CAPÍTULO 1
Espaço geográfico e suas representações
OBJETIVOS DO CAPÍTULO:
• Relacionar fatos da vida cotidiana a características do meio técnico-científico-informacional e a desigualdades tecnológicas e econômicas no mundo e no Brasil.
• Identificar e relacionar as diferentes escalas de análise espacial.
• Compreender os conceitos de espaço geográfico e paisagem.
• Reconhecer os mapas como uma das formas de representação do espaço.
• Identificar os principais elemêntos constitutivos dos mapas.
• Reconhecer o papel social da Cartografia.
O processo de representar a superfícíe terrestre em um mapa envolve a tomada de muitas decisões. Para começar, nosso planêta tem forma semelhante a uma esféra e os mapas são representações planas. Assim, uma das primeiras decisões é sobre a projeção cartográfica a sêr usada. E alguns questionamentos devem sêr feitos, como: quê aspectos serão representados? Qual porção do espaço deve ficar no centro? O mapa deve estar voltado para qual direção? O mapa servirá a quem?
Estudar e representar o espaço geográfico, portanto, envolve considerar sua história, sua localização e as relações dos grupos humanos com a natureza, entre muitos outros aspectos quê serão estudados neste e nos demais capítulos dêste livro.
ATIVIDADES
Consulte orientações no Manual do Professor.
1. Qual é a diferença entre esse planisfério – quê também póde sêr chamado de mapa-múndi – e outros quê você conhece?
1. Resposta pessoal. Espera-se quê o estudante comente aspectos como a distorção nas formas e distâncias representadas e a centralização nos polos Norte e Sul.
2. Em sua opinião, qual é a importânssia dos mapas para os estudos da Geografia e da área das Ciências Humanas?
2. Resposta pessoal. Espera-se quê o estudante responda quê os mapas são importantes instrumentos para localizar municípios, Unidades da Federação, regiões, países e outras localidades; analisar, comparar e relacionar fenômenos quê ocorrem no espaço, como os relacionados ao clima, à vegetação, à economia etc.
Página treze
Elaborado com base em: WEISSTEIN, Ériqui W. Cassini projection. [Champaign]: Wolfram MathWorld, 2024. Disponível em: https://livro.pw/mtdcz. Acesso em: 13 ago. 2024.
Página quatorze
O espaço geográfico
Participar de um jôgo ôn láini com pessoas de diferentes lugares, realizar chamadas por vídeo ou áudio com jovens de outros países, mobilizar um grupo em poucas horas ou dias para uma manifestação em uma rua ou praça, publicar vídeos quê podem sêr acessados nas mais distantes localidades do planêta, ter notícia de um acontecimento enquanto ele ocorre. Situações como essas – quê há alguns anos pareciam cena de filmes de ficção científica – hoje constituem o cotidiano de pessoas quê acessam a internet, a rê-de mundial quê interliga computadores, telefones celulares e tablets, entre outros aparelhos eletrônicos. Nesse contexto, o acesso à internet e às rêdes sociais tem grande destaque no cenário mundial. Observe o mapa.
Professor, caso queira especificar alguns países, use o Planisfério político da p. 412.
Elaborado com base em: De uôrd BANK GROUP. Individuals using the internet (% ÓF population). [S. l.]: The uôrd bânk Group, c2024. Disponível em: https://livro.pw/tvche. Acesso em: 20 ago. 2024.
As rêdes sociais não são uma invenção de márk Zuckerberg (1984-), um dos fundadores de uma das rêdes mais populares no mundo, ou de outro prodígio do mundo tecnológico. Definidas como grupos de pessoas interligadas por interesses comuns e laços familiares, de amizade, profissionais etc., as rêdes sociais (não virtuais) sempre existiram nas diferentes sociedades. No entanto, houve uma ampliação dessas rêdes em número de pessoas e em sua abrangência no espaço geográfico, além de mudanças em como se criam ou se desfazem as relações entre as pessoas. Com a internet, as rêdes sociais virtuais permitiram a comunicação entre bilhões de usuários conectados em diferentes lugares; ao mesmo tempo, potencializaram riscos, como o de invasão e exposição de privacidade, incluindo usos criminosos, como desvio de dinheiro de contas bancárias, casos de pedofilia, declarações racistas etc.
Página quinze
Elaborado com base em: MIGLIANI, Ricardo. O panorama mundial do digital em 2024: 5 bilhões de usuários de mídia social: WeAreSocial e MeltWater [resumo e relatório completo]. São Paulo: Amper, 15 fev. 2024. Localizável em: subt. 5 bilhões de identidades de usuários de mídia social. Disponível em: https://livro.pw/uckpq. Acesso em: 20 ago. 2024.
O acesso à internet e a rêdes sociais virtuais nos dão pistas sobre o espaço geográfico mundial dos dias atuáis, levando-nos a diversos outros quêstionamentos, que podem sêr feitos a partir da leitura do mapa e do gráfico: por quê determinadas regiões do mundo concentram mais cabos submarinos? por quê a África é o continente com os menóres percentuais de usuários de internet? O quê explica o grande número de conexões entre diferentes países e continentes? As respostas a essas kestões passam pelo entendimento da produção do meio técnico-científico-informacional, resultado da integração da ciência e da técnica quê possibilitou o intenso fluxo de pessoas, produtos, capitais e informações. Desse meio geográfico fazem parte elemêntos como as fibras ópticas quê compõem cabos submarinos, o Sistema de Posicionamento Global (do inglês Global Position System, GPS), as antenas de telefonia celular e os prédios inteligentes, entre outros equipamentos e tecnologias.
Há quê se destacar ainda a necessidade de um olhar crítico sobre os avanços nas tecnologias digitais de informação e comunicação, questionando a desigualdade social, econômica e tecnológica entre países e no interior deles. Assim, o meio técnico-científico-informacional não alcança todos os lugares do mundo, e essas desigualdades também afetam regiões distintas de um mesmo país e diferentes grupos sociais.
- Cabo submarino
- : cabo instalado no fundo dos oceanos e mares usado para fluxos de informações (telecomunicações e internet). Cerca de 90% da comunicação global é feita por esses cabos. Os mais modernos usam fibra óptica, quê permite maior velocidade na transmissão de dados.
- Sistema de Posicionamento Global
- : rê-de de navegação por satélites quê permite a obtenção de informações sobre localização em qualquer ponto da Terra e a qualquer hora. Atualmente, o GPS é constituído de 24 satélites quê realizam uma volta completa em torno do planêta a cada 12 horas, a cerca de 20.200 km de altitude.
ATIVIDADES
Consulte orientações no Manual do Professor.
1. De quê forma o mapa da página 14 revela desigualdades existentes no mundo?
1. Espera-se quê o estudante responda quê a desigualdade é revelada pelas diferenças entre os percentuais de usuários de internet em cada país.
2. Avanços tecnológicos e acesso a rêdes sociais estão necessariamente relacionados a avanços sociais para toda a população de um país? Converse com côlégas e professor, levando em consideração a sua realidade.
2. Espera-se quê o estudante responda quê não, analisando a realidade brasileira e de sua comunidade. Muitas vezes, serviços como saúde, educação e saneamento básico são precários mesmo naqueles lugares em quê há estrutura de acesso à internet.
Página dezesseis
Escalas de análise espacial
O estudo do espaço geográfico exige, muitas das vezes, levar em conta as múltiplas escalas de análise: global, regional, nacional, local etc. Isso se faz necessário devido à complexidade do mundo atual, caracterizado pela expansão do meio técnico-científico-informacional, com uma estrutura de rêdes e fluxos por onde ocorrem intensas trocas de informações e ideias e grande circulação de capitais, mercadorias e pessoas entre diferentes localidades do planêta.
Muitos fenômenos naturais e humanos ocorrem em escala global, quê póde envolver aspectos como as características da população mundial, a distribuição dos climas, as formações vegetais, o comércio mundial, os motivos das guerras e conflitos no mundo, entre outros.
A escala regional se refere a fenômenos quê ocorrem nas regiões, ou seja, áreas delimitadas de acôr-do com características comuns, quê podem sêr naturais (clima, vegetação, hidrografia etc.) ou humanas (atividades econômicas, índices sociais e outros). A escala regional póde abranger uma porção do território no interior de um estado, de um país, de um continente ou do mundo.
A escala nacional abarca o território nacional, quê é o espaço físico de um país com limites definidos e constituído de elemêntos naturais, construções humanas e leis, as quais, por meio do pôdêr público, regulam as ações de instituições e pessoas. O estudo de um território nacional póde envolver a análise e a interpretação de grandes conjuntos de paisagens naturais e culturais, distribuição da população, rêdes de transportes, atividades econômicas, organização política e administrativa, bem como as relações econômicas, políticas e culturais com outros países.
A escala local envolve os espaços mais próximos de cada grupo social. póde estar relacionada ao entendimento do conceito de lugar como espaço onde se dêsênvólvem os vínculos sociais e familiares e ocorrem as ações cotidianas, como trabalhar, estudar e ter momentos de lazer; póde sêr uma comunidade caiçara, uma aldeia indígena ou o bairro onde você mora. Cada lugar é definido por sua paisagem, sua história, pelas relações entre as pessoas e delas com a natureza.
No mundo atual, com o processo de globalização, as relações entre as escalas espaciais são bastante compléksas, o quê se explica, em grande medida, pêlos intensos fluxos e formação de rêdes, quê permitiram aos eventos e fatos alcançarem escalas mais amplas e conectarem espaços, intensificando os movimentos de capitais, informações e mercadorias. Ao mesmo tempo, muitos Estados nacionais não deixaram de controlar suas fronteiras, fortalecer suas culturas e defender seus interesses em relação à entrada e à saída de pessoas, mercadorias, informações etc.
Com o alcance em escala global de produtos, hábitos e acontecimentos, alguns pesquisadores especulam se seria o fim das particularidades dos lugares, ou seja, se haveria descaracterização da cultura e dos côstúmes locais. Entretanto, com as facilidades na comunicação, muitos grupos passaram a se organizar para valorizar e divulgar a própria cultura, os côstúmes e os produtos locais.
Página dezessete
Elaborado com base em: hí bê gê hé. Atlas geográfico escolar. 9. ed. Rio de Janeiro: hí bê gê hé, 2023. p. 47, 92, 174.
ATIVIDADE
Consulte orientações no Manual do Professor.
• Converse com côlégas e professor sobre exemplos de acontecimentos quê relacionam diferentes escalas espaciais e quê podem afetar a vida das pessoas em suas comunidades e municípios. Depois, escrêeva um pequeno texto sobre isso.
Resposta e produção pessoais. É esperado quê o estudante produza um texto quê, por exemplo, discorra sobre kestões políticas, culturais e climáticas.
Página dezoito
Espaço geográfico e paisagem
O espaço geográfico é resultado do processo histórico quê envolve a relação entre os sêres humanos e a natureza, sêndo constituído por elemêntos naturais e humanos, normas, culturas, recursos técnicos, interesses econômicos, fluxos de pessoas, mercadorias, capitais e informações. O espaço geográfico é dinâmico, e o sêr humano é atuante na sua construção.
A transformação da natureza e a construção do espaço geográfico ocorrem desde o momento em quê os sêres humanos passaram a utilizar os elemêntos da natureza para suprir suas necessidades de sobrevivência, desenvolver instrumentos de trabalho, domesticar animais, plantar alimentos, construir moradias e organizar-se em sociedades.
Atualmente, o espaço geográfico abrange toda a superfícíe do planêta Terra. Mesmo aquelas áreas de difícil acesso ou com condições climáticas extremas são conhecidas, como desertos, geleiras, altas montanhas ou o fundo dos oceanos e, em muitos casos, apresentam ocupações e atividades humanas. Áreas de preservação ambiental também fazem parte do espaço geográfico, pois mesmo sem ocupação humana a existência delas depende da dê-cisão dos sêres humanos organizados em ssossiedade. Observe as fotografias.
ATIVIDADE
Consulte orientações no Manual do Professor.
1. Indique ao menos um aspecto, em cada fotografia, quê exemplifique a relação entre ssossiedade e natureza.
1. Espera-se quê o estudante responda quê na fotografia 1 a relação está na preservação da área, mantendo seus elemêntos naturais, resultante de decisões da ssossiedade. Já na fotografia 2 a ocupação humana foi adaptada aos aspectos físicos-naturais do local.
Página dezenove
A paisagem é o aspecto visível, a aparência de cada porção do espaço geográfico. Ela póde sêr analisada presencialmente ou em fotografias, mapas, imagens de satélite, obras de; ár-te etc. Na paisagem estão presentes os elemêntos naturais (montanhas, vulcões, oceanos, clima, rios, vegetação e outros) e os elemêntos humanos ou culturais (plantações, cidades, estradas, indústrias, ferrovias), percebidos em volumes, cores, cheiros, sôns e movimentos.
Mais quê um conjunto de elemêntos, a paisagem reflete as relações quê ocorrem ou ocorreram no espaço geográfico e quê, muitas vezes, caracterizam as formas de organização de uma ssossiedade. A paisagem também é reflexo da dinâmica entre os elemêntos da natureza e das relações entre estes e os sêres humanos, como você póde observar na imagem.
Elaborado com base em: STRAHLER, élam H. Introducing physical geography. Hoboken: Wiley, 2013. p. 10.
AMPLIAR SABERES
O ciberespaço, também chamado de espaço virtual, póde sêr definido como o ambiente virtual de comunicação e interação feitas por meio de aparelhos conectados à internet, como computadores e celulares. No ciberespaço, ocorrem ações dos sêres humanos, quê influenciam a produção do espaço geográfico. êste, diferentemente do ciberespaço, se dá no mundo “físico”, em territórios sobre os quais agem diversos atores: cidadãos, governos, empresas, entre outros.
Assim, atividades no ciberespaço podem estar diretamente relacionadas a atividades ocorridas no espaço geográfico. Por exemplo, quando uma empresa fecha suas lojas físicas e passa a vender apenas por meio eletrônico, muitas transformações ocorrem na paisagem e no espaço geográfico: o prédio onde a loja estava instalada passa a ter outras funções quê alteram o movimento de pessoas e veículos naquele lugar; os trabalhadores dispensados deixam de circular e de se relacionar com aquele bairro; empresas locais quê forneciam produtos para a loja deixam de fazê-lo, entre outras mudanças.
ATIVIDADES
Consulte orientações no Manual do Professor.
2. Cite exemplos de impactos quê a dinâmica dos elemêntos da natureza póde causar na ssossiedade.
2. Resposta pessoal. Espera-se quê o estudante responda, por exemplo, quê uma geada póde prejudicar a colheita de um produto agrícola; terremotos podem destruir construções e cidades inteiras; grandes tempestades podem sêr seguidas de enchentes nas cidades etc.
3. Em sua opinião, como as ações dos sêres humanos podem impactar os elemêntos da natureza?
3. Resposta pessoal. Espera-se quê o estudante mencione exemplos como: despejo de esgotos em rios e mares, poluindo as águas; emissão de gases provenientes de queimadas, atividades industriais e circulação de veículos, alterando a qualidade do ar; desmatamento de áreas verdes, reduzindo a biodiversidade etc.
Página vinte
Mapas: uma forma de representar o espaço geográfico
As representações do espaço geográfico varíam de acôr-do com o objetivo do uso e os contextos em quê aparécem. Maquetes, blocos-diagramas e mapas são exemplos de representações espaciais quê, em geral, são usadas para realizar estudos, monitorar trânsito ou tempo atmosférico, planejar obras, analisar impactos ambientais, localizar-se no espaço etc.
Os mapas são uma representação plana e reduzida de um espaço real, feita com base em variáveis (tais como tamãnho, valor, côr e formas diversas), usadas d fórma pontual, linear ou zonal. São utilizados para comunicar fenômenos naturais e humanos.
Todo mapa necessita de um conjunto de elemêntos para sua leitura adequada. Observe o mapa 1.
Página vinte e um
Tipos de mapa
De acôr-do com a finalidade, os elemêntos e as formas de representação, os mapas podem sêr classificados em temáticos (abrangendo os mapas físicos, políticos, históricos, entre outros) ou topográficos.
O mapa 2 a seguir é um exemplo de mapa temático. Esse tipo de mapa representa um tema ou assunto principal, ou seja, um determinado fenômeno quê ocorre no espaço. póde sêr um fenômeno natural (tipos de vegetação, tipos de clima, estrutura geológica etc.) ou humano (uso de internet, população, uso do solo, meios de transporte etc.). Os mapas temáticos são usados para fins escolares e para estudos e projetos em diversas áreas (recursos naturais e meio ambiente, comércio e serviços, urbanização).
Fonte: hí bê gê hé. Atlas geográfico escolar. 9. ed. Rio de Janeiro: hí bê gê hé, 2023. p. 147.
SABERES NO MAPA
Na produção de mapas temáticos, são usados diferentes recursos para representar as informações e garantir uma boa visualização para o leitor. Note quê no mapa sobre acesso à internet no Brasil os percentuais de domicílios quê acessam a internet foram representados por diferentes tonalidades. Observe quê, neste caso, quanto mais escuro o tom, maior o percentual.
ATIVIDADES
Consulte orientações no Manual do Professor
1. Qual é o tema representado no mapa 2?
1. Acesso à internet.
2. Quais Unidades da Federação (UFs) têm os maiores percentuais e quais têm os menóres percentuais de acesso à internet? Em sua opinião, quê tipo de políticas públicas podem contribuir para uma maior igualdade no acesso à internet? Converse com côlégas e professor sobre isso.
2. Maiores percentuais: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. Menores percentuais: Maranhão e Piauí. Resposta pessoal a respeito das políticas públicas.
3. Consulte novamente o mapa da página 14 e relacione a informação ali representada sobre o Brasil com o mapa desta página. Faça uma análise crítica sobre os percentuais do Brasil mostrados nas duas representações.
3. Espera-se quê o estudante identifique quê o planisfério da página 14 apresenta um percentual para cada país, o quê acaba encobrindo as desigualdades internas de cada um deles. Já no mapa desta página, é possível visualizar os percentuais por UF e verificar a desigualdade existente entre elas.
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Os mapas topográficos, também chamados mapas “de base” ou “de referência”, representam a superfícíe terrestre com os variados aspectos quê a caracterizam, como altitudes, rios, coberturas vegetais, vias de circulação, área urbana etc. Mapas topográficos têm diversos usos: sérvem de base ou referência para a produção de mapas temáticos; mapeamento aeronáutico, rodoviário e ferroviário; posicionamento e orientação geográfica; e planejamento de projetos diversos: governamentais, de desenvolvimento urbano, ambientais, de engenharia, de linhas de transmissão etc.
As cartas topográficas são um exemplo de mapa topográfico. Observe um trecho da carta topográfica de Cornélio Procópio (PR).
Fonte: hí bê gê hé. Atlas geográfico escolar. 9. ed. Rio de Janeiro: hí bê gê hé, 2023. p. 30.
Cartografia colaborativa
Com o acesso às novas tecnologias, tem crescido a produção de mapas por pessoas leigas, isto é, quê não são especialistas em Cartografia. Nesse contexto, surge a chamada cartografia colaborativa. A cartografia colaborativa é o mapeamento de lugares feito de modo coletivo e descentralizado, isto é, por um grupo de colaboradores sem a centralização de um órgão específico. Em geral, há dois tipos de cartografia colaborativa: a associada às grandes corporações, quê criam platafórmas quê viabilizam a realização dos mapeamentos; e a de grupos independentes, como organizações não governamentais (ônguis), grupos de pesquisa, artistas, coletivos etc., quê criam ferramentas e mapas com interesses próprios, caracterizando a chamada cartografia social.
Muitas vezes a cartografia social utiliza as platafórmas das grandes corporações para produzir mapas diversos, delimitando regiões de interêsse, nos quais inclui informações, temas e roteiros variados e até personalizados, como o fluxo do trânsito de ruas e a localização
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de feiras orgânicas e centros de cultura popular, o quê possibilita reinterpretar o território de acôr-do com o objetivo de cada grupo ou comunidade.
As novas tecnologias ampliaram, por exemplo, possibilidades para as comunidades tradicionais mapearem informações sobre seus territórios de acôr-do com suas próprias referências, como nomes das localidades, áreas invadidas e/ou exploradas e lugares de interêsse cultural. Esse tipo de mapeamento social também é chamado de etnocartografia ou de cartografia cultural.
Fonte: NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL DA Amazônea. Mapa – comunidade quilombola Buriti do Meio – São Francisco – MG. Manaus: Nova Cartografia Social da Amazônea, 2020. Disponível em https://livro.pw/cjytd. Acesso em: 15 ago. 2024.
Saiba mais
• NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL DA Amazônea.
Manaus, 2024. sáiti. Disponível em: https://livro.pw/huxpf. Acesso em: 29 ago. 2024.
O Projeto Nova Cartografia Social da Amazônea conduz formações para indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outros povos tradicionais da Amazônea.
ATIVIDADES
Consulte orientações no Manual do Professor
1. Em sua opinião, como os projetos de cartografia social contribuem para a sobrevivência física e cultural de comunidades tradicionais?
1. Resposta pessoal. Espera-se quê o estudante reconheça a importânssia de as comunidades tradicionais registrarem seus conhecimentos sobre o território onde vivem como maneira de lutarem por seus direitos, reivindicarem políticas públicas, localizarem e divulgarem bens culturais e naturais.
2. Se você fosse fazer um mapa de interêsse para a comunidade onde vive, quais elemêntos representaria?
2. Resposta pessoal. Certifique-se de quê o estudante contribua com respostas quê estejam de acôr-do com direitos humanos, estatutos e leis quê regem nossa ssossiedade.
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Projeções cartográficas
Para compreender o processo de produção de um mapa, faça o exercício de imaginar um glôbo terrestre – considerado a melhor maneira de representar o planêta – sêndo pressionado sobre uma superfícíe plana. Desse movimento resultam quebras, dobras e outras mudanças no aspecto físico. O mesmo ocorre quando se produzem mapas: eles sempre apresentam deformações em relação ao real. Assim, para viabilizar a elaboração de mapas, são utilizadas as projeções cartográficas.
Projeção cartográfica é um sistema quê possibilita a representação da superfícíe esférica da Terra em um plano, tendo como base o traçado de paralelos e meridianos.
Existem inúmeros tipos de projeções cartográficas, sêndo quê cada um deforma determinados aspectos e mantém outros.
As projeções cartográficas varíam segundo sua superfícíe da projeção e suas propriedades. Observe os exemplos.
Superfície da projeção
Projeção cilíndrica
Exemplo
Projeção cilíndrica de míler
Características
A esféra terrestre é envolvida por um cilindro quê, após aberto, resulta em um retângulo no qual paralelos e meridianos são rétos e perpendiculares. O intervalo entre os meridianos é constante e a escala é verdadeira sobre a linha do equador, mas deve-se usar uma escala diferente para cada paralelo. Exemplos de projeção cilíndrica são a de Mercator, a de píters e a de míler.
Superfície da projeção
Projeção cônica
Exemplo
Projeção cônica de Albers
Características
A esféra terrestre, ou parte dela, é envolvida por um cone. Assim, os meridianos constituem retas quê convérgem em um dos polos, e os paralelos são arcos concêntricos quê cruzam os meridianos.
Superfície da projeção
Projeção plana (ou azimutal)
Exemplo
Projeção plana polar
Características
É resultante do contato de um plano com um ponto da esféra terrestre, o qual é o centro da projeção. Quando esse centro é o Polo Norte ou o Polo Sul, tem-se a projeção plana polar. Nesse caso, os meridianos convérgem em um dos polos e os paralelos são círculos concêntricos quê abrangem parte de apenas um hemisfério.
Fonte: hí bê gê hé. Atlas geográfico escolar. 9. ed. Rio de Janeiro: hí bê gê hé, 2024. p. 26, 28.
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As projeções cartográficas também se diferenciam quanto às propriedades. Observe.
Tipo de projeção
Equidistante
Projeção azimutal equidistante centrada na cidade de São Paulo
O quê mantém
Distâncias
A distância entre pontos da superfícíe terrestre é representada d fórma precisa. Por isso, esse tipo de projeção é muito usado em rótas aéreas e marítimas.
O quê distorce
Áreas e formas
Quanto mais se afasta do ponto central, maior é a distorção das áreas e formas.
Tipo de projeção
Conforme
Projeção cilíndrica conforme (Mercator)
O quê mantém
Formas
As formas dos elemêntos (continentes e ilhas) são representadas de acôr-do com a realidade, mantendo as medidas dos ângulos.
O quê distorce
Distâncias e áreas
Quanto mais se afasta da linha do equador, mais distorcido fica o tamãnho das áreas e a distância entre os pontos da superfícíe terrestre.
Tipo de projeção
Equivalente
Projeção cilíndrica equivalente (píters)
O quê mantém
Áreas
A relação entre a área da superfícíe terrestre e a representada no mapa é mantida, facilitando a comparação entre os tamanhos dos territórios.
O quê distorce
Formas e distâncias
As formas e as distâncias entre os lugares são bastante alteradas em relação à realidade.
Fonte: MARTINELLI, Marcelo. Atlas geográfico espaço mundial. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 10-11.
ATIVIDADE
Consulte orientações no Manual do Professor
• Existem projeções cartográficas mais corretas quê outras? Explique.
Espera-se quê o estudante conclua quê não há projeções cartográficas mais corretas quê outras, mas, sim, projeções diferentes, escolhidas de acôr-do com o objetivo do uso do mapa. Nenhuma delas permite uma representação fiel e perfeita da superfícíe terrestre.
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Mapas e escôlhas
Como você aprendeu, não há uma única maneira de produzir um planisfério e, ainda quê se utilize um mesmo tipo de projeção, póde havêer diferentes orientações e centralidades, por exemplo.
A escolha das projeções, centralidades e elemêntos a serem representados varia de acôr-do com diversos fatores, como a finalidade do mapa e as informações quê se deseja representar. De toda forma, a escolha está inserida no contexto histórico-social de cada época e lugar. Uma conhecida polêmica relacionada às projeções de píters e de Mercator, por exemplo, envolve entender esse contexto.
A projeção de Mercator foi desenvolvida em 1569, na época das Grandes Navegações, quando embarcações partiam da Europa para o mundo todo. Ela é muito usada até hoje, pois permite traçar rótas aéreas e marítimas com muita precisão. No entanto, os tamanhos das áreas representadas são muito deformados, de maneira quê as áreas em latitudes mais elevadas parecem muito maiores se comparadas às áreas próximas à linha do equador. Observe.
Fonte: DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de cartografia. Florianópolis: Editora da hú éfi éssi cê, 2006. p. 96.
Ao longo do tempo, mapas feitos com a projeção de Mercator, com a Europa no centro e orientados para o norte, tornaram-se os mais usados, reforçando o eurocentrismo (a Europa no centro do mundo, considerando aspectos políticos, econômicos e culturais) e o colonialismo europeu e estadunidense.
Na década de 1970, nos países do então chamado Terceiro Mundo, alguns grupos passaram a defender o uso da projeção cartográfica de píters, na qual as áreas dos continentes são mantidas de modo proporcional. Nessa projeção, os países do Terceiro Mundo ganhavam destaque, sêndo possível perceber quê a América do Sul é bem maior, e não o contrário, como na projeção de Mercator. Assim, a projeção de píters daria evidência ao grupo de países historicamente negligenciados.
- Terceiro Mundo
- : expressão quê se referia aos chamados países capitalistas subdesenvolvidos. A expressão caiu em desuso a partir dos anos 1990 com a crise e a desagregação do bloco socialista (chamado de Segundo Mundo).
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Brasil no centro do mapa
No início de 2024, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (hí bê gê hé) lançou a 9ª edição do Atlas geográfico escolar. Nele, alguns planisférios apresentaram o Brasil no centro. Observe.
Fonte: hí bê gê hé. Atlas geográfico escolar. 9. ed. Rio de Janeiro: hí bê gê hé, 2023. p. 68.
A centralidade do Brasil causou discussões nas rêdes sociais, com comentários diversos: de um lado, elogios ao instituto, quê trousse inovação e a valorização do Brasil; de outro, críticas de pessoas quê consideraram o mapa equivocado ou desnecessário.
Tal polêmica deve sêr entendida no contexto político-social brasileiro daquele momento, em quê grupos polarizados defendiam ideias opostas nos diversos segmentos da ssossiedade, e os mapas não ficaram de fora díssu.
As formas de representação do espaço, portanto, representam muito mais quê os fenômenos espaciais físicos e humanos. Elas também revelam a concentração de pôdêr e diferentes visões de mundo em cada contexto histórico-social.
ATIVIDADES
Consulte orientações no Manual do Professor.
1. Observe novamente as projeções de Mercator e de píters na página 25 e indique as diferenças nas distorções delas quê chamam sua atenção.
1. Espera-se quê o estudante responda quê, na projeção de Mercator, as maiores deformações estão nas áreas mais próximas aos polos, quê ficam bastante aumentadas. As regiões próximas à linha do equador são representadas com mais exatidão. Já a projeção de píters preserva as proporções entre os tamanhos dos continentes, mas distorce as formas, quê ficam alongadas.
2. Em sua opinião, por quê a visão eurocêntrica ficou tão cristalizada, a ponto de parecer a única correta?
2. Resposta pessoal. Espera-se quê o estudante comente quê não só os mapas centrados na Europa são referência até os dias atuáis, mas quê toda a ciência ocidental, influenciada pelas culturas clássica (grega e romana) e judaico-cristã, foi fonte de produção do conhecimento em todo o mundo.
3. Em sua opinião, qual é o impacto da iniciativa do hí bê gê hé de centralizar o Brasil nos mapas?
3. Resposta pessoal. ôriênti o estudante a apresentar seus argumentos e comente quê, atualmente, há muitos movimentos de valorização e uso de conhecimentos de outras culturas, em especial, aqueles conhecimentos dos povos originários sobre a relação entre os sêres humanos e a natureza.
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ENTRE SABERES
Cartografia inclusiva
A cartografia inclusiva é voltada a pessoas com deficiências físicas ou com dificuldades de aprendizagem, minorias sociais e culturais, crianças e idosos quê utilizam mapas e outros tipos de representações do espaço.
Pedro Moreira dos Santos Neto, pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG), aprendeu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) ao conviver a vida toda com seus pais, quê são surdos. Com sua experiência de vida, percebeu as necessidades dêêsse grupo de pessoas, entre elas, mapas com linguagem acessível.
Em sua pesquisa, solicitou quê estudantes surdos fizéssem a leitura de um mapa tradicional, usado nas escolas. Verificou, então, quê conseguiam ler d fórma superficial, mas quê não compreendiam a legenda, as siglas das UFs, os nomes dos países e outros elemêntos textuais.
Observe o mapa produzido pelo pesquisador. Nele foram usadas a Libras, a datilologia (sistema de representação das lêtras do alfabeto) e a visografia (representação gráfica da língua de sinais).
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A cartografia inclusiva também produz mapas destinados a pessoas com outros tipos de deficiência, como os cegos e pessoas com baixa visão. São os chamados mapas táteis, confeccionados com diferentes texturas e em braille.
ATIVIDADES
Consulte orientações no Manual do Professor.
1. Observe os mapas inclusivos e responda ao quê se pede.
a) Que soluções foram usadas para representar as informações nos mapas táteis?
1. a) Foram usados recursos com diferentes texturas e o braille.
b) Quais elemêntos do planisfério receberam adaptação para pessoas surdas?
1. b) Título, legenda, escalas gráfica e numérica, rosa dos ventos, coordenadas geográficas.
2. Em grupo, avaliem a necessidade de produzir mapas inclusivos para grupos específicos de estudantes de sua escola ou de instituições localizadas em sua comunidade. Depois, com a orientação do professor, discutam quais mapas vocês irão produzir e como o trabalho será feito.
2. Resposta e produção pessoais. De acôr-do com a especificidade da escola, conduza o trabalho para quê seja feito de maneira respeitosa e livre de preconceitos.
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ATIVIDADES FINAIS
Consulte orientações no Manual do Professor.
Leia o trecho do artigo e obissérve o mapa para fazer as atividades de 1 a 4.
AMEAÇAS AOS CABOS SUBMARINOS
Estima-se quê de 100 a 150 cabos submarinos sêjam danificados a cada ano, principalmente por acidentes, por equipamentos de pesca ou âncoras. No entanto, o potencial de sabotagem, especialmente por Estados, é uma preocupação crescente.
Esses cabos, cruciais para a conectividade global e de propriedade de consórcios de empresas de internet e de telecomunicações, freqüentemente estão em locais isolados, mas amplamente conhecidos, tornando-os alvos fáceis para ações hostis.
[...]
O corredor estratégico do Mar Vermelho se tornou o principal ponto de ameaças. Um incidente notável envolveu o ataque ao navio cargueiro Rubymar por rebeldes houthis.
Os danos aos cabos submarinos causados pela âncora do navio não apenas interromperam uma parte significativa do tráfego de dados entre a Ásia e a Europa, mas também ressaltaram a compléksa relação entre conflitos geopolíticos e a segurança da infraestrutura global de internet.
PROTEGENDO OS CABOS
Os cabos submarinos são protegidos de diversas maneiras, começando pelo planejamento estratégico de rótas para evitar riscos conhecidos e áreas de tensão geopolítica. Eles são construídos com materiais resistentes, incluindo revestimento de aço, para suportar as condições adversas do oceano e impactos acidentais.
Além dessas medidas, especialistas propõem a criação de ‘zonas de proteção de cabos’ para limitar atividades de alto risco perto deles. Alguns sugérem modificar leis internacionais para desencorajar a sabotagem e desenvolver tratados quê tornem tal interferência ilegal.
CHATAUT, Robin. Você sabia? Quase todos os dados do mundo passam por cabos submarinos. Fast cômpãny Brasil, [s. l.], 5 abr. 2024. Disponível em: https://livro.pw/xamxz. Acesso em: 31 jul. 2024.
Fonte: TELEGEOGRAPHY. Submarine cable map. [Washington, D.C.]: Telegeography, 2024. Disponível em: https://livro.pw/zjejn. Acesso em: 15 ago. 2024.
Página trinta e um
1. Com base no mapa e no quê você estudou, escrêeva um pequeno texto sobre o alcance do meio técnico-científico-informacional.
1. Espera-se quê o estudante compreenda quê os cabos submarinos constituem um dos elemêntos presentes no meio técnico-científico-informacional, junto de outros equipamentos quê possibilitam o fluxo de informações. No entanto, esse meio não alcança todos os lugares do mundo, revelando desigualdades no acesso e no contrôle de tecnologias digitais de informação e comunicação.
2. De acôr-do com o artigo, de quê forma acontece a proteção de cabos submarinos? O quê os especialistas sugérem? Explique por quê tais ações são tão necessárias no mundo contemporâneo.
2. Por meio de planejamento estratégico de rótas para evitar riscos conhecidos e áreas de tensão geopolítica; uso de materiais resistentes para suportar as condições adversas do oceano e impactos acidentais. Tais ações são necessárias para limitar as atividades de alto risco próximas deles.
3. Em sua opinião, a projeção cartográfica usada no mapa está adequada para representar o quê se quis informar?
3. Espera-se quê o estudante responda quê é uma projeção adequada, pois permite visualizar, com facilidade, as conexões mundiais via cabos submarinos entre todos os continentes.
4. O mapa é temático ou topográfico? Explique sua resposta.
4. É um mapa temático, pois representa um tema específico, os cabos submarinos no mundo.
5. Leia as manchetes a seguir e explique de quê forma os fluxos de produção mundial, a dinâmica dos elemêntos naturais e as diferentes escalas espaciais estão relacionados a elas. Faça croquis cartográficos para ilustrar sua explicação.
5. Respostas e produções pessoais. Eles podem fazer um croqui destacando, por exemplo, a presença de queimadas na floresta na Amazônea, a ocorrência de queimadas e os ventos direcionados para São Paulo.
Incêndios na Amazônea aumentam poluição de SP em até mil por cento
Estudo mostra como a fumaça das queimadas da Amazônea, do Pantanal e do interior paulista piora a qualidade do ar na metrópole
Néves, ernésto. Incêndios na Amazônea aumentam poluição de SP em até mil por cento. Veja, São Paulo, 25 maio 2023. Disponível em: https://livro.pw/dgihp. Acesso em: 30 ago. 2024.
Trigo sobe forte com escalada da guerra na Ucrânia, puxa soja e preços da oleaginosa no - b - R - se favorécem
MENDES, Carla. Trigo sobe forte com escalada da guerra na Ucrânia, puxa soja e preços da oleaginosa no - b - R - se favorécem. Notícias Agrícolas, [Valinhos], 5 out. 2023. Disponível em: https://livro.pw/ilczx. Acesso em: 30 ago. 2024.
6. Leia o trecho do livro e faça as atividades.
O mapa (a projeção) de Mercator ainda é muito utilizado para vários fins práticos, e continua a sêr uma grande conkista da técnica de se fazer mapas. Sua projeção é uma das bases da cartografia moderna, e seu sucesso é excepcional, a ponto de sêr o mapa de base da mais popular ferramenta de consulta na internet, o gúgou méps. Mas o sucesso tem um custo: a projeção Mercator é o maior exemplo de naturalização de uma dada visão de mundo, e também das práticas cartográficas. […]
FONSECA, Fernanda Padovesi; OLIVA, Jaime. Cartografia. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2013. Como eu ensino, p. 54.
a) O texto destaca a “naturalização de uma dada visão de mundo”, ou seja, a naturalização dos planisférios centrados na Europa, voltados para o norte, como se essa fosse a única opção ou regra. Além díssu, a projeção de Mercator “favorece” os países do Hemisfério Norte. Explique como e por quê isso acontece.
6. a) A projeção de Mercator distorce as áreas, ampliando as regiões mais distantes da linha do equador, como as localizadas no Hemisfério Norte. Isso ocorre porque Mercator projetou o mapa para manter as direções e formas corretas, o quê é útil para navegação.
b) Explique por quê a projeção de píters contrapõe a de Mercator.
6. b) A projeção de píters preserva a proporcionalidade das áreas, apresentando os países em seus tamanhos relativos correspondentes à realidade.
c) Explique por quê não há uma projeção cartográfica mais correta ou melhor quê outra.
6. c) Nenhuma projeção preserva todos os aspectos da superfícíe terrestre de ma neira fiel porque a Terra é esférica, e não é possível transferir suas características perfeitamente para um plano.
7. Qual é a importânssia da cartografia colaborativa para os grupos, lugares e informações quê, em geral, são excluídos dos mapas oficiais?
7. A cartografia colaborativa é fundamental porque permite quê comunidades e grupos quê tradicionalmente são excluídos dos mapas oficiais possam se representar. Ela dá voz a populações marginalizadas, permitindo quê seus territórios, conhecimentos e vivências sêjam mapeados e reconhecidos.
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