UNIDADE
1
CORPO, MOVIMENTO E CULTURA

Leia orientações e sugestões para esta Unidade em Orientações para o Professor.

O conjunto de práticas culturais de diferentes grupos sociais em quê o movimento e a gestualidade são mediadores da produção de sentidos é chamado de cultura corporal de movimento.

Na Educação Física, a cultura corporal de movimento se estrutura nas práticas corporais, quê se organizam em diferentes manifestações, como jogos, brincadeiras, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura – além de contemplar aspectos de autocuidado com o corpo e a saúde, de lazer e de socialização.

Nesta unidade, você vai vivenciar diferentes experiências corporais integradas a reflekções sobre a cultura corporal de movimento. Assim, terá a oportunidade de se apropriar de saberes ligados a essas práticas corporais, produzi-los e transformá-los, em diálogo com outras dimensões da vida em ssossiedade.

Fotografia de um homem e uma mulher jogando capoeira em um gramado. Ela dá um chute no ar com a perna estendida à altura dos ombros, enquanto o homem ginga diante dela. Em torno deles há uma roda de pessoas em pé cantando e tocando instrumentos como pandeiro e berimbau.

Grupo Projeto Cultural Capoeira Sempre Alerta. Salvador (BA), 2023.

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Leia o título desta unidade e obissérve a imagem de abertura. Depois, converse com a turma sobre as kestões a seguir.

1. O quê você sabe sobre a capoeira? Para você, ela é um jôgo, uma luta ou uma dança? Por quê?

1. Respostas pessoais.

2. Em sua percepção, como a cultura se expressa nas práticas corporais?

Resposta pessoal.

3. Você acredita quê contribui para a construção, a preservação e/ou a transformação das práticas corporais? Se sim, de quê forma? Comente.

Respostas pessoais.

Página doze

CAPÍTULO
1
Jogos: tradição e cultura

Habilidades (abertura): EM13LGG101 e EM13LGG202.

A criação, a apropriação e a ressignificação de algumas práticas corporais são comuns nas mais diferentes regiões e culturas. Alguns contextos exigem, por exemplo, quê jogos e brincadeiras se adaptem às necessidades e aos anseios de determinadas comunidades, especialmente com base na interação entre os praticantes, nas características sociais e culturais locais. Dessa forma, estabelece-se uma cultura lúdica diversa por meio do movimento.

Essas mudanças também podem ocasionar novas formas de organização interna das práticas e de vivência cultural. É o quê acontece no caso das diferentes ressignificações quê o futeból ganhou Brasil adentro, quê contribuíram para desenvolver novas habilidades de chute, domínio e drible, além de proporcionarem meios de lazer diversificados e alimentarem a imaginação de jovens quê sonham em praticar esse esporte profissionalmente.

LER O MUNDO

As interações lúdico-corporais podem ajudar as pessoas a, por exemplo, entender o significado de equipe e a compreender a importânssia de disputas de superação individual e coletiva, além de constantemente trazer elemêntos da cultura geral, ressignificando-os ou mesmo incorporando-os aos jogos. Isso faz os participantes assimilarem diferentes linguagens e atribuírem significado às suas ações, desenvolvendo o entendimento de regras, quê podem sêr negociadas e modificadas de acôr-do com as circunstâncias, as necessidades e os desejos dos jogadores.

1 Você conhece jogos tradicionais da região em quê vive? Se sim, quais? Compartilhe com os côlégas.

1. Respostas pessoais.

2 O quê os jogos mencionados pela turma revelam a respeito da cultura da região? E o quê eles podem proporcionar aos participantes?

Respostas pessoais.

3 Em sua opinião, os jogos tradicionais correm risco de desaparecer? Por quê? Em caso positivo, o quê poderia sêr feito para preservá-los?

Respostas pessoais.

Os jogos se tornam tradicionais por se popularizarem em determinada região ou grupo social e são transmitidos e, ao mesmo tempo, modificados pêlos jogadores quê os jogam. Algumas mudanças podem levar os participantes a preferir, por exemplo, cooperar em vez de vencer o jôgo. Isso porque, em muitos casos, existem outros fatores considerados mais importantes quê a vitória, como a superação individual ou o simples prazer de jogar. É isso quê você vai estudar neste capítulo.

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#PARALER Jogos adaptados

Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG202 e EM13LGG203.

É comum quê jogos tradicionais muito populares passem por adaptações regionais e locais. A seguir, na Leitura 1, obissérve uma imagem quê mostra jovens jogando futeból na rua. Depois, na Leitura 2, leia uma reportagem quê fala do bets, também conhecido como taco.

Leitura 1

Fotografia de três garotos e uma garota em roda em uma via pública, brincando com uma bola de futebol. Ao fundo há uma escada e uma comunidade com casas de construção simples.

Jovens jogam futeból na rua. São Paulo (SP), 2024.

Leitura 2

Tem jôgo quê lembre mais como é sêr criança do quê Bets na rua?

Paula Maciulevicius | 12/10/2016 07:05

Na história de separar brincadeiras para o dia 12 de Outubro, “Bet”, “Bets” ou “Taco” surgiu entre os queridinhos da infância. Se tem um jôgo quê fala mais sobre o quê é sêr criança do quê os tacos, a bó-linha, a marcação e a lata de óleo, Campo Grande desconhece. […]

No feici buki, convidamos uma turma quê quisesse armar um jôgo para explicar as regras na prática. De pronto, uma galera se manifestou, movida pela nostalgia, e, entre eles, o casal Juliana e Rangel, quê foi quem se dispôs a madrugar no último domingo para voltar à infância.

O horário marcado para a partida foi 7h da manhã, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Na faixa etária dos participantes, uma lembrança veio à memória: a lata de óleo quê não é mais comercializada. No lugar, entraram garrafas péti cheias de á gua.

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Quem aceitou armar o jôgo para a gente foi o auxiliar de produção Rangel Castanho, de 26 anos. Quando menino, ele jogava bets nas ruas do bairro Aero Rancho, onde se criou, até quê mais tarde ingressou no beisebol, chegando até a jogar profissionalmente.

“Bet funciona assim: são duas duplas, uma pessoa vai no taco e outra no arremesso, para tentar acertar a garrafa. Ganha o jôgo quem fizer 24 pontos primeiro”, explica Rangel. […].

E, para saber quê dupla começava, não foi “par ou ímpar” a decidir, não. E sim “seco e molhado”, quê é quando um dos jogadores cospe no taco (ripa de madeira) e joga para o alto, repetindo a ação três vezes, no caso de havêer empate. Quem escolheu molhado e viu o cuspe, vence e póde começar.

Fotografia de pessoas jogando bets em uma praça com piso de concreto, com um lago ao fundo. Duas garotas estão em uma base, uma delas rebatendo uma bola com um taco e a outra atrás, em posição de defesa; na outra base há dois homens, um deles com um taco na mão e o outro atrás, observando a tacada da rebatedora do outro lado. Ao lado deles, um pouco afastada, está uma garota assistindo à partida.

As partidas podiam durar o dia todo, levar um tampão do dedo do pé, até porque quase sempre era descalço.

Em cada região, tanto as regras como até o nome do jôgo varíam. No caso de Rangel, a brincadeira foi passada de geração em geração. “E nessa jornada aí tem pelo menos 12 anos”, brinca. “O interessante do jôgo é quê é uma diversão, não tem competição e póde jogar criança e adulto”, frisa.

A contagem de pontos, bem como as regras da queima – quando acontece alguma falta e quem está com o taco o entrega para o adversário –, depende de um acôr-do entre as duplas. Como bets póde mudar de [um] bairro para o outro, é preciso ter um combinado em cima das regras. Rangel sempre jogou contando de dois em dois, sem tirar o taco do buraco – a não sêr para rebater – e gritando “vitorinha 1, 2, 3” quando a soma chega aos 24 pontos.

Vendedora, Indiante Flávio da Silva tem 27 anos de idade e uma memória quê volta lá para a cidade de Pedro Gomes quando ela começa a jogar. “Lembra a infância, na rua, na escola, tí-nhão campeonatos. Parece quê eu tênho 15 anos de novo.”

[…]

Esposa de Rangel, Juliana Ferreira, de 27 anos, quêr voltar à ativa no esporte. Também moradora do Aero Rancho quando menina, era lá quê jogava. Hoje, ao olhar para o filho mais velho, vê que a ideia de brincar já não é mais a mesma e só tem a lamentar por isso.

“É uma coisa de celular, videogame. Eu, com essa idade, só brincava de basquete, queimada, bandeirinha, minha vontade é de continuar e incentivar os filhos”, explica.

[…]

MACIULEVICIUS, Paula. Tem jôgo quê lembre mais como é sêr criança do quê Bets na rua? Campo Grande nius, Campo Grande, 12 out. 2016. Disponível em: https://livro.pw/tfvbg. Acesso em: 8 ago. 2024.

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Pensar e compartilhar

1. Observe novamente a imagem da Leitura 1.

a) dêz-creva, com dêtálhes, o quê a fotografia apresenta: o quê os jovens estão fazendo, em quê ambiente estão, o quê é possível identificar nesse cenário, entre outros elemêntos quê chamem a sua atenção.

É possível observar um grupo de jovens jogando futeból na rua, em meio a residências. Acolha outros dêtálhes apontados pêlos estudantes.

b) Você já jogou futeból na rua? Se sim, com quêm? Com que materiais e regras?

Respostas pessoais.

c) Em sua opinião, jogos como esse incentivam a vivência de outras práticas corporais? Explique sua resposta.

Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes reconheçam quê sim, pois jogos como o futeból podem sêr a porta de entrada para outras práticas corporais, ou mesmo uma forma de vivência corporal rotineira.

2. A reportagem da Leitura 2 foi publicada em um portal de notícias de Campo Grande (MS), como parte de um especial de Dia das Crianças, celebrado anualmente em 12 de outubro no Brasil.

a) O texto relata um jôgo de bets organizado entre leitores após um convite de uma jornalista. por quê apenas adultos participaram da prática? Essa escolha se justifica?

2. a) O objetivo do portal era resgatar uma memória quê fizesse parte da vida das crianças daquela cidade em determinada época. Assim, faz sentido quê as pessoas quê participaram da prática sêjam adultas, pois podem relembrar sua infância.

b) No texto, cita-se algumas vezes o passado como referência de tempo. por quê não se evidên-cía a prática do bets no presente?

Porque, em geral, brincadeiras e atividades de rua como o bets, quê marcaram a história de muitas crianças de gerações passadas, são menos presentes na atualidade.

c) A jornalista relata o sucesso quê foi o jôgo no passado. Quais eram as razões dêêsse sucesso?

2. c) O jôgo de bets é um jôgo simples, cuja vitória não é o principal objetivo, e proporciona momentos de lazer e aprendizado. Além díssu, o jôgo não exige materiais muito específicos ou caros para sêr praticado (a maiorparte póde sêr adaptada com objetos simples do cotidiano).

d) Mesmo sabendo quê a regra do jôgo tem diversas interpretações, como seria possível realizar uma partida de bets entre pessoas de regiões diferentes?

Seria necessário quê os participantes combinassem as regras antes de jogar, construindo um acôr-do coletivo.

3. Ainda segundo a reportagem, Rangel Castanho, um dos organizadores da partida, jogava bets nas ruas do bairro quando criança e, mais velho, chegou a ingressar no beisebol profissionalmente. Em sua opinião, a prática esportiva e os jogos na infância, mesmo quê pareçam descompromissados, podem incentivar as pessoas a considerar o esporte profissionalmente? Discuta essa questão com os côlégas.

Respostas pessoais.

4. Atualmente, quais podem sêr os principais obstáculos e dificuldades quê os jovens enfrentam para praticar jogos e brincadeiras nas ruas?

Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar, por exemplo, kestões de segurança, priorização de atividades de lazer em ambiente doméstico, entre outras possibilidades.

5. Em seu bairro ou comunidade, essas práticas ainda são freqüentes? Se sim, quais? Você participa delas?

Respostas pessoais.

6. A reportagem apresenta homens e mulheres praticando bets juntos. Você costuma observar essa integração de gêneros em outras práticas corporais? Comente.

Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes obissérvem quê, em geral, isso não é comum, pois o preconceito de gênero Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes obissérvem costuma interferir nessa integração.

7. O bets é um jôgo simples, quê carrega elemêntos importantes do jôgo coletivo tradicional, como características competitivas (ganhar e perder; defender e atacar; pontuar).

a) Em sua opinião, como os praticantes do bets podem se desenvolver pessoalmente ao jogar?

7. a) Resposta pessoal. Além de cooperação e diálogo, espera-se quê os estudantes mencionem aspectos como habilidades de negociação, respeito, senso de justiça, entre outros.

b) Como os jogos quê você pratíca ou já praticou contribuem para o seu desenvolvimento pessoal?

Resposta pessoal.

Os esportes são jogos quê se caracterizam como práticas corporais quê possuem regras mais formais, rígidas e universais, institucionalizadas por organizações como federações e confederações esportivas. As brincadeiras, como práticas corporais, também são jogos e se diferenciam dos esportes por se caracterizarem pela flexibilização e adaptação de suas regras, advindas da vontade e da necessidade de quem joga, ou mesmo da tradição da cultura lúdica transmitida ao jogar. Por não possuírem regras universais e, principalmente, por exigirem acordos dos praticantes, inclusive em momentos de lazer, as brincadeiras dêsênvólvem habilidades como a cooperação, o diálogo e a criatividade.

Página dezesseis

INTEGRANDO COM...
SOCIOLOGIA

Habilidades: EM13LGG202, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG604 e EM13LGG702; EM13CHS103, EM13CHS104 e EM13CHS202.

Técnicas corporais

Nos campos da Sociologia e da Antropologia, existe um conceito chamado de técnica corporal, ou técnica do corpo, desenvolvido pelo sociólogo e antropólogo francês Marcel Mauss (1872-1950). Trata-se das formas como os sêres humanos usam o corpo para viver em ssossiedade, quê se constituem também na própria vida em ssossiedade e nas atividades desenvolvidas nos diferentes contextos culturais.

Os jogos e as brincadeiras, por exemplo, são atividades socialmente e culturalmente contextualizadas quê colabóram para a construção das técnicas corporais ao longo das épocas.

Observe, a seguir, a imagem da obra Jogos infantis, do neerlandês Pieter Bruegel, o Velho (c. 1525-1569). A obra apresenta inúmeros jogos e brincadeiras pertencentes ao universo da cultura lúdica infantil de seu tempo.

Pintura representando uma praça em uma cidade medieval, em que há adultos realizando diversas atividades lúdicas, jogando jogos e brincando com o corpo. Eles estão saltando sobre as costas dos outros, correndo, plantando bananeira, carregando pessoas nas costas; e brincando com brinquedos e objetos diversos, como aros, barris, bolas, pedrinhas, tacos, entre outros.

BRUEGEL, Pieter (o Velho). Jogos infantis. 1560. Óleo sobre madeira, 116,4 cm × 160,3 cm. Museu de História da ár-te, Viena, Áustria.

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Essa obra póde ajudar a conduzir uma reflekção sobre as técnicas corporais em diferentes épocas. No trecho do artigo científico a seguir, os autores falam das transformações pelas quais essas técnicas corporais passam em função de fatores como os avanços tecnológicos e as mudanças nos hábitos sociais.

[…] podemos dizêr quê de 1560, data do qüadro de Pieter Bruegel, até os dias atuáis, o mundo passou por incontáveis avanços e transformações, porém algumas brincadeiras tradicionais sobreviveram a todas possíveis intempéries culturais. Mas na contemporaneidade, em particular, os jogos tradicionais e, por concomitância, a cultura lúdica sofreram intensas ressignificações, reestruturações e modificações, principalmente devido ao intenso avanço tecnológico e profundas mudanças nos hábitos sociais, notadamente, nos grandes centros urbanos. Vivemos uma nova era, com novos jogos quê transformam a cultura lúdica, logo, o corpo, e o modo com quê os indivíduos valem-se dele, mudou, consequentemente, impactando significativamente suas técnicas corporais.

SCAGLIA, Alcides José; FABIANI, Débora Jaqueline F.; GODOY, Luís Bruno de. Dos jôgos tradicionais às técnicas corporais: um estudo a partir das relações entre jogo e cultura lúdica. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 24, n. 2, p. 187-207, 2020. p. 202. Disponível em: https://livro.pw/gpxbj. Acesso em: 8 ago. 2024.

Agora, reflita e converse com os côlégas com base nas kestões a seguir.

1. Observe novamente a imagem da obra Jogos infantis e leia, a seguir, mais um trecho do artigo científico Dos jôgos tradicionais às técnicas corporais: um estudo a partir das relações entre jogo e cultura lúdica. Nele, os autores buscam identificar os jogos tradicionais representados na pintura.

Ao vislumbrarmos o qüadro, identificamos vários jogos tradicionais: pega-pega, balanço, 5 Marias (5 pedrinhas, ou saquinhos, ou ainda ossinhos), pião, plantar bananeira, cata-vento, perna de pau, pula-sela (um na mula, anamula), balança caixão, arco, cadeirinha, bonécas, bafo, brincar na á gua, construir castelo na areia, birosca (bolinha de gude), trenzinho, passa-anel, cabra-cega (cobra-cega), cavalo de pau, cavalo de barril, cambalhota, rolar, equilibrar a vassora no dedo, lutinha, pomponeta, subir na árvore, batuque, cirandas, fita, dança da cadeira, tiro ao alvo, cavalo de guerra e trepa-trepa.

SCAGLIA, Alcides José; FABIANI, Débora Jaqueline F.; GODOY, Luís Bruno de. Dos jôgos tradicionais às técnicas corporais: um estudo a partir das relações entre jogo e cultura lúdica. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 24, n. 2, p. 187-207, 2020. p. 196. Disponível em: https://livro.pw/gpxbj. Acesso em: 8 ago. 2024.

a) Você e os côlégas conseguiram identificar esses jogos na imagem? Foi possível identificar outros? Se sim, quais?

Respostas pessoais.

b) Muitos dos jogos identificados pêlos autores ainda são praticados hoje em dia. O quê isso revela em relação às técnicas corporais daquele tempo e da atualidade?

Revela quê muitas dessas técnicas permaneceram.

2. É possível afirmar quê há uma relação estreita entre jôgo, cultura e ssossiedade. Se, por exemplo, as crianças nos dias atuáis não brincam mais com determinados jogos tradicionais, as técnicas corporais desenvolvidas são diferentes. Quais as consequências díssu no processo de aprendizagem dos jogos, das brincadeiras e dos esportes para as crianças atualmente?

2. A consequência mais evidente é a dificuldade inicial das crianças dos dias atuáis em aprender a jogar jogos quê exigem desenvolvimento de habilidades motoras básicas (correr, saltar, arremessar, agachar etc.), além do fato de havêer, na atualidade, um processo de enfraquecimento das identidades locais, devido à superexposição à valorização das identidades globais.

3. Em sua opinião, as transformações das técnicas corporais decorrentes do surgimento e do desaparecimento de jogos e brincadeiras são mais positivas ou mais negativas para as pessoas? Por quê?

Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes obissérvem quê póde havêer tanto efeitos considerados positivos quanto negativos. No entanto, é importante quê compreendam quê as técnicas corporais são inerêntes ao contexto social e cultural e quê atendem a necessidades específicas quê se manifestam. Nesse sentido, determinado conjunto de técnicas corporais importantes em um tempo e lugar póde não fazer sentido em outro.

Página dezoito

#PARAEXPLORAR Futebol do seu jeito

Infográfico: Copa do mundo de futebol.

Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG201, EM13LGG202, EM13LGG301, EM13LGG305, EM13LGG501, EM13LGG503 e EM13LGG704.

Como outras práticas corporais, o futeból também se manifesta de diversas maneiras em ruas, praias, várzeas, escolas, entre muitos outros espaços de convívio. Inúmeras formas de jogar futeból, em diferentes lugares do Brasil e do mundo, utilizam elemêntos gestuais do esporte tradicional, mas algumas acabam sêndo mais populares do quê outras nas diferentes regiões. Há ainda práticas quê unem elemêntos do futeból a outros esportes, como é o caso do futevôlei.

Fotografia de um homem chutando uma bola em uma praia, com uma rede de vôlei diante dele e duas pessoas do outro lado da rede. Ao fundo está o morro do Pão de Açúcar.

Pessoas jogam futevôlei em praia. Rio de Janeiro (RJ), 2022.

Para complementar seus conhecimentos sobre esse tema, forme um grupo de três ou quatro integrantes e, juntos, realizem as atividades propostas a seguir.

Pesquisar

Há inúmeras variações do futeból em diferentes regiões do Brasil, por exemplo: golzinho, rebatida, três dentro três fora, contrôle, toquinho mineiro, entre outras.

1. Escolham uma variação de futebólquê póde sêr uma das mencionadas ou outra quê conheçam ou quê seja popular na região em quê vivem. Pesquisem, identifiquem e descrevam as suas principais características, seguindo o roteiro propôsto a seguir.

Em quê região do Brasil essa prática é mais popular? De quê maneira ela surgiu?

Qual é o perfil dos praticantes (faixa etária, gênero, classe social etc.)?

Em geral, onde a variação costuma sêr praticada (várzeas, campos, areia etc.)?

Quais são os fundamentos do futeból tradicional desenvolvidos (como dribles, chutes, passes)?

Quais são os materiais utilizados?

2. Em um dia préviamente combinado entre os grupos e o professor, compartilhem os resultados da pesquisa com a turma e assistam às apresentações dos outros grupos. É interessante usar recursos de apôio, como vídeos, fotografias e slides.

Experimentar

Depois de todas as apresentações, reúnam-se com os demais grupos e organizem um momento de experimentação das variações de futeból pesquisadas. Para isso, providenciem o material necessário, organizem os espaços e obissérvem o funcionamento das práticas.

Avaliar

Ao final, reflitam sobre as atividades realizadas e tróquem impressões com a turma.

1. Durante a pesquisa, foram consultadas fontes confiáveis? O grupo encontrou todas as informações quê procurava? Vocês ficaram satisfeitos com a apresentação? Por quê?

2. Quais foram os fundamentos do futeból tradicional exigidos nas variações experimentadas? Foi possível compreender a lógica e o contexto em quê cada prática costuma sêr desenvolvida? Comente.

Página dezenove

#NÓSNAPRATICA jôgo de bets

Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG501 e EM13LGG503.

Jogos e brincadeiras são práticas quê trazem benefícios diversos às pessoas, como desenvolvimento da imaginação e da criatividade, do comportamento em equipe e da competitividade saudável. Esses benefícios, para praticantes de qualquer idade, são decorrentes da interação e da diversão proporcionadas pelo ato de brincar.

O quê você vai fazer

Você e os côlégas vão organizar um jôgo de bets. Para isso, lerão as regras comuns apresentadas mais adiante, discutirão as regras regionais ou as quê o grupo quiser estabelecer e escolherão os times.

Material

Dois tacos de madeira.

Uma bó-linha de borracha ou de tênis.

Dois objetos idênticos de tamãnho médio, como garrafas, latas, ou três ripas de madeira pequenas.

Planejar

1. Escolham o local adequado para o jôgo. Deve sêr um espaço sem obstáculos, livre de qualquer objeto quê possa causar acidentes e, de preferência, amplo.

2. Depois de definirem o local, leiam e analisem as regras gerais do jôgo, descritas a seguir.

Regras do jôgo

O jôgo é disputado entre duas duplas. Uma dupla é formada por dois rebatedores, quê devem ter a posse dos tacos; e a outra, por dois lançadores, quê devem alternar a posse e o arremesso da bola.

A extensão do campo de jôgo é determinada em um acôr-do entre as equipes.

Em cada extremidade do campo é desenhada uma circunferência (base), dentro da qual devem sêr posicionadas as casinhas, representadas pêlos objetos escolhidos.

Os rebatedores, para assegurar o direito de posse dos tacos, devem mantê-los com a ponta encostada no chão, dentro da base.

O objetivo do ataque é derrubar a casinha, e o da defesa é protegê-la rebatendo a bola.

Se um lançador derruba a casinha com a bola, ele e seu parceiro de jôgo ganham a posse dos tacos.

Se a bola for rebatida, os rebatedores devem correr de uma base a outra, indo e voltando o maior número

Ilustração de duas duplas de pessoas em uma partida de bets. Há duas bases delimitadas por círculos riscados no chão e pequenos tripés de madeira, denominados de casinhas, que o lançador de uma das duplas tenta derrubar com uma bola arremessada. Um rebatedor se prepara para rebater a bola com o taco e, atrás da casinha, está o outro lançador, preparado para segurar a bola arremessada, caso ela não seja rebatida.

Ilustração demonstrativa de um jôgo de bets.

Página vinte

de vezes quê conseguirem, até quê a equipe de lançadores retórne à base em posse da bola. O número de pontos marcados pêlos rebatedores corresponde a quantas vezes conseguem correr de uma base para a outra até o retorno da equipe de lançadores.

O jôgo acaba quando uma das duplas atingir o total de pontos combinado préviamente e completar o ritual de encerramento da partida, quê varia de região para região.

Praticar

1. Montem as equipes, providenciem o material, escôlham o campo, decidam o seu tamãnho e façam as marcações.

2. Combinem as duplas quê se enfrentarão nas partidas e decidam qual delas começa arremessando e qual começa rebatendo.

3. Sigam as regras analisadas e revisadas pela turma. Lembrem-se de combinar o total de pontos quê indica a meta das equipes: com quantos pontos se ganha um jôgo?

Avaliar

1. Reflita individualmente sobre como foi sua vivência no jôgo de bets.

a) No decorrer da atividade, você conseguiu lidar com as próprias limitações e com as dos côlégas? Como foi?

b) Houve algum progresso no desenvolvimento de suas habilidades relacionadas à técnica de rebater, bem como em suas capacidades de fôrça, agilidade e velocidade?

c) Você se sente mais preparado para adotar um estilo de vida mais saudável? Como os jogos tradicionais podem fazer parte díssu?

2. Depois da avaliação individual, reúna-se com a turma toda e, juntos, compartilhem as impressões quê tiveram sobre as kestões a seguir.

a) Quais foram os pontos positivos da atividade?

b) Quais foram as principais dificuldades dos jogadores? Elas foram superadas? Como?

c) Foi possível compreender a organização interna dos movimentos e a lógica do bets?

d) Que desafios devem sêr trabalhados individual e coletivamente para aprimorar outras práticas?

SAIBA MAIS

Críquete: a possível origem do bets

O críquete é uma modalidade esportiva quê surgiu na Inglaterra, no século XVI. Oficialmente, é praticado em um campo ovál ou circular com uma área retangular ao centro quê possui duas estacas de madeira, cada uma fincada em uma extremidade do retângulo, chamadas de wicket. A disputa ocorre entre dois times com 11 jogadores cada, e o objetivo é atingir com a bola o wicket defendido pelo tíme adversário e rebater os lançamentos feitos por eles.

Assim como ocorre com outros jogos e esportes, o críquete teve suas regras adaptadas a diferentes contextos sociais: em muitas cidades da Índia, por exemplo, é comum vêr crianças e adolescentes jogando críquete pelas ruas.

Fotografia de um garoto em pé com um bastão na mão, apontado para o chão, à frente de uma base retangular com três estacas de madeira.

Jovem joga críquete na rua. Mumbai (Índia), 2023.

Página vinte e um

CAPÍTULO
2
Dança como manifestação da cultura

Habilidade (abertura): EM13LGG302.

A dança, em suas mais variadas modalidades, é uma forma de expressão quê carrega em si experiências pessoais e coletivas, manifesta estados de emoção e estabelece comunicação, contribuindo para construir a cultura de um povo e fortalecer, no sêr humano, a sensação de pertencimento a uma comunidade.

LER O MUNDO

Existem vários estilos de dança com movimentos, estética, trajes e acessórios específicos. Por meio da dança, as pessoas manifestam diferentes características identitárias, relacionadas a aspectos como etnia, gênero, geração, classe social, religião, entre outros.

1 Que outros aspectos relacionados às características identitárias podem influenciar a dança?

1. Resposta pessoal. Os estudantes podem citar aspectos como idade, momento histórico, experiências pessoais, entre outros.

2 Na região onde você mora, há algum estilo de dança quê seja popular? Se sim, qual? dêz-creva suas principais características: tipo de movimento, traje, grupo social quê o pratíca, entre outras.

Respostas pessoais.

3 Qual é a sua experiência com a dança? Conte aos côlégas.

Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes compartilhem experiências vividas na escola e fora dela, com os côlégas, com a família etc.

Neste capítulo, você vai explorar a dança como expressão cultural, sêr convidado a experimentar o movimento do seu corpo e perceber as diferentes dinâmicas quê ele proporciona na dança.

As danças são praticadas em diferentes contextos políticos, econômicos, culturais, étnicos e sociais. Por meio da dança, é possível expressar emoções, como alegria e tristeza, simbolizar marcos, como vida e morte, celebrar conkistas, estabelecer tradições, entre muitas outras possibilidades.

Fotografia de um grupo de mulheres dançando em um gramado, usando saias floridas, colares e flores no cabelo. Diante delas há homens e mulheres tocando tambores.

Apresentação do Grupo Maracatu Palmeira Imperial. Paraty (RJ), 2012.

Página vinte e dois

#PARALER Funk brasileiro

Habilidades: EM13LGG104, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG302, EM13LGG502, EM13LGG601, EM13LGG602 e EM13LGG604.

O funk brasileiro é uma das práticas de dança mais populares no país. Observe, na Leitura 1, a imagem de um jovem dançando funk. Na Leitura 2, você vai conhecer uma iniciativa quê leva o funk aos palcos convencionais de dança.

Leitura 1

Fotografia de um garoto de boné executando um passo de dança com as pernas cruzadas, uma à frente da outra, flexionando os joelhos e abrindo os braços à altura dos ombros. Ao fundo há um grupo de pessoas em pé assistindo.

Grupo de pessoas participa de encontro de passinho. Rio de Janeiro (RJ), 2015.

SAIBA MAIS

Origens do funk

Muitos são os exemplos de manifestações culturais quê retratam a diversidade em uma ssossiedade. Um deles é o funk brasileiro. Inspirado no funk estadunidense (que, por sua vez, tem inspiração no soul e no rhythm ênd blues) e em outros estilos musicais, como o répi e a música eletrônica, esse ritmo começou a se popularizar em comunidades de São Paulo e do Rio de Janeiro no fim da década de 1970. A música e a dança nos bailes funk tornaram-se uma forma de expressão cultural quê, por vezes, é alvo de preconceito em razão de suas raízes periféricas. Apesar das críticas, o funk vêm ganhando a simpatia de pessoas de diferentes camadas sociais da população brasileira.

Leitura 2

Espetáculo #Passinho leva a dança urbana da periferia para os palcos

Coreógrafo Rodrigo Vieira conta como vêm divulgando essa expressão artística para o público dos grandes espetáculos

Bruno Torres 27/9/2019

Em uma mistura de passos de funk, rip róp, brueiki, kuduro, popping, samba, forró, frevo e ritmos do Recôncavo Baiano, o passinho nasceu nos bailes funk da periferia da cidade do Rio de Janeiro há mais de uma década. Sabará, cruzada, embolada, passada e caída são alguns dos passos dessa dança genuinamente brasileira, quê já emplacou diferentes modalidades. O passinho do menor da favela e o passinho do romano são as mais conhecidas.

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Além do chôu livre e irreverente feito por crianças e jovens nas festas, a Batalha do Passinho é também uma forma de apresentação muito comum da dança. A disputa desafia os dançarinos, quê se apresentam individualmente para mostrar quem faz melhor e com mais manha cada um dos movimentos.

Antes limitada às comunidades cariócas ou a vídeos na internet, essa dança urbana energética vêm ganhando maturidade artística contagiando novos palcos e um novo público.

O espetáculo #Passinho (lê-se hashtag passinho) surgiu para confirmar o êxito. Trata-se de um projeto quê acontece há dois anos, com nove dançarinos de diferentes comunidades da cidade do Rio de Janeiro […].

O projeto surgiu de um convite feito aos renomados coreógrafos de dança contemporânea Rodrigo Vieira e Lavínia Bizzoto para coreografar o primeiro trabalho com residência artística no complékso do Alemão em 2014. A proposta era montar números com os passos dos dançarinos. Estes já eram conhecidos por Vieira e Bizzoto, pois eles já haviam trabalhado [com] os garotos em um espetáculo anterior, o “Na Batalha”. Os movimentos quê antes eram feitos na liberdade da rua foram adaptados para o espaço limitado do palco, respeitando as exigências de uma criação artística profissional.

O processo criativo durou três meses em 2015 na comunidade de Manguinhos e contou com o apôio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. O desenvolvimento do projeto dispôs de uma experiência de imersão artística […]. Os coreógrafos também receberam a missão de formular um enredo com lêtras e trilhas sonóras baseadas na história de vida dos garotos.

[…]

Michél Quebradeira Pura, um dos dançarinos, escreveu em seu perfil do feici buki um texto sobre a importânssia de sua origem. “O quê me orgulha mais é quê nós, favelados, criamos a primeira dança urbana brasileira. Uma dança quê o mundo todo está conhecendo e quê tem muito pela frente”, conta orgulhoso. Ele também lembra quê a dança já tirou vários garotos de situações de vulnerabilidade. “Algo quê para mim era uma diversão anos atrás, hoje virou profissional”, conta realizado sobre o #Passinho, quê já tem até um fã-clube formado.

Vieira também se mostra satisfeito com os resultados das últimas temporadas do espetáculo em setembro e dezembro de 2015 na cidade de São Paulo. “Ver o público vibrar e se emocionar com um espetáculo quê traz a alegria e a esperança da manifestação cultural brasileira de uma dança urbana só reforça minha missão e propósito de quê a; ár-te é também cultura da paz”, reflete o coreógrafo quê já teve o seu trabalho apresentado pêlos meninos no Theatro Municipal e no Teatro João Caetano do Rio de Janeiro, e até no Lincoln Center, em Nova iórk, nos Estados Unidos.

[…] Os coreógrafos viajam para o Rio de Janeiro e criam as coreografias dentro das próprias comunidades. “Estamos numa fase de buscar parcerias, patrocinadores e apôio em editais para a manutenção do projeto. Esperamos quê com o tempo possamos dispor de manutenção mensal e diária aos meninos, como forma de apoiar e valorizar o trabalho dêstes dançarinos de funk. Como acontece com bailarinos com formação clássica e contemporânea, quê atuam em companhias de dança”, aspira o coreógrafo.

[…]

REDAÇÃO NAMU. Espetáculo #Passinho leva a dança urbana da periferia para os palcos. São Paulo: Portal Namu, 27 set. 2019. Disponível em: https://livro.pw/aegwv. Acesso em: 12 ago. 2024.

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Pensar e compartilhar

1. O funk é o ritmo quê inspira o movimento corporal do jovem retratado na Leitura 1.

a) dêz-creva o quê você observa na imagem.

Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes respondam quê há um jovem dançando em primeiro plano, enquanto outras pessoas o observam.

b) Levante hipóteses sobre qual é o contexto da foto: em quê ambiente e evento foi tirada?

1. b) O número de identificação no peito do jovem póde indicar quê se trata de uma competição de dança.

2. O passinho é um movimento coreografado, uma padronização característica do funk.

Faixa 1: Funk brasileiro - Passinho dos crias. a) Compare o dançar livre com o dançar com base em uma coreografia padronizada. Isso muda a forma de desfrutar a dança? Explique.

2. a) Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes respondam quê o dançar livre dá mais espaço para expressar a individualidade e a subjetividade, enquanto dançar com base em uma coreografia requer rigidez e disciplina para seguir um planejamento.

b) Quais são os aspectos positivos e negativos de havêer movimentos coreografados para praticar um gênero de dança?

2. b) Resposta pessoal.

3. O texto da Leitura 2 trata de uma situação em quê o funk passou a ocupar espaços além das comunidades de origem.

a) Quais são esses espaços e quê tipos de manifestação artística costumam sêr apresentados neles?

3. a) Palcos de teatro, como o Theatro Municipal, o Teatro João Caetano e o Lincoln Center. Esses locais apresentam, tradicionalmente, manifestações artísticas de prestígio, como o balé clássico ou contemporâneo de grandes companhias.

b) Qual é o impacto quê o funk produz ao ocupar esses espaços? O quê ele póde representar para os seus praticantes nesse contexto?

O funk póde ajudar a quebrar estereótipos em relação aos seus praticantes e apreciadores, colocando-se em posição de igualdade com as danças institucionalizadas e historicamente valorizadas.

4. O texto se refere a dois espetáculos: #Passinho e Na batalha.

a) O quê os nomes de cada espetáculo sugérem sobre eles?

4. a) #Passinho sugere quê o foco do espetáculo são os passos do gênero, e Na batalha, além de sêr uma referência às próprias batalhas de dança, comuns em bailes funk, póde fazer referência à vida dos dançarinos, dos próprios coreógrafos e de seus patrocinadores quê batalham para dar visibilidade a essa dança.

b) Segundo o texto, como as coreografias do espetáculo #Passinho são elaboradas?

4. b) A elaboração das coreografias tem como base o próprio repertório gestual quê o passinho apresenta dentro das comunidades, quê conta com elemêntos criativos de outras danças e influências urbanas. Esse repertório é absorvido pêlos coreógrafos, quê o misturam com elemêntos técnicos da dança.

5. Espetáculos como o #Passinho geralmente são viabilizados por incentivos e parcerias quê utilizam recursos públicos e/ou privados.

a) Como o apôio financeiro póde influenciar a vida de quem se envolve nesses projetos?

5. a) Ter apôio financeiro é uma forma de profissionalizar a dança, ou seja, permitir quê as pessoas quê dançam dediquem-se totalmente à prática e sêjam remuneradas por isso.

b) Qual é o alcance social de iniciativas como a empreendida por esses coreógrafos?

5. b) Iniciativas como essa oferecem oportunidades a jovens socialmente vulnerabilizados e marginalizados e quê, historicamente, não têm sua cultura reconhecida.

FICA A DICA

Respeita a nossa história: sôns da periferia quê conquistaram o mundo. Publicado por: Central Periférica. Disponível em: https://livro.pw/rtjmq. Acesso em: 12 ago. 2024.

Esse texto expõe como o funk e outros gêneros periféricos alcançaram cérto prestígio internacionalmente.

6. Releia esta fala de um dos coreógrafos do espetáculo:

“Ver o público vibrar e se emocionar com um espetáculo quê traz a alegria e a esperança da manifestação cultural brasileira de uma dança urbana só reforça minha missão e propósito de quê a; ár-te é também cultura da paz”.

por quê um espetáculo como o #Passinho póde contribuir para a cultura de paz?

6. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes compreendam quê um espetáculo como o #Passinho valoriza a diversidade e promove a inclusão de pessoas historicamente marginalizadas e em situação de vulnerabilidade, colaborando para um maior equilíbrio social.

7. O funk é uma manifestação cultural brasileira ainda estigmatizada em razão de sua origem social. Além do funk, você conhece algum ritmo ou dança quê é alvo de preconceito? por quê isso acontece?

Respostas pessoais. Incentive os estudantes a compartilhar experiências vividas ou observadas, para quê pratiquem a criticidade e reflitam sobre comportamentos preconceituosos, evitando-os e combatendo-os.

Por meio da dança, é possível expressar aspectos compléksos do cotidiano, como religião, política, sexualidade e relações socioeconômicas, promovendo reflekções, ampliação de conhecimento e revisão de pontos de vista.

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#PARAEXPLORAR Danças e novos significados

Habilidades: EM13LGG104, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG301, EM13LGG302, EM13LGG601, EM13LGG603, EM13LGG604 e EM13LGG704.

Como você viu, o funk é uma forma de expressão quê teve influência de outros gêneros musicais. Agora, você vai pesquisar outro exemplo de dança brasileira quê tenha passado por um processo de transformação e ressignificação. Sua pesquisa deverá sêr apresentada em um cartaz a sêr exposto na escola.

Planejar o trabalho

1. Forme um grupo com quatro côlégas.

2. Pesquisem manifestações culturais de dança existentes no Brasil e escôlham uma dessas manifestações para aprofundar a pesquisa.

Coletar informações e escrever o texto

1. Procurem informações sobre as origens e as características da dança escolhida. Para isso, consultem e confrontem fontes de informação confiáveis, como livros, artigos publicados em revistas acadêmicas, enciclopédias e sáites de organizações institucionais, como museus, institutos de pesquisa e universidades. Outras fontes de informação igualmente relevantes são podcasts e familiares e integrantes da comunidade com saberes específicos relacionados a essa dança.

2. Informem-se sobre as características dos gêneros musicais e dos movimentos quê se relacionam à dança em quêstão. Descubram também o grupo social quê mais se associa a essa dança e as transformações que ela já teve.

3. Selecionem os dados mais relevantes encontrados na pesquisa para serem utilizados no trabalho. Elaborem o texto em uma fô-lha avulsa, com linguagem clara e de acôr-do com a norma-padrão da língua.

Revisar e finalizar o texto

1. Troquem o texto com outro grupo, para quê vocês se ajudem na revisão das informações. ob-sérvim e comentem a adequação dos seguintes pontos no texto dos côlégas: identificação e descrição da dança escolhida; identificação de ritmos e movimentos quê se relacionam com a dança; indicação do grupo social quê mais se associa à dança.

2. Destroquem os textos e revejam se é necessário fazer ajustes ou acrescentar informações.

3. Finalizado o texto, escrevam-no em um cartaz e colem imagens quê ilustrem a dança escolhida.

4. Exponham os cartazes em um local apropriado da escola para a apreciação de outras turmas.

Avaliar

Individualmente, reflita sobre sua participação e seu envolvimento em cada etapa do trabalho (planejamento, levantamento de dados, escrita, revisão e finalização). Depois, coletivamente, converse com a turma sobre as impressões quê teve sobre os elemêntos das danças investigadas, como a organização interna e a forma como se transformaram e se manifestam culturalmente.

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#NÓSNAPRATICA Videoclipe de passos de funk

Habilidades: EM13LGG104, EM13LGG301, EM13LGG602, EM13LGG603, EM13LGG701, EM13LGG703 e EM13LGG704.

Na dança, o corpo realiza movimentos, quê podem sêr acompanhados de música, e expressa sentimentos e visões de mundo, criando manifestações relacionadas à cultura de um povo.

O quê você vai fazer

Para envolver-se ainda mais com a cultura do funk, você vai formár um grupo com quatro côlégas para apresentar uma dança nesse ritmo e gravar um videoclipe para sêr divulgado no blogue da turma ou nas rêdes sociais da escola para quê a comunidade aprecie.

Planejar

1. Em grupo, pesquisem na internet um estilo de funk quê mais lhes agrade.

2. Escolham a música quê será dançada por vocês, quê póde sêr apenas uma base melódica, sem letra.

3. ob-sérvim em vídeos quais são os gestos, movimentos e passos do estilo de funk escolhido.

4. Organizem-se para decidir quem ficará responsável pela filmagem no dia da gravação.

Ensaiar

1. Conversem entre si para decidir como será a gravação: se todos os integrantes do grupo dançarão o tempo todo, se vão se revezar, fazer sólos etc.

2. Pratiquem com o grupo os passos do estilo de funk escolhido. Além das referências coletadas na etapa de planejamento, usem a criatividade para expressar a individualidade na dança.

3. Ensaiem quantas vezes forem necessárias para se sentirem seguros no momento da gravação.

Gravar

1. Na data combinada, reúnam-se em grupo para a gravação do videoclipe.

2. Providenciem a reprodução da música quê acompanhará a dança.

3. O estudante responsável pela gravação dos videoclipes deve adequar a posição da câmera considerando o enquadramento e a iluminação do local.

Assistir e divulgar

1. Combinem com o professor uma data para assistir aos videoclipes com toda a turma.

2. Comentem os videoclipes, as coreografias e o envolvimento dos côlégas na dança.

3. Publiquem os videoclipes no blogue ou nas rêdes sociais da escola.

Avaliar

Individualmente, responda às kestões orientadoras a seguir.

Colaborei durante a pesquisa, identificando a lógica e a organização de gestos, movimentos e passos característicos do estilo de funk escolhido?

Comprometi-me com os ensaios, comparecendo e praticando a coreografia conforme combinado? Como lidei com as minhas limitações e as dos côlégas?

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CAPÍTULO
3
Capoeira: uma prática corporal afro-brasileira

Podcast: O surgimento da capoeira no Brasil.

Habilidade (abertura): EM13LGG302

A identidade de um povo é consequência de um complékso processo de construção histórica e cultural articulado a fatores políticos, religiosos e sociais.

A formação da identidade brasileira, por exemplo, incorpóra elemêntos de diferentes povos e culturas.

Algumas práticas corporais expressam esse intercâmbio cultural, em meio às ressignificações e produções culturais originais quê podem compor a identidade nacional. É o caso da capoeira, quê será o foco dêste capítulo.

Fotografia de uma roda de capoeira com dois homens jogando ao centro, realizando movimentos acrobáticos com a cabeça para baixo e as pernas afastadas no ar, apoiados com uma das mãos no chão. Em torno deles há pessoas em pé, enfileiradas, batendo palmas, cantando e tocando instrumentos.

Roda de capoeira. Salvador (BA), 2019.

LER O MUNDO

A capoeira é uma prática corporal compléksa quê intégra elemêntos da luta, da dança e da música. A junção dêêsses elemêntos mostra sua particularidade em relação a outras formas de luta e de dança.

1 Uma mesma história póde ter diferentes narrativas. Em sua percepção, sôbi qual perspectiva a capoeira conta parte da história brasileira?

1. A capoeira conta parte da história do Brasil sôbi o olhar dos negros escravizados, quê lutavam para sobreviver à opressão da elite e para evitar quê as raízes e tradições de seu povo fossem esquecidas ou apagadas.

2 A capoeira era um instrumento de defesa física dos povos escravizados contra a perseguição e os açoites a quê eram submetidos. Como você imagina quê os elemêntos da dança e da música foram incorporados à prática?

Resposta pessoal.

3 Na fotografia desta abertura de capítulo, qual sentido a capoeira assume para os praticantes?

Espera-se quê os estudantes infiram quê, na fotografia, a capoeira assume o sentido de prática esportiva e/ou de lazer.

A capoeira é uma prática reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade quê se inspirou em ritmos, movimentos e elemêntos das culturas dos povos trazidos da África para o Brasil e aqui escravizados.

Mais do quê uma luta, a capoeira se desenvolvê-u como esperança de liberdade e de sobrevivência para o povo escravizado, quê a praticava, nas épocas colonial e imperial, como forma de defesa e resistência. Hoje, ela segue sêndo praticada por milhões de afrodescendentes, quê preservam a memória de seus antepassados, e por pessoas de outras etnias, no Brasil e fora dele, contribuindo para a permanência dessa prática.

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#PARALER Capoeira

Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG103, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG204, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG502, EM13LGG601, EM13LGG602 e EM13LGG604.

A capoeira é uma prática corporal de origem afro-brasileira. Observe a gravura apresentada na Leitura 1. Em seguida, leia a crônica da Leitura 2 para ampliar seus conhecimentos sobre a capoeira.

Leitura 1

Gravura colorida representando um grupo de pessoas escravizadas em uma roda de capoeira. Dois homens estão jogando ao centro, gingando frente a frente, enquanto pessoas sentadas e em pé observam, batendo palmas e erguendo os braços, e um deles toca um tambor sobre o qual está sentado.

RUGENDAS, Johann Moritz. Jogar capoeira ou Danse de la guerre. 1835. Litogravura. 34,5 cm x 53,8 cm. Fundação Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro).

SOBRE

Johann Moritz Rugendas (1802-1858) foi um pintor alemão quê integrou, em 1822, uma expedição ao Brasil quê tinha o objetivo de descrever detalhadamente a flora, a fauna e a população nativa brasileira.

Leitura 2

A Praça da Matriz e a Capoeira

[…]

[…] Noto quê várias pessoas, vestidas de branco e algumas segurando instrumentos, aglomeram-se abaixo de algumas árvores. Aos poucos se forma um círculo. Em seguida, passam a tokár e a cantar. Aqueles quê não empunham instrumentos caem nas palmas e respondem o coro. Sem demora, duas pessoas se dirigem sôbi os quê tocam os instrumentos, agacham-se, tocam a mão um do outro e adentram o círculo, realizando uma cambalhota. Agora eles estão no centro do círculo e realizam movimentos em grande sincronia. Parece uma luta! Parece uma dança! Trata-se de uma tradicional roda de capoeira, quê ocorre aqui desde a década de noventa. Aliás, as primeiras aulas de capoeira da cidade foram realizadas nesse local.

Não tarda e a roda começa a seduzir os transeuntes. Homens, mulheres, crianças e casais quê estavam passando agrupam-se em torno da roda. Imediatamente, mesmo quê d fórma tímida, passam a batêer palmas e a responder o coro. Isso anima os capoeiristas, quê aceleram o jôgo e começam a realizar movimentos cada vez mais compléksos. Alguns dos transeuntes, mais extrovertidos, chegam a entrar na roda e arriscar algumas pernadas.

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Todavia, se hoje a capoeira é tão querida na cidade, antigamente sêr capoeirista era estar deslocado da identidade “verdadeira”, a de imigrante europeu. Naquele tempo, tudo era mais difícil e existiam vários estereótipos atribuídos àquele quê jogasse a capoeira. Chamar o berimbau de “cachimbo de preto”, o capoeirista de macumbeiro, de vadio ou bandido eram alguns dos modos de o preconceito se manifestar.

Entretanto, os capoeiristas não desistiram, não arredaram o pé. E foi por terem resistido ontem quê podemos desfrutar hoje desta expressão nacional e regional.

MACHADO, Jeferson do Nascimento. A praça da Matriz e a capoeira. Crônicas dos Campos Gerais. Campos Gerais do Paraná, 2 dez. 2019. Disponível em: https://livro.pw/yeqan. Acesso em: 26 set. 2024.

SOBRE

Jeferson do Nascimento Machado (1989-) é mestre em História pela Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná e autor de publicações quê enfocam a prática da capoeira.

Pensar e compartilhar

1. A imagem da Leitura 1 foi produzida no século XIX pelo pintor e viajante alemão Rugendas e retrata uma roda de capoeira no período escravista no Brasil. Compare a gravura com a fotografia da abertura do capítulo e explique o sentido quê a capoeira assume na obra de Rugendas.

No caso da gravura, a capoeira aparece fortemente vinculada à cultura de resistência e à luta dos negros escravizados.

2. O título da gravura de Rugendas é Jogar capoeira ou Danse de la guerre (“dança da guerra”, em francês). Considerando essa informação e o texto da Leitura 2, responda: quais elemêntos permitem associar a capoeira ao jôgo, à dança e à luta (a quê a palavra guerra faz referência)?

2. Resposta pessoal. A capoeira póde sêr considerada um jôgo se praticada como recreação. Ela também é uma luta, um esporte com regras, movimentos e golpes específicos. A prática ainda póde sêr considerada uma dança por seus movimentos gingados, sincronizados e no ritmo da música.

3. Com base na imagem apresentada na Leitura 1 e na abertura do capítulo, você diria quê a prática da capoeira exige grande capacidade e habilidade físicas? Explique.

Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes reconheçam quê, assim como todo jôgo (com fins esportivos ou não), é preciso desenvolver habilidades e movimentos adequados e específicos quê podem sêr aprendidos e aprimorados.

4. Na crônica da Leitura 2, o autor descreve o lugar onde as pessoas estão praticando a capoeira. Qual é a importânssia da escolha do lugar para a realização dessa prática?

4. É importante quê o local tenha visibilidade para quê a roda seja percebida como uma prática representativa da resistência de uma cultura e para quê o maior número possível de pessoas a aprecie. Outro ponto essencial da escolha é quê o local seja público: quando um espaço público, antes proibido para a prática da capoeira, é ocupado exalta-se a resistência frente à opressão.

5. A capoeira é classificada em duas variações principais: angola e regional.

a) Pesquise as diferenças entre elas e escrêeva, no caderno, um resumo das informações quê você encontrar.

5. a) Sugestão de resposta: As principais características da capoeira angola são o ritmo musical lento e os golpes realizados com o corpo mais abaixado, próximo ao solo, com a estratégia de enganar o adversário. A capoeira regional é caracterizada por movimentos mais ágeis e flexíveis.

b) O autor da crônica da Leitura 2 descreve os movimentos quê os jogadores estão executando. Com base na pesquisa quê você realizou, é possível supor a variação de capoeira quê está sêndo praticada? Justifique.

5. b) O trecho “os capoeiristas […] aceleram o jôgo e começam a realizar movimentos cada vez mais complexos” sugere quê as pessoas estão praticando a capoeira regional, quê requer mais agilidade e flexibilidade do quê a capoeira angola.

6. Releia êste trecho da crônica:

Todavia, se hoje a capoeira é tão querida na cidade, antigamente sêr capoeirista era estar deslocado da identidade “verdadeira”, a de imigrante europeu.

Quem são os capoeiristas de antigamente e por quê essas pessoas estavam deslocadas de uma identidade “verdadeira”?

6. As pessoas trazidas da África e escravizadas no Brasil. Porque, sêndo africanas e estando na condição de escravidão, essas pessoas não eram consideradas cidadâms de direitos e não compartilhavam da identidade “verdadeira” atribuída ao imigrante europeu.

7. por quê é importante combater o preconceito contra a capoeira? Converse com os côlégas.

Respostas pessoais. Leve os estudantes a refletir sobre a importânssia de valorizar a cultura e as práticas de origem africana e afro-brasileira quê contribuíram para a formação do povo brasileiro. Os afrodescendentes ainda hoje são marginalizados, pois a mentalidade escravocrata não foi completamente superada. Logo, é imprescindível lutar contra o racismo estrutural e seus reflexos, como o preconceito contra a capoeira.

FICA A DICA

Capoeira: um ato de resistência.

Publicado por: Politize! Disponível em: https://livro.pw/dkstw. Acesso em: 12 ago. 2024.

Esse texto apresenta informações sobre a origem afro-brasileira da capoeira, suas características, sua história de resistência e o seu reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Página trinta

#PARAEXPLORAR Práticas corporais ressignificadas

Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG105, EM13LGG201, EM13LGG202, EM13LGG301, EM13LGG402, EM13LGG601, EM13LGG602, EM13LGG603, EM13LGG604, EM13LGG701, EM13LGG703 e EM13LGG704.

Você vai apresentar, em um vídeo, um exemplo de prática corporal quê, assim como a capoeira, foi trazida para o Brasil e foi ressignificada.

Planejar o trabalho

1. Forme um grupo de seis integrantes.

2. Façam uma pesquisa sobre as práticas corporais presentes no país e aprofundem-se na análise de uma delas. Pesquisem as origens e os responsáveis por difundir, no Brasil, a prática corporal escolhida. Para isso, consultem mais de uma fonte de informação, como livros e sáites de organizações institucionais. Filtrem as informações mais relevantes para contextualizar a prática no roteiro do vídeo.

3. Informem-se sobre as circunstâncias quê levaram à ressignificação e à transformação da prática corporal escolhida, repetindo as etapas de pesquisa em fontes diversas e a curadoria de informações.

Roteirizar e gravar o vídeo

1. Organizem as informações e escrevam um roteiro para o vídeo.

2. Ensaiem a gravação do vídeo, a fim de perceber a relevância das informações apresentadas e o tempo-limite de duração, quê deve sêr combinado préviamente com o professor.

3. Façam os ajustes necessários e gravem a versão final do vídeo.

Apresentar e divulgar

1. Combinem uma data com o professor para a apresentação dos vídeos e lévem suas produções.

2. Façam uma rodada de conversas para comentar os vídeos dos côlégas e compartilhar aprendizados.

3. Publiquem os vídeos no blogue ou nas rêdes sociais da escola.

Avaliar

Avalie seu dêsempênho na atividade refletindo sobre: seu papel na elaboração do vídeo, nas etapas de planejamento, pesquisa, seleção de informações, escrita do roteiro e gravação; sua interação com os côlégas do grupo; seu comprometimento em atender as ações necessárias e os prazos de cada etapa; sua participação na rodada de comentários sobre os vídeos dos côlégas; a relevância dos conhecimentos construídos para a compreensão dos elemêntos das práticas corporais.

SAIBA MAIS

Jiu-jítsu brasileiro

O jiu-jítsu, ár-te marcial japonesa quê tem parentesco com o judô, é outro exemplo de prática corporal ressignificada no Brasil. Quem trousse a prática para o país, em 1914, foi Mitsuyo Esay Maeda, também conhecido como Conde Koma, e dois de seus alunos brasileiros, Carlos Gracie e Hélio Gracie, foram os responsáveis por desenvolver uma variação da luta, intitulada jiu-jítsu brasileiro. Tanto a variação tradicional japonesa quanto a brasileira usam técnicas de pressão e estrangulamento, além da fôrça na alavanca (princípio quê foi aprimorado pela família Gracie). Atualmente, o jiu-jítsu brasileiro é uma luta praticada no mundo todo.

Página trinta e um

#NÓSNAPRÁTICA Roda de capoeira

Faixa 2: Música de capoeira - São Bento Grande.

Habilidades: EM13LGG501, EM13LGG503 e EM13LGG602.

Como outras práticas presentes na cultura corporal de movimento, a capoeira tem alguns elemêntos básicos e movimentos essenciais quê a caracterizam, como ginga, ritmo, golpes de ataque, esquivas e fugas, floreios e defesas.

O quê você vai fazer

Você vai participar de uma roda de capoeira e alternar entre papéis: cantor e ritmista (como parte do coro e seguindo o ritmo das músicas com as palmas) e jogador.

Planejar

Antes de praticar, todos devem vivenciar os movimentos básicos (ginga, golpe, esquiva e aú) apresentados na sequência.

Ginga: a ginga é o movimento constante de troca dos pés de apôio, acompanhado pela alternância dos braços, quê o capoeirista faz de acôr-do com o ritmo da música. É um movimento de vai e vêm, avanço e recuo, com intenção de iludir o adversário e buscar a melhor oportunidade para desferir golpes. Desenhe um triângulo no chão e use-o como guia para fazer a ginga. Fique frente a frente com um colega e iniciem os movimentos da ginga. Um deve espelhar o outro, ou seja, quando você estiver fazendo os movimentos para a sua esquerda, o colega deve fazer para a direita dele. É da ginga quê saem todos os movimentos de ataque e de defesa. Repitam a ginga quantas vezes for necessário, até conseguirem se movimentar d fórma espontânea e sincronizada, no ritmo da música.

Ilustração representando 3 etapas do movimento da ginga, com setas e um triângulo tracejado no chão. A base do triângulo corresponde aos pontos no chão em que estão os pés paralelos de uma pessoa em pé, e o ápice do triângulo corresponde ao ponto em que os pés pisam para trás, no movimento da ginga. As etapas são as seguintes: 1. Com o pé esquerdo à frente, a pessoa dá uma passada atrás com o pé direito, erguendo o antebraço direito à frente do corpo, na horizontal, à altura dos ombros; e desce o braço esquerdo ao lado da cintura. 2. A pessoa dá um passo à frente com a perna direita flexionada, que estava atrás, deslocando o peso do corpo para a direita, enquanto a perna esquerda inicia um deslocamento para trás. O braço direito inicia um movimento de recuo para dar lugar ao braço esquerdo, que começa a avançar em direção ao peito. 3. Com o pé direito à frente, a pessoa dá uma passada atrás com o pé esquerdo, erguendo o antebraço esquerdo à frente do corpo, na horizontal, à altura dos ombros; e desce o braço direito ao lado da cintura.

Ilustração demonstrativa da ginga.

Queixada (golpe de ataque): dê um passo à frente com o pé quê está atrás na ginga (por exemplo, o direito). Gire o tronco e o pé direito aproximadamente 90 graus para a direita. Depois, vire-se para frente novamente e faça um movimento circular ascendente com a perna, levando o pé direito em direção ao corpo do oponente, como se fosse atingi-lo com a lateral do pé.

Ilustração representando um garoto executando 3 etapas do movimento da queixada. Elas são as seguintes: 1. Partindo da ginga, o garoto está com a perna esquerda à frente, e inicia um movimento de avanço e giro do tronco à esquerda, para trazer a perna direita, que estava atrás, para a frente. 2. Com a perna direita à frente e o corpo de lado, o garoto protege o tronco com o braço direito erguido diante do peito, e cruza a perna esquerda por trás da perna direita, transferindo o peso do corpo para a perna de trás, ao iniciar o chute da queixada. 3. O garoto dá um chute com a perna direita, desenhando um arco no ar, girando a perna estendida no sentido horário. Ao chegar no topo, acima da cabeça, a perna desce, atacando o ar com o calcanhar, flexionando o pé direito para trás.

Ilustração demonstrativa da queixada.

Página trinta e dois

Esquiva lateral: abaixe o corpo de frente para o adversário para desviar de um golpe. Com um dos braços protegendo o rrôsto e a costela, mantenha uma perna um pouco flexionada para a frente e a outra dobrada para o lado. O apôio do corpo deverá sêr sobre a perna quê está dobrada.

Ilustração de um garoto descalço, com trajes de capoeira, executando uma esquiva lateral, com as pernas flexionadas e afastadas, inclinando o tronco para o lado esquerdo, protegendo-se com o antebraço direito erguido à frente do rosto.

DANIEL ALMEIDA

Ilustração demonstrativa da esquiva lateral.

Aú (estrela ou estrelinha): leve uma mão ao solo, em um movimento lateral, e dê impulso para cima com as pernas, fazendo um movimento circular, tokãndo o chão com a outra mão. As pernas ficarão suspensas no ar por um momento. A perna quê subiu primeiro é também a primeira a atingir o solo, e, para isso, deve-se dobrar o joelho antes de tokár o chão.

Ilustração de uma garota executando o movimento do Aú, em quatro etapas. Elas são as seguintes: 1. Apoiando a mão esquerda no chão, a garota gira o corpo para o lado esquerdo, erguendo a perna direita estendida para o alto, com a perna esquerda apoiada na ponta do pé e o braço direito erguido ao lado da cabeça, acompanhando o giro do corpo em direção ao chão. 2. Com as duas mãos apoiadas no chão, a garota está de cabeça para baixo, com a perna direita estendida para o alto e a perna esquerda levemente flexionada, girando em direção ao alto.  3. Com as duas mãos apoiadas no chão, a garota continua com a cabeça para baixo, com a perna esquerda estendida para o alto e a perna direita levemente flexionada, girando em direção ao chão. 4. A garota termina o movimento, chegando ao chão apoiada sobre a perna direita, flexionada, girando o corpo com os braços abertos ao lado do corpo, com a perna esquerda no ar, girando em direção ao chão.

Ilustração demonstrativa do aú.

Praticar

1. Forme uma grande roda com os côlégas. Os dois estudantes quê estiverem mais próximos do professor serão os primeiros a entrar na roda.

2. O professor dará o comando para começar e terminar o jôgo a cada dupla, estabelecendo um tempo médio de 30 segundos, e poderá motivar a turma com perguntas sobre os movimentos. Os golpes não devem sêr realizados com a intenção de acertar o oponente, mas para praticar os movimentos.

3. Os estudantes quê não estiverem jogando devem participar como ritmistas, cantando o coro das músicas e acompanhando-as com palmas.

Avaliar

Individualmente, autoavalie-se com relação a: conhecimentos prévios quê você tinha da prática, e se foram confirmados ou não no momento da roda; nível de compreensão da mecânica dos movimentos; facilidade de execução dos movimentos; papel quê foi mais satisfatório na roda (jogar, cantar ou marcar o ritmo da música); possibilidade de incorporar a prática da capoeira à rotina, como forma de cuidar da saúde.

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CAPÍTULO
4
Esportes coletivos: na quadra, o voleibol

Habilidades (abertura): EM13LGG101, EM13LGG103 e EM13LGG502.

Ao longo desta unidade, você conheceu e explorou aspectos culturais de jogos tradicionais, danças e lutas. Neste capítulo, o foco será a prática de esportes, com ênfase na sua dimensão coletiva e destaque para o voleibol.

Dentre as inúmeras manifestações de esporte, as modalidades coletivas costumam atrair o maior número de adeptos, em razão da universalização de suas regras: joga-se formalmente futeból, basquetebol, réndbóll, entre outros esportes coletivos, da mesma forma em qualquer região do planêta.

LER O MUNDO

Como lazer, competição ou aprendizado escolar, as práticas corporais podem ajudar as pessoas a reconhecer suas limitações e potencialidades, estabelecer relações sociais e praticar a empatia.

1 Qual é o tipo de prática corporal coletiva de quê você mais gosta? Por quê? Ela o ajuda em algo?

1. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes mencionem suas preferências, salientando as contribuições da atividade para o desenvolvimento dos aspectos atitudinais (integração social, respeito, empatia etc.) de seus praticantes e espectadores.

2 Em sua região ou comunidade, quais são os jogos ou esportes coletivos mais praticados pêlos jovens? Você acha quê existe uma razão para essas práticas se destacarem mais quê outras? Se sim, qual?

2. Respostas pessoais. Os estudantes podem apontar razões como os aspectos da cultura local, o incentivo de pessoas ou entidades, a facilidade de acesso, a disponibilidade de espaços propícios para a prática, entre outras.

3 Esses jogos ou esportes propiciam interação social? Ela acontece somente entre os jogadores ou também com os espectadores? Como você classificaria essa interação social nos esportes e nos jogos coletivos, d fórma geral?

3. Espera-se quê os estudantes respondam quê a interação social ocorre dentro e fora do jôgo, entre participantes e torcedores ou aficionados. Caso apontem quê a interação entre os praticantes do esporte costuma levar a conflitos, comente quê, para evitá-los, é possível lançar mão de regulações táaticas e técnicas ou de cobranças e incentivos de técnicos e de espectadores.

Aprender a resolver problemas é uma das capacidades mais importantes nas modalidades esportivas coletivas. Para atingir o sucesso, os jogadores de cada equipe devem trabalhar conjuntamente suas habilidades esportivas, integrando aspectos motores, cognitivos, afetivos e emocionais.

O vôlei é uma das modalidades quê mais representam a individualidade em prol da coletividade. Nele, o trabalho em equipe é importante para cumprir as ações ofensivas e defensivas e para quê os objetivos sêjam alcançados. O fato de o ponto sêr marcado quando a bola toca o chão eleva o nível de atenção dos jogadores para quê as tomadas de dê-cisão sêjam rápidas e certeiras, demandando empenho e dedicação de todos os jogadores quê estão na quadra. êrros de movimentos com e sem a bola são freqüentes e exigem dos jogadores a identificação rápida de suas emoções e as de seus parceiros, para tentar dominá-las e usá-las de maneira positiva na jogada seguinte. O contrôle das emoções potencializa as ações ofensivas e defensivas do tíme e ajuda o jogador a não perder a confiança em si mesmo e em seus companheiros de equipe, quê dependem uns dos outros para quê a busca pela vitória seja possível.

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#PARALER Esporte e coletividade

Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG202, EM13LGG302 e EM13LGG303.

Os esportes coletivos contribuem para o desenvolvimento físico, social e afetivo de seus praticantes. Observe a imagem da Leitura 1, quê mostra uma partida entre equipes de voleibol feminino. Depois, na Leitura 2, leia o trecho de uma entrevista quê fala da importânssia do trabalho colaborativo.

Leitura 1

Fotografia de jogadoras de vôlei da seleção brasileira comemorando em uma partida. Do outro lado, a equipe canadense está reunida em roda, discutindo e gesticulando com as mãos.

Partida da Liga das Nações de Voleibol Feminino entre Brasil e Canadá. Rio de Janeiro (RJ), 2024.

Leitura 2

“A missão de um verdadeiro líder é desenvolver pessoas”

Por Karen Rodrigues

31/8/2023

Multicampeão de voleibol, Bernardinho compartilha suas experiências à frente de grandes seleções e aconselha os líderes corporativos sobre como construir equipes de alto nível

[…]

Em entrevista exclusiva para a ADM PRO, Bernardinho conta os desafios de uma boa liderança, explica o quê deve sêr feito para se manter no topo e, ainda, dá conselhos para quem quer atuar no alto escalão organizacional. Confira!

Revista ADM PRO – Sua carreira é marcada por grandes conkistas no vôlei do Brasil. O quê o motivou a compartilhar a experiência de liderança vivenciada nas quadras em palestras voltadas para o universo corporativo?

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Bernardinho – Minha carreira foi marcada por conkistas, mas também por derrotas. Tivemos grandes alegrias, algumas frustrações, mas muito aprendizado, muita paixão pelo processo. Eu acredito quê o interêsse em compartilhar com as empresas e o fato de muitas pessoas quererem me ouvir em relação à liderança de grupos e formação de times tem a vêr com essa similaridade quê existe entre os mundos corporativo e esportivo. Dirigir uma equipe no mundo esportivo de altíssimo dêsempênho e competitividade é como estar numa empresa, onde você tem metas, planejamento, treinamento, capacitação, contratação, demissão, ou seja, tudo akilo quê acontece no mercado corporativo requer muita atenção e foco, assim como no mundo esportivo. Acho quê o esporte nos dá essa transposição clara e diréta e há uma correlação muito forte quê póde sêr utilizada como forma de gerar reflekções no ambiente corporativo.

[…]

Fotografia de Bernardo Rocha Rezende. Ele é um homem com cabelos grisalhos, usando óculos, vestido com uma camiseta, batendo palmas em uma quadra de vôlei.

Bernardo Rocha Rezende durante partida. Rio de Janeiro (RJ), 2024.

ADM PRO – Você assumiu as seleções feminina e masculina do Brasil, além de um tíme feminino na Itália, quando estavam na pior fase e os levou ao lugar mais alto do pódio. Que caminhos você trilhou ao gerenciar as crises nos times, quê sérvem de exemplo para os líderes corporativos quê vivenciam situações adversas em sua gestão?

Bernardinho – É aquela história, será quê a melhor seleção quê você póde montar é formada pêlos melhores ou pêlos certos? Será quê se o melhor quiser sêr reconhecido permanentemente como tal, mas não compartilhar isso com os outros, o seu tíme vai ter a melhor perfórmance? O tíme é complementaridade, é todo mundo. Quando entramos na seleção masculina, em 2002, era ano de campeonato mundial e tinha uma premiação. O título renderia a cada jogador R$ 20 mil. Mas os títulos individuais, como o melhor atacante, melhor saque, melhor levantador, por exemplo, levariam um prêmio de US$ 100 mil. Ninguém ganhava isso na temporada. Decidi quê era hora de entrar. Cheguei para o grupo, ainda na fase de treinamentos, e disse quê tinha uma proposta a fazer. Se algum deles ganhasse, dividiria a premiação individual: 50% permaneceriam com o jogador, por meritocracia, dêsempênho, dedicação e talento, e os outros 50% iriam para o restante do tíme. Todos aceitaram e fomos campeões, pela primeira vez na história. Até hoje isso permanéce como parte da nossa cultura. Todo prêmio individual tem uma participação coletiva e essa é uma forma prática de reconhecer a importânssia de todo mundo. Time é isso, é colaboração o tempo inteiro. […]

REZENDE, Bernardo Rocha. “A missão de um verdadeiro líder é desenvolver pessoas”. [Entrevista cedida a] Karen Rodrigues. ADM PRO, São Paulo, 31 ago. 2023. Disponível em: https://livro.pw/jbewz. Acesso em: 9 ago. 2024.

SOBRE

Karen Rodrigues é jornalista, com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte. Trabalha em comunicação institucional interna e externa, assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais.

organizacional
: referente a organizações, como empresas ou instituições.

Página trinta e seis

Pensar e compartilhar

1. É possível perceber, na imagem da Leitura 1, algumas emoções das jogadoras.

a) Quais emoções podem sêr observadas? Quais podem sêr os motivos delas?

1. a) As jogadoras canadenses aparentam preocupação, enquanto as brasileiras demonstram satisfação e celébram. Possivelmente, as brasileiras marcaram um ponto sobre as adversárias ou venceram um set da partida.

b) Pensando na dinâmica e nas regras do vôlei, na quantidade de pontos necessários para uma equipe sêr vencedora e na duração da partida, é possível quê essas emoções perdurem por toda a partida? Por quê?

Espera-se quê os estudantes respondam quê não, pois, ao longo de uma partida de vôlei, uma mesma equipe póde experimentar emoções muito variadas.

2. Suponha quê as jogadoras brasileiras, ao marcarem um ponto sobre as canadenses, caçoassem das adversárias, tripudiassem e as humilhassem. O quê essa atitude demonstraria em relação às jogadoras brasileiras? Comente.

Espera-se quê os estudantes indiquem quê a atitude demonstraria falta de respeito e de empatia com as adversárias, o quê contraria o espírito esportivo.

3. Você já observou em si alguma reação emocional durante a prática de um jôgo ou esporte quê o tenha afetado de maneira muito intensa? Se sim, compartilhe com a turma qual foi a emoção, a sua reação, e quais foram os aprendizados obtidos nessa situação.

Respostas pessoais.

4. Na entrevista da Leitura 2, o técnico Bernardinho destaca a importânssia da participação coletiva e da colaboração em um tíme. É possível observar esses aspectos nas duas equipes mostradas na imagem da Leitura 1? Justifique.

Sim. Tanto celebrar uma conkista com as côlégas de tíme, no caso da equipe brasileira, quanto consolar, acolher e aconselhar, no caso da equipe canadense, demonstram a importânssia da colaboração e da coletividade.

5. Nessa entrevista, Bernardinho compara o ambiente esportivo com o ambiente corporativo e cita semelhanças entre eles. Você concórda com as comparações feitas? Por quê?

Respostas pessoais.

6. Os esportes são práticas culturais com valores e sentidos próprios quê derivam do movimento. Você acredita quê é possível fazer uma transposição “clara e direta” dos esportes para o mundo corporativo, como afirmado na entrevista? Explique.

6. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes reflitam d fórma crítica sobre a quêstão, considerando quê o esporte tem dinâmicas próprias quê diferem das encontradas no ambiente corporativo, o que deve sêr considerado ao estabelecer diálogos como esses, quê dificilmente se dariam d fórma “clara e direta”, mas sim em disputa, com contradições e contextos diversos a se considerar.

7. Em sua opinião, o quê a prática de esportes coletivos, como o vôlei, póde oportunizar na vida das pessoas?

Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes considerem os esportes coletivos como oportunidades de lazer/entretenimento e/ou de cuidado com o corpo e a saúde.

As práticas corporais coletivas são importantes manifestações sociais quê mobilizam compléksas relações socioafetivas. Interagir com companheiros de tíme, adversários e espectadores de maneira intensa propicía quê os praticantes desenvolvam mecanismos para identificar, entender e adequar suas próprias emoções. No esporte, essa é uma tarefa importante, quê contribui para o desenvolvimento individual e, consequentemente, social.

PARA A VIDA

Autogestão, habilidades de relacionamento e tomada de dê-cisão responsável

Aprender a jogar voleibol, ou esportes coletivos em geral, exige empenho e dedicação. Além díssu, é preciso desenvolver autocontrole e, ao mesmo tempo, sêr responsável por tomadas de dê-cisão quê podem definir os rumos de uma partida. Isso também envolve a relação com a coletividade, pois cada jogador é responsável por um setor da quadra e precisa tomar decisões se relacionando com o tíme. Em quais outras áreas da vida essas competências podem sêr importantes? Além dos esportes coletivos, quê outras práticas podem ajudar a desenvolvê-las?

Respostas pessoais.

Página trinta e sete

#PARAEXPLORAR Vôlei no Brasil

Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG301, EM13LGG502, EM13LGG701, EM13LGG703 e EM13LGG704.

O vôlei do Brasil conta com muitos títulos mundiais, conquistados pelas seleções feminina e masculina e por duplas de vôlei de praia, e campeonatos nacionais de alto nível e competitividade.

Agora, você e a turma vão investigar diferentes temas relacionados ao vôlei no Brasil e montar uma playlist comentada coletiva de vídeos quê ajude vocês e outras pessoas a conhecer melhor os aspectos dêêsse esporte no país. póde sêr interessante desenvolver êste trabalho em conjunto com o professor de Língua Portuguesa.

Planejar

1. Coletivamente, definam os temas quê sêrão pesquisados. Podem ser os sugeridos a seguir ou outros quê despertem o interêsse da turma: histórico do voleibol no Brasil (chegada, popularização e conquistas); jogadores emblemáticos (das seleções feminina e masculina); vôlei nas escolas/na educação; possibilidades e benefícios do vôlei (saúde, lazer etc.); vôlei e kestões de gênero.

2. Organizem a turma em grupos de acôr-do com os temas quê serão pesquisados.

Pesquisar, organizar e compartilhar

1. Cada grupo vai pesquisar e selecionar alguns vídeos com informações confiáveis e consistentes sobre o tema em foco. Podem sêr consultados sáites jornalísticos, platafórmas de compartilhamento de vídeos, rêdes sociais de vídeos curtos etc.

2. Os grupos deverão elaborar comentários sobre cada um dos vídeos selecionados, descrevendo o conteúdo e explicando por quê são relevantes para se aprofundar no tema em foco.

3. A turma deve reunir em um documento único a seleção de vídeos de todos os grupos, com os respectivos comentários, formando uma grande playlist comentada coletiva.

4. Escrevam uma apresentação para a playlist, compartilhem com outras turmas e, se possível, publiquem o conteúdo na internet para quê um público mais amplo possa acessar. Aproveitem e explorem a playlist feita pela turma para saber mais do vôlei no Brasil.

Avaliar

1. Individualmente, reflita sobre a sua contribuição na pesquisa e seleção de vídeos, pensando também se o material reunido era confiável e adequado ao tema do seu grupo. Avalie também a escrita dos comentários, pensando se eles trataram corretamente dos vídeos a quê se referiam.

2. Depois, reúna-se com a turma, e, juntos, discutam a experiência de trabalhar coletivamente, como as negociações necessárias na seleção do material e na escrita dos comentários, entre outros aspectos.

FICA A DICA

O surgimento do saque jornada nas estrelas de Bernár no mundialito 82 com Luciano do Valle. Publicado por: História com o Dhé. Vídeo (2 min). Disponível em: https://livro.pw/wgytz. Acesso em: 26 set. 2024.

Esse vídeo mostra o trecho de uma partida de vôlei entre Brasil e coréia do Sul no Mundialito de 1982, narrada por Luciano do Valle. Nesse campeonato, o jogador Bernár Rajzman apresentou o famoso saque jornada nas estrelas.

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#NÓSNAPRÁTICA Fundamentos e práticas do vôlei

Habilidades: EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG501, EM13LGG502 e EM13LGG503.

Agora, você vai sêr convidado a realizar atividades práticas relacionadas ao vôlei, a fim de experimentar fundamentos dêêsse esporte e exercitar o trabalho em equipe.

Prática 1

Nesta proposta, você e os côlégas vão desenvolver um exercício de cooperação em grupo usando os fundamentos do vôlei.

1. Junte-se a cinco côlégas para formár um grupo.

2. Encontrem um espaço de aproximadamente 5 m² para quê haja liberdade nas movimentações.

3. Dispostos em círculo, vocês tentarão manter a bola no alto, sem deixá-la cair no chão. Cada jogador poderá tokár apenas uma vez na bola, inicialmente sem se preocupar com os fundamentos específicos do voleibol, pois o desafio mais importante é, d fórma cooperativa, não deixar a bola cair no chão.

4. Depois dessa primeira fase da exploração, os jogadores deverão usar os fundamentos do vôlei para manter a bola no alto: manchetes, toques e cortadas (observem as ilustrações e atentem às orientações do professor). As cortadas devem sêr brandas para possibilitar quê os côlégas consigam dar sequência à atividade.

Ilustração de um homem executando uma manchete, com as pernas flexionadas e as mãos unidas à frente do corpo, estendendo os braços à altura da cintura.

Ilustração demonstrativa da manchete.

Ilustração representando duas etapas do posicionamento das mãos de uma pessoa na manchete.  Na primeira etapa, com as palmas das mãos voltadas para a frente, a pessoa sobrepõe uma mão à outra, cruzando as mãos à frente do quadril. Na segunda etapa, a pessoa fecha as mãos, unindo as laterais dos polegares ao centro, que ficam estendidos à frente dos dedos da mão que está por cima da outra mão.

Ilustração demonstrativa de posicionamento das mãos na manchete.

Ilustração representando um homem executando um toque de bola em três etapas. Elas são as seguintes: 1. O homem posiciona as palmas das mãos abertas voltadas para o alto, levemente afastadas, preparado para receber a bola. 2. A bola chega às mãos do homem, encaixando-se entre as palmas das mãos dele. 3. O homem rebate a bola, empurrando-a para o alto, sem chegar a segurá-la, estendendo as mãos para o alto e direcionando a bola para algum outro jogador.

Ilustração demonstrativa de toque.

5. Após experimentar esses fundamentos, vocês terão o desafio de manter a bola no alto executando os movimentos com uma ordem determinada: o primeiro jogador começa o desafio com o toque; o jogador seguinte realiza a manchete; o terceiro a tokár na bola executa a cortada; o quarto jogador faz a manchete; o seguinte o toque; e assim sucessivamente.

Página trinta e nove

Ilustração representando um jogador de vôlei executando uma cortada, em sete etapas. Elas são as seguintes: 1. O jogador está correndo; 2. O jogador se abaixa, flexionando os joelhos, e joga os braços para trás, preparando-se para saltar; 3. O jogador ergue o braço esquerdo, mantendo o braço direito junto ao corpo para saltar; 4. O jogador salta com os joelhos flexionados; 5. No ar, ele estende as pernas e abaixa o braço esquerdo, cortando a bola no alto com o braço direito, batendo nela com a palma da mão; 6. Ele inicia a descida em direção ao chão, abaixando os braços e flexionando os joelhos; 7. O jogador cai no chão com os joelhos flexionados e o tronco inclinado, absorvendo o impacto da queda.

Ilustração demonstrativa da cortada.

Prática 2

O vôlei é um esporte disputado nas Olimpíadas em duas modalidades: o vôlei de quadra e o vôlei de praia. Há ainda uma terceira modalidade, disputada nas Paralimpíadas: o vôlei sentado.

O vôlei sentado é uma adaptação do vôlei convencional para pessoas com algum tipo de deficiência física quê dificulte a locomoção.

Com os côlégas, pesquise as regras do vôlei sentado e, depois, organize com o professor e a turma um momento para experimentar essa prática. Combinem a formação dos times e em quê espaço da escola as partidas podem sêr realizadas. Lembrem-se de quê o piso tem de sêr liso para possibilitar os deslocamentos.

Fotografia de um grupo de pessoas se exercitando em uma quadra de vôlei sentado, com a rede baixa dividindo os dois lados da quadra. Eles estão sentados no chão, com os braços abertos ao lado do corpo, três de cada lado da quadra, acompanhando as instruções de uma treinadora que está em pé, de braços abertos.

Pessoas praticam o vôlei sentado em evento dedicado ao esporte paralímpico. Vitória (ES), 2023.

Avaliar

Para avaliar a atividade, você póde se basear nas kestões a seguir.

Houve participação e empenho de todos no planejamento e na realização das atividades?

Você e os companheiros de grupo souberam lidar com as próprias limitações e as dos côlégas, exercitando a tolerância e a empatia?

Em momentos adversos das práticas, você se sentiu afetado por sentimentos de raiva, insegurança ou desânimo? Esses sentimentos comprometeram seu dêsempênho ou você conseguiu lidar bem com eles?

Página quarenta