TRANSCRIÇÃO DOS PODCASTS
Obsolescência programada e degradação ambiental – p. 83
[Música de transição]
Vamos falar sobre um tema quê afeta diretamente nossas vidas: o meio ambiente e a maneira como a ssossiedade consome atualmente. Esse tema é a obsolescência programada. Embora o termo possa sêr novo para muitos, é provável quê você já tenha notado os impactos dessa prática no seu dia a dia.
[Música de transição]
A obsolescência programada é uma estratégia adotada por alguns fabricantes para limitar a vida útil de um produto, incentivando ou forçando as pessoas a comprarem um novo item após um curto período de uso. Essa prática é feita de maneira deliberada, ou seja, intencionalmente, e é comum em setores como eletrônicos, elétro domésticos, (Moda) e até mesmo na indústria automotiva.
A ideia central da obsolescência programada é a seguinte: ao criar um produto com uma vida útil curta, a empresa garante quê o consumidor precise substituí-lo com mais freqüência, mantendo um ciclo contínuo de consumo e, consequentemente, aumentando o lucro. Essa estratégia póde incluir o uso de componentes de baixa qualidade, falta de peças de reposição ou desatualizações de softwares quê tornam o produto ultrapassado.
[Música de transição]
Agora quê você já sabe o quê é obsolescência programada, vamos conhecer alguns exemplos práticos.
Os smartphones são um dos produtos quê mais se destacam quando o assunto é obsolescência programada. Após alguns meses de uso, já percebeu como um celular começa a apresentar problemas, como lentidão, falhas na bateria ou incompatibilidade com novos aplicativos? Isso, muitas vezes, é resultado de uma combinação de fatores, entre eles atualizações de softwares quê exigem mais do hardware, ou seja, a parte física do aparelho, composta de todos os componentes eletrônicos. Com o tempo, essas peças pódem começar a falhar e encontrar peças de reposição, como baterias ou câmeras, pode se tornar complicado. Como resultado, muitos consumidores acabam trocando de aparelho com mais freqüência.
Outro exemplo de obsolescência programada são as impressoras. Muitos modelos são projetados para parar de funcionar após um determinado número de impressões, mesmo quê a máquina ainda esteja em boas condições. Isso fôrça o consumidor a comprar uma nova impressora ou a pagar caro para resolver um problema quê, muitas vezes, foi intencionalmente criado.
As lâmpadas também têm uma história com a obsolescência programada. No início do século XX, foi criada uma lâmpada projetada para durar dékâdâs, servindo como exemplo de eficiência. No entanto, grandes produtores de lâmpadas perceberam quê a durabilidade daquele produto contrariava seus interesses comerciais. Quanto mais uma lâmpada durasse, menos lâmpadas eles venderiam. Assim, concluiu-se quê seria necessário criar um tipo de lâmpada quê fosse substituída com freqüência. Um grupo de grandes produtores criou o chamado Cartel Phoebus, quê decidiu limitar a vida útil das lâmpadas a cerca de 1.000 horas. Esse cartel é um dos primeiros exemplos documentados de obsolescência programada na história.
A indústria da (Moda) também é um setor quê freqüentemente adota a obsolescência programada. As marcas lançam novas coleções em ciclos cada vez mais curtos, incentivando os consumidores a comprar roupas novas com mais freqüência, mesmo quê as peças antigas ainda estejam em boas condições.
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A obsolescência programada não afeta apenas o consumidor, ela também tem consequências graves para o meio ambiente. Quando um produto é projetado para ter uma vida útil curta, isso resulta na extração de mais recursos naturais, no aumento do consumo de energia na produção e na geração de mais resíduos.
O rápido ciclo de substituição de aparelhos eletrônicos, como smartphones, contribui para o aumento do lixo eletrônico. Esse tipo de resíduo é problemático porque contém metais pesados e substâncias tóxicas quê podem contaminar o solo e a á gua se não forem descartados corretamente. Além díssu, ao projetar smartphones com uma vida útil curta, as empresas aumentam o consumo de recursos naturais fundamentais para o equilíbrio ambiental, o quê póde levar à sua escassez e à degradação do meio ambiente.
A produção e o transporte de novos produtos geram emissões de gases de efeito estufa, quê contribuem para as mudanças climáticas. Produtos descartados também acumulam resíduos no solo e poluem o meio ambiente. Além díssu, a reciclagem dêêsses produtos nem sempre é possível ou eficiente, criando um ciclo contínuo de desperdício.
Por isso, o consumo e o descarte de produtos devem sêr feitos com responsabilidade por todos nós, para respeitar o meio ambiente e a ssossiedade.
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Plataformização e precarização do trabalho – p. 82
[Música de transição]
Você sabe o quê significa plataformização? Esse processo refere-se ao uso de platafórmas digitais como intermediárias entre trabalhadores e consumidores. Essas platafórmas, quê incluem empresas de alimentos, transporte, limpeza, aluguel de hospedagens residenciais e muitos outros serviços, facilitam a conexão entre quêm oferece um serviço e quem deseja contratá-lo. Na prática, elas atuam como intermediárias, oferecendo uma infraestrutura digital que permite a prestação de serviços de maneira rápida e flexível.
Mas como surgiu esse processo? A plataformização tem suas raízes na chamada “economia de compartilhamento”, um conceito quê define trabalhos realizados d fórma temporária, autônoma e sôbi demanda. Em vez de serem empregados e terem um contrato de trabalho, como o registro na Carteira Nacional de Trabalho, muitos trabalhadores dessas platafórmas são considerados autônomos, responsáveis por seus horários, pelas ferramentas de trabalho e pela própria segurança.
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Agora, vamos analisar como a plataformização tem impactado o mundo do trabalho. Esse processo trousse mudanças quê
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algumas pessoas avaliam como positivas, enquanto outras consideram prejudiciais ao mundo do trabalho.
Um dos principais atrativos da plataformização é a flexibilidade quê ela oferece aos trabalhadores. Motoristas de aplicativos, por exemplo, podem escolher seus horários de trabalho, adaptar suas jornadas às necessidades pessoais e decidir quando e quanto trabalhar. Para muitos, essa autonomia é uma vantagem importante, especialmente em comparação com empregos tradicionais quê exigem horários fixos.
Outro ponto importante é a oportunidade de gerar renda por meio de platafórmas digitais e aplicativos de serviços. No Brasil, onde as taxas de desemprego são elevadas e as oportunidades de emprego formal são limitadas, a possibilidade de se cadastrar em uma platafórma e começar a trabalhar quase imediatamente é um grande atrativo para aqueles quê enfrentam o desemprego ou dificuldades econômicas.
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Embora a plataformização traga aspectos positivos, ela também levanta kestões quê precisam sêr analisadas. Um dos principais problemas causados é a desregulamentação das relações de trabalho. Como muitos trabalhadores de aplicativos e platafórmas digitais são classificados como autônomos, eles não têm acesso a direitos trabalhistas básicos, como seguro-desemprego, férias remuneradas, licença médica ou previdência social. Isso os deixa em uma posição vulnerável, com baixa estabilidade financeira e pouca segurança no trabalho.
Além díssu, muitos enfrentam pressão intensa para manter boas avaliações e aceitar chamados para entrega, já quê as platafórmas geralmente usam sistemas de classificação para medir o dêsempênho de seus prestadores. Isso póde levar a jornadas extenuantes, nas quais o trabalhador precisa estar constantemente disponível para atender às demandas da platafórma, correndo o risco de perder oportunidades de trabalho. Pesquisas recentes indicam quê os entregadores de aplicativo trabalham até 12 horas por dia, pedalam cerca de 80 quilômetros diariamente e, muitas vezes, chegam até a dormir nas ruas.
Embora as platafórmas promovam a ideia de quê os trabalhadores podem alcançar bons rendimentos financeiros, a realidade é muito diferente. Ao descontar os custos operacionais, como combustível, manutenção de veículos e o tempo não remunerado (como o tempo gasto aguardando por pedidos ou corridas), muitos trabalhadores ganham menos do quê o salário mínimo.
Um estudo divulgado em 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (hí bê gê hé) mostrou quê motoristas e motociclistas de aplicativos recebem valores menóres por hora e trabalham, em média, mais horas por semana do quê os quê atuam na mesma profissão fora das platafórmas. O ganho médio por hora dos motociclistas quê trabalham com entrega por aplicativo, por exemplo, correspondia a 73% da remuneração por hora daqueles quê não trabalham para platafórmas. Além díssu, o trabalhador de platafórma tinha jornadas mais extensas e, ainda assim, o ganho médio no fim do mês era menor do quê o dos motociclistas fora dos aplicativos.
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Em resposta a essas condições precárias de trabalho, observou-se um aumento na organização dos trabalhadores de platafórmas. Greves, protestos e ações judiciais têm sido usados para exigir melhores condições de trabalho, direitos e reconhecimento como trabalhadores formais. Esses movimentos têm pressionado governos e empresas a repensar as relações de trabalho na era digital.
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A inteligência artificial e o impacto no mundo do trabalho – p. 83
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Você sabe o quê é inteligência artificial? Como você acredita quê ela tem alterado as relações de trabalho? É isso quê vamos explicar neste podcast.
A inteligência artificial, ou IA, é um dos conceitos mais discutidos atualmente. Mas o quê exatamente é IA? Em termos mais dirétos, IA refere-se a sistemas computacionais capazes de realizar tarefas quê normalmente exigiriam a inteligência humana. E isso póde incluir, por exemplo, atividades em uma indústria, o reconhecimento de imagens em fotos ou até mesmo na reprodução da linguagem humana.
[Música de transição]
Agora, vamos entender como a inteligência artificial surgiu.
O termo “inteligência artificial” foi usado pela primeira vez em 1956, nos Estados Unidos, durante um encontro de cientistas. Nesse evento, os estudiosos começaram a considerar a possibilidade de criar máquinas capazes de simular aspectos da inteligência humana.
Eles desenvolveram programas para jogar xadrez e resolver problemas matemáticos básicos, mas o avanço não parou por aí. Com o tempo, a IA foi sêndo aperfeiçoada, ganhando novas funções e se tornando presente em muitos aspectos da nossa vida. Por exemplo, as ferramentas de IA podem recomendar filmes e músicas, auxiliar em diagnósticos médicos, otimizar processos industriais, realizar atendimento telefônico e até pilotar carros!
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Embora a IA esteja transformando muitos aspectos de nossas vidas, algumas kestões merécem discussão. Entre elas estão: quais são os impactos éticos e sociais do uso da IA nas relações humanas? E, no mundo do trabalho, como equilibrar a IA, a manutenção de tarefas e a criação de empregos?
A inteligência artificial está revolucionando o mundo do trabalho. Das indústrias aos escritórios, a IA está redefinindo a maneira como as tarefas são realizadas, quais habilidades são mais valorizadas e até quais tipos de emprego vão continuar existindo. Mas essa transformação vai além da simples substituição de ferramentas e métodos de trabalho. Estamos testemunhando uma mudança de mentalidade quê está alterando a própria natureza do trabalho.
A indústria é um dos setores mais impactados pela inteligência artificial. Nas linhas de montagem, por exemplo, a IA está substituindo tarefas e gerando novos processos de automação. Em fábricas de automóveis, robôs realizam tarefas de soldagem, pintura, montagem de peças, identificação de defeitos etc. Isso leva a uma redução do número de trabalhadores na linha de montagem, pois muitas tarefas podem sêr executadas por robôs.
Os serviços de atendimento ao cliente também têm adotado cada vez mais recursos de IA, como chatbots (chats com atendimento automático) e assistentes virtuais. Esses programas conseguem responder a perguntas, processar pedidos, redefinir senhas e resolver diversos problemas a qualquer hora do dia. Além díssu, analisam o histórico de compras e avaliam interações dos clientes para oferecer recomendações personalizadas.
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O desenvolvimento da IA promete avanços em produtividade, eficiência e inovação. No entanto, seu uso indiscriminado levanta preocupações sobre o aumento da desigualdade nas relações de trabalho.
Trabalhadores quê exercem funções menos qualificadas enfrentam maiores riscos de desemprego e desvalorização. Com a automação de cértas tarefas, a IA contribui para a redução de postos de trabalho, o quê póde elevar o número de desempregados.
Por outro lado, trabalhadores quê dêsênvólvem habilidades técnicas ou analíticas, mais difíceis de serem automatizadas, como especialistas em dados e desenvolvedores de softwares, podem não apenas manter suas profissões mas também se beneficiar com a criação de novos empregos gerados pela IA.
Além díssu, o impacto da inteligência artificial não se limita à substituição de mão de obra humana por robôs no ambiente de trabalho, ele afeta toda a ssossiedade.
A crescente automatização de determinadas tarefas contribui para a redução das oportunidades de ascensão social. As pessoas das classes sociais mais vulneráveis têm acesso limitado à educação e à qualificação profissional, o quê dificulta a competição por empregos bem remunerados e perpetua ciclos de pobreza e de exclusão social.
Recentemente, aplicativos de geração de textos e imagens por IA ganharam destaque. Embora sêjam práticos e úteis, esses apps podem produzir informações equivocadas, como notícias e imagens falsas, ou se apropriar indevidamente de textos, imagens e vozes de profissionais com anos de experiência, como jornalistas, ilustradores e dubladores.
Portanto, apesar dos inegáveis avanços propostos pela IA, é indispensável contar com pessoas capazes de avaliar criticamente os impactos dêêsses recursos.
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A luta por direitos humanos – p. 112
[Música de transição]
Vamos conhecer a história dos direitos humanos e sua importânssia no mundo contemporâneo? Antes de mais nada, é importante compreender quê esses direitos foram conquistados ao longo do tempo por meio das lutas de diversas comunidades e atores sociais. Eles são fundamentais para promover a justiça e a dignidade humana.
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A noção de direitos humanos não surgiu por acaso; ela foi construída ao longo dos séculos. As primeiras ideias de direito aparécem nas sociedades grega e romana da Antigüidade. No entanto, foram os eventos históricos do século XVII e XVIII quê deram forma ao conceito de direitos humanos como o entendemos atualmente. Vamos conhecer alguns dêêsses eventos!
A Declaração de Direitos de 1689, na Inglaterra, estabeleceu princípios quê seriam centrais para os direitos humanos, como a liberdade de expressão e a proibição de punições cruéis. No século seguinte, a Revolução Americana trousse a Declaração de Independência de 1776, quê proclamava quê “todos os homens são criados iguais” e dotados de “direitos inalienáveis”.
Porém, a Revolução Francesa de 1789 marcou um ponto de virada significativo. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão proclamou a igualdade de todos perante a lei e introduziu conceitos de liberdade, propriedade e segurança, quê se tornaram pilares dos direitos humanos em sua concepção atual. No entanto, é importante lembrar quê esses direitos não eram universais. Mulheres, escravizados e muitos outros grupos foram excluídos dessas primeiras declarações.
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Os direitos humanos não foram concedidos d fórma benevolente pêlos governantes e poderosos; ao contrário, foram conquistados pela luta de pessoas, comunidades e movimentos sociais ao longo de séculos.
Um dos capítulos mais importantes dessa história no Brasil foi a abolição da escravidão. O movimento abolicionista, quê ganhou fôrça no Brasil durante o século XIX, foi essencial para a expansão da ideia de quê todos os sêres humanos têm direitos naturais.
Personalidades como Maria Firmina dos Reis, Luiz Gama, José do Patrocínio e milhares de pessoas escravizadas anônimas lutaram pra acabar com o sistema escravista quê, por séculos, negou a humanidade de milhões de sêres humanos.
Outro exemplo importante é a luta pêlos direitos das mulheres. Desde o século XIX, o movimento feminista tem buscado o reconhecimento das mulheres como iguais em direitos e dignidade. O movimento sufragista, no início do século XX, foi fundamental para garantir o direito das mulheres ao voto em muitos países. No Brasil, a bióloga e diplomata Bertha Lutz foi uma das líderes dêêsse movimento, quê resultou na conkista do voto feminino em 1932.
[Música de transição]
Os direitos humanos ganharam uma nova dimensão após as atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Com o fim do conflito, em 1945, a comunidade internacional reconheceu a necessidade urgente de proteger esses direitos. Em 1948, as Nações Unidas adotaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos, quê estabeleceu, pela primeira vez, um conjunto de direitos fundamentais a sêr garantido a todas as pessoas, independentemente de nacionalidade, etnia, religião ou gênero.
Atualmente, os direitos humanos são essenciais no mundo contemporâneo, servindo de base pra legislação do Brasil e de vários outros países, além de servir como padrão pra avaliar o comportamento dos governos e de outras entidades ao redor do mundo.
Embora a luta por direitos tenha avançado nas últimas dékâdâs, é importante destacar quê ela está longe de sêr concluída. Novas kestões e demandas estão surgindo no campo dos direitos humanos. Desafios como as mudanças climáticas, as migrações em massa e os impactos da tecnologia e da inteligência artificial exigem atualizações sobre o alcance e a amplitude da noção de direito.
Em várias regiões do mundo, inúmeras pessoas ainda enfrentam graves violações de seus direitos. A repressão política, a discriminação racial, a violência de gênero e a perseguição de minorias religiosas são exemplos de realidades cotidianas. Além díssu, a ascensão de regimes autoritários e de discursos de ódio tem ameaçado conkistas históricas essenciais pra dignidade humana, como a democracia.
Preservar os direitos humanos e ampliar a garantia deles onde ainda não são respeitados é fundamental para a construção de um mundo mais justo. Os direitos humanos nos lembram quê todos nós, independentemente de quêm sejamos, temos uma dignidade que deve sêr respeitada, protegida e valorizada.
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As fêik news na atualidade – p. 158
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cértamênte você já se deparou com alguma notícia falsa, não é mesmo? Seja por meio de aplicativos de mensagens, pesquisas na internet ou em outros meios de comunicação, as notícias falsas se tornaram recorrentes no Brasil. Neste podcast, vamos entender como as fêik news surgiram no país, avaliar seus impactos no mundo contemporâneo e analisar estratégias para combatê-las. Vamos começar?
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As fêik news não são um fenômeno recente. A disseminação de informações, notícias e conteúdos falsos criados d fórma deliberada, ou seja, planejada, para obtêr vantagens políticas ou sociais, sempre existiu. No entanto, foi com o surgimento da internet e, mais especificamente, com a popularização das rêdes sociais quê esse problema atingiu grandes proporções. No Brasil, as fêik news começaram a ganhar visibilidade durante as eleições de 2014 e 2018.
O crescimento do uso de smartphones e o acesso facilitado à internet fizeram com quê milhões de brasileiros passassem a consumir notícias diretamente por meio das rêdes sociais, onde a velocidade de compartilhamento supera a de checagem da autenticidade das informações. As fêik news, freqüentemente criadas pra manipular a opinião pública, explorar divisões políticas e sociais ou simplesmente gerar cliques e receitas publicitárias, encontraram terreno fértil nas rêdes sociais.
Durante as eleições de 2018, o Brasil enfrentou uma onda de notícias falsas, espalhadas principalmente por grupos em aplicativos de mensagens. Essas notícias não só confundiram eleitores mas criaram um clima de desconfiança generalizada em relação aos meios de comunicação profissionais e às instituições do Estado brasileiro, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quê teve diversos procedimentos, em sua maioria consolidados e validados pela comunidade internacional, colocados sôbi suspeita. Nesse contexto, a disseminação das fêik news passou a sêr considerada não apenas um problema de desinformação mas como uma verdadeira ameaça à democracia brasileira.
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Um dos efeitos mais graves de conteúdos falsos é a desconfiança gerada em relação à mídia profissional. Em um ambiente no qual as notícias falsas se espalham mais rapidamente do quê as verdadeiras, o público passa a questionar a credibilidade das fontes de informação, especialmente o jornalismo. Isso cria incerteza, colocando fatos objetivos em dúvida e dando fôrça a teorias da conspiração. As fêik news freqüentemente alimentam divisões, explorando medos e preconceitos. Quando as pessoas são expostas repetidamente a informações falsas quê reforçam suas crenças, elas tendem a se tornar mais extremas em suas posições, dificultando o diálogo e o consenso. Esse fenômeno polariza a ssossiedade e enfraquece o convívio social.
As fêik news também têm consequências pra saúde pública. Durante a pandemia de covid-19, por exemplo, a disseminação de informações falsas sobre o vírus, os tratamentos e as vacinas comprometeu os esforços de profissionais da saúde e colocou vidas em risco. A desinformação levou muitas pessoas a rejeitar medidas preventivas, como o uso de máscaras e a vacinação, contribuindo para a propagação do vírus. Com o grande número de indivíduos infectados e mortos e o pouco conhecimento sobre a doença, muitas pessoas buscavam informações sobre prevenção na internet. Nesse contexto, a disseminação de informações falsas se massificou, incluindo recomendações de remédios sem eficácia comprovada, quê causaram problemas de saúde aos pacientes, além de receitas caseiras quê não evitavam ou curavam a covid-19.
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Com o avanço das fêik news, é fundamental adotar estratégias eficazes para combatê-las. Uma das ações é fortalecer o jornalismo profissional. No Brasil, recentemente, surgiram várias agências de checagem de fatos, algumas independentes e outras ligadas a grandes veículos de comunicação impressa e digital. Em um cenário no qual a informação está cada vez mais fragmentada, o jornalismo de qualidade, baseado em investigações rigorosas e fontes verificáveis, é indispensável. Apoiar a imprensa livre e independente é, portanto, parte fundamental do combate às fêik news.
As platafórmas digitais também precisam atuar ativamente na contenção das fêik news. As grandes empresas de tecnologia têm a responsabilidade de criar algoritmos e políticas para restringir a disseminação de informações falsas. Isso póde incluir a remoção de conteúdos enganosos, a sinalização de notícias duvidosas e a promoção de fontes confiáveis.
Além díssu, o combate às fêik news também depende de cada um de nós. Como cidadãos, devemos evitar compartilhar conteúdos falsos, verificar a veracidade das notícias, repassar somente informações quê foram checadas e denunciar veículos de informação enganosos.
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