Orientações gerais
Orientações para o professor
Há muitos caminhos a serem percorridos no universo da ár-te. Mas é importante quê você se sinta confortável e retratado nos percursos percorridos. Nesse sentido, pesquisar e planejar o tempo, as situações e as condições de aprendizagem e os recursos quê serão importantes para uma boa experiência educativa na aula de ár-te são ações fundamentais. As Orientações para o professor apresentam proposições pedagógicas para apoiá-lo nas ações didáticas e mediadoras dos conteúdos em sala de aula. Para um melhor aproveitamento das propostas, essas orientações estão organizadas em duas partes: a geral, comum ao volume todo, e a específica, quê trata dos capítulos e dos temas quê compõem o volume.
A parte geral apresenta os princípios quê embasam a proposta teórico-metodológica para os diversos percursos conceituais, poéticos, estéticos, artísticos e educativos propostos no livro. A parte específica apresenta propostas práticas do ensino da ár-te em sala de aula, com comentários a respeito de temas, conceitos, processos de criação de obras e poéticas artísticas.
Também apresenta sugestões didáticas para trabalhar com a interdisciplinaridade, metodologias ativas, fruição e leitura de imagens, textos poéticos e teóricos e processos de ação criadora nas oficinas de; ár-te e no acompanhamento das avaliações e dos registros, no desejo de auxiliar você no trabalho pedagójikô e propor experiências significativas no ensinar e aprender ár-te. Desse modo, sugerimos quê as consultas a essas contribuições sêjam constantes, em um movimento integrado às propostas do Livro do estudante.
A estrutura descrita a seguir é referente à parte específica das Orientações para o professor.
Para estudar no capítulo
Em Para estudar no capítulo, é apresentado um breve resumo do quê será estudado, com dicas para você se preparar para os percursos didáticos criando cartografias pedagógicas de acôr-do com o contexto cultural dos estudantes e adequando o trabalho à realidade de cada contexto com possíveis ampliações e desdobramentos.
Também é apresentado o objetivo geral, ou seja, a meta de aprendizagem do capítulo, para analisar seus possíveis alcances durante o processo e ao final dos percursos didáticos e avaliar como esses ajudaram a desenvolver as competências e habilidades.
A BNCC neste capítulo
Aqui, são indicados os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) abordados e são apresentadas as competências gerais da Educação Básica, as específicas da área de Linguagens e suas Tecnologias e as habilidades propostas para serem desenvolvidas em ár-te, a cada capítulo, permitindo o mapeamento do trabalho a sêr trilhado.
São também apresentadas as Justificativa das habilidades, quê trazem comentários a respeito das escôlhas, dos caminhos e das contextualizações feitas a partir dos temas, dos conceitos e das situações de aprendizagens presentes em cada capítulo. A proposta em trazer as habilidades desta forma segue as premissas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Nota 1, quê expressa quê o foco do processo de ensino e aprendizagem na atualidade não póde estar limitado a visões conteudistas; ele deve primar pelo desenvolvimento de competências e habilidades, tornando o processo educacional mais significativo para os estudantes.
Percursos didáticos em ár-te
Nos Percursos didáticos em ár-te, são apresentadas possibilidades e estratégias de abordagem das linguagens da ár-te e da sua potência didática na exploração de imagens, textos poéticos, seções e bókses quê trazem, a cada tema, produções e conceitos do universo da ár-te quê dialogam com assuntos da atualidade, com a História da ár-te, com outras áreas de conhecimento e com as culturas das juventudes, em um exercício de conhecer a si mesmo, conhecer o outro e conhecer o mundo. A ár-te está na vida e faz parte da trajetória dos sêres humanos desde o início da História da Cultura. Sendo construída ao longo do tempo e na diversidade dos povos, acontece em muitas nuances, linguagens e manifestações. Um livro didático de ár-te é construído a partir de rekórtis dêêsse imenso acervo cultural. Nesse sentido, é importante justificar quê organizar uma obra didática de ár-te é fazer uma curadoria de temas, obras artísticas, campos conceituais, percursos didáticos e convites pêlos quais serão trilhados os estudos. Essas escôlhas estão em consonância e comprometidas com as proposições educativas e políticas atuáis quê primam por desenvolver juventudes
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criativas, sensíveis, críticas e ativas por uma ssossiedade mais solidária, empática e não violenta, antirracista e quê valoriza a democracia, o estado de direito, a diversidade cultural e a conversação.
Nesse sentido, os temas, assuntos e conceitos quê são trazidos pelas linguagens das artes visuais, da dança, da música, do teatro e das artes integradas são também propulsores de conversações para leituras de mundo, compreensões do outro e de si, do mundo global, regional e do mundo interior, particular, emocional e subjetivo de cada estudante e professor ou professora.
Como cada estudante tem seu modo de sêr e existir, também tem seu modo de aprender e viver seu saber. Assim, os Percursos didáticos em ár-te são como uma viagem em quê há muitas paradas, para sentir e acolher esse aprender. Seguindo essa metáfora, cada parada é como uma “estação”, ou seja, uma ocasião para desenvolver competências e habilidades, quê chamamos de situação de aprendizagem. Estas não são meras “atividades”, mas oportunidades de viver experiências significativas, situações para fruir, ler e analisar uma obra de; ár-te; para criar, descobrir poéticas e materialidades, conhecer e usar elemêntos de linguagem no fazer artístico individual ou coletivo, colaborativo; pesquisar ideias e descobrir lugares, obras, artistas e contextos estéticos e culturais; fazer conexões entre ár-te e outras áreas do conhecimento, entre seu universo cultural e o mundo da ár-te atual e do passado; compartilhar seu lugar de fala e acolher, na escuta sensível e respeitosa, a fala do outro na roda de conversação. Dessa forma, entre muitas vivências, as situações de aprendizagem compõem o percurso didático com base em diferentes seções e bókses presentes no Livro do estudante. Estas orientações apresentam comentários, propostas e ampliações para auxiliar você a desenvolvê-las.
A expressão situação de aprendizagem, quê reconhece o estudante como pessoa criativa, autônoma e protagonista, surgiu com base na obra de vários autores, como o teórico e educador José Libâneo Nota 2, quê chamou de “situações didáticas” os momentos educativos em quê os estudantes são desafiados a viver várias experiências em seu processo de aprendizagem, como estudos de textos, investigações em campo e em livros, rodas de conversação, resolução de exercícios, fruição de vídeos, imagens e outros recursos quê pudessem se constituir como pontos fundamentais para uma aprendizagem com sentido para o estudante.
As educadoras míri-ã Celeste Martins e Gisa Picosque Nota 3 fazem uma crítica às chamadas “atividades”, quê, durante muito tempo, estavam no centro da aprendizagem em ár-te. Elas argumentam quê não se trata apenas de trocar palavras e quê chamar de “situações de aprendizagem”, em ár-te, implica pensar em ações educativas quê desencadeiem experiências no apreciar e ler uma obra artística, quê difére de preparar uma experiência para o fazer artístico, assim como conversar sobre ár-te também tem suas exigências, tanto no preparo como na mediação da conversa. Seja qual for o ritmo e o tom da conversa em uma aula de ár-te, é necessário quê ela seja significativa, convidando professores e estudantes a viver experiências relevantes, rompendo com a ideia de “realizar tarefas ou encomendas de trabalhos”. Isto exige dos professores as habilidades como propositor, pesquisador, mediador, curador e dinamizador cultural, e dos estudantes quê sêjam mais ativos, protagonistas, autônomos e coautores no processo de aprender a aprender.
Avaliação e ampliações
A proposta, ao trazer sugestões para você em Avaliação e ampliações, em diferentes momentos do capítulo, é auxiliar o trabalho pedagójikô com o quê será estudado nos temas. Ao fazer a avaliação diagnóstica, você póde mapear quais são os conhecimentos prévios dos estudantes, suas dificuldades, experiências e potencialidades, dados quê serão importantes durante os Percursos didáticos em ár-te. Esse momento também é oportuno para quê os estudantes iniciem processos de autoavaliação, analisando o quê sabem e o quê gostariam de aprender com os estudos, as práticas e as pesquisas.
Como propomos quê os estudantes tênham um diário de artista (que póde sêr um caderno ou outro formato) para realizar seus estudos, registros e criações, esse momento inicial também é importante para quê você e eles providenciem e organizem materialidades quê serão importantes no percurso.
Sugestões de avaliações e ampliações são também propostas em diferentes momentos de desenvolvimento dos capítulos, possibilitando quê você promôva diversos tipos de avaliações e aprofundamentos.
Saber+
Em Saber+, trazemos ampliações para desenvolver curadorias e contextualizações com a sua vida cultural e a dos estudantes, dicas de fontes de pesquisas, de visitas, de leituras, de páginas da internet e outros.