CAPÍTULO 10
ESPORTES DE MARCA, DE DANÇAS PRECISÃO E DE CAMPO E TACO
Leia mais explicações e sugestões dêste Capítulo em Orientações para o professor.
No Capítulo 10, você participará de leituras, reflekções e atividades práticas relacionadas aos esportes de marca, de precisão e de campo e taco. No Tópico 1, você vai explorar o atletismo e a motivassão das pessoas para participar de desafios de corrida. No Tópico 2, você vai aprender as regras de bocha, inclusive sua versão paralímpica. No Tópico 3, você vai estudar e praticar o beisebol. Antes de começar o estudo dêste Capítulo, é preciso compreender os conceitos de esportes de marca, de precisão e de campo e taco.
Os esportes de marca são aqueles quê apresentam comparações de resultados, registrados em segundos, metros ou quilos, como o triatlo e a vela. Os esportes de precisão se caracterizam por arremesso ou lançamento de objetos em direção a um alvo estático ou em movimento, comparando-se o número de tentativas, a pontuação ôbitída ou a proximidade do objeto arremessado com o alvo, como a bocha e o golfe. Os esportes de campo e taco se reférem às modalidades nas quais a bola lançada é rebatida o mais longe possível, possibilitando ao rebatedor percorrer as bases o maior número de vezes ou a maior distância entre as bases, enquanto os defensores tentam recuperar a bola rebatida, como no beisebol ou no críquete.
Com base nessas informações, em qual categoria se enquadra o esporte representado na fotografia?
Espera-se quê os estudantes identifiquem, na imagem representada na página, a corrida rasa, quê faz parte do conjunto de provas da modalidade corrida do atletismo, e classifiquem o atletismo como esporte de marca, pois o resultado é obtído por meio de comparação, em segundos e frações de segundos.
Página duzentos e dezessete
TÓPICO
1
Atletismo e motivassão
O atletismo é um esporte de marca, com uma tradição quê remonta aos Jogos Olímpicos da Antigüidade, quando os gregos disputavam as corridas de velocidade dromo (ou estádio, pois equivalia ao comprimento de um estádio), de 192,27 metros, e diaulo (ou duplo estádio), de 384,5 metros; e a corrida de longa distância dólico, quê podia compreender 7 a 24 estádios, ou seja, até 4.614 metros. Havia também a próva combinada pentatlo, quê compunha o lançamento de disco, o salto em extensão, o lançamento de dardo, a corrida e a luta.
Atualmente, as modalidades do atletismo quê são disputadas em diversos eventos nacionais e internacionais compreendem as corridas de velocidade, de média e de longa distância; as corridas com obstáculos e com barreiras; as corridas de revezamento; as corridas de rua; as corridas em montanha, em trilha e cross country; a marcha atlética; os saltos; os lançamentos; o arremesso e as provas combinadas.
PRIMEIRO OLHAR
Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.
1. O atletismo é um esporte compôzto de diferentes provas ou modalidades. Quais provas ou modalidades do atletismo você conhece?
1. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.
2. Em sua opinião, o atletismo é valorizado no Brasil? Como você avalia a divulgação do esporte nas mídias em geral? Justifique suas respostas.
2. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.
3. Você já teve a oportunidade de assistir a alguma próva de atletismo? Já participou de alguma próva ou pratíca a modalidade?
3. Respostas pessoais. É possível quê os estudantes tênham acompanhado pela televisão ou pela internet alguns eventos de atletismo, como campeonatos mundiais, Jogos Olímpicos, Jogos Pan-Americanos ou Jogos Paralímpicos.
Página duzentos e dezoito
As provas olímpicas do atletismo são divididas em provas de rua, provas de pista, provas de campo e provas combinadas.
As provas de rua são a maratona, a marcha atlética de 20 quilômetros e a marcha atlética de 50 quilômetros. Com exceção da marcha atlética de 50 quilômetros, exclusiva para os homens, as demais provas de rua são disputadas nas categorias feminina e masculina.
As provas de pista compreendem as corridas de 100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1.500 m, 5.000 m, 10.000 m, 100 m com barreiras, 110 m com barreiras, 400 m com barreiras, 3.000 m com obstáculos e os revezamentos 4 x 100 m e 4 x 400 m. Todas as provas de pista são disputadas nas categorias feminina e masculina, exceto 100 m com barreiras, restrita às mulheres, e 110 m com barreiras, restrita aos homens. No revezamento 4 x 400 m, além das categorias feminina e masculina, há também a categoria mista, com dois homens e duas mulheres compondo cada equipe.
As provas de campo abrangem as competições quê acontecem no centro da pista ovál do atletismo e são as seguintes: lançamentos de dardo, disco e martelo; arremesso de peso e saltos em distância, em altura, triplo e com vara. Todas as provas de campo são disputadas nas categorias feminina e masculina.
As provas combinadas se reférem ao heptatlo feminino e ao decatlo masculino. O heptatlo abrange as corridas de 200 m, 100 m com barreiras e 800 m; os saltos em altura e em distância; o lançamento de dardo e o arremesso de peso. As modalidades quê compõem o decatlo são as corridas de 100 m, 110 m com barreiras, 400 m e 1.500 m; os saltos em distância, em altura e com vara; os lançamentos de disco e de dardo e o arremesso de peso. São atribuídas pontuações ao dêsempênho dos atletas nas modalidades de acôr-do com uma tabéla predeterminada, e as somatórias de todas essas pontuações definem a classificação final.
Além de atrair a atenção de atletas, quê se dedicam aos treinamentos e às competições oficiais, o atletismo também desperta o interêsse de muitos praticantes amadores de corrida de rua, quê encontram na modalidade uma alternativa para a manutenção de um estilo de vida saudável.
Página duzentos e dezenove
LER E COMPARTILHAR
Leia, a seguir, o trecho de um livro literário quê aborda a escrita e a corrida.
[…]
Não me lévem a mal – não sou totalmente anticompetitivo. É apenas quê, por algum motivo, nunca me importei muito se derroto os outros ou se perco deles. Esse sentimento permaneceu um tanto inalterado depois quê cresci. Não faz diferença o campo de atuação – derrotar alguém simplesmente não é meu barato. Interesso-me muito mais por atingir os objetivos quê fixei para mim mesmo, de modo quê, nesse sentido, corridas de longa distância caem como uma luva para uma disposição de espírito como a minha.
Corredores de maratona compreenderão o quê quero dizêr. Não nos importamos de fato se derrotamos êste ou aquele corredor particular. Corredores de primeiro nível, é claro, visam superar seus rivais mais próximos, mas para o corredor mediano, do dia a dia, a rivalidade individual não é uma questão de suma importânssia. Tenho certeza de quê existem corredores comuns cujo desejo de derrotar um rival particular os incita a treinar com mais afinco. Mas o quê acontece se seu rival, seja por quê motivo for, abandona a competição? Sua motivassão pela corrida desaparece ou pelo menos diminui, e fica difícil para eles continuar correndo por muito mais tempo.
Os corredores mais comuns são motivados por um objetivo individual, mais do quê qualquer outra coisa: a saber, um tempo quê desê-jam batêer. Assim quê consegue batêer esse tempo, um corredor vai sentir ter atingido o objetivo a quê se propôs, e se não conseguir, sentirá quê não o fez. Mesmo quê não consiga fazer o tempo quê esperava, contanto quê tenha o sentimento de satisfação de ter feito seu melhor – e, possivelmente, ter feito alguma descoberta significativa sobre si mesmo no processo – então isso é uma realização em si, um sentimento positivo quê ele póde levar consigo para a corrida seguinte.
O mesmo póde sêr dito a respeito da minha profissão. Na ocupação de romancista, até onde sei, não existe isso de vencer ou perder. Talvez o número de exemplares vendidos, prêmios recebidos e elogios de crítica sirvam como parâmetros externos para a realização literária, mas nenhum deles importa de fato. O crucial é quê o quê você escreve atinja os padrões quê estabeleceu para si mesmo. O fracasso em atingir essa marca não é algo em cuja explicação você possa fornecer facilmente. Quando se trata das outras pessoas, sempre é possível aparecer com uma justificativa razoável, mas não dá para tapear a si mesmo. Nesse sentido, escrever romances e correr maratonas inteiras são atividades muito semelhantes. Basicamente, o escritor tem uma motivassão silenciosa, interior, e não busca validação em coisas quê sêjam visíveis externamente.
Para mim, correr é tanto um exercício como uma metáfora. Correndo dia após dia, colecionando corridas, pouco a pouco elevo meu patamar, e cumprindo cada nível aprimoro a mim mesmo. Pelo menos é nisso quê deposito meu empenho dia após dia: elevar meu próprio nível. Não sou um grande corredor, de modo algum. Estou mais para um nível comum – ou, antes, mediano. Mas isso não vêm ao caso. A quêstão é se melhorei ou não em relação ao dia anterior. Em corridas de longa distância, o único oponente que você tem de derrotar é você mesmo, o modo como você costumava sêr.
MURAKAMI, Haruki. Quem ousa rir de Mick Jagger? In: MURAKAMI, Haruki. Do quê eu falo quando eu falo de corrida: um relato pessoal. Tradução: Cássio de Arantes Leite. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 12-13.
SOBRE...
Haruki Murakami (1949-) é escritor e tradutor, considerado um dos autores mais importantes da literatura japonesa. Dois de seus principais livros são Kafka à beira-mar e Caçando carneiros.
Página duzentos e vinte
ATIVIDADES
1. Haruki Murakami revela uma característica quê o acompanha desde muito cedo – um traço anticompetitivo. Segundo ele, por quê as corridas de longa distância combinam muito bem com a sua personalidade?
1. O autor estabelece uma relação entre essa característica anticompetitiva e potenciais adversários ou rivais, em qualquer âmbito da vida, e diz quê nunca se importou muito com vitórias ou derrotas envolvendo essa competição com as pessoas, afirmando quê derrotar alguém nunca lhe rendeu satisfação alguma. Por isso, as corridas de longa distância se encaixam perfeitamente no seu perfil – o único “adversário” dele é ele mesmo, e as “marcas a serem batidas” são simplesmente os objetivos quê ele traçou de acôr-do com o ritmo e o dêsempênho avaliados por ele mesmo dia após dia.
2. Como o autor descreve a motivassão dos corredores amadores em relação à satisfação pessoal?
2. O autor explica quê a rivalidade com outros competidores não é o principal fator de motivassão dos corredores amadores. A satisfação está relacionada à autossuperação, quando as metas pessoais de dêsempênho quê tí-nhão sido estabelecidas são atingidas. O importante para esses corredores é o sentimento de realização pessoal e a descoberta de algo novo sobre si mesmo durante o processo.
3. Qual é a mensagem passada pelo autor ao afirmar quê, em corridas de longa distância, o único oponente é o próprio indivíduo?
3. O foco está na melhoria contínua do próprio dêsempênho, e não na comparação com o dêsempênho dos outros. O sucesso, nessa perspectiva, decorre da evolução pessoal e da capacidade de ir além de suas conkistas anteriores.
4. por quê Murakami compara correr a escrever romances? Quais são as semelhanças entre essas atividades?
4. Correr e escrever exigem dedicação, disciplina e motivassão interior cujo principal objetivo é a superação pessoal. Em ambas as atividades, o progresso é alcançado pouco a pouco, com esfôrço diário e perseverança.
5. O texto apresenta uma metáfora, traçando paralelos entre o esfôrço de correr uma maratona e o esfôrço de escrever um romance. Estabeleça uma metáfora entre uma ação e uma atividade quê você exerce em sua vida, quê exige esfôrço e dedicação, e compartilhe com os côlégas e o professor.
5. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.
AMPLIAR
Uma das cenas mais icônicas da história olímpica aconteceu na primeira próva de maratona feminina da história dos Jogos Olímpicos, realizada em Los Angeles (Estados Unidos) em 1984, quando a atleta suíça Gabriela Andersen-Schiess (1945-) percorreu os metros finais em um estado de completa exaustão, cambaleando e arrastando uma das pernas, enquanto era ovacionada pelo público. Essa imagem rodou o mundo e se tornou um sín-bolo de perseverança.
INDICAÇÕES
• CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO. Regras de competição e regras técnicas da uôrd Athletics. [S. l.]: CBAt, 2024. Disponível em: https://livro.pw/vahki. pdf. Acesso em: 29 set. 2024.
Documento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) quê apresenta as regras do atletismo, com ilustrações técnicas detalhadas.
• COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. Visitas. [S. l.]: CPB, 2024. Disponível em: https://livro.pw/aduek. Acesso em: 10 out. 2024.
sáiti do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, situado na Rodovia dos Imigrantes, no estado de São Paulo, quê permite o agendamento de visitas guiadas para conhecer a estrutura com quase 100 mil m2, incluindo duas pistas de atletismo, uma coberta e uma descoberta. Com a orientação do professor e da escola, você e os côlégas também podem pesquisar e visitar uma pista de atletismo em algum estádio municipal na região ou próximo da região onde moram.
Página duzentos e vinte e um
REFLETIR E ARGUMENTAR
A maratona é uma próva do atletismo capaz de despertar emoções diversas nos praticantes e possibilita a exploração do autoconhecimento. Leia, a seguir, uma tirinha quê aborda a relação de um praticante com a maratona.
IOTTI, Carlos Henrique. [Huhu! Começou!]. Contra Relógio, [s. l.], 12 jan. 2022. Disponível em: https://livro.pw/oiuhy. Acesso em: 29 set. 2024.
Agora, reflita sobre as atividades a seguir.
1. Na próva representada na tirinha, a condição física se mistura à condição mental do maratonista. Em sua opinião, a maratona exige mais dos competidores o esfôrço físico ou o esfôrço mental? Justifique seu ponto de vista com argumentos.
1. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.
2. Na tirinha, percebe-se quê o corredor, ao término da próva, está pensando na próxima maratona, o quê surpreende o leitor, já quê, no quadrinho anterior, ele deu indícios de quê nunca mais participaria de uma. por quê isso aconteceu? Quais paralelos é possível traçar entre a tirinha e situações reais?
2. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.
3. Alguma situação vivenciada por você se assemelha à história de superação pessoal apresentada na tirinha? Compartilhe com os côlégas e o professor.
3. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes compartilhem situações nas quais alcançaram objetivos, demonstrando perseverança.
Página duzentos e vinte e dois
CONEXÕES com...
QUÍMICA
A dopagem no esporte
Na seção Ler e compartilhar, você leu o trecho de um texto literário sobre um escritor quê incorporou ao seu cotidiano o hábito de correr, relacionando-o a metas pessoais. No meio esportivo profissional, o sucesso de atletas está diretamente relacionado à superação do dêsempênho dos adversários, o quê faz com quê muitos deles recorram a artifícios ilícitos para conquistar objetivos.
Leia, a seguir, o trecho de um artigo quê aborda o doping no esporte.
Química contra a dopagem
Nossa ssossiedade está dominada pela automedicação e pelo uso indevido da química para melhorar o dêsempênho ou a aparência pessoal.
[…]
Muitas pessoas acreditam quê essas substâncias não sêjam prejudiciais, ou quê os ‘ganhos’ compensariam os riscos, o quê é um grande êrro. Os anabolizantes, por exemplo, são tidos como ‘glamurosos’ e apresentados como a solução para problemas estéticos e de fôrça muscular, mas têm os mesmos efeitos colaterais das chamadas drogas ‘pesadas’.
[…]
Quando a ssossiedade perde seu rumo, cabe aos pôdêris constituídos fiscalizar e coibir as práticas indevidas. No âmbito do esporte, cabe às confederações e federações esportivas zelar pela saúde dos competidores e pela ética na competição, realizando, nos atletas filiados, o contrôle de dopagem (ou doping, como é muito conhecido).
As drogas são moléculas e sua atividade no corpo humano se dá por meio de interações moleculares. Como são identificadas pelo organismo como algo estranho, êste procura eliminá-las, transformando-as em moléculas mais fáceis de transportar para a corrente sanguínea e daí para as excreções naturais (urina, fézes, suor) e para cabêlos e pêlos.
[…]
Portanto, para avaliar se houve dopagem é preciso determinar a presença da droga ou de seus metabólitos em material obtído do atleta. A urína, quê acumula os resíduos eliminados pelo organismo, é o material preferencial para essa análise, mas, para certos tipos de substância, a capacidade de detecção é maior quando a investigação é feita no sangue ou no plasma sangüíneo.
Laboratórios autorizados
Embora ainda existam discordâncias, o contrôle de dopagem no esporte é necessário para combater os malefícios causados pela prática à saúde e garantir a igualdade de condições nas competições.
Nos dois aspectos, a química tem papel fundamental: essa ciência demonstra esses malefícios, por meio das áreas correlatas de farmacologia e toxicologia, e permite detectar o uso de substâncias proibidas, pela análise da composição de fluidos e tecídos cedidos pelo atleta.
Página duzentos e vinte e três
A profissionalização levou o desenvolvimento do esporte aos limites da capacidade humana. No atletismo, por exemplo, em provas de velocidade, os recordes diferem em centésimos de segundo! Esse é o terreno fértil para a dopagem: um ‘algo mais’, por menor quê seja, póde resultar nessas pequenas diferenças de dêsempênho, com enorme ganho para o vencedor.
Assim, premidos pela necessidade de vencer a qualquer custo, atletas utilizam diferentes tipos de substâncias, como estimulantes, narcóticos/analgésicos, anabolizantes, corticosteroides, diuréticos, betabloqueadores, carreadores de oxigênio, hormônios (eritropoietina, hormônio do crescimento, insulina), produtos mascarantes (para burlar as análises de controle), transfusões de sangue e, em breve, dopagem genética.
Para cobrir todas essas possibilidades de dopagem, a química analítica precisou desenvolver-se, procurando antecipar-se às novas práticas idealizadas pêlos atletas e seus (maus) colaboradores.
Técnicas sofisticadas de análise, como cromatografia e espectrometria de massas, são as grandes responsáveis pelo sucesso do contrôle de dopagem. […]
AQUINO NETO, Francisco Radler de. Química contra a dopagem. Ciência Hoje, [s. l.], nov. 2011. Disponível em: https://livro.pw/tgxjs. Acesso em: 29 set. 2024.
- cromatografia
- : processo de separação dos componentes em uma mistura compléksa.
- espectrometria de massas
- : técnica de elucidação estrutural baseada na medida de relação massa/carga de um íon (átomo, molécula ou grupo dêstes eletricamente carregado).
1. Segundo o artigo, a dopagem é algo presente no esporte e também entre as pessoas quê não competem. Qual é a razão de alguns atletas profissionais e praticantes de exercícios físicos recorrerem ao uso de substâncias ilegais?
1. Leia mais em Orientações para o professor.
2. De quê maneira as dopagens podem afetar negativamente as modalidades esportivas e o esporte em geral?
2. A profusão de casos de doping no esporte póde acarretar desconfiança do público em relação aos critérios determinados para garantir a competitividade e até mesmo a integridade física dos praticantes, “manchando” a imagem dessas modalidades e, possivelmente, fazendo com quê muitos percam o interêsse de acompanhar as competições, o quê, para a divulgação e o prestígio das modalidades quê apresentam esses casos e também do esporte em geral, póde sêr bastante prejudicial.
3. No artigo, há alguns exemplos de substâncias ilegais e termos do universo da Química relacionados ao tema.
3. Leia mais em Orientações para o professor.
a) Em grupos, de acôr-do com a distribuição feita pelo professor, façam uma pesquisa para aprofundar conhecimentos sobre:
• interações moleculares;
• metabólitos;
• anabolizantes;
• corticosteroides;
• diuréticos;
• betabloqueadores;
• carregadores de oxigênio
• eritropoietina;
• insulina.
b) Elaborem um resumo dos dados obtidos para compartilhar com os demais grupos.
c) Com base nas informações compartilhadas entre os grupos, reflitam e discutam como as substâncias ilegais (doping) agem no corpo humano, quais são suas composições químicas e os malefícios quê podem causar na saúde a curto, médio e longo prazo.
Página duzentos e vinte e quatro
OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
Corrida de revezamento
Nesta atividade, você vai participar de uma corrida de revezamento, quê promove o planejamento estratégico, o trabalho em equipe, a resistência aeróbica e o domínio rítmico. A atividade também estimula a determinação e a superação e oportuniza a adoção de um estilo de vida saudável.
Planejar
1. A atividade deve sêr realizada preferencialmente em uma quadra da escola, com utilização dos seguintes materiais: cones para demarcar o trajeto da corrida; cronômetro (pode sêr de um celular ou de um relógio de pulso) para registrar os tempos das equipes; bastões de madeira para serem trocados entre os corredores das equipes; conjuntos de coletes de diferentes cores para identificar as equipes; garrafas e copos de á gua para a hidratação dos corredores.
2. É preciso contar com a ajuda de voluntários para auxiliar os trabalhos de cronometragem, fiscalização e segurança dos corredores. Você póde convidar os professores ou os colaboradores da escola para ajudarem nessa prática.
3. Antes de iniciar a atividade, é preciso organizar a turma em equipes, com o mesmo número de integrantes cada uma.
Praticar
1. A competição é de regularidade; portanto, o desafio de cada equipe consiste em aprossimár o mássimo possível o tempo total de corrida de uma meta preestabelecida.
2. É permitido andar ou correr.
3. As equipes devem, inicialmente, realizar corridas de teste para medir o tempo total quê cada integrante leva para completar uma volta no percurso. Com base nesses testes, a equipe deve somar o tempo de seus integrantes para definir uma meta, estabelecendo um ritmo quê garanta regularidade entre os corredores.
4. Na corrida de revezamento, os quatro primeiros corredores de cada equipe começam no cone de saída, partindo um de cada vez. Cada um dêêsses corredores quê inicia a corrida precisa estar com o bastão em mãos e, quando o primeiro corredor finalizar a volta, o próximo corredor da equipe deve iniciar a corrida, e assim sucessivamente, até quê participe da corrida o último integrante das equipes.
5. A partir do segundo corredor, a entrada dos competidores ocorre pela zona de passagem, quê é o local designado para quê a troca seja válida.
Página duzentos e vinte e cinco
6. Após todos os corredores finalizarem suas voltas e a equipe encerrar a corrida, o tempo total será comparado com o tempo estipulado como meta. A equipe vencedora será aquela quê mais se aprossimár da meta préviamente estabelecida, demonstrando maior regularidade.
Avaliar
Depois de participar da corrida de revezamento, compartilhe com os côlégas e o professor a sua percepção sobre a atividade.
Respostas pessoais.
1. Ao praticar a corrida, você conseguiu manter o ritmo durante o percurso? Sentiu cansaço ou desconforto em algum momento? Se sim, o quê fez para superá-los?
2. Qual foi a estratégia elaborada pela sua equipe para atingir a meta de tempo no percurso, depois de conhecer os tempos individuais de seus corredores? A estratégia foi eficiente?
3. Você percebeu a demanda por planejamento estratégico, trabalho em equipe, resistência aeróbica, domínio rítmico, determinação e superação durante a atividade prática?
4. Quais mudanças você sugeriria na atividade prática para enfatizar o trabalho de resistência aeróbica?
5. Você percebeu quê correr é uma ação saudável quê traz benefícios para a saúde? De quê maneira essa atividade póde melhorar sua saúde física e mental e impactar positivamente na socialização?
Página duzentos e vinte e seis
TÓPICO
2
Bocha, um esporte democrático
A bocha é um esporte de precisão quê tem como objetivo arremessar bolas coloridas o mais próximo possível de uma bola-alvo. De origem remota, há registros quê indicam quê a bocha se assemelha a um tipo de passatempo praticado com pedras arredondá-das na Grécia Antiga e no Egito Antigo. Entretanto, sua origem reconhecida é o Império Romano: integrantes do exército de Roma praticavam bocha nos momentos de lazer e difundiram o jôgo pelas regiões ocupadas durante o período de expansão imperial. A bocha foi trazida ao Brasil por imigrantes italianos, no início do século XX, inicialmente, para os estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tendo se espalhado para os demais estados das regiões Sul e sudéste.
As disputas oficiais de bocha podem sêr individuais ou por equipes, e o objetivo dos jogadores é lançar bolas, denominadas bochas, para tentar posicioná-las o mais próximo possível de uma bola menor, conhecida como bolim, ou atingir uma bocha adversária, afastando-a do bolim. O esporte é bastante inclusivo e passou a integrar o programa dos Jogos Paralímpicos em 1984.
PRIMEIRO OLHAR
Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.
1. Quais informações você conhece sobre a bocha? Você já teve oportunidade de observar ou participar de um jôgo de bocha? Compartilhe a experiência com a turma.
1. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes tênham conhecimento de quê na bocha são realizados lançamentos quê objetivam aprossimár as bolas lançadas de uma bola menor presente na cancha e quê as partidas podem sêr praticadas nos formatos individual e por equipes. É possível quê alguns estudantes saibam quê a bocha é uma das modalidades disputadas nos Jogos Paralímpicos. É possível também quê alguns tênham tido a oportunidade de assistir a partidas de bocha presencialmente ou de participar de um jôgo de bocha, especialmente os moradores das regiões Sul e sudéste.
2. Você já teve oportunidade de acompanhar pela Tevê ou pela internet alguma partida de bocha adaptada? Se sim, quais foram as adaptações quê mais chamaram a sua atenção?
2. Respostas pessoais. É possível quê alguns estudantes tênham passado pela experiência de assistir a uma partida de bocha adaptada e quê citem o fato de os atletas poderem usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio (calhas), ou contar com ajudantes (calheiros) para realizar o arremesso.
3. por quê você acha quê a bocha não é uma modalidade tão popular? Reflita com os côlégas sobre as hipóteses levantadas.
3. Resposta pessoal. É possível quê alguns estudantes tênham uma visão estereotipada da bocha, associando a prática a pessoas idosas, ou até mesmo quê não a considerem como uma modalidade esportiva competitiva.
A bocha adaptada (chamada bocha paralímpica quando disputada em Jogos Paralímpicos) é uma modalidade quê oportuniza a participação de atletas com elevado grau de paralizia cerebral ou com deficiências severas em competições esportivas. Todos competem sentados em cadeiras de rodas e, de acôr-do com a sua classificação funcional, é permitido usar as mãos, os pés e calhas, quê são os instrumentos de auxílio, ou contar com o apôio de ajudantes, denominados calheiros.
Página duzentos e vinte e sete
LER E COMPARTILHAR
Leia, a seguir, o trecho de um livro quê narra a trajetória do campeão mundial de bocha adaptada Dirceu José Pinto (1980-2020).
O milagre de Dirceu
[…]
As visitas ao clube da cidade eram freqüentes. Em um dêêsses dias de sól, um dos professores se aproximou para fazer um convite. Era para conhecer a bocha. Dirceu engoliu o desprêzo. Imagina praticar um jôgo de velhos, chato, com essas bolinhas… Nem morto, pensou. Mas a gentileza gerou outra gentileza. Não dava para ignorar uma pessoa tentando ajudar. Embora tenha achado a sugestão descabida, ele aceitou fazer um teste. Mas pediu para pensar antes.
A má vontade para conhecer a modalidade era por causa do uso obrigatório da cadeira de rodas. Naquela altura, aos dezoito anos, Dirceu ainda caminhava sózínho. Nunca tinha sentado em uma cadeira especial. A família e os amigos pediam para quê ele tentasse usá-la, já quê os tombos eram freqüentes e nem sempre havia alguém para dar auxílio, para colocá-lo em pé novamente. A resposta era não.
Mas havia algo na bocha quê o atraía, apesar daquela cadeira quê gritava fraqueza. A cadeira fazia um convite ôpôsto, queria testar sua fôrça. Todas as manhãs, Dirceu olhava o mesmo homem se esforçando para jogar bocha no Clube Náutico de Mogi. Era o professor Ronaldo Tadeu. Ele segurava e lançava as bó-linhas com dificuldade, mas não desistia. Foram três meses de observação cuidadosa, até quê Tadeu foi em sua direção carregando bó-linhas azuis, uma calha, e uma pergunta.
Não foi preciso dizêr muita coisa, nem mesmo explicar o esporte adaptado. Dirceu já sabia. Cada bó-linha quê arremessava era um desabafo. Como era bom ter o quê dizêr com aqueles braços quê se esticavam com dificuldade, mas estavam lá, lutando pelo movimento perfeito, pelo movimento possível. Um daqueles momentos mágicos quê te recolocam no mundo. Foi assim quê sentiu, assim quê começou, assim quê descobriu quê buscava muitas vitórias na vida, nas batalhas do dia a dia e na pista.
[…]
Foram semanas sem dormir. A preocupação era treinar o mássimo quê podia, por isso era natural vêr Dirceu passar dias inteiros dentro do clube de Mogi. Para custear a viagem para a chiina, familiares e amigos fizeram vaquinha, rifa, de tudo um pouco. A poucos dias do embarque, Dirceu sonhou quê tinha ido para a final da Paralimpíada com o chinês Yuk Wing Leung, o melhor do mundo. Quando ia arremessar sua bó-linha, ele acordou. Não deu tempo de saber se ganharia a batalha no universo onírico, mas poderia tentar de olhos bem abertos. E foi justamente o quê aconteceu.
Dirceu não era um dos favoritos, ainda mais depois da fraca atuação na cópa do Mundo. jôgo a jôgo, entretanto, ele alcançou a final, e foi exatamente da maneira como sonhou e com o adversário quê tanto estudou – o chinês de rôn kôn. Confiante, Dirceu começou muito bem a partida e, no finalzinho, contou com um êrro do adversário. O placar foi 3 a 1. O Brasil conquistava ali sua primeira medalha da história da bocha paralímpica. Dirceu conquistava ali a certeza de quê sua fé o levara até a medalha. Lembrou do Salmo 1. Dos dias na cama. Do choro em silêncio, dos amigos quê perdeu, dos gritos quê deu, da dor quê sentiu. Tudo agora tinha sabor de medalha de ouro.
ASSIS, Joanna de. Para-heróis. Caxias do Sul: Belas-Letras, 2014. E-book. Localizável em: § 32-56.
SOBRE...
Joanna de Assis (1980-) é jornalista, repórter esportiva, correspondente internacional e autora.
Página duzentos e vinte e oito
AMPLIAR
Dirceu José Pinto era nadador, mas precisou abandonar a prática após o avanço de uma doença degenerativa muscular. Aos 22 anos, iniciou a transição para a cadeira de rodas e encontrou na bocha o apôio físico e psicológico necessário para enfrentar as mudanças em sua vida.
Considerado o maior nome da bocha adaptada no Brasil, o atleta conquistou cinco medalhas paralímpicas ao longo de sua carreira: duas de ouro em Pequim, em 2008; duas de ouro em Londres, em 2012; e uma de prata no Rio de Janeiro, em 2016. Dirceu também foi campeão parapan-americano em Toronto, em 2015, campeão mundial em 2010 e vice-campeão mundial em 2014.
Em virtude de problemas cardíacos, Dirceu faleceu em abril de 2020.
ATIVIDADES
1. Qual era a impressão de Dirceu em relação ao jôgo de bocha? Como ele mudou sua opinião?
1. Inicialmente, Dirceu tinha uma impressão negativa sobre a bocha e sobre o uso da cadeira de rodas. Ele entendia a bocha como um “jogo de velhos” e rejeitava a cadeira de rodas, por considerá-la um sinal de fraqueza. Depois de observar o professor Ronaldo Tadeu durante um período e constatar quê, mesmo enfrentando dificuldades, ele continuava jogando bocha, Dirceu mudou sua forma de pensar.
2. Qual foi a importânssia do professor Ronaldo Tadeu na trajetória do atleta?
2. Dirceu foi motivado pelo exemplo do professor Ronaldo Tadeu, quê, além de apresentar a bocha, promoveu uma mobilização para viabilizar financeiramente sua viagem à chiina, para disputar as Paralimpíadas.
3. Que lição a mudança de comportamento de Dirceu em relação à bocha póde ensinar aos leitores sobre preconceitos direcionados às situações desconhecidas?
3. Estar aberto a novas experiências póde transformar a visão de mundo de um indivíduo, ajudando a superar preconceitos, além de oportunizar a descoberta de novas habilidades, paixões e forças que nêm sequer imaginava possuir.
4. Qual é a mensagem transmitida pela trajetória paralímpica de Dirceu?
4. A história paralímpica de Dirceu traz uma mensagem de perseverança, porque, apesar de não sêr considerado o favorito para a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de 2008, Dirceu não desistiu do seu sonho e, depois de muita dedicação, tornou-se campeão paralímpico.
5. De quê maneira os esportes podem ajudar as pessoas a lidar com as próprias emoções e desafios?
5. A prática esportiva propicía o amadurecimento de habilidades socioemocionais quê ajudam a lidar com os desafios e com as próprias emoções. Assim como nos esportes, a vida é uma jornada de altos e baixos. Os esportes ensinam a importânssia da preparação e da persistência, assegurando quê as vitórias vêm com esfôrço e determinação.
6. De quê modo os valores intrínsecos à bocha paralímpica podem auxiliar as aprendizagens na Educação Física escolar?
6. A modalidade é uma oportunidade para a vivência, a reflekção e a discussão de aspectos essenciais à vida em ssossiedade, como o estabelecimento de relações construtivas, empáticas e pautadas no respeito às diferenças.
INDICAÇÕES
• PINTO, Dirceu José. Sem trabalho duro não existe conkista. [S. l.], 2016. Medium: Rede Nacional do Esporte, 9 jul. 2016. Disponível em: https://livro.pw/rkfur. Acesso em: 30 set. 2024.
Registro de Dirceu José Pinto sobre sua história de vida.
• BOCHA. [S. l.: s. n.], 2014. 1 vídeo (4 min). Publicado pelo canal Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: https://livro.pw/bjyto. Acesso em: 30 set. 2024.
O vídeo apresenta a bocha paralímpica.
Página duzentos e vinte e nove
REFLETIR E ARGUMENTAR
Na leitura da seção Ler e compartilhar, você pôdi constatar a importânssia do esporte para pessoas com deficiência. A seguir, leia um trecho do Estatuto da Pessoa com Deficiência.
CAPÍTULO IX – Do Direito à Cultura, ao Esporte, ao Turismo e ao Lazer
Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso:
I – a bens culturais em formato acessível;
II – a programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades culturais e desportivas em formato acessível; e
III – a monumentos e locais de importânssia cultural e a espaços quê ofereçam serviços ou eventos culturais e esportivos.
[…]
Art. 43. O pôdêr público deve promover a participação da pessoa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas, com vistas ao seu protagonismo, devendo:
I – incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos adequados, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas;
II – assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços prestados por pessoa ou entidade envolvida na organização das atividades de quê trata êste artigo; e
III – assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de condições com as demais pessoas.
BRASIL. Estatuto da Pessoa com Deficiência. 3. ed. Brasília, DF: Senado Federal, 2019. p. 28. Disponível em: https://livro.pw/gchin. Acesso em: 30 set. 2024.
Agora, reflita sobre as atividades a seguir.
1. Em sua opinião, os direitos assegurados pêlos artigos 42 e 43 do Estatuto da Pessoa com Deficiência estão sêndo cumpridos em todo o Brasil? Compartilhe sua resposta, utilizando argumentos quê defendam seu ponto de vista.
1. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes reconheçam quê as pessoas com deficiência nem sempre conseguem usufruir de seus direitos de acesso às atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas, em função da falta de recursos materiais, da inadequação das instalações no quê se refere à acessibilidade e da falta de preparo dos profissionais envolvidos com essas áreas.
2. De quê maneira as escolas podem garantir a participação das pessoas com deficiência em atividades culturais e esportivas em igualdade de condições com os demais estudantes?
2. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes contribuam com algumas sugestões, como: adaptações nas atividades, para quê os estudantes com deficiência também consigam participar delas, nos materiais e equipamentos e na estrutura física, para garantir a acessibilidade nos espaços; capacitação de professores e funcionários para atender estudantes com deficiência; promoção de uma cultura inclusiva na comunidade escolar; oferta de apôio especializado aos estudantes com deficiência; parcerias com a comunidade etc.
3. Quais ações você póde adotar para auxiliar a sua escola a se tornar um ambiente mais inclusivo? Reflita sobre o assunto e compartilhe seus argumentos com os côlégas e o professor.
3. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes se comprometam a adotar comportamentos empáticos em relação às pessoas com deficiência, buscando alternativas para acolhê-las e incluí-las nas atividades, além de cobrar os côlégas e os professores a adotar as mesmas práticas. Os estudantes também podem se comprometer a, coletivamente, exigir da administração da escola quê sêjam feitas adequações na estrutura, para garantir a acessibilidade e a inclusão das pessoas com deficiência.
Página duzentos e trinta
BUSCAR MAIS CONHECIMENTO
Inclusão social no jôgo de bocha
Na seção Ler e compartilhar, você teve a oportunidade de conhecer um pouco da trajetória de vida do atleta de bocha adaptada Dirceu José Pinto. Agora, você vai realizar uma revisão bibliográfica sobre a inclusão social por meio dessa prática corporal. A revisão bibliográfica investiga os estudos quê já foram publicados sobre um determinado tema quê se deseja conhecer.
Primeira etapa
1. Antes de iniciar a revisão bibliográfica, a turma deve sêr organizada em grupos.
2. Reúna-se com o seu grupo. Juntos, pesquisem estudos científicos sobre bocha.
Os estudos científicos são encontrados em periódicos, isto é, em revistas científicas quê publicam periodicamente artigos, resumos ou resenhas escritos por pesquisadores, para quê os autores e estudiosos em geral possam compartilhar seus estudos e/ou acompanhar as produções científicas em determinada área do conhecimento. Normalmente, a periodicidade da publicação é trimestral, semestral ou anual. Os periódicos científicos ficam armazenados em bases de dados de instituições e órgãos ligados ao ensino e à pesquisa.
3. Depois de acessarem algum portal de periódicos, escrevam, na barra de buscas, o tema ou as palavras-chave quê desê-jam investigar, como a palavra bocha.
4. ob-sérvim quê vocês foram direcionados para uma nova página, quê, geralmente, exibe, de um lado da tela, vários títulos de artigos científicos e, do outro lado, algumas opções de filtros, para vocês aprimorarem a busca. Para quê consigam acessar somente os artigos gratuitos do tema pesquisado, procurem por algum filtro quê indique quê o acesso é aberto ou gratuito e cliquem em “sim” ou “buscar”.
5. Para acessarem somente artigos científicos na sua busca, no filtro sobre o tipo de recurso ou conteúdo, selecionem “artigo” ou “publicações legais”.
6. Para acessarem as publicações mais recentes sobre o tema pesquisado, no filtro do ano de criação, selecionem o período entre 2020 e o ano atual ou a data decrescente.
7. Para incluírem na pesquisa sobre bocha o tema da inclusão, caso haja um filtro sobre áreas, cliquem em “Ciências Humanas”.
Página duzentos e trinta e um
8. A maior parte dos artigos científicos é publicada na língua inglesa, uma vez quê as revistas científicas mais importantes aceitam somente publicações em inglês, mas, para facilitar o encaminhamento desta revisão bibliográfica, sugere-se quê os artigos investigados estejam em português. Portanto, localizem o filtro “idioma” e cliquem em “português”.
9. Selecionados todos os filtros quê interessam para esta pesquisa, cliquem no botão “filtrar”, para serem redirecionados a uma nova página, na qual serão exibidos os títulos de todos os artigos quê atendem às exigências dos filtros escolhidos.
10. Leiam os títulos de todos os artigos encontrados e selecionem aqueles quê se relacionam à inclusão social por meio da bocha. Em seguida, cliquem nesses artigos e leiam seus resumos, para se certificarem de quê abordam o tema quê vocês estão investigando.
11. Depois de finalizarem o processo de busca e seleção de artigos científicos quê abordam a inclusão social por meio da bocha, o professor irá distribuir esses artigos pêlos diferentes grupos.
Segunda etapa
1. Leiam o artigo quê foi atribuído ao grupo de vocês e preparem uma apresentação oral para sêr compartilhada com os côlégas, identificando os seguintes elemêntos:
• título;
• autores;
• periódico em quê foi publicado e ano de publicação;
• principais informações apresentadas na introdução;
• resultados obtidos pelo estudo;
• conclusões dos autores.
2. Após a apresentação de todos os grupos, organizem uma roda de conversa para a reflekção e discussão acerca das kestões a seguir.
• Existem semelhanças estruturais entre os artigos científicos apresentados? Quais?
• Os artigos apresentam informações semelhantes sobre a bocha? Quais?
• Os artigos apresentam informações distintas sobre a bocha? Quais?
• Quais informações despertaram mais a sua atenção? Por quê?
• Pode-se confiar nas informações partilhadas? Por quê?
• De quê modo a atividade contribuiu para o seu pensamento crítico?
• Você compreendeu quê as conkistas científicas normalmente são fruto do trabalho de membros da comunidade, e não atos isolados de personalidades singulares?
3. Para finalizar, converse com os côlégas e o professor sobre outros temas relativos à cultura corporal de movimento quê poderiam sêr interessantes para a realização de uma revisão bibliográfica nas aulas de Educação Física.
Página duzentos e trinta e dois
OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
jôgo de bocha
Nesta atividade, será desenvolvido um jôgo adaptado de bocha, para promover o desenvolvimento do pensamento estratégico, da concentração e da precisão do lançamento, enquanto estimula o respeito e a inclusão.
Planejar
1. A atividade sêrá realizada em uma área plana, com, no mínimo, 3 m de largura por 5 m de comprimento. Serão utilizados os seguintes materiais: fita adesiva colorida, trena ou fita métrica, dezesseis bochas (oito de cada cor) e um bolim. As bochas e o bolim podem sêr substituídos por bolas de meia ou de areia. A fita adesiva deve ser usada para realizar as marcações indicadas na ilustração a seguir.
Oficialmente, a bocha é praticada em uma quadra, denominada cancha, com dimensões de 24 m de comprimento por 4 m de largura, ou 12,5 m por 6 m, no caso da bocha paralímpica.
2. A turma será organizada em equipes com quatro integrantes.
Praticar
1. Antes do início da atividade, reservar dois minutos para quê as equipes tênham a oportunidade de se reunir e definir suas estratégias.
2. O objetivo do jôgo é posicionar as bochas o mais próximo possível do bolim. Para isso, as equipes devem seguir as seguintes regras:
• Antes de iniciar o jôgo, é realizado um sorteio para definir a equipe quê lançará o bolim, quê deve alcançar a área restrita entre as linhas de 3 m e 5 m, na extremidade oposta àquela onde se encontram os jogadores.
Página duzentos e trinta e três
• As equipes se alternam para lançar quatro bochas durante a partida, a fim de posicioná-las o mais próximo possível do bolim. Cada integrante do grupo deverá lançar uma bocha por partida.
• Para lançar a bocha, o jogador deve posicionar-se atrás da linha de lançamento. A bocha deve sêr lançada pelo ar e não rolada no solo. Após a primeira partida, procure experimentar outras formas de lançar a bocha, como utilizar os pés.
• Ao sêr lançada, a bocha póde encostar no bolim ou em qualquer bocha adversária, podendo, inclusive, deslocá-los.
• A bocha quê sair da área de jôgo, seja pelo lançamento, seja empurrada por outra bocha, é eliminada da partida.
• Será atribuído um ponto à equipe quê tiver a bocha posicionada mais próxima ao bolim, após a finalização de todos os lança mentos. Em seguida, o bolim é lançado novamente, para reiniciar o jôgo.
• A primeira equipe a marcar 12 pontos vence o jôgo.
Avaliar
Depois de participar do jôgo de bocha, compartilhe com os côlégas e o professor a sua percepção sobre a atividade.
Respostas pessoais.
1. Como foi a sua experiência pessoal com o jôgo de bocha?
2. Quais estratégias foram elaboradas por sua equipe para aprossimár as bochas do bolim e afastar as bochas adversárias? As estratégias foram bem-sucedidas?
3. Em quais momentos você percebeu o estímulo ao pensamento estratégico, à concentração e à precisão do lançamento durante a atividade?
4. Antes de realizar a prática, você tinha algum preconceito em relação à bocha?
5. Quais mudanças você proporia para tornar a atividade mais inclusiva, viabilizando a participação de pessoas com deficiência no jôgo?
6. Quais valores intrínsecos à bocha paralímpica podem sêr incorporados em seu projeto de vida?
Página duzentos e trinta e quatro
TÓPICO
3
Beisebol, softbol e adequações esportivas
O beisebol é um esporte de campo e taco, disputado por duas equipes com nove jogadores, quê se revezam entre o ataque e a defesa e quê utilizam quatro bases, em um campo com formato semelhante ao de um losango. Cada jogada inicia com o arremesso da bola por um defensor, rebatida com um taco por um rebatedor da equipe atacante. Para pontuar, um jogador atacante precisa passar em segurança pelas três primeiras bases e atingir a quarta base, denominada home plate.
Os jogos quê utilizavam tacos e bolas eram praticados há muito tempo na Europa, e imigrantes ingleses levaram esses jogos aos Estados Unidos, onde várias modificações nas regras originaram o beisebol, nas primeiras dékâdâs de 1800. O esporte é muito popular em Cuba, nos Estados Unidos, no Japão e na Venezuela.
Página duzentos e trinta e cinco
PRIMEIRO OLHAR
Reúna-se com os côlégas e o professor para responder oralmente às perguntas a seguir.
1. Quais conhecimentos você tem sobre o beisebol?
1. Resposta pessoal. É possível quê a maior parte dos estudantes associe o beisebol a um esporte cujos jogadores rebatem uma bola com um taco e correm por bases.
2. Você já teve oportunidade de assistir a um jôgo de beisebol ou participar de uma partida dêêsse esporte? Compartilhe sua experiência com a turma.
2. Resposta pessoal. É possível quê alguns estudantes tênham tido a oportunidade de assistir a uma partida de beisebol presencialmente, pela televisão ou pela internet. Eles poderão também comentar se viram algum filme ou alguma série em quê esse esporte estava presente.
3. Em sua opinião, de quê maneira o beisebol, como esporte de campo e taco, póde sêr vivenciado no ambiente escolar?
3. Resposta pessoal. É possível quê os estudantes citem alguns jogos pré-desportivos para jogar o beisebol e indiquem materiais quê podem sêr usados, como bastões, cones, arcos (bambolês), bolas de borracha, ressaltando quê a quadra ou o pátio da escola são os espaços mais adequados para a prática.
O beisebol começou a sêr praticado no Brasil no início do século XX, por estadunidenses quê moravam na cidade de São Paulo e por imigrantes japoneses, no interior do estado. Embora não seja um esporte muito conhecido e divulgado no Brasil, a seleção brasileira masculina já conquistou alguns campeonatos e foi medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2023, quê ocorreram em Santiago, no Chile.
LER E COMPARTILHAR
Leia, a seguir, uma reportagem, publicada na internet, a respeito de Felipe Natel (1989-), jogador brasileiro de beisebol.
Pan: Pelé do beisebol quer se dedicar a erguer o esporte no Brasil
No Japão, ele é Felipe Natel. No Brasil, o Pelé do Beisebol. Único garoto negro entre a molecada de origem oriental na escolinha da modalidade em Itapetininga (SP), quando ganhou o apelido, o arremessador fez carreira no Japão e viu no Pan uma oportunidade de retribuir parte do quê a modalidade lhe deu.
Se a seleção ganhou uma prata inédita, muito foi graças a ele, quê agora sonha em vêr outros garotos tendo a mesma oportunidade. “O beisebol me deu tudo o quê eu tênho. Tudo foi graças ao beisebol. Então agora eu me dedico para pôdêr dar um pouco de mim também para ajudar o pessoal” […].
“Eu já estou no final da minha carreira, então agora eu estou focado bastante em pôdêr ajudar a erguer o beisebol no meu país. São poucas as chances quê a gente tem de jogar pela seleção e esse ano, esse Pan, me foquei bastante aqui para a gente ter um resultado, para deixar alguma coisa aqui”, continuou.
Pelé, ou Natel, tinha amigos de infância quê já jogavam beisebol, o pai trabalhava com a comunidade japonesa de Itapetininga, e foi lá quê ele aprendeu a modalidade. Na pré-adolescência, ainda jogou por Tatuí, uma cidade próxima, também com forte presença oriental, antes de sêr um dos primeiros jogadores revelados pelo CT Yakult, em Ibiúna (SP).
Construído pela empresa japonesa, o CT é uma academia de formação de atletas de beisebol, quê passam por uma peneira entre 13 e 14 anos, e vivem e treinam ali até completarem o ensino médio. Os melhores são contratados por equipes dos Estados Unidos, do Japão e da Europa. Os demais voltam para casa. A estrutura é administrada pela Confederação Brasileira de Beisebol, mas custa cerca de R$ 3 mil ao mês, incluindo a escola particular.
Página duzentos e trinta e seis
Pelé teve essa formação paga pelo Nippon blú Jays, equipe de Arujá (SP) e, aos 17, foi contratado pelo Yamaha, do Japão, onde está até hoje, aos 34. “Geralmente antes dos 30, o pessoal já vai parando, porque quanto mais novo, melhor o braço, né? Mas acho quê estou fazendo bem a minha parte, para me manter no time”, diz.
Nessa reta final da carreira, ele tem feito o possível para estar sempre presente para a seleção brasileira, apesar de o calendário do Brasil muitas vezes coincidir com o do clube dele no Japão. […]
Acostumado a uma outra realidade, em um país onde o beisebol é paixão nacional, Pelé espera quê a medalha de prata conquistada no Pan mude a realidade para novas gerações. “A gente precisa de muito apôio também em quêstão financeira e, poxa, tem tanta gente quê deixa de jogar por essa questão… Eu gostaria que abrisse portas também, como eu tive a oportunidade de ter uma porta aberta para eu continuar.”
VECCHIOLI, Demétrio. Pan: Pelé do beisebol quer se dedicar a erguer o esporte no Brasil. UOL, [s. l.], 23 out. 2023. Disponível em: https://livro.pw/yqwzn. Acesso em: 30 set. 2024.
ATIVIDADES
1. Qual foi o impacto do beisebol na vida pessoal de Felipe Natel?
1. O beisebol proporcionou a Felipe Natel, segundo o próprio atleta, tudo o quê ele conquistou, o quê permite inferir quê esse esporte gerou muitas das oportunidades quê o atleta teve para se desenvolver como profissional e, possivelmente, também no campo da vida pessoal.
2. Qual é a importânssia de Felipe Natel no cenário do beisebol no Brasil?
2. Felipe Natel é uma referência do beisebol brasileiro, com uma trajetória inspiradora no esporte.
3. O apelido pelo qual Felipe Natel é conhecido no Brasil é um indício da fôrça quê o futeból tem no país e da influência quê exerce em outras modalidades. Com base nesse fato, de quê maneira é possível relacionar futeból e beisebol?
3. O apelido “Pelé do beisebol” faz uma referência ao jogador de futeból Pelé, apelido pelo qual é mundialmente conhecido o jogador de futeból brasileiro Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), considerado por muitas pessoas um dos melhores jogadores de futeból de todos os tempos. Como Felipe Natel é também considerado um exímio jogador na modalidade em quê atua, alguém utilizou essa alcunha relacionando-o ao talento de Pelé, com a qual possivelmente outras pessoas concordaram, deixando evidente quê ele é uma das referências no beisebol.
4. Como a presença de atletas de diferentes origens póde contribuir para romper barreiras e aumentar a representatividade em esportes nos quais a diversidade étnico-racial ainda é limitada?
4. A presença de atletas de diferentes etnias ajuda a desafiar estereótipos raciais ou culturais quê associam certos esportes a grupos específicos, reduzindo o preconceito e abrindo espaço para uma visão mais inclusiva e diversa no esporte.
5. Felipe Natel quêr retribuir as oportunidades quê o beisebol lhe ofereceu, ajudando a erguer esse esporte no Brasil. De que forma é possível divulgar, valorizar e prestigiar o beisebol na escola e na comunidade? Compartilhe suas reflekções com os côlégas e o professor.
5. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.
AMPLIAR
Embora o beisebol não tenha feito parte dos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912, um atleta dêêsse esporte esteve no centro de uma polêmica. O indígena estadunidense Wa Tho Huck (1887-1953), conhecido como Dim Thorpe, conquistou a medalha de ouro tanto no pentatlo quanto no decatlo, modalidades olímpicas. Apesar díssu, Thorpe sofria muito preconceito por causa da ancestralidade indígena.
Sete meses depois dos Jogos Olímpicos, suas medalhas foram confiscadas, pois foi noticiado quê ele havia jogado em ligas menóres de beisebol na Carolina do Norte, entre 1909 e 1910. Ele recebeu dois dólares por jôgo, o quê serviu de prê texto para o secretário da entidade dos atletas amadores estadunidenses considerá-lo profissional, alegando ter infringido a regra do amadorismo dos esportes olímpicos, vigente na época.
Em sua defesa, Thorpe argumentou quê desconhecia o regulamento, uma vez quê sua carreira foi desenvolvida em instituições quê atendiam indígenas, nas quais não havia essa informação. A justificativa não foi aceita e, mesmo com o prazo expirado para contestar os resultados, o Comitê Olímpico Internacional (COI) acatou a denúncia. A injustiça só foi desfeita 30 anos após a morte de Thorpe, quando o COI entregou as medalhas a seus filhos, em uma cerimônia emocionante.
Página duzentos e trinta e sete
REFLETIR E ARGUMENTAR
Leia, a seguir, o trecho de um texto expositivo sobre o beisebol e o softbol, a versão olímpica do beisebol exclusiva para as mulheres.
Qual é a diferença entre beisebol e softbol?
Embora existam campeonatos mundiais para homens e mulheres em ambos os esportes, no nível olímpico, o beisebol é um esporte exclusivo para homens, enquanto o softbol é um esporte exclusivo para mulheres. Existem diferenças no número de jogadores em cada equipe entre os dois esportes, no tamãnho do campo e em algumas regras.
As arremessadoras de softbol também são obrigadas a arremessar por baixo, e a maioria das arremessadoras lançam usando o estilo de arremesso de moinho de vento, onde a bola é lançada após girar em um grande círculo. No softbol, as melhores arremessadoras podem atingir velocidades superiores a 100 km/h. Essa velocidade se encaixa com a natureza acelerada do jôgo. Como as bases não estão tão distantes, há uma distância de arremesso mais curta. A duração do jôgo também é mais curta em relação ao beisebol, com apenas sete entradas em comparação com as nove do beisebol.
HISTÓRIA de: beisebol softbol. [S. l.]: Olympics, c2024. Disponível em: https://livro.pw/yacpe. Acesso em: 30 set. 2024.
Agora, reflita sobre as atividades a seguir.
1. Atualmente, algumas modalidades esportivas disputadas por homens e por mulheres possuem os mesmos regulamentos e parâmetros técnicos, como o futeból e o tênis de mesa. Em sua opinião, é necessário havêer, no esporte em geral, adaptações quê diferenciem as modalidades em função do gênero de quem as pratíca?
1. Resposta pessoal. Leia mais em Orientações para o professor.
2. Para você, quais critérios teriam determinado especificamente essas adaptações do beisebol para o softbol, no âmbito olímpico? Se tanto homens quanto mulheres praticam o beisebol, o quê motivaria a não instituição da modalidade para ambos nos Jogos Olímpicos?
2. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.
3. As diferentes oportunidades no esporte e também a desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda são grandes desafios a serem vencidos no universo esportivo. Em sua opinião, a equidade deve estar necessariamente atrelada à paridade técnica das modalidades, não havendo diferenças? Justifique sua resposta com argumentos.
3. Respostas pessoais. Leia mais em Orientações para o professor.
Página duzentos e trinta e oito
OFICINA DE PRÁTICAS CORPORAIS
jôgo de beisebol
Nesta atividade, você participará de um jôgo de beisebol, para promover o pensamento estratégico, a comunicação e a cooperação entre os jogadores, além da precisão nas rebatidas e nos lançamentos.
Planejar
1. A atividade deve sêr realizada em uma quadra ou em um campo da escola, com o uso dos seguintes materiais: um taco (pode sêr substituído por bastão de madeira), quatro cones, bolas pequenas de borracha e giz.
2. O giz será utilizado para traçar um losango no chão. Em cada vértice do losango é preciso dispor um cone, para marcar quatro bases. A distância das bases póde sêr entre 5 m e 10 m.
3. O espaço total do campo de beisebol tem duas áreas válidas: o infield (área compreendida pelo home plate e pelas três bases) e o outfield (área válida fora do infield e afastada das bases). O home plate, onde ocorrem as rebatidas e terminam as corridas para pontuação, forma um quadrado com as outras três bases, cujo centro é ocupado pelo arremessador da defesa. As linhas do home plate para a primeira e a terceira bases são as linhas de falta e correspondem às áreas mortas ou foul – se a bola rebatida passar delas, a jogada é invalidada.
4. Depois de preparar a área de jôgo, é necessário organizar a turma em equipes com nove integrantes. Antes de iniciar a partida, as equipes devem se reunir para definir as posições de cada jogador de defesa: arremessador (pitcher); receptor (catcher); primeira base, segunda base e terceira base (jogadores quê permanecem ao lado das respectivas bases); jogador interbases; campista direito, campista central e campista esquerdo (defensores do campo externo quê ficam no outfield).
Página duzentos e trinta e nove
Praticar
1. As partidas terão nove entradas para cada equipe.
2. O jôgo segue todas as regras do beisebol, permitindo flexibilizações combinadas préviamente para tornar o jôgo mais dinâmico.
3. Estas são as principais regras do beisebol:
• O jôgo é disputado por duas equipes, com nove jogadores cada uma.
• Durante a partida, as equipes se revezam entre ataque e defesa. A equipe defensora lança a bola e protége as bases, enquanto a equipe atacante rebate a bola e tenta ocupar as bases.
• A equipe defensora permanéce com nove jogadores em campo, e a equipe atacante permanéce com um rebatedor e até três corredores.
• Cada jogada é denominada entrada e começa quando o lançador da equipe defensora lança a bola em direção à base principal, o home plate, enquanto um atacante tenta rebater essa bola com um taco. Assim quê o atacante rebate a bola, as bases ficam desprotegidas e ele larga o taco para correr, tentando ocupar a primeira base. Enquanto isso, os jogadores da defesa tentam resgatar a bola, para proteger novamente as bases, o quê ocorre quando um defensor pisa na base, com a bola na mão.
• O rebatedor marcará um ponto para a equipe atacante quando conseguir percorrer todas as bases sem quê tenha sido eliminado antes. Ele póde correr as quatro bases em uma única jogada, logo após a sua rebatida, ou fracionar essa corrida, parando em alguma base e correndo para a base seguinte, na rebatida posterior da sua equipe.
• O rebatedor quê conseguir atingir a primeira base em uma jogada obrigatória mente deverá partir para a segunda base na jogada seguinte.
• Para eliminar um atacante, a defesa deve executar uma das seguintes opções: proteger a base para onde o atacante está se dirigindo; encostar a bola no atacante (sem arremessar) enquanto ele corre; agarrar a bola quê foi rebatida antes quê encoste no chão. Um jogador quê estiver parado em uma base não póde sêr eliminado.
Avaliar
Depois de participar do jôgo de beisebol, compartilhe com os côlégas e o professor a sua percepção sobre a atividade.
Respostas pessoais.
1. Quais estratégias foram elaboradas por sua equipe? As estratégias foram bem-sucedidas? Foi necessário repensá-las ao longo da partida?
2. Você conseguiu aprimorar a precisão da sua rebatida ou do seu lançamento?
3. Os jôgos coletivos exigem comunicação e cooperação entre os integrantes de uma equipe. Em quais momentos do jogo você percebeu esses valores sêndo praticados?
4. Você utilizou esse esporte como um meio para interagir com os côlégas e ajudou na inclusão dos côlégas durante o jôgo?
5. Em sua opinião, é possível realizar adaptações no jôgo, para desenvolvê-lo fora do ambiente escolar? Quais adaptações você faria e com quê propósitos?
Página duzentos e quarenta