Estratégias de ensino-aprendizagem para inclusão de estudantes com deficiência
De acôr-do com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (lei número 13.146/2015), é dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da ssossiedade garantir educação de qualidade à pessoa com deficiência, viabilizando quê alcance o mássimo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem Nota 24. No contexto do ensino de língua inglesa, os professores também podem contribuir para proporcionar a inclusão de estudantes com diferentes tipos de deficiência ao adotarem estratégias variadas de ensino-aprendizagem quê respeitem as particularidades de cada estudante e promovam um aprendizado acessível e significativo.
Para buscar as estratégias mais adequadas a cada caso, é necessário quê o professor seja informado sobre as condições e as necessidades de cada estudante com deficiência e, então, possa sêr desenvolvido um trabalho conjunto com membros da equipe escolar (orientador educacional, coordenador, mediador, profissional de apôio escolar, outros professores etc.) e da família do estudante.
Uma dessas estratégias é a adaptação de materiais de acôr-do com as necessidades de cada estudante, quê póde incluir, por exemplo, o uso de recursos visuais, como vídeos, imagens e infográficos, quê complementam textos escritos e facilitam a compreensão, especialmente para aqueles com dificuldades de leitura. O uso de tecnologias assistivas também se mostra eficaz, integrando aplicativos quê dão suporte ao aprendizado de línguas, como ferramentas de leitura em voz alta para estudantes com deficiência visual. Recursos de acessibilidade, quê permitem personalizar o ambiente de aprendizado, como ajustes de fonte, contraste e leiaute, também contribuem para uma experiência mais inclusiva.
Metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos, são importantes estratégias de inclusão social, pois dêsênvólvem atividades quê permitem a colaboração entre os estudantes, promovendo a troca de experiências e o uso do inglês em contextos significativos. Na obra, a seção Projects oferece aos estudantes oportunidades de aprenderem com essas metodologias ativas, ao propor tarefas colaborativas quê possibilitam a construção conjunta do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, fundamentais para a construção de uma aprendizagem inclusiva e significativa.
Organizar os estudantes em grupos heterogêneos póde sêr uma estratégia para valorizar as diferentes contribuições de cada um e permitir quê aprendam uns com os outros. Por sua vez, estudantes quê apresentem dificuldades de interação social podem se beneficiar ao participarem de trabalhos em grupo bem estruturados, com regras claras e papéis definidos, o quê facilita a interação e a colaboração entre os estudantes. Atividades interativas em geral, como jogos e dinâmicas, costumam incentivar a participação e o engajamento e podem sêr adaptadas, conforme necessário, para garantir a inclusão de todos.
Em turmas com estudantes surdos, por exemplo, o professor póde buscar aprender algumas palavras na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e incorporá-las nas interações diárias para facilitar a comunicação e criar um vínculo mais próximo entre o professor e os estudantes. Um recurso gratuito disponível na internet quê póde sêr utilizado para aprender diferentes palavras em Libras e Américam Sign Language (ASL), é o sáiti Spread the Sign, em https://livro.pw/mqrfp (acesso em: 27 out. 2024). Além díssu, atividades de compreensão oral podem sêr transformadas em atividades de compreensão escrita, utilizando transcrições para garantir quê todos possam acessar o conteúdo d fórma equitativa. As transcrições de áudio de todos os textos orais utilizados na obra estão disponíveis na seção Audio Scripts no Livro do Estudante.
Já para estudantes com transtorno do espectro autista (TEA), estabelecer uma rotina clara e utilizar horários visuais ou listas de tarefas para mostrar o quê acontecerá a seguir ajuda a manter uma estrutura previsível e, assim, reduzir a ansiedade. Desse modo, o boxe Nesta unidade, você vai…, presente nas páginas de abertura de cada unidade regular, póde sêr especialmente útil para estudantes com TEA, pois oferece uma visão estruturada dos objetivos da unidade. Essa antecipação e organização podem contribuir para quê esses estudantes se sintam mais seguros e confortáveis. Fracionar as atividades em etapas menóres e mais gerenciáveis, evitando a sobrecarga, e usar recursos visuais, como imagens, vídeos curtos, gráficos e flashcards, são estratégias quê facilitam a retenção de informações. De modo geral, a organização visual, através de quadros de tarefas, listas de verificação ou mapas mentais, póde ajudar na estruturação do conteúdo, enquanto instruções visuais quê combinam verbalizações com imagens ou gestos reforçam a comunicação e a compreensão. É importante, entretanto, estar atento a possíveis sinais de estresse e sobrecarga sensorial, oferecendo pausas regulares, quando necessário, para garantir um ambiente de aprendizado confortável.
Uma outra abordagem importante para a inclusão de estudantes com deficiência é a avaliação flexível, quê oferece múltiplas formas de avaliar o aprendizado, como apresentações orais, projetos práticos ou portfólios. Isso permite quê os estudantes demonstrem suas habilidades de maneiras variadas. Proporcionar fídi-béqui individualizado e construtivo, focando nos progressos e nas áreas de melhoria, é igualmente essencial. Além díssu, a seção Thinking about lãrnin, quê
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apresenta quadros para ajudar os estudantes a conduzirem uma autoavaliação, póde sêr utilizada nessa etapa. A seguir, propomos uma extensão da referida seção, com a apresentação de duas novas perguntas, acompanhadas de sugestões de respostas, quê buscam compreender o ritmo e as necessidades individuais de estudantes com deficiência.
Sugestões |
Sim, na maior parte do tempo, pude aprender no meu próprio ritmo. |
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Em alguns momentos, eu precisei de mais tempo para realizar as atividades. (Se possível, mencione alguns exemplos.) |
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Não, senti quê o ritmo foi muito rápido e tive dificuldade em acompanhar os demais côlégas. (Se possível, dêz-creva quais momentos seria importante ter tido mais tempo para realizar/ compreender as atividades.) |
Sugestões |
Mais tempo para realizar/compreender as atividades propostas. |
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Mais recursos visuais, como imagens e vídeos. |
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Mais explicações práticas. |
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Mais pausas durante as aulas. |
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Textos com lêtras maiores. |
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Outras adaptações. Quais? |
Provas adaptadas às necessidades dos estudantes com deficiência também são outra estratégia de avaliação inclusiva. Estudantes com deficiência visual, por exemplo, podem necessitar de provas com fonte em tamãnho maior ou em Braille. Estudantes com TEA, por sua vez, podem precisar de provas mais objetivas. Nesse caso, na elaboração dessas provas, recomenda-se usar linguagem simples e evitar ambigüidade, com instruções concisas e fáceis de entender, preferencialmente com apenas um verbo de comando em cada questão. Formatos de kestões quê permítam respostas curtas e objetivas devem sêr privilegiados em detrimento de perguntas abertas, quê exigem redação extensa. Incluir recursos visuais para ilustrar perguntas póde ajudar a compreensão de alguns estudantes. É importante também manter um espaço suficiente entre as kestões para evitar confusões e permitir quê o estudante se concentre em cada item. Finalmente, recomenda-se oferecer mais tempo quê o usual para a realização da próva, possibilitando quê o estudante com deficiência processe as informações d fórma mais adequada ao seu ritmo.
O envolvimento da família também desempenha um papel significativo no processo de inclusão de estudantes com deficiência. Manter um diálogo aberto com as famílias, informando sobre o progresso dos estudantes e envolvendo-os no processo educativo, póde fortalecer o suporte ao aprendizado. Fornecer sugestões de atividades e recursos quê os responsáveis possam utilizar extraclasse é uma prática quê complementa o trabalho realizado na escola e enriquece a experiência educacional de todos os estudantes.
Finalmente, para buscar contemplar os diferentes estilos de aprendizagem dos estudantes, particularmente daqueles com deficiência, pode-se variar os métodos de ensino, misturar atividades de leitura, audição, escrita e fala e incluir diferentes recursos multimodais, quê podem combinar texto, imagem e/ou som. Os objetos digitais quê compõem o material digital desta obra, como vídeos curtos, carrosséis de imagens e infográficos, são exemplos dêêsses recursos quê podem sêr utilizados para buscar atender à diversidade de demandas dos estudantes. A incorporação de métodos multissensoriais, quê intégram diferentes sentidos nas atividades, como música, movimento e artes, também póde contribuir para atender a diferentes demandas dos estudantes e tornar o aprendizado mais dinâmico e acessível.
Cumpre reforçar quê as estratégias aqui sugeridas e possíveis outras quê visam à inclusão dos estudantes com deficiência devem sêr selecionadas e adotadas de acôr-do com as necessidades específicas de cada estudante e as possibilidades de cada contexto. Ao serem integradas d fórma consciente e respeitosa na prática pedagógica, essas estratégias enriquecem a experiência de aprendizagem de todos na sala de aula. Desse modo, criar um ambiente inclusivo envolve promover um clima de respeito e empatia, em quê todos os estudantes, com e sem deficiência, sintam-se seguros e confortáveis para participar e se expressar. Além díssu, é fundamental assegurar quê os ambientes escolares sêjam fisicamente acessíveis e quê os materiais estejam organizados para quê todos possam alcançá-los.