CAPÍTULO 7
TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS

No estado do Piauí, localiza-se Buriti dos lópes, município brasileiro conhecido como a cidade dos bordados. A técnica utilizada nesses bordados é a de fio contado, na qual os pontos, quê têm formato de pequenas cruzes, são agrupados de modo a criar figuras e padrões.

A qualidade dos bordados dessa região é amplamente reconhecida, pois o artesanato feito pelas bordadeiras de Buriti é exposto, por meio de cooperativas, em feiras e salões nacionais e internacionais.

Nos padrões dos bordados, observam-se dêzê-nhôs quê se repetem, ora lado a lado, ora refletidos uns em relação aos outros. Esses padrões de repetição retratam ideias relacionadas às transformações geométricas, assunto quê será tratado neste Capítulo.

Fontes dos dados: COLEÇÕES artesanais diferenciadas produzidas em Buriti dos lópes podem sêr vistas em Salão Internacional. In: JORNAL DA PARNAÍBA. Parnaíba, 9 nov. 2013. Disponível em: https://livro.pw/kcglx.

GILDAZIO. Antes do bordado, Buriti era a cidade das rendas. Portal buritinense: portal de notícias de Buriti dos lópes, Buriti dos lópes, 10 jan. 2011. Disponível em: https://livro.pw/utxlh. Acessos em: 23 out. 2024.

Atividade em dupla. Agora, reúna-se a um colega, e façam o quê se pede em cada questão.

1. As produções consideradas artesanato são feitas manualmente e, em geral, uma a uma, como uma toalha de mesa bordada ou mesmo uma pipa de empinar. Descrevam algum trabalho manual quê vocês já tênham feito.

Resposta pessoal.

2. Descrevam padrões quê podem sêr observados no bordado a seguir.

Resposta pessoal. Exemplo de resposta: os cachos de uva da parte superior estão refletidos em relação aos cachos de uva da parte inferior, como em um espêlho. Porém, estão deslocados para a direita, encaixando-se entre dois cachos da parte inferior.

3. Descrevam o quê vocês entendem por:

duas figuras simétricas em relação a uma reta;

duas figuras semelhantes;

duas figuras congruentes.

Ver as Orientações para o professor.

Ilustração de um bordado. Consiste em um ramo de videira com quatro cachos de uvas, igualmente espaçados. A figura alterna entre um cacho embaixo com uma folha em cima e um cacho em cima com uma folha embaixo.

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Fotografia de panos de cor branca, bordados, sobre uma mesa de madeira.

Bordados feitos por artê-zãs do Centro de Artesanato Municipal de Buriti dos lópes (PI). Fotografia de 2022.

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Introdução

Vídeo: Arte e transformações geométricas.

O artista gráfico holan-dêss Maurits Cornelis é-chêr (1898-1972) freqüentemente explorava ideias matemáticas em sua ár-te, especialmente as relacionadas à geometria e à simetria, criando obras quê fascinavam tanto matemáticos quanto artistas. Sua habilidade permitiu-lhe produzir obras quê extrapolam categorias artísticas tradicionais e continuam a intrigar e a inspirar observadores de todas as idades.

Suas obras muitas vezes apresentam padrões repetitivos quê, por meio de técnicas como a tesselação, fundem-se e se transformam de maneiras surpreendentes, como póde sêr observado na obra a seguir.

Tesselação
: padrão geométrico compôzto de repetições quê preenchem completamente uma superfícíe, sem deixar espaços vazios e sem sobreposições.

Reprodução de uma pintura com figuras em formato de répteis, uma encaixada na outra, de forma que preenchem toda a superfície.

ESCHER, Maurits Cornelis. Distribuição regular de répteis. 1942. Tinta sobre papel, 22,0 cm × 20,7 cm. Coleção particular.

Repare como o lagarto destacado em azul póde sêr associado ao lagarto destacado em vêrde por meio de um deslocamento horizontal para a direita. Além díssu, o lagarto destacado em amarelo póde sêr associado ao lagarto destacado em azul por meio de um giro em torno da ponta de suas caldas.

Tanto o deslocamento quanto o giro ilustram ideias matemáticas denominadas transformações geométricas no plano.

Pense e responda

Você já conhecia alguma obra de é-chêr? Se sim, qual?

Respostas pessoais.

Uma transformação T no plano (alfa)" é uma função bijetora T: (alfa)"(alfa)", isto é, uma função quê associa cada ponto P de (alfa)" a um único ponto P1 de (alfa)".

Chamamos P1 de imagem do ponto P pela transformação T. Para indicar essa transformação, utilizamos a notação:

P1 = T(P)

Neste Capítulo, apresentaremos dois tipos de transformações: as isométricas e as homotéticas.

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Transformações isométricas

Uma isometria no plano (alfa)" é uma transformação T quê preserva distâncias, isto é, para quaisquer dois pontos A e B do plano (alfa)" e suas imagens A1 = T(A) e B1 = T(B), temos quê:

d(A, B) = d(A1, B1)

Agora, vamos apresentar três tipos de isometrias: reflekção, translação e rotação.

Reflexão

Vamos estudar dois tipos de reflekção: a reflekção em relação a um ponto e a reflekção em relação a uma reta.

Reflexão em relação a um ponto

Dizemos quê o ponto P1 é o simétrico do ponto P em relação ao ponto A quando A é o ponto médio do segmento PP1¯. Na figura, A é ponto médio do segmento de reta PP1¯, logo o ponto P1 é o simétrico de P em relação a A, e vice-versa.

Ilustração de um segmento de reta P P'. Seu ponto médio é o ponto A.

Observe também quê, como A é o ponto médio do segmento, as distâncias de A aos pontos P e P1 são iguais, ou seja, d(A, P) = d(A, P1).

O simétrico de A em relação ao ponto A, por convenção, é o próprio ponto A.

Sendo A um ponto do plano (alfa)", a reflekção em relação ao ponto A é a transformação T quê associa cada ponto P de (alfa)" ao ponto P1 simétrico de P em relação ao ponto A.

É comum imaginarmos o ponto A como um espêlho, no qual o ponto P vê sua imagem P1 refletida em relação a A. O exemplo a seguir apresenta a figura F e sua reflekção, a figura F(minutos)", em relação ao ponto O.

Ilustração de duas casas em malha quadriculada. A primeira é denominada Figura F. A segunda é denominada Figura F' e está refletida em relação à primeira, com o telhado voltado para baixo. Ligando dois pontos correspondentes, P e P', entre as duas figuras, há um segmento de reta horizontal, com ponto médio O. Ligando outros dois pontos correspondentes entre as duas figuras, o segmento de reta também passa pelo ponto O.

Note quê OP = OP(minutos)" e OQ = OQ(minutos)". Temos, também, resultados análogos para qualquer outro ponto da figura F e sua respectiva imagem na figura F(minutos)".

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Vamos agora comparar as coordenadas dos vértices de um polígono P com as coordenadas de sua imagem PO, em quê PO é a reflekção de P em relação à origem O(0, 0) do plano cartesiano.

Ilustração de dois polígonos em um plano cartesiano quadriculado. O polígono P tem vértices nos seguintes pontos: A, abre parênteses 0 vírgula 3 fecha parênteses. B, abre parênteses menos 2 vírgula 4 fecha parênteses. C, abre parênteses menos 4 vírgula 3 fecha parênteses. D, abre parênteses menos 5 vírgula 0 fecha parênteses. E, abre parênteses menos 3 vírgula menos 2 fecha parênteses. F, abre parênteses menos 2 vírgula 1 fecha parênteses. O polígono P' tem vértices nos seguintes pontos: A', abre parênteses 0 vírgula menos 3 fecha parênteses. B', abre parênteses 2 vírgula menos 4 fecha parênteses. C', abre parênteses 4 vírgula menos 3 fecha parênteses. D', abre parênteses 5 vírgula 0 fecha parênteses. E', abre parênteses 3 vírgula 2 fecha parênteses. F', abre parênteses 2 vírgula menos 1 fecha parênteses.

Coordenadas dos vértices dos polígonos

P

A(0, 3)

B(−2, 4)

C(−4, 3)

D(−5, 0)

E(−3, −2)

F(−2, 1)

P0

A'(0, −3)

B'(2, −4)

C'(4, −3)

D'(5, 0)

E'(3, 2)

F’(2, −1)

Pela comparação, podemos dizêr quê tanto as abscissas dos vértices do polígono P(minutos)" são opostas às abscissas dos vértices correspondentes em P quanto as ordenadas dos vértices do polígono P(minutos)" são opostas às ordenadas dos vértices correspondentes em P.

Utilizando régua e compasso, podemos desenhar a imagem de um polígono ABCD dada pela reflekção em relação ao ponto O. Observe:

I. Com a régua, traçamos a reta OA.

II. Com a ponta-seca do compasso em O e com abertura de medida OA, marcamos o ponto A(minutos)" (diferente de A) na reta OA.

III. Com a régua, traçamos a reta OB.

IV. Com a ponta-seca do compasso em O e com abertura de medida OB, marcamos o ponto B(minutos)" (diferente de B) na reta OB.

V. Repetimos os passos III e IV para os vértices C e D.

VI. Com a régua, traçamos os segmentos A'B',B'C',C'D',D'A'de modo a construir o polígono A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)"D(minutos)".

Ilustração de dois polígonos refletidos, em malha quadriculada. O primeiro polígono representado possui vértices A B C D, correspondentes aos vértices A' B' C' D', nesta ordem, do segundo polígono. Todos os segmentos de reta ligando vértices correspondentes nos dois polígonos passam por um ponto O, localizado entre os dois.

Com a estratégia apresentada, podemos desenhar a reflekção de outros polígonos em relação a um ponto.

Reflexão em relação a uma reta

Dizemos quê o ponto P1 é o simétrico do ponto P em relação à reta r quando r é a mediatriz do segmento PP'¯. Na figura, r é a mediatriz do segmento de reta PP'¯, logo o ponto P1 é o simétrico de P em relação à reta r, e vice-versa.

Ilustração de um segmento de reta P P'. Pelo ponto médio do segmento passa uma reta 'r' perpendicularmente a ele.

Saiba quê...

A mediatriz de um segmento é a reta quê passa perpendicularmente pelo ponto médio dêêsse segmento.

Se o ponto P pertence à reta r, dizemos quê o seu simétrico em relação à reta r é ele próprio.

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Sendo r uma reta do plano (alfa)", a reflekção em relação à reta r é a transformação T quê associa cada ponto P de (alfa)" ao ponto P1 simétrico de P em relação a r.

É comum imaginarmos a reta r como um espêlho, no qual o ponto P vê sua imagem P1 refletida em relação a r. O exemplo a seguir apresenta a figura F e a sua reflekção, figura F(minutos)", em relação à reta r.

Note quê a distância entre um ponto da figura F e a reta r é igual à distância entre a imagem dêêsse ponto na figura F(minutos)" e a reta r. Por exemplo, o olho azul do gato da figura F dista 4 u.c. da reta r, e o olho azul do gato da figura F(minutos)" também dista 4 u.c. da reta r.

Ilustração de dois gatos em malha quadriculada. São chamados Figura F e Figura F'. Entre eles há uma reta vertical 'r'. Pontos correspondentes nas duas figuras estão a uma mesma distância da reta 'r'.

Considere o polígono P e suas imagens Py e Px, em quê Py é a reflekção de P em relação ao eixo y e Px é a reflekção de P em relação ao eixo x.

Ilustração de três polígonos ocupando os três primeiros quadrantes de um plano cartesiano. O polígono 'P' está no segundo quadrante e tem como vértices: A, abre parênteses menos 2 vírgula 5 fecha parênteses. B, abre parênteses menos 5 vírgula 5 fecha parênteses. C, abre parênteses menos 5 vírgula 2 fecha parênteses. D, abre parênteses menos 4 vírgula 3 fecha parênteses. E, abre parênteses menos 3 vírgula 2 fecha parênteses. F, abre parênteses menos 2 vírgula 3 fecha parênteses. O polígono Píndice y está no primeiro quadrante e tem como vértices: Aíndice y, abre parênteses 2 vírgula 5 fecha parênteses. Bíndice y, abre parênteses 5 vírgula 5 fecha parênteses. Cíndice y, abre parênteses 5 vírgula 2 fecha parênteses. Díndice y, abre parênteses 4 vírgula 3 fecha parênteses. Eíndice y, abre parênteses 3 vírgula 2 fecha parênteses. Fíndice y, abre parênteses 2 vírgula 3 fecha parênteses. O polígono Píndice x está no terceiro quadrante e tem como vértices: Aíndice x, abre parênteses menos 2 vírgula menos 5 fecha parênteses. Bíndice x, abre parênteses menos 5 vírgula menos 5 fecha parênteses. Cíndice x, abre parênteses menos 5 vírgula menos 2 fecha parênteses. Díndice x, abre parênteses menos 4 vírgula menos 3 fecha parênteses. Eíndice x, abre parênteses menos 3 vírgula menos 2 fecha parênteses. Fíndice x, abre parênteses menos 2 vírgula menos 3 fecha parênteses.

O qüadro a seguir mostra as coordenadas dos vértices dos três polígonos.

Coordenadas dos vértices dos polígonos

P

A(−2, 5)

B(−5, 5)

C(−5, 2)

D(−4, 3)

E(−3, 2)

F(−2, 3)

Px

Ax(−2, −5)

Bx(−5, −5)

Cx(−5, −2)

Dx(−4, −3)

Ex(−3, −2)

Fx(−2, −3)

Py

Ay(2, 5)

By(5, 5)

Cy(5, 2)

Dy(4, 3)

Ey(3, 2)

Fy(2, 3)

Ao comparar as coordenadas dos vértices dos polígonos P e Px, observamos quê as abscissas dos vértices do polígono Px são iguais às abscissas dos vértices correspondentes em P, enquanto as ordenadas correspondentes são opostas entre si. Ao fazer a mesma comparação entre as coordenadas dos vértices dos polígonos P e Py, observamos quê as ordenadas dos vértices do polígono Py são iguais às ordenadas dos vértices correspondentes em P, enquanto as abscissas correspondentes são opostas entre si.

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Figuras com simetria

Dizemos quê uma figura apresenta simetria em relação a uma reta r quando r divide a figura em duas partes, P1 e P2, de modo quê P2 seja a reflekção de P1 em relação a r. À reta r damos o nome de eixo de simetria.

Uma figura geométrica simétrica póde ter um ou mais eixos de simetria. Observe a seguir algumas figuras com os seus eixos de simetria.

Ilustração de um triângulo equilátero. Ele possui três eixos de simetria, dados por três retas, cada uma interceptando um de seus vértices.

Ilustração de um quadrado. Ele possui quatro eixos de simetria dados por quatro retas, sendo que duas delas passam pelas diagonais do quadrado e duas cruzam na metade da figura, uma verticalmente e outra horizontalmente.

Ilustração de um hexágono não convexo. Ele possui dois eixos de simetria dados por retas que o cruzam pela metade, uma verticalmente e outra horizontalmente.

Na natureza, há vários elemêntos quê transmitem a ideia de simetria em relação a uma reta, como as duas metades de uma fô-lha ou as duas metades de uma estrela-do-mar, a qual póde sêr analisada conforme cinco eixos de simetria diferentes.

Ilustração de uma folha verde com uma reta vertical azul, denominada 'eixo de simetria', traçada ao centro.

Ilustração de uma estrela do mar com cinco pontas. Cada uma das pontas é interceptada por uma reta, sendo cinco retas no total, nomeadas como 'eixo de simetria 1', 'eixo de simetria 2', 'eixo de simetria 3', 'eixo de simetria 4' e 'eixo de simetria 5'.

O eixo de simetria em uma fô-lha e os cinco eixos de simetria em uma estrela-do-mar. (As imagens estão fora de proporção.)

Pense e responda

Quantos eixos de simetria tem um pentágono regular? E um hekzágono regular?

Um pentágono regular tem cinco eixos de simetria, e um hekzágono regular, seis eixos.

Quantos eixos de simetria há em um polígono regular de n lados?

Em um polígono regular de n lados, há n eixos de simetria.

Página duzentos e sessenta e um

A obra a seguir é do renomado artista plástico baiano Rubem Valentim (1922-1991), conhecido por explorar elemêntos da cultura afro-brasileira em suas obras. Observe quê essa obra também apresenta simetria em relação a uma reta.

Pintura envolvendo formas geométricas organizadas simetricamente. Há um eixo de simetria em azul claro ao centro. Na parte superior há pequenos retângulos com recortes em V nas laterais. Logo abaixo há um conjunto de formas geométricas maiores, nas cores vermelha e preta, todas centralizadas no eixo de simetria.

VALENTIM, Rubem. Emblema 4. 1969. Acrílica sobre aglomerado, 120 cm × 73,2 cm. Museu de ár-te Moderna de São Paulo.

Saiba quê...

Cultura afro-brasileira refere-se ao conjunto de tradições, côstúmes, expressões artísticas, religiosas e sociais dos africanos e de seus descendentes na formação da ssossiedade brasileira.

Nesta coleção, trabalhamos apenas a simetria no plano. Portanto, as simetrias observadas em ele mentos da natureza e na Arquitetura serão apresentadas e consideradas apenas em fotografias.

Para acessar

BRASIL. Ministério da Cultura. Fundação Cultural palmáares. Manifestações culturais negras. Brasília, DF: MinC, 3 fev. 2023. Disponível em: https://livro.pw/ktyip. Acesso em: 28 set. 2024.

Nesse sáiti, é possível conhecer algumas manifestações culturais negras brasileiras.

Na Arquitetura, podemos observar simetrias em fachadas de edifícios, por exemplo. Observe as imagens a seguir.

Fotografia da fachada do teatro municipal do Rio de Janeiro. É um edifício com arcos, colunas e em cada lado há uma cúpula. Passando pelo centro da foto há uma reta vertical indicando o eixo de simetria.

Teatro municipal do Rio de Janeiro (RJ). Fotografia de 2024. (As imagens desta página estão fora de proporção.)

Fotografia da fachada do museu Frei Confaloni. A parte térrea e o segundo andar do edifício têm telhados horizontais e janelas retangulares. No centro da fachada há uma torre com um relógio no topo.  Pelo centro desta torre passa uma reta vertical indicando o eixo de simetria.

Museu Frei Confaloni, antiga estação ferroviária de Goiânea (GO). Fotografia de 2021.

Página duzentos e sessenta e dois

Translação

No plano, o segmento de reta orientado AB é um segmento em quê admitimos o ponto A como origem e o ponto B como extremidade. O mesmo segmento, orientado no sentido ôpôsto, tem origem em B e extremidade em A e é indicado por BA.

Nas figuras, a seta aponta para as extremidades B e D dos segmentos orientados AB e cê dê. Observe quê os segmentos são paralelos e têm o mesmo comprimento e sentidos opostos.

Ilustração de dois segmentos de reta orientados. Eles são paralelos e possuem o mesmo comprimento. O primeiro possui extremidades A e B, sendo que em B há uma pequena seta, indicando a orientação. O segundo segmento tem extremidades C e D, sendo que em D há uma seta indicando a orientação, oposta ao do primeiro segmento.

No plano, o vetor v , determinado pelo segmento orientado AB, é o conjunto de todos os segmentos orientados quê:

são paralelos ou colineares ao segmento orientado AB;

têm o mesmo comprimento (módulo) quê o segmento orientado AB;

têm o mesmo sentido do segmento orientado AB.

Ilustração de um conjunto de segmentos orientados. No centro há um vetor 'v' de extremidades A e B, como anteriormente descrito. Em torno dele há vários segmentos de reta orientados, de mesmo comprimento, com a mesma orientação e todos paralelos a 'v'.

Quando tratamos de vetores, qualquer um dos segmentos orientados do conjunto póde sêr tomado como representante. Note quê qualquer outro segmento orientado na figura anterior é também um representante do vetor v.

Sendo v um vetor do plano (alfa)", a translação pelo vetor é a transformação T quê associa cada ponto P de (alfa)" ao ponto P1, de modo quê PP1 seja um segmento orientado do vetor v.

Usamos a notação P1 = P + v para indicar a translação do ponto P pelo vetor v.

É comum imaginarmos quê o vetor v transportou o ponto P para a posição P1. Observe, no exemplo a seguir, como temos a impressão de quê cada ponto da figura F foi deslocado pelo vetor para sua nova posição, formando a figura F(minutos)".

Ilustração de duas tartarugas em malha quadriculada.  A primeira é denominada Figura F e a segunda é denominada Figura F'. Ligando um ponto na cabeça da tartaruga F e o correspondente na cabeça da tartaruga F' há um vetor 'v'. Há também um vetor 'v' ligando pontos correspondentes nas patas das tartarugas.

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Rotação

No plano, o ângulo orientado θ=AÔB é um ângulo em quê admitimos a semirreta OA como origem e a semirreta OB como extremidade. O mesmo ângulo, orientado no sentido ôpôsto, tem origem em OB e extremidade em OA e é indicado por BÔA.

Nas figuras, a seta aponta para as semirretas quê são as extremidades dos ângulos orientados AÔB e CX̂D. Observe quê esses ângulos têm sentidos opostos. Para simplificar a comunicação, vamos dizêr quê o ângulo AÔB é medido no sentido horário, enquanto o ângulo CX̂D é medido no sentido anti-horário.

Ilustração de dois ângulos. O primeiro é um ângulo A O B, denominado teta. Há uma seta indicando que ele tem origem no segmento O A e extremidade no segmento O B. O segundo é um ângulo D X C. Uma seta indica que ele tem origem em X C e extremidade em X D.

Sendo A um ponto do plano (alfa)" e θ = AÔB um ângulo orientado, a rotação de centro em A e ângulo θ é a transformação T quê associa cada ponto P de (alfa)" ao ponto P1, de modo quê:

os segmentos de reta AP¯ e AP1¯ tênham o mesmo comprimento, ou seja, AP = AP1;

a medida do ângulo PÂP1seja igual à medida do ângulo θ, ou seja, m (PÂP1) = θ;

o ângulo orientado PÂP1tenha o mesmo sentido quê o ângulo orientado AÔB.

Convencionamos quê a rotação se dará no sentido anti-horário para valores de θ positivos e no sentido horário para valores de θ negativos. Por exemplo, a figura F(minutos)" é imagem da figura F por uma rotação de um ângulo de medida 30° em torno do ponto O, enquanto a figura F(segundos)" é imagem da figura F por uma rotação de um ângulo de medida −30° em torno do ponto O.

Note quê OB = OB(minutos)" e med(BÔB')=30° (sentido anti-horário de rotação) e quê OA = OA(segundos)" e med(AÔA'')=-30° (sentido horário de rotação).

Como alternativa à utilização do sinal da medida do ângulo para indicar o sentido de rotação, pode-se deixar o sentido explícito no texto, por exemplo: a figura F(minutos)" é imagem da figura F por uma rotação de um ângulo de medida 30° no sentido anti-horário em torno do ponto O, enquanto a figura F(segundos)" é imagem da figura F por uma rotação de um ângulo de medida 30° no sentido horário em torno do ponto O.

Ilustração de um coração com suas duas imagens obtidas por rotação. O coração é denominado Figura F. Um ponto A, em sua extremidade, e um ponto B no vértice inferior estão ligados a um ponto O, em torno do qual serão feitas as rotações. A Figura F' é imagem da figura F por uma rotação no sentido anti-horário em torno do ponto O. Seu vértice inferior é o ponto B' que está ligado ao ponto O, formando um segmento. O ângulo B O B' está destacado, com origem em O B, extremidade em O B' e medida 30 graus.  A Figura F' é imagem da figura F por uma rotação no sentido horário em torno do ponto O. Um ponto A' em sua extremidade está ligado ao ponto O, formando um segmento. O ângulo A O A' está destacado, com origem em O A, extremidade em O A', e medida menos 30 graus.

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É importante destacar quê a rotação de ângulo 180° em torno de um ponto O coincide com a reflekção dessa figura em relação ao ponto O. Observe um exemplo díssu na figura a seguir.

Ilustração de dois barcos em malha quadriculada. Um está invertido em relação ao outro, com a vela voltada para baixo. Ligando um ponto ao seu correspondente nas duas figuras há um segmento cujo ponto médio é 'O' e nele está indicado um ângulo de 180 graus.

FÓRUM

Confecções indígenas

Os artefatos das comunidades indígenas trazem consigo, além de apelo visual, informações culturais relacionadas a saberes transmitidos de geração para geração.

Nas imagens a seguir, temos exemplos de grafismos indígenas na ár-te da cestaria de arumã, uma planta nativa da Amazônea, feita pelo povo baniwa, do Alto Xingu.

Fotografia de cestos com padrões geométricos tecidos no fundo. Ao lado há um detalhe do padrão tecido no fundo, em tamanho maior. São linhas retas formando pequenos quadrados, na parte de cima, e espirais, na parte de baixo.

Detalhe de grafismo de balaio e balaios confeccionados pelo povo baniwa com talo de arumã e corante natural.

Ver as Orientações para o professor.

Atividade em dupla. Converse com os côlégas e o professor sobre as kestões a seguir.

Vocês já conheciam esse tipo de grafismo? Os grafismos das imagens apresentam algum tipo de isometria?

Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes identifiquem reflekções, translações e rotações nas fotografias dos balaios.

Pesquisem sobre a; ár-te dos povos indígenas do Brasil e da sua região. Selecionem alguns grafismos pesquisados, apresentem as imagens aos côlégas e discutam a importânssia da valorização da ár-te indígena.

Pesquisa dos estudantes. Espera-se quê os estudantes compreendam quê as diferentes culturas devem sêr respeitadas e valorizadas em sua diversidade.

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ATIVIDADES RESOLVIDAS

1. Observe as figuras congruentes na malha quadriculada, em quê o lado de cada quadrado méde 1 u.c., e verifique se a figura 2 é a reflekção da figura 1 em relação à reta r. Justifique.

a) Ilustração de duas setas em malha quadriculada. Elas são denominadas 'Figura 1' e 'Figura 2'. Entre as duas há uma reta vertical 'r', posicionada de forma que sua distância a um ponto na Figura 1 é a mesma distância ao ponto correspondente na figura 2.

b)Ilustração de duas borboletas em malha quadriculada. Elas são denominadas 'Figura 1' e 'Figura 2'. Entre as duas há uma reta vertical 'r', posicionada de forma que sua distância a um ponto na Figura 1 é menor que a distância ao ponto correspondente na figura 2.

Resolução

a) Observe, na malha quadriculada, quê a reta r é a mediatriz dos segmentos determinados por qualquer ponto da figura 1 e o ponto correspondente da figura 2. Logo, a figura 2 é a reflekção da figura 1 em relação à reta r.

b) Pela malha quadriculada, temos quê a reta r não é a mediatriz de qualquer segmento de reta determinado por um ponto da figura 1 e o ponto correspondente da figura 2. Portanto, a figura 2 não é a reflekção da figura 1 em relação à reta r.

2. Quais são as isometrias das figuras F1, F2, F3 e F4 em relação à figura F na malha quadriculada a seguir? Considere a medida do lado do quadrado da malha igual a 1 u.c.

Ilustração de cabeças de coelho em malha quadriculada. A figura F representa a cabeça de um coelho com orelhas compridas, estando a orelha direita levantada e a orelha esquerda caída. Ao redor há reproduções da mesma figura, em posições diferentes. A figura Fíndice 1 está logo abaixo e à esquerda de F. É uma figura igual à F, porém rotacionada de forma que as orelhas estão voltadas para a esquerda. Abaixo da figura F está a figura Fíndice 2, com as orelhas voltadas para baixo. À direita de Fíndice 2, no canto da malha, está a figura Fíndice 3, na mesma posição da figura F. À direita da figura F está a figura Fíndice 4. Ela tem a orelha esquerda levantada e a orelha direita caída.

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Resolução

Vamos analisar caso a caso.

A figura F1 é a rotação de 90° de F em torno do ponto P no sentido anti-horário.

Trecho da malha quadriculada anteriormente descrita. Do ponto que representa o nariz da figura F parte um segmento vertical e do ponto que representa o nariz da figura Fíndice 1 parte um segmento horizontal. Os segmentos se encontram no ponto P, formando um ângulo de noventa graus.

A figura F2 é a reflekção de F em relação ao ponto O e é também a rotação de 180° de F em torno do ponto O.

Trecho da malha quadriculada anteriormente descrita. Ligando um ponto do lado direito da figura F ao seu ponto correspondente na figura Fíndice 2 há um segmento cujo ponto médio é 'O'. Nele está indicado um ângulo de 180 graus.

A figura F3 é a translação de F pelo vetor v.

Trecho da malha quadriculada anteriormente descrita. Ligando a ponta da orelha levantada da figura F à ponta da mesma orelha na figura Fíndice 3 há um vetor 'v'.

A figura F4 é a reflekção de F em relação à reta r.

Trecho da malha quadriculada anteriormente descrita. Entre a figura F e a figura Fíndice 4 há uma reta vertical 'r'.

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3. Em algumas culturas, as mandalas simbolizam harmonía e equilíbrio e, por esse motivo, são freqüentemente utilizadas na Arquitetura e em decorações. Observe a seguir a ilustração de uma mandala.

Ilustração de uma mandala. Ela possui pétalas dispostas circularmente e em camadas, com oito pétalas cada, de forma que as pétalas na mesma camada possuem os mesmos padrões de formas e cores.

Note quê parte do desenho quê compõe a mandala se repete de acôr-do com um padrão. O elemento destacado no zoom, por exemplo, repete-se outras sete vezes.

a) Como é chamada a transformação quê podemos associar às repetições do elemento destacado da mandala?

b) dêz-creva a rotação quê associa o elemento I ao elemento II destacado considerando o sentido horário. Agora, dêz-creva a rotação considerando o sentido anti-horário.

Resolução

a) Rotação em torno de um ponto (centro da mandala).

b) Como há 8 repetições, o menor ângulo de rotação é obtído pela divisão da volta completa (360°) por 8, ou seja, 3608= 45°. Assim, o elemento II é a rotação de −45° (sentido horário) do elemento I em torno do centro da mandala. Caso seja considerada a rotação em torno do centro da mandala no sentido anti-horário, o ângulo de rotação será 360° − 45° = 315°.

4. Construa um fluxograma quê indique os passos para desenhar a reflekção em relação à reta r do polígono mostrado a seguir.

Ilustração de um polígono não convexo e uma reta vertical 'r'.

Resolução

Para desenhar a reflekção de um polígono em relação a uma reta, determinamos primeiro as imagens dos vértices; em seguida, traçamos os lados do polígono. O fluxograma a seguir indica os passos necessários para essa construção.

Fluxograma com setas: Início. Seta para: 'Identifique os vértices do polígono.'. Seta para: 'Faça a reflexão de um dos vértices do polígono em relação à reta r.'. Seta para: 'Faça a reflexão de um vértice do polígono diferente de todos os anteriores em relação à reta r.'. Seta para uma caixa em formato diferente das demais: 'Todos os vértices do polígono foram refletidos?'. Se não, a seta retorna para a caixa anterior. Se sim, seta para: 'Trace os lados do polígono refletido.'. Seta para: 'Fim'.

Pense e responda

Faz diferença o vértice escolhido para começar o processo? Explique.

Não, pois cada reflekção é independente das outras.

Esse processo sérve para refletir qualquer polígono em relação a uma reta? Explique.

Sim, pois, no fluxograma, não foram utilizadas características específicas de nenhum polígono, apenas elementos gerais.

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ATIVIDADES

1. Determine em quais das imagens a seguir podemos admitir simetria em relação a uma reta. As imagens não estão em proporção.

a) Ilustração de uma borboleta de cor azul.

b) Fotografia da cabeça de um gato, voltada para frente, com os olhos abertos.

c) Fotografia de um coelho cinza.  Ele possui orelhas compridas, sendo que uma está levantada e outra está caída.

Nas imagens dos itens a e b.

2. Observe as figuras na malha quadriculada a seguir, em quê a medida do lado de cada quadrado méde 1 u.c., e responda às perguntas.

Malha quadriculada com um ponto O no centro e, ao redor, seis figuras, sendo uma delas nomeada como Figura F e as demais identificadas com números romanos de 1 a 5. Todas as figuras são formadas por quatro triângulos de formatos variados, organizados de forma que um dos lados de cada triângulo se apoia sobre uma mesma reta diagonal. A Figura F possui uma reta diagonal inclinada para a direita (do canto inferior esquerdo ao superior direito). Sobre essa diagonal estão dispostos, de baixo para cima, os seguintes triângulos: um triângulo retângulo com o vértice voltado para cima, um triângulo retângulo com o vértice voltado para baixo, um triângulo pequeno com o vértice voltado para cima e um triângulo grande com o vértice voltado para baixo. A figura 1 possui uma reta diagonal inclinada para a esquerda, com os triângulos dispostos da mesma forma que a figura F. A figura 2 é idêntica à figura F e está posicionada acima dela na diagonal, a uma distância indicada por um vetor v. Este vetor tem origem na figura 2 e extremidade na figura F. A figura 3 é idêntica à figura F e está posicionada abaixo dela na diagonal, a uma distância equivalente ao vetor v. A figura 4 possui uma reta diagonal inclinada para a direita, com os seguintes triângulos, dispostos de baixo para cima: um triângulo grande com o vértice voltado para cima, um triângulo pequeno com o vértice voltado para baixo, um triângulo retângulo com o vértice voltado para cima e um triângulo retângulo com o vértice voltado para baixo. A figura 5 possui a reta diagonal inclinada para a esquerda, com os triângulos dispostos da mesma forma que a figura 4.

a) Qual figura representa a reflekção da figura F em relação a uma reta vertical?

figura I

b) Qual figura representa a translação da figura F pelo vetor v?

figura III

c) Qual figura representa a rotação da figura F em 180° em torno do ponto O?

figura IV

3. Desenhe, em uma fô-lha de papel quadriculado, o polígono P’, quê é a reflekção do polígono P a seguir em relação à reta r.

Ilustração de um polígono não convexo 'P' de oito lados, em malha quadriculada. Abaixo há uma reta horizontal 'r'. O lado de 'P' mais próximo da reta, dista três quadradinhos dela.

Ver as Orientações para o professor.

Página duzentos e sessenta e nove

4. (Enem/MEC) Um programa de edição de imagens possibilita transformar figuras em ou

tras mais compléksas. Deseja-se construir uma nova figura a partir da original. A nova figura deve apresentar simetria em relação ao ponto O.

Ilustração de um quadrado denominado 'Figura original'. Sua metade superior, sendo um retângulo, está dividida pela diagonal em dois triângulos: um cinza, em cima, e outro preto, embaixo. A metade inferior está em branco. O vértice inferior direito é o ponto 'O'.

A imagem quê representa a nova figura é:

a) Ilustração de um retângulo. Em sua base inferior há um ponto 'O', ao centro. O retângulo em cinza e preto da ilustração anteriormente descrita fica posicionado no canto superior esquerdo do retângulo e, agora em posição vertical, ocupando o lado direito do retângulo.

b) Ilustração de um retângulo. Em sua base inferior há um ponto 'O', ao centro. O retângulo em cinza e preto da ilustração anteriormente descrita fica posicionado no canto superior esquerdo do retângulo e no canto inferior direito, porém este último com a posição das cores invertidas em relação ao primeiro: triângulo preto em cima e triângulo cinza embaixo.

c) Ilustração de um retângulo. Em sua base inferior há um ponto 'O' e dele parte um segmento vertical, dividindo o retângulo. O retângulo em cinza e preto está posicionado no lugar original e também refletido em relação ao segmento descrito, ocupando a parte superior direita.

d) Ilustração de dois quadrados. O primeiro é a figura original. Ela se une a outro quadrado pelo ponto O, em seu canto inferior direito. Neste segundo quadrado, o triângulo cinza e preto está na metade inferior, estando a metade superior em branco. As cores estão invertidas em relação à original: preto em cima e cinza embaixo.

e) Ilustração de dois quadrados. O primeiro é a figura original. Ela se une a outro quadrado pelo ponto O, em seu canto inferior direito. Neste segundo quadrado, o triângulo cinza e preto está na metade inferior, estando a metade superior em branco. As cores estão como na alternativa anterior, porém o cateto menor de cada um trocou de lado.

alternativa e

5. Observe a figura a seguir, quê representa uma pipa em uma malha quadriculada.

Ilustração de uma pipa com quatro cores, em malha quadriculada. No vértice inferior da pipa há um ponto P e, ao lado, há um vetor 'u' orientado para a esquerda.

Agora, desenhe, em uma fô-lha de papel quadriculado, as figuras obtidas a partir de cada uma das transformações a seguir.

a) Translação pelo vetor u.

Ver as Orientações para o professor.

b) Rotação de 180° em torno do ponto P no sentido anti-horário.

Ver as Orientações para o professor.

Como ficaria a figura rotacionada, se, no item b, mantendo o ângulo e o centro de rotação, fizéssemos a rotação em sentido horário?

A figura ficaria igual.

6. (Enem/MEC) A imagem apresentada na figura é uma cópia em preto e branco da tela quadrada intitulada O peixe, de Marcos Pinto, quê foi colocada em uma parede para exposição e fixada nos pontos A e B. Por um problema na fixação de um dos pontos, a tela se desprendeu, girando rente à parede. Após o giro, ela ficou posicionada como ilustrado na figura, formando um ângulo de 45° com a linha do horizonte.

Ilustração contendo duas telas com a mesma pintura de um peixe. A pintura representada na tela, em preto e branco, é de um peixe que sorri, usa gravata borboleta e tem o corpo coberto por listras e círculos. O fundo contém alguns círculos. A primeira tela tem, no canto superior esquerdo, um ponto A e, no canto inferior direito, um ponto B. Logo abaixo, o ponto A está na mesma posição, mas a tela está rotacionada, fixa somente pelo ponto B, como a anterior. Um segmento mostra que o lado direito da tela agora forma um ângulo de 45 graus com a horizontal.

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Para recolocar a tela na sua posição original, deve-se girá-la, rente à parede, no menor ângulo possível inferior a 360°. A forma de recolocar a tela na posição original, obedecendo ao quê foi estabelecido, é girando-a em um ângulo de

a) 90° no sentido horário.

b) 135° no sentido horário.

c) 180° no sentido anti-horário.

d) 270° no sentido anti-horário.

e) 315° no sentido horário.

alternativa b

7. (Enem/MEC) As figuras a seguir exibem um trecho de um quêbra-cabeças que está sêndo montado.

Observe quê as peças são quadradas e há 8 peças no tabuleiro da figura A e 8 peças no tabuleiro da figura B. As peças são retiradas do tabuleiro da figura B e colocadas no tabuleiro da figura A na posição correta, isto é, de modo a completar os dêzê-nhôs.

Ilustração de dois tabuleiros, denominados figura A e figura B. Eles possuem formato quadrado. O tabuleiro da figura A está dividido em 16 quadrados menores para encaixe das peças. Há oito peças já posicionadas nele. Os desenhos das peças consistem em quatro triângulos encaixados tendo em alguns deles formas geométricas de pétalas de flores. De cima para baixo e da esquerda para direita: A primeira peça da primeira fileira possui no triângulo da direita uma flor com pétalas arredondadas e um círculo preto ao centro. A primeira peça da segunda fileira possui no triângulo da direita uma flor com pétalas pontudas. A terceira peça da mesma fileira possui a mesma flor, no triângulo da esquerda e, nos demais, flores com pétalas arredondadas. A quarta peça da mesma fileira possui um triângulo completando a flor arredondada anterior e, no triângulo de baixo, a flor com centro de cor preta. A primeira peça da terceira fileira possui no triângulo da direita a flor com pétalas arredondadas. A última peça desta mesma fileira possui no triângulo da esquerda a flor com pétalas arredondadas e, no triângulo de cima, a flor com centro de cor preta, completando o desenho com a peça na fileira anterior. A primeira peça da quarta fileira contém, no triângulo da direita, a flor com centro em cor preta. O espaço da terceira peça está indicado por uma seta e a quarta peça desta fileira contém apenas os triângulos, sem nenhum motivo de flor. O tabuleiro da figura B tem 8 peças semelhantes às do tabuleiro anterior e há duas delas destacadas com uma seta. A peça 1 tem no triângulo de cima a flor com centro de cor preta, no triângulo da direita a flor com pétalas pontudas e no triângulo de baixo a flor com centro de cor preta. A peça 2 tem no triângulo de cima a flor com centro de cor preta e no triângulo da direita a flor com pétalas pontudas.

Disponível em: ht tp://pt.eternityii.com. Acesso em: 14 jul. 2009.

É possível preencher corretamente o espaço indicado pela seta no tabuleiro da figura A colocando a peça

a) 1 após girá-la 90° no sentido horário.

b) 1 após girá-la 180° no sentido anti-horário.

c) 2 após girá-la 90° no sentido anti-horário.

d) 2 após girá-la 180° no sentido horário.

e) 2 após girá-la 270° no sentido anti-horário.

alternativa c

8. (Cefet-MG) As cartas de um baralho tradicional possuem características para facilitar a visualização dos jogadores. A ideia é de quê elas possam sêr lidas de “cabeça para baixo”, isto é, não é necessário rotacionar uma carta em 180° para quê ela possa sêr compreendida. De fato, algumas cartas são idênticas se vistas em posições distintas, por meio de uma rotação. Considere a figura a seguir composta por cinco cartas:

Ilustração contendo cinco cartas de baralho. Elas possuem um número junto com o naipe da carta, no canto superior esquerdo e o mesmo número e naipe, invertidos, no canto inferior direito. No centro da carta, dentro de um retângulo, há desenhos dos naipes, na quantidade indicada pela carta, sendo que alguns são invertidos. A primeira carta é um quatro de paus, que contém o número quatro e trevos. A segunda é um nove de ouros, que contém o número nove e losangos. A terceira é um cinco de espadas e a quarta é um dez de espadas, que contêm o número da carta e figuras que representam a ponta de uma lança. A quinta é um 6 de copas, com figuras de corações.

O número de cartas dessa figura quê exibirão exatamente a mesma imagem após uma rotação de 180° é

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

alternativa c

Página duzentos e setenta e um

Composição de transformações

Na imagem a seguir, podemos observar duas figuras congruentes, F1 e F2, quê não são imagens uma da outra por nenhuma das isometrias estudadas até o momento.

Ilustração de duas flores em malha quadriculada. Elas ocupam os cantos da malha, sendo a 'Figura Fíndice 1' no canto superior direito e a 'Figura Fíndice 2' no canto inferior esquerdo.

No entanto, se considerarmos uma figura auxiliar F(minutos)", conseguimos identificar algumas isometrias. Acompanhe:

Continuação da ilustração anteriormente descrita. À esquerda da figura Fíndice 1 há uma reta 'r' e, à esquerda de 'r', uma flor denominada 'Figura F'', reflexão da figura Fíndice 1 em relação a 'r'. Unindo dois pontos correspondentes na extremidade da nova figura F' e da figura Fíndice 2 há um vetor 'v'.

A figura F(minutos)" é a reflekção em relação à reta r da figura F1.

A figura F2 é a translação pelo vetor v da figura F(minutos)".

Assim, dizemos quê a figura F2 é imagem da figura F1 por meio de uma composição de transformações.

Acompanhe outro exemplo. O polígono P2 póde sêr associado ao polígono P1 pela seguinte composição:

O polígono P(minutos)" é a rotação de 30° em torno do ponto O no sentido anti-horário de P1.

O polígono P(segundos)" é a translação pelo vetor ude P(minutos)".

O polígono P2 é a reflekção em relação à reta s de P(segundos)".

Ilustração de polígonos em malha quadriculada. Dois polígonos são representados perto das margens da malha. São eles, Polígono Píndice 1, à esquerda, e Polígono Píndice 2, à direita. Em relação a um ponto 'O', o polígono Píndice 1 foi rotacionado segundo um ângulo de 30 graus, gerando o Polígono P', abaixo do primeiro. O polígono P' tem em um de seus vértices um vetor 'v', para a direita, levando ao Polígono P'. Entre o polígono Píndice 2 e o polígono P' há uma reta 's'.

Página duzentos e setenta e dois

Um caso de composição de transformações interessante de sêr analisado é a composição de duas translações, quê sempre resulta em uma nova translação. Observe um exemplo a seguir.

A translação pelo vetor t é a composição da translação pelo vetor t1 seguida da translação pelo vetor t2.

Ilustração de três vasos de flores em malha quadriculada. Do primeiro, à esquerda da malha, parte um vetor 'tíndice 1' que leva a um segundo vaso, igual o primeiro. Deste último parte o vetor 'tíndice 2' levando a um terceiro vaso, também igual aos demais. Ligando o primeiro e o terceiro vaso há um vetor 't' em pontilhado.

ATIVIDADE RESOLVIDA

5. Analise as figuras a seguir e identifique isometrias quê, quando compostas, associam as figuras F1 e F2.

Ilustração de dois números em malha quadriculada. O número 1 está representando, um à margem esquerda da malha, denominado Figura Fíndice 1, e outro à margem direita, em posição invertida, denominado 'Figura Fíndice 2'.

Resolução

Uma composição possível é uma reflekção em relação a um ponto seguida de uma reflekção em relação a uma reta. Para isso, considere a figura F(minutos)", quê é a reflekção em relação ao ponto O da figura F1. Por fim, a figura F2 é a reflekção em relação à reta r da figura F(minutos)".

Continuação da ilustração anteriormente descrita. Há um terceiro número 1 representado, também invertido. Entre a figura Fíndice 1 e a figura F' há um ponto 'O'. Ligando dois pontos correspondentes nas duas figuras, um no topo e outro na base, há dois segmentos que se cruzam, passando pelo ponto 'O'. Entre a figura F' e a figura Fíndice 2 há uma reta vertical 'r'.

Página duzentos e setenta e três

ATIVIDADES

9. Copie a figura a seguir em uma fô-lha de papel quadriculado e faça o quê se pede.

Ilustração de um polígono não convexo, denominado Polígono P, em malha quadriculada. À direita do polígono há uma reta vertical 'r' e, à direita da reta, há um ponto 'O'.

a) Desenhe a imagem Pa do polígono P dada pela seguinte composição:

P1 é a reflekção em relação ao ponto O do polígono P;

Pa é a reflekção em relação à reta r de P1.

b) Obtenha a imagem Pb do polígono P dada pela seguinte composição:

P2 é a reflekção em relação à reta r de P;

Pb é a reflekção em relação ao ponto O de P2.

Ver as Orientações para o professor.

10. Copie a figura F a seguir em uma fô-lha de papel quadriculado e desenhe as figuras indicadas.

a) F1, quê é a rotação de 90° no sentido horário em torno do ponto O da figura F;

b) F2, quê é a rotação de 90° no sentido horário em torno do ponto O da figura F1;

c) F3, quê é a rotação de 90° no sentido horário em torno do ponto O da figura F2.

Para finalizar, pinte as imagens obtidas após cada rotação com cores diferentes.

Ver as Orientações para o professor.

Ilustração de um polígono não convexo em malha quadriculada. Ela possui dois lados maiores e perpendiculares entre si, unidos por um vértice 'O'. Os demais quatro lados se unem formando uma ponta.

11. Analise os polígonos congruentes a seguir e identifique isometrias quê, quando compostas, associam o polígono P1 ao polígono P2.

Ilustração de dois polígonos, denominados Polígono Píndice 1 e Polígono Píndice 2 em malha quadriculada.

Ver as Orientações para o professor.

12. (Cefet-MG). A figura representada na malha quadriculada foi disponibilizada em uma aula de Matemática juntamente com a indicação das transformações 1, 2 e 3. O professor indicou quê essas transformações deveriam sêr realizadas, nessa ordem, em tal figura.

Figura em um plano cartesiano quadriculado. Ela possui como vértices os pontos: Abre parênteses 3 vírgula 5 fecha parênteses; Abre parênteses 3 vírgula 6 fecha parênteses; Abre parênteses 5 vírgula 6 fecha parênteses; Abre parênteses 5 vírgula 4 fecha parênteses; Abre parênteses 6 vírgula 4 fecha parênteses; Abre parênteses 6 vírgula 3 fecha parênteses; Abre parênteses 4 vírgula 3 fecha parênteses, denominado 'A'; Abre parênteses 4 vírgula 5 fecha parênteses. Embaixo há três quadros indicando três transformações: Transformação 1: 'Rotação de 90 graus no sentido anti-horário em relação ao ponto A'. Transformação 2: 'Reflexão em relação ao eixo y'. Transformação 3: 'Translação de 1 unidade para baixo'.

Página duzentos e setenta e quatro

Após a realização dessas três transformações, a figura resultante está representada em

a) Figura em um plano cartesiano quadriculado. Ela possui como vértices os pontos: Abre parênteses menos 4 vírgula 0 fecha parênteses; Abre parênteses menos 5 vírgula 0 fecha parênteses; Abre parênteses menos 5 vírgula 1 fecha parênteses; Abre parênteses menos 7 vírgula 1 fecha parênteses; Abre parênteses menos 7 vírgula 3 fecha parênteses; Abre parênteses menos 6 vírgula 3 fecha parênteses; Abre parênteses menos 6 vírgula 2 fecha parênteses; Abre parênteses menos 4 vírgula 2 fecha parênteses;

b) Figura em um plano cartesiano quadriculado. Ela possui como vértices os pontos: Abre parênteses menos 1 vírgula 1 fecha parênteses; Abre parênteses menos 2 vírgula 1 fecha parênteses; Abre parênteses menos 2 vírgula 2 fecha parênteses; Abre parênteses menos 4 vírgula 2 fecha parênteses; Abre parênteses menos 4 vírgula 4 fecha parênteses; Abre parênteses menos 3 vírgula 4 fecha parênteses; Abre parênteses menos 3 vírgula 3 fecha parênteses; Abre parênteses menos 1 vírgula 3 fecha parênteses;

c) Figura em um plano cartesiano quadriculado. Ela possui como vértices os pontos: Abre parênteses menos 5 vírgula 1 fecha parênteses; Abre parênteses menos 5 vírgula 3 fecha parênteses; Abre parênteses menos 3 vírgula 3 fecha parênteses; Abre parênteses menos 3 vírgula 4 fecha parênteses; Abre parênteses menos 2 vírgula 4 fecha parênteses; Abre parênteses menos 2 vírgula 2 fecha parênteses; Abre parênteses menos 4 vírgula 2 fecha parênteses; Abre parênteses menos 4 vírgula 1 fecha parênteses;

d) Figura em um plano cartesiano quadriculado. Ela possui como vértices os pontos: Abre parênteses 1 vírgula menos 3 fecha parênteses; Abre parênteses 1 vírgula menos 5 fecha parênteses; Abre parênteses 3 vírgula menos 5 fecha parênteses; Abre parênteses 3 vírgula menos 6 fecha parênteses; Abre parênteses 4 vírgula menos 6 fecha parênteses; Abre parênteses 4 vírgula menos 4 fecha parênteses; Abre parênteses 2 vírgula menos 4 fecha parênteses; Abre parênteses 2 vírgula menos 3 fecha parênteses;

alternativa b

13. Assinale a alternativa quê apresenta a imagem Pi do polígono P dada pela composição das transformações a seguir.

1ª transformação: P(minutos)" é a rotação de 90° em torno do ponto O no sentido horário do polígono P;

2ª transformação: Pi é a reflekção em relação à reta r do polígono P(minutos)".

Ilustração de um polígono não convexo 'P' e uma reta vertical 'r'. O polígono está à esquerda da reta, possui quatro lados formando duas pontas, sendo que a ponta maior está voltada para cima e dista dois quadradinhos da reta 'r' Entre eles há um ponto 'O'.

a) Ilustração de uma reta vertical 'r' e um polígono não convexo.` O polígono da ilustração anteriormente descrita está à direita da reta, agora com a ponta maior voltada para baixo e encostada na reta 'r'.

b) Ilustração de uma reta vertical 'r' e um polígono não convexo.` O polígono da ilustração anteriormente descrita está à direita, com a ponta maior voltada para cima, a dois quadradinhos de distância da reta.

c) Ilustração de uma reta vertical 'r' e um polígono não convexo.` O polígono da ilustração anteriormente descrita está à direita, agora com a ponta maior voltada para cima e a ponta menor cruzando a reta 'r'.

d) Ilustração de uma reta vertical 'r' e um polígono não convexo.` O polígono da ilustração anteriormente descrita está com a ponta maior cruzando a reta 'r'.

alternativa d

Página duzentos e setenta e cinco

Transformações homotéticas

Na introdução do Capítulo, analisamos uma obra de é-chêr quê apresentava figuras idênticas em diferentes posições. Agora, vamos observar outra de suas obras.

Gravura contendo formas de peixes em três cores diferentes, que se encaixam entre si, preenchendo a superfície do quadro. As formas são maiores no centro e, conforme se afastam dele, ficam cada vez menores. Duas dessas figuras, uma maior e outra menor, estão contornadas em azul.

ESCHER, Maurits Cornelis. Limite quadrado. 1964. Xilogravura, 34 cm × 34 cm. Coleção particular.

Considere os dois peixes destacados em azul. Eles ilustram a noção intuitiva de duas figuras planas semelhantes. Em Matemática, dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais, por exemplo, dois quadrados são sempre semelhantes entre si.

Estudaremos, neste tópico, a associação entre dois polígonos semelhantes por meio de uma transformação geométrica denominada homotetia.

Sendo O um ponto do plano (alfa)" e k um número real, em quê k ≠ 0, a homotetia de centro em O e de razão k é a transformação T quê associa cada ponto P de (alfa)" ao ponto P1, de modo quê os pontos O, P e P1 sêjam colineares e quê:

OP1= k OP,

em quê:

OP1é o vetor determinado pelo segmento orientado OP1;e

OP é o vetor determinado pelo segmento orientado OP.

Os pontos P e P1 são chamados de homólogos.

Página duzentos e setenta e seis

Conforme o valor da razão k, classificamos as homotetias em:

diréta, quando k > 0;

invérsa, quando k < 0.

Classificamos também a homotetia em:

ampliação, quando |k| > 1;

redução, quando 0 < |k| < 1.

Na malha quadriculada a seguir, em quê o lado de cada quadrado méde 1 u.c., o polígono F(minutos)" é a redução do polígono F por uma homotetia diréta de centro O e razão k = 12.

Ilustração de dois barquinhos em malha quadriculada. O primeiro é denominado Figura F. O segundo é denominado Figura F'. Seus lados ocupam a metade da quantidade de quadradinhos ocupados pelos lados correspondentes na figura F. Ligando os pontos correspondentes B, na figura F, e B', na figura F', há uma reta pontilhada. Ligando os pontos correspondentes A, na figura F, e A' na figura F', há também uma reta pontilhada. As duas retas se encontram em um ponto 'O' fora das duas figuras.

Observe no exemplo quê:

os pontos A e A(minutos)", bem como os pontos B e B(minutos)", são homólogos.

o centro O, intersecção das retas AA' e BB', não pertence ao segmento AA'¯ nem ao segmento BB'¯. Isso ocorre quando a homotetia é diréta.

a razão de homotetia k é positiva e póde sêr determinada por:

d(O, A(minutos)") = k d(O, A) k = d(O,A')d(O,A)=714=12

a razão de semelhança entre os polígonos F(minutos)" e F é igual à razão de homotetia.

O exemplo a seguir ilustra, em uma malha quadriculada, na qual o lado de cada quadrado méde 1 u.c., o polígono P(minutos)", quê é uma ampliação do polígono P por uma homotetia invérsa de centro O e razão k = -32.

Ilustração de dois polígonos não convexos, em malha quadriculada. O polígono da esquerda é denominado 'P' e possui como vértices os pontos A, B, C, D e E. O polígono da direita, denominado P', é maior que o primeiro e possui como vértices os pontos A', B', C', D' e E'. Ligando pontos correspondentes nos dois polígonos há retas pontilhadas que se cruzam em um ponto 'O', entre os dois.

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Observe no exemplo quê:

o centro O, intersecção das retas BB' e EE' pertence ao segmento BB' e pertence também ao segmento EE'. Isso ocorre quando a homotetia é invérsa.

a razão de homotetia k é negativa e póde sêr determinada por:

k=d(O,D')d(O,D)=-32

uma homotetia invérsa de razão igual a −1 seria igual a uma reflekção em relação a um ponto.

Para construir a ampliação diréta de um polígono por uma homotetia, primeiro, determinamos as imagens de seus vértices e, depois, traçamos os lados. Acompanhe o passo a passo.

1. Dados o quadrilátero ABCD, o centro O da homotetia e sua razão k = 2, traçamos as retas quê passam por O e por cada um dos vértices do quadrilátero.

Ilustração de um quadrilátero A B C D em malha quadriculada. Fora do quadrilátero há um ponto 'O' e há retas pontilhadas passando por ele e por cada um dos vértices do polígono.

2. Como k > 0, trata-se de uma homotetia diréta, portanto os vértices A(minutos)", B(minutos)", C(minutos)" e D(minutos)" do polígono ampliado devem estar nas semirretas OA, OB, OCe OD respectivamente, de modo quê OA(minutos)" = 2 ⋅ OA, OB(minutos)" = 2 ⋅ OB, OC(minutos)" = 2 ⋅ OC e OD(minutos)" = 2 ⋅ OD. Para se obterem as medidas OA(minutos)", OB(minutos)", OC(minutos)" e OD(minutos)", os comprimentos OA, OB, OC e OD devem sêr medidos com régua graduada diretamente na figura e substituídos nas equações indicadas anteriormente. A partir díssu, obtemos os vértices da nova figura.

3. Com a régua, traçam-se os segmentos A'B'¯, B'C'¯, C'D'¯ e D'A'¯, lados do quadrilátero A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)"D(minutos)", imagem do quadrilátero ABCD pela homotetia considerada.

Continuação da ilustração anteriormente descrita. Nas retas pontilhadas, fora do primeiro quadrilátero e a uma certa distância dele, há os pontos A', B', C', D' e E', de forma que A' está na reta que passa por A, B' está na reta que passa por B, C' está na reta que passa por C e D' está na reta que passa D. O novo quadrilátero é maior que o primeiro.

Carrossel de imagens: A geometria no fazer artístico.

Página duzentos e setenta e oito

ATIVIDADE RESOLVIDA

6. Construa a imagem A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)" do triângulo ABC por uma homotetia invérsa de centro O, de modo quê a área do triângulo A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)" seja 19 da área do triângulo ABC.

Ilustração de um triângulo A B C e um ponto 'O' fora dele.

Resolução

Sendo SABC e SA(minutos)"B(minutos)"C(minutos)", respectivamente, as áreas dos triângulos ABC e A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)", pelo enunciado, temos quê:

SA(minutos)"B(minutos)"C(minutos)" = 19 SABC SABC = 9 ⋅ SA(minutos)"B(minutos)"C(minutos)"

A razão de homotetia k é a razão de semelhança entre os triângulos A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)" e ABC. Desse modo, a razão de homotetia elevada ao quadrado é igual à razão entre as áreas dos triângulos A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)" e ABC, ou seja:

k2=SA'B'C'SABCk2=SA'B'C'9SA'B'C'k2=19k=±13

Como se trata de uma homotetia invérsa, temos quê k < 0. Logo, k = -13.

Agora, podemos seguir o passo a passo:

1. Traçamos as retas OA, OB e OC.

Continuação da ilustração anteriormente descrita. Há retas ligando cada um dos vértices do triângulo ao ponto 'O'.

2. Como se trata de uma homotetia invérsa, os vértices A(minutos)", B(minutos)" e C(minutos)" devem estar nas semirretas opostas a OA, OB e OC respectivamente, de modo quê OA'=13OA, OB(minutos)" = OB'=13OB e OC'=13OC, lembrando quê os comprimentos OA, OB e OC são medidos com régua graduada diretamente na figura. Dessa maneira, obtemos os vértices da homotetia.

Continuação da ilustração anteriormente descrita. Nas semirretas que se formaram após o cruzamento com o ponto 'O' há três pontos: 'A'' na mesma reta do ponto 'A'. 'B'' na mesma reta do ponto 'B'. 'C'' na mesma reta do ponto 'C'.

3. Com a régua, traçam-se os segmentos A'B'¯, B'C'¯ e C'A'¯ lados do triângulo A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)", imagem do triângulo ABC pela homotetia considerada.

Continuação da ilustração anteriormente descrita. Ligando os pontos A', B' e C' há um triângulo, menor que o triângulo A B C.

Página duzentos e setenta e nove

ATIVIDADES

14. Sabendo quê a figura 2 é a imagem da figura 1 por uma homotetia, faça o quê se pede.

Ilustração de duas figuras em malha quadriculada. A figura 1 está apoiada sobre um de seus lados que ocupa cinco quadrados da malha. O lado correspondente a este na outra figura, denominada figura 2, ocupa apenas um quadrado da malha. A figura 2 está invertida em relação à primeira.

a) Classifique a homotetia em diréta ou invérsa.

homotetia invérsa

b) Calcule a razão de homotetia. Para isso, considere a medida do lado dos quadrados da malha quadriculada igual a 1 u.c.

−0,2

15. Na figura a seguir, o triângulo AB(minutos)"C(minutos)" é a imagem do triângulo ABC por uma homotetia.

Ilustração de um triângulo em malha quadriculada. O triângulo A B C  está apoiado sobre seu lado B C, que ocupa 11 quadrados da malha. Por um ponto 'B' em A B e um ponto 'C' em A C, foi traçado um segmento paralelo ao lado B C, que ocupa 4 quadrados da malha.

Determine:

a) o centro da homotetia;

ponto A

b) a razão da homotetia.

411

16. Copie a figura a seguir em uma fô-lha de papel quadriculado e desenhe a imagem do quadrilátero ABCD pela homotetia de centro C e razão -12.

Ilustração de um polígono A B C D em malha quadriculada.

Ver as Orientações para o professor.

17. A área de um triângulo ABC é 8 vezes a área de um triângulo A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)". Qual é a razão da homotetia diréta entre o triângulo maior e o triângulo menor?

22

18. As figuras 1 e 2 são imagens por homotetias da figura F. Para cada uma delas, determine a classificação da homotetia e sua razão. Considere a medida do lado dos quadrados da malha quadriculada como 1 u.c.

Ilustração de três números em malha quadriculada. Há três números 4 representados. O primeiro é denominado Figura F. O lado maior do número ocupa cinco quadrados da malha. À esquerda está a Figura 1, maior que a figura F, com lado maior ocupando nove quadrados da malha. À direita da figura F está a Figura 2, em posição invertida, voltada para baixo, menor que as demais e com lado maior ocupando três quadrados da malha.

Figura 1: ampliação diréta; a razão de homotetia é 1,8.

Figura 2: redução invérsa; a razão de homotetia é −0,6.

A figura 2 é imagem da figura 1 por homotetia? Se sim, qual é a razão dessa homotetia?

sim, -13

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Transformações geométricas e matrizes

Acompanhe, neste tópico, o estudo das transformações geométricas por meio de matrizes.

Ilustração de pontos em um plano cartesiano quadriculado. São eles: 'A', abre parênteses 2 vírgula 1 fecha parênteses. 'B', abre parênteses 3 vírgula 0 fecha parênteses. 'C', abre parênteses 1 vírgula menos 2 fecha parênteses.

Um ponto P(x, y) do plano cartesiano póde sêr representado pela matriz coluna P=[xy]. Por exemplo, os pontos A(2, 1), B(3, 0) e C(1, −2), representados no plano cartesiano a seguir, em notação matricial, são expressos por:

A=[21]B=[30] C=[1-2]

Os vértices A(2, 1), B(3, 0) e C(1, −2) de um triângulo, no plano cartesiano, podem sêr representados pela seguinte notação matricial:

[xAxBxCyAyByC], ou seja [23110-2].

Reflexão em relação aos eixos coordenados

Em um plano cartesiano, a reflekção em relação ao eixo x associa um ponto (a, b) do plano ao ponto (a, −b). Essa associação póde sêr ôbitída por meio da multiplicação matricial:

[100-1][ab]=[a-b],

em quê [100-1] é denominada matriz de reflekção em relação ao eixo x.

A reflekção em relação ao eixo y associa um ponto (a, b) do plano ao ponto (−a, b), associação quê póde sêr ôbitída pela multiplicação matricial:

[-1001][ab]=[-ab],

em quê [-1001] é denominada matriz de reflekção em relação ao eixo y.

Exemplo:

Os vértices de um triângulo em um plano cartesiano são A(2, 1), B(3, 0) e C(1, −2). As coordenadas dos vértices do triângulo A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)", reflekção do triângulo ABC em relação ao eixo y, são dadas pela multiplicação entre a matriz de reflekção em relação ao eixo y e a matriz quê contém as coordenadas dos vértices do triângulo ABC, isto é:

[-1001][xAxBxCyAyByC]=[xA'xB'xC'yA'yB'yC']

Página duzentos e oitenta e um

Substituindo os valores das coordenadas e efetuando a multiplicação, temos:

[-1001][23110-2]=[-2-3-110-2]

Portanto, as coordenadas dos vértices do triângulo A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)" são A(minutos)"(−2, 1), B(minutos)"(−3, 0) e C(minutos)"(−1, −2). Observe a ilustração dessa reflekção no plano cartesiano.

Ilustração de dois triângulos em um plano cartesiano. O triângulo A B C possui vértices: 'A', abre parênteses 2 vírgula 1 fecha parênteses. 'B', abre parênteses 3 vírgula 0 fecha parênteses. 'C', abre parênteses 1 vírgula menos 2 fecha parênteses. O triângulo A' B' C' possui vértices: A', abre parênteses menos 2 vírgula 1 fecha parênteses. B', abre parênteses menos 3 vírgula 0 fecha parênteses. C', abre parênteses menos 1 vírgula menos 2 fecha parênteses.

Pense e responda

Quantas linhas e quantas colunas terá uma matriz quê representa um hekzágono?

duas linhas e seis colunas

Translação

Para representar um vetor v em notação matricial, utilizamos como representante de v o segmento orientado cuja origem coincide com a origem do sistema cartesiano, e sua extremidade (x, y) é indicada pela matriz coluna [xy], ou seja: v=[xy].

Por exemplo, entre os segmentos orientados de v dispostos no plano cartesiano a seguir, consideramos o destacado em vermelho e, assim, denotamos o vetor por v=[34] .

Ilustração de um vetor e seus representantes, em um plano cartesiano. Um vetor em vermelho possui origem na origem do sistema cartesiano e extremidade no ponto abre parênteses 3 vírgula 4 fecha parênteses. Seus representantes são os vetores com: Origem no ponto abre parênteses 5 vírgula 3 fecha parênteses e extremidade no ponto abre parênteses 8 vírgula 7 fecha parênteses. Origem no ponto abre parênteses 5 vírgula 0 fecha parênteses e extremidade no ponto abre parênteses 8 vírgula 4 fecha parênteses. Origem no ponto abre parênteses 1 vírgula menos 4 fecha parênteses e extremidade no ponto abre parênteses 4 vírgula 0 fecha parênteses. Origem no ponto abre parênteses 6 vírgula menos 3 fecha parênteses e extremidade no ponto abre parênteses 9 vírgula 1 fecha parênteses. Origem no ponto abre parênteses menos 5 vírgula menos 3 fecha parênteses e extremidade no ponto abre parênteses menos 2 vírgula 1 fecha parênteses. Origem no ponto abre parênteses menos 4 vírgula 2 fecha parênteses e extremidade no ponto abre parênteses menos 1 vírgula 6 fecha parênteses.

Representantes do vetor v no plano cartesiano.

Para determinar as coordenadas (x(minutos)", y(minutos)") da imagem P(minutos)", em quê P(minutos)" é a translação do ponto P(x, y) pelo vetor v=[ab], em um plano cartesiano, efetuamos a seguinte adição matricial:

[xy]+[ab]=[x'y']

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Por exemplo, as coordenadas do ponto A(minutos)", translação do ponto A(4, 2) pelo vetor u=[-3-1], são (1, 1), pois:

[42]+[-3-1]=[11]

A figura ilustra essa translação.

Ilustração de um vetor e sua translação, em um plano cartesiano. O vetor 'u' possui origem na origem do sistema cartesiano e extremidade no ponto abre parênteses menos 3 vírgula menos 1 fecha parênteses. Um vetor em linha pontilhada está representado, com origem no ponto 'A' de coordenadas abre parênteses 4 vírgula 2 fecha parênteses e extremidade no ponto A' de coordenadas abre parênteses 1 vírgula 1 fecha parênteses.

As coordenadas do vetor de translação seguem um padrão, as translações para a direita têm a coordenada x do vetor positiva e as translações para a esquerda têm a coordenada x do vetor negativa. De modo similar, as translações para cima têm a coordenada y do vetor positiva e as translações para baixo têm a coordenada y do vetor negativa. Desse modo, a translação de 3 unidades para a direita e duas unidades para baixo é expressa pelo vetor v=[3-2].

Quando queremos encontrar as coordenadas de todos os vértices de um polígono P(minutos)", em quê P(minutos)" é a translação pelo vetor v=[ab] do polígono P quê possui n vértices, devemos adicionar a matriz quê contém as coordenadas de P com a matriz quê contém n colunas iguais a ab.

Exemplo:

Os pontos A(1, 1), B(3, 0) e C(4, 2) são vértices de um triângulo. As coordenadas do triângulo A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)", translação 4 unidades para a esquerda e duas unidades para cima do triângulo ABC, são obtidas pela adição:

[134102]+[-4-4-4222]=[-3-10324]

Portanto, os vértices do triângulo A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)" são A(minutos)"(−3, 3), B(minutos)"(−1, 2) e C(minutos)"(0, 4).

Ilustração de dois triângulos em um plano cartesiano. O triângulo A B C possui vértices: A, abre parênteses 1 vírgula 1 fecha parênteses. B, abre parênteses 3 vírgula 0 fecha parênteses. C, abre parênteses 4 vírgula 2 fecha parênteses. O triângulo A' B' C' possui vértices: A', abre parênteses menos 3 vírgula 3 fecha parênteses. B', abre parênteses menos 1 vírgula 2 fecha parênteses. C', abre parênteses 0 vírgula 4 fecha parênteses.

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Rotação com centro na origem

Para determinar as coordenadas (x(minutos)", y(minutos)") da imagem P(minutos)", em quê P(minutos)" é a rotação do ponto P(x, y) de um ângulo orientado (alfa)", com (alfa)" > 0, em torno da origem do plano cartesiano, efetuamos a seguinte multiplicação matricial:

[cosα-senαsenαcosα][xy]=[x'y']

Como (alfa)" > 0, o sentido de rotação é anti-horário.

Exemplo:

Considere os pontos A(−1, 4), B(1, 2), C(−3, 2) e D(−3, 4) vértices de um quadrilátero. A rotação com centro na origem do plano cartesiano e ângulo 90° dêêsse quadrilátero resultará em uma imagem cujos vértices são obtidos pela seguinte multiplicação:

[cos90-sen90sen90cos90][-11-3-34224]==[0-110][-11-3-34224]=[-4-2-2-4-11-3-3]

Desse modo, temos quê as coordenadas dos vértices da imagem são A(minutos)"(−4, −1), B(minutos)"(−2, 1), C(minutos)"(−2, −3) e D(minutos)"(−4, −3). A figura a seguir ilustra essa rotação.

Ilustração de dois trapézios em um plano cartesiano. O trapézio A B C D possui vértices: A, abre parênteses menos 1 vírgula 4 fecha parênteses. B, abre parênteses 1 vírgula 2 fecha parênteses. C, abre parênteses menos 3 vírgula 2 fecha parênteses. D, abre parênteses menos 3 vírgula 4 fecha parênteses. O trapézio A' B' C' D' possui vértices: A', abre parênteses menos 4 vírgula menos 1 fecha parênteses. B', abre parênteses menos 2 vírgula 1 fecha parênteses. C', abre parênteses menos 2 vírgula menos 3 fecha parênteses. D', abre parênteses menos 4 vírgula menos 3 fecha parênteses. Unindo o vértice B à origem do sistema cartesiano e o vértice B' à mesma origem, há dois segmentos de reta perpendiculares entre si.

Quando a medida do ângulo orientado de rotação (alfa)" for negativa, o sentido de rotação é horário. Nesse caso, consideramos quê uma rotação de ângulo (alfa)" no sentido horário equivale a uma rotação de ângulo de medida igual a 360° − (alfa)" no sentido anti-horário. Por exemplo, rotacionar 30° no sentido horário um ponto P em torno da origem do sistema cartesiano equivale a rotacionar o mesmo ponto 330° no sentido anti-horário, pois 360° − 30° = 330°.

Um caso particular de rotação em torno da origem do sistema cartesiano é quando o ângulo (alfa)" é igual a 180°, pois essa rotação coincide com a reflekção em relação à origem do sistema. Nesse caso, para obtêr as coordenadas (x(minutos)", y(minutos)") da imagem P(minutos)", em quê P(minutos)" é a reflekção do ponto P(x, y) em relação à origem, efetuamos a seguinte multiplicação matricial:

[cos180-sen180sen180cos180][xy]=[x'y'][-100-1][xy]=[x'y']

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ATIVIDADES RESOLVIDAS

7. Determine as coordenadas da imagem A(minutos)", quê é a translação do ponto A(21, 35) pelo vetor vindicado na figura a seguir.

Ilustração de um vetor 'v' em um plano cartesiano. Possui origem no ponto de coordenadas abre parênteses 4 vírgula 1 fecha parênteses e extremidade no ponto de coordenadas abre parênteses 2 vírgula 4 fecha parênteses.

Resolução

O vetor vdetermina a translação duas unidades para a esquerda e 3 unidades para cima, logo v = [-23] . Como A=[2135] , temos: [2135]+[-23]=[1938]

Portanto, as coordenadas da imagem são A(minutos)"(19, 38).

8. Considere os pontos A(18, −2), B(3, −5), C(−16, 4) e D(6, 6). A imagem do quadrilátero ABCD após uma reflekção em relação à origem e uma translação de 12 unidades para a direita e 15 unidades para baixo é o quadrilátero A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)"D(minutos)". Obtenha as coordenadas dos vértices do quadrilátero A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)"D(minutos)".

Resolução

A reflekção em relação à origem coincide com o caso particular de rotação em quê (alfa)" = 180°. Desse modo, para encontrar as coordenadas dos vértices do quadrilátero A(minutos)"B(minutos)"C(minutos)"D(minutos)", fazemos:

[xA'xB'xC'xD'yA'yB'yC'yD']=[cos180-sen180sen180cos180][xAxBxCxDyAyByCyD]+[121212-15-15-15-15-15-15][xA'xB'xC'xD'yA'yB'yC'yD']=[-100-1][183-166-2-546]+[121212-15-15-15-15-15]==[-18-316-625-4-6]+[12121212-15-15-15-15][xA'xB'xC'xD'yA'yB'yC'yD']=[-69286-13-10-19-21]

Temos, portanto, as seguintes coordenadas: A(minutos)"(−6, −13), B(minutos)"(9, −10), C(minutos)"(28, −19) e D(minutos)"(6, −21).

ATIVIDADES

19. Determine as coordenadas dos vértices da imagem quê resulta de uma reflekção em relação ao eixo y do hekzágono de vértices A(2, 2), B(1, 4), C(−2, 4), D(−3, 0), E(−1, −3) e F(1, −2).

A(minutos)"(−2, 2), B(minutos)"(−1, 4), C(minutos)"(2, 4), D(minutos)"(3, 0), E(minutos)"(1, −3) e F(minutos)"(−1, −2)

20. Assinale a matriz quê representa o vetor de uma translação de 4 unidades para a esquerda.

a) [40]

b) [04]

c) [-40]

d) [0-4]

e) [4-4]

alternativa c

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21. Considere o vetor v representado na figura a seguir.

Ilustração de um vetor 'v' em um plano cartesiano. Possui origem no ponto de coordenadas abre parênteses 4 vírgula 3 fecha parênteses e extremidade no ponto de coordenadas abre parênteses 1 vírgula 1 fecha parênteses.

Se P(minutos)"(16, −4) é a imagem do ponto P pela translação pelo vetor v, então:

a) P = [17-3]

b) P = [13-6]

c) P = [19-2]

d) P = [18-5]

e) P = [8-5]

alternativa c

22. Considere os pontos A, B, C, D, E e F no plano cartesiano e faça o quê se pede.

Ilustração de pontos em um plano cartesiano quadriculado. São eles: 'A', abre parênteses 3 vírgula 1 fecha parênteses. 'B', abre parênteses menos 2 vírgula 4 fecha parênteses. 'C', abre parênteses menos 2 vírgula menos 2 fecha parênteses. 'D', abre parênteses 2 vírgula 0 fecha parênteses. 'E', abre parênteses 0 vírgula 3 fecha parênteses. 'F', abre parênteses menos 4 vírgula menos 1 fecha parênteses.

a) escrêeva as coordenadas dos pontos A, B, C, D, E e F em notação matricial.

A=[31], B=[-24], C=[-2-2], D=[20], E=[03] e F=[-4-1]

b) Determine as coordenadas das imagens A1, B1 e C1, sabendo quê elas são, respectivamente, a reflekção em relação ao eixo x dos pontos A, B e C.

A1 (3, −1), B1 (−2, −4) e C1 (−2, 2)

c) Determine as coordenadas dos vértices do triângulo A2B2C2, imagem do triângulo ABC pela translação de vetor v=[13].

A2 (4, 4), B2 (−1, 7) e C2 (−1, 1)

d) Determine as coordenadas dos pontos D1, E1 e F1 e das imagens, respectivamente, dos pontos D, E e F por uma reflekção em relação ao eixo y.

D1 (−2, 0), E1 (0, 3) e F1 (4, −1)

e) Determine as coordenadas dos vértices do triângulo D2E2F2, imagem do triângulo DEF por uma rotação de 60° em torno da origem do sistema cartesiano.

D2(-1,-3),E2(-332,32)e F2(-4+32,-43-12)

23. Considere a matriz [11452563]. Sabendo quê ela representa todas as coordenadas dos vértices do polígono P, determine:

a) o nome do polígono P.

quadrilátero

b) a matriz quê representa as coordenadas dos vértices da imagem ôbitída pela reflekção em relação ao eixo x do polígono P.

[1145-2-5-6-3]

c) a matriz quê representa as coordenadas dos vértices da imagem ôbitída pela translação duas unidades para a direita e 4 unidades para baixo do polígono P.

[3367-212-1]

d) a matriz quê representa as coordenadas dos vértices da imagem ôbitída pela rotação de 90° em torno da origem do sistema cartesiano do polígono P.

[-2-5-6-31145]

24. A equação matricial quê fornece a imagem P(minutos)"(x(minutos)", y(minutos)") de um ponto P(x, y) pela rotação de ângulo (alfa)", com (alfa)" < 0, em torno da origem do sistema cartesiano é:

a) [x'y']=[-cosαsen αsen α-cosα][xy]

b) [x'y']=[cosαsen α-sen αcosα][xy]

c) [x'y']=[cosα-sen α-sen αcosα][xy]

d) [x'y']=[cosαsen αsen α-cosα][xy]

e) [x'y']=[cosα-sen αsen α-cosα][xy]

alternativa b

25. Obtenha as coordenadas A(minutos)", B(minutos)", C(minutos)" e D(minutos)" dos vértices da imagem ôbitída pela rotação de 45° em torno da origem do sistema cartesiano do quadrilátero ABCD representado na figura.

Ilustração de um quadrilátero A B C D em um plano cartesiano. As coordenadas dos vértices são: A, abre parênteses 1 vírgula 5 fecha parênteses. B, abre parênteses menos 2 vírgula 2 fecha parênteses. C, abre parênteses 1 vírgula menos 1 fecha parênteses. D, abre parênteses 4 vírgula 2 fecha parênteses.

A'(-22,32),B'(-22,0),C'(2,0)e D'(2,32)

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CONEXÕES com...
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
êstér Mahlangu e a cultura ndebele

Os povos africanos são reconhecidos por sua riqueza e diversidade. Nesse contexto, a cultura ndebele surge como uma das expressões mais distintas e fascinantes. De origem situada entre a África do Sul e o Zimbábue, o povo ndebele é conhecido por sua ár-te visual colorida e geométrica. A artista êstér Mahlangu, cujo trabalho apresenta a herança visual dos ndebele, ultrapassou fronteiras e compartilhou a beleza e a profundidade da cultura africana com o mundo. Para saber um pouco mais sobre a artista e a cultura ndebele, leia os textos a seguir.

êstér Mahlangu

Nasceu em 1935, [em] Middelburg, África do Sul.

Vive e trabalha em Mabhoko.

êstér Mahlangu faz parte da comunidade Ndebele em Gauteng, localizada no norte de Pretória. Os Ndebele, ao contrário de muitas outras tribos da África do Sul, conseguiram preservar suas tradições ancestrais centenárias. Apesar de sêr uma ssossiedade patriarcal, o patrimônio artístico é transmitido de mãe para filha; quando uma jovem atinge a puberdade, ela se retira da ssossiedade masculina por três meses e aprende os padrões cerimoniais do bordado Ndebele – no século XIX, essa tradição foi estendida a pinturas decorativas nas paredes, também executadas exclusivamente pelas mulheres Ndebele.

êstér Mahlangu é uma importante defensora dessa tradição. Ela desenha à mão livre, sem medir ou esboçar primeiro, usando tintas vinílicas luminosas e de alto contraste quê conferem um vigor extraordinário aos seus murais. Embora à primeira vista pareçam puramente abstratas, suas composições são construídas com base em um sistema altamente inventivo de signos e símbolos. Mahlangu é a primeira artista Ndebele a transpor pinturas murais para telas e a levar as convenções de sua obra de; ár-te para uma arena mais ampla. Em 1989, ela veio a Paris para criar murais para a exposição Magiciens de la Terre e, ao concordar em realizar outros trabalhos[…], Mahlangu tornou a; ár-te de Ndebele celebrada no mundo inteiro. Ela declarou: “Minha mãe e minha avó me ensinaram a pintar quando eu tinha dez anos. Tenho estado ocupada com isso desde então e sempre gostei. Quando estou pintando meu coração é muito amplo, ele se estende. Isso me faz me sentir muito, muito feliz.”

ESTHER Mahlangu. Genebra: Caacart: The Pigozzi African Art collécxion, 2024. Tradução nossa. Disponível em: https://livro.pw/jqwvg. Acesso em: 3 set. 2024.

Fotografia de uma mulher indígena. Ela possui pele negra, está vestida com trajes típicos e sentada em uma cadeira, em frente a grandes painéis com padrões geométricos pintados em cores vibrantes.

A artista visual sul-africana êstér Mahlangu posa durante uma entrevista na abertura da sua nova grande retrospectiva na Iziko South African Né chionál Gallery, na Cidade do Cabo (África do Sul). Fotografia de 2024.

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Casas Ndebele

[…]

Entrelaçar essas cores e seus significados simbólicos através da geometria é uma forma de linguagem para o povo Ndebele. Com suas casas como tela, eles expressam padrões coloridos quê podem comunicar o estátus de um proprietário, o anúncio de um casamento, uma oração ou um protesto. Embora os padrões de cores Ndebele sêjam agora popularizados em todo o mundo e tênham sido aplicados no disáini de produtos como carros e aviões, sua inspiração nos lembra de como a côr na arquitetura póde sêr usada, além de um elemento decorativo, como linguagem.

[…]

YAKUBU, poou. As inspirações por trás das cores da arquitetura tradicional africana. Tradução: Diogo Simões. [S. l.]: ArchDaily, 2 set. 2023. Disponível em: https://livro.pw/oweus. Acesso em: 3 set. 2024.

Fotografia de muros baixos pintados com motivos geométricos em cores vibrantes. Há gramado e uma árvore entre eles. Ao fundo há também uma pequena casa cujas paredes são pintadas da mesma forma que os muros.

Ruínas da aldeia ndebele, compreendendo um antigo museu ao ar livre criado para preservar a cultura tribal, em Botshabelo, nos arredores de Middelburg, na província de Mpumalanga (África do Sul). Fotografia de 2021.

Agora, faça o quê se pede nas atividades a seguir.

1. Observe a fotografia da fachada da construção ndebele e responda: você consegue identificar padrões quê lembram transformações isométricas? Em caso afirmativo, quais são elas?

Respostas pessoais. Algumas transformações isométricas quê podem sêr citadas são a translação e a reflekção em relação a uma reta.

2. Pesquise uma obra de êstér Mahlangu quê apresente ideias de simetria. Represente em seu caderno a parte da obra quê contém uma dessas ideias.

Resposta pessoal.

3. Tomando como inspiração a obra da artista êstér Mahlangu quê você pesquisou, crie um desenho quê ilustre as ideias das transformações isométricas.

Resposta pessoal.

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EXPLORANDO A TECNOLOGIA
Mosaicos no GeoGebra

Vamos utilizar o GeoGebra para criar mosaicos a partir de múltiplas translações de um polígono.

Para isso, realize a sequência de passos a seguir.

I. Desabilite os eixos e deixe habilitada a malha principal, você póde fazer isso clicando com o botão direito na janela de visualização. Selecione, então, três pontos não colineares na janela de visualização, quê serão nomeados automaticamente como A, B e C. Mude a côr dêêsses três pontos para vermelho, de modo a facilitar a visualização deles. As opções de formatação dos elemêntos estão disponíveis ao clicar sobre o botão Ícone com ilustração de um círculo e um triângulo., no canto superior direito da janela de visualização.

II. Usando a ferramenta Vetor, Ícone com a ilustração de um vetor. construa um vetor (vetor u) clicando em A e B, nessa ordem, e outro vetor (vetor v) clicando em A e C, nessa ordem.

III. Construa pontos entre os pontos A e B, A e C e B e C; para isso, obissérve a figura como exemplo. Depois, usando a ferramenta Polígono, Ícone com a ilustração de um triângulo., construa um polígono quê contenha como vértices os pontos A, B e C e os pontos construídos. Esse polígono será automaticamente nomeado como pol1.

IV. Clicando com o botão direito sobre cada elemento e desabilitando a opção Exibir rótulo, oculte os rótulos dos segmentos, dos vetores e dos pontos construídos. Deixe apenas os rótulos dos pontos A, B e C e do polígono pol1.

Reprodução de tela principal do programa GeoGebra. Na malha quadriculada, três pontos A, B e C, formando um triângulo, estão em vermelho. Há dois vetores com origem no ponto A, um com extremidade em B e o outro com extremidade em C. Entre cada par de pontos do triângulo A B C foram colocados dois pontos, totalizando seis pontos, formando um novo polígono.

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V. Na caixa de ferramentas, selecione a ferramenta contrôle Deslizante, Ícone com a ilustração de um segmento com um ponto. Sobre ele está escrito 'a igual a 2'.. Em seguida, clique em qualquer lugar na janela de visualização. Uma janela será aberta para formatar esse contrôle deslizante, conforme a figura a seguir. Altere o nome do contrôle deslizante para “m” e ajuste o intervalo para mínimo 0 e mássimo 30, além de deixar o incremento igual a 1; em seguida, clique em OK.

Reprodução da janela de formatação do controle deslizante. Inicia com um campo para inserir o nome. Logo abaixo há as opções 'Número', 'Ângulo' e 'Inteiro'. A opção 'Número' está selecionada. Abaixo há três abas: 'Intervalo', 'Controle Deslizante' e 'Incremento'. A aba janela está selecionada e há três campos para preenchimento. No campo 'mínimo' há o número 0, no campo 'máximo' há o número 30 e no campo 'incremento' há o número 1.

VI. Abra uma segunda janela de visualização. Para isso, clique em Ícone com ilustração de um círculo e um triângulo. e, em seguida, na opção ⋮, no canto superior direito da janela de visualização, e, depois, selecione Janela de Visualização 2. Feito isso, desabilite os eixos dessa nova janela.

Reprodução de uma janela de visualização. Na parte superior há alguns ícones e logo abaixo há uma lista de opções. São elas: 'Cálculo simbólico (C A S)'; 'Janela de Visualização 2'; 'Janela de Visualização 3 D'; 'Planilha'; 'Calculadora de Probabilidades'; 'Protocolo de Construção'.

VII. Clique sobre a janela de visualização 2 e, em seguida, no campo de entrada, digite o comando: “L_1=Sequência(Transladar(pol1,u*i),i,−m,m)” e pressione Enter.

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O significado do cóódigo é o seguinte: “L_1” é o nome dado ao comando; “Sequência” e “Transladar” são funções quê vão repetir o polígono 1; “u*i” indica os múltiplos do polígono; e “−m” e “m” indicam o intervalo em quê ocorrem as repetições.

Na janela de visualização 2, aparecerá uma faixa de figuras quê representa translações do polígono pol1 pelo vetor u (conforme o local em quê estiver o contrôle deslizante). Mova o cursor do contrôle deslizante para aumentar ou diminuir a faixa de figuras.

Reprodução da tela principal do programa GeoGebra. O polígono anteriormente construído está na malha quadriculada e há um controle deslizante na parte inferior com a indicação 'm igual a 9' À direita há uma área em branco com uma sequência destes polígonos, um embaixo do outro, agora com contornos em verde.

VIII. Clique sobre a janela de visualização 2 e, em seguida, no campo de entrada, digite o comando “L_2=Sequência(Transladar(L_1,v*i),i,−m,m)” e pressione Enter.

Na janela de visualização 2, aparecerá um mosaico de figuras, quê representa translações da faixa ôbitída anteriormente pelo vetor v Mova o contrôle deslizante para aumentar ou diminuir o mosaico de figuras.

Continuação da descrição anterior. Na tela em branco, os polígonos construídos estão um ao lado do outro preenchendo toda a superfície. O controle deslizante agora está com a indicação 'm igual a 30'.

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IX. Para quê o mosaico não apresente sobreposições ou caso queira mudar o desenho do polígono, ajuste, na janela de visualização 1, a posição de alguns dos vértices do polígono pol1, construídos no passo III, conforme a sua vontade.

A faixa construída pelo comando L1 estará sobreposta à faixa construída pelo comando L2, por isso estará mais escura. Assim, para ocultar uma das linhas de polígono, na janela de Álgebra, clique na bó-linha colorida ao lado direito do comando L1. Caso queira, mude a côr do mosaico nas Configurações do comando L2.

Continuação da descrição anterior. O mosaico de polígonos está em azul, e ao lado está aberto um campo para seleção de cores.

Agora, faça o quê se pede nas atividades a seguir.

1. Faça uma construção seguindo o passo a passo apresentado.

Resposta pessoal.

2. Para m = 1, quantos polígonos aparécem na janela de visualização 2? E para m = 2? E para m = 3?

Para m = 1, aparécem 9 polígonos; para m = 2, aparécem 25 polígonos; para m = 3, aparécem 49 polígonos.

3. escrêeva, em função de n, com 0 ≤ n ≤ 30, quantos polígonos aparécem na janela de visualização 2 quando m = n.

Para m = n, com 0 ≤ n ≤ 30, aparécem (2n + 1)2 polígonos.

4. Deslize o contrôle para m = 30 e dêz-creva o quê ocorre na janela de visualização 2 ao mover o ponto A, B ou C na janela de visualização 1.

O polígono do mosaico tem sua forma alterada, e as linhas de polígonos podem mudar de direção.

Saiba quê...

É possível criar outros tipos de mosaicos no GeoGebra, como o quê está ilustrado a seguir.

Ilustração de um mosaico construído apenas com triângulos. É composto por triângulos de cor branca, alternados com triângulos de cor laranja, encaixados um ao lado do outro.

Para acessar

TOMSON, Paulo. Mosaico geométrico. [S. l.]: GeoGebra, c2024. Disponível em: https://livro.pw/wsgbc. Acesso em: 23 out. 2024.

Nesse sáiti, você encontra outros mosaicos quê podem sêr construídos usando o GeoGebra.

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES

1. (hú- hê- érre jota) Considerando o conceito de simetria, obissérve o desenho abaixo:

Ilustração de um segmento A B. Cruzando A B verticalmente há uma reta 's'.

Os pontos A e B são simétricos em relação à reta s, quando s é a mediatriz do segmento AB¯. Observe êste novo desenho:

Ilustração de uma letra R à direita de uma reta vertical 's'.

Em relação à reta s, a imagem simétrica da letra R apresentada no desenho é:

a) Ilustração da letra R.

b) Ilustração da letra R invertida para baixo e para a esquerda.

c) Ilustração da letra R invertida, voltada para a esquerda.

d) Ilustração da letra R invertida, voltada para baixo.

alternativa c

2. (hú- hê- érre jota) Três pentágonos regulares congruentes e quatro quadrados são unidos pêlos lados conforme ilustra a figura a seguir.

Ilustração de pentágonos e quadrados unidos formando um arco. Quadrados azuis e pentágonos de cor rosa estão unidos por um dos lados, alternadamente. Apenas um dos lados de cada polígono está nomeado. Com a união, esses lados formam parte de um novo polígono. A construção inicia com um quadrado de lado A B, pelo qual passa uma reta horizontal 's', perpendicularmente a ele. Segue com a junção de um pentágono de lado B C, quadrado de lado C D, pentágono de lado D E, quadrado de lado E F e um pentágono de lado F G, pelo qual passa uma reta 'r', perpendicularmente a ele. A construção termina com um quadrado de lado G H. As retas 'r' e 's' são perpendiculares entre si.

Acrescentam-se outros pentágonos e quadrados, alternadamente adjacentes, até se completar o polígono regular ABCDEFGH A, quê possui dois eixos de simetria indicados pelas retas r e s.

Se as retas perpendiculares r e s são mediatrizes dos lados AB¯ e FG¯, o número de lados do polígono ABCDEFGH A é igual a:

a) 18

b) 20

c) 24

d) 30

alternativa b

3. (Fatec-SP) Em um círculo recortado em papel cartão foi feito o desenho de um homem estilizado. Esse círculo foi utilizado para montar uma roleta, conforme a figura 1, fixada em uma parede. Quando a roleta é acionada, o círculo gira livremente em torno do seu centro, e o triângulo indicador permanéce fixo na parede.

Ilustração contendo uma representação de um homem feita apenas com faixas de cor cinza. Ele é representado com braço direito voltado para cima e braço esquerdo voltado para baixo. Ela está dentro de um círculo e no ponto mais alto há uma seta, que está apontando para a parte que representa a cabeça do homem.

Considerando, inicialmente, a imagem do homem na posição da figura 1, obtém-se, após a roleta realizar uma rotação de três quartos de volta, no sentido horário, a figura representada em

a) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A imagem do homem foi girada, de forma que a parte que representa a cabeça está voltada para esquerda e a seta agora aponta para um dos lados do homem.  Os dois braços estão voltados para cima.

b) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A imagem original do homem foi girada, de forma que a parte que representa a cabeça está voltada para a direita e a seta agora aponta para um dos lados do homem. O braço direito está voltado para cima e o braço esquerdo voltado para baixo.

c) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A imagem original do homem foi girada, de forma que a parte que representa a cabeça está voltada para a esquerda e a seta agora aponta para um dos lados do homem. O braço direito está voltado para baixo e o braço esquerdo está voltado para cima.

d) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A imagem original do homem foi girada, de forma que a parte que representa a cabeça está voltada para a direita e a seta agora aponta para um dos lados do homem. O braço direito está voltado para baixo e o braço esquerdo voltado para cima.

e) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A imagem original do homem foi girada, de forma que a parte que representa a cabeça está voltada para a esquerda e a seta agora aponta para um dos lados do homem. O braço direito está voltado para cima e o braço esquerdo está voltado para baixo.

alternativa e

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4. (Enem/MEC)

Isometria é uma transformação geométrica quê, aplicada a uma figura, mantém as distâncias entre pontos. Duas das transformações isométricas são a reflekção e a rotação. A reflekção ocorre por meio de uma reta chamada eixo. Esse eixo funciona como um espêlho, a imagem refletida é o resultado da transformação. A rotação é o “giro” de uma figura ao redor de um ponto chamado centro de rotação. A figura sofreu cinco transformações isométricas, nessa ordem:

Ilustração de um coração em um plano cartesiano. A ponta do coração está voltada para baixo e destacada com um ponto A.

1ª) Reflexão no eixo x;

2ª) Rotação de 90 graus no sentido anti-horário, com centro de rotação no ponto A;

3ª) Reflexão no eixo y;

4ª) Rotação de 45 graus no sentido horário, com centro de rotação no ponto A;

5ª) Reflexão no eixo x.

Disponível em: https://livro.pw/hbnuh. Acesso em: 2 ago. 2012.

Qual a posição final da figura?

a) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A ponta do coração foi rotacionada e está voltada para o canto inferior esquerdo.

b) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A ponta do coração está voltada para o canto superior esquerdo.

c) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A ponta do coração está voltada para o canto superior direito.

d) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A ponta do coração está voltada para o canto inferior direito.

e) Continuação da ilustração anteriormente descrita. A ponta do coração está voltada para direita.

alternativa c

5. (Saresp) A seguir, são apresentadas a figura 1 e a figura 2, ambas representando quadrados:

Ilustração de dois quadrados. Um deles, denominado 'Figura 1', possui vértices A, B, C e D e está apoiado sobre o lado D C. O segundo quadrado, denominado 'Figura 2', de vértices A', B', C' e D', está rotacionado em relação ao primeiro, de forma que fica apoiado sobre seu vértice C'.

Sabendo quê a figura 2 foi ôbitída a partir de duas transformações isométricas da figura 1, assinale a alternativa quê contém as possíveis transformações quê foram utilizadas.

a) Rotação em relação ao centro do quadrado e reflekção em relação a um dos lados do quadrado.

b) Reflexão em relação a uma das diagonais do quadrado e rotação em relação a um dos vértices do quadrado.

c) Translação e reflekção em relação a uma reta paralela a um dos lados do quadrado.

d) Reflexão em relação a uma reta paralela a um dos lados do quadrado e rotação em relação a um dos vértices do quadrado.

e) Rotação em relação ao centro do quadrado e translação.

alternativa e

6. (ESPM-SP) A rotação de um ponto P(x, y) do plano cartesiano em torno da origem é um outro ponto P(minutos)"(x(minutos)", y(minutos)"), obtído pela equação matricial:

[x'y']=[cosα-senαsenαcosα][xy],

onde (alfa)" é o ângulo de rotação, no sentido anti-horário. Desse modo, se P = (3, 1) e (alfa)" = 60°, as coordenadas de P(minutos)" serão:

a) (−1, 2)

b) (−1, 3)

c) (0, 3)

d) (0, 2)

e) (1, 2)

alternativa d

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7. (Unicamp-SP) Para construir uma curva “floco de neve”, divide-se um segmento de reta (Figura 1) em três partes iguais. Em seguida, o segmento central sofre uma rotação de 60°, e acrescenta-se um novo segmento de mesmo comprimento dos demais, como o quê aparece tracejado na Figura 2. Nas etapas seguintes, o mesmo procedimento é aplicado a cada segmento da linha poligonal, como está ilustrado nas Figuras 3 e 4.

Ilustração com quatro figuras mostrando os passos de construção de uma curva floco de neve. Figura 1: segmento de reta. Figura 2: uma parte ao centro do segmento original está levantada segundo um ângulo de 60 graus. Um pontilhado liga a extremidade do segmento levantado e a continuação do segmento original, formando uma ponta. Figura 3: esta ponta foi reproduzida nas duas outras partes do segmento e também nos dois segmentos levantados que a formam. Figura 4: o processo anterior foi repetido em todos os segmentos.

Se o segmento inicial méde 1 cm, o comprimento da curva ôbitída na sexta figura é igual a

a) (6!4!3!) cm.

b) (5!4!3!) cm.

c) (43)5cm.

d) (43)6cm.

alternativa c

8. (Prova Paraná) Uma transformação de homotetia a partir do retângulo JKLM gerou o retângulo FGHI. As dimensões dêêsses polígonos estão apresentadas na figura abaixo.

Ilustração de dois retângulos. O retângulo J K L M possui base de medida 8 centímetros e altura de medida 3 centímetros. O retângulo F K H G possui base de medida 32 centímetros e altura 12 centímetros. Há segmentos ligando os pontos correspondentes, F e J, I e M, H e L, G e K, a um ponto distante dos retângulos.

Qual é a razão de homotetia dessa ampliação?

a) 0,25

b) 1,5

c) 4

d) 15

e) 24

alternativa c

9. (ESPM-SP) Considere a matriz M = [xAxBxCyAyByC]=[030002] representando os vértices do triângulo ABC abaixo e a matriz T = [0-110] como uma matriz de transformação linear.

Ilustração de um triângulo retângulo A B C. Ele está apoiado sobre o cateto maior, A B.

Assinale a figura quê corresponde à melhor representação do resultado da multiplicação T M:

a) Ilustração do triângulo retângulo A B C anteriormente descrito. O lado A B está agora voltado para cima.

b) Ilustração do triângulo retângulo A B C anteriormente descrito. Ele está apoiado sobre o cateto menor, C A.

c) Ilustração do triângulo retângulo A B C anteriormente descrito. O lado A C está agora voltado para cima.

d) Ilustração de um triângulo acutângulo A B C. Está apoiado sobre o lado A B.

e) Ilustração de um triângulo retângulo A B C. Ele está apoiado sobre o cateto A B, que agora tem a mesma medida do cateto A C.

alternativa b

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10. (Fempar-PR) O pentágono ABCDE da figura abaixo foi ampliado a partir do ponto A, resultando no pentágono AB(minutos)"C(minutos)"D(minutos)"E(minutos)" semelhante ao pentágono inicial.

Sabe-se quê AB = 10 m, BB(minutos)" = 5 m e quê a área do pentágono ABCDE é igual a 220 m2.

Assinale a opção quê indica a área da região sombreada da figura, em m2.

Ilustração de dois pentágonos. O pentágono A B C D E está apoiado sobre o lado A B. Um prolongamento do lado A B gera o ponto B' e um prolongamento do lado E A gera o ponto E'. Uma linha pontilhada passando pelos pontos A e D, prolonga esta diagonal, gerando o ponto D' e uma linha pontilhada passando pelos pontos A e C, prolonga esta diagonal, gerando o ponto C' A região que está fora do primeiro pentágono mas dentro do novo pentágono A B' C' D' E', está colorida em cinza.

a) 110.

b) 185.

c) 235.

e) 290.

d) 275.

alternativa d

11. (Unésp) Um ponto P, de coordenadas (x, y) do plano cartesiano ortogonal, é representado pela matriz coluna [xy], assim com a matriz coluna [xy] representa, no plano cartesiano ortogonal, o ponto P de coordenadas (x, y).

Sendo assim, o resultado da multiplicação matricial [0-110][xy] é uma matriz coluna quê, no plano cartesiano ortogonal, necessariamente representa um ponto quê é

a) uma rotação de P em 180° no sentido horário, e com centro em (0, 0).

b) uma rotação de P em 90° no sentido anti-horário, e com centro em (0, 0).

c) simétrico de P em relação ao eixo horizontal x.

d) simétrico de P em relação ao eixo vertical y.

e) uma rotação de P em 90° no sentido horário, e com centro em (0, 0).

alternativa b

PARA REFLETIR

Neste Capítulo, estudamos as transformações geométricas. Conhecemos as isometrias denominadas reflekção, translação e rotação, quê são transformações geométricas quê preservam a distância entre dois pontos. Estudamos também a composição de transformações.

Trabalhamos as homotetias, quê são as transformações geométricas quê associam polígonos semelhantes, e, por fim, algumas transformações isométricas por meio de matrizes.

Nas páginas de abertura, conhecemos um pouco sobre os bordados de Buriti dos lópes e, na introdução do Capítulo, foi apresentada a imagem de uma obra de é-chêr.

Agora, vamos refletir sobre as aprendizagens do Capítulo 7:

Depois de ter estudado o conteúdo dêste Capítulo, você tem um olhar diferente sobre bordados e mosaicos? Explique.

Cite pelo menos três conteúdos apresentados ao longo dêste Capítulo. Você já conhecia algum deles?

Cite alguns objetos do dia a dia quê remetam à ideia de simetria. Justifique sua resposta.

Explique a diferença entre congruência e semelhança e a relação dêêsses conceitos com as isometrias e as homotetias.

Explique como a sua produção inspirada em uma obra da artista êstér Mahlangu auxiliou sua compreensão sobre transformações isométricas e simetrias.

Explique como o trabalho feito com o GeoGebra contribuiu para o seu entendimento das translações.

Respostas pessoais.

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