Infográfico 
As arpilleras
Durante a ditadura de Pinochet, grupos de mulheres bordavam como forma de resistência e denúncia. A técnica utilizada, conhecida como arpillera, possui raízes em uma antiga tradição popular de bordadeiras de Isla Negra, no litoral do Chile. Neste infográfico, serão apresentadas as arpilleras.

Victor Jara é o principal ícone desta arpillera, feita por Albertina Riquelme, no Chile, em 2016. Créditos, Fontes e Referências
Embora as arpilleras tenham surgido em um contexto específico, a tradição continua até hoje em comunidades de todo o mundo, como forma de arte popular e de ativismo social. Pesquise outras obras inspiradas nas arpilleras chilenas.
As arpilleras surgiram no Chile durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), quando mulheres usavam os bordados como uma forma de denúncia. As peças retratavam cenas de opressão e casos de desaparecimentos e injustiças, dando visibilidade às vozes silenciadas.
As bordadeiras usavam tecidos simples e reciclados, como retalhos de roupas velhas e sacos de farinha. Esses materiais acessíveis, muitas vezes provenientes de doações, tinham um significado especial por estarem associados ao cotidiano das famílias das bordadeiras.
As arpilleras não só retratam resistência política mas também são uma forma de expressão cultural. Elas refletem o cotidiano, as tradições e os valores das comunidades que as produzem, destacando a força das mulheres na preservação de suas identidades.
Violeta Parra (1917-1967), renomada cantora chilena, também bordou arpilleras como forma de expressão artística e política. Suas obras ajudaram a difundir esse trabalho artesanal. Em uma entrevista, a cantora disse que as arpilleras são como canções que se pintam.