depender de sua realidade escolar, o projeto póde ter outra duração; ele póde, por exemplo, sêr trabalhado ao longo de um bimestre ou de um trimestre. Para isso, basta rever o total de aulas destinadas ao projeto por semana.
Número de aulas |
Desenvolvimento |
|
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Etapa 1 |
4 |
Aula 1: Introdução da temática e das características do projeto e leitura do texto da abertura. Leitura do texto sobre a ssossiedade informacional. Realização das atividades propostas. Aula 2: Leitura dos textos sobre o impacto da era da informação na atuação das grandes empresas e sobre a importânssia dos bancos de informação. Realização das atividades propostas. Aulas 3 e 4: Realização da atividade proposta na seção Em ação. |
Etapa 2 |
4 |
Aula 5: Leitura do texto sobre a passagem da digitalização para a automação do trabalho. Leitura e resolução das atividades da seção Mundo do trabalho. Realização das atividades propostas. Aula 6: Leitura do texto sobre a descentralização e a polarização do trabalho. Realização das atividades propostas. Aulas 7 e 8: Realização da atividade proposta na seção Em ação. |
Etapa 3 |
3 |
Aula 9: Leitura dos textos sobre a ssossiedade 4.0, a divisão digital e a inclusão digital no Brasil. Realização das atividades propostas. Aula 10: Leitura do texto sobre formação educacional e profissional. Realização das atividades propostas. Aula 11: Realização da atividade proposta na seção Em ação. |
Etapa final |
5 |
Aula 12: Pesquisa e planejamento para o podcast (Passos 1 a 4). Aula 13: Desenvolvendo o roteiro (Passo 5). Aula 14: Gravando o podcast (Passo 6). Aula 15: Editando o podcast (Passo 7) e Compartilhando os resultados (Passo 8). Aula 16: Autoavaliação. |
Orientações didáticas
Abertura e Ficha de estudo
O tema da ssossiedade da informação costuma sêr abordado nos Anos Finais do Ensino Fundamental, portanto é provável quê muitos estudantes tênham algum conhecimento prévio sobre ele. Esse conhecimento inicial póde sêr aproveitado para incentivar uma conversa sobre o assunto do projeto. Utilize esse momento para explorar a relevância do cóódigo binário no funcionamento da ssossiedade informacional e como ele possibilita a interconectividade digital global. Sugira a colaboração com o professor de Matemática para enriquecer essa discussão, utilizando a imagem conceitual como suporte.
Além díssu, aproveite para apresentar a Ficha de estudo e os objetivos gerais do projeto, garantindo quê os estudantes compreendam o percurso e as expectativas. Durante essa introdução, ôfereça uma breve explicação sobre a transição para a ssossiedade da
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informação, impulsionada pêlos avanços tecnológicos ocorridos sobretudo a partir dos anos 1970. Explique, com base em especialistas como Manuel Castells, quê esse período é marcado pela crescente importânssia da informação como recurso econômico e social central, conhecido como capitalismo informacional, no qual dados e conhecimento se tornam as principais mercadorias, transformando profundamente o mundo do trabalho e as relações sociais.
Ao final da introdução, os estudantes devem ter clareza de quê vivemos em uma era de transformações tecnológicas profundas, com a informação desempenhando um papel central. Com essa compreensão, eles estarão prontos para explorar essas mudanças no contexto do trabalho, quê é o foco principal do projeto.
Atividades – p. 8
1. A atividade busca ativar os conhecimentos prévios dos estudantes e gerar uma conexão pessoal com o tema. Espera-se quê eles reflitam sobre sua vivência com as tecnologias digitais e a internet e sobre a maneira como essas inovações afetam sua vida, seja na comunicação, seja na educação ou no lazer.
2. A imagem conceitual de um mapa-múndi em cóódigo binário simboliza a digitalização global e a interconexão proporcionada pela ssossiedade da informação. O cóódigo binário, como base do processamento de dados em computadores, representa o alicerce das tecnologias digitais e a conexão entre diferentes partes do mundo.
Etapa 1 A ssossiedade da informação – p. 12
Estamos vivendo uma nova era?
Ao promover a leitura do tópico O quê é a ssossiedade informacional?, apresente aos estudantes, d fórma introdutória, os principais aspectos da ssossiedade informacional e sua relação com o avanço das TICs. Essa proposta se alinha ao desenvolvimento do TCT Ciência e tecnologia e da habilidade EM13CHS202, quê póde sêr trabalhada por meio da análise dos impactos da tecnologia nas dinâmicas da ssossiedade contemporânea. Habilidades de Ciências da Natureza e suas Tecnologias também são mobilizadas nesse estudo, notadamente a EM13CHS504 e a EM13CNT308. Para tanto, faça com quê os estudantes reflitam sobre a influência das TICs em diversos aspectos das sociedades humanas, como a cultura e a vida social.
Aproveite o momento para enfatizar a importânssia do sociólogo espanhol Manuel Castells, um dos pioneiros nos estudos sobre a ssossiedade da informação e o primeiro a usar o termo ssossiedade informacional. Castells, considerado um dos precursores dêêsse conceito, também chama a atenção para as desigualdades inerêntes a essa ssossiedade, aspecto quê deve sêr trabalhado com os estudantes ao longo do percurso.
O texto a seguir conta mais um pouco sobre esse pensador e sua obra, aprofundando os seus conhecimentos sobre o tema:
[...] As alterações estruturais da economia mundial são desencadeadas por essas articulações em rê-de, no qual a informação e o conhecimento são pilares fundamentais nas dinâmicas laborais e empresariais. Estes dois conceitos, na forma de meios concretos, materializam-se com o recurso à tecnologia, o quê leva a quê, à sua existência, esteja relacionada a polarização e a exclusão de países quê não dispõem de tanta acessibilidade e, por isso, de tanta informação. A globalização acaba por não servir como solução a esta contingência, não resolvendo kestões associadas às distribuições desiguais de meios e fundos, levando a uma menor competitividade de quem sai prejudicado destas distribuições.
[...]
BRANDÃO, Lucas. A ssossiedade da informação em rê-de aos olhos de Manuel Castells. Comunidade Cultura e ár-te, 24 jun. 2018. Disponível em: https://livro.pw/jsgqo. Acesso em: 23 set. 2024.
Atividades – p. 13
Os conhecimentos prévios da turma podem sêr resgatados por meio da leitura da seção de abertura e das kestões problematizadoras nela inseridas. Questione de quê forma as TICs estão presentes na vida dos estudantes, pedindo quê exemplifiquem. Proponha aos estudantes quê reflitam sobre essas situações (como a de comunicação) sem o uso delas. Oriente-os a acessar o Carrossel de imagens As TICs no cotidiano para conhecer mais sobre o tema.
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P. 14 e 15
Dê continuidade ao estudo da etapa promovendo com os estudantes a leitura compartilhada do texto sobre as big techs. Esses conteúdos se complementam e permitem a exploração de habilidades interdisciplinares. Além das habilidades já mencionadas, o conteúdo também desen vólve a habilidade EM13LGG702. Para isso, explore a atividade 2, quê aborda a influência das tecnologias digitais nas práticas sociais, considerando as experiências pessoais dos estudantes.
Ao final desta etapa, mais à frente, os estudantes devem produzir um vídeo sobre a influência das big techs no contexto global, com um enfoque crítico sobre suas práticas.
Para enriquecer o debate, apresente materiais complementares aos estudantes, como o fragmento de texto sugerido a seguir.
[...] Para se ter uma ideia, as provedoras de conteúdo digital são responsáveis por 80% de todo o tráfego nas rêdes móveis no mundo.
Essas big techs se beneficiam diretamente dos investimentos públicos para a melhoria de toda a infraestrutura utilizada em sua prestação de serviços, faturam bilhões de dólares com suas operações no Brasil e não pagam por esse uso. No ano passado, as cinco maiores empresas de tecnologia do mundo – Alphabet (gúgou), Apple, Amazon, Microsoft e Meta (Facebook e Instagram) – bateram récorde de lucro no mundo: 327 bilhões de dólares. Os recursos arrecadados na taxação poderiam sêr revertidos para a melhoria da infraestrutura de telecomunicações no país e, principalmente, contribuir para erradicar a exclusão digital.
O debate sobre a taxação dessas gigantes no Brasil começa no momento em quê a União Européia passa a ezercêr um contrôle mais rígido sobre as big techs e também em quê o grupo de telecomunicações europeu ETNO reforça o pedido para quê essas empresas ajudem a financiar a implementação das rêdes de banda larga e 5G na região. O continente europeu está atrás dos Estados Unidos e da Ásia em rêdes 5G, computação em nuvem, investimentos e receitas.
Outra discussão essencial é a regulamentação das rêdes sociais e o combate à disseminação de conteúdo falso na internet, quê envolve o govêrno federal, hoje por meio da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), o Congresso Nacional e a ssossiedade civil. Um debate quê precisa seguir em frente, mas quê é diferente da taxação dessas big techs. São propósitos e caminhos distintos.[...]
BRASIL. Ministério das Comunicações. As big techs e a oportunidade de levar internet aos mais pobres. Gov.br, 26 mar. 2024. Disponível em: https://livro.pw/uqagz.
Acesso em: 23 set. 2024.
Atividades – p. 15
2. a) Espera-se quê os estudantes concluam quê big techs, como gúgou, Apple, Microsoft, Amazon e Meta, estão profundamente presentes no cotidiano deles, influenciando desde a forma como estudam e se comunicam até a maneira como consumem produtos e entretenimento.
2. b) Espera-se quê os estudantes mencionem quê essas empresas inovam ao facilitar o acesso à informação, otimizar o trabalho com ferramentas tecnológicas e criar dispositivos quê intégram várias funções em um só lugar. No entanto, essa inovação também levanta kestões sobre a privacidade dos usuários e o contrôle quê essas empresas exercem sobre dados e hábitos de consumo.
P. 16 e 17
Ao desenvolver o conteúdo sobre algoritmo, converse com os estudantes sobre as implicações dessa tecnologia, considerando os benefícios quê ela proporciona e as problemáticas levantadas. Esse conteúdo permite uma abordagem com o TCT Ciência e tecnologia e mobiliza conhecimentos da área de Matemática e suas Tecnologias. Converse com o professor dêêsse componente para aprofundar o estudo sobre o uso dessa tecnologia e seu funcionamento. Aproveite para orientar os estudantes a acessar o Infográfico clicável Pensamento computacional: solucionar situações para conhecer mais sobre o tema.
Atividades – p. 17
As atividades dessa página ajudam a mobilizar as habilidades EM13CHS202, EM13CHS604, EM13LGG702 e EM13LGG303.
a) Espera-se quê os estudantes percêbam quê, ao restringir o acesso a conteúdos diferentes, os algoritmos
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podem limitar a navegação, mantendo os usuários em uma “bolha de filtro” baseada em interesses prévios.
b) Espera-se quê os estudantes reconheçam quê o big data e os algoritmos podem cercear a liberdade, criando uma “cerca invisível de arame farpado”, quê limita a diversidade de informações e de pontos de vista acessíveis.
Em ação – p. 18
Nesta seção Em ação, os estudantes desenvolverão o protagonismo e utilizarão tecnologias digitais d fórma crítica, explorando o tema das big techs no mundo por meio de uma produção audiovisual baseada em uma pesquisa e na leitura de um texto.
A habilidade principal a sêr trabalhada nesse contexto é a EM13CHS604. No entanto, serão mobilizadas habilidades de diferentes áreas do conhecimento, como a EM13CNT302, já quê os estudantes vão comunicar os resultados de suas pesquisas e elaborar textos. A EM13LGG701 também será utilizada, pois os estudantes farão uso de tecnologias digitais na produção audiovisual. A habilidade EM13LGG703 será desenvolvida por meio do uso de ferramentas digitais em processos de construção coletiva. Além díssu, a EM13LGG704 será trabalhada quando os estudantes realizarem pesquisas complementares sobre o tema. Aproveite essa oportunidade para incluir também a habilidade EM13LGG303: incentive os grupos a debater kestões polêmicas relacionadas à influência das big techs no mundo, com o objetivo de construir argumentos para sustentar posições em suas produções.
Se os estudantes encontrarem dificuldades, ôfereça suporte orientando-os a realizar a pesquisa. Antecipe-se e selecione textos de fontes confiáveis para apresentar como opções de pesquisa. Além díssu, ajude-os a planejar o roteiro do vídeo, garantindo quê ele seja coeso e organizado d fórma linear. Explique a importânssia de, antes da gravação, promoverem uma discussão para definir os principais pontos a serem abordados. Incentive-os a redigir um texto para as falas e a ensaiar a apresentação. Dessa maneira, caso o roteiro apresente falhas, será possível realizar ajustes e melhorar a qualidade da produção.
Para enriquecer essa proposta, oriente os estudantes a pensar em diferentes formatos para a apresentação audiovisual. Explique, por exemplo, quê o formato escolhido póde sêr de um programa de televisão ou um vídeo para rêdes sociais. Por exemplo: uma videoaula, a simulação de um telejornal ou de um programa de debate, entre outras escôlhas possíveis. Para tanto, durante a elaboração do roteiro, eles devem pensar nas falas de cada personagem e elaborar uma apresentação para o programa ou canal, além de criar um cenário com elemêntos adequados ao formato escolhido.
Aproveite o compartilhamento das produções para realizar uma conversa com a turma buscando sistematizar o quê foi estudado ao longo desta etapa. Os objetivos serão responder à questão problematizadora inicial, avaliar o processo de aprendizagem e mapear as dificuldades da turma.
Etapa 2 O trabalho na ssossiedade informacional – p. 20
Como as tecnologias transformam o mundo do trabalho?
Se considerar apropriado, comece revisitando conhecimentos básicos sobre as transformações no mundo do trabalho. Procure contextualizar o assunto aproximando-o da realidade da turma. Pergunte aos estudantes o quê eles sabem sobre o impacto das tecnologias no mercado de trabalho, discutindo, por exemplo, o desaparecimento de algumas funções e o surgimento de outras. Pergunte à turma qual é a experiência de familiares e conhecidos: pergunte se alguém perdeu o emprego pelo desaparecimento de uma profissão ou, ao contrário, exerce alguma profissão muito recente, quê não existia antes. Utilize a imagem de abertura como ponto de partida para problematizar temas como a automação industrial, incentivando uma reflekção crítica sobre suas consequências no contexto atual.
Realize a leitura do texto para dar sequência ao desenvolvimento desta etapa. Além de possibilitar o desenvolvimento dos TCT e das habilidades citadas anteriormente, a proposta permite o trabalho com a EM13CNT308, relacionada aos impactos das tecnologias e da automação no mundo contemporâneo. Explore os impactos dos processos citados no mercado de trabalho, sobretudo suas consequências, como o desemprego tecnológico e a criação de novas funções, desenvolvendo aspectos da EM13CHS401 e da EM13CHS403.
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Articule esse tema também ao boxe Saiba mais sobre inteligência artificial (IA) e explore com os estudantes o desemprego tecnológico provocado especificamente pela automação relacionada à inteligência artificial, lendo o fragmento de notícia a seguir.
[...] Pesquisa recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Banco Mundial, denominada A IA Generativa e os empregos na América Látína e no Caribe: a brecha digital é um amortecedor ou um gargalo?, revela dados alarmantes e promissores, na região, sobre o impacto da Inteligência Artificial Generativa (IAGen) no mercado de trabalho. Nesse processo, as relações entre empresas e empregados também devem mudar.
No Brasil, uma parcela significativa dos empregos potencialmente influenciada por essa tecnologia e, conforme estimativas da OIT, 37% do trabalho em território nacional podem sêr afetados pela IA, o quê equivale a cerca de 37 milhões de brasileiros. Esse é um dos percentuais mais elevados na região, mas abaixo da média global, de 43%.
Contudo, a maioria dêêsses empregos não será totalmente automatizada, mas a tecnologia tende a aumentar e transformar as funções existentes, informou o levantamento. De 8% a 14% dos empregos no país poderiam registrar aumento na produtividade graças à IAGen, enquanto apenas entre 2% e 5% enfrentam o risco de automação completa.
A pesquisa da OIT ainda destaca quê mulheres, trabalhadores urbanos, jovens e qualificados nos setores formais são os mais vulneráveis à automação pela IAGen. Isso póde agravar as desigualdades econômicas e a informalidade no Brasil, um país já marcado por profundas disparidades sociais. [...]
PEDRO, José. Uso da IA avança cada vez mais no mercado de trabalho. Correio Braziliense. Disponível em: https://livro.pw/mciam. Acesso em: 24 set. 2024.
Atividades – p. 22
Resposta pessoal, mas espera-se quê os estudantes reconheçam quê o avanço da IA póde automatizar muitas funções desempenhadas por sêres humanos, tornando algumas profissões obsoletas. No entanto, a IA provavelmente não tornará os humanos completamente obsoletos, pois ainda há habilidades, como criatividade, empatia e pensamento crítico, quê são difíceis de replicar por máquinas. A IA deve sêr vista como uma ferramenta quê póde complementar o trabalho humano, criando novas oportunidades, ao mesmo tempo quê desafia muitos setores a se adaptarem.
Mundo do trabalho – p. 23
Trabalho, ciência e tecnologia
O estudo desta seção alinha os TCT Trabalho e Ciência e tecnologia por meio de uma análise sobre as transformações provocadas pêlos avanços tecnológicos no mundo do trabalho. Ao expor algumas das relações entre as transformações técnicas e tecnológicas com o mundo do trabalho na atualidade, essa seção permite um olhar abrangente sobre o tema, auxiliando no desenvolvimento das habilidades EM13CHS202, EM13CHS401 e EM13CHS403.
c) Espera-se quê os estudantes percêbam quê a profissão de cientista de dados está valorizada devido à crescente demanda pela análise de grandes volumes de dados e sua importânssia para decisões estratégicas.
d) Espera-se quê os estudantes analisem se as profissões ligadas à ciência de dados se alinham ao seu projeto de vida, considerando o potencial de crescimento e as oportunidades da área.
P. 24 e 25
Dê continuidade ao estudo desta etapa com a leitura do texto do tópico. Nesse momento, os conteúdos continuam a abordar o TCT Trabalho, mobilizando habilidades da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas relacionadas ao mundo do trabalho e à competência específica 4 e, em especial, às habilidades EM13CHS401, EM13CHS403 e EM13CHS404. Além díssu, o tema permite uma conexão com o TCT Direitos humanos, ao tratar de kestões polêmicas envolvendo direitos trabalhistas no contexto da precarização e da uberização do trabalho, por exemplo.
Aproveite o momento para promover um debate com a turma utilizando a charge de Tono D’Agostinho como ponto de partida. O assunto mobiliza as habilidades EM13LGG303 e EM13CHS605. Nesse debate, explore as vantagens e desvantagens da economia colaborativa. Por um lado, essa economia oferece fácil acesso ao mercado de trabalho, permitindo quê pessoas desempregadas ou em busca de renda atuem d fórma independente. Por outro lado, esse modelo tem sido criticado especialmente pelas precárias condições
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a quê estão expostos esses trabalhadores, como a ausência de garantias trabalhistas e longas jornadas de trabalho.
Atividades – p. 25
As atividades permitem mobilizar as habilidades EM13CHS401, EM13CHS403 e EM13CHS404. Para isso, os estudantes devem analisar as transformações no mercado de trabalho decorrentes do fenômeno da plataformização, com foco na polarização do trabalho e nas consequências dêêsse processo para aqueles quê ingressam no mercado. Eles devem refletir sobre como a plataformização impacta as relações de trabalho, especialmente no quê diz respeito à precarização à e flexibilização das condições de trabalho e à ausência de qualquer direito, gerando insegurança para os trabalhadores.
Em ação – p. 26
A produção escolhida para concluir a Etapa 2 é um e-zine sobre a Quarta Revolução Industrial. Com essa atividade, espera-se quê os estudantes mobilizem as habilidades relacionadas a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e os TCT Trabalho e Ciência e tecnologia.
Inicie a proposta com a leitura da introdução, quê apresenta aos estudantes informações sobre fanzines e e-zines. No Passo 1, retome os conhecimentos prévios dos estudantes sobre esse tipo de publicação. Se achar relevante, selecione préviamente exemplos de e-zines para mostrar à turma ou ajude os estudantes a pesquisar na internet com ferramentas de busca. Conclua com a leitura do texto e a análise das charges sobre o emprego na Quarta Revolução Industrial.
Dica!
• Para conhecer mais sobre e-zine, acéçi: https://livro.pw/vfhvh. Acesso em: 27 out. 2024.
No Passo 2, proponha aos estudantes uma pesquisa adicional na internet para enriquecer o conteúdo do e-zine. Caso encontrem dificuldades, promôva uma roda de conversa com a turma sobre os possíveis recursos de um e-zine e como eles podem sêr usados para abordar o tema.
No Passo 3, explore antecipadamente as opções de softwares adequados para a criação do e-zine e assegure quê os estudantes compreendam como utilizá-los. Se necessário, faça uma demonstração prática ou recomende tutoriais e vídeos educativos disponíveis na internet quê ensinam, passo a passo, como montar um e-zine.
Dica!
• Entre os softwares de edição em licença copyleft, é possível acessar: https://livro.pw/fasih. Acesso em: 27 ou. 2024.
No Passo 4, para o compartilhamento dos resultados, aproveite para divulgar na comunidade escolar o e-zine produzido pêlos estudantes. promôva também um debate para responder à quêstão problematizadora que guiou o percurso.
Etapa 3 Adaptação à ssossiedade informacional – p. 28
Quais são os principais desafios da era da informação?
O estudo desta etapa complementa os conteúdos abordados anteriormente, mas se concentra em especial nas exigências impostas aos indivíduos na ssossiedade da informação, levando em conta as transformações na ssossiedade e no mundo do trabalho. Inicie sugerindo quê os estudantes listem as competências e as habilidades quê os indivíduos precisam desenvolver na ssossiedade informacional, promovendo um levantamento de hipóteses. Ao final, retome essas expectativas para avaliar o aprendizado.
P. 28 e 29
Comece o tema com a leitura do texto A divisão digital e leia os próximos. Pergunte se na família dos estudantes existem pessoas quê apresentam dificuldades para acessar a internet ou utilizar ferramentas digitais, incentivando-os a refletir sobre o impacto quê essa exclusão gera, principalmente entre os mais velhos.
Aproveite para orientar os estudantes a acessar o Mapa clicável Mundo: acesso à internet – 2021 para conhecer mais sobre o tema.
Essa abordagem permite consolidar o aprendizado de várias habilidades, com destaque para a habilidade EM13CHS401, trabalhada na análise das desigualdades geradas pelas transformações tecnológicas e no questionamento sobre exclusão digital. A habilidade EM13CHS202 póde sêr desenvolvida ao explorar como o acesso à internet e às tecnologias digitais
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impacta as dinâmicas sociais em diferentes regiões, considerando as desigualdades existentes. Já a habilidade EM13CHS402 póde sêr ativada por meio da comparação de indicadores globais de acesso à internet, promovendo a análise de mapas.
Essa proposta também dialoga com os TCT Trabalho, Ciência e tecnologia e Direitos humanos, enriquecendo a discussão sobre as mudanças sociais e tecnológicas.
Atividades – p. 30
As atividades propostas possibilitam o desenvolvimento da habilidade EM13CHS605, pois incentivam os estudantes a fazer uma análise de situações quê violam os direitos humanos, fundamentando críticas sobre as desigualdades no acesso às tecnologias digitais em escala global. Aproveite essa oportunidade para dar ênfase à habilidade EM13LGG303, promovendo um debate quê explore as kestões problematizadas, incentivando a reflekção crítica e a argumentação coerente sobre o tema.
1. A charge problematiza a desigualdade no acesso à internet no mundo e a inclusão digital, identificando uma parcela da ssossiedade quê se encontra à margem das tecnologias digitais.
P. 31 a 33
Dando continuidade ao percurso desta etapa, analise com os estudantes o infográfico quê apresenta as desigualdades de acesso à internet no Brasil. Em seguida, leia o texto com a turma, explorando as exigências da ssossiedade da informação relacionadas à formação profissional dos indivíduos. Além de promover o desenvolvimento das habilidades mencionadas anteriormente, essa proposta se conecta diretamente às habilidades EM13CHS403 e EM13CHS404. Para aprofundar o assunto, incentive os estudantes a analisar como os avanços tecnológicos impactam e transformam as demandas do mercado de trabalho, exigindo dos jovens o desenvolvimento de novas habilidades e competências para quê possam se adaptar a esse cenário em constante mudança.
Atividades – p. 33
O desenvolvimento dessas atividades mobiliza diretamente as habilidades EM13CHS403 e EM13CHS404. Caso os estudantes enfrentem dificuldades, revisite os principais pontos abordados nesta etapa ou peça a eles quê realizem uma pesquisa complementar sobre o tema para aprofundar a compreensão. Isso ajudará a consolidar o entendimento e promover uma análise mais completa.
Em ação – p. 34
O objetivo desta seção é a produção de textos curtos voltados para rêdes sociais, um formato comumente utilizado na ssossiedade da informação e familiar aos estudantes. Para isso, eles devem desenvolver habilidades de leitura por meio de dois textos selecionados, seguidos por debates em grupo para levantar hipóteses e sugerir soluções para os problemas apresentados. Com base nessas discussões, eles vão produzir textos curtos para compartilhamento ôn láini. Os temas abordados, como fêik news e exclusão digital, são trabalhados com foco na identificação de ações quê o pôdêr público póde adotar para combater esses problemas, atendendo à habilidade EM13CHS202. Além díssu, o tema dialoga com o TCT Direitos humanos.
Para iniciar, leia com a turma o texto introdutório da seção, definindo os objetivos da atividade. No Passo 1, trabalhe a leitura compartilhada dos textos em voz alta, seguida de uma breve discussão sobre os temas apresentados, recuperando também conhecimentos prévios dos estudantes.
No Passo 2, incentive o debate com base na habilidade EM13LGG303. Se necessário, auxilie os grupos, fornecendo exemplos relacionados à regulação das mídias sociais e à formulação de políticas públicas para a inclusão digital.
No Passo 3, mostre na lousa, com um exemplo, como sintetizar um argumento em até 280 caracteres para publicação em rêdes sociais. Use temas já abordados, como as big techs e a Quarta Revolução Industrial, reforçando a importânssia de uma síntese clara e objetiva. Tire as dúvidas antes de iniciar a produção dos textos.
Ainda no Passo 3, promôva um momento de compartilhamento dos textos nas rêdes sociais da escola e uma discussão sobre as produções da turma. Além díssu, promôva uma reflekção conjunta sobre a questão problematizadora levantada no início da etapa. Caso ache relevante, incentive a construção de um mapa mental dos conteúdos estudados como resposta alternativa.
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Etapa final Podcast:
ssossiedade e trabalho na era da informação – p. 36
Antes de iniciar a produção, é importante retomar com os estudantes o quê eles já conhecem sobre podcasts. Para distribuir os temas entre os grupos e evitar repetições, póde sêr interessante elaborar uma lista de temas préviamente e realizar um sorteio. Na etapa de pesquisa (Passo 2), trabalhe com os estudantes o uso de ferramentas de busca na internet, ajudando-os, sempre quê for necessário, a encontrar materiais confiáveis e pertinentes para os temas quê escolheram. Ao definir o formato do podcast (Passo 3), aproveite para sugerir diferentes modelos, como o estilo de programa de rádio, quê póde incluir quadros e até mesmo música. No entanto, enfatize a importânssia de escolher formatos quê permítam a participação ativa de todos os integrantes do grupo (Passo 4).
Durante a criação do roteiro (Passo 5), converse brevemente com os grupos sobre o tema e o formato escolhidos, garantindo quê o desenvolvimento do roteiro será viável e oferecendo dicas para auxiliar na produção. Para as etapas de gravação e edição (Passos 6 e 7), familiarize-se préviamente com os melhores aplicativos para esses fins, assegurando quê sêjam fáceis de usar e adequados para o nível dos estudantes.
Como atividade complementar, incentive a turma a criar uma abertura coletiva para o podcast, mencionando quantos episódios serão produzidos e seus respectivos temas. No momento de compartilhar os resultados (Passo 8), promôva um espaço para quê os estudantes comentem o quê acharam dos episódios produzidos pêlos côlégas. Envolva também a comunidade escolar nesse debate, incentivando outros professores e estudantes a oferecer fídi-béqui e a discutir os temas abordados nos podcasts.
Finalizada a atividade da seção, aproveite para retomar a questão norteadora do projeto e debatê-la em uma roda de conversa.
Autoavaliação – p. 39
Incentive uma reflekção crítica sobre o envolvimento individual e coletivo de cada estudante no Projeto Integrador, para trabalhar a proposta de autoavaliação. ôriênti os estudantes a responder às kestões com sinceridade, promovendo um ambiente sem julgamentos e seguro para a autorreflexão. Incentive-os a argumentar e a justificar cada resposta, sobretudo nas kestões quê envolvem a atribuição de notas. É importante quê eles considerem a comparação das respostas como uma oportunidade de troca de percepções e diálogo com os côlégas, pois esse procedimento possibilita a identificação de pontos divergentes e convergentes nas autoavaliações.
Projeto 2 Como promover um consumo consciente? – p. 40
Introdução
O tema central dêste projeto, consumo consciente, desenvolve-se em uma perspectiva multidisciplinar quê explora as intersecções entre o mundo do trabalho, a produção, o consumo e o meio ambiente. Para trilhar esse caminho, são propostas kestões quê, relacionadas ao cotidiano dos estudantes, convida-os a refletir sobre os próprios hábitos de consumo. Essas reflekções dão origem às sugestões de aprendizagem, quê buscam enfatizar as conexões entre as práticas individuais e as transformações econômicas, sociais, culturais e ecológicas quê influenciam as ações cotidianas dos estudantes. Dentro ainda dessa perspectiva e apoiados nos processos de aprendizagem construídos ao longo do projeto, os produtos parciais de cada etapa e o produto final propõem práticas quê contribuem, de modo efetivo, para enfrentar os desafios do hiperconsumo e da crise ambiental.
Objetivos
O projeto tem como objetivo possibilitar quê os estudantes analisem as transformações econômicas, culturais e sociais decorrentes da difusão do consumo de massa. Assim, o projeto contribui para quê eles reflitam sobre os impactos sócio-ambientais causados pelo consumo massivo e possam identificar práticas de consumo sustentável quê podem sêr incorporadas ao cotidiano. Dessa forma, espera-se quê os estudantes pratiquem a tomada de consciência sobre a responsabilidade compartilhada entre consumidores e produtores na construção de uma ssossiedade sustentável.
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Justificativa do projeto
O consumo ocupa papel central na ssossiedade contemporânea, em razão das próprias características do sistema socioeconômico vigente na maior parte das nações do mundo, o sistema capitalista. Tendo a temática do consumo como ponto de partida, êste projeto explora algumas das kestões mais relevantes de nossa época, propondo reflekções sobre as transformações socioeconômicas e culturais associadas ao surgimento do consumo de massa e seus desdobramentos na atualidade. Entender esse cenário é caminho essencial para compreender as interações entre consumo, produção, trabalho e crise climática, como propôsto no projeto.
Além de oferecer ferramentas e subsídios para quê os estudantes desenvolvam uma análise cientificamente fundamentada dos desafios contemporâneos, o projeto sugere caminhos de ação para enfrentar esses problemas. Assim, as propostas dêste projeto contribuem para a formação de cidadãos não apenas capazes de identificar as causas e as consequências das crises quê atravessamos, mas sobretudo capazes de encontrar formas de agir diante dessas principais kestões do mundo atual.
Produto final
Como produto final, depois quê tiverem participado de diversas atividades quê promóvem reflekções sobre o consumismo, o mundo do trabalho e o meio ambiente, os estudantes vão partir para a ação, organizando uma feira de trocas na comunidade escolar.
Síntese do projeto
Temas Contemporâneos Transversais (TCT)
No macrocampo Economia, êste projeto aborda o TCT Trabalho ao propor kestões sobre as transformações contemporâneas no mundo do trabalho. Na macroárea Meio Ambiente, comtempla os temas de Educação ambiental e Educação para o consumo, com destaque para a relação entre consumo e meio ambiente, além de incentivar reflekções e práticas quê exploram as conexões entre esses temas. O TCT Saúde é abordado na medida em quê são discutidas as relações entre saúde e trabalho, enquanto o TCT Cidadania e civismo permeia todo o projeto, principalmente ao incentivar práticas ambientalmente responsáveis, quê promóvem o bem-estar coletivo.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Ônu, êste projeto contempla seis ODS. O ODS Saúde e bem-estar (3) está presente nas discussões sobre as inter-relações entre consumo, produção de resíduos e condições de trabalho insalubres. O ODS Trabalho decente e crescimento econômico (8) é abordado ao tratar da precarização, mecanização e automação do trabalho. Já os ODS Indústria, inovação e infraestrutura (9) e Consumo e produção responsáveis (12) são explorados por meio de reflekções sobre práticas de produção e consumo sustentáveis. Por fim, o ODS Cidades e comunidades sustentáveis (11) é trabalhado nas discussões sobre descarte e processamento de resíduos sólidos.
Professor indicado para liderar o projeto
Geografia com o auxílio do professor de Biologia.
O trabalho com as competências e as habilidades da BNCC
Consulte a BNCC para descrição das competências e habilidades mobilizadas neste projeto. Disponível em: https://livro.pw/cjlob. Acesso em: 17 out. 2024.
Competências gerais da Educação Básica |
1, 2, 7, 9, 10 |
---|---|
Competências específicas da área de conhecimento |
1, 3, 4 |
Habilidades da área de conhecimento |
EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS301, EM13CHS303, EM13CHS304, EM13CHS306, EM13CHS401, EM13CHS403, EM13CHS404 |
Competências específicas de outras áreas |
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: 3 |
Habilidades de outras áreas |
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: EM13CNT309, EM13CNT310 |
êste projeto está em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mobilizando diversas competências gerais e específicas, bem como
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habilidades previstas por ela. Ao propor investigações baseadas no conhecimento científico sobre consumo de massa, transformações no mundo do trabalho e impactos sócio-ambientais associados à produção, ao uso e ao descarte de bens materiais, o projeto desen vólve as competências gerais 1, 2, 7, 9 e 10. De maneira geral, essas competências envolvem a valorização do conhecimento, o estímulo à curiosidade e a argumentação fundamentada em fatos e princípios dos direitos humanos, além de promover o exercício da empatia, do diálogo e da ação responsável, ética e sustentável por parte dos estudantes.
Na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, o projeto trabalha três competências específicas e nove habilidades. Na medida em quê propõe uma análise de processos socioeconômicos, culturais e sócio-ambientais envolvidos no consumo de massa, trabalha-se com a competência 1 e as habilidades EM13CHS102 e EM13CHS103 dessa área do conhecimento. Considerando o enfoque e as kestões sócio-ambientais levantadas pelo projeto, são desenvolvidas a competência 3 e as habilidades EM13CHS301, EM13CHS303, EM13CHS304 e EM13CHS306, quê tratam, em suma, da análise crítica das relações entre ssossiedade e natureza e apontam para horizontes ambientalmente responsáveis.
Na área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, o projeto desen vólve a competência 3 e as habilidades EM13CNT309 e EM13CNT310, pois desdobra kestões sócio-ambientais e propõe soluções para demandas, tanto locais quanto de maior abrangência.
Recomenda-se consultar a BNCC em cada qüadro de conteúdo durante a abertura do projeto, assegurando quê os objetivos e as competências estejam de acôr-do com as diretrizes educacionais. Isso ajudará a garantir uma abordagem integrada, alinhada às habilidades e aos conhecimentos previstos para o nível de ensino.
Cronograma
A proposta é quê êste projeto seja dividido em três etapas, mais a apresentação e a avaliação, totalizando 16 aulas. A seguir, é sugerida a quantidade de aulas destinadas a cada uma das etapas para quê o projeto seja trabalhado ao longo de um semestre.
Entretanto, a depender de sua realidade escolar, o projeto póde ter outra duração; ele póde, por exemplo, sêr trabalhado ao longo de um bimestre ou de um trimestre. Para isso, basta rever o total de aulas destinadas ao projeto por semana.
Número de aulas |
Desenvolvimento |
|
---|---|---|
Etapa 1 |
3 |
Aula 1: Introdução da temática (abertura) e das características do projeto. Aula 2: Leitura do texto sobre a difusão do american way ÓF láif e do texto sobre precarização e automatização do trabalho. Resolução das atividades referentes a essas leituras. Aula 3: Leitura do texto sobre desigualdade socioeconômica e consumo. Realização da atividade e da pesquisa proposta na seção Em ação. |
Etapa 2 |
4 |
Aula 4: Leitura dos textos sobre uso dos recursos minerais e sobre obsolescência programada. Resolução das atividades. Aula 5: Leitura dos textos sobre descarte e destinação dos resíduos sólidos e sobre o lixo nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento. Resolução das atividades. Aula 6: Passos 1 a 4 da seção Em ação. Aula 7: Passos 5 a 8 da seção Em ação. |
Etapa 3 |
4 |
Aula 8: Leitura dos textos sobre transformação de hábitos para preservar o planêta e sobre o consumidor consciente. Resolução das atividades. Aula 9: Leitura da seção Mundo do trabalho e do texto sobre modelos econômicos sustentáveis. Resolução das atividades. Aula 10: Trabalho de pesquisa (Passo 1) na seção Em ação. Aula 11: Análise do relatório e proposta de implementação (Passos 2 e 3). |
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Número de aulas |
Desenvolvimento |
|
---|---|---|
Etapa final |
5 |
Aula 12: Planejamento da feira: para essa proposta, o Passo 1 será desdobrado em três aulas. Aula 13: Formação das comissões e divisão de tarefas. Aula 14: Preparação da feira. Aula 15: Realização da feira e desmontagem da feira (Passos 2 e 3). Aula 16: Avaliação da feira e momento da autoavaliação. |
Orientações didáticas
Abertura e Ficha de estudo
Para iniciar o projeto, proponha aos estudantes quê analisem a imagem de abertura e comentem suas impressões. Se necessário, a discussão póde sêr incentivada com perguntas como: O quê vocês veem na imagem Em quanto tempo o quê consumimos vira lixo?, permitindo quê se expressem com liberdade e respeito. Aproveite os comentários da turma para introduzir os principais temas do projeto. Conecte a discussão à realidade dos estudantes, utilizando as kestões do texto de abertura para avançar nas reflekções sobre as kestões sócio-ambientais, econômicas e culturais, assuntos abordados nas próximas etapas.
Finalize essa introdução revisando com os estudantes os dados da Ficha de estudo, ressaltando o percurso do projeto. Leia com eles a descrição de cada etapa e certifique-se de quê entenderam os temas e os produtos quê vão desenvolver. Converse sobre as iniciativas ambientalmente sustentáveis quê eles já conhecem e os produtos quê serão elaborados ao longo do projeto.
Etapa 1 Produção, mundo do trabalho e consumo – p. 44
De onde vêm e para onde vai a ssossiedade do consumo?
Para dar início à primeira etapa, convide a turma a observar a imagem quê aparece nesse primeiro tópico, conectando-a às experiências pessoais de cada estudante. Pergunte se algum deles já participou ou conhece alguém quê passou por uma situação similar de consumo em massa. Caso considere útil, peça a opinião deles sobre situações como a da imagem, com perguntas como: Vocês acham quê vale a pena enfrentar uma multidão para aproveitar uma promoção?
Explique a eles quê, para o sociólogo Zygmunt Bauman, a ssossiedade de consumo é caracterizada pela transformação do consumidor em mercadoria. Essa dinâmica é reforçada pelo desejo de ostentação nas rêdes sociais e de possuir bens quê evoquem a ideia de pertencimento.
Ao abordar o american way ÓF láif, use com a turma a técnica do brainstorming, ou tempestade de ideias. escrêeva o termo no centro da lousa e peça aos estudantes quê associem livremente ideias quê remetam a essa expressão. Utilize essas ideias como ponto de partida para explicar o contexto histórico e a difusão dêêsse estilo de vida, destacando o papel da indústria cultural e da publicidade na disseminação dêêsse ideal de vida estadunidense.
Exemplifique com produtos culturais, como cinema e séries, quê ajudam a propagar esse estilo de vida, mesmo sem publicidade explícita. Traga exemplos próximos à realidade dos estudantes, como roupas ou acessórios usados por personagens de séries americanas e quê influenciam o consumo no Brasil. Caso você não conheça exemplos, os próprios estudantes podem fornecer exemplos relevantes.
Proposta de ampliação
Para diferenciar “consumo”, “consumismo” e “hiperconsumo”, crie uma tabéla na lousa com três colunas. Peça aos estudantes quê descrevam as características de cada conceito, sempre incentivando-os a se expressarem livremente, buscando com isso estimular a associação de ideias e a reflekção. Dadas as contribuições da turma, apresente as definições d fórma mais detalhada, enfatizando quê o consumo é a satisfação de necessidades, enquanto o consumismo é um ato impulsivo e irrefletido.
O conceito de hiperconsumo, desenvolvido pelo filósofo Gilles Lipovetsky, refere-se às formas de consumo predominantes na ssossiedade atual. Ele está intimamente ligado à ideia de quê bem-estar e felicidade estão associados ao ato de consumir, tornando o consumo um componente essencial da subjetividade contemporânea. Embora se aproxime da noção de consumismo, o hiperconsumo, segundo Lipovetsky, não foca tanto em distinguir entre consumo “normal”
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e “patológico”, mas sim em uma crítica à forma como o sistema econômico molda a subjetividade do consumidor e influencía as emoções das pessoas.
Atividades – p. 46
Peça aos estudantes quê deem exemplos de propagandas veiculadas em diferentes meios de comunicação e quê transmitam a ideia de felicidade associada a um produto.
Proposta de ampliação
Para explorar esse tema com os estudantes, incentive-os a compartilhar experiências de publicidade personalizada recebida pela internet. Esse tipo de segmentação publicitária, baseado nos dados de navegação, está diretamente relacionado ao hiperconsumo, pois reflete o processo de individuação. Em outras palavras, o ato de consumir tornou-se uma maneira de nos sentirmos únicos e diferentes dos outros.
P. 46 e 47
Para abordar os temas da precarização e da automatização do trabalho, em conexão com a discussão sobre a ssossiedade de consumo, utilize o texto do início da página 47 como um recurso para integrar os conteúdos ao cotidiano dos estudantes. Trabalhe d fórma equilibrada as mudanças no mundo do trabalho decorrentes da produção em massa, destacando tanto os efeitos negativos, como a precarização e o desemprego, quanto as novas oportunidades quê surgem com essas transformações, como as carreiras e habilidades quê tendem a sêr mais valorizadas no futuro.
Atividades – p. 48
c) Competências como pensamento analítico e criatividade são valorizadas no mercado de trabalho atual porque, no contexto atual, de automação e precarização, as tarefas repetitivas são cada vez mais realizadas por máquinas, enquanto as habilidades humanas quê envolvem inovação, resolução de problemas e adaptação tornam-se essenciais. Essas competências permitem quê os profissionais enfrentem desafios compléksos, encontrem soluções inovadoras e contribuam para a competitividade das empresas, especialmente em um cenário global dinâmico e em constante mudança.
P. 49
Ao inserir a variável da desigualdade na análise das dinâmicas de consumo, os estudantes podem compreender quê, apesar da ampla difusão do estilo de vida americano, muitas pessoas ao redor do mundo não têm condições econômicas para adotar esse padrão de consumo. Orientá-los para essa realidade amplia o entendimento das disparidades socioeconômicas e de seus impactos no acesso ao consumo global. Além díssu, ao destacar os limites ambientais dêêsse modelo de consumo, enfatize a importânssia de discutir a relação entre consumo e sustentabilidade ambiental, um dos pontos centrais do projeto. Essa abordagem ajuda os estudantes a entender quê, embora o consumo seja impulsionado como motor econômico e cultural, ele traz consequências ambientais significativas quê devem sêr analisadas d fórma crítica.
Atividades – p. 49
Aproveite a atividade para apontar à turma a necessidade de compreender as complexidades das relações de produção. Proponha aos estudantes quê analisem, por exemplo, quê efeitos teria para um município o aumento do pôdêr de consumo de uma parcela da população quê era excluída.
Em ação – p. 50
Para trabalhar esta seção, converse sobre os hábitos de consumo da turma, promovendo a autorreflexão e uma discussão aberta. Antes de iniciar o teste dessa seção, enfatize o fato de quê esse é um instrumento unicamente destinado à reflekção sobre hábitos de consumo, portanto, não tem o objetivo de diagnosticar ou categorizar o comportamento dos estudantes.
Para evitar a identificação e a exposição dos estudantes, colete os resultados de cada um e construa uma tabéla na lousa d fórma quê seja possível exibi-los de maneira anônima. Para calcular a média, oriente os estudantes a utilizar a seguinte fórmula: MA = (x_1+x_2+x_3…x_n)/n. Se possível, o professor de Matemática deve conduzir esse passo.
O teste é uma adaptação de escala publicada em: LUIZ, Gilberto Venâncio; SILVA, Neuza Maria da. Escala de comportamento de compra: desenvolvimento e validação de um instrumento de medida. Oikos: Revista Brasileira de Economia Doméstica, Viçosa, v. 28, n. 1, p. 180-200, 2017. Disponível em: https://livro.pw/cjzdn. Acesso em: 19 ago. 2024.
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Depois da aplicação do teste, os estudantes devem calcular suas pontuações e a média da turma para comparar os resultados. Relacione esses dados com o conceito de consumismo, incentivado uma análise crítica sobre como fatores sociais, emocionais e culturais influenciam as decisões de compra. A discussão deve sêr guiada pela pergunta “De onde vêm e para onde vai a ssossiedade do consumo?”, conectando os comportamentos pessoais ao contexto social.
Etapa 2 O ciclo de produção – p. 52
Para onde vai o quê consumimos?
Para conectar as etapas do projeto, inicie com uma atividade visual, utilizando a imagem do início da Etapa 2. Os estudantes devem observar e discutir o tipo de atividade retratado na fotografia (mineração). Questione a relação entre os hábitos de consumo e a destruição ambiental gerada pela mineração, destacando quê muitos componentes eletrônicos dependem de matérias-primas mineradas.
Na sequência, aborde a transição dos motores a combustão para motores elétricos, discutindo os benefícios na redução de emissões de gases e os impactos ambientais da extração de lítio utilizado nas baterias. Essa discussão póde sêr aprofundada com a introdução do conceito de obsolescência programada, em quê os estudantes podem refletir sobre seus celulares e o tempo quê consideram adequado para substituí-los.
Essa abordagem ajuda os estudantes a fazer a relação entre consumo, meio ambiente e práticas econômicas, estimulando uma análise crítica sobre o impacto das escôlhas de consumo e a longevidade dos produtos quê utilizam.
Proposta de ampliação
Para aprofundar o assunto, trabalhe com os estudantes o trecho sugerido a seguir.
Em meados do século XX, cunhou-se uma prática mercadológica com a finalidade de assegurar a venda constante de produtos no mercado de consumo. Essa ideia mercadológica – mais tarde nomeada Obsolescência Programada ou Planejada – se apresentou como resposta ao mercado quê, à época, encontrava-se saturado de produtos duráveis, o quê dificultava o giro de capital burguês.
O marco histórico quê consolidou o hábito dessa prática foi o desenvolvimento de lâmpadas de filamento com vida útil reduzida propositalmente (2.500 para 1.000 horas) por empresas globais. Estas eram conhecidas pela formação do primeiro cartel mundial (Phoebus Cartel) – formado pela alemã, Osram, a Philips – dos países baixos –, a francesa Companie des Lampes e a estadunidense General elétric –, o qual dominava a produção de lâmpadas.
Ou seja, as novas lâmpadas desenvolvidas eram menos brilhantes, duravam menos e possuíam menor qualidade, mas vendiam mais pela necessidade de substituição em menos tempo quê as anteriores.
Em 1933, a teoria da obsolescência programada ganhou notoriedade através dos escritos do economista Bernár London (livro: The niu Prosperity), numa visão romantizada, a qual rapidamente foi assimilada pelo mercado mundial, sobretudo, o estadunidense quê atravessa a grande crise econômica de 1929.
Nos embalos dos anos, a ideia foi se personalizando aos diversos nichos consumeristas, nos quais bens em perfeito estado – e quê ainda serviam ao fim ao qual se destinam – são substituídos por outros novos, pura e simplesmente porque são novos, e o novo, sôbi essa premissa, é sempre melhor.
OLIVEIRA, Bruno Ferreira Brás. Obsolescência programada e a proteção do consumidor: uma perspectiva jurídica nacional e comparada. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. p. 5.
O filme Os delírios de consumo de Becky Bloom é baseado no romance homônimo escrito por Sophie Kinsella, jornalista cuja especialidade é economia e finanças. A protagonista do filme representa um enorme contingente de consumidores quê age de maneira irresponsável e impulsiva em seus hábitos de consumo. O filme póde sêr indicado para casa e utilizado como base para a discussão a respeito do consumismo e do hiperconsumo.
Peça aos estudantes quê reflitam sobre a quantidade de á gua utilizada na produção dos itens do cotidiano, como alimentos e roupas. Explique quê a pegada hídrica envolve tanto o uso direto quanto o indiréto da á gua. Use o exemplo da produção de uma camisa de algodão para ilustrar as diversas etapas quê consomem á gua. Encoraje os estudantes a pensar em formas de reduzir suas pegadas hídricas dirétas e
Página duzentos e cinquenta e oito
indiretas, como economizar á gua em casa e adotar hábitos de consumo mais conscientes.
Atividades – p. 55
1. a) Espera-se quê os estudantes pensem sobre seus hábitos de consumo, obissérvem se usam produtos de grandes marcas ou de pequenos produtores locais, refletindo sobre o impacto ambiental e social de cada escolha. Além díssu, espera-se quê analisem o tempo de uso das roupas, questionando a durabilidade e a necessidade de renovar o guarda-roupa freqüentemente.
1. c) Espera-se quê os estudantes reflitam sobre a quantidade de alimentos processados quê consomem, a freqüência do consumo de produtos frescos e locais e o impacto ambiental de suas escôlhas alimentares, como a ingestão de carne ou alimentos de origem vegetal.
1. d) Espera-se quê os estudantes identifiquem se seus hábitos de consumo estão voltados principalmente para produtos tecnológicos, roupas, alimentos industrializados, entre outros, e como esses produtos podem impactar o meio ambiente e suas vidas.
1. f) Espera-se quê os estudantes reconheçam a importânssia da côléta seletiva e como essa prática contribui para a redução de resíduos e a preservação do meio ambiente, observando se essa prática é adotada em casa.
2. c) Espera-se quê os estudantes sugiram práticas como: evitar a troca de dispositivos eletrônicos antes quê seja realmente necessário, optar por consertar aparelhos em vez de comprar novos, reciclar dispositivos eletrônicos em pontos de côléta adequados, doar ou vender aparelhos antigos ainda em funcionamento, priorizar o consumo de dispositivos quê utilizem materiais já reciclados ou recicláveis ou, ainda, com menor impacto ambiental em sua fabricação.
P. 56 e 57
Para dar continuidade ao projeto, caso considere adequado, procure retomar o quê foi trabalhado nas aulas anteriores e, na medida do possível, retome exemplos já mencionados para desenvolver os tópicos seguintes. Com essa retomada, proponha aos estudantes uma reflekção sobre o provável destino dos aparelhos eletrônicos quê eles já descartaram. Tendo por base essa ideia, trabalhe com eles as consequências do descarte inadequado de resíduos sólidos e da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Inicie a abordagem da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) explicando aos estudantes quê essa lei visa reduzir a geração de resíduos e promover práticas como reciclagem e reutilização. Destaque a ideia de responsabilidade compartilhada entre fabricantes, distribuidores, consumidores e o govêrno, além da logística reversa, em quê produtos retornam para o ciclo produtivo. Enfatize quê a PNRS proíbe lixões e incentiva a educação ambiental e medidas econômicas para fortalecer a gestão sustentável de resíduos. Isso ajudará a contextualizar a importânssia da política para a sustentabilidade no Brasil. Aproveite para orientar os estudantes a acessar o Carrossel de imagens Onde descartar e como destinar resíduos sólidos? para conhecer mais sobre o tema.
Atividades – p. 57
Para viabilizar as atividades sugeridas, oriente os estudantes a criar um diário de consumo e descarte de materiais. Esse diário póde sêr elaborado em formato impresso, usando um caderno, ou em formato digital, usando o celular ou o computador. Para garantir quê os registros sêjam detalhados, os estudantes devem preencher o diário pelo menos uma vez por dia, ao longo de uma semana. Recomende quê estipulem um horário específico para essa tarefa, a cada dia, facilitando a organização.
Depois quê os diários estiverem completos, auxilie os estudantes na sistematização dos dados registrados. Uma maneira eficaz de fazer isso é utilizando uma tabéla, em quê as colunas podem conter categorias como alimentos, embalagens, vestuário e eletrônicos, e as linhas podem classificar o descarte em lixo comum, reciclável, eletrônico ou compostagem. Assim, os itens consumidos e descartados ao longo da semana ficarão organizados d fórma clara.
Com os dados sistematizados, a análise dos hábitos de consumo e descarte se torna visível e mais acessível, representando o desfêecho do processo de côléta de dados. Para aprofundar a quêstão, sugira uma roda de conversa com a turma para discutir os resultados, refletir sobre hábitos e pensar em mudanças práticas que podem sêr adotadas para tornar a vida mais sustentável do ponto de vista sócio-ambiental. Essa troca de ideias póde promover um espaço para a conscientização coletiva e individual.
Página duzentos e cinquenta e nove
P. 58
Contextualize as diferenças na produção e destinação de resíduos entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento, destacando quê os países desenvolvidos, mesmo abrigando apenas 16% da população mundial, geram 34% dos resíduos globais; já os países em desenvolvimento reciclam apenas 4% do lixo produzido. Para levantar e debater kestões ambientais, éticas e econômicas, deve-se explorar o tema da exportação de resíduos, em quê países ricos exportam lixo, incluindo eletrônicos e hospitalares, para nações mais pobres. Usando o mapa sobre o fluxo global de lixo eletrônico, os estudantes devem identificar as regiões quê mais recebem resíduos e refletir sobre os motivos econômicos quê levam a essa prática. Ao final, promôva uma discussão sobre alternativas sustentáveis e soluções globais, incentivando a turma a pensar em ações locais para a gestão de resíduos e consumo consciente.
Atividades – p. 58
Para um bom desenvolvimento da atividade, trabalhe a leitura do mapa com a turma, coletivamente, observando se todos compreendem o fluxo dos resíduos. Peça aos estudantes quê identifiquem as regiões quê mais recebem os resíduos e elaborem hipóteses.
A Convenção de Basileia é um tratado internacional de 1989 quê regula o transporte e descarte de resíduos perigosos entre países, buscando proteger o meio ambiente e a saúde humana. Ela visa reduzir a exportação de resíduos tóxicos de países desenvolvidos para países em desenvolvimento e promover o gerenciamento adequado dêêsses resíduos.
Mundo do trabalho – p. 59
Trabalho insalubre: catadores de rua e de lixões
Aborde, dentro do assunto desta seção, a vulnerabilidade dos catadores de rua e de lixões, quê atuam em condições precárias e sem proteção adequada, expondo-se a riscos de saúde. Ressalte o papel crucial dos catadores na gestão de resíduos e reciclagem no Brasil, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e a redução de lixo em atêerros, apesar da falta de reconhecimento formal e de direitos trabalhistas.
Em seguida, promôva uma roda de conversa sobre a necessidade de políticas públicas quê formalizem e melhorem as condições de trabalho dêêsses profissionais. Discuta a importânssia de cooperativas e associações quê possam garantir segurança, inclusão e cidadania. Se julgar oportuno, sugira uma atividade prática para quê os estudantes investiguem iniciativas locais de catadores, compreendendo a relevância social e ambiental dêêsse trabalho e a urgência de transformações no mercado de trabalho.
Espera-se quê os estudantes pesquisem se há cooperativas ou associações de catadores no bairro onde vivem, obtendo informações como nome, área de atuação e dados de contato. Em grupo, eles devem elaborar um cartaz digital, ressaltando as principais informações sobre a organização e buscando conscientizar a escola e a comunidade da importânssia do trabalho dos catadores no quê se refere à sustentabilidade.
ôriênti os estudantes a tomar cuidado com a segurança e a respeitar a comunidade. Incentive a pesquisa remota ou em locais públicos, evitando visitas sem autorização. Ao criar o cartaz digital, garanta quê as informações coletadas sêjam precisas e confiáveis para conscientizar d fórma responsável.
Em ação – p. 60
Fale sobre a importânssia da gestão adequada de resíduos e seu impacto ambiental. Os estudantes vão investigar os programas de côléta de resíduos nas comunidades onde vivem, como serviços de “cata-bagulho” e pontos de entrega de lixo eletrônico, medicamentos vencidos e óleo de cuzinha. A atividade inclui a criação de um mapa digital quê identifique os pontos de côléta seletiva, além de avaliar, por meio de entrevistas com trabalhadores e vizinhos, a eficácia da côléta de lixo local.
Depois dessa investigação, os estudantes vão analisar o reaproveitamento consciente, reunindo itens quê geralmente sêriam descartados, como cadernos, eletrônicos e roupas, para doação ou reciclagem. O processo deve sêr documentado em um relatório visual, a ser exposto na escola, para conscientizar a comunidade sobre práticas mais sustentáveis. Ao longo do projeto, a pergunta “Para onde vai o quê consumimos?” servirá de estímulo à reflekção sobre o ciclo de vida dos produtos e o papel de cada um na redução de resíduos e na promoção da sustentabilidade.
Página duzentos e sessenta
Etapa 3 Consumo sustentável – p. 62
É possível manter outra relação com o consumo?
Apresente o conceito de consumo sustentável e sua ligação com os ODS da Ônu, quê visam assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis até 2030. Enfatize a necessidade de transformar os hábitos de consumo para evitar a degradação ambiental, promover justiça social e garantir uma economia viável a longo prazo. Explique quê a responsabilidade é compartilhada entre consumidores e produtores, sêndo essencial quê empresas adotem práticas sustentáveis, como a redução de resíduos e o uso de energias rêno-váveis.
Em seguida, apresente os 5 Rs do consumo sustentável (Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Recusar e Repensar) e incentive a turma a aplicar essas práticas no dia a dia, promovendo mudanças concretas em suas rotinas. Proponha a eles uma investigação detalhada do consumo em suas casas e comunidades, entendendo a origem dos produtos e adotando escôlhas mais conscientes. Ao longo do projeto, incentive discussões e atividades práticas quê divulguem o conceito de consumo sustentável na escola, estimulando uma mentalidade coletiva de responsabilidade ambiental e social.
Atividades – p. 63
1. É importante valorizar produtos de empresas e produtores quê adotam práticas responsáveis com relação aos trabalhadores e ao meio ambiente. Ao entender a origem dos produtos, podemos fazer escôlhas conscientes quê incentivam uma produção mais justa e sustentável, contribuindo para a redução dos impactos ambientais e sociais negativos e incentivando um consumo mais ético.
2. Espera-se quê os estudantes mencionem exemplos práticos de como aplicar os 5 Rs no dia a dia.
Para Reduzir, podem citar a diminuição do uso de descartáveis, como sacolas plásticas. Para Reutilizar, um exemplo seria reaproveitar pótes de vidro como recipientes. Em Reciclar, eles podem indicar a separação correta de resíduos para reciclagem. Em Recusar, espera-se quê mencionem a recusa de produtos como canudos, copos descartáveis, com embalagens excessivas ou sacolas plásticas. Por fim, em Repensar, podem refletir sobre suas necessidades de consumo, optando por comprar apenas o essencial, promovendo o consumo consciente.
P. 64
Explique aos estudantes a importânssia de adotar práticas de consumo consciente quê minimizem o impacto ambiental e social. Ressalte quê o objetivo não é apenas comprar menos, mas fazer escôlhas responsáveis quê preservem os recursos naturais e garantam um futuro sustentável. Lembre-os de quê cada escolha individual tem um impacto coletivo e quê mudanças de hábitos são fundamentais para a construção de uma ssossiedade mais equilibrada.
Apresente aos estudantes os 12 princípios do consumo consciente e incentive-os a pensar em como aplicar esses princípios cotidianamente. Proponha a pesquisa sobre responsabilidade social das empresas e ações locais de impacto social e ambiental. Essa atividade vai auxiliar os estudantes a entender o papel das empresas e dos consumidores na promoção de práticas sustentáveis, além de estimular discussões sobre consumo consciente.
Atividades – p. 64
a) Espera-se quê, após a pesquisa, os estudantes compreendam quê responsabilidade social é o compromisso quê as empresas assumem de contribuir para o bem-estar da ssossiedade, com ações quê promovam sustentabilidade ambiental e desenvolvimento social e práticas éticas quê beneficiem tanto os colaboradores quanto a comunidade em geral.
b) Resposta pessoal, mas espera-se quê os estudantes identifiquem uma empresa local quê realiza ações de responsabilidade social, como programas de reciclagem, projetos de inclusão social ou uso de energias rêno-váveis. Eles devem descrever a empresa, as estratégias adotadas (como reciclagem ou capacitação), os objetivos, como melhorar o meio ambiente ou a comunidade, e os resultados obtidos, apresentando suas descobertas aos côlégas em uma discussão sobre o impacto positivo dessas ações.
Página duzentos e sessenta e um
Mundo do trabalho – p. 65
Consumo consciente e novas oportunidades profissionais
Contextualize a crescente importânssia da sustentabilidade no mercado de trabalho, ressaltando como as demandas sociais e ambientais, junto aos avanços tecnológicos, estão gerando novas profissões. Áreas como gestão de resíduos, saneamento ambiental, disáini sustentável e desenvolvimento de materiais ecológicos são exemplos de setores em expansão. Essas mudanças são respostas às pressões por práticas de consumo consciente e pela economia circular.
Se julgar oportuno, proponha atividades práticas, como a pesquisa sobre cursos emergentes voltados para a sustentabilidade e o estudo de casos de empresas quê utilizam materiais sustentáveis. Organize uma roda de conversa sobre como essas novas profissões estão moldando o futuro do trabalho e como os estudantes podem se preparar para contribuir para uma economia mais sustentável e responsável.
Utilize a oportunidade trazida com a pesquisa da turma para orientar uma reflekção: Será quê as novas profissões ligadas à sustentabilidade estão presentes no projeto de vida da turma? Em caso afirmativo, pergunte a eles o quê conhecem da atuação dêêsses profissionais.
P. 66 e 67
Contextualize as limitações do sistema econômico tradicional, quê, muitas vezes, resulta na exploração excessiva dos recursos naturais e na degradação ambiental. Explique a eles quê um dos objetivos do projeto é apresentar modelos econômicos sustentáveis, como a economia circular, a economia solidária e o comércio justo, quê propõem alternativas mais equilibradas para a produção e o consumo, com foco na sustentabilidade e na justiça social.
Apresente cada modelo d fórma prática: comente quê a economia circular promove o reaproveitamento de materiais e a reciclagem, minimizando os resíduos; esclareça quê a economia solidária se baseia em princípios de cooperação e autogestão, criando oportunidades de inclusão social; e discuta como o comércio justo assegura condições de trabalho dignas e remuneração justa para produtores. Organize a turma em roda e promôva um debate sobre como essas práticas podem sêr integradas ao cotidiano de cada um e ao funcionamento das empresas, incentivando um consumo mais consciente e responsável.
Atividades – p. 67
a) Resposta pessoal, mas espera-se quê os estudantes escôlham um objeto de uso freqüente, como uma roupa ou um eletrônico, e reflitam sobre como sua escolha de compra póde impactar o meio ambiente. Eles devem considerar fatores como a extração de matérias-primas, a energia utilizada na produção, o transporte e a quantidade de resíduos gerados no descarte. Um exemplo seria o impacto ambiental de um celular, quê envolve o uso de metais raros e gera grande quantidade de lixo eletrônico ao sêr descartado d fórma inadequada. Uma ação concreta quê poderia sêr sugerida é prolongar a vida útil do item, consertando-o quando necessário em vez de comprar um novo, ou garantir quê o descarte seja feito corretamente, por meio de reciclagem em locais apropriados.
Em ação – p. 68
Para um bom aproveitamento do tema desta seção, os estudantes podem sêr orientados a pesquisar iniciativas locais quê promovam práticas de sustentabilidade, como cooperativas, feiras de economia solidária ou platafórmas de comércio justo. A proposta é quê a turma tenha contato com a realidade da comunidade e quê perceba como o consumo consciente e sustentável póde sêr aplicado no cotidiano.
Com a pesquisa concluída, oriente a turma na elaboração de relatórios, quê devem trazer descritos os objetivos, os impactos e os desafios dos projetos, além de destacar produtos ou serviços oferecidos. Durante as apresentações dos relatórios, promôva a troca de informações entre os grupos, buscando identificar pontos em comum. Por fim, incentive a turma a escolher uma iniciativa quê possa sêr aplicada na escola ou na comunidade, como hortas comunitárias ou oficinas de reciclagem, para quê todos possam refletir e agir d fórma prática em torno da questão: É possível manter outra relação com o consumo?
Caso não existam iniciativas dêêsse tipo na comunidade ou região, promôva um debate com os estudantes sobre o quê poderia sêr feito para incentivar práticas de sustentabilidade localmente. Incentive-os a discutir ideias como cooperativas, feiras de economia solidária ou campanhas ambientais. Depois, oriente-os
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a planejar um projeto aplicável na escola ou comunidade, como hortas ou oficinas de reciclagem, refletindo sobre como podem contribuir d fórma prática para o consumo consciente.
Etapa final Feira de trocas – p. 70
Para organizar a feira de trocas, atue como facilitador, incentivando o protagonismo dos estudantes em cada etapa do processo. Inicialmente, é importante promover um planejamento colaborativo, no qual os estudantes, organizados em comissões, definem os aspectos centrais do evento, como a escolha do nome, a data, o local e a estrutura da feira. ôriênti uma roda de discussão sobre a importânssia de cada função, esclarecendo o papel educativo da feira, especialmente no quê diz respeito ao consumo consciente e sustentável. Durante a execução, assegure quê todos estejam preparados para interagir com o público, solucionar problemas e transmitir d fórma clara as mensagens sobre os malefícios do consumismo.
Ao final, é fundamental promover uma reflekção coletiva sobre a experiência, avaliando os pontos fortes e os aspectos quê podem sêr aprimorados em futuros projetos, garantindo quê a turma compreenda tanto o valor prático quanto o impacto social da atividade. Aproveite esse momento para retomar a pergunta norteadora: “Como promover um consumo consciente?”, incentivando os estudantes a pensar em formas de aplicar os aprendizados em suas rotinas e na comunidade, reforçando a importânssia de práticas sustentáveis no cotidiano.
Autoavaliação – p. 73
Para trabalhar a proposta de autoavaliação, incentive uma reflekção crítica sobre o envolvimento individual e coletivo de cada um neste projeto. Primeiramente, oriente os estudantes a responder às kestões com sinceridade, promovendo um ambiente seguro para a autorreflexão, sem julgamentos. Eles devem sêr incentivados a argumentar e a justificar cada resposta, especialmente nas kestões quê envolvem a atribuição de notas. A comparação das respostas com as de um colega deve sêr vista como uma oportunidade de diálogo e troca de percepções, ajudando os estudantes na identificação de pontos de convergência e divergência em suas autoavaliações. Procure também guiar a discussão sobre os aspectos sociais, econômicos e ambientais do consumo, relacionando-os ao aprendizado adquirido durante o projeto. O objetivo é quê a turma reconheça cada ação positiva e as áreas de melhoria para projetos futuros, enquanto dêsênvólvem uma visão crítica sobre consumo consciente e sustentável, reforçada pela experiência prática.
Projeto 3 Como é o trabalho no Brasil contemporâneo? – p. 74
Introdução
êste projeto tem como objetivo investigar o mundo do trabalho contemporâneo em quatro etapas principais: a construção de conhecimentos mediante o estudo e a discussão de diferentes materiais (textos, imagens, filmes etc.), a côléta de dados em contextos de vivência dos estudantes, a aplicação e a análise dêêsses conhecimentos e sua relação com os dados coletados em seus municípios e, por fim, a divulgação dos resultados para a comunidade escolar por meio de apresentações em seminário e publicação. Durante esse processo, os estudantes mobilizam competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e utilizam métodos de pesquisa científica, como a pesquisa bibliográfica e a história de vida.
O projeto também incentiva o uso de ferramentas digitais e o trabalho em equipe, estimulando a prática das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em contextos de estudo e trabalho, além de promover a convivência com a diversidade. Assim, a iniciativa proporciona aos estudantes uma compreensão interdisciplinar e prática das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, preparando-os para as dinâmicas do mundo profissional e acadêmico.
Objetivos
O projeto tem como objetivo possibilitar quê os estudantes reconheçam os aspectos do âmbito do trabalho no mundo e no Brasil. Por meio de atividades reflexivas e práticas, eles devem comparar dados referentes ao trabalho colocando em perspectiva gênero, raça e idade, entre outros aspectos, no Brasil e no município
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em quê vivem. Além díssu, os estudantes serão incentivados a refletir sobre a precarização das condições de trabalho e as estratégias de resistência de trabalhadores na luta por direitos.
Justificativa do projeto
êste projeto propõe o estudo do mundo do trabalho no Brasil contemporâneo, com foco nas diversas modalidades de emprego, precarização e “plataformização” em um cenário de desigualdade crescente. Com ênfase nas realidades locais, a investigação permite aos estudantes refletir sobre as condições de trabalho em sua própria comunidade e entender como fatores como raça, gênero e idade influenciam essas relações. Essa abordagem é essencial para formár cidadãos críticos, capazes de compreender e atuar diante das transformações e dos desafios do mercado de trabalho atual.
O projeto oferece também ferramentas interdisciplinares, como análises filosóficas, sociológicas e históricas, além de valorizar a oralidade como método de troca de conhecimentos. Em diálogo com Língua Portuguesa, os estudantes são incentivados a identificar os impactos políticos e econômicos das relações de trabalho e pensar em formas de resistência e transformação social. Assim, o projeto não só amplia a compreensão crítica sobre o trabalho, mas também estimula ações concretas em prol de maior justiça social e igualdade.
Produto final
Ao final do projeto, os estudantes devem produzir um seminário quê reúna as informações pesquisadas e estudadas ao longo das etapas sobre o trabalho no Brasil contemporâneo.
Síntese do projeto
Temas Contemporâneos Transversais (TCT)
No macrocampo Economia, êste projeto aborda o TCT Trabalho ao incentivar a turma a refletir sobre o trabalho contemporâneo considerando perspectivas sociológicas, históricas, filosóficas e geográficas, da escala global à local. Essa abordagem também dialoga com o TCT Vida familiar e social ao relacionar o indivíduo com a ssossiedade. O TCT Ciência e tecnologia é explorado no projeto ao sêr demonstrado o impacto da evolução tecnológica e das TICs nas formas de trabalhar e viver. Na macroárea Cidadania e civismo, os TCT Educação em direitos humanos e Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras são contemplados ao promover reflekções sobre os direitos trabalhistas, a precarização, as lutas e as raízes das desigualdades sociais e raciais.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
No projeto, o ODS Igualdade de gênero (5) é abordado ao incentivar a análise das desigualdades enfrentadas por mulheres no mundo do trabalho, considerando também a interseccionalidade entre gênero e raça. Os estudantes vão investigar a baixa representatividade feminina em cargos de liderança, bem como os dados sobre rendimento e informalidade, levando em conta aspectos de gênero e raça ao pesquisar o cenário do trabalho no município onde eles vivem e nas histoórias de vida coletadas.
O ODS Trabalho decente e crescimento econômico (8) é abordado ao destacar a superexploração e a precarização das condições de trabalho na ssossiedade contemporânea e a necessidade de reivindicação dos trabalhadores por políticas quê assegurem condições dignas. Além díssu, o projeto aborda as oportunidades oferecidas pelo empreendedorismo, especialmente o digital. O ODS Redução das desigualdades (10) se conecta diretamente com os ODS 5 e 8, permeando todo o projeto ao promover a compreensão e a análise crítica das desigualdades no trabalho, incentivando uma postura cidadã, transformadora e comprometida com o bem comum e a redução das desigualdades sociais.
Professor indicado para liderar o projeto
Sociologia ou História com o auxílio do professor de Língua Portuguesa.
O trabalho com as competências e as habilidades da BNCC
Consulte a BNCC para descrição das competências e habilidades mobilizadas neste projeto. Disponível em: https://livro.pw/cjlob. Acesso em: 17 out. 2024.
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Competências gerais da Educação Básica |
1, 2, 4, 5, 6, 9 |
---|---|
Competências específicas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
1, 4, 6 |
Habilidades de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS106, EM13CHS401, EM13CHS402, EM13CHS403, EM13CHS404, EM13CHS502 |
Competências específicas de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias: 1, 3, 6 Matemática e suas Tecnologias: 1 |
Habilidades de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG301, EM13LGG601, EM13LGG604 Matemática e suas Tecnologias: EM13MAT102 |
êste projeto aborda várias competências gerais, com destaque para a competência geral 6, quê está diretamente relacionada à valorização da diversidade de saberes e vivências culturais. Ela promove a apropriação de conhecimentos e experiências quê possibilitam a compreensão das relações no mundo do trabalho, incentivando os estudantes a fazer escôlhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com autonomia, consciência crítica e responsabilidade. A competência geral 1 também é amplamente explorada, pois valoriza e utiliza conhecimentos historicamente construídos para ajudar a compreender e explicar a realidade, contribuindo para a construção de uma ssossiedade mais justa, democrática e inclusiva.
O projeto mobiliza a competência geral 2 em razão de seu caráter investigativo, fundamentado em métodos científicos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. A competência geral 4 é igualmente trabalhada, já quê o projeto envolve o uso de diferentes linguagens, tanto na sua construção (oralidade, textos, gráficos, filmes) quanto na divulgação dos resultados (exposição oral, publicação). Por fim, o projeto dá destaque à competência geral 9 ao envolver trabalho em duplas, em grupos e em atividades coletivas, considerando a diversidade nos temas e propondo rekórtis de pesquisa e de natureza dialógica, característica dos seminários.
Na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a competência 1 é bastante mobilizada no projeto, devido à análise de diversos processos do mundo do trabalho contemporâneo, com ênfase no Brasil e no município em quê os estudantes vivem. A competência 4 também é incorporada, ao analisar as relações entre produção, capital e trabalho, discutindo seu papel nos contextos global, nacional e local. A competência 6 é abordada por meio do incentivo à participação dos estudantes no debate público d fórma crítica e democrática, especialmente nas exposições orais e nos debates do seminário.
O projeto aborda a habilidade EM13CHS101, ao utilizar uma variedade de fontes para compreender as relações e as características do mundo do trabalho no Brasil e no município em quê os estudantes vivem. A habilidade EM13CHS102 aparece na identificação das circunstâncias históricas e sociológicas quê levam ao racismo e às desigualdades de gênero, refletidas em dados sobre o trabalho, como rendimento e cargos de liderança. A habilidade EM13CHS103 é acionada na elaboração de hipóteses e argumentos tendo por base fontes diversas, quê se manifestam nas exposições orais e nos ensaios críticos dos estudantes.
A habilidade EM13CHS106 está presente nas atividades de análise de gráficos, elaboração de infográficos, criação da publicação Caderno do seminário, apresentações de slides e mapas conceituais. As habilidades EM13CHS401, EM13CHS402, EM13CHS403 e EM13CHS404, quê tratam da categoria trabalho, também são abordadas no projeto, na côléta de histoórias de vida, na análise das transformações tecnológicas e nas novas formas de trabalho, na avaliação de indicadores de emprego, renda e desigualdade socioeconômica e na identificação de múltiplos aspectos do trabalho em diferentes contextos. A habilidade EM13CHS502 está presente nos momentos em quê são discutidos e problematizados as desigualdades, os preconceitos e as discriminações no contexto do trabalho.
Na área de Linguagens e suas Tecnologias, o projeto também contempla a competência 1, uma vez quê atividades como leitura, entrevistas e exposições orais exigem compreensão de diferentes linguagens, ampliando a participação social, a interpretação crítica da realidade e a aprendizagem contínua. As competências 3 e 6 são valorizadas ao trabalhar as produções audiovisuais como forma de retratar a realidade. Além díssu, também são desenvolvidas durante a produção do caderno de seminário e a elaboração do
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seminário. Na área de Matemática e suas Tecnologias, a competência 1 é abordada quando estratégias e conceitos matemáticos são aplicados na interpretação de diferentes situações. São trabalhadas também as habilidades EM13LGG103 e EM13LGG104, quê se relacionam à análise, à interpretação e à produção de textos em diferentes linguagens e contextos. Em Matemática e suas Tecnologias, a habilidade EM13MAT102 aparece quando os estudantes analisam tabélas, gráficos e amostras de pesquisas estatísticas sobre o mundo do trabalho.
Cronograma
A proposta é quê êste projeto seja dividido em três etapas, mais a apresentação e a avaliação, totalizando 16 aulas. A seguir, é sugerida a quantidade de aulas destinadas a cada uma das etapas para quê o projeto seja trabalhado ao longo de um semestre.
Entretanto, a depender de sua realidade escolar, o projeto póde ter outra duração; ele póde, por exemplo, sêr trabalhado ao longo de um bimestre ou de um trimestre. Para isso, basta rever o total de aulas destinadas ao projeto por semana.
Número de aulas |
Desenvolvimento semestral |
|
---|---|---|
Etapa 1 |
4 |
Aula 1: Leitura e discussão do texto de abertura e introdução da temática e das características do projeto. Leitura do texto O quê é trabalho? e resolução individual das atividades. Aula 2: Leitura e discussão dos textos A evolução do trabalho e dos direitos trabalhistas no Brasil e da seção Mundo do trabalho. Resolução individual das atividades. Aula 3: Leitura do texto Panorama do trabalho no município em quê você vive da seção Em ação e das orientações para o desenvolvimento da pesquisa e do infográfico da seção Em ação. Pesquisa e elaboração (em duplas ou em grupos) do infográfico propôsto na seção Em ação. Aula 4: Apresentação dos infográficos (em duplas ou em grupos), confeccionados com base na proposta da seção Em ação. |
Etapa 2 |
5 |
Para casa: Aula Invertida – Leitura dos textos Transmissão de conhecimento por meio da narrativa e As memórias e as relações de trabalho, além da realização das atividades. Aula 5: Levantamento das dúvidas sobre os textos lidos, correção das atividades e orientações para a realização das côlétas das histoórias de vida e do ensaio crítico. Organização dos grupos referentes à seção Em ação. Pesquisa bibliográfica e reflekção sobre recorte temático referentes à seção Em ação. Aula 6: Definição do recorte temático e elaboração dos roteiros com kestões para orientar a côléta da história de vida referentes à seção Em ação. Para casa: Realização das entrevistas referentes à seção Em ação. Aula 7: Orientações para a textualização das entrevistas e a composição do ensaio crítico referentes à seção Em ação. Textualização das entrevistas. Aula 8: Definição da estrutura do ensaio e novas orientações. Para casa: Criação da primeira versão do ensaio. Aula 9: Revisão da primeira versão do ensaio. Para casa: Elaboração da segunda versão do ensaio. |
Etapa 3 |
3 |
Aula 10: Orientações sobre a Etapa 3. Leitura dos textos O audiovisual como forma de explicar o trabalho contemporâneo e Impactos sociais de uma pesquisa. Apreciação do filme escolhido e anotações das cenas e dos diálogos mais interessantes. Aula 11: Discussão sobre os filmes, em pequenos grupos, e criação coletiva de mapa conceitual. Para casa: Leitura do texto Impactos sociais de uma pesquisa e resolução individual das atividades. Aula 12: Correção das atividades e orientações sobre a edição de uma publicação referentes à seção Em ação. Realização das tarefas combinadas para a edição do caderno do seminário. |
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Número de aulas |
Desenvolvimento semestral |
|
---|---|---|
Etapa final |
4 |
Aula 13: Orientações e resoluções de dúvidas sobre a edição do caderno do seminário referente à seção Em ação. Realização das tarefas combinadas para a edição do caderno do seminário e para a produção do seminário; preparação da exposição oral e das apresentações de slides. Aula 14: Verificação do encaminhamento do checklist e exposições orais para treinamento (opcional). Para casa: Realização das tarefas combinadas para a edição dos cadernos do seminário; preparação da exposição oral e das apresentações de slides. Aula 15: Realização do seminário (em data/horário não escolares). Aula 16: Encerramento e e momento da autoavaliação. |
Orientações didáticas
Abertura e Ficha de estudo
A imagem de abertura apresenta uma fotografia relacionada à resistência dos trabalhadores, mostrando a mobilização de motociclistas quê realizam entregas por aplicativos. Os estudantes já presenciaram ou ouviram falar de mobilizações semelhantes, como greves e passeatas? Essas discussões iniciais ajudam a conectar o tema do projeto à realidade deles e podem sêr enriquecidas com outras imagens, facilmente encontradas na internet, quê mostrem cenas de resistência trabalhista.
Ao descrever formas de trabalho presentes no Brasil contemporâneo, o texto introdutório busca conectar os estudantes ao tema por meio de suas experiências e seus conhecimentos prévios. Proponha a leitura em voz alta com a turma ou em pequenos grupos, incentivando-os a pensar em outras formas de trabalho quê conhecem, complementando o quê é apresentado no texto.
Por fim, as duas kestões da abertura destacam aspectos importantes do mundo do trabalho contemporâneo: apesar de oferecer inovação, criatividade e oportunidades de empreendedorismo, ele geralmente precariza as condições de trabalho, resultando em salários mais baixos, cortes de benefícios, aumento da carga horária, diminuição de vagas e crescimento da informalidade.
Finalize essa introdução revisando com os estudantes os dados da Ficha de estudo, ressaltando o percurso do projeto. Leia com eles a descrição de cada etapa e certifique-se de quê entenderam os temas e os produtos quê vão desenvolver.
Atividades – p. 75
1. Espera-se quê os estudantes compreendam o quê é trabalho informal e deem exemplos dêêsse tipo de condição de trabalho no município onde vivem. Se necessário, ajude-os a diferenciar trabalho formal de trabalho informal. O trabalho informal é uma atividade econômica em quê o trabalhador não tem amparo legal, não faz contribuições para a previdência, não declara renda e não tem nenhum tipo de contrato com quem paga por seus serviços. Exemplos: vendedores ambulantes, comércio de alimentos de porta em porta e a maior parte dos trabalhadores de entrega por aplicativo.
2. Nessa atividade, para abordar o empreendedorismo, optou-se por tratar especificamente de empreendedorismo digital, considerando quê grande parte dos jovens está imérsa no universo digital, conhecendo-o bem.
Dica!
• Para aprofundamento do tema, sugere-se a leitura do texto: EMPREENDEDORISMO digital: o quê é e quais as possibilidades? Sebrae, 29 ago. 2023. Disponível em: https://livro.pw/tzryc. Acesso em: 5 set. 2024.
Etapa 1 O mundo do trabalho no Brasil – p. 78
Quais aspectos do trabalho contemporâneo estão presentes no município em quê vivo?
O texto de abertura da Etapa 1 busca definir o conceito de trabalho, relativizá-lo, evidenciando como ele varia cultural e historicamente ao longo do tempo e em diferentes contextos, e aprofundar sua compreensão, destacando sua importânssia para nossa sobrevivência e para a sustentação da ssossiedade em quê vivemos.
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Com base nessas reflekções iniciais, a turma tem a oportunidade de avaliar d fórma mais ampla e diversificada as características quê o trabalho assume no sistema capitalista. Essa análise permite quê os estudantes compreendam quê a forma predominante de trabalho em nosso mundo não é a única possível, nem necessariamente a maneira ideal.
Dica!
• Para aprofundar o tema, o verbete Trabalho, presente no Dicionário de conceitos históricos, póde sêr utilizado como material de leitura guiada junto com os estudantes: SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Trabalho. Dicionário de conceitos históricos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009. p. 400-404.
Atividades – p. 80
Aproveite para enfatizar quê valores e ideias a respeito do trabalho, assim como a forma como se dá a divisão do trabalho, varíam de uma cultura para a outra e quê, portanto, não se sustenta a ideia de superioridade de uma cultura em relação à outra.
Comente também quê a forma como o modo de produção capitalista opera, juntamente com a distribuição do trabalho e das riquezas em nossa ssossiedade e no mundo, está colocando a sobrevivência humana em risco. As consequências já podem sêr observadas nas mudanças climáticas e ambientais quê têm ocorrido em escala global.
P. 81 a 83
Nessas páginas, busca-se fornecer elemêntos para quê a turma reflita sôbire a constituição do mundo do trabalho no Brasil em perspectiva histórica, com ênfase no processo de construção e desconstrução da cidadania e dos direitos trabalhistas. O objetivo é destacar as consequências de o país ter vivido, por quase 400 anos, sob um sistema econômico predatório e exploratório, voltado para o mercado externo e sustentado pela mão de obra escravizada.
Atividades – p. 82
2. Espera-se quê os estudantes revisitem conceitos e conhecimentos adquiridos ao longo de sua trajetória escolar, relacionados aos eventos da linha do tempo, e pesquisem aqueles com os quais têm menos familiaridade. O objetivo é quê tênham domínio sobre temas como: a Lei de Terras de 1850; a situação da população liberta após a abolição; o processo de imigração entre o final do século XIX e a primeira mêtáde do século XX; a industrialização e a urbanização no século XX; as primeiras leis trabalhistas da Era Vargas; a Constituição de 1988; a Reforma Trabalhista de 2017; e os direitos das mulheres, das pessoas negras e dos indígenas. É fundamental assegurar quê a turma compreenda esses temas para entender as desigualdades sociais, com foco nas kestões raciais e de gênero no mercado de trabalho. Aproveite para orientar os estudantes a acessar o Podcast Plataformização e precarização do trabalho para conhecer mais sobre o tema.
Mundo do trabalho – p. 83
Relações de trabalho no mundo digital
A seção aborda as relações de trabalho no contexto contemporâneo, profundamente transformado pelas TICs. O tema é relevante para os jovens, quê freqüentemente usam essas tecnologias com a facilidade de nativos digitais. A proposta é quê a turma leia um trecho de uma entrevista com a pesquisadora Datise Biasi, quê destaca como a revolução tecnológica trousse mais flexibilidade e autonomia ao trabalho, permitindo uma atuação independente de tempos e espaços fixos (como no trabalho híbrido e remoto, em diferentes jornadas e com pessoas de diversos territórios).
Como temos observado, na atualidade, embora alguns profissionais autônomos alcancem sucesso e bons ganhos, a grande maioria enfrenta condições de trabalho precárias, cumprindo longas jornadas, sem direitos e em posições facilmente descartáveis. Para agravar a situação, muitos deles ainda atuam d fórma intermitente. Veja o quê Ricardo Antunes fala sobre a jornada de trabalho nos setores quê mais se expandem no mundo do trabalho:
A jornada de trabalho atualmente é um tema de gravidade relevante para aqueles setores quê mais se expandem no mundo do trabalho: o do trabalho intermitente, o trabalho em platafórma, o trabalho uberizado ou o trabalho no setor de serviços. Nestes setores, quê reforço, são os quê mais se expandem, a jornada é ilimitada.[...] O quê singulariza o trabalho intermitente em platafórmas ou assemelhados é quê se trabalha quando há trabalho
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disponível, e não se trabalha quando não há trabalho, e o tempo de espera não é contabilizado em termo de jornada. [...]
Ricardo Antunes analisa o inferno da precarização. AFBNB, 9 maio 2024. Disponível em: https://livro.pw/qawaq. Acesso em: 6 set. 2024.
A discussão sobre relações de trabalho no meio digital é abordada d fórma prática, incentivando a turma a refletir sobre possíveis formas de empreendedorismo digital em suas futuras carreiras. Cite exemplos, como consultor de SEO (sigla da expressão inglesa Search Engine Optimization, referente aos mecanismos de busca nos navegadores de internet), especialista em mídia social, lojista ôn láini, músico independente e criador de conteúdo em platafórmas de vídeo.
Proposta de ampliação
Para desenvolver o tema, é possível pedir aos estudantes quê criem um modelo de negócios para uma startup focada em empreendedorismo digital.
Aproveite para orientar os estudantes a acessar o Podcast A inteligência artificial e o impacto no mundo do trabalho para conhecer mais sobre o tema.
P. 84 e 85
Para quê os estudantes compreendam o mercado de trabalho no município em quê eles vivem, comece descrevendo os principais elemêntos dêêsse cenário, como taxas de emprego, setores econômicos e características das empresas locais. Utilize o qüadro sugerido como referência para discutir esses aspectos e sua influência na oferta e demanda de trabalho. Sugiro quê os estudantes busquem dados concretos em fontes específicas, como os anuários da ANTT ou mapas de malha rodoviária e ferroviária no Atlas Geográfico do hí bê gê hé para infraestrutura de transporte. Explique quê a legislação trabalhista local póde sêr difícil de encontrar ou até inexistente, já quê o trabalho é regulamentado principalmente por leis federais, como a CLT. Assim, o projeto póde sêr adaptado a qualquer município ou região. Incentive o uso de fontes acadêmicas e relatórios governamentais e a análise da atuação de sindicatos e associações locais para entender melhor as relações de trabalho da região.
Mundo do trabalho – p. 86
Trabalho em perspectiva: gênero, raça e idade
A seção aborda os impactos de raça, gênero e idade nas kestões relacionadas ao trabalho, com foco especial na questão de gênero. Explore as representações e os valores atribuídos às mulheres na ssossiedade, destacando os desafios quê elas enfrentam para se inserir no mercado de trabalho, conquistar bons salários e ocupar posições de liderança. Ressalte também quê o gênero se entrelaça com a raça e com outros marcadores; nesse caso, seria oportuno introduzir o conceito de interseccionalidade, desenvolvido por Kimberlé Crenshaw
Dica!
• Para mais subsídios sobre o conceito de interseccionalidade, consulte: ASSIS, D. N. C. de. Interseccionalidades. Salvador: UFBA, 2019. Disponível em: https://livro.pw/ubchq. Acesso em: 5 out. 2024; Crenshaw, K. Documento para o encontro de... Disponível em: https://livro.pw/umlum. Acesso em: 5 out. 2024.
O final da seção apresenta um exemplo de mulher indígena bem-sucedida, a médica indígena Myrian Krexu. Incentive a turma a refletir sobre a fala: “Ainda somos vistos como sêres místicos e folclóricos ou com uma única maneira de sêr e parecer”. Pergunte como eles enxergam as pessoas indígenas e quais representações simbólicas predominam na mídia e nos discursos. Ajude-os a desconstruir estereótipos, mostrando a diversidade e a dinâmica das culturas indígenas. Por fim, sugere-se quê os estudantes pesquisem, em grupos, informações sobre mulheres negras ou indígenas quê ocupam cargos de liderança no município ou Unidade da Federação onde vivem.
Atividades – p. 87
1. a) O primeiro gráfico mostra quê as trabalhadoras negras têm a maior proporção de rendimentos até um salário mínimo, seguidas por homens negros, mulheres não negras e, por último, homens não negros. O segundo gráfico revela quê homens negros lideram na inserção informal, seguidos por mulheres negras, enquanto homens e mulheres não negros têm as menóres proporções de informalidade.
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1. b) Gênero e raça influenciam significativamente as condições de trabalho. Mulheres negras são as mais afetadas, tanto em termos de baixos salários quanto de inserção informal, o quê indica uma dupla vulnerabilidade. Homens negros também enfrentam alta inserção informal, embora tênham menor representação nos salários mais baixos. Em contraste, homens não negros e mulheres não negras apresentam melhores condições em ambos os aspectos, o quê reflete as desigualdades estruturais do mercado de trabalho. Esses dados reforçam a necessidade de implementar políticas quê promovam equidade e combatam a discriminação racial e de gênero.
2. Luana Génot propõe quê para combater a desigualdade racial é crucial reconhecer o passado desigual e adotar ações afirmativas, com foco em educação de qualidade e inserção no mercado de trabalho. Ela destaca a importânssia de um ensino público antirracista e políticas quê promovam a ascensão de pessoas negras a cargos de liderança.
Em ação – p. 88
Dando continuidade à Etapa 1, a turma vai pesquisar dados sobre o trabalho no município onde mora para criar um panorama informativo. Nessa etapa do projeto, sugere-se quê os estudantes trabalhem em grupos para reunir e organizar as informações em um infográfico.
Para familiarizar os estudantes com o gênero textual do infográfico, é apresentado um exemplo sobre o trabalho infantil no Brasil. Como atividade inicial, a turma póde analisar tanto o formato quanto o conteúdo do infográfico. Um dos dados quê chamam a atenção é quê a maioria das crianças envolvidas em trabalho infantil é do sexo masculino. Essa constatação póde levantar kestões sobre a possibilidade de as meninas estarem ocupadas com atividades domésticas não contabilizadas ou serem mais protegidas por estereótipos como os quê veem os meninos como trabalhadores braçais e futuros provedores. Além díssu, o infográfico reflete o racismo estrutural presente nas estatísticas.
Dica!
No vídeo a seguir, há dicas quê podem sêr repassadas aos estudantes durante a elaboração do infográfico.
• Infográfico – Como criar um infográfico ôn láini e gratuito. Flávia Valença, 29 jan. 2018. Disponível em: https://livro.pw/epjdx. Acesso em: 8 set. 2024.
ôriênti os estudantes na côléta de dados das fontes sugeridas, como hí bê gê hé Cidades e Novo Caged, ressaltando a análise de aspectos como população, trabalho e economia, além de marcadores sociais como raça, gênero e idade. Incentive a pesquisa em outras fontes para enriquecer o conteúdo. Ao construir o infográfico, ajude-os a definir o objetivo, o público-alvo e a mensagem principal, e a organizar o leiáut d fórma clara e atraente. Por fim, promôva uma revisão cuidadosa para garantir a precisão e a clareza das informações. Depois de revisado, o infográfico póde sêr incorporado ao caderno do seminário e os estudantes já podem responder à pergunta norteadora.
Etapa 2 Histórias de vida e de trabalho no município em quê vivo – p. 90
O quê as histoórias revelam sobre as condições de trabalho no município em quê vivo?
Ao trabalhar com os estudantes as histoórias de vida e as condições de trabalho em seu município, comece valorizando a transmissão oral como forma de compartilhar experiências e conhecimentos. Encoraje a turma a refletir sobre como as narrativas pessoais podem revelar aspectos mais amplos sobre a realidade do trabalho, conectando experiências individuais com kestões sociais, culturais e históricas.
Sugira quê os estudantes leiam préviamente, como lição de casa, os textos Transmissão de conhecimento por meio da narrativa e As memórias e as relações de trabalho e realizem as atividades da página 93, utilizando a metodologia da Aula Invertida. Isso permitirá quê a primeira aula da Etapa 2 seja dedicada ao esclarecimento de dúvidas, otimizando o tempo de aula. Nas aulas seguintes, os estudantes vão sêr orientados a coletar histoórias de vida para, depois, construir e revisar os textos das histoórias de vida e do ensaio crítico, atividades quê certamente vão representar um desafio para a maioria deles.
Página duzentos e setenta
Atividades – p. 93
Durante as discussões em sala de aula, em roda com os estudantes, incetive-os a identificar, nos depoimentos pessoais, não apenas as trajetórias individuais, mas também as condições de trabalho e as desigualdades sociais expressas nos relatos.
3. Ao explorar histoórias do Museu da Pessoa, oriente a escolha de depoimentos ligados a experiências profissionais e promôva debates quê ajudem a relacionar esses relatos com a realidade do trabalho em seu município, facilitando um entendimento mais profundo e crítico acerca do tema.
4. A atividade tem o objetivo de proporcionar à turma um repertório de depoimentos de histoórias de vida, oferecendo referências quê vão enriquecer o imaginário da turma e auxiliar na elaboração das próprias narrativas de vida.
Em ação – p. 94
Organize a turma em grupos de cerca de seis integrantes, garantindo quê o número de estudantes seja par para facilitar a realização das entrevistas. Cada grupo deve escolher um recorte específico do tema do trabalho contemporâneo, como sugerido na lista de temas, para orientar as pesquisas e entrevistas. Assim, os estudantes podem ter uma abordagem mais direcionada e aprofundada sobre o mercado de trabalho no município onde vivem.
Os grupos devem desenvolver, idealmente, um roteiro flexível de perguntas e criar um ambiente acolhedor para as entrevistas. Lembre-os de pedir autorização para gravar as conversas e sugira a inclusão de imagens ou documentos quê enriqueçam os relatos. Recomende o uso de aplicativos de transcrição de áudio, como ferramentas de transcrição de áudio (https://livro.pw/xwgpt. br/7-ferramentas-de-transcricao-de-audio-para-tornar -seu-conteudo-acessivel/), e destaque a necessidade de adaptar o texto oral para o formato escrito.
Depois de coletados os depoimentos, os grupos devem sêr orientados a sintetizar as informações, conectando-as ao contexto do trabalho no município onde vivem. refórce quê o ensaio crítico deve integrar entrevistas e pesquisas bibliográficas, com uma tese clara e bem fundamentada. Sugira aos grupos quê revisem a primeira versão do ensaio, verificando clareza, coesão e correção gramatical, e quê tróquem os textos quê produziram com outros grupos, com o propósito de receber um fídi-béqui e aprimorar a versão final. Ao longo do processo, os estudantes devem sêr incentivados a refletir sobre a pergunta norteadora: O quê as histoórias revelam sobre as condições de trabalho no município em quê vivo? Essa reflekção vai garantir quê o ensaio responda a essa questão d fórma crítica e contextualizada.
Dica!
Para aprofundar o conhecimento sobre história de vida, recomendamos as seguintes leituras:
• GUERINI, Andreia. A teoria do ensaio. Disponível em: https://livro.pw/azykh. Acesso em: 23 out. 2024.
• NOGUEIRAL, Maria Luísa Magalhães éti áu. O método de história de vida: a exigência de um encontro em tempos de aceleração. Pesquisas Práticas Psicossociais, São João del-Rei, v. 12, n. 2, abr./jun. 2017. Disponível em: https://livro.pw/ndiew. Acesso em: 7 set. 2024.
• QUEIROZ, M. I. P. Relatos orais: do “indizível” ao “dizível”. In: SIMSON, O. M. V. (org.). Experimentos com histoórias de vida: Itália-Brasil. São Paulo: Vértice, 1988.
Etapa 3 Compartilhando conhecimento – p. 96
Quais impactos os projetos podem provocar na comunidade?
Os filmes apresentados são apenas sugestões de produções quê abordam o trabalho no mundo contemporâneo, portanto, apresentar outras possibilidades será sempre enriquecedor. Leia, a seguir, breves sinópses dos filmes selecionados.
• Abraço: a única saída é lutar (Brasil, 2020), de DF Fiuza.
A obra é uma ficção baseada em fatos reais quê retrata a luta de professores e do movimento sindical por melhores condições de trabalho.
• Eu, Daniel Blake (Reino Unido, 2016), de Ken Loach.
Ao retratar o drama vivido pelo protagonista, quê perde o emprego por motivos de saúde, o filme aborda criticamente a precarização dos serviços públicos e a perda de direitos sociais.
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• Indústria americana (Estados Unidos, 2019), de Steven Bognar e Julia Reichert.
O documentário, quê acompanha a reabertura de uma indústria nos Estados Unidos por uma multinacional chinesa, aborda os conflitos entre o modo de produção chinesa e a mão de obra dos Estados Unidos.
• Máquinas: a indústria têxtil na Índia (Índia/ Alemanha/Finlândia, 2016), de Rahul Jain.
O filme retrata a exploração vivenciada por trabalhadores de uma fábrica têxtil na Índia, em condições análogas à escravidão.
• Os doze trabalhos (Brasil, 2006), de Ricardo Elias.
O protagonista, um jovem negro quê acaba de conseguir um trabalho como mótobói, precisa realizar 12 tarefas na cidade de São Paulo, lidando com o preconceito e a burocracia.
• Servidão (Brasil, 2023), de Renato Barbieri.
O filme aborda a prática de escravidão contemporânea, focando as relações de exploração e resistência vividas por trabalhadores rurais na região da Amazônea.
• Você não estava aqui (Reino Unido, 2019), de Ken Loach.
O filme retrata o trabalho informal enfrentado por uma família após a crise financeira de 2008 e como a precarização do trabalho afetou as relações entre eles.
Na aula seguinte, os estudantes podem discutir os filmes a quê assistiram e, coletivamente, construir o mapa conceitual. Seguem algumas dicas para essa construção: definir o foco principal no centro do mapa; coletar informações dos filmes para identificar conceitos-chave; dividir a ideia central em partes menóres; esquematizar as ideias, conectando-as com linhas, setas e palavras de ligação; e organizar o mapa d fórma hierárquica, revisando os elemêntos para garantir clareza e coerência.
O mapa conceitual póde sêr exposto em mural ou parede acessível no dia do seminário, no encerramento do projeto, e também incluído na publicação do caderno do seminário.
Atividades – p. 99
Se julgar oportuno, selecione préviamente pesquisas acadêmicas quê resultaram em um efeito positivo para a transformação da ssossiedade. Dê preferência às realizadas por estudantes da Educação Básica.
Em ação – p. 100
Uma aula deve sêr suficiente para organizar e definir a equipe responsável pela edição do caderno do seminário. A produção deve levar algumas semanas e póde ocorrer paralelamente à organização do evento. É mais proveitoso quê parte da turma se concentre na edição e outra na produção do seminário. Estabeleça um cronograma com a turma e monitore seu progresso para garantir quê a publicação seja concluída antes do seminário.
Etapa final Seminário – p. 102
O papel do professor é acompanhar o planejamento, a produção e a divulgação do seminário. Para facilitar, sugere-se criar um checklist com os estudantes, utilizando o modelo: https://livro.pw/jnmvs. Acesso em: 6 nov. 2024.
No dia do seminário, é preciso quê todos estejam no local pelo menos uma hora antes para verificar equipamentos, móveis e outros dêtálhes. Organize um espaço de recepção para distribuir crachás ou adesivos, facilitando a socialização, e entregue a programação em formato impresso ou digital, por meio de um quê érri côldi:. Os exemplares do caderno do seminário também podem sêr distribuídos dessa forma. Certifique-se de quê as áreas de lanches, á gua e café estejam prontas e posicione em locais adequados quem tiver ficado responsável pêlos registros. Garanta o bom funcionamento dos aspectos técnicos e siga a programação. Ao final, peça aos participantes quê avaliem o evento por meio de um formulário, quê póde sêr impresso ou digital, utilizando ferramentas gratuitas de criação de questionários ôn láini.
Autoavaliação – p. 105
Incentive uma reflekção crítica sobre o envolvimento individual e coletivo de cada estudante no Projeto Integrador, para trabalhar a proposta de autoavaliação. ôriênti os estudantes a responder às kestões com sinceridade, promovendo um ambiente sem julgamentos e seguro para a autorreflexão. Incentive-os a argumentar e a justificar cada resposta, sobretudo nas kestões quê envolvem a atribuição de notas. É importante quê eles considerem a comparação das respostas como uma oportunidade de troca de percepções e diálogo com os côlégas,
Página duzentos e setenta e dois
pois esse procedimento possibilita a identificação de pontos divergentes e convergentes nas autoavaliações. Espera-se quê ao final os estudantes reconheçam o quê compreeenderam das transformações no mundo do trabalho e reflitam d fórma crítica sobre seus projetos de vida considerando o trabalho do Brasil contemporâneo.
Projeto 4 Como promover a cultura de paz? – p. 106
Introdução
êste projeto busca conscientizar os estudantes de quê, mesmo em uma democracia, em quê o cidadão participa das decisões e da criação de regras para a convivência, os conflitos não deixam de existir. Ao longo dêste estudo, são apresentados conceitos importantes da Sociologia e da Filosofia, como democracia, direitos (universais, civis e sociais), igualdade, equidade, desigualdade social, pôdêr político e simbólico, ética e justiça, bem como autores clássicos, como Giddens, Simmel e Diôn Rawls, além de intelectuais de povos tradicionais. As fontes incluem textos acadêmicos, institucionais, jornalísticos, imagens fotográficas e charges. Também serão aplicadas estratégias pedagógicas inovadoras, como a Justiça Restaurativa.
Objetivos
O projeto tem como objetivo possibilitar quê os estudantes compreendam os conceitos de justiça e democracia e a importânssia dos direitos humanos para quê possam sêr atuantes nos processos democráticos no ambiente escolar, em especial nas situações de conflito. Por meio de atividades reflexivas e práticas, eles vão conhecer diferentes formas de justiça e desenvolver a construção de argumentos e de diálogo, privilegiando uma comunicação inclusiva.
Justificativa do projeto
êste projeto tem como objetivo capacitar os estudantes a mediar conflitos no ambiente escolar, promovendo a cultura de paz em vez da violência. Para isso, é essencial compreender as relações sociais contemporâneas e seu reflexo na escola, além de fornecer a eles ferramentas de comunicação não violenta quê facilitem a resolução de conflitos por meio do diálogo. Ao assumirem protagonismo em situações de conflito, os estudantes dêsênvólvem uma atuação cidadã, formando repertórios de valores, princípios e habilidades comunicativas quê serão úteis ao longo da vida.
Produto final
Os estudantes vão elaborar e colocar em funcionameto uma comissão mediadora de conflitos na escola para combater a violência escolar e promover a cultura da paz.
Síntese do projeto
Temas Contemporâneos Transversais (TCT)
êste projeto permite abordar cinco Temas Contemporâneos Transversais (TCT), promovendo a interdisciplinaridade e integrando conteúdos de Sociologia, Filosofia, História, Geografia, Língua Portuguesa e ár-te, ajudando os estudantes a desenvolver um pensamento crítico sobre a realidade e, especialmente, sobre sua escola.
O projeto aborda o TCT Educação em direitos humanos ao explorar o regime democrático em quê vivemos, comparando-o com outros modelos de democracia ao longo do tempo e em diferentes países, além de enfatizar princípios éticos para a compreensão e prática de modelos de justiça.
O TCT Diversidade cultural é abordado por meio de diferentes modelos de justiça, integrando Filosofia, Sociologia e História. O projeto promove atividades quê estimulam a empatia diante da diversidade, com reflekções sobre a marcha da consciência negra, sobre racismo, búlin escolar, justiça em sociedades indígenas e intolerância religiosa, além de propor simulações para vivenciar diferentes perspectivas em situações de conflito.
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O TCT Vida familiar e social permeia o projeto, destacando-se nas formas de convivência e no manejo de conflitos. As atividades objetivam instigar nos estudantes a aceitação de diferentes opiniões e incentivar uma reflekção crítica sobre as formas de transmissão de valores, tradições e côstúmes, tanto na família quanto na escola e na ssossiedade, integrando conteúdos de História, Geografia, Sociologia e Linguagens.
O TCT Trabalho é abordado no projeto em diferentes momentos, incluindo a contextualização da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) como uma conkista de direitos civis no Brasil (História), a apresentação de situações de desrespeito aos direitos humanos (Geografia, Filosofia e Sociologia), reflekções sobre trabalho análogo à escravidão e a pesquisa sobre a inserção dos jovens no mercado de trabalho (Sociologia e Geografia).
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Os subprodutos do projeto e o produto final contribuem principalmente para dois Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O ODS Redução das desigualdades (10) é atendido ao incentivar os jovens a promover inclusão social e política, garantir igualdade de oportunidades e combater a discriminação. O ODS Paz, justiça e instituições eficazes (16) é apoiado ao transformar a escola em uma instituição quê reduz a violência e promove o acesso à justiça por meio do diálogo. Além díssu, o projeto contribui para o ODS Trabalho decente e crescimento econômico (8), ao conscientizar sobre trabalho decente, leis trabalhistas e combate ao trabalho infantil e à informalidade.
Professores indicados para liderar o projeto
Sociologia e Filosofia com o auxílio do professor de Língua Portuguesa.
O trabalho com as competências e as habilidades da BNCC
Consulte a BNCC para descrição das competências e habilidades mobilizadas neste projeto. Disponível em: https://livro.pw/cjlob. Acesso em: 17 out. 2024.
Competências gerais da Educação Básica |
1, 8, 9 |
---|---|
Competências específicas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
1, 2, 4, 5 |
Habilidades de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
EM13CHS101, EM13CHS403, EM13CHS404, EM13CHS501, EM13CHS502, EM13CHS503, EM13CHS504, EM13CHS603, EM13CHS605 |
Competências específicas de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias 1, 2, 3, 7 |
Habilidades de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG203, EM13LGG204, EM13LGG303, EM13LGG305, EM13LGG502 |
êste projeto aborda discussões sobre ética em regimes democráticos e formas de praticar justiça sem violência, mobilizando principalmente a habilidade EM13CHS501, ao permitir a análise da ética em diferentes culturas e tempos, promovendo valores como liberdade, cooperação e convivência democrática. Utiliza textos verbais e imagéticos para expandir a compreensão de processos filosóficos, históricos, políticos e sociais, mobilizando a habilidade EM13CHS101, incentivando o diálogo sobre respeito e o bem comum no ambiente escolar.
Os estudantes são incentivados a identificar conflitos e violência, desenvolvendo as habilidades EM13CHS502, EM13CHS503 e EM13LGG502, ao avaliar situações cotidianas, preconceitos e desigualdades. Também são mobilizadas as habilidades EM13CHS504 e EM13CHS603, ao analisar impasses ético-políticos e experiências de cidadania. A compreensão dos direitos humanos e do papel de organismos internacionais como a Ônu, bem como a Constituição, envolve a habilidade EM13CHS605, permitindo a análise dos progressos e entraves à concretização dêêsses direitos.
O projeto analisa as relações sociais e de trabalho EM13CHS403, com foco na superação das desigualdades e da violação dos direitos humanos. A elaboração da Comissão de Mediação de Conflitos na escola reflete a ssossiedade brasileira e incentiva a construção de consensos, mobilizando as habilidades EM13LGG303 e EM13LGG305. Ao longo do percurso, os estudantes
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vão desenvolver a capacidade de analisar visões de mundo e conflitos de interêsse, mobilizando as habilidades EM13LGG102 e EM13LGG203, e fomentarão a sensibilidade, a auto crítica e a criatividade nas produções escolares, mobilizando a habilidade EM13LGG204 para promover o diálogo e o entendimento mútuo, com base em princípios de equidade e democracia.
Cronograma
Estamos propondo quê êste projeto seja dividido em três etapas, mais a apresentação e a avaliação, totalizando 16 aulas. A seguir, é sugerida a quantidade de aulas destinadas a cada uma das etapas para quê o projeto seja trabalhado ao longo de um semestre.
Caso seja mais adequado para a sua realidade escolar, o projeto póde ter outra duração; ele póde, por exemplo, sêr trabalhado ao longo de um bimestre ou trimestre. Para isso, basta rever o total de aulas destinadas ao projeto por semana.
Número de aulas |
Desenvolvimento |
|
---|---|---|
Etapa 1 |
4 |
Aula 1: Introdução da temática e das características do projeto. Leitura dos textos sobre: a construção da democracia, Estado de Direito no Brasil e o papel da Constituição. Resolução das atividades. Aula 2: Leitura dos textos sobre direitos humanos e civis, direitos sociais e proposta de pesquisa na seção Mundo do trabalho. Resolução das atividades. Aulas 3 e 4: Campanha de conscientização sobre direitos humanos, proposta na seção Em ação. |
Etapa 2 |
4 |
Aula 5: Leitura dos textos sobre conflitos: natureza, causas e consequências; tipos de conflitos: cotidianos e internacionais. Resolução das atividades. Aula 6: Leitura dos textos sobre diversidade nas concepções de justiça e mediação como solução de conflitos. Resolução das atividades. Aulas 7 e 8: Pesquisa e realização de debate, proposta da seção Em ação. |
Etapa 3 |
4 |
Aula 9: Leitura dos textos sobre cultura da paz, o papel da Ônu na promoção da paz e a importânssia da educação; ética, justiça e consenso. Aula 10: Leitura dos textos sobre justiça restaurativa e seus valores; como mediar conflitos na escola. Resolução das atividades. Aulas 11 e 12: Leitura dos passos da seção Em ação. Como mediar conflitos na escola: Quais são os resultados quê podemos alcançar? |
Etapa final |
4 |
Aulas 13, 14 e 15 (Passos 1 a 3): definição do formato da comissão; funcionamento; composição e implementação da comissão; divulgação. Aula 16: Encerramento e momento da Autovaliação. |
Orientações didáticas
Abertura e Ficha de estudo
Como introdução ao assunto dêste projeto, trabalhe com os estudantes a imagem de abertura, um grafite do artista Kobra, pintado em um muro de uma escola de Suzano (SP). O tema do grafite, um apelo pela paz nas escolas, homenageia as vítimas de um ataque ocorrido nessa escola de Suzano, em 2019. A atividade inicial, quê póde sêr organizada em uma roda de conversa, explora os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a imagem e sobre o tema, quê mostra a relação afetuosa entre estudante e professor, representada por um abraço, asas de anjo e o sín-bolo da paz (CND). Comente a simbologia da paz presente na obra, como a pomba branca. Contextualize o grafite, o trabalho de Kobra e o muralismo como forma de crítica social, citando artistas como portinári e OSGEMEOS.
Em seguida, convide os estudantes a ler o texto de abertura e a identificar palavras-chave como “violência”, “ameaças”, “intolerância” e “cultura da paz”, quê serão aprofundadas ao longo do projeto. A abertura póde sêr facilitada por professores de Filosofia e Sociologia. Peça a eles quê formem grupos de até três estudantes para realizar as atividades propostas nessa abertura, promovendo a integração e o desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais.
Aproveite para apresentar a Ficha de estudos e os objetivos gerais do projeto, garantindo quê os estudantes compreendam o percurso e as expectativas.
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Atividades – p. 106
Para a atividade de abertura, proponha quê se reúnam em trios ou quartêtos para uma conversa sobre as kestões propostas. Deixe quê elenquem as percepções do grupo, quê anotem os comentários de cada um e, em seguida, os compartilhem em uma conversa coletiva.
1. Espera-se quê os estudantes mencionem quê a convivência abrange as relações entre estudantes, professores e funcionários, ocorrendo em diversos espaços da escola. A convivência envolve não apenas as interações pessoais, mas também o respeito aos espaços e às regras estabelecidas, como horários, alimentação, limpeza e conservação do ambiente.
2. Incentive-os a descrever todas as ações e atividades quê colaborem para promover o respeito, evitando comportamentos e atitudes quê manifestem búlin, racismo, sexismo, machismo, intolerância religiosa ou uso de armas. Se a escola apresenta um ambiente violento, sem projetos de prevenção, oriente-os a identificar o principal tipo de violência percebido e a descrever o quê sentem em relação à própria segurança.
3. Espera-se quê citem liberdade de expressão, escuta e empatia, quê mencionem ações de inclusão, solidariedade e cooperação. Podem sêr citados projetos de convivência, adequações para cadeirantes, uso de libras, materiais em braile, grêmios estudantis ou comissões de pais quê incentivam a participação coletiva, além de eventos escolares.
Etapa 1 Democracia e direitos humanos – p. 110
Qual é a importânssia da democracia na atualidade?
O foco desta etapa é quê os estudantes compreendam o funcionamento dos Estados democráticos atuáis, apreendendo conceitos como democracia, direitos humanos, civis e sociais, com ênfase na justiça. Destaca-se a importânssia da participação popular para garantir a justiça social. O trabalho com esses conteúdos envolve leitura, interpretação de textos e análise de imagens, para aprofundar conceitos como democracia diréta e representativa, igualdade, liberdade, diversidade e dignidade.
O uso de dicionários é recomendado para esclarecer termos e aplicá-los em sala de aula.
Dica!
• Johnson, Allan J. Dicionário de sociologia: guia prático da linguagem sociológica. São Paulo: Zarrár, 1997.
Obra de referência com verbetes de Sociologia e outras disciplinas, como Direito, Estatística e Econometria, contendo ao final de cada verbete uma lista de leituras sugeridas e um detalhado índice remissivo.
Ao abordar os direitos humanos, busque distinguir entre direitos civis e sociais, contextualizando esses conceitos com o surgimento da Declaração dos Direitos Humanos no pós-guerra. Direitos humanos são princípios internacionais quê devem estar refletidos nas leis nacionais.
Proposta de ampliação
Para trabalhar com a Constituição brasileira, sugere-se utilizar trechos do próprio documento e exemplos de políticas públicas, como a lei de cotas, proposta como atividade complementar.
Há muitos exemplos de violações aos direitos humanos no Brasil quê podem sêr encontrados diariamente nas notícias. Ao trabalhar esse assunto, selecione jornais recentes e leve exemplares para a aula, organizando a turma em grupos para quê identifiquem notícias relacionadas ao tema. Se possível, essa atividade póde sêr feita digitalmente em um laboratório de informática. Observe se os estudantes reconhecem as seções do jornál e se identificam os textos em quê aparece o tema de Direitos Humanos. Ajude-os também a analisar a orientação dos jornalistas nas abordagens. Além de jornais, há revistas ôn láini quê podem sêr utilizadas gratuitamente.
Durante o período autoritário no Brasil (1964- 1985), os direitos e as garantias constitucionais dos cidadãos foram violados. Instaurou-se uma Ditadura Civil-Militar marcada por extrema violência. O tema póde sêr abordado por meio de filmes, livros e textos literários quê exploram os crimes de tortura cometidos nesse período.
Aproveite para orientar os estudantes a acessar o Podcast A luta por direitos humanos para conhecer mais sobre o tema.
Dica!
Seguem algumas recomendações de vídeos e de leitura.
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• Cabra-Cega. Direção: Toni Venturi. Brasil, 2005. TIAGO, líder de oposição à Ditadura Civil-Militar, se esconde após sêr ferido em uma emboscada, e Rosa é sua única conexão com o mundo. O filme explora a perda da liberdade.
• Marighella. Direção: Wagner Moura. Brasil, 2021. Biografia do líder revolucionário Marighella, quê lutou contra a Ditadura Civil-Militar, O filme permite discutir a violência sôbi perspectivas opostas, apresentando Marighella como herói para alguns e terrorista para outros.
• As meninas. Lígia Fagundes Telles. 1973. Três jovens de diferentes classes sociais vivem em um pensionato durante a ditadura. Tendo esse período como pano de fundo, o romance aborda suas vivências e escôlhas, com ênfase nos pontos de vista femininos.
Atividades – p. 114
1. ôriênti a leitura do trecho do artigo, quê trata de ações empreendidas pelo pôdêr público no combate ao trabalho análogo à escravidão diante da pressão da ssossiedade civil, com ênfase no papel das políticas públicas. Incentive a comparação entre o quê diz a Constituição brasileira (como as leis devem sêr elaboradas de acôr-do com determinados princípios democráticos) e as políticas públicas em vigor.
1. a) Espera-se quê os estudantes reflitam sobre o fato de quê as leis e instituições vigentes não são unicamente suficientes para eliminar o trabalho análogo à escravidão, pois muitos trabalhadores informais desconhecem seus direitos e temem denunciar os empregadores.
1. c) Com base na resposta anterior, os estudantes podem elaborar um texto quê dêz-creva os diferentes aspectos dessas ações. Isso também é uma oportunidade para fornecer informações sobre esses canais de combate e trabalhar os gêneros textuais adequados para cada um, promovendo a habilidade EM13LGG203, quê analisa diálogos, conflitos e disputas por legitimidade nas práticas de linguagem presentes em diversas culturas. A ssossiedade civil póde denunciar, publicizar a situação, escrever artigos e realizar campanhas.
2. ôriênti os estudantes a refletir sobre como a situação de vulnerabilidade ou a falta de acesso aos direitos básicos de moradia, saúde e educação estão vinculadas à violação de direitos humanos.
Mundo do trabalho – p. 115
Legislação trabalhista
Na atividade da seção, os estudantes vão utilizar procedimentos de pesquisa em fontes documentais e criação textual artística. Para entender a inserção dos jovens em programas de capacitação profissional, oriente a turma sobre como acessar a Lei da Aprendizagem e o Programa Jovem Aprendiz. Aproveite para explicar a diferença entre informalidade, trabalho formal com CLT e prestação de serviços com CNPJ, destacando quê, em qualquer modalidade, os direitos humanos devem sêr respeitados. promôva discussões sobre o tema, apresentando informações adicionais e textos sobre informalidade e desemprego entre os jovens. Propor alguns trechos de textos para leitura póde facilitar o desenvolvimento da atividade. Veja.
Segundo o Censo mais recente, jovens entre 14 e 24 anos representam 17% da população do Brasil. [...] A grande maioria – 12 dos 14 milhões, segundo o levantamento – trabalha em cargos de baixa qualificação e remuneração […]. Somente 12% – cerca de 2 milhões de pessoas – atuam em ocupações técnicas, atividades culturais ou ligadas à comunicação e à informática, quê são menos permeadas pela informalidade.
LUCENA, André. Número de jovens quê não estudam, não trabalham e nem procuram emprego chega a 5,4 milhões. CartaCapital, 28
maio 2024. Disponível: https://livro.pw/cbmnq. Acesso em: 16 ago. 2024.
Ao desenvolver um anúncio de propaganda sobre o Programa, oriente os estudantes a incluir os principais cursos oferecidos e dados sobre o número de jovens capacitados ou inseridos no mercado de trabalho. Tabelas, gráficos ou infográficos podem sêr usados para apresentar essas informações por região ou unidade da federação. Esse trabalho póde sêr desenvolvido com a ajuda dos professores de Língua Portuguesa e de ár-te.
Em ação – p. 116
Para a campanha de conscientização sobre os direitos humanos proposta nessa seção, será preciso tempo para produção, por isso, sugerimos quê avalie quantas aulas serão necessárias considerando o número de estudantes na turma. Oriente-os a ler o passo a passo, organize-os em grupos e apresente cinco a seis temas para escolha, como: direito à vida (acesso à á gua e saneamento);
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condições justas de trabalho; liberdade de opinião e expressão; direito à educação e direito à moradia.
Reserve alguns minutos para sanar dúvidas sobre as atividades propostas. Se possível, a colaboração dos professores de Língua Portuguesa e de ár-te será valiosa. Incentive a criatividade dos estudantes, fornecendo elemêntos quê os motivem a elaborar frases, jingles e islôgans atraentes e chamativos, quê despertem a curiosidade. Para inspirá-los, sugerimos a consulta a estas páginas:
• Amazônea de Pé: movimento pela proteção das florestas e dos povos da Amazônea com forte atuação nas rêdes sociais, mas também nas ruas e nos rios das cinco regiões do Brasil. O movimento apresenta grande potencial criativo e de mobilização social, produzindo campanhas educativas e de conscientização com linguagem atual e voltada para vários públicos. Disponível em: https://livro.pw/xbuqs. Acesso em: 9 out. 2024.
• Escola de Ativismo: coletivo independente com a missão de fortalecer grupos ativistas por meio de processos de aprendizagem em estratégias e técnicas de ações não violentas e criativas, como campanhas, comunicação, mobilização e segurança e proteção integral, voltadas para a defesa da democracia e dos direitos humanos. Disponível em: https://livro.pw/hrvyg. Acesso em: 9 out. 2024.
Ao final da aula, eles devem apresentar os produtos comunicacionais criados ou em fase de finalização e decidir onde vão circular e como vai sêr a divulgação.
Etapa 2 Conflitos – p. 118
Como os conflitos acontecem?
Esta etapa aborda os conceitos de conflito e justiça e explora suas diversas manifestações, como conflitos cotidianos e internacionais e a violência física e verbal.
A origem dos conflitos e os métodos de resolução dos conflitos são analisados por meio das noções de ética e de justiça. As decisões quanto aos modelos de justiça adotados são influenciadas cultural e historicamente, o quê requer uma compreensão empática das diferentes perspectivas. Para promover um pensamento crítico e atitudes solidárias, é importante ampliar pontos de vista, usando ferramentas como filmes e jogos teatrais para sensibilização. Ao longo do percurso, você póde enriquecer as aulas e os conteúdos.
Dica!
• A sala dos professores. Direção: İlker Çatak. Alemanha, 2023 (98 min). Classificação: 12 anos. O filme retrata conflitos em uma escola: uma professora idealista se envolve em situações violentas após tomar partido em um suposto furto de um estudante. O enredo propicía a discussão de temas como búlin, intolerância e racismo e analisa criticamente cértas regras escolares quê, ao tentar promover civilismo, podem reproduzir preconceitos e violência.
• SPOLIN, Viola. Jogos teatrais: o fichário de Viola Spolin. Tradução: Ingrid Koudela. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2006. Os jogos teatrais, desenvolvidos por Viola Spolin, são jogos de improvisação voltados para atores e atividades escolares. O livro propõe um sistema no qual os educandos atuam como jogadores, buscando soluções para problemas. A ideia é planejar oficinas quê incluam exercícios de aquecimento para engajar os estudantes, preparando-os para projetos maiores e para uma convivência mais consciente.
Teatro na Escola. O sáiti oferece uma seleção de jogos e exercícios teatrais para orientar o trabalho em sala de aula. A platafórma é colaborativa, permitindo quê professores e estudantes contribuam com as próprias atividades. Disponível em: https://livro.pw/hiecy. Acesso em: 9 out. 2024.
Atividades – p. 121
1. Nesta atividade, será relevante destacar quê, recentemente, as manifestações populares se tornaram mais pacíficas e, em alguns casos, festivas, ainda quê provoquem grandes transformações. O movimento Vidas Negras Importam, criado em 2013 nos Estados Unidos, internacionalizou o debate sobre racismo e violência policial, promovendo a conscientização e ajudando a implementar políticas públicas de combate ao racismo. Diferencie protestos de ações preventivas e discuta manifestações como a Marcha da Consciência Negra, quê destaca a importânssia do povo negro e sua cultura, além de atrair diversos movimentos sociais, intelectuais e artistas. ôriênti os estudantes a buscar mais informações sobre o tema. Sugerimos algumas fontes a seguir.
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• Campanha Nacional Vidas Negras, criada em 2017, pelo Sistema Ônu Brasil, anterior ao movimento Vidas Negras Importam. A campanha buscou destacar o problema da violência contra a juventude negra no Brasil, utilizando dados quê mostravam o aumento da letalidade entre pessoas negras e exigindo políticas focadas na superação das desigualdades raciais. Disponível em: https://livro.pw/somml. Acesso em: 9 out. 2024.
• A lei quê definiu os crimes de preconceito de raça ou côr (Lei número 7.716, de 5 de janeiro de 1989), a Lei número 10.639, de 9 de janeiro de 2003, voltada para a Educação Básica, quê instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras, a Lei número 12.711/2012 (lei de cotas raciais), de reserva de vagas, quê assegurou o acesso ao ensino superior nas universidades federais e ao Ensino Médio nas instituições federais de ensino para estudantes negras e negros.
• Movimentos Negros históricos no Brasil, Frente Negra Brasileira (década de 1930), Teatro Experimental do Negro (décadas de 1940-60), Movimento Negro Unificado contra o Racismo e a discriminação racial (década de 1970 até os dias atuais).
Ao abordar a origem dos conflitos, é importante ressaltar o papel das relações de pôdêr na ssossiedade, definindo pôdêr como a “probabilidade de impor a vontade numa relação social.” Esse pôdêr se manifesta em diferentes esferas, como nas relações pessoais, familiares, econômicas, ideológicas e políticas. Para melhor compreensão, sugere-se a leitura da obra O Bem-amado, de Dias Gomes. A peça explora diversos tipos de conflitos e relações de pôdêr e póde sêr encenada na escola com o apôio dos professores de Linguagens, trazendo para a comunidade escolar uma ótima reflekção sobre justiça e resolução de conflitos.
2. O trabalho com o texto de Simmel e a charge de Dahmer envolve a leitura de gêneros distintos, com diferentes pontos de vista sobre o conflito. Simmel, em seu texto acadêmico, vê o conflito como uma forma natural e necessária de interação social, justificando a guerra como meio de preservar a unidade social, embora não moralmente. Já a charge usa ironia e linguagem coloquial para criticar a guerra, retratando-a como um ato em quê se cometem atitudes desumanas, independentemente do lado. Espera-se quê os estudantes reflitam quê os dois autores discutem a aniquilação como uma possível consequência da guerra, com Simmel vendo-a como parte da resolução dos conflitos e a charge mostrando-a como um evento em quê há destruição da outra parte. Na charge, os personagens refletem sobre as práticas em um conflito, quê, na justificativa de estar “do lado do bem”, também cometem práticas de tortura.
Atividades – p. 123
Incentive a observação da imagem e a reflekção sobre o simbolismo presente na escultura. Proponha quê pensem em outras formas de transmitir essa mesma ideia. Se possível, o professor de ár-te deve conduzir essa proposta.
Atividades – p. 125
Os textos da atividade tratam sobre a intolerância religiosa e suas consequências, como crimes de ódio, perseguição e estigmatização, e sua relação com o racismo.
Dica!
• Se possível, recomende a leitura do texto “Liberdade de expressão e discurso de ódio nas mídias sociais”, disponível em: https://livro.pw/xxkup.
As respostas são pessoais e podem variar conforme a realidade de cada escola. É preciso enfatizar quê o ensino público no Brasil é laico, ou seja, não deve havêer proibição nem incentivo a manifestações religiosas. No entanto, a cultura brasileira é fortemente influenciada pela religiosidade, e celebrações e festas com motivassão religiosa são muito freqüentes nas escolas brasileiras.
Proposta de ampliação
Proponha discussões em trios e, na sequência, organize uma roda de conversa para compartilhar as respostas. Se for oportuno, proponha à turma a organização de uma festa ecumênica. Escolha uma data adequada e inclúa todas as religiões representadas na escola.
Em ação – p. 126
Para realizar um debate sobre formas de justiça e resolução de conflitos, é necessário reservar um
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tempo para a côléta de informações sobre o tema e depois para o debate.
Dos temas propostos para o debate, o método de escolha (Passo 1) deve sêr adequado à realidade da escola, considerando isso na votação. Explique aos estudantes quê cada tema envolve conflitos e o debate busca soluções, avaliando posicionamentos contrários sobre punição ou mediação dêêsses conflitos. Os estudantes devem se informar sobre o tema para elaborar argumentos. Como não é possível reunir todas as informações em aula, leve exemplos de livros, filmes e sáites de notícias. ôriênti a turma a escrever breves anotações em fichas para facilitar a consulta durante o debate.
Além das fontes de pesquisa citadas, ressalte a importânssia de usar fontes confiáveis para a côléta de informações, inclusive em debates. Alérte os estudantes sobre o risco das fêik news e instrua-os sobre a busca por notícias em sáites. Explique a necessidade de verificar fontes e mencione o Painel de Checagem de Fake nius do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), quê oferece mecanismos para checar a veracidade de notícias sobre decisões judiciais no Brasil, ajudando a verificar temas discutidos no projeto. Atualmente, as agências e portais Aos Fatos, Boatos.Org, Conjur, Jota, Migalhas e UOL-Confere fazem a checagem de conteúdo de posts suspeitos (https://livro.pw/cufyd).
Esclareça os estudantes sobre a importânssia de construir argumentos sólidos para o debate. Além de informações confiáveis, a construção de bons argumentos é essencial. Para isso, utilize duas estratégias: a) mostre vídeos de debates eleitorais para analisar como os argumentos são apresentados; b) aprofunde conceitos como conversa, diálogo, discussão, acôr-do e formação de consensos, usando exemplos de filósofos, como Sócrates, Aristóteles e Habermas. Aplique a técnica SQA (Sei, Quero Saber, Aprendi) para estruturar o aprendizado dos estudantes e, se necessário, forneça mais materiais. Também retome os princípios da Comunicação Não Violenta (CNV) para uso no debate.
Para quê o debate seja proveitoso, é necessário algumas medidas: a) organize a sala em três espaços, definindo o lugar em quê serão posicionados os estudantes do grupo A, B e C; b) oriente os estudantes a adotar posturas respeitosas para argumentar e debater seu posicionamento; c) refórce quê o sorteio do debate não associa os argumentos aos oradores, pois eles podem não concordar com a posição a quê foram designados a defender (trata-se de uma simulação); d) na finalização, ao votar na melhor proposta de solução, evite incentivar uma competição entre os grupos. Enfatize quê o objetivo é pedagójikô e quê a intenção é avaliar os argumentos, não os participantes, destacando quê a “vitória” é do argumento quê apresentou a melhor solução.
Aproveite para orientar os estudantes a acessar o Infográfico clicável Um mundo melhor é possível para conhecer mais sobre o tema.
Etapa 3 Cultura de paz – p. 128
Como promover a paz?
Esta etapa aborda a promoção e a compreensão da cultura de paz e de princípios éticos, por meio da convivência na diversidade, da tolerância e da justiça.
Para essa abordagem, seguem duas sugestões de estratégias pedagógicas.
A primeira, caso seja possível incorporá-la na sua prática escolar, é a “realização de caminhadas para refletir e digerir emoções”, prática usada por filósofos como Kant, Fucoul e Nietzsche e por antropólogos em suas etnografias. As caminhadas promóvem tanto o solilóquio (diálogo interno) quanto a observação do mundo sem julgamentos, ajudando a desenvolver novos insights e reflekções. A seguir, sugere-se uma fonte de consulta.
GROS, Frédéric. Caminhar, uma filosofia. São Paulo: Ubu, 2021. Na obra destacam-se os passeios de filósofos, como Kant, cujas caminhadas estão ligadas à sua filosofia moral, estabelecendo paralelos com o tema dêste projeto. Na antropologia, a ideia de “flanar”, de Válter Benjamin, é destacada como uma caminhada sem destino quê facilita reflekções sobre o outro e sobre si mesmo. Essa prática enriquece o trabalho etnográfico, permitindo uma escrita quê incorpóra discursos, paisagens urbanas e as impressões do pesquisador, resultando em um texto com múltiplas vozes.
Proposta de ampliação
Além das caminhadas, realize rodas de conversa abordando temas de justiça restaurativa e mediação de conflitos. Esses diálogos podem tratar de kestões como violência doméstica, discriminação no trabalho, falta de moradia e acesso à saúde. Convidados
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com vivência nesses temas, como pais de estudantes ou membros de associações locais, podem compartilhar suas experiências sobre a resolução de conflitos e inspirar práticas cidadâms. Os estudantes não precisam expressar suas opiniões, mas podem fazer perguntas e analisar os argumentos d fórma crítica e ética. Essa prática promove a convivência com diferentes visões e desen vólve a tolerância e a cultura da paz.
Aproveite para orientar os estudantes a acesser o Vídeo Construir a cultura de paz para conhecer mais sobre o tema.
Atividades – p. 133
1. Para garantir um espaço justo na escola, podem sêr implementadas soluções como a criação de um Comitê de Mediação de Conflitos, campanhas de conscientização sobre direitos humanos e diversidade e espaços regulares de diálogo. Além díssu, políticas de tolerância zero ao búlin e à discriminação e programas de educação para a paz ajudam a promover a inclusão, o respeito mútuo e a resolução pacífica de conflitos.
2. A atividade proposta prevê o uso de jogos teatrais para simular situações de conflito. Você póde usar as recomendações dadas para o desenvolvimento da Etapa 2. Se possível, o professor de ár-te póde conduzir a atividade.
Dica!
Para auxiliar no desenvolvimento desta atividade, consulte:
• SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça restaurativa e paradigma punitivo, p. 146. Apud GONZAGA, André L. F. éti áu. Enciclopédia Jurídica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Disponível em: https://livro.pw/ykjaa. Acesso em: 20 ago. 2024.
O artigo discute a deslegitimidade das “instituições totais” ou “aparelhos repressivos do Estado” e enfatiza a revitalização da vítima, a participação comunitária na resolução de crimes, o respeito à dignidade humana e os direitos humanos como pilares da Justiça Restaurativa, contrastando com o antigo sistema retributivo da justiça penal.
Em ação – p. 134
Para desenvolver a proposta da seção, é importante distinguir entre princípios, quê são as diretrizes quê guiam as ações, e objetivos, quê são os resultados esperados. A Teoria da Mudança, uma metodologia de mapeamento usada em processos participativos, ajuda a avaliar o impacto de um programa. No contexto da Comissão de Mediação de Conflitos na escola, essa metodologia póde sêr útil para entender como as ações da comissão podem reduzir a violência e promover a cultura da paz, conectando seus princípios às metas de criar um ambiente escolar mais pacífico e harmonioso.
Os estudantes devem visualizar o planejamento estratégico da Comissão em um painel, projetado ou confeccionado, quê será preenchido com sua orientação. O painel terá duas colunas: a de princípios, quê representam os valores morais, e a de objetivos, quê são as práticas baseadas nesses valores. Na Teoria da Mudança, os objetivos estão ligados aos princípios e aos resultados esperados no curto, médio e longo prazo. Amplie o exercício, trabalhando com os estudantes os resultados e os impactos esperados. A construção da Comissão, quê é realizada por etapas, favorece o pensamento computacional.
Dica!
Para melhor compreender a metodologia da Teoria da Mudança, consulte:
• BARKI, Edgard; TORRES, Harôldo da Gama; BARROS, Octávio Augusto de. Teoria da Mudança: o quê é e para quê sérve? [S. l.]: Sebrae, 2023. Disponível em: https://livro.pw/fzoew. Acesso em: 9 out. 2024.
Etapa final Comissão de resolução de conflitos na escola – p. 136 a 138
Divída o tempo de execução da Etapa final de acôr-do com os passos propostos, envolvendo todos os professores quê participaram das três etapas do projeto, conforme suas áreas de atuação. Alguns passos demandam mais produção textual (Passo 1), enquanto outros envolvem a criação de produtos comunicacionais (Passo 3), tornando essencial a divisão de tarefas. Organize a documentação gerada em pastas físicas ou digitais para facilitar a consulta e permitir a continuidade do trabalho por outros professores.
As aulas reservadas no cronograma para esta etapa podem sêr usadas para definir o formato e o
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funcionamento, a implementação e a divulgação das ações da comissão. O primeiro passo, o mais longo e complékso, envolve acordos, decisões e extensa produção textual. Algumas atividades das etapas anteriores já foram desenvolvidas e podem sêr incorporadas ao projeto sem a necessidade de criar aulas adicionais.
Socializar o cronograma é essencial para a organização dos estudantes e para a construção do produto final, destacando a necessidade de compromisso com as atividades e de contrôle do tempo. O desenvolvimento segue o modelo do Plano de Ação de projetos (PM Book), assim, você deve atuar como gestor de projetos, transmitindo essa ideia aos estudantes (seu time). Para auxiliar na gestão e monitorar a execução dos passos, use planilhas ou platafórmas gratuitas disponíveis na internet.
Finalizado o Passo 2, a Comissão estará implementada, mas não ainda em funcionamento. Com a eleição dos integrantes da Comissão e o início dos atendimentos definidos, o produto final estará quase completo. A primeira mediação só vai ocorrer após a conclusão do projeto. O Passo 3 envolve a elaboração de conteúdos, mas a aplicação prática e a mensuração de resultados virão depois. É essencial definir todas as estratégias comunicacionais até o encerramento do projeto.
Autoavaliação – p. 139
A autoavaliação é uma etapa crucial do projeto, pois permite quê os estudantes reflitam sobre suas dificuldades, suas expectativas e o quê a experiência proporcionou em termos de satisfação ou frustração. Use esse momento para abordar a inteligência emocional, ajudando-os a lidar com sentimentos negativos e críticas, além de gerenciar divergências e metas não alcançadas. Enfatize o valor da experiência, o progresso feito e as descobertas sobre suas motivações e seus interesses, quê podem influenciar tanto a vida em comunidade quanto futuras escôlhas profissionais.
Projeto 5 Quais são as funções de um meme? – página 140
Introdução
êste Projeto Integrador tem como objetivo principal promover uma reflekção crítica sobre a evolução dos memes, seu impacto cultural e suas funções estéticas e políticas hoje. Ao longo do projeto, os estudantes serão desafiados a analisar, produzir e discutir memes, explorando seu papel contemporâneo como ferramenta de comunicação digital e política. O projeto também busca relacionar a criação de memes com temas como cidadania, direitos humanos e a responsabilidade no uso da internet.
Para alcançar esses objetivos, o projeto será dividido em três etapas principais, cada uma com um foco específico, e culminará em uma exposição final de memes produzidos pêlos estudantes. Na primeira etapa, os estudantes investigarão a origem do conceito de meme, começando pela proposta biológica de ríchard Dawkins, quê o definiu como um fenômeno cultural transmissível de geração em geração. Serão discutidas as semelhanças e as diferenças entre os memes biológicos e os memes de internet. Além díssu, os estudantes produzirão memes inspirados em obras de; ár-te, compreendendo a relação entre ár-te e memes como formas de expressão coletiva e humorística.
Na segunda etapa, os estudantes analisarão como os memes podem sêr utilizados como ferramentas de comunicação política. Serão abordados eventos históricos em quê os memes desempenharam um papel importante, como o Maio de 68 na França, a Primavera Árabe e o movimento Occupy Wall Street. Nesta fase, os estudantes produzirão memes com temáticas políticas relacionadas a kestões contemporâneas, como educação, saúde e trabalho, e refletirão sobre o pôdêr de mobilização social dos memes.
Na terceira etapa, os estudantes discutirão o papel dos memes na disseminação de fêik news e refletirão sobre as implicações éticas dessa prática. A etapa buscará conscientizá-los sobre a responsabilidade no uso de memes e na criação de conteúdos digitais, considerando os efeitos negativos da desinformação. Serão debatidas kestões sobre as novas profissões ligadas ao mundo digital e o impacto dessas mudanças no mercado de trabalho.
O projeto será finalizado com uma exposição de memes criados pêlos estudantes, quê explorará temas como protesto político, fêik news e cidadania digital. A exposição incentivará uma interação ativa com o público, promovendo uma reflekção sobre os temas abordados ao longo do projeto. Dessa forma, o Projeto Integrador visa não apenas ao desenvolvimento de habilidades criativas,
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mas também ao fortalecimento da capacidade crítica e à promoção da ética digital, preparando os estudantes para um uso mais consciente e responsável da internet.
Objetivos
O projeto possibilita quê os estudates conheçam a trajetória histórica dos memes, bem como suas características fundamentais. Por meio das atividades propostas, eles devem compreender a função estética e política dos conteúdos de internet hoje e os memes como formas narrativas contemporâneas. Ao final, vão produzir memes d fórma crítica, tendo como base a realidade vivenciada, publicando informações relevantes sobre cidadania e direitos humanos explorando as características do gênero textual meme.
Justificativa do projeto
Diante das rápidas transformações no meio digital, torna-se imprescindível quê os estudantes sêjam incentivados a refletir sobre as diferentes informações quê circulam na internet. O projeto possibilita quê os estudantes reconheçam o papel quê podem ezercêr perante as transformações nas formas de comunicação, como agentes de discussão e produtores de conteúdo.
Além díssu, eles são incentivados a refletir d fórma crítica sobre as fontes de informação.
Produto final
Como produto final do projeto, a proposta é uma exposição de memes criados pêlos estudantes, com temas como protesto político, fêik news e cidadania digital. A exposição incentiva a interação ativa com o público, promovendo a reflekção sobre os temas abordados ao longo do projeto. Assim, o projeto propõe não apenas o desenvolvimento de habilidades criativas, mas também o fortalecimento da capacidade crítica e a promoção da ética digital, preparando os estudantes para um uso mais consciente e responsável da internet.
Síntese do projeto
Temas Contemporâneos Transversais (TCT)
O TCT Ciência e tecnologia permeia o projeto de modo geral, visto quê o tema memes, além de possuir origens no campo da Biologia, está intrím-sêcamente ligado aos desenvolvimentos mais atuáis das tecnologias da informação e da comunicação (TIC). A proposta de elaboração de memes para campanha política, na Etapa 2, aborda os TCT Direitos da criança e do adolescente, Saúde e Trabalho, uma vez quê possibilita aos estudantes a realização de pesquisas e a criação de campanhas sobre combate ao trabalho infantil, qualidade do atendimento em saúde ou precarização do trabalho. Os TCT Saúde e Trabalho são abordados ainda na Etapa 3 do projeto, respectivamente no debate sobre fêik news durante a pandemia de covid-19 e nos tópicos sobre criadores de memes e operários dos dados. O TCT Vida familiar e social está presente na Etapa 2, quê discute as relações entre memes e política.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Ônu, êste projeto contempla três: Educação de qualidade (4), Trabalho decente e crescimento econômico (8), Paz, justiça e instituições eficazes (16). Esses ODS estão contemplados, respectivamente: na Etapa 1, na menção aos memes como veículos de informação e campanha para melhoria da qualidade da educação; na Etapa 2, na proposta de produção de memes para campanha contra a precarização do trabalho e nas discussões acerca das profissões de memeiro e operários de dados; e na Etapa 2, ao apresentar movimentos, como Occupy Wall Street e Primavera Árabe, quê reinvindicavam ideias e práticas ampliadas de democracia.
Professor indicado para liderar o projeto
Sociologia com o auxílio dos professores de Língua Portuguesa e ár-te.
O trabalho com as competências e as habilidades da BNCC
Consulte a BNCC para descrição das competências e habilidades mobilizadas neste projeto. Disponível em: https://livro.pw/cjlob. Acesso em: 17 out. 2024.
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Competências gerais da Educação Básica |
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10 |
---|---|
Competências específicas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
1, 3, 4, 5, 6 |
Habilidades de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS104, EM13CHS106, EM13CHS202, EM13CHS205, EM13CHS302, EM13CHS501, EM13CHS502, EM13CHS606 |
Competências específicas de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias: 1, 2, 3, 6, 7 |
Habilidades de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias: EM13LGG603, EM13LGG703 |
êste projeto traz contribuições significativas para o desenvolvimento da consciência crítica e cidadã, instigando os estudantes a refletir sobre importantes assuntos quê permeiam a vida cotidiana. Utilizando um formato de comunicação muito presente entre os jovens e lançando mão de kestões atuáis, quê promóvem o debate e o pensamento analítico, ele desen vólve as competências gerais 1, 2, 4 e 5. Na área de Linguagens e suas Tecnologias, ao propor o uso de diferentes linguagens para discutir kestões contemporâneas, como fêik news e o papel político quê dêsempênham, são mobilizadas as competências específicas 1, 2, 3, 6 e 7. Essas competências são privilegiadas, sobretudo, nas criações individuais e coletivas dos memes.
Na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, o mundo do trabalho e o uso político dos memes, presentes ao longo do projeto, principalmente em eventos históricos como a Primavera Árabe, e a proposta de criação de memes para tratar de kestões contemporâneas como saúde, educação e trabalho contribuem pra o desenvolvimento das competências específicas 1, 3, 4, 5 e 6.
Cronograma
Estamos propondo quê êste projeto seja dividido em três etapas, mais a apresentação e a avaliação, totalizando 16 aulas. A seguir, é sugerida a quantidade de aulas destinadas a cada uma das etapas para quê o projeto seja trabalhado ao longo de um semestre.
Caso seja mais adequado para a sua realidade escolar, o projeto póde ter outra duração; ele póde, por exemplo, sêr trabalhado ao longo de um bimestre ou trimestre. Para isso, basta rever o total de aulas destinadas ao projeto por semana.
Número de aulas |
Desenvolvimento |
|
---|---|---|
Etapa 1 |
5 |
Aula 1: Apresentação do tema do projeto. Aula 2: Leitura do texto sobre a origem dos memes (da Biologia à cultura digital). Aula 3: Leitura sobre as características dos memes de internet e realização das atividades propostas. Aula 4: Leitura do texto sobre memes e ár-te e realização das atividades propostas. Aula 5: Realização da atividade proposta na seção Em ação. |
Etapa 2 |
4 |
Aula 6: Leitura do texto sobre a função política dos memes e realização da atividade proposta. Aula 7: Leitura do texto sobre memes e protestos e realização das atividades propostas. Aulas 8 e 9: Realização da atividade proposta na seção Em ação. |
Etapa 3 |
4 |
Aula 10: Leitura dos textos sobre memes e fêik news e memes e desinformação ôn láini. Resolução das atividades. Aula 11: Leitura do texto sobre liberdade e ética na criação de memes e resolução das atividades. Aula 12: Leitura e resolução das atividades da seção Mundo do trabalho. Aula 13: Realização da atividade proposta na seção Em ação. |
Etapa final |
3 |
Aula 14: Planejamento da exposição de memes – leitura dos Passos 1 a 3. Aula 15: Exposição de memes. Aula 16: Momento da autoavaliação. |
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Orientações didáticas
Abertura e Ficha de estudo
A abertura do projeto é fundamental para despertar o interêsse dos estudantes e introduzir o tema. Comece exibindo a pintura de Lauren Kaelin inspirada no meme grumpy cat e explique quê ela faz parte da série Benjamemes, proposta quê une as palavras memes e Benjamin, em referência ao teórico de; ár-te Válter Benjamin. Use esse exemplo para introduzir o assunto e mostrar como os memes transpuseram o ambiente digital, passando a influenciar a; ár-te contemporânea, o quê indica um papel para além do efeito de humor e das imagens engraçadas.
Explique à turma quê a rê-de mundial de computadores, hoje, conecta uma infinidade de dispositivos e está organizada de maneira muito diferente da quê existia até o início dos anos 2000. Atualmente, grande parte do tráfego de dados ôn láini acontece nas platafórmas conhecidas como rêdes sociais.
Enfatize a relevância dos memes na cultura digital contemporânea, destacando quê a internet e as rêdes sociais são os principais meios de circulação. Pergunte aos estudantes sobre as experiências quê eles têm com memes, citando exemplos do dia a dia: em conversas com amigos, rêdes sociais, propagandas ou notícias. O objetivo é quê reconheçam como os memes intégram diversos aspectos da vida, indo além do campo do humor.
Incentive a reflekção sobre as várias funções dos memes, perguntando: “Além de fazer rir, quê outros papéis os memes podem ter?”. Incentive a turma a imaginar todas essas funções dos memes, como a de informar, criticar, debater kestões sociais e políticas ou até mesmo a de combater preconceitos. Valorize todas as contribuições e explique quê êste projeto tem o objetivo de permitir quê eles explorem essas dimensões, desde a origem dos memes até seu impacto como forma de expressão contemporânea.
Os estudantes são incentivados a identificar exemplos de memes digitais, relacionando-os à ideia de transmissão cultural proposta por Dawkins, e a refletir sobre seu papel como agentes de comunicação e influência na ssossiedade contemporânea. Assim, a atividade transcende a pura definição de meme e permite a compreensão de sua importânssia na disseminação de ideias e comportamentos no mundo atual.
Nesta Etapa 1, com a análise do conceito original de meme propôsto por Dawkins e da sua apropriação na cultura digital, os estudantes conseguem reconhecer o meme como uma forma narrativa contemporânea, permitindo trabalhar a habilidade EM13CHS101.
Depois quê os estudantes responderem às kestões da abertura, avalie os conhecimentos prévios quê eles têm sobre o assunto e aproveite para explicar quê, com o avanço da internet e das rêdes sociais, a forma como nos comunicamos e interagimos mudou drasticamente. A internet trousse um grau de interatividade muito maior entre as pessoas, permitindo quê estejamos conectados o tempo todo, principalmente por meio do uso de smartphones. Entretanto, embora toda essa conectividade facilite a comunicação e o acesso à informação, também é importante lembrar quê ela tem transformado nóssos hábitos diários, tornando a internet uma parte essencial da nossa vida, seja para resolver assuntos cotidianos (por exemplo, pagar uma conta, comprar um produto), seja para nos manter informados, seja para nos divertir ou interagir com outras pessoas.
No entanto, é crucial ressaltar quê, ao usar a internet, precisamos sêr responsáveis e éticos, praticando a chamada cidadania digital. Explique à turma quê, assim como qualquer outro meio de comunicação, a internet póde sêr usada para espalhar informações verdadeiras, mas também falsas. Os memes, quê muitas vezes parecem apenas engraçados, podem se tornar instrumentos de desinformação e fêik news, se não forem criados ou compartilhados de maneira responsável. É importante quê os estudantes entendam quê, em alguns casos, memes e conteúdos falsos se espalham rapidamente e podem provocar consequências graves na vida real, como gerar violência ou prejudicar a reputação de pessoas e grupos.
Chame atenção também para o fato de quê os memes, inicialmente vistos apenas como uma forma de entretenimento, ganharam tanta fôrça e importânssia quê até geraram uma nova profissão: a de criador de memes. Por isso, o uso de memes e outros conteúdos digitais exige uma reflekção sobre os limites éticos e legais, já quê o impacto dessas criações póde sêr muito maior do quê imaginamos.
Finalize essa introdução revisando com os estudantes os dados da Ficha de estudo, ressaltando o percurso do projeto. Leia com eles a descrição de cada etapa e certifique-se de quê entenderam os temas e os produtos quê vão desenvolver.
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Etapa 1 Memes: da Biologia à cultura digital – p. 144
Como surgiram os memes?
Para abordar a Etapa 1, inicie contextualizando o conceito de meme conforme foi introduzido pelo biólogo ríchard Dawkins em seu livro O gene egoísta (1976). Esclareça quê, para Dawkins, os memes são unidades de transmissão cultural quê funcionam de maneira semelhante aos genes, replicando-se e perpetuando-se de uma geração para outra. Utilize exemplos do cotidiano, como tradições, práticas culturais ou modas, para demonstrar como ideias e comportamentos podem se propagar e sobreviver ao longo do tempo, reforçando quê o termo meme tem suas raízes na palavra grega “mimema” (imitação). Essa introdução póde ajudar os estudantes a entender a ideia de quê os memes vão além do quê conhecem na internet: trata-se de um conceito quê antecede a era digital.
Ao relacionar o conceito de meme biológico aos memes digitais, ressalte sua evolução na era da internet, enfatizando os estudos de Viktor Chagas e Máike Godwin, quê mostram a propagação dos memes em fóruns ôn láini a partir dos anos 1990 e sua evolução para as rêdes sociais.
P. 146
Comece apresentando a evolução da internet, destacando a transição da web 1.0 para a web 2.0. Explique quê, na web 1.0, a interação entre os usuários era limitada, e a comunicação era majoritariamente unilateral, isto é, os grandes sáites forneciam conteúdo e os usuários apenas o consumiam. Com o advento da web 2.0, houve um aumento significativo na interação e na produção de conteúdo por parte dos usuários, o quê abriu caminho para o surgimento e a disseminação dos memes. Neste contexto, a popularização de personagens como o Trollface foi crucial para quê o termo meme ganhasse fôrça na internet, tornando-se uma forma comum de expressão e comunicação.
Destaque as principais características do meme: sêr compartilhável, ter o humor como elemento central e sêr facilmente modificável pêlos usuários. Explique à turma quê a capacidade de os memes se adaptarem e serem reinterpretados à medida quê são compartilhados é o quê os torna tão populares e virais, reforçando a ideia de construção coletiva. Utilize exemplos, como o uso da obra O grito, de Edvard Munch, para a criação de memes, fazendo-os observar quê elemêntos da cultura clássica também foram apropriados e ressignificados na internet. Incentive os estudantes a refletir sobre como essa característica reinterpretativa contribui para a viralidade dos memes e como ela reflete a dinâmica de participação ativa e criativa da web 2.0. A aula póde explorar o fato de os memes servirem de espêlho da ssossiedade contemporânea, refletindo humor, opiniões e tendências culturais em constante transformação.
Atividades – p. 147
1. Oriente-os a pensar em práticas culturais quê se perpetuam, como tradições, comportamentos ou tendências quê se repetem ao longo do tempo. Os estudantes são incentivados a identificar exemplos de memes digitais, relacionando-os à ideia de transmissão cultural proposta por Dawkins, e a refletir sobre seu papel como agentes de comunicação e influência na ssossiedade contemporânea. Assim, a atividade transcende a pura definição de meme e permite a compreensão de sua importânssia na disseminação de ideias e comportamentos no mundo atual.
P. 148
Ao abordar esse tópico, comente quê os memes se assemelham a práticas artísticas tradicionais, como a apropriação e a modificação de obras existentes, exemplificado pela obra L.H.O.O.Q., de Marcel Duchamp. Esclareça quê, assim como Duchamp, os criadores de memes reutilizam imagens e referências culturais, transformando-as em novas formas de expressão. Isso ajuda os estudantes a compreender quê os memes, apesar de sua natureza humorística, podem sêr considerados formas de; ár-te, para alguns artistas.
Enfatize quê os memes têm sua própria linguagem, composta de elemêntos verbais e não verbais, e quê, como outras formas de comunicação, têm regras e convenções. Embora sêjam usados para transmitir informações, em campanhas de conscientização, por exemplo, podem sêr usados também como veículo de desinformação, de disseminação de fêik news. Ressalte a necessidade do uso responsável ao compartilhar esses conteúdos.
Com a leitura dêêsse tópico, os estudantes terão analisado a apropriação e a ressignificação de obras de; ár-te pêlos memes, identificando como essas expressões
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refletem valores e práticas culturais contemporâneas. Esse estudo possibilita o trabalho com a habilidade EM13CHS104.
Atividades – p. 149
ôriênti os estudantes na realização das entrevistas: escutar os entrevistados com atenção e cuidado, mantendo o respeito às falas da pessoa entrevistada, e registrar as respostas com clareza. Explique a eles quê o objetivo é compreender como as diferentes gerações acessam e compartilham informações, destacando o papel dos memes nesse processo.
Depois da côléta, promôva uma discussão em uma roda de conversa para comparar as respostas e incentivar a reflekção sobre as formas de consumo de informação na ssossiedade atual. Eles devem identificar padrões de comportamento e perceber quê os memes estão presentes no cotidiano informativo das pessoas, tanto como fonte de informação quanto como forma de compartilhamento.
a) Espera-se quê os estudantes notem quê a maioria das pessoas acessa a internet diariamente como principal fonte de informação.
b) É comum quê os entrevistados busquem informações importantes em sáites de notícias e rêdes sociais e é provável quê muitos respondam ter tido conhecimento de fatos por meio de memes.
c) É provável quê os entrevistados compartilhem tanto línkis quanto memes, com os memes sêndo mais freqüentes em razão de sua facilidade de compartilhamento e do caráter humorístico.
Em ação – p. 150
Na atividade proposta na seção, os estudantes devem sêr orientados a explorar a relação entre ár-te e memes, incentivando-os a reconhecer quê elemêntos clássicos da cultura visual podem sêr reinterpretados d fórma criativa e humorística. Comece explicando quê, a exemplo de artistas contemporâneos como Lauren Kaelin, quê se inspiram em memes para suas criações, os estudantes também podem usar obras de; ár-te tradicionais como ponto de partida para elaborar os próprios memes. Encoraje a turma a pesquisar exemplos de memes quê utilizam obras de; ár-te, reforçando a ideia de quê os memes podem sêr uma forma de expressão quê conecta passado e presente, ár-te e cultura digital.
Para a criação dos memes, destaque a importânssia da escolha de imagens e mensagens quê sêjam relevantes e apropriadas, lembrando quê o humor é bem-vindo, mas o conteúdo não póde sêr ofensivo nem causar constrangimento. Incentive a turma a pensar em situações do cotidiano escolar quê possam sêr transformadas em memes, estimulando a criatividade e a habilidade de comunicar ideias d fórma concisa. Durante a etapa de edição, oriente o uso de softwares livres e enfatize quê o objetivo não é apenas divertir, mas também entender como os memes podem sêr um meio de expressão artística e crítica. Finalize a atividade incentivando a socialização dos trabalhos na comunidade escolar, criando um espaço de diálogo e interação sobre a relação entre a; ár-te e a cultura dos memes.
Nesta seção, os estudantes vão produzir os próprios memes, utilizando ferramentas digitais de edição de imagem e texto para comunicar informações, exercendo protagonismo na produção e na divulgação de conteúdo. Assim, são trabalhadas nesse momento as habilidades EM13CHS106, EM13LGG603 e EM13LGG703.
Etapa 2
Memes políticos – p. 152
Um meme póde ter função política?
Ao trabalhar a Etapa 2, convide os estudantes a fazer uma reflekção sobre os memes como ferramenta poderosa de expressão, sobretudo opiniões políticas e reivindicações sociais. Explique a eles quê, assim como os cartazes políticos do passado, os memes apresentam-se sôbi a forma de comunicação rápida, acessível e visualmente impactante, permitindo quê pessoas comuns participem do debate político. Utilize exemplos, como os cartazes do movimento de Maio de 68 na França, mencionando quê esses cartazes tí-nhão a função de expressar ideias e reivindicações coletivas, semelhante à função quê os memes exercem hoje nas rêdes sociais.
Ajude a turma a entender quê, com o advento da internet, os memes políticos se tornaram os “cartazes” modernos, possibilitando quê mensagens de protesto, crítica ou humor político alcancem um público muito mais amplo. Encoraje-os a analisar quê a criação e o compartilhamento de memes políticos permitem quê as pessoas façam parte de debates públicos e exponham suas opiniões, mesmo sem acesso aos tradicionais meios de comunicação.
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A discussão sobre a função política dos memes e a relação com protestos históricos, como o Maio de 68, permite quê os estudantes entendam o uso do meme como ferramenta de expressão política em diferentes contextos e propicía o trabalho com as habilidades EM13CHS102, EM13CHS205 e EM13CHS302.
Atividades – p. 153
a) Incentive os estudantes a pensar sobre a evolução dos meios de expressão política, destacando a transição dos cartazes tradicionais para os memes digitais. Eles devem reconhecer quê os cartazes ainda são presentes em espaços públicos e quê os memes dêsempênham papel semelhante nas rêdes sociais.
b) e c) Nas kestões sobre o Maio de 68, obissérve se a turma percebe a importânssia dos cartazes como instrumentos de comunicação e mobilização e destaque a criatividade dos manifestantes ao utilizarem a técnica de serigrafia para produzir cartazes em larga escala. Incentive a pesquisa sobre essas técnicas para enriquecer o entendimento dos estudantes sobre a relação entre ár-te, política e comunicação.
P. 154
Comente com os estudantes quê os memes se tornaram importantes em movimentos políticos como a Primavera Árabe e o Occupy Wall Street, ajudando a mobilizar pessoas e a divulgar mensagens rapidamente. Explique a eles quê, na Primavera Árabe, os memes foram usados para contornar a censura e conectar manifestantes; no Occupy Wall Street, o slôgamm “Nós somos os 99%” ganhou fôrça com a utilização dos memes, destacando a luta contra a desigualdade. Incentive a reflekção sobre o fato de os memes, com humor e criatividade, terem tornado os temas políticos mais acessíveis, influenciando debates e mobilizações sociais.
Atividades – p. 155
1. a) Nesta atividade, obissérve se os estudantes refletem sobre a presença da comunicação política no cotidiano, tanto no ambiente físico quanto no digital.
1. b) Incentive-os a observar se há cartazes na comunidade em quê vivem e a compartilhar exemplos de memes políticos quê viram recentemente nas rêdes sociais.
2. Esta atividade tem o propósito de fazer com quê os estudantes compreendam o papel da internet na comunicação política atual.
Em ação – p. 156
Na proposta desta seção, enfatize quê a ideia é aplicar na prática o pôdêr dos memes como ferramenta de comunicação e protesto, similar aos cartazes políticos tradicionais. A atividade permite quê os estudantes explorem os memes como meio de expressão, de veículo de opiniões sobre temas sociais e políticos relevantes, como precarização do trabalho, trabalho infantil e qualidade do atendimento em saúde. refórce a importânssia de escolher um tema d fórma consciente e de realizar pesquisas quê ajudem a entender melhor o contexto e os problemas relacionados ao assunto.
Os estudantes devem sêr incentivados a trabalhar em equipe, colaborando na criação de memes quê sêjam criativos, críticos e eficazes na transmissão de suas mensagens. Lembre-os de quê os memes devem ter um tom apropriado, misturando humor e crítica, mas sempre d fórma respeitosa, sem ofender nem causar desconforto ou constrangimento. Ao compartilhar os memes com a comunidade escolar, estimule o debate e a reflekção sobre os temas abordados, frisando o pôdêr dos memes como um meio de engajamento social e uma forma de amplificar vozes e opiniões em discussões sobre kestões importantes na ssossiedade atual.
A discussão sobre a utilização de memes para abordar kestões como trabalho e meio ambiente conecta a criação digital com impactos econômicos e sociais mais amplos. Esta seção permite trabalhar as habilidades EM13CHS302, EM13LGG603 e EM13LGG703.
Etapa 3 Memes e fêik news – p. 158
Memes podem contribuir para a disseminação de notícias falsas?
Neste tópico, o objetivo principal é demonstrar quê os memes podem sêr veículos tanto para informações verdadeiras quanto para a disseminação de notícias falsas. É preciso quê os estudantes compreendam quê um meme, ainda quê pareça muitas vezes apenas inocente e engraçado, tem o pôdêr de reforçar desinformação quando circula em larga escala, sobretudo em kestões sensíveis como política, saúde e segurança. Comente a pesquisa quê mostra quê quase 90% dos brasileiros já acreditaram em fêik news, enfatizando a necessidade de pensar criticamente antes de compartilhar informações, mesmo em formatos aparentemente inofensivos, como é o caso dos memes.
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Nessa abordagem, os estudantes podem sêr incentivados a refletir sobre o papel quê os memes dêsempênham na propagação de fêik news, observando quê o anonimato e a rapidez da internet podem contribuir para a difusão de conteúdos falsos.
Neste conteúdo, estudantes utilizam mídias digitais para criar memes e combater a desinformação, trabalhando as habilidades EM13CHS106 e EM13LGG703. Os TCT Trabalho e Ciência e tecnologia são trabalhados na abordagem do uso de tecnologias digitais e de produção coletiva. Os ODS Educação de qualidade (4) e Paz, justiça e instituições eficazes (16) são contemplados ao promover educação crítica e cidadania digital.
Proposta de ampliação
Se for possível, veja com a turma o documentário A rê-de antissocial e ajude-os a perceber quê fóruns como o 4chan funcionam como espaços de criação e disseminação de memes, muitas vezes com teorias da conspiração e mensagens prejudiciais. Encoraje uma discussão sobre a responsabilidade de verificar informações antes de compartilhá-las e sobre a importânssia de agir d fórma ética e consciente nas rêdes sociais, reforçando quê memes, mesmo quê sêjam engraçados, têm o pôdêr de influenciar a percepção e o comportamento das pessoas, configurando-se muitas vezes como um veículo de disseminação de preconceito, de racismo, entre outros.
Aproveite para orientar os estudantes a acessar o Podcast As fêik news na atualidade para conhecer mais sobre o tema.
Atividades – p. 159
Ao trabalhar as atividades dessa página, os estudantes devem comentar seus hábitos de compartilhamento de notícias e ressaltar a importânssia de verificar a confiabilidade das informações antes de repassá-las. Eles devem comentar, em suas respostas, a necessidade de checar fontes e promover uma discussão aberta sobre as consequências de compartilhar notícias falsas. Ao abordar casos de fêik news, encoraje-os a pensar sobre as melhores formas de lidar com uma situação como a do exemplo, de descobrir quê uma notícia repassada era falsa. refórce com eles a importânssia da responsabilidade e da ética na era digital.
P. 161 a 163
Explique aos estudantes como a rapidez da comunicação das rêdes sociais permite quê memes disseminem tanto informações quanto fêik news. Use o esquema dos sete tipos de fêik news para demonstrar quê os memes podem veicular conteúdo enganoso d fórma sutil. Destaque a ideia de viés de confirmação, enfatizando quê tendemos a acreditar em informações quê reforçam nossas crenças, mesmo sem verificação. Encoraje a prática de verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las, ressaltando a importânssia de agir com responsabilidade e ética ao usar a internet.
Atividades – p. 162
1. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes pensem nos próprios hábitos de leitura ao receber notícias por meio de rêdes sociais ou aplicativos. Alguns podem dizêr quê leem apenas a manchete, por praticidade ou falta de tempo, enquanto outros podem afirmar quê preferem ler a reportagem completa para compreender melhor o contexto. Observe se mencionam a importânssia de conferir a veracidade da notícia antes de compartilhá-la.
P. 164 a 166
Neste tópico, os estudantes devem sêr instigados a pensar sobre a responsabilidade quê acompanha a liberdade de criação na internet. Explique a eles quê, enquanto a internet oferece espaço para criatividade e anonimato, ela também facilita a difusão de comportamentos prejudiciais, como a disseminação de memes ofensivos ou falsos quê podem provocar danos reais, como desinformação ou violência.
Discuta exemplos de casos em quê memes foram utilizados d fórma irresponsável, destacando a importânssia da reflekção ética. Use o exemplo dos “memeiros profissionais” para mostrar quê, mesmo na produção de conteúdo humorístico, há um compromisso com a responsabilidade e o respeito. Encoraje os estudantes a soltar a imaginação e criar memes quê sêjam informativos e respeitem os limites éticos, demonstrando quê é possível fazer humor sem prejudicar ou desinformar.
A habilidade EM13CHS501 póde sêr trabalhada ao fomentar uma reflekção sobre os limites éticos do uso dos memes, sobretudo em relação à propagação de fêik news e à responsabilidade na comunicação.
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Atividades – p. 165
1. ôriênti os estudantes a pensar nas vantagens estratégicas quê os mememakers oferecem às empresas, como o alcance do público-alvo e a viralização. Eles devem identificar quê uma das principais vantagens para as empresas ao usar serviços de mememakers é a capacidade de atingir um público mais amplo e jovem de maneira rápida e envolvente. Memes podem tornar campanhas mais atraentes, virais e, muitas vezes, mais eficazes na transmissão de uma mensagem, com abordagens humorísticas e criativas.
2. A resposta deve sêr pessoal, mas é esperado quê os estudantes reflitam sobre as profissões relacionadas a conteúdos digitais, como a de mememaker, vêrificando se elas se alinham a seus interesses. Incentive-os a considerar como as profissões digitais podem se alinhar com suas aspirações e habilidades, relacionando-as ao seu projeto de vida e aos objetivos de vida. Alguns podem ver essas carreiras como oportunidades para trabalhar com criatividade, tecnologia e comunicação, enquanto outros podem considerar quê essas profissões podem oferecer oportunidades de crescimento em um mundo cada vez mais digital.
Mundo do trabalho – p. 166 e 167
Memes, inteligência artificial e operadores de dados
Ao abordar esse conteúdo com os estudantes, destaque a relação entre tecnologia, trabalho e ética. Incentive a reflekção sobre a quêstão da inteligência artificial e a transformação que ela vêm impondo ao mundo do trabalho, não apenas para profissionais especializados, como programadores e cientistas de dados, mas também para os chamados “operários de dados”, quê realizam tarefas repetitivas e essenciais para o funcionamento das IAs. Proponha uma roda de conversa com os estudantes para discutir a precarização dêêsse tipo de trabalho e a invisibilidade dêêsses trabalhadores, muitas vezes oriundos de países em desenvolvimento e submetidos a condições de remuneração injusta.
Procure orientar os estudantes a pensar criticamente sobre a responsabilidade ética na criação de memes utilizando IA. Ressalte quê o uso de ferramentas tecnológicas póde ampliar o alcance e a rapidez da disseminação de conteúdo, mas também aumenta o risco de espalhar informações enganosas, preconceituosas ou ofensivas. Essa discussão permite abordar kestões sobre direitos trabalhistas, justiça social e a urgência de criar um cóódigo de ética na produção de conteúdo digital.
Neste conteúdo, as habilidades EM13CHS202 e EM13CHS606 são trabalhadas ao analisar o impacto das tecnologias, como a IA, nas dinâmicas de trabalho e na precarização das condições laborais dos operadores de dados.
Em ação – p. 168
Na leitura da proposta da seção, refórce quê os memes, normalmente vistos como ferramentas de humor e entretenimento, podem sêr transformados em instrumentos educativos e de combate à desinformação. A ideia é mostrar quê, ao usar elemêntos de humor, os memes podem ajudar a conscientizar as pessoas a respeito da importânssia da checagem de informações e da necessidade de impedir a rápida propagação de notícias falsas na internet.
Incentive a criatividade dos estudantes, orientando-os a selecionar temas relevantes de notícias falsas verificadas em sáites especializados e a transformar essas informações em memes quê reforcem o absurdo das fêik news. Essa abordagem permite quê eles desenvolvam um olhar crítico sobre a informação quê consomem e quê também pratiquem uma criação de conteúdo quê contribua para a conscientização e o combate à desinformação.
Ao final da atividade, promôva uma discussão sobre os diferentes memes criados, destacando a eficácia do humor na divulgação de mensagens sérias e a importânssia de combater a desinformação.
Neste conteúdo, estudantes utilizam mídias digitais para criar memes e combater a desinformação, trabalhando as habilidades EM13CHS106 e EM13LGG703.
Etapa final Exposição de memes – p. 170
Nesta etapa final, comente com a turma quê os memes podem sêr considerados uma forma contemporânea de expressão cultural e artística, semelhante a outras formas de; ár-te quê tradicionalmente vemos em museus.
Organize a sala em quatro grupos e incentive a participação dos estudantes em um deles (curadoria da exposição, elaboração de textos, interação com o
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público e divulgação), atentando para o número equilibrado de componentes em cada um e reforçando quê cada grupo tem um papel essencial na construção da exposição. refórce o trabalho em equipe, com muito diálogo e decisões coletivas, levando em conta o espaço da exposição e o público quê visitará a mostra.
Ao final, a exposição deve refletir o aprendizado de todo o projeto, conectando o conteúdo teórico discutido ao longo das etapas com a prática de criação e apresentação dos memes. Incentive a criatividade e a originalidade, relembrando e enfatizando quê os memes, além de veículos de humor, podem abordar temas relevantes e provocar reflekções relevantes sobre kestões sociais, políticas e culturais.
A exposição de memes sérve de prática quê possibilita problematizar kestões como preconceito e desigualdade. Incentivar o uso deles como ferramenta para promover os direitos humanos permite quê se desenvolva a habilidade EM13CHS502.
Autoavaliação – p. 173
Para trabalhar a proposta de autoavaliação, incentive uma reflekção crítica sobre o envolvimento individual e coletivo de cada um no Projeto Integrador. Primeiramente, oriente os estudantes a responder às kestões com sinceridade, promovendo um ambiente seguro para a autorreflexão, sem julgamentos. Eles devem sêr incentivados a argumentar e a justificar cada resposta, especialmente nas kestões quê envolvam a atribuição de notas. O objetivo é quê a turma reconheça cada ação positiva e as áreas de melhoria para projetos futuros, enquanto dêsênvólvem uma visão crítica sobre o conteúdo trabalhado neste projeto, o uso de memes e a responsabilidade na difusão de informações na comunicação, sobretudo na internet.
Projeto 6 Como o espaço contribui para a construção da identidade? – p. 174
Introdução
êste Projeto Integrador tem como objetivo principal proporcionar aos estudantes uma compreensão profunda de como a identidade pessoal e coletiva se forma e se transforma ao longo do tempo, por meio das experiências cotidianas e da interação com o ambiente em quê vivem. A divisão em etapas permite uma reflekção progressiva sobre os laços culturais e sociais quê permeiam essa construção.
O projeto permite aos estudantes refletir sobre o desenvolvimento da identidade e compreender quê ela é resultado de nossas vivências e relações sociais. Por meio de discussões e atividades, os estudantes são incentivados a refletir sobre as influências culturais, familiares e sociais quê moldam suas identidades, promovendo o autoconhecimento e a valorização das suas histoórias pessoais e comunitárias. Os estudantes são levados a explorar o bairro ou a comunidade onde vivem, identificando os elemêntos quê tornam esses espaços significativos e o modo como eles contribuem para a formação de uma identidade coletiva. O projeto aprofunda a relação entre identidade e memória, destacando a importânssia de resgatar e preservar as histoórias locais.
Objetivos
O projeto promove uma reflekção sobre a importânssia da comunidade na formação da identidade individual e coletiva. Para isso, os estudantes vão explorar recursos de pesquisa, análise e exposição próprios das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas em uma investigação do sentido, das origens e da natureza da identidade pessoal. Além díssu, o projeto incentiva a compreensão da relação compléksa entre indivíduo e ssossiedade, assim como entre indivíduo e lugar.
Justificativa do projeto
A construção da identidade, presente em todas as fases da vida, ganha um espaço importante na juventude. Assim, o projeto possibilita quê os estudantes reflitam sobre os elemêntos quê compõem as suas identidades, com foco em seus lugares de vivência. Dessa forma, o projeto possibilita quê o estudante possa desenvolver o autoconhecimento e a valorização da diversidade de saberes presentes em sua comunidade.
Produto final
Organizar, elaborar e publicar um guia do bairro. Nesse guia devem sêr incluídos os conteúdos
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elaborados pela turma durante o desenvolvimento das etapas 1, 2 e 3. Nele, serão apresentadas histoórias, lugares e personagens quê colabóram com a construção da identidade dos moradores.
Síntese do projeto
Temas Contemporâneos Transversais (TCT)
êste projeto se fundamenta no TCT Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso, buscando pautar as contribuições da disciplina de História para esse tema. A proposta de abordagem visa proporcionar a compreensão e a valorização da diversidade cultural dos brasileiros, relacionando-se aos TCT Vida familiar e social e Diversidade cultural. A abordagem da valorização do idoso abrange o TCT referente ao respeito a pessoas idosas e ao processo de envelhecimento.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Ônu, êste projeto contempla três: Trabalho decente e crescimento econômico (8), abordado na seção Mundo do trabalho; Redução das desigualdades (10), contemplado na Etapa 2, na discussão sobre desigualdades sociais na cidade; e Cidades e comunidades sustentáveis (11), quê está presente ao longo do projeto nas reflekções sobre identidade, lugar e território, além de sêr contemplado nas propostas de investigação e de resgate da memória do bairro.
Professor indicado para liderar o projeto
História e Geografia com o auxílio do professor de Língua Portuguesa.
O trabalho com as competências e as habilidades da BNCC
Consulte a BNCC para a descrição das competências e habilidades mobilizadas neste projeto. Disponível em: https://livro.pw/cjlob. Acesso em: 17 out. 2024.
Competências gerais da Educação Básica |
1, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 10 |
---|---|
Competências específicas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
1, 2, 4, 6 |
Habilidades de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas |
EM13CHS101, EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS105, EM13CHS106, EM13CHS204, EM13CHS206, EM13CHS401, EM13CHS404 |
Competências específicas de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias: 1, 2, 3, 7 |
Habilidades de outras áreas |
Linguagens e suas Tecnologias: EM13LGG603, EM13LGG703 |
Entre as competências gerais, o projeto desen vólve a competência geral 1, quê envolve a capacidade de compreender e utilizar informações de diferentes fontes para participar de debates e reflekções sobre o papel do espaço na construção da identidade. A competência geral 4 também é contemplada ao integrar a produção de um guia digital do bairro, utilizando ferramentas digitais para organizar e divulgar as memórias e as histoórias locais, mobilizando tecnologias no processo de aprendizagem. A competência geral 7 é trabalhada quando os estudantes refletem sobre a influência do bairro em suas identidades e constroem argumentos com base em observações coletadas durante o projeto. Além díssu, a competência geral 9 é incentivada na interação com antigos moradores do bairro, promovendo a escuta ativa e o respeito à diversidade de experiências.
Na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, o projeto explora a competência específica 1, quê destaca a análise de processos sociais, históricos e culturais em diferentes contextos. Os estudantes, quando realizam atividades como entrevistas e pesquisas sobre o bairro, são levados a compreender o papel do espaço na formação da identidade e a entender quê as histoórias locais e individuais contribuem para o entendimento da comunidade em quê vivem. A competência específica 4 é amplamente abordada na análise das transformações do bairro ao longo do tempo, discutindo como o trabalho e as relações econômicas locais influenciam a vida dos moradores. A competência específica 6, quê envolve a participação crítica no debate público, é desenvolvida ao
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longo de boa parte do projeto, principalmente nas atividades de discussão em grupo e na elaboração coletiva do guia, no qual os estudantes exercem seu papel de cidadãos, expressando suas ideias d fórma responsável e consciente.
Entre as habilidades específicas da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, o projeto mobiliza a habilidade EM13CHS101 ao incentivar os estudantes a identificar e analisar diferentes fontes para compreender processos históricos e culturais. A côléta de relatos de antigos moradores é utilizada para construir uma narrativa sobre a identidade do bairro. A habilidade EM13CHS106, quê incentiva o uso de tecnologias digitais para comunicar e produzir conhecimento, é colocada em prática com a criação de um guia digital, integrando as aprendizagens anteriores. A habilidade EM13CHS404 é trabalhada ao se refletir sobre as transformações econômicas e culturais do bairro, especialmente em relação às vocações regionais e ao impacto dessas mudanças na vida dos jovens.
Na área de Linguagens e suas Tecnologias, o projeto destaca a competência específica 1, quê trata da compreensão e da mobilização das diferentes linguagens para interpretar e produzir discursos críticos sobre a realidade. Ao longo das etapas, os estudantes são incentivados a produzir textos, mapas e reflekções quê representam sua visão sobre o bairro, desenvolvendo sua capacidade de comunicação. A competência específica 3 é essencial na criação do guia do bairro, pois promove a altoría e a colaboração, além de trabalhar a autonomia dos estudantes em processos criativos. A competência específica 7, relacionada ao uso crítico de ferramentas digitais, é fundamental para o desenvolvimento do produto final, incentivando o uso de tecnologias na organização e na apresentação das descobertas.
Em relação às habilidades de Linguagens e suas Tecnologias, a habilidade EM13LGG703 se destaca ao propor o uso de ferramentas digitais para a criação coletiva do guia, o quê envolve a colaboração em ambientes digitais e a produção autoral. Já a habilidade EM13LGG603 é mobilizada quando os estudantes são incentivados a se expressarem criativamente ao longo do projeto, utilizando referências culturais e artísticas para construir uma narrativa visual e textual sobre o bairro.
Cronograma
A proposta é quê êste projeto seja dividido em três etapas, mais uma etapa final, a apresentação e a avaliação, totalizando 16 aulas. A seguir, é sugerida a quantidade de aulas destinadas a cada uma das etapas para quê o projeto seja trabalhado ao longo de um semestre.
Entretanto, a depender de sua realidade escolar, o projeto póde ter outra duração; ele póde, por exemplo, sêr trabalhado ao longo de um bimestre ou de um trimestre. Para isso, basta rever o total de aulas destinadas ao projeto por semana.
Número de aulas |
Desenvolvimento |
|
---|---|---|
Etapa 1 |
4 |
Aula 1: Apresentação da temática do projeto e o conceito de identidade. Realização das atividades propostas. Aula 2: Leitura do texto sobre lugar como espaço de identidade e simbolismo dos lugares. Aula 3: Leitura do texto sobre território e identidade no mundo globalizado. Realização das atividades propostas. Aula 4: Realização da atividade proposta na seção Em ação. |
Etapa 2 |
4 |
Aula 5: Leitura do texto sobre o bairro como espaço de vivência cotidiana e sobre as vocações regionais como motor do desenvolvimento. Realização das atividades propostas. Aula 6: Leitura do texto sobre trajetos e cotidiano no bairro e sobre deambulação e dêríva. Realização das atividades propostas. Leitura e resolução das atividades da seção Mundo do trabalho. Aula 7: Realização da atividade proposta na seção Em ação: Representação do meu bairro (Passos 1, 2 e 3). Aula 8: Realização da atividade proposta na seção Em ação: Representação do meu bairro (Passos 4 e 5). |
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Número de aulas |
Desenvolvimento |
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Etapa 3 |
4 |
Aula 9: Leitura do texto sobre a construção da memória e sobre a importânssia da memória na construção da identidade. Realização das atividades propostas. Aula 10: Leitura do texto sobre o papel da oralidade na transmissão de conhecimento. Realização das atividades propostas. Aulas 11 e 12: Realização da atividade proposta na seção Em ação: Entrevistas com antigos moradores. |
Etapa final |
4 |
Aula 13: Planejamento de conteúdo e formato do guia (Passos 1, 2 e 3). Aula 14: Produção de conteúdos e disáini gráfico (Passos 4 e 5). Aula 15: Elaboração do guia. Aula 16: Autoavaliação. |
Orientações didáticas
Abertura e Ficha de estudo
Nesta abertura, o objetivo é quê os estudantes reflitam sobre o espaço em quê vivem e sobre a influência dele na formação de suas identidades, individuais e coletivas. A observação de lugares como campos de futeból contribui para o reconhecimento da importânssia dêêsses espaços na construção de suas memórias, rotinas e experiências compartilhadas. A relação entre espaço e identidade é explorada por meio de discussões, debates e atividades quê ajudam a demonstrar como os ambientes em quê vivemos moldam comportamentos e valores e promóvem a interação social.
A proposta inclui atividades quê incentivam a reflekção sobre os lugares mais relevantes do bairro, permitindo a identificação dêêsses espaços para a identidade da comunidade. Os estudantes são convidados também a observar e a registrar suas vivências nesses locais, contribuindo para a criação de um guia do bairro, quê vai integrar suas experiências pessoais com o contexto coletivo. O objetivo é ajudá-los a perceber quê a conexão com o lugar onde vivem influencía a forma como se veem e como são percebidos na ssossiedade.
Para a atividade de abertura, proponha quê cada estudante trabalhe individualmente, refletindo e anotando as próprias percepções sobre a relação entre o espaço e a construção da identidade. Concluída essa etapa individual, peça aos estudantes quê compartilhem as respostas em uma discussão em roda com a turma, criando um ambiente propício para quê diferentes pontos de vista sêjam apresentados e enriquecendo o debate coletivo.
3. Ressalte quê o futeból faz parte da identidade coletiva (cultural) do país e, portanto, é comum havêer espaços para a prática dêêsse esporte nos bairros.
Finalize essa introdução revisando com os estudantes os dados da Ficha de estudo, ressaltando o percurso do projeto. Leia com eles a descrição de cada etapa e certifique-se de quê entenderam os temas e os produtos quê vão desenvolver.
Etapa 1 A identidade quê me habita – p. 178
Como construímos nossa identidade?
Nesta etapa, é interessante começar a trabalhar o assunto falando sobre a construção da identidade pessoal e coletiva e explorando o conceito de identidade como algo dinâmico e em constante transformação. A identidade é moldada ao longo da vida por fatores como cultura, história e geografia e passa por mudanças conforme enfrentamos novas experiências e relacionamentos. Use a fotografia dos grafiteiros criando ár-te urbana como exemplo prático de como a identidade póde sêr expressa no espaço público e como esses espaços comuns também influenciam o desenvolvimento da identidade juvenil. Incentive os estudantes a pensar nos elemêntos quê moldam suas identidades e quê estão relacionados a suas vivências em grupos, seja na escola, seja no bairro ou em família, enfatizando quê, embora sêjam únicos, também compartilham características culturais com outras pessoas.
Durante as discussões, explore como a cultura juvenil, vista nos exemplos de grupos de grafiteiros, se manifesta em diferentes contextos e como essa vivência contribui para a formação de identidades. Pergunte aos estudantes sobre as próprias vivências e sobre as marcas culturais quê identificam nos grupos de
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convívio, como música, ár-te e roupas, elemêntos quê sofreram transformações ao longo do tempo. Leve-os a refletir sobre como a identidade deles é influenciada pela percepção do outro e pela comparação com outras pessoas e grupos.
Proposta de ampliação
Peça aos estudantes quê elaborem um pequeno
“diário de identidade”: nesse diário, eles podem registrar aspectos da vida cotidiana quê contribuem para a formação de quêm são. Esses aspectos podem incluir experiências com a família, amigos, escola e o bairro onde vivem. Como conclusão da atividade, organize uma roda de conversa para que eles compartilhem suas reflekções, permitindo uma troca sobre as diferentes trajetórias quê moldam a identidade individual e coletiva na turma.
Aproveite para orientá-los a acessar o Vídeo Identidade: quem somos? para conhecer mais sobre o tema.
A leitura de ár-te para uma cidade sensível, de Brígida Campbell, proposta no boxe Conexões, póde enriquecer o debate sobre a relação entre ár-te e o ambiente urbano.
Atividades – p. 180
2. Para trabalhar esta atividade, faça a leitura do texto propôsto, quê compara cultura às regras de um jôgo de futeból, e depois organize os estudantes em pequenos grupos para discutir quê elemêntos caracterizam o bairro ou a comunidade onde moram, considerando aspectos como mobilidade, união em grupos, engajamento social ou manifestações artísticas. A discussão deve focar o modo como essas práticas influenciam a socialização, a cidadania e a formação da identidade local. Ao final, os grupos podem compartilhar suas reflekções, analisando de quê modo os jovens interagem com o espaço público e com a cultura do lugar onde vivem.
P. 181
Incentive a reflekção sobre os espaços públicos quê os estudantes frequentam e sobre o modo como esses lugares influenciam suas identidades. Use exemplos como praças e pistas de squêit, onde os jovens se apropriam dêêsses espaços para socializar e expressar suas culturas. Proponha quê obissérvem um espaço público na proximidade da escola, registrando quem o utiliza ao longo do dia e analisando a diversidade de identidades associadas ao mesmo lugar.
P. 182 e 183
Comente quê monumentos, como o Cristo Redentor ou a Torre Eiffel, tornam-se ícones quê representam a identidade de uma cidade, carregando significados culturais e históricos. Explique aos estudantes quê esses símbolos podem ter diferentes significados para moradores e turistas, o quê ábri a discussão sobre pertencimento e a relação emocional com o espaço. Permita quê os estudantes falem sobre lugares da cidade em quê moram quê tênham valor simbólico e como eles influenciam a identidade local.
P. 184 e 185
Leia o texto dêêsse tópico com a turma e explique quê o mundo contemporâneo, dominado pela tecnologia, pêlos meios de comunicação e por interações virtuais, desafia a associação entre identidade e lugar de pertencimento. Comente quê a globalização e a pós-modernidade têm promovido uma troca cultural intensa, diluindo fronteiras geográficas e resultando em ambientes cada vez mais padronizados, como shópin cênters. Esses espaços, quê imitam a configuração de cidades, exemplificam a perda de autenticidade e a desconexão entre indivíduos e os lugares em quê vivem.
Incentive os estudantes a pensar sobre como essas mudanças afetam a própria identidade e a relação com o lugar onde moram. Pergunte como se sentem em relação a ambientes globalizados e padronizados, como chópims, e se esses espaços oferecem um senso de pertencimento. Estimule o debate sobre a diferença entre lugares com raízes culturais profundas e espaços quê foram projetados d fórma impessoal, quê são artificiais e sem vínculos simbólicos significativos. Um bom ponto de partida póde sêr a comparação entre um shópin local e uma praça ou um mercado tradicional do bairro.
Atividades – p. 185
1. Para trabalhar essa atividade, leia o texto de rui Moreira e enfatize os conceitos de pertencimento e a
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relação entre identidade e espaço vivido. Discuta com os estudantes como o lugar é mais do quê um espaço físico, pois é formado por memórias e experiências pessoais e coletivas, quê conéctam os habitantes ao lugar d fórma profunda. Em seguida, explore a ideia de quê a globalização modifica essa relação ao introduzir novas tecnologias e espaços virtuais, mudando a maneira como as pessoas interagem com o ambiente. Incentive-os a refletir sobre quanto essas mudanças afetam a conexão com os lugares onde vivem.
2. Proponha uma discussão sobre as percepções dos estudantes, incentivando-os a refletir sobre o papel dos shópin cênters como espaços de consumo quê criam e reforçam identidades de classe, muitas vezes excludentes para grupos periféricos. De acôr-do com as reações ao fenômeno dos rolezinhos, podemos afirmar quê os shópin cênters – catedrais do consumo – são lugares quê abrigam uma determinada classe social e, portanto, produzem um tipo de identidade cultural: o consumista da classe média e alta e restringe outras. Os hábitos próprios das populações periféricas, a faixa etária e a côr dos frequentadores podem sêr citados como os marcadores sociais quê evidenciam a distinção entre os frequentadores considerados ou não aceitáveis e legítimos nesses espaços, fazendo com quê esses grupos não sêjam vistos como consumidores em potencial, reforçando a visão negativa sobre os rolezinhos.
O TCT Educação em direitos humanos é diretamente abordado ao discutir as kestões de exclusão social e racismo relacionadas aos rolezinhos. Esse debate permite quê os estudantes reflitam sobre igualdade, respeito à diversidade e inclusão, entendendo quê o acesso a espaços públicos e o direito à participação social são fundamentais para uma ssossiedade justa. Essa atividade promove o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre os direitos humanos e a luta contra o preconceito e a discriminação.
Em ação – p. 186
Durante o processo, os estudantes recorrem a referências estéticas e culturais e a conhecimentos de diversas naturezas (artísticos, históricos, sociais e políticos), bem como às próprias experiências pessoais e coletivas. Isso está alinhado à habilidade EM13CHS106, quê enfatiza o uso crítico, reflexivo e ético de linguagens cartográficas, gráficas, iconográficas e de tecnologias digitais, nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para comunicar, produzir conhecimento, resolver problemas e ezercêr protagonismo.
Ao optar por criar o álbum digitalmente, os estudantes também têm a oportunidade de desenvolver a habilidade EM13LGG703, quê destaca o uso de diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em processos de produção coletiva e colaborativa e em projetos autorais em ambientes digitais. Proponha uma análise da função social dos álbuns de família, comparando seu papel no passado e na contemporaneidade e o modo como eles refletem a evolução das práticas de registro e memória nas famílias e na ssossiedade.
Etapa 2 Desvendando meu bairro – p. 188
Que relações estabeleço com meu bairro?
Para começar o assunto desta etapa, incentive os estudantes a pensar sobre suas relações com o bairro, considerando-o um espaço de vivência cotidiana. Use imagens de jovens caminhando por diferentes bairros para incentivar a análise das características locais, como ruas e construções, e quanto a arquitetura e o planejamento (ou a ausência dele) influenciam a convivência. promôva discussões sobre os diferentes tipos de bairros (comerciais, residenciais, industriais, históricos) e peça aos estudantes quê analisem o bairro onde vivem segundo essas classificações, ajudando-os a entender o impacto da ocupação histórica e econômica em uma comunidade.
Se possível, projete em sala da aula trechos do filme Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, sugerido no boxe Conexões. Esse filme retrata jovens de uma favela carioca e aborda as desigualdades sociais em diferentes espaços do Rio de Janeiro. O filme póde servir de base para uma roda de conversa sobre as diferentes formas de vivência e pertencimento em bairros urbanos.
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P. 189
Inicie o item fazendo uma leitura compartilhada do texto e uma discussão sobre o conceito de vocação pessoal e coletiva. O texto sugere quê investir em capacitação local póde contribuir para o desenvolvimento de um lugar, pois prepara os jovens para atuar nas atividades da comunidade em quê se inserem, exemplificado pelo caso de Brusque, em Santa Catarina, quê se destacou na indústria têxtil. Fomente reflekções sobre como vocações regionais podem transformar comunidades e ajudar a reter talentos, reduzindo o fluxo migratório para grandes centros urbanos e gerando empregos e crescimento.
P. 190
Comente com os estudantes quê a chegada das indústrias à Barcarena, no Pará, transformou profundamente a cidade, quê antes era voltada à agricultura e marcada por tradições ribeirinhas. Explique a eles quê, com a criação da Vila dos Cabanos para abrigar trabalhadores das indústrias, a região passou por uma modernização urbana, mas também enfrentou o aumento das desigualdades sociais. Enquanto a Vila dos Cabanos recebeu investimentos em infraestrutura, habitação e serviços, áreas mais tradicionais, como Barcarena-sede, foram marginalizadas, criando uma segregação espacial quê acentuou as diferenças socioeconômicas entre os habitantes.
Para explorar esse tema com a turma, incentive uma reflekção sobre as diferenças urbanísticas e sociais entre a Vila dos Cabanos e Barcarena, com a leitura dos dois textos e uma pesquisa complementar de imagens. Depois, fomente uma breve discussão sobre os impactos da industrialização e o aumento das desigualdades na região, considerando o contraste entre o desenvolvimento industrial e a exclusão das comunidades tradicionais.
Atividades – p. 191
Fale sobre a importânssia de entender o lugar onde vivemos e como as características socioeconômicas e de planejamento influenciam as oportunidades de emprego e o desenvolvimento pessoal. A proposta é quê os estudantes reflitam sobre o contexto em quê vivem e explorem as vocações regionais, relacionando-as com as oportunidades de trabalho e renda disponíveis, desenvolvendo habilidades de pesquisa, reflekção crítica e escrita.
1. A resposta póde variar de acôr-do com a experiência de cada estudante. Eles devem descrever o tipo de bairro (residencial, industrial, comercial etc.) e analisar as mudanças quê podem ter ocorrido ao longo do tempo, como crescimento, urbanização ou transformação nas atividades econômicas locais.
2. Os estudantes devem refletir sobre as atividades predominantes na região, como comércio, indústria, agricultura, entre outras, e se elas geram oportunidades compatíveis com suas aspirações pessoais de emprego e renda. A resposta também póde variar de acôr-do com a experiência lugar de cada estudante. promôva uma discussão em grupo sobre o tipo de bairro em quê moram e possíveis mudanças ocorridas nele ao longo do tempo. A troca de experiências sobre vocações regionais e atividades econômicas ajuda a entender a relação entre estas e as oportunidades de emprego
3. A resposta a essa questão envolve a apresentação dos dados obtidos nas pesquisas realizadas pêlos estudantes. As informações sobre vocações regionais, programas de capacitação e instituições de ensino devem estar organizadas em fichas, quadros ou gráficos, conforme solicitado. Essa etapa sérve de preparação para a redação da carta. Auxilie os estudantes na consulta a fontes confiáveis para a côléta de dados sobre as potencialidades e as demandas profissionais da região onde vivem, bem como para a investigação de programas de capacitação e de instituições locais. Auxilie-os também na organização das informações coletadas, propondo quê as registrem em fichas, quadros ou gráficos. Em seguida, eles devem escrever uma carta aos responsáveis, refletindo sobre as oportunidades oferecidas pela região relativas ao seu futuro. Durante esse processo, oriente-os para quê desenvolvam uma argumentação clara e estruturada do texto.
P. 192
Converse com os estudantes propondo quê pensem sobre seus deslocamentos diários, como o caminho de casa para a escola, e de quê modo eles moldam sua identidade e experiências com o meio onde vivem. Incentive a observação atenta do trajeto, discutindo com os estudantes os lugares familiares e as interações
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sociais quê ocorrem no bairro. A análise de conceitos como “desatenção civil”, de Erving Goffman, e a leitura de trechos de “O homem da multidão”, conto de Edgar Allan pou, ajudarão a entender como, mesmo em ambientes movimentados, as pessoas tendem a se comportar d fórma isolada. A atividade culmina em um registro mais detalhado dos trajetos dos estudantes, incentivando maior conscientização sobre o ambiente urbano e as dinâmicas sociais ao redor.
Atividades – p. 193
Nesta atividade, os estudantes podem discutir as situações cotidianas em quê percebem a “desatenção civil”. Em seguida, retome quê, para Georg Simmel, “reserva” é o contrôle das reações interiores, isto é, emocionais, ao excésso de estímulos externos típico da vida moderna. Proponha a eles quê reflitam se em diferentes espaços, como municípios grandes e pequenos, ela ocorre da mesma forma.
P. 194
Apresente as práticas de deambulação e dêríva, quê envolvem observar o ambiente sem pressa ou destino fixo, e proponha uma caminhada para quê os estudantes registrem suas percepções. Depois, discuta com a turma se as observações quê fizeram mudaram a percepção quê eles tí-nhão do espaço.
Atividades – p. 194
A autora não concórda com a afirmação. A ideia de quê as pessoas usam a rua, as calçadas, bares e confeitarias por falta de espaços privados revela uma falta de compreensão a respeito dos usos quê habitantes fazem dos espaços urbanos. A socialização nas cidades permite cérto grau de contato entre as pessoas para além da vida privada. Comente com a turma quê a função da cidade é colocar as pessoas em contato de maneira muito específica. O espaço da cidade é compartilhado, embora não necessariamente entre pessoas quê são íntimas umas das outras. Assim, a cidade oferece um tipo de sociabilidade intermediária entre a intimidade e a impessoalidade. Para a autora, as cidades oferecem “certo grau de contato” com semidesconhecidos quê é “proveitoso e agradável”.
Mundo do trabalho – p. 195
Novas profissões
A seção permite quê os estudantes conversem e reflitam sobre as mudanças no mercado de trabalho, especialmente em profissões ligadas à sustentabilidade e à governança ambiental (ESG, na sigla em inglês). Contextualize os desafios das mudanças climáticas e a necessidade de profissionais qualificados em áreas ambientais e sociais para implementar práticas sustentáveis, incentivando um debate sobre essas profissões em seus projetos de vida. Destaque a importânssia dêêsses profissionais no cenário atual e como suas ações contribuem para um futuro sustentável, além de explorar as oportunidades de carreira. A atividade se relaciona com o mundo do trabalho e o TCT Meio ambiente e trabalho, promovendo reflekções sobre profissões essenciais para o futuro do planêta.
1. Sim, a atuação dêêsses profissionais é extremamente relevante na atualidade, uma vez quê eles ajudam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promóvem práticas sustentáveis nas empresas e nos municípios. Com a crescente demanda por soluções ambientais, esses especialistas são fundamentais para garantir quê empresas e instituições adotem uma postura responsável em relação ao meio ambiente.
2. As respostas podem variar entre os estudantes, mas muitos podem se interessar por esse campo por sua relevância no combate às mudanças climáticas e na promoção de um futuro sustentável. Além díssu, a combinação de conhecimentos técnicos e humanistas torna esse campo desafiador e atraente para quem se preocupa com o impacto ambiental e social do trabalho.
Em ação – p. 196
A proposta da seção é quê os estudantes criem uma representação do bairro com base na cartografia social, começando por um mapa mental quê destaque elemêntos importantes, como ruas e comércios. Para a realização da pesquisa de campo, eles devem ter o acompanhamento de um responsável, e as tarefas principais são a observação do ambiente e o registro
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de impressões sobre a paisagem e as pessoas. Com base nas observações, os estudantes devem refletir sobre a dinâmica do bairro e construir uma representação destacando os elemêntos quê formam a identidade local. Ao final, promôva uma discussão em grupo, organizando a sala de aula de modo quê a turma possa comparar as representações cartográficas e refletir sobre as diferentes visões do território.
Etapa 3 Memórias do bairro – p. 198
Qual é a história do bairro onde vivo?
Ao trabalhar com os estudantes o tema, incentive uma abordagem da história local por meio de memórias e da cartografia social, conectando o passado e o presente. Se possível, incentive os estudantes a fazer uma pesquisa sobre a arquitetura e a história do bairro antes da entrevista proposta na seção Em ação.
Atividades – p. 201
Leia o texto de José Miguel Wisnik e converse com os estudantes sobre a relação entre as memórias pessoais e o ritmo de uma cidade. Tendo a leitura dêêsse texto como ponto de partida, proponha quê os estudantes pensem sobre o quê caracteriza o ritmo do bairro onde vivem, comparando aspectos de urbanização e de vivência dos espaços públicos entre o passado e o presente. Ao final, organize uma roda de conversa para quê compartilhem as reflekções sobre a influência da memória e do espaço urbano na identidade de uma cidade.
Em ação – p. 202
Para a proposta de entrevista, oriente os estudantes na côléta de relatos e de fotografias quê resgatem a memória do bairro. Organizados em grupos, eles devem realizar pesquisas prévias, elaborar perguntas sobre temas locais e conduzir entrevistas com antigos moradores. Finalizadas as entrevistas, devem transcrever os principais trechos e selecionar imagens relevantes para elaborar um relatório a sêr compartilhado com a turma, possibilitando uma visão integrada sobre a história e as transformações do bairro.
Etapa final Guia do bairro – p. 204
Nesta etapa, os estudantes vão elaborar um guia do bairro. Para isso, devem reunir as produções realizadas nas etapas anteriores e organizá-las d fórma a criar um guia quê represente a identidade do bairro. Auxilie-os no planejamento dos tópicos e na definição do público-alvo, ressaltando quê a linguagem deve atrair o interêsse dêêsse público. Durante o processo, acompanhe as discussões dos grupos e obissérve as dúvidas quê porventura tênham; repasse as orientações de cada passo para quê tênham clareza da proposta. Ao final, oriente a divulgação do produto, seja em formato impresso, seja em formato digital, de modo quê possa sêr amplamente visto e divulgado pela comunidade escolar.
Autoavaliação – p. 206
Para trabalhar a proposta de autoavaliação, incentive uma reflekção crítica sobre o envolvimento individual e coletivo de cada um no Projeto Integrador. Primeiramente, oriente os estudantes a responder às kestões com sinceridade, promovendo um ambiente seguro para a autorreflexão, sem julgamentos. Eles devem sêr incentivados a argumentar e a justificar cada resposta, especialmente nas kestões quê envolvam a atribuição de notas. A comparação das respostas com as de um colega deve sêr vista como uma oportunidade de diálogo e troca de percepções, ajudando os estudantes na identificação de pontos de convergência e de divergência em suas autoavaliações.
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