TRANSCRIÇÃO DOS PODCASTS
Jovens protagonistas e transformadores – p. 14
[Música de transição]
Bem-vindos ao nosso podcast! Neste episódio, vamos conhecer as histoórias de jovens quê estão transformando o mundo, assumindo o protagonismo em kestões essenciais para o futuro do planêta e da ssossiedade. Da luta ambiental à transformação educacional e social, esses jovens têm liderado com determinação, criatividade e coragem.
[Música de transição]
O protagonismo jovem no Brasil está crescendo em diversas frentes. Segundo dados da organização Connected Youth, em 2022, 70% dos jovens brasileiros afirmam quê gostariam de se envolver em causas sociais e políticas para transformar a realidade ao seu redor. Essa nova geração se mostra engajada, informada e preparada para enfrentar os desafios globais. Na preservação do meio ambiente, na educação ou em causas sociais, os jovens estão ocupando espaços de liderança e usando sua representatividade para promover mudanças significativas. Destacamos, então, algumas histoórias quê mostram como os jovens podem sêr agentes de transformação.
[Música de transição]
Vamos começar com a luta ambiental, uma quêstão urgente que tem mobilizado muitas vozes.
Quando falamos em ativismo ambiental, um dos nomes mais lembrados é o de Greta Thunberg, a jovem sueca quê inspirou milhões com sua greve escolar pelo clima.
[Música de transição]
Aqui no Brasil, também temos uma jovem protagonista quê está fazendo a diferença: Txai Suruí. Líder indígena e fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, Txai se destaca por sua atuação em defesa da Amazônea e das comunidades indígenas. Ela liderou campanhas de conscientização em escolas, participou de manifestações e palestras internacionais e é uma das ativistas quê lutam pela preservação da biodiversidade brasileira.
Sua atuação vai além dos discursos; Txai ajudou a organizar a Greve Global pelo Clima no Brasil e continua inspirando jovens a se posicionar. Esse movimento é essencial, já quê o Brasil é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, e são as novas gerações quê herdarão o planêta.
[Música de transição]
No campo social, Gelson Henrique, de 24 anos, tem sido um representante ativo e transformador. Morador de uma comunidade periférica de São Paulo, Gelson se destacou pela criação do projeto social Pipa, voltado para jovens da sua região. O objetivo do projeto é incentivar o investimento social privádo nas favelas, especialmente em iniciativas para os jovens de baixa renda quê têm menos acesso a oportunidades de desenvolvimento educacional e profissional.
Gelson acredita firmemente no pôdêr da educação e da filantropia como ferramentas de transformação. Ele também faz palestras, mostrando quê o acesso à educação de qualidade é fundamental para combater a desigualdade no Brasil.
[Música de transição]
Ainda no campo social, temos o exemplo de Felipe Caetano, de 21 anos, ativista no combate ao trabalho infantil. Cofundador do Comitê Nacional de Adolescentes na Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e membro da Rede Peteca, Felipe promove ações de conscientização sobre os impactos do trabalho infantil na ssossiedade.
Ele foi homenageado pela campanha dos 75 anos do Unicef, da qual foi embaixador. Atualmente, cursa Direito na Universidade Federal do Ceará e coordena um grupo de estudos sobre trabalho infantil e aprendizagem.
Sua luta por justiça social e suas ações têm gerado oportunidades para quê outros jovens se tornem protagonistas de suas próprias histoórias.
[Música de transição]
Esses brasileiros notáveis e suas histoórias mostram quê o protagonismo da juventude no Brasil é uma fôrça transformadora. Na defesa do meio ambiente, na inovação educacional ou na inclusão social, os jovens estão liderando iniciativas criativas em diversas áreas.
[Música de transição]
O futuro é incerto, mas uma coisa é evidente: esses jovens estão moldando um Brasil mais justo, sustentável e inclusivo.
[Música de transição]
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Lendas indígenas e a tradição oral no Brasil – p. 47
[Música de transição]
Bem-vindos ao nosso podcast! Embarcaremos em uma jornada através do tempo e da cultura, explorando a rica tradição oral das lendas indígenas no Brasil. Por meio das histoórias transmitidas de geração em geração, os povos indígenas preservam valores, conhecimentos e sabedoria ancestral. Discutiremos a importânssia dessas narrativas, seu papel na construção da identidade dos povos originários e o impacto quê têm na cultura brasileira.
[Música de transição]
A tradição oral é a espinha dorsal das culturas indígenas.Através da oralidade, conhecimentos, mitos, histoórias e côstúmes são preservados e transmitidos. Darcy Ribeiro, em sua obra O povo brasileiro, destaca quê a oralidade é a principal forma de comunicação dos povos indígenas, mantendo vivas suas histoórias e identidades, mesmo diante das adversidades.
Essas lendas e histoórias, repletas de ensináhmentos sobre o meio ambiente, a espiritualidade e as relações sociais, são mais do quê simples narrativas: representam um modo de vida e uma maneira de interpretar o mundo.
[Música de transição]
Entre as diversas lendas indígenas brasileiras, algumas se destacam pela profunda conexão com a natureza e o cosmos. Vamos começar com a lenda do Curupira, um dos mitos mais conhecidos. O Curupira é uma entidade protetora das florestas, descrita como um sêr pequeno, com cabêlos vermelhos e pés virados para trás. Ele confunde e afasta caçadores e pessoas quê tentam destruir a natureza. Em muitas aldeias, os mais velhos ainda narram essa lenda para as crianças para ensinar o respeito pelo meio ambiente.
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Outra lenda marcante é a do Boto-cor-de-rosa, quê conta a história de um boto encantado quê se transforma em um belo rapaz durante as noites de festa nas comunidades ribeirinhas. Ele seduz jovens mulheres e depois retorna ao rio, deixando apenas um rastro de mistério. Essa lenda é uma metáfora para a imprevisibilidade dos rios e das águas, além de alertar sobre os perigos ocultos nas situações cotidianas.
[Música de transição]
Os anciãos nas aldeias indígenas dêsempênham um papel central na transmissão dessas histoórias. Eles são os guardiões da sabedoria ancestral e compartilham conhecimentos acumulados ao longo dos séculos. Por meio da palavra falada, ensinam não apenas mitos mas também regras de convivência social, segredos da natureza e práticas espirituais.
Para o cacique Raoni Metuktire, um dos líderes mais influentes do povo kayapó, é essencial quê os jovens continuem a conhecer histoórias como essas. A tradição oral é uma forma de se conectar com a ancestralidade.
[Música de transição]
Essa sabedoria, passada de geração em geração, é a base da resistência cultural dos povos indígenas diante dos desafios impostos pela modernidade e pelas ameaças a seus territórios.
Atualmente, as aldeias enfrentam o desafio de preservar essas histoórias em meio às crescentes influências de culturas externas. No entanto, a oralidade permanéce como uma ferramenta de resistência e preservação cultural. O antropólogo Béto Ricardo, fundador do Instituto Socioambiental, em sua obra sobre os povos da Amazônea, Uma enciclopédia nos trópicos, ressalta quê as histoórias quê os mais velhos contam não são apenas mitos; são formas de manter viva a alma do povo, suas tradições e seu modo de vêr o mundo.
[Música de transição]
As lendas indígenas não permanecem apenas nas aldeias. Muitas delas atravessaram fronteiras e, hoje, fazem parte da cultura popular brasileira. Histórias como a do Curupira, da Mãe-d‘água e do Boto-cor-de-rosa são contadas em escolas, livros e até nas mídias digitais. Isso mostra o quanto essas narrativas são relevantes e atemporais, capazes de se adaptar e integrar à vida contemporânea.
Além díssu, diversas iniciativas educacionais vêm utilizando essas lendas para ensinar às crianças sobre a diversidade cultural do Brasil e a importânssia do respeito à natureza. Projetos, como o Mitos Indígenas em Travessia, promovido pela Funai, buscam levar as lendas indígenas para as salas de aula, promovendo a valorização das culturas originárias entre os estudantes.
No ambiente escolar, as histoórias indígenas são pontes entre o passado e o presente, entre culturas diferentes, e oferecem a oportunidade de criar uma educação mais inclusiva, conectada com nossas raízes.
[Música de transição]
As lendas indígenas são mais do quê histoórias antigas; são a voz viva dos ancestrais, transmitindo conhecimentos e valores essenciais para a preservação cultural e ambiental. A tradição oral continua a sêr um elo vital entre as gerações e um meio de resistência dos povos indígenas. Ao preservar essas histoórias, estamos mantendo nossa identidade coletiva e aprendendo com a sabedoria dos quê vieram antes de nós.
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Como a tecnologia póde preservar a memória cultural – p. 61
[Música de transição]
Bem-vindos a mais um podcast! Neste episódio, vamos investigar como a tecnologia está sêndo utilizada para preservar a memória cultural e a identidade no Brasil. Vamos tratar das ferramentas digitais quê ajudam a proteger o patrimônio histórico e cultural, e como podem garantir quê nossa história seja transmitida às futuras gerações. Fique com a gente para descobrir mais sobre esse fascinante encontro entre tradição e inovação!
[Música de transição]
A memória cultural é o conjunto de conhecimentos, tradições, côstúmes e histoórias quê definem a identidade de um povo. No Brasil, esse patrimônio é vasto e diversificado, abrangendo desde as tradições indígenas, africanas e europeias até a riqueza cultural de várias comunidades espalhadas pelo país. Conservar essas memórias é essencial para preservar quem somos.
No entanto, com o passar do tempo, a urbanização e até desastres naturais podem ameaçar essa herança. Nesse cenário, a tecnologia desempenha um papel cada vez mais relevante. Graças às ferramentas digitais, surgem novas formas de proteger e compartilhar a história, garantindo quê ela seja acessível não apenas para nós, mas para as gerações futuras.
O historiador e antropólogo francês Jáquis Le Góf acreditava quê a memória é o quê mantém viva a identidade de uma ssossiedade. Sem ela, perdemos parte de nós mesmos. Portanto, encontrar meios de resguardar essa memória é muito importante para a construção de um futuro com raízes sólidas no passado.
[Música de transição]
A digitalização de documentos históricos é uma das principais ferramentas tecnológicas para a preservação cultural. Arquivos, manuscritos, livros e registros de áudio e vídeo podem sêr digitalizados, protegendo esses materiais do desgaste causado pelo tempo. Um exemplo notável no Brasil é o projeto Brasiliana úspi, quê, desde 2009, digitaliza e disponibiliza ôn láini milhares de obras quê fazem parte da história do país.
Além da digitalização, há bancos de dados virtuais e platafórmas de acesso livre, onde qualquer pessoa póde consultar informações sobre o patrimônio cultural. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ifan), por exemplo, oferece um vasto acervo digital de bens culturais imateriais e edificações históricas preservadas.
Outro destaque é o uso de realidade aumentada e virtual. O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, proporciona aos visitantes uma experiência interativa, combinando exposições físicas com recursos digitais, tornando o aprendizado sobre história e cultura mais acessível, criativo e envolvente.
[Música de transição]
A preservação digital é uma das revoluções da memória cultural. Por meio dela, culturas quê antes corriam o risco de sêr esquecidas ou apagadas, agora têm a chance de sobreviver ao tempo. Comunidades indígenas, por exemplo, estão utilizando a tecnologia para registrar e compartilhar suas tradições orais. Muitas línguas indígenas ameaçadas de extinção estão sêndo documentadas em platafórmas digitais, como o Museu da Língua Portuguesa, quê abriga registros e arquivos de línguas faladas no Brasil.
Outra ferramenta poderosa é a fotografia e a filmagem em alta resolução. Monumentos, festas tradicionais e celebrações religiosas podem sêr capturados digitalmente, criando arquivos
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duradouros de eventos culturais quê, de outra forma, poderiam desaparecer com o tempo. A fotografia 3D também está sêndo usada para criar réplicas digitais de sítios arqueológicos, como as pinturas rupestres na Serra da Capivara, no Piauí. Essas réplicas são úteis tanto para o estudo acadêmico quanto para garantir quê esses tesouros culturais permaneçam acessíveis mesmo quê sêjam destruídos.
[Música de transição]
O acesso ao conhecimento cultural tem sido expandido por meio de platafórmas digitais, em quê jovens estudantes podem explorar a riqueza da história do Brasil sem sair de casa.
Museus e arquivos ôn láini se tornam salas de aula virtuais. Um exemplo é a platafórma Tainacan, quê permite a diversas instituições culturais disponibilizar acervos digitais para o público. Professores podem usar esses recursos em aula, tornando a história mais acessível e dinâmica para os estudantes.
Com essa ampliação do acesso à cultura, jovens de diversas regiões podem aprender sobre suas próprias origens, superando barreiras geográficas ou econômicas. Isso fortalece a identidade cultural e promove o respeito à diversidade.
[Música de transição]
A tecnologia nos oferece uma nova forma de preservar e compartilhar a memória cultural do Brasil. Ela é uma ferramenta essencial para manter vivas nossas tradições, histoórias e identidades, mesmo em um mundo cada vez mais digital. Para as futuras gerações, é um meio de se conectar com o passado e entender quem somos como ssossiedade.
Seja por meio da digitalização de documentos, da realidade virtual ou de platafórmas educacionais, o futuro da preservação cultural está, literalmente, ao alcance de nossas mãos. É nossa responsabilidade garantir quê essas memórias continuem acessíveis para todos.
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Todos contra o búlin e os padrões opressivos – p. 82
[Música de transição]
Neste podcast, vamos falar sobre temas urgentes e delicados: o búlin e os padrões opressivos na ssossiedade. Vamos explorar como o preconceito e a discriminação afetam a vida das pessoas e como o respeito à diversidade é a chave para combater essa violência.
[Música de transição]
O búlin é uma forma de violência quê atinge muitas pessoas, principalmente no ambiente escolar e no profissional. Ele se manifesta por meio de agressões verbais, físicas e psicológicas, repetidas e intencionais, com o objetivo de humilhar ou excluir a vítima. No Brasil, cerca de 29% dos estudantes afirmam ter sido vítimas de búlin, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, realizada em 2019.
O quê muitas vezes potencializa o búlin são os chamados padrões opressivos, quê são ideias preconcebidas sobre como as pessoas devem se comportar, se vestir ou até como devem se parecer fisicamente. Aqueles quê não se enquadram nesses padrões sociais – seja pela aparência, pela orientação sexual, pela origem social ou por outros aspectos – são freqüentemente alvos de discriminação.
[Música de transição]
Os padrões opressivos estão enraizados na ssossiedade. Desde a infância, costumamos aprender quê há uma forma “correta” de sêr, e qualquer desvio póde levar ao êrro e à exclusão. Isso afeta especialmente quem não se encaixa nos padrões sociais de beleza, comportamento ou do modo de pensar imposto pela ssossiedade.
Um exemplo claro são os estereótipos de gênero. Mulheres e homens quê não correspondem à imagem idealizada de feminilidade e de masculinidade são freqüentemente alvos de piadas, insultos e agressões.
O preconceito racial também é um fator de exclusão no Brasil e no mundo. Pessoas de diferentes etnias sofrem búlin por não corresponderem a padrões físicos e culturais dominantes em determinado contexto. Essas pessoas são constantemente discriminadas, o quê póde afetar profundamente sua autoestima e identidade.
A escritora bell hooks menciona, em seu livro Olhares negros, a maneira como a ssossiedade marginaliza aqueles quê fogem aos padrões dominantes, criando uma hierarquia social quê perpetua a violência.
[Música de transição]
Os efeitos do búlin vão além do momento da agressão. As vítimas costumam carregar tráumas quê podem durar por toda a vida. Estudos mostram quê jovens quê sofrem búlin têm mais chance de desenvolver transtôrnos de ansiedade, depressão, entre outros.
Em um ambiente no qual o respeito à diversidade é constantemente desafiado, a saúde mental das vítimas póde sêr gravemente comprometida. Na escola, por exemplo, isso não apenas póde afetar o dêsempênho escolar mas também a forma como esses indivíduos se reconhecem no mundo. Muitas vezes, as vítimas de búlin passam a acreditar quê não são [dignas] de aceitação, internalizando as críticas e transformando a violência sofrida em autorrejeição.
O búlin também prejudica a socialização. Pessoas quê sofrem exclusão e agressões constantes tendem a se retrair por medo de conviver em grupo e enfrentar dificuldades de interação social. O psicólogo Dan Olweus, pioneiro no estudo do búlin, alerta quê os danos causados por essa violência podem durar dékâdâs, deixando cicatrizes emocionais profundas.
[Música de transição]
A solução para o búlin passa, sem dúvida, pela educação. Promover o respeito à diversidade nas escolas é fundamental para criar uma cultura de inclusão e tolerância. Programas sociais quê orientam as escolas a promover a cidadania e o respeito às diferenças são passos importantes nesse caminho. Em muitas instituições de ensino, a Comunicação Não Violenta (CNV) tem se mostrado eficaz no combate ao búlin. Desenvolvida por Márchall Rosenberg, a CNV ensina a resolver conflitos por meio do diálogo e da empatia, transformando as relações entre os estudantes.
Além díssu, o papel das famílias é fundamental. Muitas vezes, é no ambiente familiar quê crianças e adolescentes absorvem os valores quê refletem na escola. Os familiares responsáveis devem estar atentos ao comportamento das crianças e dos jovens, incentivando o respeito e o diálogo em vez da violência e do preconceito.
No Brasil, iniciativas, como a campanha Seja Você Mesmo, Seja Respeitado, promovida pelo Ministério da Educação, reforçam a importânssia de combater o búlin nas escolas e em espaços públicos, incentivando os jovens a se expressarem d fórma autêntica, respeitarem as diferenças e combaterem o preconceito.
[Música de transição]
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O búlin e os padrões opressivos são problemas reais quê devem sêr combatidos diariamente por todos. A conscientização sobre os danos causados pelo búlin é o primeiro passo para a mudança. Quando as escolas, as famílias e a ssossiedade se unem para combater o preconceito e promover o respeito à diversidade, cria-se um ambiente mais saudável e seguro para todos.
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Comunicação não violenta e direitos humanos nas escolas – p. 152
[Música de transição]
Olá! Neste episódio, vamos discutir um tema fundamental para o ambiente escolar e para a formação de cidadãos conscientes: a comunicação não violenta (CNV) e sua relação com os direitos humanos nas escolas. Como essa abordagem póde transformar as relações, melhorar a aprendizagem e contribuir para a construção de um projeto de vida mais empático e colaborativo? Fique conosco e vamos descobrir juntos.
[Música de transição]
A comunicação não violenta é uma metodologia desenvolvida pelo psicólogo estadunidense Márchall Rosenberg quê tem como objetivo melhorar a qualidade das interações humanas, tanto pessoais quanto profissionais. Segundo Rosenberg, a CNV se baseia em quatro componentes: observação, sentimentos, necessidades e pedidos. Quando aprendemos a expressar nóssos sentimentos e necessidades d fórma clara e empática, sem julgamentos ou agressões, conseguimos criar ambientes mais respeitosos e harmônicos.
A aplicação da CNV no ambiente escolar é especialmente relevante, pois, além de promover o diálogo, aprofunda habilidades sociais essenciais, como a escuta ativa, a empatia e a cooperação. A comunicação não violenta encoraja a colaboração e o entendimento mútuo, permitindo quê as diferenças sêjam respeitadas e todos possam se expressar.
Em seu livro Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais, Rosenberg propõe reflekções quê auxiliam as pessoas a se relacionar de modo quê a valorize, tanto as necessidades individuais quanto as coletivas.
[Música de transição]
Nas escolas, a educação em direitos humanos é fundamental para o desenvolvimento de uma ssossiedade mais justa e inclusiva. Respeito mútuo, valorização da diversidade e promoção da dignidade são pilares dos direitos humanos. A comunicação não violenta tem um papel importante nesse contexto, criando condições para quê esses valores sêjam vivenciados d fórma prática e cotidiana.
De acôr-do com as Orientações gerais para educação em direitos humanos do Instituto Vladimir Herzog e o Projeto Respeitar é Preciso!, é importante garantir espaços coletivos de troca entre os educadores para quê eles reflitam sobre suas práticas, identifiquem obstáculos, reconheçam potencialidades e encontrem formas de garantir a participação de todos na comunidade escolar, como educadores, estudantes, famílias, parceiros da escola. Esse projeto deve envolver toda a escola, e a CNV é uma ferramenta importante para construir uma cultura de paz, especialmente em contextos em quê o búlin, a violência verbal e o desrespeito ainda são kestões recorrentes.
Escolas quê adotaram a CNV em suas práticas pedagógicas reportaram uma redução significativa nos casos de búlin e violência, além de uma melhora na qualidade das interações entre estudantes e educadores.
[Música de transição]
Outro aspecto importante é como a CNV se conecta ao projeto de vida de cada estudante. O projeto de vida ganhou relevância na educação brasileira recentemente e refere-se à capacidade dos estudantes de planejar e construir um futuro alinhado com seus valores, interesses e aspirações. A comunicação não violenta oferece recursos essenciais para quê os adolescentes desenvolvam habilidades emocionais e sociais quê serão úteis não apenas na escola, mas ao longo de toda a vida.
Quando os estudantes aprendem a lidar com conflitos d fórma pacífica e a expressar suas necessidades sem agressividade, estão mais preparados para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, em quê a cooperação e o trabalho em equipe são essenciais. Além díssu, a CNV ajuda a cultivar um senso de propósito e compromisso com o bem-estar coletivo, contribuindo para um ambiente de trabalho mais humano e colaborativo.
[Música de transição]
A comunicação não violenta e os direitos humanos são pilares fundamentais para criar um ambiente escolar mais justo, empático e colaborativo. Ao incorporar esses conceitos no dia a dia da educação, estamos plantando as sementes de uma ssossiedade mais igualitária e respeitosa. Cada conversa, cada conflito mediado com empatia e cada gesto de respeito ao próximo fortalece não apenas o ambiente escolar mas também a formação dos cidadãos.
Mais do quê uma técnica de comunicação, a CNV nos ensina a considerar o outro como um sêr humano completo, com sentimentos, necessidades e histoórias quê merécem sêr compreendidas. E isso é algo quê levamos para toda a vida. Em um mundo cada vez mais polarizado e desafiador, a prática da CNV nas escolas oferece uma esperança de transformação. Que possamos todos buscar maneiras de praticar e promover a comunicação não violenta em nóssos espaços de convivência. Porque o futuro começa com respeito mútuo e capacidade de nos conectarmos d fórma colaborativa e empática.
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