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Análise microscópica

Para estudar as células, muitas vezes é necessário prepará-las para a visualização, pois a maioria delas é transparente quando observada em microscópio. A técnica utilizada no preparo está diretamente relacionada ao tipo de microscópio que será utilizado ou à estrutura da célula que se deseja observar. Para a observação nos microscópios ópticos, ou de luz, algumas técnicas básicas são amplamente empregadas, tais como a fixação, a inclusão e a coloração.

Esquema com ilustrações e textos. À esquerda, há um recipiente cilíndrico contendo um líquido transparente com pequenos fragmentos arredondados submersos a ele. Está indicado que são fragmentos de tecido mergulhados em uma solução de fixação. No centro, há um equipamento denominado micrótomo, uma máquina com alavancas nas laterais, no centro da qual há uma manivela conectada à parte onde está um fragmento de tecido dentro de um bloco sólido, o que corresponde à amostra em parafina. Logo abaixo, está a lâmina do micrótomo, de formato retangular. No esquema, há uma ampliação dessa lâmina evidenciando o corte do tecido, na qual o bloco sólido com o fragmento está na entrada da lâmina e, ao sair, é fino, com formato retangular. À direita, há uma ilustração em formato circular preenchida por várias camadas de células, umas sobre as outras, que têm formatos irregulares, em tons de roxo com núcleos em azul. Abaixo, há o texto: epitélio de esôfago humano corado com hematoxilina e eosina. Imagem ampliada cerca de 200 vezes e colorida artificialmente.
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Quando uma amostra de tecido é separada para observação, suas células sofrem um processo chamado autólise, em que moléculas específicas do citoplasma (enzimas) realizam sua digestão. A fixação é a técnica que evita essa digestão, de modo que a célula esteja o mais intacta possível para a observação ao microscópio.

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A água do tecido é substituída por parafina. A parafina é solidificada, tornando o tecido mais rígido, para que seja cortado no micrótomo, equipamento que secciona a amostra com cortes de 1 a 10 µm. O corte é colocado sobre uma lâmina, que é aquecida para liberar a parafina e permitir que as células se fixem a ela.

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O tecido sobre a lâmina é corado. Dois corantes muito comuns na microscopia óptica são a hematoxilina e a eosina, geralmente utilizados em conjunto. Nessa coloração, o núcleo das células é corado em azul e o citoplasma tem tons róseos.

Representação de técnicas de preparo celular para visualização em microscópio óptico: fixação, inclusão e coloração.

Crédito da imagem: Somma Studio. Foto: Ziad M. EL-Zaatari/SPL/Fotoarena

As técnicas que você acaba de estudar são geralmente utilizadas para o estudo das células em microscópio óptico ou de luz. Esse tipo de microscópio utiliza a radiação da luz visível, geralmente empregado para observar células inteiras, diferindo, portanto, dos microscópios eletrônicos, que utilizam feixe de elétrons e possibilitam o estudo mais detalhado das estruturas celulares.