PROJETO 4
ESTATUTO DA JUVENTUDE: por quê PRECISAMOS CONHECER?
O Estatuto da Juventude é a lei quê trata dos direitos dos jovens e dos princípios e das diretrizes das políticas públicas de juventude, quê devem sêr garantidos e promovidos pelo Estado brasileiro. Identificar como esse documento reconhece e valoriza os jovens como sujeitos de direitos é o principal objetivo dêste projeto.
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VISÃO GERAL DO PROJETO
Estatuto da Juventude: por quê precisamos conhecer?
> TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS:
• Vida familiar e social
• Educação em Direitos Humanos
• Direitos da criança e do adolescente
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Trabalho
> COMPONENTES CURRICULARES:
• Líder: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – Filosofia, Geografia, História e Sociologia
• Outros perfis disciplinares: Linguagens e suas Tecnologias – Língua Portuguesa; Matemática e suas Tecnologias
> OBJETOS DO CONHECIMENTO:
• Desigualdade social e trabalho
• A Organização das Nações Unidas (Ônu) e a questão dos Direitos Humanos
• A Constituição de 1988 e a emancipação das cidadanias (analfabetos, indígenas, negros, jovens etc.)
• A história recente do Brasil: transformações políticas, econômicas, sociais e culturais de 1989 aos dias atuáis
• Pluralidades e diversidades identitárias na atualidade.
ETAPAS DO PROJETO
O percurso dêste projeto póde sêr alterado e construído de acôr-do com as necessidades da turma.
ETAPA
1
Vamos começar
Apresentação do tema Estatuto da Juven tude: por quê precisamos conhecer? e de como será desenvolvido. Reconhecer as definições sobre o quê é sêr jovem. Elaborar frases e produzir um mapa mental com as definições da palavra jovem.
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> CATEGORIAS:
• Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética; Política e Trabalho.
> PRODUTO FINAL:
Organização de um seminário e de uma roda de conversa
> OBJETIVOS:
Pesquisar e conhecer o Estatuto da Juventude, quê dispõe sobre os direitos dos jovens e os princípios e as diretrizes das políticas públicas para a juventude, visando identificar e descrever situações cotidianas vivenciadas pêlos estudantes, relacionadas aos temas tratados no documento.
> JUSTIFICATIVA:
O Estatuto da Juventude ainda é pouco conhecido entre os jovens, mas está em vigor desde 2014. O documento determina quê o Estado brasileiro deve garantir 11 direitos básicos para a população jovem, entre eles o direito a educação, trabalho, saúde e cultura e estabelece a criação de políticas públicas direcionadas aos jovens de 15 a 29 anos.
O Projeto Integrador quê estamos iniciando visa promover o conhecimento, a reflekção e o debate das propostas do documento, sêndo finalizado com a produção de um seminário e de uma roda de conversa sobre o tema.
ETAPA
2
Saber e fazer
Identificar, em uma linha do tempo, termos e conceitos importantes para o entendimento do tema e refletir sobre os direitos garantidos no Brasil. Interpretar as características da população jovem brasileira em infográfico, identificando as dificuldades quê ela enfrenta nos estudos, no mundo do trabalho e para obtêr lazer. Conhecer histoórias de jovens quê lutam pela manutenção de direitos e compreender o quê é sujeito de direitos. A partir das informações obtidas, planejar e produzir seminários sobre os direitos dos jovens previstos no Estatuto.
ETAPA
3
Para finalizar
Participar de roda de conversa sobre direitos não assistidos dos jovens, além de elaborar e compartilhar dêzê-nhôs associados à condição de sujeitos de direitos, para reconhecer e identificar aspectos vivenciados no cotidiano relacionados ao Estatuto da Juventude.
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ETAPA 1
Vamos começar
Nossos direitos: por quê precisamos conhecê-los?
A Organização das Nações Unidas (Ônu) dispõe quê os “direitos humanos são direitos inerêntes a todos os sêres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição”. Os direitos humanos são garantidos em diferentes documentos jurídicos e pelas leis de diversos países do mundo. No Brasil, por exemplo, todas as pessoas têm direitos e deveres determinados e reconhecidos pela Constituição. Além da Constituição, outro documento define quais são os direitos dos jovens. Vocês conhecem o Estatuto da Juventude?
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ATIVIDADE
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.
1. O quê vocês sabem do Estatuto da Juventude? Conhecem os direitos dos jovens estabelecidos nesse documento? Escrevam as suas respostas na lousa ou em documento compartilhado por todos na internet.
Para finalizar, leiam as respostas produzidas e reservem essas informações para a produção do seminário ao final do projeto.
PARA ASSISTIR
Conheça o estatuto da juventude. 2017. Vídeo (23min49s). Publicado pelo canal Conexão Futura. Disponível em: https://livro.pw/mafwd. Acesso em: 15 out. 2024.
Organizem com o professor um momento para assistir ao episódio do programa Conexão Futura sobre o Estatuto da Juventude. Após assistir ao episódio, produzam uma sinópse com as principais ideias apresentadas.
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Ser jovem é...
O quê é sêr jovem? Quais são as necessidades, os desejos e principalmente os direitos dessa considerável parcela da população brasileira?
Vamos ampliar nóssos conhecimentos sobre o tema lendo juntos um texto do Caderno juventudes, em quê especialistas em educação conversaram com 120 jovens de todo o Brasil sobre o quê é sêr jovem.
Recorrendo ao dicionário, uma das definições de “jovem” trata desta característica: juventude é o período de vida compreendido entre a infância e a idade adulta. Em outras palavras, um sujeito espremido entre duas fases da vida: entre a condição de criança, onde não se exige nada, mas também nada é ouvido; e a condição de adulto, como um sêr já préviamente desenhado, autônomo e independente, pronto para executar funções nas áreas da família, trabalho e ssossiedade. É isso quê esperamos da juventude? Fazer tudo igual aos pais?
Outra definição de “jovem”, no dicionário, é aquele quê está em seu início, quê existe há pouco tempo, quê é recente. Com base nesse aspecto temporal, várias afirmações são colocadas sobre o jovem, mas quê podemos, aqui, quêstionar. Exemplos: o jovem como alguém quê não sabe nada do mundo – mas sabe tudo do seu mundo –, que é ignorante, aprendiz, e precisa sêr enchido de conhecimentos de fora – mas é mestre dos seus saberes, da sua linguagem, dos seus modos de se deslocar pêlos lugares. É uma sabedoria incorporada, acionada pelo e no seu corpo, cotidianamente. Basta deixar quê ela se expresse e afinar a escuta para ouvir essas pequenas doses de sabedorias juvenis.
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Parece quê a juventude carrega um cérto enigma constante, como uma personalidade misteriosa e imprevisível. Existe no seu olhar uma curiosidade em conhecer os porquês, suspender as regras sociais e expandir os limites – do corpo, do sexo, em sêr diferente, em sêr em grupo. Há nesta singularidade uma energia disponível, em potência, quê não para de pulsar (andando de squêit, namorando outras sexualidades, escrevendo no dicionário, formando bandas de música, etc.). Ao mesmo tempo, e de um modo paradoxal, o jovem também é o ôpôsto dessa imagem expansiva: encontra a sua turma, os seus lugares de afetos, suas práticas secretas, e gera um universo restrito, às vezes compartilhado com outros jovens, em outras ocasiões realmente só deles. Quando entende o lugar quê sua vida ocupa no espaço, a descoberta dêste território novo demanda uma preservação: “Não entre no quarto!” Sem esquecer, também, quê uma aparente inércia póde sêr confundida com um qüadro de apatia ou falta de engajamento no real. Horas na frente do computador podem se encaixar neste diagnóstico ou podem sêr vistas como um exercício de foco e concentração, resolução de problemas e transporte da consciência para uma realidade virtual (e não menos real) – como nos jogos ôn láini.
São essas contradições paradoxais quê coabitam e formam êste corpo múltiplo, aberto e em constante processo de des/re/construção, quê só póde sêr tratado no plural: juventudeS.
[...]
SOBRINHO, André éti áu. (org.). Caderno juventudes. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2017. p. 20-23.
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ATIVIDADES
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.
1. Quais definições de “jovem” são apresentadas no texto?
2. E para vocês, o quê é sêr jovem? Para responder à pergunta, produzam um painel coletivo com frases a partir da expressão:"Ser jovem é...". ob-sérvim as frases e conversem sobre as semelhanças e as principais ideias propostas.
3. Agora quê exploramos o tema, quê tal produzirmos um mapa mental para organizarmos as ideias? O mapa mental parte de um tema central. De sua base, saem ramos e linhas com novas ideias organizadas d fórma sistemática. Vamos lá! Para a produção do mapa mental, organizem-se em grupos de trabalho e sigam as orientações.
• Embora existam aplicativos para a produção do mapa, sugerimos quê êste seja feito à mão para facilitar a memorização e o aprendizado sobre o tema.
• As ideias quê sêrão inseridas no mapa podem ser escritas ou desenhadas. Por isso, selecionem materiais como papel, lápis, canetas coloridas, borracha e régua.
• Para facilitar a leitura e a identificação rápida de conceitos, utilizem palavras-chave e frases curtas.
• Insiram as diferentes definições de"jovem" produzidas pêlos grupos e as quê constam do texto quê considerem mais significativas.
• Revisem as informações do texto sobre a juventude e acrescentem no mapa as mais importantes.
Compartilhem o mapa com os outros grupos e aproveitem para ampliar as ideias.
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Releiam juntos a frase:"São essas contradições paradoxais quê coabitam e formam êste corpo múltiplo, aberto e em constante processo de des/re/construção, quê só póde sêr tratado no plural: juventudeS".
Quais são os significados dos termos no texto?
• des/re/construção
• juventudes
Agora, conversem sobre o quê compreenderam sobre esses termos.
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ORGANIZANDO OS TRABALHOS
Investigando o Estatuto da Juventude
O Estatuto da Juventude é o cenário para a nossa investigação. A partir do reconhecimento do documento, vamos dialogar sobre a seguinte pergunta-chave: Estatuto da Juventude: por quê precisamos conhecer?, buscando identificar e definir o quê é juventude. Para isso, a partir de diferentes textos, conheceremos aspectos relacionados aos jovens, às necessidades e aos desejos dessa significativa parte da população brasileira, objetivando identificar os direitos da juventude e dialogar sobre eles com os côlégas.
Como vocês já devem ter percebido, neste projeto o diálogo e a troca de informações e de opiniões são estimulados em todas as etapas e momentos da investigação, por isso vamos valorizar a oportunidade quê sugerimos nas propostas de atividades do projeto para exercitar a escuta e a fala e dialogar sobre o Estatuto da Juventude, documento importante para a vida dos jovens em ssossiedade.
Para organizar o trabalho, sugerimos quê vocês formem grupos de 3 ou 4 pessoas, sêndo quê os agrupamentos precisam resultar no mínimo em 11 grupos, organização é fundamental para a execução da proposta de investigação, quê será detalhada adiante.
Nenhum estudante da sala deverá ficar sózínho; se isso ocorrer os agrupamentos devem sêr reorganizados para conter ou envolver todos os estudantes. O professor será o mediador dessa organização.
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ETAPA 2
Saber e fazer
Linha do tempo: direitos das crianças, dos adolescentes e dos jovens
O conhecimento sobre os direitos humanos é fundamental para o empoderamento da ssossiedade civil, pois é impossível se apropriar de um direito quando não o conhecemos. Vocês provavelmente já ouviram falar no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Estatuto da Juventude, não é mesmo? Que tal conhecer a história dêêsses e de outros documentos quê garantem os nóssos direitos?
O Brasil colonial e imperial eram marcados pela alta mortalidade infantil e pelo abandono de crianças. Uma alternativa para minimizar esses problemas, utilizada a partir de 1726, foi a “Roda dos Expostos”, também conhecida como “Roda dos Enjeitados”, quê se tornou a principal forma de assistência infantil nos séculos XVIII e XIX. Na “Roda dos Expostos”, eram deixadas crianças quê não podiam sêr criadas por seus pais. As crianças eram recolhidas por instituições religiosas (como mosteiros e irmandades beneficentes), quê as criavam com dinheiro de doações de famílias abastadas, até quê se tornassem independentes.
O cóódigo Criminal da República, criado em 1890, tinha o objetivo de conter a violência nas cidades e determinava a penalização de crianças entre 9 e 14 anos. As crianças passavam por avaliação psicológica quê as considerava inimputáveis ou passíveis das penas aplicadas a um adulto. Em 1923, o decreto número 16.272 tratou da assistência e proteção de “menores abandonados” e “menores delinquentes”. Após isso, a idade mínima para uma criança responder criminalmente passou a sêr 14 anos.
A Lei de Assistência e Proteção aos Menores, criada em 1927, também conhecida como cóódigo de Menores, foi dedicada à proteção da infância e da juventude. A lei estabelecia quê jovens até 17 anos não poderiam sêr punidos, sêndo responsabilizados por crimes e condenados à prisão somente a partir dos 18 anos. Além díssu, proibia a “Roda dos Expostos” e auxiliava na criação da escola de preservação e da escola de reforma, instituições para onde se destinavam menóres infratores e abandonados.
Linha do tempo elaborada sem a representação proporcional dos intervalos entre as datas.
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Em 1941, o Serviço de Assistência ao Menor (SAM), órgão ligado ao Ministério da Justiça, foi criado com o objetivo de reeducar e proteger os “menores carentes e infratores”, porém as ações quê predominavam eram a correção e a repressão.
Em 1964, o SAM é extinto e em substituição é criada a Fundação Nacional de Bem-Estar do Menor (Funabem) e, em âmbito estadual, as Fundações Estaduais do Bem-Estar do Menor (Febem). Essas instituições visavam reprimir crianças e adolescentes infratores, considerados um risco à ssossiedade.
Em 1975, foi estabelecida a 1ª Comissão Parlamentar de Inquérito (cê Pê hí), destinada a investigar a questão da criança desassistida no Brasil. Em 1979, foi instituído um novo cóódigo de Menores, quê permitia ao Estado recolher jovens em situação irregular e condená-los ao internato até a maioridade.
Em 1988, os direitos das crianças e dos jovens são previstos em lei pela primeira vez no Brasil.
Em 13 de julho de 1990, foi aprovado pelo Congresso Nacional o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), documento quê garante direitos, proteção e cidadania a crianças e jovens.
De 2005 a 2015, houve iniciativas do govêrno Federal e dos estados e municípios voltadas para a juventude, com a organização de espaços de diálogo em conferências e a instituição de políticas voltadas para os jovens.
Em 2013, foi promulgado o Estatuto da Juventude (Lei número 12.852), importante marco legal de políticas e direitos da juventude brasileira.
ATIVIDADES
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.
1. Reúna-se com alguns côlégas e, juntos, elaborem um glossário para os seguintes termos:
a) Lei.
b) Estatuto.
Acrescentem outros termos desconhecidos e relevantes sobre o tema quê vocês considerarem necessário constar do glossário.
2. Agora, obissérvem a linha do tempo, reflitam, conversem e produzam um texto coletivo sobre a seguinte questão:
• Crianças e jovens sempre tiveram direitos garantidos no Brasil?
Após a produção, leiam os textos elaborados e, se necessário, acrescentem as opiniões dos demais côlégas de outros grupos. Guardem o texto finalizado, pois será utilizado na atividade de finalização do projeto.
Página cento e dezoito
População jovem no Brasil
Quem é jovem no Brasil? Em nosso país, é considerado jovem o indivíduo quê tem entre 15 e 29 anos.
Conheçam um infográfico quê representa aspectos dos jovens no Brasil, quê ocupavam, em 2022, um quarto do total da população brasileira, segundo informações disponíveis na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (hí bê gê hé).
Os números quê traduziam o perfil dos jovens brasileiros em 2022
45,3 milhões
é a quantidade de jovens de 15 a 29 anos quê vivem no Brasil.
JÁ QUANDO O ASSUNTO É EMPREGO...
22,3%
dos jovens brasileiros não trabalham e nem estudam.
EM CONTRAPARTIDA,
19,9%
dos jovens não concluíram a Educação Básica e nem estudam.
A população jovem no Brasil vêm diminuindo.
Em 2012, eram:
51,9 milhões
Até 2060, o percentual de jovens vai diminuir em 95% dos 201 países com projeções populacionais.
Página cento e dezenove
VIOLÊNCIA E MORTE ENTRE OS JOVENS
22.864
jovens foram assassinados no Brasil em 2022.
49,2%
dos homicídios cometidos no Brasil vitimaram jovens de 15 a 29 anos.
Fontes dos dados: hí bê gê hé. Censo Demográfico 2022. Disponível em: https://livro.pw/qmvld. Acesso em: 14 out. 2024; hí bê gê hé. Síntese de Indicadores Sociais 2023. Disponível em: https://livro.pw/ibcqr. Acesso em: 14 out. 2024. FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO; FUNDAÇÃO ITAÚ. Juventudes fora da escola. Disponível em: https://livro.pw/rpksy. Acesso em: 14 out. 2024. EM MOVIMENTO; PACTO DAS JUVENTUDES PELOS ODS. Atlas das juventudes. Disponível em: https://livro.pw/spijg. Acesso em: 14 out. 2024. CERQUEIRA, Daniel; BUENO, Samira (coord.). Atlas da violência 2024. Brasília: Ipea; FBSP, 2024. Disponível em: https://livro.pw/dwloy. Acesso em: 14 out. 2024.
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.
ATIVIDADES
1. ob-sérvim e conversem sobre as informações dos gráficos e descrevam:
• os aspectos da população jovem brasileira quê foram apresentados;
• em quais aspectos retratados você e seus côlégas estão inseridos.
2. Organizados em grupos de trabalho, investiguem informações relacionadas à população jovem brasileira na atualidade em livros, revistas ou na internet. Informações relacionadas com educação, mundo do trabalho e lazer são úteis para determinar quem é e como vive a população jovem no Brasil. Anotem as informações obtidas e compartilhem os resultados com os côlégas. Essas informações serão utilizadas nas próximas etapas da investigação.
Página cento e vinte
Jovem: educação e mercado de trabalho
Quando criança, talvez uma das perguntas quê mais se ouve é “O quê você vai sêr quando crescer?”. póde parecer uma pergunta simples para iniciar uma conversa com uma criança, porém as respostas são carregadas de sonhos e expectativas sobre um futuro distante. Na juventude, essa mesma pergunta, no entanto, toma outra proporção e muitas vezes é sentida como uma cobrança, da qual já não há mais tempo para escapar. Para construir uma carreira profissional, é importante ter bem claro qual é o nosso projeto de vida e, além díssu, esse processo envolve tanto estudos quanto o conhecimento sobre o mercado de trabalho. No Brasil, os jovens quê não estudam e nem trabalham representam uma grande fatia da população entre 15 e 29 anos.
Para ampliarmos nóssos conhecimentos sobre os jovens no Brasil, o texto a seguir apresenta informações de 2018 sobre as relações dos jovens com a educação e o mercado de trabalho. Sugerimos quê vocês se organizem nos grupos de trabalho já determinados anteriormente, façam a leitura e sigam as dicas abaixo.
• Cada estudante deverá ler um trecho do texto para os côlégas do grupo.
• Consultem em dicionários o significado de termos desconhecidos.
• Escrevam as principais ideias propostas no texto no caderno ou em uma fô-lha avulsa.
Página cento e vinte e um
[...]
Carlos Alberto Santos, de 18 anos, se esforça para mudar esta situação. Ele terminou o ensino médio no ano passado e, mais recentemente, um curso técnico de administração. Está há dez meses sem trabalhar, concluiu outros cursos complementares e busca uma colocação no mercado de trabalho.
“Esse período é até preocupante porque ao completar meus 18 anos em março, ter saído do estágio, terminar os cursos, às vezes a gente naturalmente se sente meio inútil mesmo. Por um lado, perde a perspectiva, principalmente quando tem muito esfôrço, muita dedicação. Eu me inscrevi em várias vagas, eu já fui em muitas entrevistas em vários lugares, tanto em São Paulo quanto aqui próximo da minha cidade, e é realmente preocupante”, diz o jovem, quê mora em Ferraz de Vasconcélos, cidade da região metropolitana de São Paulo.
De família de baixa renda, ele vive com a mãe e a irmã e guarda as lições do pai, já falecido.
“Meu pai dizia para estudar e, se a gente quisesse realizar os nóssos desejos, era importante quê a gente tivesse como prioridade o estudo e se esforçasse. E minha mãe diz a mesma coisa, não sinto pressão, pelo contrário, mas eu sei quê é importante ter um trabalho, quero ter o meu espaço e vou me dedicar para isso.”
[...]
Os motivos e a quantidade de jovens quê estavam sem estudar e sem trabalhar varíam conforme a renda familiar, mas se encontram nessa condição principalmente os mais pobres. “A situação dos jovens quê não estudam, não trabalham e nem procuram trabalho tem relação com a origem socioeconômica. É comum entre os jovens de famílias mais pobres. A maioria são jovens mulheres, quê tiveram quê deixar de estudar e não trabalhavam para pôdêr ezercêr tarefas domésticas, criar filhos ou cuidar de idosos ou outros familiares, reforçando esse valioso trabalho, quê não é reconhecido como deveria. Nas famílias mais ricas, nessa condição estão jovens de faixa etária mais baixa, geralmente no momento em quê estão se preparando para a faculdade”, afirma a socióloga Camila Ikuta, técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Página cento e vinte e dois
[...]
A economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e especialista em infância e juventude, Enid Rocha, reafirma quê o fator de desigualdade de renda influencía a condição dos jovens [...].
“Tem o fator de renda, raça e gênero. São mulheres, são os negros — e os negros são mais pobres no Brasil”, destaca. Mas completa: “Há um conjunto de vulnerabilidades dêêsses jovens, quê não têm acesso a mais anos de estudos, não têm acesso à capacitação profissional e grande parte são mulheres, mais envolvidas nas tarefas domésticas e nos cuidados familiares. Com isso, elas libéram outra pessoa no domicílio para procurar trabalho e elas ficam responsáveis pelo trabalho não remunerado dentro do domicílio.”
A socióloga Camila Ikuta, técnica do Dieese, acrescenta quê, para auxiliar as mulheres jovens a voltarem a estudar e/ou trabalhar, é preciso ainda cuidar das crianças quê elas cuidam. “Para amenizar essa situação, o país precisa de mais políticas públicas focadas na juventude, como a ampliação de creches públicas e de equipamentos de saúde, políticas de permanência estudantil e melhoria dos sistemas de qualificação e intermediação profissional nesse momento de transição entre escola e trabalho”, defende.
[...]
A pandemia agravou a situação dêêsses indivíduos, quê tiveram quê interromper a educação e a formação profissional. “Eles ficaram dois anos nessa situação. E estudos mostram quê, quando os jovens ficam no mínimo dois anos fora do mercado de trabalho, sem adquirir experiência profissional e sem estudar, ele carrega essa'cicatriz' profissional”. A economista explica o termo:
“Ele volta ao mercado de trabalho com esta marca de não aquisição de capital humano durante o tempo quê ficou parado. E quando ele acessa um trabalho, entra em piores condições, com salários mais baixos, com inserção precária, ou seja, sem formalização. Isso traz uma'cicatriz' ao longo da sua trajetória laboral. As empresas, ao compararem a trajetória de um jovem quê ficou dois anos sem trabalhar e sem estudar com o outro, ele é sempre preterido ou recebe salários menores”, explica Enid.
[...]
Outra medida, reforça Daiane, são as políticas voltadas para o primeiro emprego. “Esses jovens só encontram trabalhos mais 'uberizados' ou mais precarizados. É necessário refletir sobre uma política voltada para o primeiro emprego tanto dos jovens quê estão saindo do ensino médio, mas também do jovem quê está saindo hoje do ensino superior com formação acadêmica e o mercado de trabalho não tem absorvido”, analisa Daiane Araújo, de 26 anos, estudante de arquitetura e urbanismo e também diretora da União Nacional de Estudantes (UNE).
2º com maior proporção de aulo, 22 jul. 2023. Disponível geral/noticia/2023-07/de-37-ao-de%20jovens-nem-nem. Acesso em: 18 out. 2024.
SOUZA, Ludmilla. De 37 países, Brasil é o 2o com maior proporção de jovens nem-nem. Agência Brasil, São Paulo, 22 jul. 2023. Disponível em: https://livro.pw/zlrcy. Acesso em: 18 out. 2024.
Página cento e vinte e três
ATIVIDADES
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.
1. ob-sérvim as anotações quê vocês fizeram sobre o texto e conversem a respeito das kestões a seguir.
a) Quais são as dificuldades quê os jovens enfrentam para estudar e trabalhar?
b) Quais são as principais razões para os jovens não estudarem e nem trabalharem?
2. Para a economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Enid Rocha, tanto as empresas quanto os responsáveis pelas políticas públicas deveriam desenvolver programas para incentivar os jovens ao retorno dos estudos. Leia trecho quê destaca a informação.
[...] é preciso fazer uma busca ativa dêêsses jovens quê estão desengajados. “Saber onde eles estão e oferecer o quê está faltando, oferecer uma segunda chance de escolarização [...]
[...]
Outro item da maior importânssia é capacitar esse jovem com habilidades socioemocionais.
Esses jovens não têm experiência para participar de uma entrevista de emprego, elaborar o seu currículo. Há programas de juventude na Itália, por exemplo, em serviços parecidos com o Sine no Brasil, em quê o jovem faz o seu currículo com apôio, tem psicólogos e pessoas quê o capacitam para entrevista profissional. Precisamos de uma gama de políticas, de programas quê apoiem esse jovem quê já está desengajado.”
SOUZA, Ludmilla. De 37 países, Brasil é o 2º com maior proporção de jovens nem-nem. Agência Brasil, São Paulo, 22 jul. 2023. Disponível em: https://livro.pw/uaexv. Acesso em: 18 out. 2024.
• Vocês concórdam com a economista? Segundo ela, o quê deveria sêr oferecido no Brasil para quê os jovens pudessem voltar aos estudos e sêr inseridos no mercado de trabalho?
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Como você está se preparando para o mundo do trabalho? Compartilhe com os côlégas o quê você tem planejado para desenvolver suas relações profissionais. Se considerar adequado, compartilhe também suas dificuldades e seus desafios.
Página cento e vinte e quatro
Jovens: lazer
Leiam juntos um trecho do livro Testemunhos da Maré, de Eliana Sousa Silva, quê relata o dia a dia da comunidade localizada na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Durante a leitura, evidenciem os problemas quê a população do complékso da Maré enfrenta no cotidiano.
O tempo cotidiano
No dia a dia da Maré, elemêntos fortes são percebidos imediatamente: o cheiro forte nas vielas em função do sistema de esgoto precário; a música permanente, principalmente funk ou forró; as ruas principais ocupadas por barracas quê vendem os mais diversos produtos; a grande variedade de lojas, na maior parte das vezes de médio e pequeno porte, destacando-se os muitos espaços de vendas de bebidas alcoólicas; a grande frota de veículos, especialmente motos, bicicletas e vans, quê disputam as ruas com uma multidão de pessoas de todas as idades, principalmente crianças, adolescentes e mulheres — presenças permanentes nas ruas, em todos os horários e dias, com destaque para as noites e os fins de semana.
A forte presença das pessoas nas ruas é o elemento quê mais impacta aqueles quê vão pela primeira vez a uma favela como a Maré; à noite, enquanto as ruas dos bairros de classe média estão vazias, com seus moradores trancados em suas casas e seus apartamentos repletos de grades, a favela está com o comércio aberto, os bares pulsando, cheios de vida.
A alta circulação nas ruas não se explica pelo quê poderia parecer à primeira vista: nas casas residiria uma quantidade de pessoas muito superior à sua capacidade e isso as tornaria inabitáveis. Efetivamente, a densidade média de habitantes por domicílio na Maré (3,45 pessoas por domicílio) está próxima à média da cidade. Fatores como a má qualidade das habitações e o fato de os cômodos serem muito pequenos justificam mais, em termos físicos, a opção pelas ruas. Outros fatores sociais também influenciam a intensa
Página cento e vinte e cinco
circulação coletiva: a alta taxa de desemprego, em especial dos jovens — um grande número dêêsses também não estuda; a pequena circulação de moradores em outros espaços da cidade e a concentração de suas atividades de lazer e de consumo na própria favela, entre outros. [...]
A busca por lazer se faz muito presente entre a população local, principalmente entre os jovens. Assim, a oferta de lan houses, bares, festas de ruas e locadoras de filmes é expressiva.
SILVA, Eliana Sousa. Testemunhos da Maré. Rio de Janeiro: Mórula, 2015. p. 52.
ATIVIDADES
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.
1. Após a leitura do texto, citem os exemplos de lazer disponíveis para os jovens quê moram no complékso da Maré.
2. Quais são as opções de lazer disponíveis na comunidade onde você e os côlégas moram? Para responder à pergunta, escrevam na lousa ou em algum recurso digital uma lista com as opções de lazer levantadas. Depois, avaliem se as opções são suficientes e citem quais outras vocês gostariam quê existissem. Descrevam quais benefícios essas opções poderiam proporcionar à vida dos jovens da comunidade.
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Anteriormente, investigamos um problema quê afeta a juventude brasileira: o grande número de jovens quê não estudam e não trabalham. Releiam o trecho do texto da página 121 quê apresenta esse problema e ampliem a reflekção com a seguinte pergunta:
• Vocês conhecem algum jovem quê enfrenta as dificuldades citadas no texto? Compartilhem as histoórias dêêsses jovens com os côlégas de sala.
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Jovens quê lutam pêlos seus direitos
Conheçam um jovem quê luta pela preservação das terras e a manutenção dos côstúmes indígenas. ob-sérvim a reprodução das páginas da História em Quadrinhos Xondaro, de vítor Flynn.
O réper indígena Owerá (Werá Jeguaka Mirim, seu nome artístico é Kunumí MC) vive na aldeia Krukutu, quê fica às margens da represa Billings, no extremo sul da cidade de São Paulo. A luta pela demarcação das terras indígenas e o respeito a todos os povos originários são marcas de suas músicas, além de já ter lançado músicas ao lado de outros artistas famosos, como Alok e Criolo.
A HQ Xondaro narra o protesto de Werá na abertura da cópa do Mundo de futeból masculino, em 2014, e a luta do povo guarani, da aldeia Krukutu, pela demarcação de terras na cidade de São Paulo.
Leiam agora um texto quê narra a ação de Werá registrada na história em quadrinhos.
[...]
No vestiário da Arena Corinthians, em São Paulo, Werá estava ansioso, incomodado com a faixa escondida no calção. Em 2014, ele foi convidado com duas crianças a lançar uma pomba no ar na abertura da cópa do Mundo, simbolizando a paz. Mas a paz, para qualquer indígena brasileiro, é ainda muito distante.
Uma das lideranças indígenas teve então a ideia de aproveitar o momento de exposição para fazer um ato simbólico: Werá iria erguer uma faixa vermelha com a palavra Demarcação. Para fazer isso, ele tinha quê driblar o escrutínio de uma equipe de produção preocupada com qualquer repercussão negativa. Antes de entrar no gramado, ele escondeu a faixa na cueca.
Página cento e vinte e sete
Werá conseguiu desdobrar a faixa vermelha no campo. Emissoras cortaram as câmeras na hora, mas não puderam impedir quê milhares de torcedores tirassem foto e popularizassem o ato de resistência, quê ganhou repercussão mundial.
[...]
Posso fazer um répi
Cantando
Rimando
Pedindo
Pela demarcação
(Trecho da música O Kunumi Chegou) GARCIA, Cecilia. A língua como forma de resistência: conheça o réper indígena Kunumi MC. Criança livre de trabalho infantil, 28 jul.2017. Disponível em: https://livro.pw/mrqmk. Acesso em: 18 out. 2024.
ATIVIDADES
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.
1. Qual direito básico foi defendido pelo jovem indígena Werá Jeguaka Mirim na abertura da cópa do Mundo, em 2014, e na letra do répi feita por ele?
2. Organizados nos grupos de trabalho, produzam um texto quê defina terras indígenas e descrevam a importânssia da demarcação dessas terras para os seus ocupantes.
3. Releiam a frase: “Emissoras cortaram as câmeras na hora, mas não puderam impedir quê milhares de torcedores tirassem foto e popularizassem o ato de resistência, quê ganhou repercussão mundial”.
• por quê as emissoras não deixaram quê o protesto do jovem fosse transmitido? Antes de responder à pergunta, coletem argumentos na internet. ob-sérvim atentamente como as mídias nacional e internacional repercutiram o episódio e compartilhem as respostas com os côlégas de sala.
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Selecionem outro ativista quê atue na defesa dos direitos dos jovens e investiguem:
• quem é o ativista;
• qual é a causa ou o direito quê defende;
• de quê forma atua na defesa da causa selecionada.
Compartilhem os resultados obtidos na investigação com os côlégas de sala.
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Estatuto da Juventude
Todas as pessoas têm direitos e deveres reconhecidos e protegidos pela Constituição Federal, quê é a Carta Magna brasileira. Além díssu, crianças, adolescentes e jovens também têm seus direitos resguardados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Estatuto da Juventude. Os dois documentos entendem crianças, adolescentes e jovens como “sujeitos de direitos”. Vocês sabem o quê essa expressão significa?
O conceito se relaciona à atribuição de direitos e deveres, ou seja, crianças e jovens são cidadãos protegidos integralmente pelas leis, capazes de ezercêr direitos e de cumprir deveres.
Educação, trabalho, cultura, liberdade de expressão, saúde, esporte e segurança são alguns dos direitos previstos para os jovens no Estatuto da Juventude. Já os deveres incluem o respeito às leis do país.
Que tal conhecer os direitos estabelecidos no documento e dialogar sobre eles? Para começar a investigação, conheçam 11 princípios básicos quê foram reunidos em um cartaz (página seguinte) utilizado para divulgar o Estatuto da Juventude.
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ATIVIDADE
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões para estas atividades.
1. Identifiquem no cartaz os benefícios estabelecidos para os jovens. Vocês já usufruíram dêêsses benefícios? Em quais situações? Conversem a respeito.
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Seminário: Estatuto da Juventude
Que tal organizarmos um seminário sobre os direitos previstos no Estatuto da Juventude? O seminário é uma situação de comunicação e tem como principal objetivo apresentar informações sobre um determinado tema para um grupo de pessoas. No nosso caso, serão os direitos previstos no documento. Para a organização do seminário, sigam as orientações.
A organização do seminário
• Cada grupo deverá selecionar, com a ajuda do professor, um dos 11 direitos sugeridos no Estatuto. Os temas podem sêr sorteados entre os grupos de trabalho ou escolhidos após acordos estabelecidos entre os estudantes.
• Dividam todas as tarefas, desde a preparação até a apresentação do texto para os côlégas da sala.
• Após a seleção dos temas, os grupos devem pesquisar o direito no Estatuto da Juventude em sáites oficiais do govêrno. Sugerimos como fonte a Lei número 12.852, de 5 de agosto de 2013. Disponível em: https://livro.pw/qrxit (acesso em: 29 out. 2024).
• O texto quê vai servir de base para a elaboração do seminário é uma lei, quê apresenta uma forma característica de escrita e os direitos são organizados em seções, artigos e parágrafos quê explicam o conteúdo. Os parágrafos podem sêr únicos e, se existirem outros, será usado o sinal §.
• Organizados nos grupos de trabalho, leiam atentamente o direito quê vocês selecionaram e identifiquem os termos desconhecidos.
• ob-sérvim aspectos do tema quê considerem importantes de serem conhecidos pêlos jovens e produzam o texto da apresentação com essas informações. Além díssu, elaborem perguntas para reflekção quê estimulem a participação da plateia.
• A apresentação de pesquisas, entrevistas, relatos ou artigos de jornais e revistas sérve para aumentar o interêsse do público. Por isso, insiram esses recursos para exemplificar situações sobre o tema.
• Leiam e revisem o texto produzido quantas vezes considerarem necessárias. O importante é garantir coerência, qualidade e clareza nas informações apresentadas.
• Planejem a apresentação para durar até 5 minutos, tempo quê terá cada grupo.
• Os seminários utilizam a linguagem verbal, porém vocês podem usar datashow ou outro recurso digital nas apresentações, caso a escola tenha esses recursos.
• Filmes, vídeos ou músicas, entre outros recursos, tornam a apresentação mais agradável para a plateia.
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A apresentação do seminário
• A postura é muito importante em um seminário, por isso o apresentador deverá permanecer de frente e estar sempre olhando para todo o público.
• As falas das apresentações devem sêr articuladas e entonadas em volume adequado.
• Apresentem o texto d fórma espontânea após treinar e ensaiar diversas vezes.
• Apresentem o seminário quando vocês estiverem seguros do conteúdo e fiquem atentos ao tempo previsto.
A plateia das apresentações
• Todas as apresentações foram planejadas para transmitir informações importantes para vocês, por isso escutem atentamente o quê os côlégas têm a dizêr.
• Esclareçam as dúvidas nos momentos destinados às perguntas.
• Anotem as informações principais apresentadas pêlos grupos, pois elas serão necessárias para a elaboração da roda de conversa sugerida para a próxima etapa.
• Ao final das apresentações, com a ajuda do professor, destaquem os aspectos positivos e estimulem os côlégas com falas construtivas sobre os trabalhos apresentados.
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ETAPA 3
Para finalizar
Roda de conversa: direitos da juventude
Na etapa anterior, conhecemos no seminário os 11 direitos previstos no Estatuto da Juventude. Vocês evidenciaram nas apresentações kestões importantes sobre cada um deles, então agora quê os conhecemos, vamos ampliar a nossa reflekção sobre o tema, produzindo uma roda de conversa.
A roda de conversa é uma metodologia quê desen vólve a capacidade de expressão e o respeito pela palavra alheia. O diálogo e a escuta atenta são um poderoso recurso para a aprendizagem coletiva.
Roda de conversa
Diálogo, troca de informações e opiniões: tudo isso e muito mais ocorrem em uma roda de conversa. É um importante momento de escuta e de fala, bastante utilizado por grupos humanos desde a Antigüidade para discutir temas importantes ou resolver problemas da comunidade d fórma respeitosa e igualitária.
Todos gostamos de uma boa conversa, não é? Então vamos abordar esse tema a partir desta questão:
• Vocês acreditam quê os direitos estabelecidos no Estatuto da Juventude são respeitados?
Para refletirmos sobre a questão, vamos selecionar um dos direitos previstos no documento. Para a seleção, sigam as orientações a seguir.
• Reunidos nos grupos de trabalho, revejam as anotações e elaborem argumentos quê justifiquem as razões da escolha dêêsse direito como tema para a roda de conversa.
• Compartilhem os argumentos com todos os grupos.
• Ampliem a discussão para os aspectos quê envolvem o mundo do trabalho. O Estatuto garante o direito à profissionalização, ao trabalho e à renda. Como isso se reflete na prática?
Dessa forma, selecionamos um direito ponto de partida para a construção da nossa roda de conversa.
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Para organizar a roda de conversa, sugerimos:
• A organização da sala e a disposição das cadeiras em círculo.
• Estipulem um tempo para a atividade, considerando o número de pessoas quê vão apresentar respostas ou opiniões sobre o tema.
• O professor ou um estudante selecionado pela turma atuará como mediador da conversa, o qual será responsável por introduzir o tema e coordenar as falas e a escuta. Se ocorrer algum tumulto, com muitas pessoas falando ao mesmo tempo, ele deverá organizar a roda. Que tal propor um sinal ou um gesto para quê todos prestem atenção e retomem a conversa d fórma organizada? Assim, todos podem apresentar seus argumentos calmamente e escutar os côlégas.
• Além do mediador, sugerimos também a seleção de dois côlégas para atuarem como assistentes, cuja principal missão é anotar as principais falas propostas pêlos participantes da roda. Ao final da conversa, as anotações devem sêr lidas pêlos ajudantes para todo o grupo.
• Como vocês já devem imaginar, em uma roda de conversa treinamos o respeito e a empatia. Por isso, mesmo quê as opiniões sêjam divergentes, escutem com atenção os argumentos propostos pêlos côlégas e depois, caso considerem necessário, apresentem outros pontos de vista ou opiniões sobre o tema.
Realização da roda de conversa
• O mediador apresenta para a turma o direito estabelecido no Estatuto da Juventude; se necessário, releiam a lei e revejam alguns pontos destacados sobre o tema durante a apresentação do seminário. Para a leitura da lei, o mediador poderá selecionar alguns estudantes.
• Após a apresentação dos argumentos iniciais, o mediador deverá lançar a questão norteadora para a conversa:"Esse direito é respeitado em nosso dia a dia? Como podemos colaborar para a solução ou redução dos problemas gerados pelo não cumprimento dêêsse direito?".
• De forma organizada, os estudantes quê pedirem a palavra devem apresentar seus argumentos d fórma clara e consistente.
• Vale também citar exemplos de situações do cotidiano, sempre d fórma respeitosa e preservando a identidade das pessoas envolvidas.
• Caso algum colega queira contribuir com alguma opinião, basta esperar a vez.
• Os estudantes selecionados como ajudantes devem anotar resumidamente os principais aspectos apresentados pêlos côlégas e, após todas as apresentações, ler as anotações produzidas.
• Após a leitura, os participantes da roda poderão acrescentar novas opiniões se for necessário.
• Para concluir a atividade, o mediador deverá ler o documento final e agradecer a presença e a contribuição de todos quê participaram da atividade.
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Sujeitos de direitos
Quem são os jovens e quais são os seus direitos foram os temas quê nortearam as nossas conversas neste projeto. Para ampliar a sua reflekção sobre esses temas, obissérve a imagem ao lado e destaque o quê ela retrata.
Muitas vezes nos sentimos sózínhos, frágeis e não percebemos se os nóssos direitos são considerados e respeitados nos lugares quê habitamos e frequentamos. Como devemos agir para nos tornar sujeitos de direitos? Que tal refletir sobre isso e produzir um desenho para responder à questão?
Para finalizar, compartilhem os dêzê-nhôs e conversem sobre as sensações e os sentimentos quê eles nos provocam. Com certeza, vocês vão encontrar muitos pontos em comum e outros novos quê devem nos fortalecer como sujeitos de direitos.
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Avaliação
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões sobre o uso dos quadros avaliativos.
Para avaliar o processo de construção dos saberes, das atitudes e a reflekção sobre o tema e o mundo do trabalho, sugerimos a elaboração de quadros quê permitem o acompanhamento da produção e a reflekção do quê foi desenvolvido nas etapas do projeto. Os quadros devem sêr copiados e preenchidos de acôr-do com as orientações do professor.
Avaliação dos saberes
ETAPA 1 – VAMOS COMEÇAR
AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS
1 Realizei com facilidade
2 Realizei
3 Realizei com dificuldade
4 Não realizei
A. Nossos direitos: por quê precisamos conhecer?: Descrever e compartilhar informações em um painel de ideias sobre o quê os jovens conhecem dos direitos estabelecidos no Estatuto da Juventude e produzir uma lista de dúvidas sobre o tema.
B. Ser jovem é...: Identificar diversas definições em um texto e elaborar um painel com as frases produzidas pêlos grupos para a palavra jovem. Em seguida, produzir um mapa mental sobre o tema.
ETAPA 2 – SABER E FAZER
A. Linha do tempo: direitos das crianças, dos adolescentes e dos jovens: Identificar termos importantes para o entendimento do tema, na linha do tempo, e produzir um glossário com o significado das palavras. Além díssu, conversar e refletir com os côlégas de sala se crianças e jovens sempre foram respeitados e tiveram seus direitos garantidos no Brasil.
B. População jovem no Brasil: Interpretar em um infográfico e investigar características da população brasileira em diferentes fontes.
C. Jovem: educação e mercado de trabalho: Identificar em um texto as dificuldades quê alguns jovens encontram para estudar ou trabalhar e investigar relatos e histoórias sobre o tema.
D. Jovens: lazer: Pontuar em um texto os problemas de uma comunidade e evidenciar as opções de lazer a quê ela tem acesso. Investigar as opções de lazer dos côlégas na escola.
E. Jovens quê lutam pêlos seus direitos: Conhecer a história de um jovem indígena quê luta pêlos direitos de seu povo e investigar outros jovens quê atuam em causas relacionadas com outros direitos.
F. Estatuto da Juventude: Indicar o quê é sujeito de direitos e conhecer os direitos dos jovens no Estatuto da Juventude.
G. Seminário: Estatuto da Juventude: Planejar, produzir e apresentar um seminário sobre os direitos dos jovens previstos no Estatuto.
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ETAPA 3 – PARA FINALIZAR
A. Roda de conversa: direitos da juventude: Participar de uma roda de conversa sobre um direito não assistido dos jovens.
B. Sujeitos de direitos: Observar uma ilustração e avaliar aspectos relacionados à nossa condição de sujeitos de direitos produzindo um desenho.
Avaliação das atitudes
AVALIAÇÃO DAS ATITUDES E POSTURAS
1 Sempre
2 Frequentemente
3 Raramente
4 Nunca
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões sobre o uso dos quadros avaliativos.
A. Realizo as tarefas nas datas sugeridas d fórma atenta e responsável.
B. Atuo com organização, trazendo para as aulas todo o material solicitado.
C. Demonstro comportamento adequado e comprometido nos diferentes momentos de desenvolvimento do projeto.
D. Escuto com atenção as explicações e proposições do professor, côlégas e outras pessoas envolvidas nas atividades propostas.
E. Apresento atitude colaborativa, compartilhando opiniões, sugestões e propostas com os côlégas.
F. Falo com clareza ao compartilhar dúvidas e opiniões.
G. Atuo d fórma respeitosa em relação às dificuldades apresentadas pêlos côlégas.
MUNDO DO TRABALHO
Durante todo o percurso, investigamos os diversos direitos da juventude brasileira. Dentre eles, o direito ao trabalho é fundamental e a preparação para o mundo do trabalho é um elemento muito importante para a formação dos jovens. Partindo dessa ideia, investigue, em sua região, empresas quê oferecem cursos ou estágios para os jovens e quê podem auxiliá-lo em sua formação para o mundo do trabalho. Ao final, compartilhe com seus côlégas os resultados de sua investigação, criando um mural coletivo para quê todos os estudantes da turma possam conhecer as oportunidades da sua região.
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