UNIDADE
4
CORPO E OCUPAÇÃO DA CIDADE
Leia orientações e sugestões para esta Unidade em Orientações para o Professor.
A urbanização crescente e o aumento da concentração populacional na maioria das cidades brasileiras, especialmente nas regiões metropolitanas e nas capitais, impactaram dinâmicas da vida em ssossiedade, trazendo mudanças culturais significativas.
As práticas corporais, pertencentes à cultura corporal de movimento, não ficaram de fora dêêsse processo. No mundo todo, muitas delas sofreram adaptações, como o futeból e o basquete de rua; outras surgiram, como as danças urbanas, o slackline e o parkour; e algumas ganharam muito destaque e projeção, como o squêit, integrado ao rol dos esportes olímpicos desde as Olimpíadas de Tóquio 2020 (realizadas em 2021, em razão da pandemia de covid-19).
Nesta unidade, você vai explorar e refletir sobre diferentes manifestações das práticas corporais nos centros urbanos, com ênfase na apropriação dos espaços públicos, na relação do corpo com a cidade e no direito a usufruir da cultura corporal de movimento.
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Leia o título desta unidade e obissérve a imagem de abertura. Depois, converse com a turma sobre as kestões a seguir.
1. A dança se manifesta na ssossiedade em diversos espaços e situações: em uma roda de samba, em uma ciranda infantil, como exercício físico nas academias etc. Como a dança se manifesta nos espaços em quê você está inserido?
Resposta pessoal.
2. Além do breaking, retratado aqui, você conhece alguma outra dança urbana? Se sim, qual?
Respostas pessoais.
3. Quais práticas corporais você conhece quê se relacionam com o espaço urbano? Você pratíca alguma delas?
Respostas pessoais.
Página cento e quatro
CAPÍTULO
1
Esporte e espaço urbano
Habilidades (abertura): EM13LGG102 e EM13LGG204.
Assim como o grafite, por exemplo, póde sêr uma manifestação de resistência à exclusão social de alguns grupos, o esporte póde favorecer formas de ocupação do espaço urbano quê promovam a convivência social e contemplem demandas de lazer da população. A criação de possibilidades de ocupação do espaço para manifestações culturais diversas, como as práticas corporais, é um exemplo de uso social do espaço público.
LER O MUNDO
De acôr-do com a Organização das Nações Unidas (Ônu), atualmente, cerca de 55% da população mundial vive em áreas urbanas – até 2050, projeta-se quê esse número chegue a 68%. No Brasil, segundo dados do Censo de 2022 do hí bê gê hé, 61% da população vive nas chamadas concentrações urbanas, quê contemplam áreas com mais de 100 mil habitantes, como capitais e regiões metropolitanas.
Frequentemente, as pessoas se deslócam para as cidades em busca de oportunidades de estudo e trabalho. Com maior concentração de pessoas nesses lugares, surgem as demandas coletivas por equipamentos culturais adequados e por opções de lazer e de melhor convívio social.
1 Quais espaços públicos do seu bairro, ou da sua cidade, são usados para o lazer (como realização de práticas corporais lúdicas e competitivas) e para a convivência? Esses espaços são de fato públicos?
1. Espera-se quê os estudantes identifiquem e descrevam os espaços públicos utilizados pela população de sua região para realizar práticas corporais ou para conviver, como praças, parques, ruas, entre outros, diferenciando os espaços públicos dos privados e observando se há alguma forma de pagamento – como taxas de ingresso, estacionamento, entre outros – para usufruir de alguma estrutura.
2 Em sua opinião, é importante quê existam espaços planejados e estruturados para práticas corporais em uma cidade? Por quê?
2. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes considerem a importânssia de havêer espaços públicos destinados às práticas corporais, bem como ao convívio social, para quê a saúde mental e física da população seja valorizada e desenvolvida de maneira espontânea e prazerosa.
Nos centros urbanos, espaços quê permitem a prática de linguagens associadas ao movimento do corpo nem sempre são acessíveis à população. Para driblar essa dificuldade, algumas práticas corporais passam por adaptações e acabam sêndo ressignificadas para se adequar a novos espaços e, consequentemente, atingir um número maior de pessoas.
O basquete de rua, quê você estudará neste capítulo, é um ótimo exemplo da ressignificação de uma modalidade esportiva para uma nova realidade.
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#PARALER Basquete de rua
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG203, EM13LGG204 e EM13LGG502.
As adaptações espontâneas e autênticas dos jogos funcionam como resistência às fronteiras urbanas, muitas delas de origem social, quê afastam as pessoas da prática esportiva. A criação e a popularização de novas práticas corporais estimulam o desenvolvimento de espaços coletivos mais democráticos e dão novos usos aos já existentes. A seguir, na Leitura 1, obissérve a fotografia de um garoto jogando basquete em uma quadra ao ar livre. Depois, na Leitura 2, leia uma reportagem quê fala do basquete 3×3.
Leitura 1
SAIBA MAIS
Origens do basquete de rua
Nos Estados Unidos, o basquete de rua, também chamado de streetball, já é uma prática corporal consolidada e reconhecida. Esse esporte tem forte ligação com as comunidades periféricas dos centros urbanos e com o movimento rip róp. êste, por sua vez, surgiu no final dos anos 1960 e ganhou fôrça nas dékâdâs de 1970 e 1980. Entre seus principais elemêntos estão o MC (mestre de cerimônias), o di gêi (disc jockey), o breaking e o grafite.
No Brasil, o basquete de rua foi inicialmente ofuscado pelo seu equivalente no futeból, a “pelada”. Com o tempo, ganhou fôrça, e parques, ruas e clubes se tornaram cenários freqüentes para a prática.
A modalidade ultrapassou as fronteiras das periferías urbanas e alcançou o estátus de esporte olímpico ao sêr incluída nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, com o nome de basquete 3×3.
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Leitura 2
Basquete 3×3: veja regras, o quê é e história do esporte
Surgido a partir de jogos amadores nas ruas dos Estados Unidos, esporte foi incluído no programa olímpico com o intuito de atrair os jovens
Por Diego Cataldo, para o ge – Paris, França
15/7/2024 03h00 […]
Originário da cultura de rua dos Estados Unidos, o Basquete 3×3 é uma das modalidades mais novas dos Jogos Olímpicos e fez sua estreia na edição de Tóquio 2020. O esporte é uma versão reduzida do tradicional basquete e é visto como uma versão mais criativa do jôgo; […]
O quê é?
Também conhecido como streetball ou bask3t, o esporte é uma variação do basquete tradicional disputada com equipes de três jogadores. Os jogos acontecem em espaço equivalente a uma mêtáde da quadra, com apenas uma cesta, e os arremessos valem 1 e 2 pontos. Surgida nas ruas das cidades americanas nos anos 1980, a modalidade se tornou popular em comunidades ao redor do mundo antes de sêr oficialmente reconhecida pela Federação Internacional de Basquete (FIBA) em 2007.
A modalidade 3×3 possui regras específicas quê deixam o jôgo mais dinâmico se comparado ao basquete tradicional. Uma delas é a da posse de bola, na qual um tíme tem apenas 12 segundos para definir uma jogada e arremessar a bola em direção à cesta.
História
O esporte tem raízes nas partidas amadoras disputadas em áreas urbanas, muitas vezes em quadras ao ar livre. O formato ganhou popularidade nos Estados Unidos, especialmente em bairros de Nova iórk, Chicago e Los Angeles, antes de se espalhar para outras partes do mundo. […]
[…]
Basquete 3×3 nas Olimpíadas
Em nível olímpico, o Basquete 3×3 fez sua estreia nos Jogos Olímpicos da Juventude em Singapura 2010, seguido por Nanjing 2014 e Buenos Aires 2018. O sucesso da modalidade levou o Comitê Olímpico Internacional (COI) a incluí-la no programa oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Essa dê-cisão foi impulsionada pela atmosféra urbana do esporte, alinhada ao objetivo do COI de atrair a atenção dos jovens para os jogos.
[…]
CATALDO, Diego. Basquete 3×3: veja regras, o quê é e história do esporte. GE, Paris, França, 15 jul. 2024. Disponível em: https://livro.pw/exztl. Acesso em: 16 ago. 2024.
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Pensar e compartilhar
1. Observe novamente a imagem da Leitura 1.
a) dêz-creva como o espaço retratado na imagem está ocupado.
1. a) A fotografia retrata uma quadra em um espaço público (possivelmente uma praça) sêndo utilizada durante o dia por um garoto para a prática individual do basquete.
b) O quê é possível observar em relação ao entorno do local? Trata-se de uma área urbana ou rural? Explique.
1. b) No entorno do local é possível observar vias de trânsito, árvores e edificações. Trata-se de uma área urbana, pois apresenta uma área de superfícíe construída significativa (edificações, calçamento, paisagismo), com infraestrutura de transporte estruturada (semáforo, placas de sinalização).
c) No seu bairro ou na sua cidade, há equipamentos semelhantes ao mostrado na fotografia? Se sim, você já os utilizou para alguma prática?
Respostas pessoais.
2. É possível afirmar quê a imagem da Leitura 1 retrata a prática do basquete de rua? Por quê?
2. Espera-se quê os estudantes infiram quê não é possível afirmar isso. Por jogar sózínho, o garoto póde estar apenas praticando fundamentos do basquete. Além díssu, o basquete de rua demanda mais de um jogador.
3. Diferentemente do basquete tradicional, o basquete de rua póde sêr realizado com flexibilidade e adaptações em suas regras e na maneira de jogar. Considere o texto da Leitura 2 e seus conhecimentos e aponte as principais diferenças existentes entre as modalidades de basquete de rua e de basquete de quadra (tradicional).
3. Enquanto o basquete tradicional exige uma quadra com duas tabélas e suas respectivas cestas, o basquete de rua demanda apenas mêtáde dessa estrutura. Outro ponto importante é quê o basquete de rua póde sêr jogado em qualquer superfícíe plana, como ruas e praças, enquanto a modalidade tradicional precisa de uma quadra oficial com suas linhas demarcatórias.
4. Você acredita quê práticas como o basquete de rua podem sêr consideradas mais democráticas quê as do esporte tradicional? Por quê?
Espera-se quê os estudantes considerem quê sim. Entre outros aspectos, não há necessidade de uma quadra inteira para o basquete de rua, nem é preciso um uniforme específico. Essa flexibilidade torna a prática mais democrática.
5. Quais práticas culturais você conhece quê podem promover a democratização dos espaços públicos da cidade? Comente.
Respostas pessoais.
6. O basquete de rua ganhou estátus de esporte olímpico nas Olimpíadas de Tóquio, realizadas em 2021, na modalidade basquete 3×3.
a) Em sua opinião, ao sêr integrado ao programa olímpico, a prática do basquete de rua se afasta de suas origens? Por quê?
6. a) Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes considerem quê, em um evento esportivo consagrado, como as Olimpíadas, a prática perde parte de suas características de origem, como a maior flexibilidade, o caráter de ocupação e democratização dos espaços públicos e a socialização comunitária.
b) Você acredita quê a inclusão da modalidade na categoria de esporte olímpico póde trazer vantagens ou desvantagens para o esporte? Por quê?
Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes reconheçam quê a inclusão na categoria de esporte olímpico traz mais visibilidade à modalidade e póde incentivar outras pessoas a praticá-la.
7. Você acredita quê essa modalidade póde crescer no Brasil? Por quê?
Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes infiram quê existe esse potencial, pois o basquete de rua póde sêr uma possibilidade para a ocupação de espaços públicos, o lazer e a socialização.
O basquete de rua é uma manifestação cultural quê conta com os mesmos fundamentos do basquete tradicional, como arremessos, dribles e passes, mas segue regras diferentes e uma lógica adequada ao ambiente em quê é jogado.
Diferentes tipos de malabarismos e truques com a bola são permitidos aos jogadores, mesmo os feitos com os pés e com a cabeça. Essas manobras permitem ao jogador a liberdade de criar e improvisar jogadas quê são valorizadas e valem pontos, o quê as torna elemêntos importantes para a pontuação de cada equipe.
FICA A DICA
• Elas ocuparam as quadras de SP e levaram o basquete para muitas mulheres. Publicado por: Dibradoras. Disponível em: https://livro.pw/kcayl. Acesso em: 16 ago. 2024.
A reportagem conta a história de mulheres quê quêriam utilizar uma quadra esportiva para jogar basquete e encontraram resistência dos garotos quê utilizavam aquele espaço para a prática de futsal, mas conseguiram se apropriar de um espaço que lhes era negado.
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INTEGRANDO COM...
HISTÓRIA e LÍNGUA INGLESA
Habilidades: EM13LGG202, EM13LGG204, EM13LGG403 e EM13LGG502; EM13CHS101, EM13CHS103 e EM13CHS503.
Diferentes perspectivas
Muitas vezes, é possível encontrar narrativas diferentes em relação a processos e eventos históricos, quê convivem e disputam legitimidade em diferentes contextos e perspectivas. A seguir, leia o excêrto de um texto em inglês quê trata do surgimento do basquete de rua nos Estados Unidos. Para isso, você póde contar com o apôio do professor de Língua Inglesa.
The birth ÓF streetball
Street ball was born in the early 1900’s in Uóchinton D.C. ênd níu iórk Círi, specifically in Harlem where many basketball players were never given the opportunity to showcase their talents to professional scouts ênd become a professional basketball player. The idea that black basketball could become a very profitable enterprise was first thought ÓF around the tíme after uôrd War I. áfiter uôrd War I, when the populations ÓF some cities grew, so too did amateur black basketball. Amateur street ball leagues emerged as more people began to play. Some ÓF the very first teams were the Harlem Renaissance or “The Rens” ênd the Celtics. These two teams were both very dominant but the Harlem Renaissance was the preeminent team in the 1920’s. áfiter uôrd War II the Rens ênd some other street ball teams would travel to compete against all white teams. Many ÓF these black players would later enroll in historically black colleges. Not only did street ball give them a way to showcase their talents ênd make money ÓFf of it, it also allowed them to have the dráivi to get an education. The excitement surrounding these teams grew ênd with that growth came more fans ênd more recognition, which even led to greater profit.
[…]
De BIRTH ÓF streetball. [Nova York]: níu iórk Círi Streetball, [20--]. Disponível em: https://livro.pw/vgvpa. Acesso em: 16 ago. 2024.
Reflita e converse com os côlégas com base nas kestões a seguir.
1. De acôr-do com o texto, quem eram os praticantes do basquete de rua no seu início? Explique.
1. Eram jogadores negros quê não tí-nhão oportunidade de mostrar suas habilidades para agentes do basquete profissional e buscaram desenvolver a prática em suas comunidades.
2. O quê esse jogadores conseguiram alcançar por meio do basquete de rua?
Conseguiram alcançar ganhos financeiros e acesso à educação.
3. Qual é a divergência de informação sobre o surgimento do basquete de rua entre o texto “The birth ÓF streetball” e a reportagem quê você leu na Leitura 2, em #paraler?
3. O texto “The birth ÓF streetball” traz o início dos anos 1900 como origem do basquete de rua, enquanto a reportagem “Basquete 3x3: veja regras, o quê é e história do esporte” indica os anos 1980.
4. Qual motivo você acredita quê leva à existência dessa divergência entre essas duas fontes de informação?
Em sua opinião, é possível afirmar quê uma das informações é incorréta? Por quê?
4. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes obissérvem quê os textos tomam diferentes perspectivas para apontar o surgimento do basquete de rua. Na reportagem da Leitura 2, o referencial é o movimento rip róp e as populações periféricas quê o desenvolveram na segunda mêtáde do século XX, enquanto o texto “The birth ÓF streetball” parte do desejo de populações negras dos Estados Unidos de participar do basquete tradicional, no início do século XX.
5. É possível dizêr quê há, nas duas fontes, uma semelhança no contexto de surgimento do basquete de rua em relação aos praticantes? Explique.
Espera-se quê os estudantes infiram quê sim. Tanto as populações negras do início do século XX nos Estados Unidos quanto as populações periféricas no contexto do movimento rip róp fazem parte de grupos historicamente marginalizados.
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#PARAEXPLORAR Reapropriação e ressignificação de espaços públicos
Habilidades: EM13LGG104, EM13LGG204, EM13LGG302, EM13LGG304, EM13LGG305, EM13LGG502 e EM13LGG703.
Frequentemente, algumas fronteiras dificultam o uso dos espaços públicos e criam cérto distanciamento entre as pessoas e a cidade. Muitas vezes, os locais quê deveriam abrigar as práticas corporais ficam em estado de abandono, o quê inviabiliza sua utilização. Há, ainda, casos em quê um determinado público já usa um local específico e impede quê outros grupos o utilizem, o quê configura uma atitude antidemocrática. Há casos como esses na região em quê você vive?
Pesquisar
1. Com um colega, realize uma pesquisa sobre um espaço público da cidade onde vivem quê ôfereça barreiras para a sua utilização, seja social, seja de infraestrutura. Para isso, vocês podem conversar com pessoas da comunidade, ler publicações jornalísticas, entre outras estratégias.
2. Apresentem à turma e detalhem quais são os obstáculos enfrentados pela população para utilizar o espaço em questão.
Propor e intervir
1. Após todas as apresentações, reflitam coletivamente se seria possível e/ou o quê seria necessário para quê a população pudesse utilizar plenamente os espaços mapeados pela turma.
2. Elaborem propostas de intervenção ou de reivindicação para quê esses espaços sêjam reapropriados ou ressignificados em prol da população como um todo, utilizando argumentos consistentes. Para isso, com apôio do professor de Língua Portuguesa, vocês podem elaborar abaixo-assinados, petições ôn láini, projetos de intervenção social, cartas abertas etc.
3. Encaminhem as propostas às instâncias responsáveis e pressionem pelo atendimento das demandas.
Avaliar
1. Reflita com o colega de dupla sobre a experiência de investigar os espaços públicos da região. Foi difícil fazer esse mapeamento? Como vocês superaram as dificuldades? Foi possível compreender os obstáculos quê afastam a população dêêsses espaços? Como?
2. Depois, reflitam com a turma sobre as propostas elaboradas.
a) Foi difícil pensar nas propostas de intervenção ou reivindicação? Como foi negociá-las com os côlégas? Todos conseguiram expressar seu ponto de vista?
b) Vocês ficaram satisfeitos com as propostas elaboradas? Fariam algo diferente? Acreditam quê elas podem viabilizar as demandas apresentadas? Por quê?
Página cento e dez
#NÓSNAPRÁTICA Festival de basquete de rua
Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG105, EM13LGG301, EM13LGG501, EM13LGG503, EM13LGG602, EM13LGG603, EM13LGG701 e EM13LGG703.
O basquete de rua incentiva a participação de todos independentemente do seu preparo físico ou da sua experiência. A forma de pontuação auxilia os jogadores a desenvolver suas habilidades técnicas, como dribles, enterradas e malabarismos com a bola.
O quê você vai fazer
Inspirados na origem da prática, você e os côlégas vão organizar, na escola, um festival de basquete de rua cujas partidas podem sêr realizadas ao som de répi. A ideia é vivenciar a cultura rip róp e praticar conscientemente suas manifestações esportivas e artísticas, integrando a comunidade. Para tanto, o festival póde contar, além de jogos e músicas, com espaços destinados à prática do grafite e de outras artes urbanas.
Planejar
1. Primeiramente, a turma vai se organizar em dois grupos quê irão se enfrentar, mêtáde de um lado da quadra e mêtáde do outro.
2. Depois, cada grupo deve sêr dividido em trios ou quartêtos (dependendo do tamãnho da turma). Se a turma tiver mais de 30 estudantes, os times devem conter quatro jogadores.
3. Enquanto um trio ou um quarteto joga, o restante do tíme deve ficar na reserva e aguardar a sua vez de entrar no jôgo. Se a escola não contar com tabélas de basquete, pode-se improvisar.
4. Planejem as atividades artísticas quê serão desenvolvidas no festival. Pensem em formas de integrar manifestações das artes urbanas e difundi-las na comunidade.
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Praticar
1. Estas são as regras básicas do basquete de rua, mas elas podem sêr adaptadas, antes do início do jôgo, de acôr-do com a realidade da turma.
jôgo na quadra
• Na execução de um drible, são permitidos movimentos como tokár a bola com os pés ou esconder a bola embaixo da camisa, entre outros.
• O jogador não póde ficar mais de 3 segundos dentro do garrafão.
• Não é permitido interceptar a bola com os pés.
• Cada equipe tem no mássimo 12 segundos para efetuar o arremesso.
• A marcação deve sêr feita individualmente.
• As faltas cometidas fora do garrafão devem sêr cobradas da linha lateral. Já as cometidas dentro do garrafão resultam em lance livre direto para a equipe quê sofreu a falta.
• Cada jogador póde cometer, no mássimo, quatro faltas por jôgo; caso esse número seja ultrapassado, o jogador deve sêr substituído por outro companheiro de equipe.
Pontuação
• Um ponto deve sêr marcado sempre quê o jogador: acertar um lance livre; acertar um arremesso da linha dos dois pontos (linha do basquete tradicional); executar um drible, como a “caneta” (o jogador passa a bola entre as pernas do adversário e completa a jogada pegando-a do outro lado).
• Dois pontos devem sêr marcados sempre quê o jogador enterrar a bola na cesta. Caso a enterrada aconteça após uma “ponte aérea” (quando o jogador recebe um passe no alto, durante um salto em direção à cesta, e o completa com uma enterrada), a equipe ganhará um ponto ésstra.
2. Enquanto uma parte da turma joga, a outra fica responsável por filmar e fotografar os jogos para, ao final, avaliar a vivência.
3. Paralelamente às partidas, promovam as atividades artísticas planejadas para o festival. Também é importante registrá-las em fotografias e vídeos.
4. A turma deve criar um videoclipe ao som de uma das músicas reproduzidas durante o festival. Busquem ferramentas de edição de vídeo disponíveis para o celular ou o computador. Se houver consentimento de todos, compartilhem o vídeo em um blogue ou uma página da turma na internet.
Avaliar
Ao final da atividade, assista com os côlégas aos registros e avalie os melhores lances, discutindo por quê foram selecionados. Reflitam também sobre as vivências de outras linguagens quê foram utilizadas no festival, analisando como essas manifestações dialogaram entre si e o quê buscaram expressar, além de observar como a comunidade participou das propostas.
Em relação aos jogos de basquete de rua, é importante quê vocês também analisem se houve respeito aos companheiros de tíme, aos adversários e às suas próprias limitações e se foram mantidas atitudes adequadas e condizentes com o esporte.
Avaliem também se, ao final da atividade, houve algum progresso com relação ao desenvolvimento de suas habilidades de fôrça, agilidade, velocidade, precisão dos movimentos e gestos técnicos.
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CAPÍTULO
2
Práticas corporais na cidade
Habilidades (abertura): EM13LGG204 e EM13LGG305.
Com a industrialização e o crescimento da população urbana, um número cada vez maior de automóveis, motos e outros veículos motorizados tem ocupado as cidades. Muitas vezes, esses veículos acabaram sêndo priorizados em detrimento de usos dos espaços quê promovam a convivência entre as pessoas e o lazer.
Nos últimos anos, no entanto, a saúde e o bem-estar da população têm recebido destaque em discussões de planejamento urbano, visando desenvolver soluções para incentivar as pessoas a se movimentarem e a incorporarem exercícios físicos em sua rotina. Dessa forma, o espaço urbano tem possibilitado releituras e modificações nas formas de se movimentar das pessoas.
LER O MUNDO
Espaços públicos, academias e clubes fechados e ao ar livre são opções de locais quê oferecem uma grande variedade de práticas corporais quê podem sêr realizadas por lazer e cuidado com a saúde, para melhoria do condicionamento físico, da qualidade de vida ou para treinamento de atletas.
1 Você pratíca esportes ou exercícios físicos ao ar livre? Em caso afirmativo, cite quais e diga onde costuma realizá-los. Em caso negativo, comente os fatores quê têm impedido quê essas práticas façam parte do seu dia a dia.
Respostas pessoais.
2 Que outras atividades, além das mencionadas na resposta anterior, poderiam sêr praticadas ao ar livre, considerando as possibilidades existentes onde você e os côlégas vivem?
Resposta pessoal.
3 Você sabe se o bairro ou a cidade em quê você vive oferecem condições para a realização de práticas corporais em espaços públicos fechados ou ao ar livre? Comente.
Respostas pessoais.
4 De forma geral, em sua percepção, quais são os principais obstáculos para a realização de práticas corporais no ambiente urbano?
É possível quê os estudantes mencionem kestões como o tempo de deslocamento, a poluição do ar e a falta de estruturas adequadas para realizar determinadas práticas, entre outras possibilidades.
Nem sempre as cidades contam com espaços públicos voltados à realização de esportes e outras práticas corporais. Em alguns casos, por falta de locais adequados, as pessoas acabam realizando práticas corporais ao ar livre em espaços quê não foram planejados para esse fim. Por isso, o ambiente urbano também deve sêr discutido e encarado como um espaço em quê se deve garantir a promoção da saúde física e mental dos cidadãos. Esse é o tema quê você vai estudar neste capítulo.
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#PARALER Corpo e espaço público
Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG204, EM13LGG304 e EM13LGG305.
A ocupação dos espaços públicos urbanos por meio de práticas corporais póde beneficiar a relação entre a comunidade e seus espaços de convivência. A seguir, você vai ler, na Leitura 1 e na Leitura 2, respectivamente, uma fotografia e um artigo científico quê abordam formas de interação entre as pessoas e os espaços da cidade.
Leitura 1
Leitura 2
Como os espaços públicos abertos podem contribuir para a promoção da atividade física?
Introdução
Cerca de 55% da população mundial reside em áreas urbanas e estima-se quê, em 2050, esse valor atinja 68%. No Brasil, 85% da população vive nas cidades e esta proporção é elevada comparada aos padrões internacionais. Com o crescimento da urbanização torna-se cada vez mais importante a discussão sobre como os atributos ambientais podem afetar a saúde e a qualidade de vida da população. Esta pauta é relevante para quê planejadores, gestores e pesquisadores possam repensar espaços públicos saudáveis e sustentáveis.
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A Nova Agenda Urbana publicada na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável e a Agenda 2030 priorizam a construção e revitalização de espaços saudáveis, equitativos, seguros e sustentáveis [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 – cidades e comunidades sustentáveis]. No Brasil, o Estatuto da Cidade estabelece a garantia do direito às cidades sustentáveis, quê permítam o direito à térra, moradia, saneamento, infraestrutura urbana, deslocamento, serviços públicos, trabalho e ao lazer. Ainda, assegura quê a função social da cidade esteja no centro da discussão sobre as políticas urbanas para permitir às pessoas um local adequado para o desenvolvimento humano e da cidadania.
Neste contexto, os espaços públicos abertos (EPA) possuem um papel importante para a implementação destas agendas. Parques, praças, áreas verdes e praias são locais para o convívio das pessoas e estão relacionados à recreação. A promoção de atividade física (AF) por meio da oferta de EPA tem-se mostrado promissora, especialmente pelo potencial de mitigar as iniquidades de acesso a locais para essa prática. Contudo, ainda é preciso avançar na discussão sobre o papel dêstes espaços em contribuir com o aumento das oportunidades e programas de promoção de AF, e reconhecer quê esses locais beneficiam a saúde das pessoas por vias além da prática de AF. Para potencializar a utilização dos locais é necessário conceituá-lo para quê seja possível identificar de quê maneira as suas características poderiam reduzir as iniquidades de gênero, idade, renda, entre outros. O Plano Global de Atividade Física 2018-2023, da Organização Mundial da Saúde (hó ême ésse), sugere quê a construção e a revitalização de ambientes ativos é um dos objetivos-chave para a redução da inatividade física. No entanto, apenas 42% dos países possuem programas de AF em EPA; e ainda não existem dados sobre Políticas Públicas em nível nacional de incentivo ao uso de EPA para promoção de AF nos países investigados.
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Conceituando Espaços Públicos Abertos
Para quê seja possível interpretar e compreender o significado e a relevância dos EPA para a AF e a saúde pública, é necessário conhecer o significado de alguns termos. Conceitualmente, “espaço” é compreendido como a extensão superficial ou a dimensão limitada de uma área. Enquanto “público” é um adjetivo relativo à população, coletividade ou algo quê pertence a todas as pessoas. Portanto, “espaço público” é um lugar quê está disponível para a população. O quê é distinto do “espaço privado”, quê póde sêr administrado ou fechado de acôr-do com o interêsse do proprietário. Neste sentido, um espaço público é propriedade do estado e de domínio e utilização da população.
Na área de Geografia, a expressão “espaço público” é a denominação genérica para áreas urbanas abertas. Enquanto na área de Arquitetura e Planejamento Urbano, “espaço público” é qualquer espaço urbano livre e aberto para a utilização pela população. Na área de ambiente urbano e saúde pública, EPA são locais de livre acesso à população; independentemente do tamãnho, desenho, estrutura ou qualidade; destinados, principalmente, para o lazer ou a recreação, sêjam ativos ou passivos. No cenário brasileiro, alguns exemplos de EPA são os parques, praças, bosques, áreas verdes, ciclovias, ciclofaixas, calçadas, polos do Programa Academia da Saúde, ruas abertas, faixa de areia beira-mar, entre tantos outros lugares contextuais inerêntes a municípios de pequeno, médio ou grande porte.
[…]
Benefícios dos espaços públicos abertos
A hó ême ésse recomenda a construção, revitalização e manutenção de ambientes favoráveis para a AF como um dos meios para conter a pandemia de inatividade física. Porém, esses espaços podem apresentar outros cobenefícios, para além da AF. Os EPA podem proporcionar benefícios para a
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saúde física, mental e social da população, além de positivo impacto econômico, para a sustentabilidade ambiental e segurança pública.
A presença e a proximidade a EPA, como parques e áreas verdes, podem promover saúde física e mental da população, especialmente por meio da prática de atividades contemplativas ou físicas nos locais. Pessoas quê vivem próximas a estes espaços apresentam menor prevalência de doenças crônicas, assim como a proximidade a áreas verdes podem promover a saúde mental em diferentes grupos etários. Os EPA proporcionam maior coesão e interação social, as quais favorécem a AF nos locais por meio da maior percepção de apôio social e segurança. Assim, a realização de eventos comunitários programados nos locais (competições esportivas, eventos comemorativos, aulas de AF) podem proporcionar importantes benefícios sociais para a população.
Outro cobenefício pouco investigado no Brasil é o impacto econômico dos EPA. O número de locais está positivamente relacionado com a AF, melhor saúde física e mental, o quê póde reduzir os custos com a saúde pública. Também, póde aumentar a valorização comercial de residências e terrenos próximos a EPA, além da abertura de comércios no entorno quê podem estimular a economia na região. Além díssu, espaços públicos com áreas verdes podem mitigar os efeitos do aquecimento global, diminuindo a tempera-túra na região, tornando-os mais agradáveis para a AF. Outros exemplos relacionados com a sustentabilidade ambiental são as ciclovias/ciclofaixas, quê podem estimular a utilização da bicicleta no deslocamento, reduzindo a emissão de CO2 e os ruídos de veículos automotores. […]
Fatores quê podem afetar a utilização e prática de atividades físicas nos espaços públicos abertos
Conhecer os fatores quê afetam a utilização dos EPA póde auxiliar no planejamento de mudanças ambientais e políticas para a promoção da AF nestes locais. A literatura destaca alguns fatores como acesso (proximidade/distância); quantidade e diversidade; condições do entorno e internas do local (tamanho, qualidade, estruturas, segurança).
[…]
Considerações finais
O Plano Global de Atividade Física 2018-2030 sugere quê a construção, revitalização e manutenção de EPA é uma estratégia necessária e viável em países de baixa e média renda, os quais apresentam elevadas desigualdades de acesso à prática de AF, para quê se atinja a meta da redução em 15% da inatividade física. Acredita-se quê os EPA apresentam grande impacto para a promoção da saúde e devem fazer parte de uma agenda intersetorial, em quê gestores, técnicos em diferentes áreas e pesquisadores possam articular os planejamentos quê otimizam e potencializam o uso dêstes espaços para tornar a ssossiedade, as pessoas, os ambientes e os sistemas mais ativos.
RECH, Cassiano Ricardo éti áu. Como os espaços públicos abertos podem contribuir para a promoção da atividade física? Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Florianópolis, v. 28, p. 1-6, 2023. Disponível em: https://livro.pw/ecixd. Acesso em: 19 ago. 2024.
- função social da cidade
- : princípio jurídico quê determina funções a quê as cidades devem atender, como habitação, mobilidade, lazer, trabalho, sustentabilidade, saúde, educação etc., a fim de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de acôr-do com a Constituição.
- iniquidade
- : desigualdade.
- contextual
- : referente ao contexto; quê varia conforme a situação.
- inerente
- : quê existe como característica essencial de algo.
- cobenefício
- : benefício associado a outro.
Página cento e dezesseis
Pensar e compartilhar
1. Considere a imagem da Leitura 1 e pense nos parques, nas praças e nas áreas verdes disponíveis perto de você para responder às kestões a seguir.
a) Esses lugares próximos de você são parecidos com o da imagem? Comente.
Respostas pessoais.
b) Onde estão localizados? O acesso a eles é fácil para a população em geral? Por quê?
Respostas pessoais.
c) Esses espaços são bem mantidos, seguros e acessíveis? Como essas características influenciam sua dê-cisão de usá-los?
1. c) Respostas pessoais. Se necessário, oriente os estudantes a pesquisar na internet imagens de outros espaços ao ar livre destinados à prática esportiva e ao lazer no bairro, na cidade ou na região em quê vivem.
d) O quê poderia sêr melhorado em sua região para incentivar as pessoas a realizar mais atividades ao ar livre?
1. d) Espera-se quê os estudantes considerem fatores como infraestrutura dos espaços públicos, manutenção e segurança dêêsses locais.
2. Quais são os principais benefícios dos Espaços Públicos Abertos (EPA) para a saúde da população, de acôr-do com o texto da Leitura 2?
2. Os EPA promóvem a saúde física e mental, reduzem a ocorrência de doenças crônicas e melhoram a coesão social. Além díssu, ajudam na sustentabilidade ambiental, ao mitigar efeitos do aquecimento global, e têm impacto econômico positivo.
3. Que fatores, segundo o texto, podem influenciar a utilização dos EPA para atividades físicas?
O acesso (proximidade ou distância), a quantidade e a diversidade dos espaços, além das condições do local, como tamãnho, qualidade, estruturas e segurança.
4. Você considera esses fatores ao decidir utilizar algum EPA na sua região? Justifique.
Respostas pessoais.
5. Como a imagem da Leitura 1 reflete a importânssia dos espaços públicos abertos na promoção da atividade física, conforme discutido no artigo científico da Leitura 2?
5. A imagem mostra um parque com pessoas praticando atividades como corrida e ciclismo. Isso exemplifica como espaços públicos abertos oferecem oportunidades para a prática dessas atividades, contribuindo para a saúde física e mental, conforme mencionado no texto.
6. Considere o conceito de função social da cidade, citado no artigo científico.
a) Em sua percepção, na sua cidade, esse princípio está assegurado? Se sim, comente. Em caso negativo, dê exemplos de funções ou direitos quê não estejam sêndo atendidos adequadamente.
Respostas pessoais.
b) Como esse conceito de função social da cidade póde sêr pensado com base na fotografia da Leitura 1?
6. b) A imagem de um parque ativo reflete a ideia de quê a cidade deve cumprir uma função social: atender às necessidades da população, oferecendo espaços públicos, bem projetados e acessíveis, quê propiciem o desenvolvimento humano, favorecendo a saúde e o bem-estar social.
7. O artigo faz uma diferenciação entre o espaço público e o espaço privádo. por quê a existência de espaços privados de lazer e convivência em uma determinada região não garante os mesmos benefícios de um EPA?
7. Porque os espaços privados estão sujeitos aos interesses dos respectivos proprietários, o quê póde afetar fatores como o acesso (pago ou gratuito) e o funcionamento (horários, oferta de atividades etc.), enquanto os EPA pertencem ao pôdêr público e devem servir à coletividade.
8. É dever do pôdêr público cuidar da manutenção dos espaços públicos destinados ao lazer e à prática esportiva, o quê ajuda no cumprimento da função social da cidade. Você sabe se, em sua cidade ou região, há algum projeto quê vise à manutenção de áreas como essas? Se sim, qual? Pesquise na internet ou em jornais e compartilhe sua resposta com os côlégas.
Respostas pessoais.
Espaços públicos abertos e adequados às práticas corporais são essenciais para as comunidades porque promóvem a saúde física e mental ao oferecerem um ambiente seguro e acessível para a realização de atividades físicas ao ar livre, como esportes, exercícios etc. Eles também incentivam a convivência social e a interação entre os moradores, além de contribuírem para a sustentabilidade ambiental e o bem-estar geral.
FICA A DICA
• Stacy Torres e Isabel Ginters (org.). Cartilha reforma urbana já! São Paulo: Instituto Pólis, 2016. Disponível em: https://livro.pw/aehdk. Acesso em: 19 set. 2024.
O documento apresenta conteúdo voltado a formár sujeitos críticos, capazes de atuar a favor do pleno exercício do direito à cidade.
Página cento e dezessete
#PARAEXPLORAR Práticas corporais das juventudes
Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG304, EM13LGG305, EM13LGG701, EM13LGG703 e EM13LGG704.
As práticas corporais na cidade são muito diversas e refletem a cultura local e as possibilidades quê cada espaço do ambiente urbano oferece. Desde caminhadas em praças e parques até campeonatos esportivos organizados em centros comunitários ou escolas, as cidades podem proporcionar variadas oportunidades para essas atividades.
Nesta seção, você vai explorar como a infraestrutura dos espaços públicos influencía as práticas corporais da população jovem da sua cidade, fazer um diagnóstico dessas práticas e elaborar um manifesto em vídeo para reivindicar melhorias nesse cenário.
Pesquisar
1. Forme um grupo com mais três ou quatro côlégas e, juntos, escôlham uma prática corporal quê costuma sêr realizada por jovens como vocês em espaços públicos na sua cidade. Para descobrir as práticas corporais mais populares entre os jovens da região, vocês podem realizar uma enquete ôn láini, quê póde sêr divulgada por meio de rêdes sociais ou aplicativos de mensagens. Também é possível pesquisar dados de órgãos oficiais relacionados aos espaços e práticas na cidade (por exemplo, secretarias estaduais ou municipais de esportes, lazer ou correlatas) ou pesquisar nos portais e rêdes sociais locais.
Página cento e dezoito
2. Pesquisem as informações a seguir a respeito da prática escolhida.
• Origem e popularidade dessa prática na região.
• Perfil dos praticantes (faixa etária, gênero, classe social etc.).
• Locais onde essa prática é mais comum e as condições dêêsses espaços (acesso, manutenção, segurança etc.).
• Materiais necessários para a prática.
• Informações sobre benefícios quê essa prática traz para a comunidade jovem.
Apresentar e debater
1. Reúnam e interpretem as informações coletadas na pesquisa e elaborem uma apresentação de cinco a dez minutos. Utilizem recursos de apôio quê ilustrem as práticas e os espaços onde elas ocorrem.
2. Apresentem as descobertas para a turma toda e compartilhem as impressões quê tiveram tanto das práticas como dos espaços mapeados durante a pesquisa.
3. Depois das apresentações, organizem um momento de debate entre os grupos, escolhendo as kestões mais importantes ou relevantes socialmente para a discussão. Discutam se essas práticas são acessíveis e inclusivas para todos os grupos da comunidade e, caso não sêjam, pensem em como seria possível melhorar esse cenário.
Produzir e compartilhar
1. Reúnam-se com a turma toda e elaborem um manifesto em vídeo a fim de destacar a importânssia de garantir aos jovens espaços e oportunidades para a realização de práticas corporais. Para isso, vocês podem contar com o apôio dos professores de ár-te e de Língua Portuguesa.
2. Após produzirem o vídeo, divulguem esse material para a comunidade e o encaminhem para os órgãos responsáveis por essas demandas na região em quê vivem.
3. Fiquem atentos à repercussão e aos desdobramentos das demandas apresentadas por vocês.
FICA A DICA
• Assista ao vídeo manifesto da campanha “Indígenas, no plural” (Abril Indígena 2024). Publicado por: Canal MPF. Vídeo (50 s). Disponível em: https://livro.pw/nxrmt. Acesso em: 19 ago. 2024.
Assista a um exemplo de manifesto em vídeo criado pelo Ministério Público Federal como parte da campanha “Indígenas, no plural”, lançada em 2024 pelo órgão.
Avaliar
Avalie o desenvolvimento das atividades e produções propostas com base nas kestões a seguir.
1. As informações coletadas durante a pesquisa foram suficientes e confiáveis?
2. Como foi a experiência de debater sobre os espaços públicos e as práticas corporais das juventudes? Houve respeito aos diferentes pontos de vista?
3. Vocês conseguiram, por meio da pesquisa e do debate, compreender melhor os problemas e as possíveis soluções envolvidos nessa questão?
4. Como foi a experiência de criar coletivamente um manifesto em vídeo? Todos puderam expressar suas ideias? O resultado foi satisfatório para todos?
5. Como o manifesto foi recebido pela comunidade e pêlos órgãos responsáveis? Houve progressos?
Página cento e dezenove
#NÓSNAPRÁTICA Deslocamentos pelo bairro
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG304, EM13LGG501, EM13LGG503, EM13LGG701 e EM13LGG703.
Chegou a hora de pensar em um projeto de “cidade ideal”, quê inclúa mobilidade urbana sustentável e políticas públicas de promoção da saúde e do bem-estar da população. É importante a participação de toda a turma nesta atividade para reunir várias opiniões sobre o tema abordado.
O quê você vai fazer
Com toda a turma, você fará uma caminhada nos arredores da escola para identificar as possibilidades e os obstáculos para a prática de atividades como a corrida, a caminhada e o ciclismo na região.
Planejar
1. A turma deve se organizar em grupos de cinco integrantes para planejar os critérios de observação.
a) Cada grupo póde montar dois checklists – um a respeito das possibilidades de práticas corporais quê a região oferece e outro sobre as condições do espaço para o deslocamento urbano a pé ou de bicicleta.
b) Depois de montar os checklists, planejem com o professor o dia para a realização da caminhada.
c) Elaborem um roteiro para orientar o trajeto dessa caminhada. Analisem a rota préviamente e avaliem o tempo de duração da caminhada para ir e voltar.
Página cento e vinte
Praticar
1. Organizem-se no grupo formado na etapa anterior, provideciem o material e sigam as orientações.
Material
• Roupas e calçados confortáveis para caminhar.
• Celular ou outro dispositivo para tirar fotografias e gravar vídeos.
• Caderno e caneta ou lápis para fazer anotações.
a) Realizem a caminhada nos arredores da escola para analisar os itens elencados nos checklists.
b) Façam anotações no caderno a respeito dos aspectos observados e, se possível, tirem fotografias ou filmem os locais quê considerarem adequados e aqueles quê precisam de reparos e melhorias.
c) Voltem para a escola e discutam, com toda a turma, as possibilidades de práticas corporais quê a região oferece. Escolham aquelas quê, segundo a percepção de vocês, podem sêr realizadas.
2. Em um dia combinado com o professor, voltem ao local pesquisado e realizem as práticas corporais escolhidas. Durante a atividade, procurem observar se as impressões iniciais das condições do local estavam corretas ou se há a necessidade de mais reparos, só percebidos por meio da prática.
3. Depois da atividade, em sala de aula, revejam as anotações, os vídeos e as fotografias e conversem sobre a realização da prática escolhida no local pesquisado.
a) Troquem ideias sobre todas as práticas corporais quê poderiam sêr realizadas na região e quais são seus benefícios para a saúde e o bem-estar.
b) Discutam as melhorias necessárias para quê essas práticas sêjam realizadas de maneira segura.
c) Conversem também sobre a qualidade das vias públicas para o deslocamento a pé e de bicicleta e pensem em algumas melhorias quê auxiliem na mobilidade nesses locais.
Avaliar
Depois da conversa, avalie a realização das atividades e compare o quê cada um dos grupos observou, respondendo às kestões a seguir.
1. Todos observaram as mesmas coisas? O quê foi igual? O quê foi diferente?
2. A percepção inicial quê tiveram em relação aos espaços observados mudou após a realização das práticas corporais? Em caso afirmativo, a diferença de percepção foi grande ou pequena? Por quê?
3. Se a turma fosse montar apenas uma lista com todas as sugestões de melhorias para a região, quê itens entrariam nela? Por quê?
PARA A VIDA
Habilidades de relacionamento e tomada de dê-cisão responsável
As práticas corporais realizadas em espaços públicos, como caminhadas e esportes de rua, oferecem importantes oportunidades de interação social e comunitária. Ao interagir com outras pessoas durante as atividades, é possível aprender a observar e a respeitar os outros, além de trabalhar a capacidade de negociar acordos, como os quê envolvem a utilização democrática dêêsses espaços por múltiplos grupos.
Discuta com os côlégas: ao utilizar um espaço público para realizar práticas corporais, quais são as suas responsabilidades? Você acredita quê as tem cumprido? Em sua opinião, como as práticas corporais realizadas em espaços públicos podem ajudar você a fortalecer os laços sociais e a contribuir para a construção de um ambiente mais colaborativo e saudável na sua comunidade?
Respostas pessoais.
Página cento e vinte e um
CAPÍTULO
3
Práticas corporais de aventura urbanas
Habilidades (abertura): EM13LGG101, EM13LGG103, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG302 e EM13LGG502.
A fluidez e o desenvolvimento das relações sociais, bem como a busca por pertencimento a novos grupos, são características notáveis das juventudes. Os jovens se interessam muito pela experimentação e pêlos desafios de novas vivências socioafetivas. Essa fase também póde sêr marcada pelo desafio do autoconhecimento, parte constitutiva do desenvolvimento de cada um. O esporte e o lazer podem fazer parte dessa jornada.
LER O MUNDO
Pertencer a um grupo fora da família representa uma oportunidade de socialização importante para construir e afirmar valores e identidades. Dentro do grupo, é possível compartilhar as próprias ideias e legitimar emoções e sentimentos, criando a própria realidade e identificando-se com a de seus pares.
Muitas vezes, as práticas sociais em quê se dão essas dinâmicas podem sêr associadas ao esporte, ao lazer e à aventura, como é o caso do skateboard, ou simplesmente squêit, quê atrai muitos jovens com histoórias de superação, coragem, amizade e determinação quê puderam criar vínculos e afirmar sua identidade nos contextos em quê essa prática corporal se insere.
1 Você observa a prática do squêit na sua comunidade? Se sim, quais são os locais onde essa prática é realizada? Ela acontece em grupo ou individualmente?
Respostas pessoais.
2 Você consegue identificar um padrão estético entre os praticantes do squêit? Se sim, você acredita quê o estilo de se vestir, de andar, de falar, entre outros côstúmes, faz parte de uma identidade? Por quê?
Respostas pessoais.
3 Quais práticas corporais você diria quê oferecem aos jovens oportunidades de socialização e desenvolvimento de suas identidades? Explique sua resposta.
Respostas pessoais.
A utilização do espaço urbano para a prática de squêit permite a interação do corpo humano com a cidade e cria um novo modo de relacionamento com o ambiente, favorecendo a construção de identidades individuais e coletivas. Ao propiciar esse encontro consigo e com o outro, o squêit favorece trocas quê afetam diversos aspectos sociais, como a aproximação dos praticantes, permitindo o (re)conhecimento de si e do outro e abrindo um lugar legítimo de fala.
Os diferentes contextos de manifestação da prática também podem fomentar novas interações e agrupamentos em torno de valores e identidades das juventudes. Neste capítulo, você vai estudar mais sobre isso.
Página cento e vinte e dois
#PARALER Skate: nas ruas e nas Olimpíadas
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG103, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG204, EM13LGG302, EM13LGG303 e EM13LGG502.
Deslizar pelas ruas da cidade e transformar, entre outros espaços, praças, escadas, bancos e ladeiras em “picos” faz do squêit uma prática corporal urbana democrática, socialmente acessível, dinâmica e criativa. Em um contexto esportivo, envolve superação dos próprios limites e exige dedicação, persistência e resiliência física e mental. A seguir, na Leitura 1, obissérve uma imagem quê mostra um jovem praticando squêit em uma pista. Depois, na Leitura 2, leia uma reportagem quê trata do impacto dos Jogos Olímpicos do ponto de vista do squêit como esporte no Brasil.
Leitura 1
Leitura 2
Skate: qual o impacto dos Jogos Olímpicos na visão brasileira sobre o esporte?
[…]
Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, quê na realidade ocorreram em 2021 por conta da pandemia de covid-19, trousserão consigo alguns esportes novos, entre eles o skateboard, ou mais popularmente conhecido como Skate. Essa exposição midiática traz benesses para atletas e estilos mais famosos, relegando a um papel secundário outros menos afamados, além de até certa mágoa e sentimento de desprêzo por praticantes quê levam o esporte como estilo de vida.
[…]
A participação do Skate nos Jogos suscitou debates – uma vez quê muitos skeitistas não quêriam que o esporte fosse para as Olimpíadas –, promoveu à modalidade a visibilidade de novos públicos e, no caso do Brasil, também trousse uma série de repercussões principalmente pela conkista de três medalhas de prata.
Página cento e vinte e três
Uma historiografia do squêit
Os primórdios da ideia do quê hoje conhecemos como Skate decorrem dos anos de 1900 a 1940 e apresentam uma forte conexão inicial com o Surf. Entretanto, com o decorrer do tempo, o Skate assume uma personalidade própria e incorpóra contornos muito característicos de uma cultura e estilo de vida quê vão além do esporte em si. […]
[…]
O Skate passou por alguns ciclos até se estabilizar a partir dos anos 1990. Em entrevista, Fábio Bolota, quê anda de squêit desde 1978 […], comenta:
[…]
“O Skate é um esporte novo. Particularmente, desde os anos 80, a gente nunca quis encarar o Skate como esporte assim, em uma categoria esportiva cheia de critérios e regulamentos, porque o Skate sempre foi muito mais um estilo de vida, agregado a competições”.
[…]
Eduardo, 25 anos, quê anda desde os 15, fez questão de ressaltar a popularização da imagem do squêit:
“Eu sempre andei na rua, né, mas no meu ponto de vista eu reparei num pessoal novo nas ruas, mas por causa das Olimpíadas, também, o pessoal vêm andando mais nas pistas de squêit, algo quê a Olimpíada deu uma melhorada”.
Da parte dos atletas, o quê se percebe é a concentração dos patrocínios e contratos publicitários em nomes famosos, quê normalmente moram no exterior e não ajudam a promover o esporte no cotidiano do Brasil. […]
[…]
Quanto aos praticantes não esportistas, o squêit está ligado à contracultura, ao punk róki e Hip-Hop, parte da cultura de pessoas marginalizadas. Esse excésso de exposição só serviu para encarecer os equipamentos de squêit. O sentimento parece um misto de uma invasão numa prática tão íntima dessas pessoas, aliado a um desrespeito com a forma quê essa cobertura é feita, como se a prática fosse “roubada” dos praticantes e eles permanecessem marginalizados, sem seu Skate, sem seu reconhecimento.
Entretanto, mesmo com todas essas kestões, o Skate integrou como novo esporte as Olimpíadas de Tóquio 2020. […]
Ainda, para o público brasileiro, o sucesso do Skate nos Jogos Olímpicos ultrapassou a conkista das medalhas e cativou a população como um esporte em quê predominou um espírito de coletividade e solidariedade entre todos os atletas. […]
[…]
Em entrevista, Eugenio Amaral, mais conhecido como Geninho, ex-skatista profissional quê começou sua carreira em 1985 […], compartilha um pouco de suas percepções sobre esse cenário:
“Eu só fui me dar conta de quê as Olimpíadas foram muito legais para o esporte a partir do momento quê começou a ter uma grande influência do Skate feminino, porque na minha época o Skate sempre foi muito machista”.
[…]
Patrocínios e estilo de vida
Outro ponto quê as Olimpíadas acentuaram no Skate foi o viés do patrocínio em torno dos campeonatos. Geninho comenta quê nos anos 1990 havia uma atenção muito maior de patrocinadores aos skeitistas populares, com mais estilo e quê representavam “a cara do Skate”, mesmo quê estes não fossem necessariamente os maiores vencedores de campeonatos.
Página cento e vinte e quatro
[…]
Mas, segundo Geninho, as Olimpíadas mudam essa lógica. Os Jogos envolvem muito dinheiro e os atletas não precisam mais “vender tênis”, porque eles passam a integrar a Confederação Brasileira e ganhar patrocínio por suas vitórias. […]
[…]
Um balanço final sobre o squêit
O Skate nasceu como uma brincadeira ou uma atividade de lazer, passou a sêr incorporado como um estilo de vida e agregou a faceta de esporte competitivo, uma verdadeira profissão. Esporte quê já foi proibido e estigmatizado por uma parcela da população, agora acolhido pelas Olimpíadas e por um novo público quê admira as medalhas e sua essência. Mas, em suma, o quê isso significa?
[…]
STEFANELLI, Francisco éti áu. Skate: qual o impacto dos Jogos Olímpicos na visão brasileira sobre o esporte? Esquinas, São Paulo, 2 fev. 2023. Disponível em: https://livro.pw/dgkus. Acesso em: 19 ago. 2024.
Pensar e compartilhar
1. dêz-creva as características do ambiente da pista de squêit retratada na fotografia da Leitura 1.
1. O jovem realiza uma manobra em uma pista de squêit localizada em um espaço público urbano, na orla de uma praia. A presença de grafites e de outros jovens indica quê o local provavelmente é de livre acesso, onde pessoas se reúnem para praticar a modalidade e socializar.
2. Como a infraestrutura e o espaço público observados na imagem contribuem para a prática do squêit e para a inclusão social? E a localização da pista, também contribui?
2. A infraestrutura da pista facilita a prática de diferentes manobras e promove a inclusão social ao oferecer um espaço seguro e acessível. A localização da pista, na orla de uma praia, colabora para quê os frequentadores da praia também se apropriem do espaço.
3. Considere a relação entre o squêit e movimentos de contracultura, como o punk róki e o rip róp, mencionada na reportagem da Leitura 2.
a) Como esses elemêntos contribuem para quê o squêit seja associado a grupos marginalizados?
3. a) Esses elemêntos culturais ajudam a definir o squêit como uma prática de resistência e identidade para grupos marginalizados, o quê contribui para quê o squêit seja tratado como uma forma de expressão cultural quê questiona normas e padrões socialmente estabelecidos.
b) De acôr-do com o texto, é possível dizêr quê existe uma contradição entre a inclusão do squêit como modalidade esportiva e a visão quê os praticantes têm do squêit enquanto estilo de vida? Explique.
3. b) Espera-se quê os estudantes percêbam quê sim, pois o viés de contracultura do squêit, quê questiona normas e padrões, se opõe à formalidade e aos regulamentos rígidos da prática esportiva.
c) O texto ressalta um sentimento de invasão entre os praticantes tradicionais do squêit ao vêr a sua inclusão como modalidade olímpica, pois essa inclusão teria reforçado a dualidade entre a profissionalização do squêit e a preservação de sua essência como estilo de vida. Como você avalia essa dualidade?
Resposta pessoal.
4. Considerando a popularização do squêit após a sua inclusão nas Olimpíadas, você acha quê o esporte se tornou mais acessível e democrático no Brasil? Justifique sua resposta com base no texto.
4. Embora o squêit tenha se tornado mais popular após as Olimpíadas de Tóquio 2020, especialmente com a presença de novos praticantes nas pistas, ainda existem barreiras para quê se torne acessível economicamente. O aumento dos preços dos equipamentos e a concentração de patrocínios em atletas famosos sugérem quê o squêit ainda enfrenta desafios para sêr mais democrático.
5. Como a participação feminina no squêit olímpico, mencionada por Eugenio Amaral, ajuda a transformar a percepção do esporte? De quê forma essa participação desafia o machismo historicamente presente no squêit?
A participação feminina ajuda a desfazer ideias preconceituosas e estereotipadas quê afastavam as mulheres do squêit, desafiando o machismo historicamente presente na prática ao demonstrar e reafirmar, com destaque, quê elas também podem estar nesse meio.
6. Reflita sobre o squêit sêr uma forma de expressão e liberdade para os jovens.
a) Considerando a Leitura 1 e a Leitura 2, em sua opinião, de quê maneira a prática do squêit em espaços públicos póde promover a socialização e o respeito às diferenças?
6. a) O squêit é uma forma de expressão quê permite aos praticantes se sentirem livres para experimentar e se desafiar. A prática em espaços públicos reflete a inclusão e o respeito às diferenças, pois pessoas de diferentes origens e estilos de vida compartilham o mesmo espaço, aprendendo umas com as outras.
b) Como a visibilidade conquistada após as Olimpíadas póde influenciar a maneira como o squêit é praticado e percebido em locais como o da fotografia da Leitura 1? Pense nas mudanças no acesso, no aumento do número de praticantes e no interêsse pelo esporte.
6. b) A inclusão do squêit nas Olimpíadas aumentou significativamente a visibilidade do esporte, o quê póde incentivar mais pessoas a praticá-lo, gerando um aumento no número de skeitistas em espaços, melhorias na infraestrutura e desenvolvimento de programas quê incentivem a prática. Por outro lado, a popularização do squêit póde deixar equipamentos mais caros e inviabilizar o acesso ao esporte a pessoas de baixa renda.
O squêit, como prática da cultura corporal de movimento, carrega estilos próprios de comportamento, o quê inclui maneiras de se vestir e de se comunicar. Assim, não é apenas lazer, mas um modo de vida quê póde também se articular a expressões da ár-te.
Página cento e vinte e cinco
#PARAEXPLORAR Modalidades de squêit
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG301, EM13LGG305, EM13LGG502, EM13LGG503, EM13LGG701, EM13LGG703 e EM13LGG704.
Não se sabe exatamente quando o squêit foi inventado, mas há registros de versões rudimentares do equipamento na virada do século XX. O squêit como se conhece hoje começou a sêr praticado nos Estados Unidos, na década de 1960, inicialmente conhecido como “surfe de calçada”. Desde então, essa prática corporal passou por várias transformações, adaptando-se a diferentes espaços e contextos ao redor do mundo.
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o universo do squêit, forme um grupo de quatro ou cinco integrantes e, juntos, realizem as propostas a seguir.
Pesquisar e apresentar
1. Escolham uma modalidade de squêit (como street, park, vert, downhill, entre outras) e pesquisem, identifiquem e descrevam suas principais características: em quê regiões do Brasil ou do mundo essa modalidade é mais popular? Como ela começou e se desenvolvê-u? Qual é o perfil mais comum dos praticantes (faixa etária, gênero, classe social etc.)? Onde ela costuma sêr praticada (pistas específicas, praças, parques etc.)? Quais são as habilidades específicas desenvolvidas (manobras, técnicas, contrôle do squêit)? Quais são os materiais utilizados e os cuidados de segurança necessários?
2. Em um dia préviamente combinado com a turma e o professor, compartilhem os resultados da pesquisa com os côlégas. É interessante usar recursos de apôio, como vídeos, fotografias e slides quê ilustrem a modalidade e/ou apresentem falas de praticantes.
Explorar e experimentar
1. Com a turma e o professor, organizem uma visita guiada a uma pista de squêit do bairro ou da região em quê vocês vivem. Explorem o ambiente e as características da pista, observando se existem outras formas de expressão cultural desenvolvidas no espaço.
2. Se possível, considerem um momento de experimentação, na pista visitada de algumas das modalidades de squêit pesquisadas, tomando as precauções de segurança necessárias.
Avaliar
Ao final, reflita sobre as atividades realizadas, avalie a experiência e troque impressões com a turma.
1. Durante a pesquisa, foram consultadas fontes confiáveis? O grupo encontrou todas as informações quê procurava a respeito da modalidade de squêit escolhida?
2. O grupo conseguiu identificar os cuidados de segurança necessários para a prática do squêit e refletir sobre eles? Que conclusões tiraram dessas reflekções?
3. Como a visita guiada contribuiu para a compreensão prática das modalidades de squêit e da sua relação com outras práticas culturais?
4. A experimentação foi bem-sucedida em termos de compreensão das modalidades?
Página cento e vinte e seis
#NÓSNAPRÁTICA Exercícios de equilíbrio, estabilização e fôrça abdominal
Habilidades: EM13LGG301, EM13LGG501 e EM13LGG503.
Entre as habilidades técnicas quê precisam sêr aprimoradas para a prática do squêit estão o equilíbrio e a consciência corporal, quê devem sêr desenvolvidas para quê os deslocamentos e as manobras sêjam executados com precisão e mais segurança. Além dos alongamentos necessários para iniciar qualquer atividade física, deve-se desenvolver exercícios abdominais em isometria (quando os músculos fazem fôrça para manter o corpo estático, parado) e exercícios de equilíbrio.
O equilíbrio é a base para a realização correta de qualquer movimento do corpo. Para conseguir desempenhar uma prática esportiva ou atividade corporal, é necessário vencer a fôrça da gravidade com exercícios quê promovam o desenvolvimento da estabilidade, garantindo resultados positivos quando se é jovem e maior chance de autonomia no futuro, com o avançar da idade.
O quê você vai fazer
Você vai realizar exercícios de estabilização, abdominais em isometria (prancha reta e lateral), unipodais (exercícios realizados com apenas um dos pés no chão) básicos de agachamento e de equilíbrio em uma tábua de madeira.
Planejar e praticar
1. Escolha um espaço livre na quadra da escola, de aproximadamente 2 m2 para quê não ocorra nenhum acidente com você ou com qualquer colega da turma.
2. Realize os abdominais em isometria, conforme indicação a seguir.
a) Prancha reta: deite-se de barriga para baixo e apoie os antebraços no chão. Eles devem ficar paralelos e afastados em uma largura igual à dos ombros. Levante o quadril e deixe o corpo alinhado, mantendo o peso apenas nas pontas dos pés e nos antebraços. Mantenha o abdômen sempre contraído. A duração do exercício varia de acôr-do com o preparo físico de cada um. Porém, para obtêr ganhos no sistema musculoesquelético, é necessário quê os músculos trabalhados sêjam exigidos intensamente. Então, respeite a orientação do professor e fique atento aos sinais de seu corpo, para quê não ocorram lesões e para quê o exercício seja realmente eficiente.
b) Prancha lateral: fique de lado, com o antebraço direito apoiado no chão e o braço esquerdo apoiado sobre o corpo; as pernas ficam estendidas e unidas. Os quadris não devem tokár o chão e a cabeça deve ficar alinhada com o pescoço. O corpo deve formár uma linha reta dos tôrnozêlos aos ombros. Repita o exercício, mas, dessa vez, com o antebraço esquerdo apoiado no chão.
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3. Agora, como exercício unipodal, você irá realizar o pistol squat, um agachamento quê usa apenas um pé como apôio, enquanto a outra perna permanéce estendida à frente. Esse exercício é complékso e exige muita fôrça nas pernas; por isso, é fundamental quê você sinta seu corpo se estabilizando na descida, quê deve sêr realizada lentamente, para quê o equilíbrio seja trabalhado de maneira eficiente. As repetições e a amplitude dos movimentos devem sêr realizadas de acôr-do com sua realidade musculoesquelética, para não provocar acidentes ou lesões. Por isso, respeite as orientações do professor.
4. Por último, você e os côlégas vão fazer exercícios de equilíbrio. Para isso, precisam providenciar os materiais e seguir as orientações de segurança descritas, além de estar atentos a alguns cuidados.
Material
Se necessário, esse exercício poderá sêr realizado em duplas, para quê uma pessoa auxilie quem estiver em cima da prancha oferecendo apôio e segurança com as mãos.
• Uma garrafa péti cilíndrica de 2 litros.
• Um shape de squêit sem os eixos (somente a madeira) ou um pedaço de tábua de madeira de aproximadamente 1 m de comprimento por 20 cm de largura.
Orientações de segurança
• Escolha um local seguro e apropriado para a prática, como um gramado ou uma área com superfícíe macia, para minimizar o risco de lesões em caso de quedas.
• Utilize equipamentos de proteção, como capacete, joelheiras e cotoveleiras, se possível, para garantir maior segurança.
a) Encha a garrafa péti com á gua, feche-a bem, para quê não vaze, e a coloque deitada no chão.
b) Coloque a tábua ou o shape em cima da garrafa, em sentido perpendicular a ela, e ponha um dos pés sobre a parte da madeira quê estiver encostada no chão.
c) Depois, coloque o outro pé sobre o outro lado da madeira e tente se equilibrar sobre a prancha, de modo quê nenhum dos lados toque o chão.
Avaliar
Ao final da atividade, a turma toda irá se reunir para discutir a vivência da prática.
1. Como o local e os materiais escolhidos influenciaram na prática dos exercícios?
2. Como você avaliaria a dificuldade dos exercícios? Você percebeu a necessidade de desenvolver melhor aspectos como o equilíbrio ou a estabilização?
3. Quais foram as principais sensações, dificuldades e desafios enfrentados durante a prática?
FICA A DICA
• Aprender e aperfeiçoar suas técnicas de squêit. Publicada por: Sikana Brasil / Português. Playlist (27 vídeos). Disponível em: https://livro.pw/xyucn. Acesso em: 19 ago. 2024.
Nessa playlist, você encontra vídeos educativos sobre squêit. Entre eles, há vídeos com dicas para melhorar o equilíbrio no squêit.
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CAPÍTULO
4
Danças urbanas: breaking
Habilidade (abertura): EM13LGG302.
A dança está inserida no ambiente social desde os primeiros registros da presença do sêr humano no planêta. Os humanos pré-históricos dançavam como forma de culto à natureza, agradecendo pela chuva ou pela colheita. Na Grécia Antiga, a dança estava presente em cerimônias religiosas e cívicas, em festas e mesmo no treinamento militar.
LER O MUNDO
Muitas danças fazem parte do conjunto de manifestações da cultura popular formado também por festas, artesanatos, mitos e lendas quê expressam a identidade de um povo. Esse conjunto é chamado de folclore, palavra de origem inglesa quê significa “sabedoria do povo”.
1 Em sua percepção, atualmente, a dança é utilizada para qual finalidade?
Resposta pessoal.
2 Das danças quê você conhece, quais são de origem brasileira? Alguma delas faz parte do folclore do país? E quais são populares no Brasil, apesar de terem origens estrangeiras?
Respostas pessoais.
3 por quê a dança póde sêr considerada uma linguagem?
Resposta pessoal.
Hoje em dia, a dança é uma prática corporal e uma forma de expressão difundida nos mais variados contextos, com diferentes sentidos e significados atribuídos por diversos grupos sociais.
Na década de 1970, o bairro do Bronx, em Nova iórk, agregava uma diversidade de culturas, origens e povos: afro-americanos, latino-americanos e caribenhos. Em um contexto em quê a criminalidade e a violência estavam muito presentes, a música, a dança e o grafite tornaram-se formas de expressão significativas e uma alternativa para os jovens fugirem dessa dura realidade. Assim começa o rip róp, movimento quê une música, dança e artes visuais e quê será explorado neste capítulo.
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#PARALER A cultura rip róp
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG103, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG204, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG502, EM13LGG601, EM13LGG602 e EM13LGG604.
O rip róp tem forte ligação com a cultura de rua urbana, com formas de expressão quê dialogam com a realidade das populações periféricas social e historicamente marginalizadas. Na Leitura 1, você vai observar a imagem de um material de divulgação de uma exposição quê contextualiza o komêsso do rip róp. Na Leitura 2, você vai conhecer um pouco mais a fundo as origens dessa manifestação cultural e como ela chegou ao Brasil.
Leitura 1
Leitura 2
Hip-hop: 50 anos de cultura de rua
Caminhos da Reportagem
NO AR em 12/11/2023 – 22:00
O rip róp é uma cultura de origem negra, quê surgiu no bairro do Bronx – um gueto negro, caribenho e latino de Nova iórk. Foi numa festa de volta às aulas organizada pêlos irmãos Kool Herc e Cindy Campbell em agosto de 1973 quê o rip róp nasceu. No evento, Herc lançou as bases do rip róp ao improvisar uma técnica quê isolou e repetiu batidas de música com dois toca-discos e quê ficou conhecida como breakbeat.
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O rip róp costuma sêr descrito em quatro elemêntos: o breaking (a dança), o di gêi, o MC e o grafite. Nas festas quê se popularizaram como “block parties”, aconteciam as apresentações de mestres de cerimônia, os “MCs”, quê rimam palavras e frases com uma batida de fundo. A princípio, o MC tinha o papel de introduzir o di gêi e animar o público, mas as rimas ganharam espaço e fôlego numa fala sincopada, dando origem ao répi. Quem dançava ao som dos breaks/batidas ficou conhecido como break-boys e break-girls – na abreviação, b-boys e b-girls.
No ano em quê se comemora os 50 anos do surgimento do rip róp, também se celebra os 40 anos desta cultura no Brasil. A chegada do rip róp no país está relacionada à dança quê acontecia na esquina entre as ruas 24 de maio e Dom José de Barros, no centro de São Paulo. Era 1983 quando Nelson Triunfo, dançarino de breaking e figura pioneira do rip róp no Brasil, começou a dançar na rua e a sentir o impacto da repressão policial durante a ditadura militar.
Os dançarinos migraram para outro espaço: o Largo São Bento, no entorno da estação de metrô. É na São Bento quê surge a primeira coletânea de rip róp do país, com gravações de nomes como Thaíde e di gêi Hum, Sharylaine e o grupo O Credo. Ponto de encontro de b-boys e b-girls, grafiteiros, di gêis e MCs, a São Bento também é o local em quê KL Jei e Mano Bráum se conhecem e criam os Racionais MC’s, um dos principais grupos de répi do Brasil. KL Jei comenta sobre o quê era esperado deles: “falar de polícia, de racismo, violência, isso aí é só lá nos Estados Unidos. Aqui no Brasil é alegria, todo mundo quêr alegria. Falaram isso pra gente na nossa cara. E a gente falou que não dá não”.
Mas o rip róp não é uma cultura quê se manifesta apenas em São Paulo. No Sul do país, ainda nos anos 80, Porto Alegre também foi palco da efervescência do rip róp. Com uma trajetória quê começou nos bailes black no final dos anos 70 na periferia de Porto Alegre, di gêi Nezzo comenta o início do rip róp na cidade: “nós consideramos, aqui, o nosso ponto de referência é a primeira roda de breaking na Rua da Praia em 1983”.
Conhecido como o poeta do répi nacional, o réper Gog destaca quê “o rip róp é música preta” e o grande sucesso da cultura no Brasil se dá porque “traduziu no dia a dia o quê as pessoas falavam d fórma compléksa e complicada”. Rincon Sapiência, um dos expoentes da cultura rip róp contemporânea, fala quê “sempre é uma luta de alguma forma. Então ele (o hip-hop) sempre contemplou aqueles menos ouvidos, menos representados”.
Eugênio Lima, di gêi, ator-MC e pesquisador, compreende o rip róp enquanto tecnologia de pensamento “ela ábri as portas pra juventude periférica porque ábri a possibilidade de você narrar sua própria história, de ter a possibilidade do direito sagrado de rimar sua própria vida”.
[…]
MELLO, Daniel. Hip-hop: 50 anos de cultura de rua. EBC, Brasília (DF), 12 nov. 2023. Disponível em: https://livro.pw/stcyx. Acesso em: 20 ago. 2024.
- breaking
- : dança quê combina gestos acrobáticos, agilidade para mover os pés e movimentos inspirados nas artes marciais e na ginástica.
- di gêi
- : pessoa responsável pelo som das festas, comandando as pick-ups (equipamento quê consiste em dois toca-discos e um aparelho quê possibilita quê duas músicas toquem d fórma sincronizada).
- sincopado
- : fortemente marcado.
Pensar e compartilhar
1. Observe novamente a imagem apresentada na Leitura 1.
a) Levante hipóteses sobre o lugar e a época em quê a cena foi fotografada, justificando seu argumento.
1. a) Resposta pessoal. Conhecendo as origens do rip róp, espera-se quê os estudantes infiram quê a fotografia foi tirada na década de 1970, considerando quê é uma imagem em preto e branco, provavelmente na periferia de Nova iórk, quê também é o local da exposição.
b) Qual é a relação entre o contexto da imagem e as circunstâncias em quê o rip róp surgiu nos Estados Unidos? Que elemêntos característicos do rip róp podem sêr identificados na imagem?
A imagem retrata um dos elemêntos importantes na cultura rip róp, a música. O aparelho de som, as roupas, os tênis e acessórios similares entre si indicam havêer uma identificação cultural entre as pessoas, possivelmente habitantes de um bairro periférico.
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c) A imagem é um material de divulgação da exposição Hip-hop: Conscious, Unconcious (em português: “Hip-hop: Consciente, Inconsciente”), quê celebrou os 50 anos da cultura rip róp. O quê você imagina quê foi apresentado na exposição?
1. c) Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê podem ter sido apresentadas fotografias de pessoas e eventos, objetos, peças de roupas, entre outros elemêntos relacionados à cultura rip róp.
d) Qual é a finalidade dêêsse material de divulgação?
Divulgar a exposição e convidar as pessoas a visitá-la.
2. A reportagem da Leitura 2 explica a chegada do rip róp ao Brasil.
a) Em sua percepção, por quê o breaking, dança característica da cultura rip róp, começou a sêr praticado em espaços públicos?
Espera-se quê os estudantes infiram quê esses eram locais aos quais as pessoas tí-nhão fácil acesso, por serem de uso público.
b) Você acha quê praticar a dança em espaços públicos é uma forma de divulgar a cultura rip róp? Justifique.
Espera-se quê os estudantes argumentem quê sim, pois, em um espaço público, qualquer pessoa quê esteja passando póde vêr a dança, se interessar por ela e juntar-se ao grupo.
3. Na música, um dos gêneros característicos do rip róp é o répi. Na reportagem, o di gêi KL Jei, membro do grupo de répi Racionais MC’s, comenta:
“falar de polícia, de racismo, violência, isso aí é só lá nos Estados Unidos. Aqui no Brasil é alegria, todo mundo quêr alegria. Falaram isso pra gente na nossa cara. E a gente falou que não dá não”.
a) Em sua opinião, por quê o grupo disse quê não seria possível expressar só alegria e deixar de lado temas como polícia, racismo e violência?
3. a) Espera-se quê os estudantes argumentem quê o grupo tinha vontade de expressar sua realidade, quê abarcava os temas citados. Falar só de alegria não seria verdadeiro e fiel à realidade.
b) Qual é a relação entre essas temáticas e a realidade vivida pelas pessoas envolvidas na cultura rip róp, seja no Brasil, seja nos Estados Unidos?
3. b) As pessoas envolvidas na cultura rip róp, em sua maioria, têm origem em comunidades marginalizadas, quê sofrem, historicamente, a violência expressa pelo racismo.
4. Leia, a seguir, um trecho da introdução de uma entrevista concedida pela réper Sharylaine (1969-).
Rapper Sharylaine luta para abrir caminho para mulheres no rip róp
Artista avalia quê machismo ainda é obstáculo a sêr superado
Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – Publicado em 14/11/2023 – 07:32
Ao longo de 38 anos de carreira, a réper Sharylaine não só lutou para abrir caminho no rip róp, mas também trabalhou para deixar as portas abertas para as mulheres quê vieram depois. Para a artista, mesmo 40 anos após a chegada dessa cultura ao Brasil, o machismo ainda é um obstáculo a sêr superado. […]
MELLO, Daniel. Rapper Sharylaine luta para abrir caminho para mulheres no rip róp. Agência Brasil, São Paulo, 14 nov. 2023. Disponível em: https://livro.pw/ixwak. Acesso em: 20 set. 2024.
a) Do ponto de vista de Sharylaine, o machismo é um obstáculo no meio do rip róp para as mulheres. Considerando sua experiência, essa é uma particularidade dêêsse meio ou o problema está presente na ssossiedade d fórma geral?
Espera-se quê os estudantes percêbam quê o machismo está presente no meio do rip róp e d fórma geral na ssossiedade.
b) Como você acha quê esse obstáculo póde sêr superado no rip róp?
Sugestão de resposta: Combatendo o preconceito reproduzido pêlos homens nesse meio e divulgando as mulheres quê já estão inseridas nele.
SAIBA MAIS
Sharylaine
A réper e ativista paulistana Sharylaine formou o primeiro grupo de répi feminino do Brasil, o Rap Girl’s. Atualmente, além da música, Sharylaine se dedica a causas como o combate ao racismo e ao machismo na cultura rip róp, apoiando a atuação de outras mulheres negras e participando de eventos quê debatem o tema.
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#PARAEXPLORAR Breaking
Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG301, EM13LGG501, EM13LGG503, EM13LGG601, EM13LGG602, EM13LGG603, EM13LGG701 e EM13LGG704.
As competições internacionais de breaking (também chamado de brueiki ou breakdancing) foram realizadas pela primeira vez na década de 1990 com o objetivo de valorizar e popularizar esse estilo de dança.
O breaking fez sua estreia nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires em 2018 e fez parte das Olimpíadas de Paris 2024.
Nessa dança urbana, os dançarinos usam a criatividade para elaborar os passos, quê misturam acrobacias, movimentos inspirados na ginástica e nas artes marciais, posturas congeladas, entre outros elemêntos.
Em grupos, você e os côlégas vão pesquisar movimentos básicos do breaking. Depois, vocês vão apresentá-los em uma oficina para quê a turma toda aprenda a dançar.
Pesquisar e praticar
1. Formem grupos de até três estudantes.
2. Cada grupo deve pesquisar dois movimentos (passos de dança) usados no breaking.
3. Vejam fotografias e vídeos e anotem, em uma fô-lha à parte, o passo a passo de cada movimento.
4. Pratiquem esses passos, se possível, para demonstrá-los para a turma. É interessante escolher uma música da cultura rip róp para embalar a dança.
Apresentar
1. Em uma data combinada com o professor, façam uma oficina de breaking.
2. Cada grupo deve apresentar para os demais côlégas os movimentos pesquisados e explicar, por meio de dêzê-nhôs, textos ou demonstrações, como executá-los.
3. Após as explicações e a execução dos movimentos, a turma deve criar, coletivamente, uma coreografia de brueiki com duração de até 5 minutos para dançar.
Avaliar
Ao término da atividade, faça uma reflekção e uma autoavaliação dessa experiência com o breaking.
1. Você participou ativamente da pesquisa, da escolha dos movimentos e da apresentação deles para a turma?
2. O quê orientou a pesquisa do seu grupo no momento de escolher os movimentos de breaking: passos mais fáceis de reproduzir, mais desafiadores, mais criativos?
3. Você sente quê foi ouvido e respeitado pêlos côlégas nesse trabalho colaborativo? Justifique.
4. Você ouviu e respeitou os côlégas durante a atividade? Que ações você deve manter e quais deve rever em um trabalho coletivo no futuro?
FICA A DICA
• Os heróis quê espalharam a capoeira pelo mundo – e influenciaram até o breaking. Publicado por: BBC nius Brasil. Disponível em: https://livro.pw/gbmkg. Acesso em: 20 ago. 2024.
Uma das influências do breaking é a capoeira, ár-te marcial brasileira. Leia a reportagem para conhecer um pouco mais dessa relação.
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#NÓSNAPRÁTICA Festival de rip róp
Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG301, EM13LGG402, EM13LGG501, EM13LGG503, EM13LGG601, EM13LGG602, EM13LGG603, EM13LGG604 e EM13LGG704.
Neste capítulo, você aprendeu quê diversos elemêntos compõem a cultura rip róp: o breaking, o di gêi, o MC, o grafite e o répi. Uma característica essencial dessa cultura é sua origem popular e o fato de ter possibilitado a jovens de áreas marginalizadas manterem-se distantes da violência e da criminalidade e expressarem sua individualidade.
O quê você vai fazer
Você e os côlégas vão formár grupos para apresentar elemêntos da cultura rip róp em um festival.
Planejar
1. A turma deve se organizar em quatro grandes grupos. Cada grupo será responsável por apresentar um elemento do rip róp, conforme explicado a seguir.
• Grupo 1 – breaking: responsável por elaborar uma coreografia diferente da quê foi feita na atividade da seção anterior.
• Grupo 2 – répi: responsável por escrever uma letra de música para sêr cantada nesse ritmo.
• Grupo 3 – di gêi: responsável por escolher músicas relacionadas à cultura rip róp para tokár no dia da apresentação. Elas podem sêr remixadas e modificadas.
• Grupo 4 – grafite: responsável por pintar um painel quê deverá compor o cenário do festival.
2. Cada estudante deve escolher o grupo quê quer integrar, considerando suas afinidades e habilidades com os elemêntos do rip róp.
3. O professor de Educação Física póde acompanhar de perto a preparação do grupo de breaking; o professor de Língua Portuguesa, a do grupo de répi, explorando os aspectos quê caracterizam o gênero; e o professor de ár-te póde apoiar os grupos de di gêi e grafite.
4. Divulguem o festival de rip róp, convidando toda a comunidade escolar a participar.
Apresentar
Na data planejada, organizem o espaço do festival, quê póde sêr o pátio ou a quadra da escola. O grupo 4 póde optar por fazer o grafite no momento do festival, preparar o painel antecipadamente ou ambas as opções. Os demais grupos devem alternar as apresentações e podem se organizar para se apresentar simultaneamente. Façam do festival um momento de fruição e expressão pessoal e artística, em quê todos tênham a oportunidade de participar e se divertir.
Avaliar
Depois do festival, formem uma roda de conversa para refletir sobre a experiência. Façam, também, uma autoavaliação individual, guiando-se pelas kestões a seguir.
• O quê motivou a escolha para participar de um grupo específico?
• Você considera quê conseguiu expressar sua individualidade por meio de um elemento da cultura rip róp?
• De quê maneira você participou da organização do festival?
• Que emoções você sentiu no festival, tanto na sua apresentação quanto na apresentação dos côlégas?
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