CAPÍTULO
6
ESPORTES PARALÍMPICOS

Fotografia de uma partida de golbol paralímpico, em uma quadra com piso de madeira. Duas equipes de três jogadoras com os olhos vendados defendem dois gols, que ocupam as linhas de fundo da quadra. Cinco jogadoras estão ajoelhadas no chão, e uma delas está em pé, diante da bola.

Disputa pela medalha de ouro entre Japão e Turquia, no Japan Para Goalball Championship, em Chiba (Japão). Fotografia de 2019.

Leia mais explicações e sugestões dêste Capítulo em Orientações para o professor.

No Capítulo 6, você terá a oportunidade de aprender sobre o golbol, o vôlei sentado e o salto em distância paralímpico. No Tópico 1, além de conhecer o golbol, você vai refletir sobre o quê é capacitismo e como combatê-lo e investigar a precisão auditiva de pessoas com deficiência visual. No Tópico 2, você vai conhecer o vôlei sentado e a história de superação de um atleta paralímpico dessa modalidade, refletir sobre a importânssia do combate às fêik news, especialmente as relacionadas à saúde, e produzir e divulgar uma campanha de conscientização sobre a importânssia da cobertura vacinal contra a meningite. No Tópico 3, você terá a oportunidade de explorar o atletismo paralímpico, refletir sobre diversidade e inclusão e praticar o salto em distância cooperativo.

Os esportes paralímpicos são modalidades esportivas adaptadas para viabilizar a prática esportiva de competidores com deficiência física, sensorial ou intelectual.

Essa adaptação abrange as regras da modalidade esportiva, a forma de praticá-la, os equipamentos utilizados, a duração das disputas e as dimensões das áreas de jôgo.

Podcast: Jogos Paralímpicos.

Observe a imagem reproduzida nesta página. Como você acredita quê decorrem as partidas dêêsse esporte paralímpico?

Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

Página cento e vinte e sete

TÓPICO
1
Golbol: esporte exclusivo para pessoas com deficiência visual

O golbol foi desenvolvido na Alemanha pelo austríaco Hanz Lorezen e pelo alemão Sepp Reindle em 1946, com o propósito de reabilitar e ressocializar os veteranos quê ficaram cegos na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Por ter sido criado exclusivamente para pessoas com deficiência visual, o golbol representa o único esporte paralímpico quê não é adaptado. As vendas utilizadas pêlos jogadores garantem a igualdade de condições, uma vez quê há diferenças no grau de acuidade visual de cada atleta.

O jôgo é disputado em dois tempos de 12 minutos em uma quadra com as mesmas dimensões da quadra de voleibol, dividida ao meio por uma linha central e com um gol em cada extremidade, quê ocupa toda a largura da quadra. As equipes são compostas de três jogadores vendados, quê devem permanecer em sua própria mêtáde da quadra durante toda a partida e têm o objetivo de fazer a bola cruzar a linha de gol adversária enquanto impedem quê a bola cruze a sua própria linha de gol. A bola contém guizos para quê os atletas possam ouvi-la enquanto ela se desloca e deve sêr arremessada com as mãos.

Fotografia de Moniza Aparecida de Lima. Ela é uma paratleta com uma máscara sobre os olhos e o nariz, saltando em direção a uma bola, em frente ao gol de uma quadra de golbol. Ela está com o corpo deitado próximo ao chão e as mãos abertas em frente ao rosto. Ao lado dela, está outra paratleta da mesma equipe, ajoelhada no chão, movendo-se em direção à colega de equipe.

A paratleta da equipe brasileira de golbol Moniza Aparecida de Lima (1998-) faz movimento de defesa contra arremesso adversário, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, em Tóquio (Japão). Fotografia de 2021.

PRIMEIRO OLHAR

Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.

1. Você já conhecia o golbol? Quais outras modalidades paralímpicas você conhece?

1. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

2. Quais adaptações são necessárias para a prática das modalidades esportivas paralímpicas?

2. Espera-se quê os estudantes relacionem as modalidades paralímpicas aos paratletas, isto é, atletas quê, por possuírem deficiências físicas, sensoriais ou intelectuais, têm diferentes características, o quê é determinante na adaptação de regras e de outros elemêntos dessas modalidades.

3. Quais são os sentidos utilizados pêlos jogadores durante uma partida de golbol?

3. Para conseguirem se orientar no espaço e perceberem a trajetória da bola, os jogadores utilizam os sentidos da audição e do tato.

4. Quais valores você acredita estarem associados à prática esportiva adaptada? Qual é o significado deles para o seu projeto de vida?

4. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

Página cento e vinte e oito

Transcrição da faixa de áudio 5: Ao contrário de muitos esportes paralímpicos quê têm origem nas modalidades olímpicas, o golbol foi criado exclusivamente para pessoas com deficiência visual, cegas ou com baixa visão. Dois times, com três atletas cada, lançam bolas um contra o outro, d fórma alternada, com o objetivo de marcar gols no adversário. Todos competem vendados, para não havêer desvantagem entre cegos totais e atletas quê enxergam vultos. A quadra é do mesmo tamãnho da de vôlei, e o gol tem 9 metros de largura por 1,30 de altura. A bola oficial é semelhante à de basquete, mas sem câmara de ar interna. Ela possui guizos para quê os jogadores se orientem. As partidas são disputadas em dois tempos de 12 minutos com três de intervalo. Quando uma equipe ábri dez gols de vantagem, o confronto é encerrado imediatamente.

Faixa 5: Regras e curiosidades do goalball. O barulho no ginásio de golbol é estritamente proibido, exceto no momento entre o gol e o reinício do jôgo, quando a torcida póde se manifestar, para comemorar.

A alternância entre defesa e ataque confere dinamismo ao esporte, uma vez quê a equipe com a posse de bola tem apenas 10 segundos para trocar passes (ou não) entre seus jogadores e realizar o arremesso em direção à linha de gol adversária. A bola deve sêr arremessada rente ao solo ou tokár em uma área específica da quadra denominada área neutra – caso contrário, a equipe é penalizada.

Para facilitar a orientação espacial dos atletas durante o jôgo, a cada 3 metros há uma linha transversal demarcada com um barbante, preso no piso com fita adesiva, quê divide a quadra em seis áreas.

As áreas à frente das traves são denominadas áreas de orientação, e as faixas de 3 metros seguintes são denominadas áreas de lançamento. Portanto, o espaço de cada equipe é formado por uma área de orientação e uma área de lançamento. As duas áreas restantes da quadra, quê estão separadas pela linha central, formam a área neutra.

Ilustração representando uma quadra de golbol, com formato retangular e dois gols nas linhas de fundo. A quadra mede 18 metros de comprimento e 9 metros de largura. Cada lado da quadra é dividido em três faixas paralelas às linhas de fundo e aos gols, cada uma com 3 metros de comprimento e 9 metros de largura, com os seguintes nomes: 'área de orientação', mais próxima ao gol; 'área de lançamento', na região intermediária; e 'área neutra', mais distante do gol, adjacente à linha central que divide os dois lados da quadra.

Ilustração demonstrativa de uma quadra oficial de golbol, segundo os parâmetros do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).

Para garantir a igualdade de condições, os atletas paralímpicos se submetem ao processo de classificação esportiva paralímpica. Cada modalidade determina seu próprio sistema, considerando o impacto da deficiência na ação motora requerida, como correr, saltar, lançar e nadar. No golbol, três classes ou categorias competem juntas:

B1 – atletas cegos totais ou com percepção de luz, quê não reconhecem o formato de uma mão a qualquer distância;

B2 – atletas com percepção de vultos;

B3 – atletas quê conseguem definir imagens. A letra B vêm da palavra em inglês blind, quê, em português, significa “cego”.

INDICAÇÃO

GOALBALL. São Paulo: Comitê Paralímpico Brasileiro, c2024. Disponível em: https://livro.pw/wdfcx. Acesso em: 23 ago. 2024.
Página sobre o golbol quê informa o resumo das regras e as classes dos atletas elegíveis para competir.

Página cento e vinte e nove

LER E COMPARTILHAR

Leia, a seguir, um trecho da entrevista quê o campeão paralímpico de golbol Romário Diego Marques (1989-) concedeu a um portal de notícias.

Campeão rechaça pecha de “coitadinho” e manda mensagem inspiradora

Ouro em Tóquio, Romário pede quê pessoas com deficiência busquem a autoestima, lutem por sonhos e não fiquem em casa trancadas

Feliz com a conkista do ouro inédito com a seleção brasileira de goalball nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, o mato-grossense de coração Romário Diego Marques vive uma das melhores fases da sua vida como atleta. […]

[…]

Você já participou de várias competições importantes e tem uma certa bagagem no seu currículo. Mas competir em Paralimpíadas gera um nervosismo diferente das outras competições? Qual é a sua tática para acalmar os ânimos antes de competir? Tem algum ritual?

Eu, particularmente, sou um cara quê me cobro bastante, e [em] tudo quê vou fazer sempre quero dar o meu melhor. Essa bagagem, toda minha trajetória, em mundial, enfim, a gente vai adquirindo essa experiência e hoje sou um dos líderes da seleção brasileira e tento passar essa tranquilidade para a molecada. Quando vou entrar dentro da quadra, costumo falar sempre comigo, coloco uma música, faço um trabalho de mentalização, para tentar dar o meu mássimo dentro de quadra.

Fotografia de Romário Marques. Ele é um paratleta usando uma máscara sobre os olhos, deitado no chão com os braços estendidos em direção a uma bola, à frente de um gol em uma quadra de golbol.

O atleta Romário Marques, capitão da seleção brasileira de golbol nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Fotografia de 2021.

Acredita quê a ssossiedade está preparada para atender às especificidades das pessoas com deficiência visual ou há muito o quê avançar? Qual o principal problema na sua opinião?

Antigamente tinha a historinha do “coitadinho”, “pobrezinho do cego” e hoje a população vê o deficiente em si com um outro olhar, porque acho quê o esporte proporciona isso. A população está nos acompanhando na mídia e isso é muito gratificante para mim.

Acredita quê as pessoas com deficiência vivem uma certa “invisibilidade social”? E quê sua atuação ajuda a dar autoestima e a fortalecer a luta por melhorias?

Sim. Acho quê as pessoas com deficiência deveriam sempre buscar autoestima, porque [hoje] em dia existem muitas pessoas deficientes quê estão em casa trancadas, então se elas tentarem buscar estudar, praticar esporte, mostrar para o povo quê são capazes, é possível. Por isso é meu intuito divulgar o esporte para ter essa visibilidade e interação.

Qual é seu conselho para crianças, adolescentes, enfim, jovens com deficiências quê querem seguir carreira no esporte?

O conselho quê tênho é quê sempre lutem pêlos seus sonhos, nunca desistam, eu saí lá de Natal e já passei por vários clubes do Brasil, hoje estou representando êste estado maravilhoso, então sempre busquem os seus sonhos, lutem sempre, e desistir nunca, porque um dia vocês vão conseguir uma medalha tão sonhada […] e dar orgulho para seus familiares e amigos.

MARQUES, Romário Diego. Campeão rechaça pecha de “coitadinho” e manda mensagem inspiradora. [Entrevista cedida a] Douglas Santos. RD nius, Cuiabá, 18 set. 2021. Disponível em: https://livro.pw/qznch. Acesso em: 22 ago. 2024.

Página cento e trinta

ATIVIDADES

1. Segundo o atleta entrevistado, qual é a importânssia da autoestima para pessoas com deficiência?

1. Leia mais em Orientações para o professor.

2. Romário usa algumas estratégias para se acalmar antes de uma competição. Quais são essas estratégias? Elas podem sêr aplicadas em outras situações da vida?

2. Antes de competir, Romário costuma se concentrar, falar consigo mesmo e ouvir música, utilizando o processo de mentalização. Essas estratégias podem sêr transferidas para outras situações da vida, nas quais seja preciso retomar ou manter a calma e a concentração.

3. O texto menciona a “invisibilidade social” das pessoas com deficiência. Você já se sentiu invisível ou percebeu alguém próximo de você sêndo invisibilizado? De quê forma situações como essa podem sêr revertidas?

3. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

4. Qual é a mensagem quê Romário deixa para as pessoas com deficiência quê desê-jam seguir carreira no esporte? Para você, o quê o atleta diz póde sêr aplicado em outros contextos da vida?

4. Ao se comprometer em divulgar o esporte para pessoas com deficiência, Romário as estimula a se engajarem no esporte e na educação e a lutar por seus sonhos sem desistir deles. Espera-se quê os estudantes mencionem quê o quê diz o atleta póde sêr aplicado em todos os contextos da vida e em quaisquer áreas profissionais em quê as pessoas com deficiência queiram atuar, além do esporte.

5. Reúna-se com três côlégas e discutam as ações quê vocês podem promover para contribuir para a inclusão e para a visibilidade de pessoas com deficiência na escola ou na comunidade. Compartilhem suas reflekções com os demais côlégas e o professor.

5. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

REFLETIR E ARGUMENTAR

O preconceito contra pessoas com deficiência é denominado capacitismo, e algumas expressões cotidianas são consideradas capacitistas.

Leia, a seguir, algumas dicas de frases publicadas pelo Ministério da Saúde quê podem substituir expressões capacitistas.

Dicas para substituição de termos capacitistas do seu cotidiano

Errado ✗

cérto

Se fazer de surdo

Parece quê não ouviu / entendeu

Parece quê é cego

Não entendeu ou percebeu algo

Dar uma de João sem braço

Fugir das obrigações

Deu mancada

Faltou com o compromisso

Está muito autista

Está distraída, alheia

Fingir demência

Se fez de desentendido

Sem pernas para isso

Sem condições de executar

Colocar o projeto de pé

Elaborar o projeto

Está mal das pernas

Está com algum problema

Igual a cego em tiroteio

Está perdido

Retardado

Imaturo, brincalhão, com dificuldades de aprendizado, etc

Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Combata o capacitismo. Brasília, DF: Ministério da Saúde, [2023]. p. 9. Disponível em: https://livro.pw/gzdbt mdh/pt-br/assuntos/noticias/2024/janeiro/Guia_Capacitismo_03_11_23.pdf. Acesso em: 24 ago. 2024.

Agora, reflita sobre as atividades a seguir.

1. Quais outras palavras ou expressões você conhece quê podem sêr consideradas capacitistas?

1. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes citem termos como imbecil, demente, louco e maluco, entre outros quê eventualmente conheçam, e façam isso d fórma respeitosa em sala de aula, considerando a seriedade da abordagem do tema em questão e o respeito para com as pessoas, independentemente de havêer ou não côlégas com deficiência na turma.

2. Além de estar presente na fala, o capacitismo também se manifesta no comportamento. Quais comportamentos você considera capacitistas?

2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes abordem comportamentos e situações como infantilização, exclusão, falta de acessibilidade, inferiorização, desprêzo, dó e estranhamento, rejeição.

3. De quê maneira é possível adotar e internalizar um comportamento contrário ao capacitismo? Reflita e compartilhe seus argumentos com os côlégas e o professor.

3. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

4. De quê modo as práticas corporais podem auxiliar no combate ao capacitismo?

4. Por meio do estudo e da vivência de práticas corporais adaptadas, é possível compreender melhor as necessidades de adaptação para as pessoas com deficiência, adotando comportamentos sociais quê sêjam menos capacitistas e mais respeitosos e inclusivos.

Página cento e trinta e um

CONEXÕES com...
BIOLOGIA
A precisão auditiva em pessoas com deficiência visual

Ao longo de seus estudos, você pôdi perceber a importânssia do sentido da audição para os atletas paralímpicos de golbol. Mesmo sem enxergar, eles são capazes de realizar defesas orientadas pela percepção auditiva, prestando atenção ao som emitido pêlos guizos da bola enquanto ela se desloca.

Mas a importânssia da audição para a pessoa com deficiência visual não se restringe ao esporte, e os cientistas já conseguiram demonstrar quê a precisão auditiva das pessoas quê nasceram cegas ou quê ficaram cegas precocemente, antes de se tornarem adultas, é superior à precisão auditiva das pessoas quê enxergam.

Leia, a seguir, o trecho de uma notícia de divulgação científica quê apresenta um estudo sobre as relações entre deficiência visual, sensibilidade, precisão e audição.

Pesquisa revela por quê audição de deficientes visuais é tão precisa

O córtex auditivo dos deficientes visuais apresenta uma “sintonização” neural mais estreita, o quê ajuda a discernir pequenas diferenças na freqüência sonora

Diversos estudos mostram quê a audição de deficientes visuais é, de fato, mais aguçada em relação às pessoas quê podem enxergar, mas foi apenas recentemente quê uma equipe norte-americana conseguiu explicar como o sistema nervoso de pessoas com e sem deficiência diferem.

Os resultados mostraram quê quem não consegue enxergar, geralmente, póde interpretar as freqüências sonóras com mais facilidade. Isso porque o córtex auditivo dos deficientes visuais apresenta uma “sintonização” neural mais estreita, o quê ajuda a discernir pequenas diferenças na freqüência sonora.

“Para uma pessoa com visão, ter uma representação precisa do som não é tão importante porque ela tem a visão para ajudá-la a reconhecer objetos, enquanto indivíduos cegos só têm informações auditivas. Isso nos dá uma ideia de quais mudanças no cérebro explicam por quê pessoas cegas são melhores em detectar e identificar sôns no ambiente”, afirma Kelly Chang, membro da equipe, no sáiti da Universidade de Uóchinton.

Como o córtex auditivo desen vólve essa forma de neuroplasticidade ainda é um mistério, mas a equipe especula quê poderia sêr “uma adaptação ao desenvolvimento da cegueira precoce, os efeitos contínuos da privação visual e/ou demandas auditivas diferenciais quê resultam da cegueira”.

córtex auditivo
: parte do cérebro quê processa as informações auditivas.
neuroplasticidade
: capacidade do cérebro de se adaptar, formando novas conexões entre os neurônios (células do sistema nervoso).

Página cento e trinta e dois

Infográfico com representação de um cérebro humano, com cores destacando a região do córtex auditivo, divididas entre áreas mais responsivas a frequências mais graves; e regiões mais responsivas a frequências mais agudas. A região referente às frequências mais graves é diminuta em relação às regiões das frequências agudas e ocupa uma região central do córtex auditivo. Sob a representação do cérebro há uma escala de cores variando entre cores quentes, mais próximas ao vermelho, à esquerda; e cores frias, mais próximas ao azul, à direita. Uma pauta de notação musical indica uma nota grave sob o lado esquerdo da escala de cores, e sob o lado direito da escala há uma pauta indicando uma nota aguda. A partir do ponto central do córtex, onde estão as cores quentes, uma seta indica um gráfico à esquerda, com duas curvas no eixo vertical correspondentes a uma escala de notas musicais ascendentes no eixo horizontal: uma das curvas é referente à sintonia auditiva dos indivíduos com visão; e a outra curva é referente à sintonia auditiva dos indivíduos cegos. O gráfico mostra que a curva dos indivíduos cegos tem o formato mais estreito que a dos indivíduos com visão.

Esquerda: As cores kemtes representam regiões do cérebro quê mostraram a maior resposta a tons graves, enquanto as cores azuis representam regiões quê respondem mais a tons agudos. Direita: Quando os pesquisadores examinaram a faixa de freqüências para a qual cada vértice do cérebro era seletivo, eles descobriram quê a sintonia tendia a sêr mais estreita para deficientes visuais.

Além díssu, os especialistas acreditam quê a análise permite obtêr mais informações para entender como o sistema nervoso se desen vólve durante a infância. “Isso fornece um exemplo excelente de como o desenvolvimento de habilidades dentro do cérebro infantil é influenciado pelo ambiente em quê crescem”, afirma Ione faine, uma das responsáveis pela descoberta.

PESQUISA revela por quê audição de deficientes visuais é tão precisa. Galileu, [s. l.], 24 abr. 2019. Disponível em: https://livro.pw/vyneq. Acesso em: 23 set. 2024.

1. Reúna-se com um colega e pesquisem o quê é freqüência sonora. Depois comparem os dados obtidos com as demais duplas.

1. freqüência sonora é a velocidade na qual as ondas de som se propagam no ar.

2. Os resultados da pesquisa citada mostraram quê quem não consegue enxergar póde interpretar as freqüências sonóras com mais facilidade. Como isso ocorre?

2. Segundo o quê é noticiado, pêlos resultados da pesquisa, o córtex auditivo das pessoas quê têm deficiência visual apresenta uma sintonização neural mais estreita, o quê ajuda a perceber diferenças nas freqüências sonóras, por mínimas quê sêjam.

3. A pesquisadora Kelly Chang fez uma comparação entre pessoas com visão e pessoas sem visão para explicar a diferença de percepção dos sôns no ambiente. Segundo ela, qual é a relação entre essa diferença nas percepções e os efeitos no cérebro de ambos os grupos de pessoas?

3. Segundo a pesquisadora, não é tão primordial uma pessoa com visão ter uma representação precisa do som porque, para reconhecer objetos, ela tem o sentido da visão, enquanto isso é primordial para os indivíduos cegos, quê só têm informações auditivas. Tal fato explica as adaptações quê ocorrem no funcionamento do cérebro e quê fazem as pessoas sem visão serem melhores em detectar e identificar sôns no ambiente em relação às pessoas quê possuem o sentido da visão.

4. Considere o maior grau de sensibilidade das pessoas com deficiência visual, conforme os resultados a quê chegou a pesquisa divulgada pela notícia.

a) É possível considerar quê essas pessoas com mais acuidade auditiva estão mais suscetíveis à poluição sonora dos grandes centros urbanos?

4. a) Espera-se quê os estudantes respondam quê sim, e quê reflitam e conversem sobre o excésso de ruído nos grandes centros urbanos, quê têm o potencial de causar impactos na orientação espacial, na saúde e no bem-estar das pessoas com deficiência visual.

b) Quais são as possíveis soluções para diminuir ou sanar o problema da poluição sonora nesses lugares? Converse com os côlégas, compartilhando os pontos de vista de vocês com o professor.

4. b) Resposta pessoal. Uma das soluções possíveis é levantar o problema junto ao pôdêr público e exigir uma resolução, como uma campanha quê vise o combate à poluição sonora, com adoção de medidas como limitar a utilização de caixas de som em locais públicos e regulamentar peças ou acessórios de veículos automotores quê emitem altos ruídos desnecessariamente.

Página cento e trinta e três

OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Golbol

Nesta atividade, será desenvolvido um jôgo adaptado de golbol, com uma dinâmica quê oportuniza o arremesso rasteiro da bola ao gol e a experiência com ações ofensivas e defensivas por todos os integrantes das equipes. A atividade também estimula a organização, a comunicação e a cooperação entre os jogadores.

Planejar

1. A atividade deve sêr realizada em uma quadra ou em um espaço amplo. É necessário separar os seguintes materiais: dez cones, quatro bolas de basquete murchas (que podem sêr furadas e preenchidas com areia ou apenas envolvidas em sacola plástica) de aproximadamente 1,2 kg, fita adesiva (ou giz), quatro cronômetros, caneta e papel.

Ilustração representando um espaço retangular dividido em quatro quadras de golbol, dispostas lado a lado, separadas por cones nos quatro cantos de cada quadra. Elas são denominadas de 'Quadra 1', 'Quadra 2', 'Quadra 3', 'Quadra 4', e cada lado das quadras é dividido entre as seguintes áreas: 'área de orientação', 'área de lançamento' e 'área neutra'.

Ilustração demonstrativa de um espaço retangular com várias áreas delimitadas para a prática do golbol, quê possibilita a mais estudantes praticarem a atividade ao mesmo tempo.

2. A fita adesiva será utilizada para delimitar quatro quadras de golbol iguais. Dessa forma, os jogos acontecerão no sentido transversal do espaço disponível.

3. Os cones devem sêr utilizados para demarcar os gols nas linhas de fundo de cada nova quadra delimitada. Para finalizar as marcações dessas quadras, é preciso utilizar a fita adesiva e traçar as linhas quê delimitam a área neutra, as áreas de orientação e as áreas de lançamento.

4. Depois de finalizar a preparação do espaço, é preciso definir as equipes de três integrantes. Antes de iniciarem cada partida, as equipes terão dois minutos para combinar estratégias.

Praticar

1. É necessário elaborar uma tabéla, para quê todas as equipes tênham oportunidade de se enfrentarem em partidas de golbol.

2. As partidas terão duração de seis minutos e o objetivo é marcar o maior número de gols.

3. As pontuações possíveis em cada partida serão as seguintes: três pontos para vitórias, dois pontos para empates e um ponto para derrotas.

4. Quando todas as partidas finalizarem, o somatório das pontuações definirá a equipe vencedora.

5. Os integrantes das equipes quê não estiverem jogando devem se revezar, para atuar como árbitros das partidas quê estiverem sêndo disputadas.

Página cento e trinta e quatro

6. Durante as partidas de golbol, serão seguidas as seis regras indicadas no item 7.

7. Os três jogadores de cada equipe não podem ultrapassar a linha central, ou seja, a linha quê divide ao meio a área total de jôgo delimitada pêlos cones. Quando um pênalti é concedido, a bola é arremessada da mesma maneira por um dos integrantes da equipe quê ataca; no entanto, apenas um dos três jogadores da equipe adversária fica na defesa para evitar a conversão do pênalti em gol. Os itens a seguir se reférem às situações de jôgo.

Ilustração representando jogada de golbol, em que um jogador em pé na área de orientação arremessa uma bola que quica na área de lançamento, e em seguida quica novamente na área neutra da equipe adversária e vai em direção ao gol, sem que a equipe adversária consiga defender a bola.

Ilustração demonstrativa de partida de golbol em uma das áreas delimitadas para a prática da atividade.

Ball over: se a bola é defendida por um jogador e retorna pela linha central ou pela linha lateral até a área neutra, a equipe quê atacou fica novamente com a posse de bola.

Short ball: se a bola arremessada para antes de atingir a área da equipe defensora, será concedido um pênalti à equipe defensora, e o jogador adversário quê tinha realizado o arremesso atuará como único goleiro durante a cobrança.

High ball: se a bola arremessada não toca o chão pelo menos uma vez dentro da área de lançamento, será concedido um pênalti à equipe defensora, e o jogador adversário quê tinha realizado o arremesso atuará como único goleiro durante a cobrança.

Long ball: se a bola arremessada não toca a área neutra pelo menos uma vez, será concedido um pênalti à equipe defensora, e o jogador adversário quê tinha realizado o arremesso atuará como único goleiro durante a cobrança.

Ten seconds: se uma equipe demora mais de dez segundos para fazer a bola cruzar a linha central ou a linha lateral da quadra, desde o seu primeiro contato defensivo com a bola, será concedido um pênalti à equipe defensora, e qualquer jogador adversário poderá atuar como único goleiro.

Avaliar

Depois de participar do jôgo golbol, compartilhe com os côlégas e o professor a sua percepção sobre a atividade.

Respostas pessoais.

1. Como foi a sua experiência pessoal com o jôgo?

2. Quais estratégias foram elaboradas por sua equipe para tentar vencer as partidas? Foi necessário refazer as estratégias planejadas nas partidas seguintes?

3. Os jôgos coletivos exigem organização, comunicação e cooperação entre os integrantes de uma equipe. Em quais momentos do jogo você percebeu (ou não) esses valores sêndo praticados?

4. De quê modo a prática do golbol contribuiu para o seu projeto de vida?

Página cento e trinta e cinco

TÓPICO
2
Vôlei sentado: esporte paralímpico para pessoas com deficiência física

O vôlei sentado é uma modalidade paralímpica quê se originou em 1956, nos Países Baixos, com o propósito de reabilitar soldados e consiste em uma junção do vôlei convencional com o sitzbal (esporte alemão praticado por pessoas com deficiência semelhante ao vôlei sentado, mas quê apresenta algumas diferenças, como a substituição da rê-de por uma fita para delimitar a altura).

PRIMEIRO OLHAR

Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.

1. Você já jogou vôlei sentado, assistiu a uma partida dessa modalidade ou conhece algum atleta quê a pratíca? Comente com os côlégas e o professor.

1. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes compartilhem seus saberes e experiências em relação ao vôlei sentado com os côlégas, ampliando a discussão e o repertório da turma.

2. Quais adaptações nas regras do vôlei convencional precisaram sêr realizadas para quê os jogadores com deficiência consigam praticar a modalidade?

2. Além da indicação de quê todos os jogadores permaneçam sentados no chão durante a partida, foram realizadas adaptações no tamãnho da quadra e na altura da rê-de, mudanças necessárias para viabilizar a prática do vôlei por pessoas com deficiência locomotora.

Podem participar do vôlei sentado atletas com alguma deficiência física ou locomotora. Os atletas são divididos em dois grupos, de acôr-do com o grau de impacto no esporte ocasionado pela sua deficiência: VS1 e VS2.

VS1: atletas com deficiências severas, quê causam maior impacto nas funções essenciais da modalidade. Exemplo: amputação de perna.

VS2: atletas com deficiências mais leves, quê têm menor interferência nas funções em quadra. Exemplo: amputação de parte do pé, amputação bilateral de polegar.

As equipes de vôlei sentado são compostas por jogadores da classe VS1 e até dois jogadores da classe VS2, mas estes não podem permanecer ao mesmo tempo em quadra durante a partida.

Quanto ao número de jogadores, o vôlei sentado é semelhante ao vôlei convencional: são seis jogadores de cada tíme em quadra e seis jogadores no banco de reserva. Já a quadra de vôlei sentado apresenta uma área reduzida em relação à quadra do vôlei convencional, medindo 10 m x 6 m; e a altura das rêdes varia entre 1,05 m (feminina) e 1,15 m (masculina).

Além da diferença nas dimensões da quadra, as adaptações do vôlei sentado em relação ao vôlei convencional incluem: a permissão de bloquear o saque; a possibilidade de o atleta tokár a rê-de sem perder pontos (a menos quê interfira na jogada); e o contato obrigatório de qualquer parte do corpo do jogador entre as nádegas e os ombros com o piso da quadra, exceto em

Página cento e trinta e seis

situações de defesa nas quais a bola rebatida não ultrapasse a altura da rê-de – porém, mesmo nesses casos, não é permitido ficar em pé ou dar passadas. Ao perder esse contato com a quadra, comete-se uma infração chamada lifting. O lifting torna-se permitido quando a bola não estiver completamente acima do bórdo superior da rê-de ao sêr lançada em uma ação de defesa.

Os fundamentos do vôlei sentado são similares aos do vôlei convencional, diferenciando-se, principalmente, pelo fato de sêr permitido o bloqueio de saque. Os sets têm 25 pontos corridos, e o tiebreak, ou set decisivo, 15 pontos. A equipe quê vencer três sets ganha a partida.

Fotografia de uma partida de vôlei sentado, em que dois jogadores da seleção brasileira, ajoelhados no chão, estendem os braços para o alto para bloquear a passagem da bola sobre a rede.

Time brasileiro de vôlei sentado em partida contra tíme ucraniano, nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, em Paris (França). Fotografia de 2024.

LER E COMPARTILHAR

Leia, a seguir, o trecho de um artigo publicado na internet com um depoimento do atleta de vôlei sentado Daniel Yoshizawa (1986-).

Atleta paralímpico de vôlei sentado celebra superação por meio do esporte

Daniel Yoshizawa ressalta a importânssia da vacinação contra a meningite, doença grave quê quase tirou sua vida

[…]

Trajetória de superação

Levantador da equipe de vôlei sentado do SESI-SP, Daniel começou na modalidade em 2009, após um longo processo de superação de um qüadro grave de meningite meningocócica, doença quê o levou à amputação de suas pernas e [de] parte dos dedos das mãos, aos 21 anos de idade. Apesar de já ter recebido uma dose da vacína na infância, o atleta não recebeu a dose de reforço na adolescência.

“O processo foi muito doloroso. Sempre fui uma pessoa independente e, do dia para a noite, adoeci, fiquei em coma, precisei amputar partes do meu corpo e me vi em uma situação de total dependência. Perdi fôrça muscular e precisei fazer muita fisioterapia para conseguir me reabilitar. Depois de um ano e meio, minha vida começou a se transformar, quando conheci o vôlei sentado e

Página cento e trinta e sete

fui apresentado ao SESI São Paulo. Valorizo muito a oportunidade quê o esporte me deu de renascer como pessoa e profissional. Hoje, tênho uma carreira vitoriosa e sou um exemplo para muitos quê passam pelo quê passei.”

Mudança de vida

Embaixador da causa da vacinação, Daniel vê como sinal de alerta a quêda da cobertura vacinal nos últimos anos no Brasil, já que a doença meningocócica, por exemplo, é considerada uma enfermidade imprevisível por pôdêr sêr assintomática, dificultando o diagnóstico precoce, mas também com potencial de desenvolvimento e evolução muito rápidos, podendo levar à morte em até 24 horas após o início dos sintomas.

Daniel relata quê nunca tinha entrado em contato com pessoas quê tiveram a doença e acreditava quê ela acometia somente crianças. No entanto, cerca de 20% dos adolescentes e jovens adultos podem sêr portadores do meningococo, pessoas quê hospedam a bactéria sem adoecer […], podendo, ainda assim, transmitir a bactéria aos outros. Entre 2015 e 2018, mais de 50% dos casos de meningite meningocócica ocorreram em indivíduos maiores de 15 anos de idade.

“Na juventude, me lembro de vêr campanhas para o público infantil, sem foco nos adolescentes. Isso me faz pensar no meu papel de alertar a todos sobre a doença, as seqüelas quê me deixou, e a importânssia do reforço da vacinação”, finaliza.

Proteção estendida da vacína contra a meningite meningocócica disponível, gratuitamente, no Sistema Único de Saúde

Em outubro de 2020, a vacína ACWY, contra 4 sorogrupos de meningite meningocócica, foi incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI) para adolescentes entre 11 e 12 anos. Isso significa quê a vacína passou a sêr disponibilizada, gratuitamente, na rê-de pública, e quê esses jovens terão uma dose de reforço com proteção ampliada, ajudando a prevenir novos casos da doença.

Fotografia de Daniel Yoshizawa. Ele é um homem com barba e cabelos curtos, ajoelhado no chão de uma quadra de vôlei sentado, sorrindo, com os braços abertos em gesto de comemoração.

O atleta de vôlei sentado Daniel Yoshizawa durante partida contra a equipe da Ucrânia, nos Jogos Paralímpicos de Paris. Fotografia de 2024.

ATLETA paralímpico de vôlei sentado celebra superação por meio do esporte. Eu, Rio!, [Rio de Janeiro], 6 fev. 2021. Disponível em: https://livro.pw/mlhxt. Acesso em: 26 ago. 2024.

INDICAÇÃO

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL PARA DEFICIENTES (CBVD). Aracaju, [2024]. sáiti. Disponível em: https://livro.pw/bdnfe. Acesso em: 26 ago. 2024.
sáiti da associação privada filiada ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e reconhecida pela uôrd ParaVolley (WPV) como o mais alto órgão de vôlei para pessoas com deficiência no Brasil.

Página cento e trinta e oito

ATIVIDADES

1. Daniel Yoshizawa começou a praticar o vôlei sentado após um caso grave de meningite meningocócica. Como foi esse percurso?

1. O atleta passou por um período de recuperação, após ficar em coma e precisar amputar partes de seu corpo. Depois de um ano e meio, começou a praticar vôlei sentado e, por meio do esporte, deu início a um processo de transformação pessoal e profissional.

2. Qual é a causa quê o atleta apóia como embaixador? Que alerta ele faz à saúde pública no Brasil?

2. Daniel defende a importânssia da vacínação e faz um alerta acerca da relevância de campanhas direcionadas a adolescentes e a adultos sobre a necessidade de doses de reforço, especialmente da vacina quê previne a meningite meningocócica, quê o acometeu e lhe impôs seqüelas.

3. por quê a queda da cobertura vacinal no Brasil, nos últimos anos, é um motivo de preocupação? Qual é a importânssia de atletas como Daniel Yoshizawa se tornarem embaixadores dessa causa?

3. Porque a quêda da cobertura vacinal acarreta o ressurgimento de doenças quê estavam controladas ou haviam sido extintas. Ao se tornarem semelhantes, atletas como Daniel Yoshizawa podem contribuir para campanhas exemplos de superação para outras pessoas que passam por situações de vacinação e na divulgação de informações importantes, como a necessidade de doses de reforço para algumas vacinas obrigatórias na infância.

4. Ao ler o relato de Daniel Yoshizawa, quais lições você póde levar para a sua vida e para os cuidados com a sua saúde? Compartilhe sua resposta com os côlégas.

4. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes citem valores como resiliência e superação. Em relação aos cuidados com a saúde, eles podem mencionar atenção às vacinas e às doses de reforço.

5. Em sua opinião, quais são os benefícios do esporte para as pessoas com deficiência?

5. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê o esporte promove a socialização e a reabilitação física, além de apresentar desafios quê valorizam as potencialidades das pessoas, e não suas limitações físicas.

REFLETIR E ARGUMENTAR

A seguir, leia uma charge a respeito de fêik news relacionadas à vacinação, as quais são propagadas por pessoas desinformadas ou mal-intencionadas.

Charge de Cazo, em dois quadrinhos, intitulada 'Indústria das fake news': Q1: Um homem de cabelos grisalhos diz a uma mulher: 'As vacinas fazem mal para a saúde e espalham doenças!'; a mulher então pergunta a ele: 'E agora, o que eu devo fazer?' Q2: O homem pega um livro na mão e diz a ela: 'Se quiser a resposta pra essa e muitas outras questões é só comprar o meu livro!'

CAZO. Indústria. das fêik news. In: BLÓGUI DO AFTM. [S. l.], 24 nov. 2019. Disponível em: https://livro.pw/rfdid. Acesso em: 23 set. 2024.

Agora, reflita sobre as atividades a seguir.

1. As desinformações apresentadas na charge chegaram até você em algum momento? Em quê meio elas foram divulgadas? Comente com os côlégas e o professor.

1. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes comentem se tiveram ou não conhecimento das fêik news sobre vacinação apresentadas na charge e por quais meios elas foram divulgadas.

2. As consequências da propagação de fêik news sobre vacinas são graves, porque a redução da cobertura vacinal acarreta o retorno de doenças consideradas erradicadas quê voltam a acometer a população. Em sua opinião, quais medidas devem sêr tomadas pelas autoridades e agentes de saúde para combater fêik news sobre vacinação?

2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes mencionem medidas preventivas, regulatórias e/ou punitivas quê envolvam os agentes de saúde (em campanhas de esclarecimento sobre a vacinação) e as autoridades públicas (na regulamentação e na responsabilização penal de platafórmas nas quais as fêik news são propagadas, assim como de seus respectivos usuários, quê promóvem a propagação dessas mentiras).

3. Como você póde colaborar para combater as fêik news sobre vacinação?

3. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes reflitam sobre o tema e se comprometam a não compartilhar fêik news e a alertar pessoas quê eventualmente acreditem nessas inverdades, além de discutir sobre o recurso da falsa causalidade e outras falácias.

Página cento e trinta e nove

BUSCAR MAIS CONHECIMENTO

Cobertura vacinal contra a meningite

Na seção anterior, você teve a oportunidade de conhecer a história de um paratleta quê se tornou embaixador da vacinação após contrair uma doença grave quê poderia ter sido evitada, caso ele tivesse recebido a dose de reforço na adolescência.

Agora, você e os côlégas vão investigar, por meio de elaboração e uso de questionário, o comprometimento das pessoas de sua comunidade em relação à cobertura vacinal contra a meningite e elaborar uma campanha virtual de conscientização sobre o assunto.

Primeira etapa

1. A turma deve se organizar em oito grupos, com o objetivo de coletar e analisar os dados de uma pesquisa quantitativa sobre a cobertura vacinal contra meningite.

2. Com o apôio do professor, a turma deve elaborar uma lista coletiva na lousa com oito tópicos quê gostariam de investigar relacionados à cobertura vacínal contra meningite, como: conhecimento dos entrevistados sobre a meningite e a vacína contra essa doença; adesão às campanhas de vacinação; conhecimento sobre a necessidade de reforço da vacina etc. Cada grupo ficará responsável por um tema da lista da turma.

3. Escolhido o tema, cada grupo deve elaborar, no caderno, um questionário com quatro perguntas. Cada pergunta deve ter quatro alternativas de resposta préviamente elaboradas, para quê os participantes da pesquisa assinalem apenas uma alternativa por pergunta.

Segunda etapa

1. Quando o questionário estiver finalizado, acessem na internet uma platafórma gratuita quê permita a criação de formulários com perguntas e respostas de múltipla escolha.

2. Com o formulário pronto, cada integrante do grupo deve escolher cinco pessoas do seu convívio e compartilhar o línki da pesquisa, para quê elas respondam ao questionário.

3. Depois de coletarem as respostas dos participantes, analisem os gráficos gerados pela platafórma e, com base nessas informações, preparem uma apresentação para a turma.

4. Finalizadas todas as apresentações, os grupos devem identificar as alternativas quê foram mais assinaladas pêlos participantes e representem um risco à cobertura vacinal contra a meningite – principalmente, aquelas relacionadas à necessidade de dose de reforço da vacína.

Terceira etapa

1. Converse com os côlégas e o professor sobre formas de tentar reverter os dados da pesquisa quê indicam risco à cobertura vacinal.

2. Elaborem uma campanha virtual de conscientização sobre a importânssia da cobertura vacínal e da dose de reforço da vacina contra a meningite. Vocês podem produzir conteúdos como posts, vídeos e entrevistas com agentes de saúde, para serem compartilhados na comunidade escolar.

Página cento e quarenta

OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Vôlei sentado

Nesta seção, será desenvolvido um jôgo de vôlei sentado, modalidade esportiva paralímpica quê oportuniza a inclusão de pessoas com deficiência e a cooperação entre os jogadores de uma mesma equipe. Além díssu, você e os côlégas terão a oportunidade de experimentar fundamentos e gestos do vôlei sentado e, por meio dessa experiência, perceber as dificuldades e as possibilidades de movimento quê essa prática corporal possibilita aos seus praticantes.

Planejar

1. A atividade deve sêr realizada em uma quadra. Serão necessários os seguintes materiais: quatro cones, dois elásticos, duas bolas de vôlei e fita adesiva.

2. A fita adesiva será utilizada para demarcar a área do jôgo, delimitando dois retângulos no sentido transversal da quadra com 10 m x 6 m para formár duas quadras com o tamãnho oficial da quadra de vôlei sentado, uma ao lado da outra, onde sêrão desenvolvidos jogos simultâneos. Com a fita adesiva, é necessário traçar a linha central e as linhas de ataque em cada quadra, a 2 m de distância da linha central. Em seguida, cada cone deve sêr disposto em uma extremidade da linha central, e cada elástico deve ser amarrado nos dois cones de cada quadra, para representar a rê-de.

Ilustração de uma quadra de vôlei sentado. Uma linha central divide a quadra em dois lados, com uma rede esticada entre cones. A 2 metros de distância da linha central, estão marcadas no chão duas linhas de ataque, paralelas à linha central, uma de cada lado da quadra.

Ilustração demonstrativa de proposta de quadra adaptada para o vôlei sentado.

3. Antes de iniciar a atividade, é preciso separar as equipes com seis integrantes. Definam, com o professor e de acôr-do com o número de estudantes da turma, se as partidas serão realizadas com duração de sets de 25 pontos, como nas partidas oficiais, ou se serão mais curtas, para permitir quê mais pessoas joguem durante a aula.

Praticar

1. As partidas simultâneas de vôlei sentado serão realizadas nas duas quadras, e haverá um rodízio entre as equipes.

2. Durante as partidas, os jogadores devem manter as nádegas em contato com o piso da quadra por todo o tempo do jôgo.

3. Cada jogada será iniciada com um saque realizado por um jogador da última equipe a conquistar um ponto.

Página cento e quarenta e um

4. A equipe póde tokár no mássimo três vezes na bola para rebatê-la em direção à quadra adversária.

5. Os pontos são conquistados quando a bola toca o chão da quadra adversária.

6. É permitido bloquear o saque.

7. É permitido tokár na rê-de.

8. Sempre quê uma equipe conquistar um ponto na jogada quê foi iniciada por um saque da equipe adversária, os jogadores da equipe quê pontuou realizarão o rodízio do vôlei, mudando sua posição no sentido horário, antes de o saque sêr realizado.

Ilustração de duas equipes de seis pessoas em uma quadra, jogando vôlei sentado. Ambas as equipes estão sentadas e ajoelhadas na quadra, com três jogadores posicionados na zona de defesa, atrás da linha de ataque. A equipe do lado esquerdo está com três jogadores posicionados na zona de ataque, e a equipe do lado direito está com apenas dois jogadores na zona de ataque, pois um dos integrantes da equipe está com a bola na mão na zona de saque, atrás da linha de fundo da zona de defesa, preparando-se para sacar a bola.

Ilustração demonstrativa das posições dos jogadores de vôlei sentado.

Avaliar

Depois de participar do jôgo de vôlei sentado, compartilhe com os côlégas e o professor suas percepções sobre a atividade.

Respostas pessoais.

1. Como foi a sua experiência com o jôgo?

2. Em sua opinião, o vôlei sentado é mais fácil ou mais difícil do quê o vôlei convencional? Por quê?

3. Quais foram as oportunidades oferecidas pelo jôgo para todos os integrantes da sua equipe efetivamente participarem das jogadas? Você conseguiu realizar os gestos e fundamentos do vôlei sentado?

4. Sua equipe precisou trabalhar coletivamente para ocupar os espaços da quadra? Quais estratégias vocês utilizaram para jogar melhor em grupo?

5. Em quais momentos do jôgo você percebeu (ou não) o uso da cooperação e da comunicação em sua equipe?

6. De quê forma os conhecimentos adquiridos podem contribuir para sua compreensão e análise crítica dessa prática corporal? Justifique.

Página cento e quarenta e dois

TÓPICO
3
Atletismo paralímpico: desafios e possibilidades

O atletismo faz parte dos Jogos Paralímpicos de Verão desde sua primeira edição, quê aconteceu em Roma, na Itália, em 1960. O esporte, praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual, é o quê mais rendeu medalhas ao Brasil até hoje.

Assim como no esporte olímpico, as competições do atletismo paralímpico englobam provas de pista, campo e rua. As provas de pista abrangem as corridas de 100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1.500 m, 5.000 m e 10 000m, além dos revezamentos 4 × 100 m e 4 × 400 m e dos saltos em distância, em altura e triplo. As provas de campo compreendem o arremesso de peso e os lançamentos de disco e de dardo. As provas de rua incluem maratona e meia maratona.

PRIMEIRO OLHAR

Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.

1. Como você imagina quê seja a preparação, a formação e o treinamento dos paratletas do atletismo, considerando quê as modalidades dêêsse esporte são as mesmas do esporte olímpico?

1. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

2. Algumas classes de paratletas com deficiência física permitem o uso de equipamentos, como cadeira de rodas ou próteses, durante as competições. Como esses equipamentos, quê têm o propósito de serem inclusivos, podem se tornar excludentes?

2. Espera-se quê os estudantes associem esses equipamentos a um alto custo, quê dificulta sua aquisição pêlos atletas. Além díssu, as diferenças tecnológicas das próteses utilizadas por diferentes atletas podem favorecer ou desfavorecer o dêsempênho deles em relação aos adversários.

3. Algumas classes de atletas com deficiência visual participam de provas acompanhadas por um guia. Qual é a importânssia do atleta-guia?

3. Espera-se quê os estudantes mencionem o papel do atleta-guia na orientação espacial dos paratletas deficientes visuais e também sua influência como parceiro e motivador, uma vez quê, por compartilharem os mesmos treinos e competições, o atleta e seu guia formam uma equipe quê precisa estar muito sincronizada.

Dependendo da classificação esportiva em quê se enquadram, paratletas com deficiência física podem competir com cadeira de rodas, prótese ou cadeira de arremesso. O alto custo dêêsses equipamentos e a necessidade de adaptá-los às condições individuais de cada atleta representam um enorme desafio para os esportistas quê dependem da ajuda de patrocinadores.

Em relação aos atletas com deficiência visual, o apôio de um atleta-guia é obrigatório para os quê pertencem às classes de deficiências mais severas, opcional para os quê têm deficiências moderadas e proibido para os quê se enquadram nas deficiências mais leves. Os guias permanecem unidos aos atletas por um cordão preso à mão de cada um e são tão determinantes para o dêsempênho em competições quê também recebem medalhas.

Fotografia de Markus Rehm. Ele é um paratleta, e está realizando um salto em distância, com as pernas estendidas à frente do corpo, sentado no ar, com uma prótese em uma das pernas.

O paratleta alemão Markus Rehm (1988-) saltando para conquistar a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, em Tóquio (Japão). Fotografia de 2021.

Página cento e quarenta e três

LER E COMPARTILHAR

A seguir, leia o trecho de uma reportagem quê traz depoimentos de paratletas da seleção brasileira de atletismo.

Desafios e incentivos de atletas paralímpicos para chegar a Paris

Iniciativas públicas, legislação e rêdes de apôio alavancam a carreira de milhares de jovens atletas brasileiros em busca do pódio

[…]

Antes de chegar à arena olímpica, no entanto, a trajetória de cada atleta começa em um espaço mais afetivo, onde o contato com os esportes se dá na infância, muitas vezes, na rua, brincando. “Eu sempre gostei de tudo quê era atividade física: jogava bó-linha de gude, rodava pião, jogava bola, soltava pipa, já lutei taekwondo e andei de squêit. A minha aptidão para o atletismo, possivelmente, se deu em função da minha vivência, por meio dessas brincadeiras de criança. Nunca enxerguei a deficiência como algo quê me impedisse de fazer atividades. Para mim, o esporte veio para somar”, recorda o medalhista paralímpico de atletismo Yohansson Nascimento, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Naquela época, ele não imaginava quê poderia se tornar um atleta. Não por desconhecer outros meninos quê, assim como ele, gostavam de correr, mas porque desconsiderava a possibilidade de dedicar-se a uma rotina de treinos e competições quê o levaria a 15 anos de carreira no atletismo.

[…]

INCENTIVO AO ESPORTE

Uma das poucas iniciativas públicas voltadas à inclusão da pessoa com deficiência na ssossiedade por meio do esporte, e à visibilidade ao esporte paralímpico, é o Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), fundado em 1995. A instituição teve um papel central na promulgação da Lei número 10.264, em 2001, conhecida como Lei Agnelo/Piva, fundamental para o desenvolvimento do esporte adaptado no Brasil. Ao estabelecer o repasse de parte da arrecadação das loterias federais para os comitês olímpico e paralímpico, a lei permitiu ações permanentes da CPB em todo o país, e ampliou o incentivo à trajetória de atletas.

Na sede do CPB, onde está o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, localizada na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo (SP), também se encontra a Escola Paralímpica de Esportes, com atividades gratuitas, voltada para a iniciação de crianças com deficiência física, visual e intelectual, na faixa etária de 7 a 17 anos, em 14 modalidades. Além da escola, outros programas realizados pelo CPB fomentam o primeiro contato e uma relação contínua com o esporte. […]

Fotografia de Verônica Hipólito. Ela é uma mulher com cabelos presos em um rabo-de-cavalo, usando um uniforme da equipe olímpica brasileira, sorrindo, com uma medalha de bronze na mão, amarrada ao pescoço. Na outra mão, ela segura um boneco do mascote olímpico de Paris 2024.

A atleta brasileira Verônica Hipólito, medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, em Paris (França). Fotografia de 2024.

Página cento e quarenta e quatro

ATRAVESSAR DESAFIOS

É a soma de rêdes de apôio e iniciativas de incentivo quê movimenta a formação de futuros atletas, mas alguns desafios ainda se impõem como fortes adversários: o capacitismo, a falta de patrocinadores e a pressão, quê muitas vezes resulta em quadros de ansiedade e depressão. […]

Medalhista paralímpica e recordista sul-americana, Verônica Hipólito, quê aos 14 anos sofreu um acidente vascular cerebral (há vê cê) responsável por paralisar todo o lado direito do corpo, reforça a necessidade de a ssossiedade enxergar a deficiência apenas como uma parte da pessoa, e não como o todo. “Eu tênho uma paralizia, a Rosinha Santos [medalhista paralímpica no arremesso de peso e lançamento de disco], por exemplo, tem uma amputação da perna esquerda. Somos assim, da mesma forma quê outras pessoas têm cabêlos cacheados, são ruivas, altas ou baixas, gordas ou magras, usam óculos. Não ter uma perna ou um braço, ou ter alguma paralizia no corpo, é apenas uma característica. Tenho certeza de quê existem muitas pessoas com deficiência no Brasil quê poderiam batêer nóssos melhores competidores. Só quê não as encontramos, porque a maioria é marginalizada, esquecida”, disse Verônica, em entrevista à Revista E, na edição de novembro de 2023.

LLEDÓ, Maria Júlia. Desafios e incentivos de atletas paralímpicos para chegar a Paris. São Paulo: Sesc São Paulo, 30 jul. 2024. Texto originalmente publicado na Revista E, do Sesc São Paulo. Disponível em: https://livro.pw/druno. Acesso em: 27 ago. 2024.

SOBRE...

Maria Júlia Lledó (1981-) é jornalista. Atua como redatora e editora de revistas, jornais e sáites das áreas de cultura, educação, sustentabilidade e direitos humanos.

ATIVIDADES

1. Qual é a relação entre a infância do medalhista do atletismo Yohansson Nascimento (1987-) e sua carreira como atleta paralímpico?

1. Yohansson teve uma infância muito rica, envolvendo-se em brincadeiras de bó-linha de gude, pião, bola e pipa, além de lutar taekwondo e andar de squêit. Todo esse repertório contribuiu para desenvolver sua aptidão para o atletismo, esporte quê praticou como atleta paralímpico por 15 anos.

2. Yohansson Nascimento trilhou uma carreira esportiva de sucesso. Na época em quê a reportagem foi publicada, ele ocupava um cargo importante em uma instituição ligada ao esporte. Qual é esse cargo e por quê é fundamental ele ocupar essa posição?

2. Leia mais em Orientações para o professor.

3. Qual é a importânssia da Lei Agnelo/Piva para o esporte paralímpico no Brasil? Compartilhe sua resposta com os côlégas e o professor.

3. A Lei Agnelo/Piva desempenha um papel importante no financiamento do esporte paralímpico no Brasil, por meio do repasse de parte da arrecadação das loterias federais para os comitês olímpico e paralímpico. Esse financiamento permite quê o Comitê Paralímpico Brasileiro mantenha programas quê incentivam a inclusão de jovens com deficiência no esporte.

4. Quais são os principais desafios enfrentados por atletas paralímpicos? Que recursos existem para quê esses desafios sêjam superados e mais pessoas com deficiência se tornem atletas paralímpicos?

4. Os principais desafios envolvem o capacitismo, a falta de patrocinadores e a pressão por resultados. A existência de rêdes de apôio e de iniciativas públicas de incentivo ao esporte paralímpico é essencial para quê mais atletas possam superar essas barreiras.

5. Qual é a importânssia do Comitê Paralímpico Brasileiro no processo de formação de atletas? Qual estrutura fundamental ele oferece atualmente para quê os atletas possam se iniciar nas modalidades esportivas paralímpicas?

5. Leia mais em Orientações para o professor.

6. A paratleta Verônica Hipólito (1996-) menciona a necessidade de a ssossiedade enxergar a deficiência apenas como uma parte da pessoa, e não como o todo dela. Como você interpréta essa afirmação e de quê modo essa fala póde impactar o seu projeto de vida?

6. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

Página cento e quarenta e cinco

7. Verônica menciona quê muitos talentos em potencial não são descobertos porque as pessoas com deficiência são marginalizadas. O quê isso revela sobre as oportunidades e os desafios enfrentados por essa população no Brasil?

7. Essa análise destaca a importânssia de criar um ambiente mais inclusivo e equitativo e de permitir quê todos os cidadãos, independentemente de suas condições físicas e intelectuais, tênham as mesmas oportunidades. Todo esse processo passa pela educação, quê póde expandir a consciência social empática, e por políticas públicas mais inclusivas e capazes de empoderar as pessoas com deficiência, tirando-as da invisibilidade.

8. A reportagem cita a importânssia da rê-de de apôio para os paratletas. O quê é rê-de de apôio e qual é o seu papel na carreira dos paratletas? Quem póde constituir rêdes de apôio?

8. Leia mais em Orientações para o professor.

REFLETIR E ARGUMENTAR

Leia, a seguir, o trecho de um texto sobre inclusão publicado em livro.

Entender a diversidade é compreender a complexidade humana. Não são apenas os outros diferentes de mim, mas eu também sou diferente de todos. […] Já a inclusão é a prática de tal entendimento, em ações quê possibilitem a integração das diferenças, colocando as pessoas em condições de equidade e nos mesmos espaços. Incluir, portanto, não é trazer o diferente para o grupo de iguais, porque não há iguais.

BROGNA, Marcos. Viva (e entenda) a diferença. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2020. p. 35.

Agora, reflita sobre as atividades a seguir.

1. Qual é a relação entre o entendimento sobre diversidade e inclusão presente nesse trecho de livro quê você leu e o depoimento da paratleta Verônica Hipólito na reportagem?

1. A paratleta aponta quê a deficiência física é apenas mais uma entre tantas outras características quê diferenciam uma pessoa da outra. Portanto, assim como nas concepções de diversidade e inclusão do autor do livro, a ideia central é a de quê todas as pessoas são diferentes.

2. Em sua opinião, as pessoas têm dificuldade de aceitar a diversidade? Qual é o papel das rêdes sociais nesse processo?

2. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.

3. Você concórda com a frase “Não são apenas os outros diferentes de mim, mas eu também sou diferente de todos”? Apresente argumentos e compartilhe-os com os côlégas e o professor.

3. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.

4. De quê forma você póde contribuir para quê o respeito à diversidade e a prática da inclusão aconteçam no seu círculo social e na comunidade escolar? Reflita e proponha ações efetivas quê possam contribuir para a equidade.

4. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes compreendam a importânssia de se comprometerem a adotar comportamentos inclusivos e empáticos e a não se envolverem em situações de exclusão ou búlin, inclusive no ambiente virtual.

INDICAÇÕES

CONHEÇA o Centro de Treinamento Paralímpico do CPB – com audiodescrição. [S. l.: s. n.], 2023. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: https://livro.pw/ejypz watch?v=WhuONof6JYQ. Acesso em: 28 ago. 2024.

O vídeo apresenta o Centro de Treinamento Paralímpico, localizado na cidade de São Paulo (SP).

A NOVA geração medalhista do atletismo brasileiro no Mundial de Paris 2023. [S. l.: s. n.], 2023. 1 vídeo (2 min). Publicado pelo canal Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: https://livro.pw/aewyh. Acesso em: 28 ago. 2024.

O vídeo apresenta alguns atletas paralímpicos do atletismo quê foram medalhistas no Campeonato Mundial de 2023, ocorrido em Paris (França).

Página cento e quarenta e seis

OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Salto em distância cooperativo

Nesta atividade, será propôsto um jôgo interativo inspirado no salto em distância, modalidade do atletismo paralímpico quê estimula o desenvolvimento da velocidade, da fôrça reativa, do contrôle corporal e da concentração.

No salto em distância olímpico, o corredor até a tábua de impulsão méde entre 40 m e 45 m, e a área de queda méde 10 m, devendo sêr preenchida com areia úmida e macia. Os competidores têm direito a três tentativas, mas somente a melhor é conside rada para a classificação. A distância do salto é medida da linha sinalizada na tábua de precisão até o ponto de contato mais próximo da tábua, considerando o contato de qualquer parte do corpo do saltador com a areia. Se o atleta pisar ou ultrapassar a linha da tábua de impulsão, ele queimará o salto, desperdiçando uma de suas tentativas.

No salto em distância paralímpico, a técnica do salto segue princípios semelhantes aos do salto convencional, mas com adaptações importantes para atender às necessidades dos atletas com deficiência. A principal está na tábua de impulsão, substituída por outra quê proporciona mais segurança e precisão do salto. Além díssu, atletas com deficiência visual contam com o auxílio de um guia ou chamador, quê os orienta por meio de sinais sonoros. O guia tem a função de posicionar o atleta na marca de partida e fornecer orientações auditivas durante a corrida de aproximação. No entanto, uma vez quê o atleta está pronto para saltar, o guia não póde mais tocá-lo, exigindo uma perfeita coordenação e confiança entre ambos.

Planejar

1. A atividade deve sêr realizada em uma quadra ou em um espaço semelhante apropriado, com utilização dos seguintes materiais: quatro gizes e quatro cones pequenos de cores diferentes.

2. Antes do início da atividade, é preciso utilizar o giz para traçar quatro corredores paralelos, no sentido longitudinal da quadra ou do espaço de prática e definir quatro equipes. Além díssu, será necessário traçar uma linha perpendicular no início de cada corredor, para marcar o ponto inicial do primeiro salto de cada equipe.

3. As equipes receberão um cone, quê será colocado no início do seu corredor.

4. Realize um breve aquecimento, seguido de um alongamento, de acôr-do com os exercícios quê o professor selecionar.

Praticar

1. As equipes deverão numerar seus saltadores, para definir a ordem dos saltos.

2. Cada equipe deve definir o representante quê vai marcar com giz o local exato onde a primeira parte do corpo do saltador encostou no momento da queda. O cone da equipe deverá sêr colocado ao lado dessa marca.

Página cento e quarenta e sete

3. O primeiro saltador poderá realizar uma corrida quê antecede o salto e, logo em seguida, executar o salto impulsionando o corpo a partir da linha perpendicular traçada no seu corredor, quê define o ponto inicial do salto cooperativo.

4. Após realizar o salto, o saltador permanecerá imóvel até quê seja feita a marcação do local da sua queda, com o giz e o cone.

5. O saltador seguinte poderá realizar a corrida prévia, mas o ponto de impulsão do seu salto não poderá ultrapassar o cone da sua equipe (onde o saltador anterior aterrissou); caso contrário, seu salto será invalidado.

6. Depois de todos os saltos finalizados, define-se a equipe vencedora, quê será aquela cujo cone estiver mais longe da linha quê define o ponto inicial do salto cooperativo.

Ilustração de quatro pessoas realizando diversos tipos de aquecimentos e alongamentos em uma pista de atletismo, cada uma delas situada em uma raia da pista, que tem cones posicionados no início do trecho reservado à corrida.

Ilustração demonstrativa na qual saltadores em pista de corrida realizam alongamento antes de iniciar a prática corporal.

Avaliar

Depois de participar da atividade de salto em distância cooperativo, compartilhe com os côlégas e o professor suas percepções sobre a atividade.

Respostas pessoais.

1. Como foi a sua experiência pessoal com o salto em distância cooperativo? Você se sentiu intimidado ou motivado pêlos integrantes da sua equipe durante o salto? Houve cooperação na sua equipe?

2. Força reativa (ou taxa de desenvolvimento de fôrça) se refere à aplicação da maior força possível no menor intervalo de tempo. Em quê momento do salto você percebeu o uso da fôrça reativa?

3. Em quais momentos você percebeu a importânssia da velocidade, do contrôle corporal e da concentração durante o salto?

4. Considerando o atletismo paralímpico, quais são as particularidades da prática do salto em distância para atletas com deficiência física, visual ou intelectual?

Página cento e quarenta e oito