Embora sejam expressões culturais da atualidade, as culturas juvenis podem dar continuidade a tradições criadas por gerações anteriores. É o caso, por exemplo, dos jovens que se reúnem em torno da capoeira, uma luta que já foi utilizada como meio de resistência contra a escravidão. Além dos seus movimentos de ataque e defesa, ela é bastante peculiar por trazer elementos de música e dança.

Jovens jogando capoeira ao ar livre, 2023.

Na década de 1970, quando alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade de Nova Iorque, provavelmente não imaginavam que estavam criando o grafite, prática que não parou de evoluir e foi rapidamente adotada por artistas do mundo todo. O grafite pode ser considerado, ao mesmo tempo, uma cultura juvenil e uma das formas de expressão mais representativas da arte contemporânea. 

Adolescente pintando muro com spray, 2022.

Slam é o nome que se dá a uma batalha de poesia surgida nos anos 1980, em Chicago, Estados Unidos. No início do século XXI, essa expressão cultural começou a se manifestar em diversos espaços públicos no Brasil. As declamações costumam reunir jovens da periferia e questões relacionadas à raça, ao gênero e à classe social são geralmente abordadas pelos poetas competidores nesses eventos. 

Fotomontagem representando jovem negra durante batalha de slam, 2024.

As mídias sociais permitiram que jovens do mundo todo criassem páginas e canais nas diversas plataformas disponíveis na internet. Vlogs, podcasts, blogs, perfis em redes sociais... são diversos formatos em que temas igualmente variados são explorados, da culinária à política, passando por música, cinema, literatura, entre outros centros de interesse dos jovens produtores de conteúdos digitais. 

Jovens participam de gravação de podcast, 2022.