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A fotossíntese além dos organismos fotoautotróficos

Comumente associamos a fotossíntese às plantas, às algas e, até mesmo, a algumas bactérias. Não relacionamos esse processo aos animais, os quais são seres vivos heterotróficos e, portanto, não produzem seu próprio alimento, obtendo sua energia ao consumir outros organismos ou matéria orgânica. No entanto, você sabia que alguns animais podem se beneficiar do processo de fotossíntese ao ingerir certos organismos fotossintetizantes, como as algas, ou se associar a eles? Conheça alguns exemplos a seguir.

Lesma-do-mar (Costasiella kuroshimae): pode atingir aproximadamente 8 mm de comprimento.

Fotografia de uma lesma-do-mar com o corpo semelhante à de uma ovelha sobre uma superfície verde. Ela tem o corpo de aparência gelatinosa, formado por várias estruturas verdes brilhantes que se assemelham a folhas com pontas rosadas e bordas brancas. Tem o rosto de coloração branca, com olhos semelhantes a dois pontos pretos, duas manchas rosadas nas laterais e dois tentáculos pontiagudos de coloração cinza.
Lesma-do-mar Costasiella kuroshimae. Esse molusco é capaz de incorporar ao seu corpo os cloroplastos das algas que ingere na alimentação, sem digeri-los. Assim, C. kuroshimae utiliza essas organelas para capturar a energia do Sol e produzir açúcares para sua nutrição.

Crédito da imagem: KaenS/Shutterstock.com

Lesma-do-mar (Elysia chlorotica): pode atingir aproximadamente 4,5 cm de comprimento.

Fotografia de uma lesma-do-mar com o corpo semelhante a uma folha com aparência gelatinosa. Sua cor é verde, com pequenos pontos esbranquiçados espalhados. Ela está sobre uma superfície rochosa.
Lesma-do-mar Elysia chlorotica. Essa é outra lesma-do-mar também capaz de incorporar cloroplastos ao seu corpo ao se alimentar de algas. Essas organelas podem realizar fotossíntese no interior do animal por vários meses após terem sido incorporadas.

Crédito da imagem: Namenam15/Shutterstock.com

Corais: podem atingir tamanhos variados.

Fotografia de um recife de corais no fundo do mar. No centro, há um grande coral de coloração branca. Ele tem formato irregular, com vários ramos curtos e arredondados. Para ele, há o seguinte texto: corais em processo de branqueamento. Ao redor, há vários outros corais, alguns de formato arredondado, outros com ramos e com cores que variam em tons rochosos, tons esverdeados e marrom.
Corais. Muitas espécies de corais podem abrigar algas em seus tecidos. As algas realizam fotossíntese e fornecem aos corais nutrientes orgânicos. Já os corais proporcionam proteção e nutrientes minerais às algas. São as algas que dão cor aos corais e, quando essa relação, deixa de existir, os corais se tornam brancos e podem morrer.

Crédito da imagem: Ethan Daniels/Shutterstock.com

Ser vivo adulto
Salamandra-manchada (Ambystoma maculatum)
: pode atingir aproximadamente 25 cm de comprimento.

Fotografia de uma salamandra-manchada sobre algumas folhas. Ela tem o corpo semelhante ao de um lagarto, em cor escura com várias manchas amarelas espalhadas pelo dorso. Ao lado dela, há uma grande massa de aparência gelatinosa com vários ovos dentro. Esses ovos têm formato circular transparente com coloração esverdeada e um embrião dentro.
Adulto e ovos de salamandra-manchada (Ambystoma maculatum). Algumas algas podem viver dentro dos ovos dessa salamandra. As excretas dos embriões fornecem nutrientes ricos em nitrogênio para as algas, as quais, por sua vez, fornecem oxigênio e favorecem o desenvolvimento dos embriões da salamandra.

Crédito da imagem: Rolf Nussbaumer Photography/Alamy/Fotoarena

Embora seja um fenômeno raro na natureza, alguns animais, como os que você acaba de estudar, podem atuar como seres vivos autótrofos, adquirindo essa capacidade ao consumir seres vivos fotossintetizantes ou ao viver em uma íntima relação ecológica com eles.

Fontes de pesquisa:
PETHERICK, Anna. Salamander’s egg surprise. Nature, [s. l.], n. 466, p. 675, ago. 2010.
CARNEIRO, Vitória dos Santos. Os moluscos fotossintetizantes: conheça um pouco sobre essas diferentes lesmas do mar. In: Grandes ameaças globais: um breve histórico das maiores pandemias mundiais. BOLETIM PETBio UFMA, São Luís, n. 61, p. 5, dez. 2022.