PROJETO 5
IMAGENS: MANIPULAMOS OU SOMOS MANIPULADOS?
Diariamente, somos expostos a milhares de imagens, no ambiente virtual e no físico. Nem todas essas imagens podem sêr consideradas fiéis à realidade; elas podem ter sido produzidas com a intenção de modificar os fatos, de motivar a compra de um produto ou, até mesmo, com o intuito de fazer com quê almejemos padrões de beleza inatingíveis.
Neste projeto, exploraremos o universo da manipulação de imagens com o objetivo de entender os propósitos quê levam as pessoas a fazê-lo, d fórma a propor um posicionamento crítico sobre as consequências dessa prática na ssossiedade. A fim de disseminar os conhecimentos adquiridos ao longo do projeto, será produzida uma revista: manipulação de imagens, com textos e imagens, para sêr compartilhada com a comunidade escolar.
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VISÃO GERAL DO PROJETO
Imagens: manipulamos ou somos manipulados?
> TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS:
• Ciência e tecnologia
• Educação para o consumo
• Trabalho
• Diversidade cultural
• Educação em direitos humanos
> COMPONENTES CURRICULARES:
• Líder: Linguagens e suas Tecnologias – Língua Portuguesa e ár-te
• Outros perfis disciplinares: Matemática e suas tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – História e Sociologia
> OBJETOS DE CONHECIMENTO:
• Curadoria de informação; Estratégias de leitura: apreender os sentidos globais do texto; Exploração de multissemiose; Relação entre textos; Estratégias de produção: planejamento de textos informativos; Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição
ETAPAS DO PROJETO
O percurso dêste projeto póde sêr alterado e construído de acôr-do com as necessidades da turma.
ETAPA 1
Vamos começar
Nesta etapa, será feito o levantamento dos conhecimentos prévios sobre o tema da manipulação de imagens. Com base na leitura de textos, na análise de imagens e em atividades sobre algumas técnicas de manipulação e uso de recursos de inteligência artificial, serão apresentados e discutidos alguns propósitos quê levam à realização dessa prática, de modo a desenvolver uma posição crítica e a atuar com protagonismo e responsabilidade na identificação dos impactos negativos associados a essa prática.
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> PRODUTO FINAL:
• Revista: manipulação de imagens
> OBJETIVOS:
• Despertar o olhar crítico dos jovens para a manipulação das imagens produzidas pelas mídias e por eles mesmos.
• Promover uma reflekção sobre as kestões éticas e os propósitos da manipulação de imagens e sobre as kestões relacionadas aos aspectos pessoais – como em sélfies –, da publicidade e do mundo do trabalho.
• Provocar a reflekção sobre como nossas escôlhas de consumo podem sêr movidas pela manipulação de imagens em publicidade.
• Alertar sobre os riscos de sermos movidos por enganos – inclusive relacionados a eventos históricos– provocados pela manipulação de imagens.
• Refletir sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na criação e alteração de imagens e suas consequências.
• Provocar a conscientização de quê devemos ficar atentos aos riscos de sermos manipulados por imagens falsas e buscar instrumentos de reconhecimento dessas intervenções em imagens.
> JUSTIFICATIVA:
A manipulação de imagens foi usada não poucas vezes com o propósito de fazer o observador crer em uma realidade distorcida ou adulterada. Os modernos recursos digitais multiplicaram as possibilidades de adulteração e criação de imagens e as mídias sociais facilitaram a sua propagação. É nesse sentido quê êste Projeto Integrador levanta a questão Imagens: manipulamos ou somos manipulados? e propõe a produção da Revista: manipulação de imagens com o objetivo de desenvolver uma visão crítica sobre as práticas de manipulação de imagens considerando as responsabilidades e a ética profissional, além de aspectos do mundo do trabalho para analisar seus propósitos e possíveis consequências para si e para a ssossiedade.
ETAPA 2
Saber e fazer
Nesta etapa, serão apresentados textos e imagens com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre as técnicas de manipulação e criação com o uso de IA e sobre a importânssia de analisar as imagens criticamente, para perceber se elas foram manipuladas. Além díssu, serão apresentados artistas contemporâneos quê fazem uso de técnicas de manipulação para produzir obras de; ár-te. Por fim, será proposta uma investigação sobre a manipulação de imagens por meio de um questionário.
ETAPA 3
Para finalizar
Nesta etapa, será elaborada uma revista para reunir textos e imagens manipuladas produzidas pêlos estudantes com o objetivo de divulgar e compartilhar com a comunidade escolar os conhecimentos sobre manipulação e criação de imagens adquiridos ao longo do projeto. Todas as etapas de produção, elaboração e publicação da revista serão executadas pêlos estudantes, com a ajuda do professor, organizados em pequenos grupos.
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ETAPA 1
Vamos começar
CONVERSA INICIAL
Imagens manipuladas
A manipulação de imagens já era uma técnica muito utilizada por fotógrafos e artistas muito antes do surgimento dos recursos tecnológicos modernos, mas se intensificou com o surgimento das ferramentas digitais, inteligências artificiais e com a ampliação do uso das mídias sociais, quê permitem o compartilhamento de imagens sem restrição.
Considerada um dos sintomas da pós-modernidade, a manipulação de imagens tornou-se tão comum no cotidiano, em diferentes esferas da ssossiedade, quê cabe a todos refletir sobre as formas como essas imagens manipuladas podem impactar nossa vida.
Observe as imagens a seguir.
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ATIVIDADES
Sugestões de respostas e comentários das atividades estão nas Orientações didáticas ao final do livro.
1. A quê áreas ou campos de atividades as imagens apresentadas na página anterior estão associadas?
2. Em sua opinião, qual é o efeito provocado pela manipulação em cada uma dessas imagens?
3. Você aprecia tirar fotografias? Faça uma lista, obedecendo a uma ordem de preferência, com os itens de quê você mais gosta de fotografar: pessoas, paisagens, lugares quê visita, dêtálhes de encontros com amigos, comidas, animais, entre outros.
4. Você já utilizou algum recurso para editar ou manipular imagens? Qual?
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Professor, dependendo dos recursos disponíveis, êste jôgo póde sêr praticado entre os estudantes no ambiente virtual ou as imagens podem sêr impréssas para quê eles joguem sem a necessidade do uso do computador.
jôgo dos êêrros
Você e alguns côlégas vão se organizar para montar um cenário e tirar algumas fotografias. Façam os registros fotográficos com uma câmera digital ou com um smartphone.
Procurem fazer modificações sutis a cada fotografia: elemêntos podem sêr retirados ou acrescentados ao cenário; estudantes podem repetir as mesmas poses e apenas modificar os acessórios quê estavam utilizando, entre outras opções.
Escolham duas imagens, uma delas para sêr a “cópia” da outra. Com o auxílio do professor e utilizando um programa de edição de imagens, façam as alterações ainda necessárias na fotografia considerada a “cópia”, como: modificar cores, retirar objetos da imagem etc., de modo quê seja possível identificar sete diferenças entre a cópia e a imagem original. Essa composição vai formár um “jogo dos sete erros” criado a partir de sua fotografia.
Apresentem as composições para os demais côlégas da turma e peçam a eles quê identifiquem as sete diferenças entre as duas imagens.
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EM FOCO
por quê manipulamos imagens?
A interferência em fotografias é sempre um ato intencional, por isso é importante discutir as motivações quê levam à manipulação de imagens, sêjam elas pessoais ou públicas.
Essas motivações podem estar relacionadas à forma como as pessoas lidam com a própria imagem, à vontade de modificar o curso da história ou à mudança cultural quê facilitou o acesso a recursos tecnológicos quê permitem a criação e o compartilhamento de diferentes imagens manipuladas, de sélfies a fêik news.
Apresentaremos a seguir algumas dessas motivações.
A era das sélfies
Vivemos na era das rêdes sociais. Em qualquer lugar quê disponibilize acesso à internet, dificilmente encontraremos alguém quê não tenha criado um perfil em alguma delas. O objetivo dos inscritos, invariavelmente, é mostrar-se a pessoas desconhecidas ou a um grupo fechado de “amigos” ou seguidores. Mostrar-se não significa necessariamente se revelar. Qualquer quê seja a motivassão para se mostrar, o quê se observa é quê as sélfies, os retratos de si mesmo, proliferam nas rêdes sociais.
Querer mostrar-se a um público não é um fenômeno tão novo. Antes do advento da fotografia, retratos eram encomendados a pintores, quê, por sua vez, também criavam seus autorretratos. O quê mudou de lá para cá é quê, com o surgimento da fotografia e o desenvolvimento tecnológico, fotografar tornou-se uma prática acessível a quase toda a população.
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Chegamos à era das sélfies. É possível construir uma narrativa sobre um indivíduo observando as fotos quê ele posta nas rêdes sociais. Mas aí entramos no campo do sêr e do parecer. Ao escolher o ângulo, a pose e o fundo, quêremos construir uma história, que póde sêr entendida superficialmente, porque a preocupação com a imagem apresentada na foto tem mais a vêr com a forma como desejamos sêr vistos do quê com akilo quê realmente somos ou com o momento quê estamos vivendo.
Leia a seguir uma reportagem sobre a relação entre as sélfies e a manipulação de imagens.
Exagero no uso de filtro em sélfies póde revelar fragilidade emocional
Doutor em Psicologia, Leonardo Goldberg alerta: “Perfeição atingível apenas através da imagem computadorizada”
Como resistir à tentação de usar filtro quando se faz uma sélfi? Os recursos de alteração de imagem de uma fotografia são inúmeros. Trata-se de uma nova forma de maquiagem virtual, da qual muita gente não vive mais sem.
Até quê ponto o ezagêro no uso de filtros em imagens póde revelar a fragilidade emocional de um indivíduo?
Para desvendar o assunto, a reportagem do E+ entrevistou o psicanalista Leonardo Goldberg, doutor em Psicologia. Ele lembra quê as pessoas sempre sentiram vontade de realizar edições na própria imagem, como com a própria maquiagem, quê data já do antigo Egito.
Essa necessidade, do ponto de vista estético, faz com quê o sujeito tente se aprossimár de uma imagem ideal, quê varia de acôr-do com o tempo e a cultura. E é aí quê mora o perigo, enfatiza o psicanalista: “Apesar de o conceito de imagem ideal sêr inalcançável, o sujeito hoje é bombardeado por uma exigência estética computadorizada, editada através de filtros, [...] cada vez mais acessíveis por qualquer usuário quê consiga manejar um smartphone”. Para o especialista, essa necessidade de editar a própria imagem, sobretudo na sélfi, faz com quê o sujeito tenha a impressão – sempre passageira – de quê diminuiu a distância entre a beleza quê tem e
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aquela quê gostaria de ter. “O engano é crer quê a concepção do belo póde sêr pautada pela supressão das marcas, das pequenas assimetrias, imperfeições, quê às vezes destacam a beleza de cada um”, analisa.
O uso exagerado de filtros em sélfies também póde revelar uma espécie de disputa entre os internautas. “O quê pauta a disputa nas rêdes é uma lógica do reconhecimento: aquele quê é mais curtido torna-se uma influência digital. Os perfis com maior engajamento, das celebridades digitais, não ao acaso, são seguidos por milhões de pessoas e seguem pouquíssimas. Um exemplo claro desta disputa é o perfil quê segue, é seguido de volta e depois deixa de seguir o usuário. É um circuito muito concreto de uso do outro enquanto espectador”, afirma Leonardo Goldberg.
[...] “sélfies filtradas podem fazer com quê as pessoas percam o contato com a realidade, criando a expectativa de quê devemos estar perfeitamente preparados, bonitos, elegantes e desejáveis o tempo todo. Isso póde sêr especialmente prejudicial para adolescentes e pessoas com Transtorno Dismórfico Corporal e é importante quê os cirurgiões plásticos compreendam as implicações das mídias sociais na imagem corporal para melhor tratar e aconselhar os pacientes”, defende Ruben Penteado, integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O psicanalista Leonardo Goldberg acredita quê associar uso de filtros ao transtorno de imagem é ezagêro. “É impossível corroborar com a tese. Seria mais prudente pensarmos quê os filtros aparécem para suprir uma demanda e um sintoma da cultura – o quê chamamos de estética – cada vez mais agressiva, quê idealiza corpos e rostos de uma perfeição atingível apenas através da imagem computadorizada”, argumenta.
[...]
TUCHLINSKI, Camila. Exagero no uso de filtro em sélfies póde revelar fragilidade emocional. O Estado de São Paulo, São Paulo, 9 ago. 2019. Disponível em: https://livro.pw/dpyxx. Acesso em: 30 out. 2024.
ATIVIDADES
Sugestões de respostas e comentários das atividades estão nas Orientações didáticas ao final do livro.
1. Após a leitura do texto e refletindo sobre sua experiência, discutam coletivamente: o quê leva as pessoas a manipularem a própria imagem?
2. Retomem no texto a opinião dos dois especialistas citados. Destaquem as frases quê indicam os danos de manipulação citados.
3. As sélfies são muito utilizadas em diferentes situações do nosso cotidiano. Elaborem uma lista de situações nas quais você e seus côlégas utilizam esse recurso.
4. Você costuma aplicar filtros em suas sélfies? Por quê?
5. Qual é a sua opinião a respeito da manipulação de imagens pessoais?
6. Reúnam-se agora em grupos menóres e releiam o texto para discutir sobre os pontos com os quais concórdam e sobre os pontos dos quais discordam, apresentando argumentos para as opiniões defendidas.
• Escrevam um pequeno texto, no caderno ou em uma fô-lha à parte, para registrar os pontos discutidos e as opiniões defendidas pelo grupo.
Professor, para a atividade 6, organize a turma em grupos de quatro estudantes, idealmente, e proponha um debate, solicitando quê compartilhem as opiniões registradas. Enfatize quê todas as opiniões devem sêr respeitadas.
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Fotografias quê alteraram a história
Muito antes do surgimento da fotografia, os acontecimentos importantes da história eram registrados na linguagem da pintura, sêndo feitos consideravelmente depois da ocorrência dos fatos. Dessa forma, a composição da imagem dependia de relatos de testemunhas, obrigando o artista a confiar na memória e na descrição, talvez repleta de subjetividade do autor do relato.
Com o surgimento da fotografia em 1826, os registros tornaram-se mais precisos. No entanto, constatou-se quê, ainda assim, em alguns momentos a veracidade dos registros fotográficos poderia sêr igualmente questionável, como será apresentado no texto a seguir.
Apagando desafetos
jôsef Stalin não tinha qualquer problema em mandar “apagar” as pessoas de quêm ele não gostava – e ele mandava que isso fosse feito inclusive em suas fotos e com bastante freqüência. Veja um exemplo notório a seguir, onde um comissário soviético chamado Nikolai Yezhov foi removido de um retrato com Stalin depois de se indispor com o ditador:
[...]
12 FOTOS famosas quê foram manipuladas. Megacurioso, 15 mar. 2018. Disponível em: https://livro.pw/abzul. Acesso em: 30 ago. 2024.
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A manipulação da fotografia teve motivassão claramente política, ao modificar um fato histórico no caso do ditador Stalin.
Adulterar fotografias para fins políticos não é exclusividade de regimes totalitários ou grupos específicos. Com freqüência, fotografias são manipuladas para ressaltar o aspecto de liderança do personagem retratado ou para esconder dêtálhes quê diminuiriam a grandeza do fato. Personagens históricos podem ganhar novos corpos, em poses mais heroicas do quê as originalmente registradas, por exemplo, entre outras distorções históricas quê podem ocorrer com a ajuda da manipulação de imagens.
ATIVIDADES
Sugestões de respostas e comentários das atividades estão nas Orientações didáticas ao final do livro.
1. Leiam juntos o texto a seguir.
Histórias de manipulação – ontem e hoje
A manipulação de imagens não é conceitualmente originada na era digital. Muitos negativos já foram modificados ao longo do tempo e, em muitos casos, especialistas detectaram a interferência. Com a tecnologia digital, a percepção e a comprovação da interferência se tornam muito mais difíceis, posto quê não existem negativos.
Muito antes do surgimento de equipamentos digitais, o homem vêm alterando a realidade dos fatos históricos, com o uso de imagens manipuladas. Uma pesquisa realizada por Alain Jaubert e publicada no livro Lê commissariat aux archives: les fótos qui falsifient l´histoire revela quê muitos políticos utilizaram a manipulação fotográfica para omitir a realidade e se colocar em posição de triunfo diante do povo quê governavam.
[...]
ALMEIDA, Cláudia Maria Teixeira de; BONI, Paulo César. A ética no fotojornalismo da era digital. Discursos Fotográficos, Universidade Estadual de Londrina, v. 2, n. 2, p. 11-42, 2006. Disponível em: https://livro.pw/vgtzq. Acesso em: 30 ago. 2024.
Com base no texto lido, respondam d fórma coletiva, oralmente, às kestões a seguir.
a) A manipulação de imagens é uma prática quê surgiu com o advento de recursos digitais modernos? Justifique.
b) Em sua opinião, quais motivos podem levar um líder ou grupo político a alterar imagens?
c) A falta de fidelidade e ética com os fatos póde trazer consequências ao profissional e à ssossiedade? Justifique a sua opinião.
2. A fotografia póde sêr considerada uma “prova” da realidade?
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Expectativa × realidade
Você já ficou decepcionado quando escolheu um lanche pela foto no painel da lanchonete e recebeu um desbotado sanduíche com a mêtáde do tamãnho desejado?
O lanche da primeira foto parece muito maior, as cores dos ingredientes estão mais vivas e brilhantes, além do aumento na altura da carne e do pão; tudo pensado para aguçar os sentidos e estimular a compra. Essa é uma estratégia muito utilizada, principalmente em propagandas publicitárias e até mesmo em embalagens de alimentos.
A manipulação de imagens em embalagens de alimentos tem sido objeto de regulação pêlos órgãos de defesa do consumidor. Leia o texto a seguir.
Para comer com os olhos
Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor, fotos são publicidade enganosa; fabricantes afirmam quê mostram a verdade
É um choque de realidade preparar uma lasanha congelada no micro-ondas. Enquanto a foto da caixa mostra uma massa firme, com quêijo derretido na medida certa, a que sai do fôrnu parece ter sido arremessada contra uma parede. Mas será quê é mesmo um choque ou todo mundo já se acostumou a sêr enganado?
O idéc (Instituto de Defesa do Consumidor) fez um levantamento comparando as imagens apresentadas nas embalagens e a real aparência de alguns alimentos industrializados. Entraram no estudo comida pronta e congelada, vendida no supermercado, e pratos de restaurantes de fést-fud. [...].
Os pesquisadores encontraram cookies [...] com muito menos gotinhas de chocolate do quê a embalagem promete, biscoito wafer [...] bem mais pálido do quê no rótulo, pitssa congelada [...] com menos azeitonas e quêijo do quê na imagem da caixa, panetone [...] com falta de chocolate, polpetone [...] espatifado no molho, sanduíche mirrado [...] e esfiha [...] recheada com carne bem menos corada do que a do cartaz.
De acôr-do com o entendimento do idéc, mesmo havendo na embalagem o alerta de quê as imagens são “meramente ilustrativas”, as fotografias manipuladas ferem os direitos do consumidor.
MISMETTI, Débora. Para comer com os olhos. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 nov. 2009. Caderno Vitrine. Disponível em: https://livro.pw/ssqod. Acesso em: 30 ago. 2024.
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ATIVIDADES
Sugestões de respostas e comentários das atividades estão nas Orientações didáticas ao final do livro.
1. Leia o texto e responda às kestões a seguir.
Bye, bye, real
Tornemos mais concretas as coisas. Vejamos o quê significa o ambiente pós-moderno. Saque essa. – “Que criança linda” – disse a amiga à mãe da garota. – “Isto é porque você não viu a fotografia dela a cores” – respondeu a mãe! Cínica, a piada contém a essência da pós-modernidade: preferimos a imagem ao objeto, a cópia ao original, o simulacro (a reprodução técnica) o real. E por quê? Porque desde a perspectiva renascentista até a televisão, quê pega o fato ao vivo, a cultura ocidental foi uma corrida em busca do simulacro perfeito da realidade. Simular por imagens como na Tevê, quê dá o mundo acontecendo, significa apagar a diferença entre real e imaginário, sêr e aparência. Fica apenas o simulacro passando por real. Mas o simulacro, tal qual a fotografia a cores, embeleza, intensifica o real. Ele fabrica um hiper-real, espetacular, um real mais real e mais interessante quê a própria realidade.
[...]
O hiper-real simulado nos fascina porque é o real intensificado na côr, na forma, no tamãnho, nas suas propriedades. É um quase sonho. Veja uma dose do iogurte [...] em revistas ou na Tevê. Sua superfícíe é enorme, lustrosa, sedutora, tátil – dá á gua na bôca. O [...] verdadeiro é um alimento mixuruca, mas seu simulacro hiper-realizado amplifica, satura sua realidade. Com isso, somos levados a exagerar nossas expectativas e modelamos nossa sensibilidade por imagens sedutoras. […]
SANTOS, Jair Ferreira dos. O quê é pós-moderno. São Paulo: Brasiliense, 2012. p. 12-13.
- Simulacro
- : o quê simula sêr algo; imitação ou representação de algo.
a) Segundo o texto, o quê significa “hiper-real”?
b) Explique o quê você entendeu com a frase “Com isso, somos levados a exagerar nossas expectativas e modelamos nossa sensibilidade por imagens sedutoras”.
2. Relate uma ou mais experiências de ter comprado um alimento motivado pela imagem estampada na embalagem ou no painel da lanchonete e depois ter se decepcionado com a aparência real do alimento. Compartilhe com a turma o seu relato.
3. Reúnam-se em pequenos grupos e discutam sobre o conceito de “simulacro hiper-realizado” apresentado no texto e as imagens apresentadas em embalagens de produtos e na publicidade em geral.
a) Após a discussão, elaborem um texto com os pontos levantados e a conclusão a quê chegaram.
b) Apresentem suas conclusões para o restante da turma.
Professor, conduza a discussão com toda a turma, orientando os estudantes a respeitar os turnos de fala e a opinião dos côlégas.
O quê é propaganda enganosa?
A propaganda enganosa é uma estratégia de marketing quê envolve a promoção enganosa de produtos ou serviços, com o intuito de induzir o consumidor a tomar decisões baseadas em informações falsas ou manipuladoras.
[...]
Para combater essa prática, muitos países têm leis e regulamentações quê proíbem anúncios enganosos e impõem penalidades às empresas quê as utilizam.
[...]
Entre as consequências mais comuns estão as multas financeiras, quê podem sêr substanciais, dependendo da gravidade da infração e de outros fatores relevantes.
PROPAGANDA enganosa: o quê é, quais os tipos e como denunciar. Exame, 2 out. 2023. Disponível em: https://livro.pw/erlac. Acesso em: 30 ago. 2024.
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Manipulação de imagens científicas
As imagens obtidas em pesquisas científicas encantam até mesmo quem não atua nas áreas das ciências biológicas e das ciências médicas. A captura de algumas dessas imagens geralmente é feita em laboratórios.
Quando a pesquisa objetiva capturar imagens de organismos e componentes invisíveis ou praticamente invisíveis a olho nu, é necessário fazer uso de aparelhos como os microscópios.
Existem vários tipos e tamanhos de microscópios destinados à observação de materiais e sêres vivos quê não podem sêr vistos a olho nu, como o microscópio óptico.
As imagens obtidas com a ajuda de microscópios e outros aparelhos científicos podem sêr consideradas pouco atrativas. Os microscópios eletrônicos, por exemplo, geram imagens com gradação de cinza, isto é, as imagens ampliadas são em preto e branco. Observe a seguir uma imagem ôbitída por microscopía eletrônica.
No entanto, em revistas e sáites de divulgação científica, vemos imagens bastante coloridas e, em alguns casos, até mesmo criadas em 3D ou com inteligência artificial, quê podem não condizer com a realidade do material observado.
Essa manipulação de imagens feita em imagens obtidas em microscopias é um caso de manipulação para fins de estudos, divulgação de pesquisas, ilustrações didáticas, ou seja, com o propósito de divulgação científica. A intenção é chamar a atenção de um público quê, sem a utilização de recursos como a manipulação de imagens, não compreenderia os componentes da imagem ou não despertaria interêsse pela área científica.
Página cento e cinquenta e três
ATIVIDADES
Sugestões de respostas e comentários das atividades estão nas Orientações didáticas ao final do livro.
1. Você já encontrou, em livros, revistas ou sáites na internet, imagens capturadas com a ajuda de microscópios, mas com a informação de quê as cores apresentadas são artificiais? O quê essas imagens retratavam?
• Em sua opinião, a manipulação ou criação de imagens com o objetivo de facilitar o entendimento e a observação prejudica ou favorece as ciências?
2. Você viu neste projeto quê é possível: criar imagens para o uso em campanhas publicitárias; manipular imagens para facilitar o trabalho dos cientistas; manipular ilustrações científicas (por profissionais especializados) para fins didáticos, entre outros exemplos. Com base nos diferentes exemplos, reflita sobre as kestões éticas quê envolvem o uso de manipulação e geração de imagens em diferentes áreas do mercado de trabalho.
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Sugira uma lista de editores grátis disponíveis para serem baixados.
Reúna-se com os côlégas do seu grupo e listem quais aplicativos e programas de edição de imagens vocês conhecem, utilizam ou já utilizaram.
a) Anotem os dez programas ou aplicativos de edição de imagem mais mencionados pêlos estudantes do seu grupo.
b) Redijam uma resenha, elencando as funcionalidades, as vantagens e as desvantagens de cada programa quê vocês escolheram. Em seguida, publiquem o conteúdo na internet ou compartilhem as resenhas d fórma impressa. Combinem com o professor como será a publicação ou a apresentação de cada grupo.
ORGANIZANDO OS TRABALHOS
Projeto 5 - Imagens
Nesta etapa, você refletiu sobre a intencionalidade (política, científica, publicitária, do mundo do trabalho etc.) relacionada à produção de imagens manipuladas. Agora, retome a pergunta-chave Imagens: manipulamos ou somos manipulados?, quê nos conduzirá ao produto final dêste projeto: uma revista com conteúdos sobre manipulação de imagens produzida pela turma.
Na etapa 2, você e seus côlégas serão divididos ora em duplas, ora em pequenos grupos para desenvolver as atividades propostas e aprofundar seus conhecimentos sobre o tema abordado. Para a formação dos grupos de trabalho, procure côlégas com experiências e interesses distintos dos seus; essas características certamente podem propiciar trocas de informações valiosas e inusitadas.
Na etapa 3, toda a turma será envolvida na produção da revista. Para isso, é preciso, com a ajuda do professor, pensar desde já na divisão das tarefas e formação dos grupos de acôr-do com as aptidões dos estudantes.
Materiais necessários
Computador, táblêti ou noutibúk com acesso à internet, aplicativos e programas de edição de imagens, impressora, câmera digital ou smartphone com câmera.
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ETAPA 2
Saber e fazer
O quê é manipulação de imagens?
Há diferenças entre as técnicas de tratamento e de manipulação de imagens. Quando falamos em tratamento de imagens, estamos nos referindo a técnicas quê objetivam, por exemplo, retocar ou corrigir imperfeições da imagem; como quando uma fotografia antiga, amarelada pelo tempo ou vincada pelo manuseio, é digitalizada e submetida a correções por meio de programas de edição de imagens. O tratamento de imagens também é realizado em arquivos digitais, como quando se esmaece o fundo para destacar um elemento específico. No entanto, quando a imagem é alterada de modo a descaracterizá-la, com o objetivo de transformar o personagem ou fato retratado ou transmitir uma mensagem diferente da original, passamos, então, a falar de manipulação de imagens.
Leia o texto a seguir para entender a diferença entre as duas técnicas.
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Tratamento × manipulação
Para falar em alteração de imagens, faz-se necessária a discussão da diferença quê existe entre o tratamento e a manipulação de imagens fotográficas, uma vez quê os dois conceitos, apesar de muito diferentes, são muitas vezes confundidos.
O tratamento de uma fotografia constitui na melhora da qualidade de sua imagem. É o uso da tecnologia disponível para clarear pontos escuros, ressaltar a luz e até alterar a saturação das cores, tornando-as mais fortes ou esmaecidas, dependendo do quê se quêr transmitir. Quando se trata uma imagem, a intenção não é alterar o seu conteúdo, portanto, as informações que fazem parte do qüadro não são modificadas.
[...]
Na manipulação – no caso específico do fotojornalismo – existe interferência na realidade dos fatos. Elementos podem sêr acrescentados ou excluídos, dependendo da intenção de quem a manipúla. Neste caso, o real póde sêr transformado em ficção. Ou seja, o quê nunca existiu póde tomar forma, e o quê estava presente no ato da captura da imagem póde simplesmente desaparecer do qüadro.
ALMEIDA, Cláudia Maria Teixeira de; BONI, Paulo César. A ética no fotojornalismo da era digital. Discursos Fotográficos, Universidade Estadual de Londrina, v. 2, n. 2, p. 11-42, 2006. Disponível em: https://livro.pw/vgtzq. Acesso em: 30 ago. 2024.
O aspecto negativo da manipulação de imagens
Na etapa 1, vimos quê a manipulação de imagem está relacionada a uma intencionalidade e quê, em alguns casos, imagens podem sêr manipuladas com o objetivo de distorcer um fato histórico ou induzir ao consumo de um produto, por exemplo. No entanto, nos tempos atuáis, com a facilidade de acesso a rêdes sociais e a programas de edição de imagens e de inteligência artificial, além do menor custo de equipamentos fotográficos, o ato de manipular e usar imagens fora do contexto original vêm sêndo utilizado como uma ferramenta para enganar pessoas propositadamente. Algumas pessoas e profissionais transitam pêlos limiares da ética.
Dessa forma, a manipulação e criação de imagens póde levar a consequências mais graves, por isso precisamos sêr críticos em relação às imagens a quê somos expostos diariamente. É importante perceber quê a ética não é uma restrição na ação pessoal ou profissional, mas uma necessidade quê nos instiga a analisar com mais profundidade e a apreciar com mais respeito as representações visuais e imagens e seus contextos de produção.
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Leia o texto a seguir:
40% das imagens manipuladas não são percebidas pelas pessoas, diz estudo
A manipulação de fotos, há poucos anos, restringia-se aos especialistas. Antes das imagens digitais, ela era feita recortando e colando pedaços de filmes fotográficos para fabricar uma cena. Usava-se até pintura à mão. Quando surgiram as imagens computadorizadas, editores recorriam a softwares caríssimos e computadores potentes para fazer essas alterações. Hoje, você póde editar uma foto na tela do seu celular.
A facilidade, porém, trousse perigos. Os programas de edição avançaram tanto quê é muito difícil distinguir o quê é real e o quê é manipulado em uma foto. E mais: uma montagem não precisa sêr profissional para enganar os nóssos olhos. Um estudo publicado recentemente na revista Cognitive rissêrchi: Principles ênd Implications quantifica o problema e aborda os possíveis impactos dele.
Segundo o artigo, apenas 60% das imagens manipuladas são descobertas pêlos seus observadores. Para chegar à conclusão, os pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, realizaram dois experimentos em quê voluntários tí-nhão quê avaliar a veracidade de imagens. Apesar do resultado parecer uma porcentagem alta, ele fica pouco acima do acaso: se os participantes chutassem todas as respostas, o número seria próximo de 50%, segundo os autores. [...]
“Imagens falsas têm implicações em quase todos os domínios, desde a aplicação de lei e segurança nacional a publicações científicas, política, mídia e publicidade”, ressalta a líder do estudo, Sophie Nightingale, do Departamento de Psicologia da Universidade de Warwick. [...]
Alterações comuns
O estudo contou com dois experimentos parecidos, feitos por meio de questionário ôn láini em quê os participantes tí-nhão quê avaliar a veracidade de 10 fotografias, sêndo quê apenas mêtáde delas era original. [...]
Os pesquisadores usaram, nas imagens, quatro tipos comuns de manipulação: a airbrushing – retoques em uma foto, principalmente para remover imperfeições em rostos; a adição ou a exclusão de objetos; a apresentação de objetos em formas fisicamente impossíveis; e o uso de sombras em direções impossíveis.
Os resultados dos dois experimentos foram consistentes, e cerca de um terço das manipulações não foi percebida pêlos participantes. Além díssu, mesmo quando as montagens foram descobertas, em 55% das vezes, os voluntários não conseguiram identificar o quê havia sido alterado. [...].
Nem retoque
Muitos casos envolvem manipulações compléksas e criadas intencionalmente para enganar o observador, mas mesmo os retoques podem sêr prejudiciais, alerta Sophie Nightingale. “Pesquisas mostram quê esses padrões de beleza difíceis de serem atingidos, se não impossíveis, podem levar a problemas psicológicos e colocar pessoas em risco de desenvolver comportamentos perigosos de exercícios e alimentação”, explica.
O quê preocupa é quê esse tipo de manipulação se espalha d fórma descontrolada nas rêdes sociais, nas publicidades tradicionais e nas feitas pela internet. “O público é constantemente bombardeado com fotos de modelos e celebridades impossivelmente magras, sem rugas e sem espinhas. O quê é pior: o uso de edição de fotos é, agora, disponível para a maioria das pessoas. Até celulares vêm com poderosas ferramentas de edição”, diz a pesquisadora.
[...]
CORREIA, Victor. 40% das imagens manipuladas não são percebidas pelas pessoas, diz estudo. Correio Braziliense, Brasília, DF, 21 ago. 2017.
Disponível em: https://livro.pw/lbttw. Acesso em: 30 ago. 2024.
Página cento e cinquenta e sete
ATIVIDADES
Sugestões de respostas e comentários das atividades estão nas Orientações didáticas ao final do livro.
1. De quê formas a manipulação de imagens póde sêr usada para prejudicar pessoas e empresas, de acôr-do com o texto?
2. Em sua opinião, quê tipos de problemas os “padrões de beleza difíceis de serem atingidos” podem acarretar? Pesquise.
3. Vocês já receberam uma imagem manipulada compartilhada como fêik news? Qual foi a atitude quê tiveram ao recebê-la?
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Reúna-se com o seu grupo e leiam as informações do infográfico de como fazer identificação de imagens manipuladas.
Escrevam sugestões de como as pessoas podem agir ao se deparar com imagens manipuladas na internet.
Compartilhem as sugestões com a turma.
COMO FAZER A IDENTIFICAÇÃO DE IMAGENS MANIPULADAS?
1
SOMBRAS E ILUMINAÇÃO
OBSERVE AS FONTES DE LUZ E COMO ESTÃO AS SOMBRAS E REFLEXOS DAS PESSOAS E OBJETOS, POIS PODEM ESTAR EM POSIÇÕES INCONGRUENTES OU FALTANDO. OS ROSTOS GERADOS PELA IA PARECEM MAIS"PERFEITOS" DO QUE OS ROSTOS HUMANOS.
2
ROSTOS E DENTES
OS ESPECIALISTAS ACONSELHAM OBSERVAR SE AS BORDAS DO ROSTO ESTÃO BORRADAS OU NÍTIDAS E SE O TOM DE PELE DO ROSTO COMBINA COM O RESTO DA CABEÇA OU DO CORPO. OLHE TAMBÉM OS DENTES, A FIM DE NOTAR SE ESTÃO BORRADOS, PERDERAM O CONTORNO DE CADA DENTE OU NÃO TÊM UMA APARÊNCIA MUITO REAL.
3
MÃOS E ORELHAS
A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E OS ARTISTAS COSTUMAM COMETER INCOERÊNCIAS NO PROCESSAMENTO DE MÃOS E ORELHAS, ALTERANDO SUAS FORMAS, PROPORÇÕES E ATÉ MESMO O NÚMERO DE DEDOS.
4
CONTEXTOS E PANORAMAS
OBSERVE SE O CONTEXTO NÃO É TÃO NÍTIDO EM COMPARAÇÃO COM A IMAGEM PRINCIPAL, POIS ESSA póde SER UMA CARAC TERÍSTICA DE ALGUMAS PRODUÇÕES COM IA. MAS, O PANORAMA GERAL TAMBÉM póde DAR INDÍCIOS COM ÁREAS DESFOCADAS OU ALTERADAS EM RELAÇÃO ÀS IMAGENS, COMO FONTE DE LUZ, REFLEXOS E SOMBRAS NÃO HARMONIOSOS.
5
VERIFIQUE OS METADADOS
CADA VEZ QUE UMA CÂMERA DIGITAL REGISTRA UMA FOTOGRAFIA, ALGUNS DADOS, COMO A DATA, A HORA, A CÂMERA, O ZOOM E OUTROS PODEM SER GRAVADOS NO ARQUIVO DA IMAGEM, QUE SÃO OS METADADOS. ALGUMA ALTERAÇÃO OU INCOERÊNCIA NOS DADOS póde DAR PISTAS NA AUTENTICIDADE DA IMAGEM.
Página cento e cinquenta e oito
A manipulação a favor da ár-te
O ato de fotografar envolve escôlhas prévias, motivadas pela intenção do fotógrafo, mesmo quando essas escôlhas são feitas de modo intuitivo. O enquadramento, a iluminação, o cenário e a lente utilizada ao fotografar interferem no resultado final do trabalho. Cabe ao fotógrafo definir se as cenas capturadas permanecerão fiéis ao ato ou se serão manipuladas na pós-produção.
Existem artistas quê optam pela manipulação de imagens com a intenção de ampliar os sentidos já apresentados pela fotografia, acrescentando assim alguns recursos digitais. Um dêêsses artistas é o fotógrafo contemporâneo Daví LaChapelle, nascido em 1963, nos Estados Unidos, conhecido pelas imagens surreais e inusitadas quê produz.
O artista fôtôgráfa principalmente personalidades e aplica sobre essas fotografias recursos digitais para valorizar ou ressaltar características e intenções de acôr-do com o desejo do fotografado ou do fotógrafo.
Cindy Sherman é outra artista quê faz uso da manipulação para produzir imagens questionadoras e artísticas. Por meio de uma rê-de social, a artista publica sélfies produzidas com a utilização de filtros e diferentes técnicas de manipulação.
É interessante refletir sobre o pôdêr e alcance das sélfies na ssossiedade contemporânea. Há quêm diga que as sélfies teriam surgido para ocupar o lugar dos autorretratos produzidos ao longo da história da ár-te (pintores como Frida Kahlo, vã Gógui, Tarsila do Amaral, entre outros, foram adeptos dessa forma de expressão). Leia o texto sobre a produção de Cindy Sherman.
Cindy Sherman torna pública sua conta do Instagram e as fotos são incríveis!
A artista criou discretamente uma conta pública, levantando a questão: seus posts podem sêr considerados novos trabalhos?
[...] Embora suas obras, tecnicamente, não sêjam autorretratos, o método de Sherman de virar as lentes para si mesma é estranhamente apropriado para nóssos tempos, em quê as sélfies tornaram-se tão onipresentes quê agora são suportes para exposições e, muitas vezes, citadas como uma forma de; ár-te.
PARA ACESSAR
Para conhecer mais sobre a vida e a obra de Cindy Sherman, acéçi:
• MOMA, Cindy Sherman. Disponível em: https://livro.pw/turit. Acesso em: 30 out. 2024.
Página cento e cinquenta e nove
[...]
A conta, quê silenciosamente mudou de particular para pública nos últimos meses, é uma mistura de fotos pessoais e imagens manipuladas de si mesma. As imagens misteriosas de si mesma começaram a aparecer em meados de maio e a primeira delas carrega a legenda: “sélfi! Sem filtro, hahaha”.
[...]
CINDY Sherman torna pública sua conta do Instagram e as fotos são incríveis! Touch ÓF Class, 9 ago. 2017. Disponível em: https://livro.pw/ynbgp. Acesso em: 30 ago. 2024.
ATIVIDADES
Sugestões de respostas e comentários das atividades estão nas Orientações didáticas ao final do livro.
1. Pesquise sobre o modo de composição da artista e responda: Qual inovação se observa no recente trabalho de Cindy Sherman?
2. Acesse o perfil público de Cindy Sherman nas rêdes sociais e escolha uma das imagens como inspiração. Tente reproduzir a técnica em uma sélfi sua. Compartilhe o seu trabalho com a turma.
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Reúna-se com seu grupo e façam dois exercícios de manipulação de imagens.
a) Para o primeiro exercício, recortem de jornais e revistas algumas fotografias quê contenham paisagens, pessoas, animais, elemêntos quê possam sêr usados para compor um cenário. Desconstruam as fotografias originais e façam uma montagem com os rekórtis em fô-lhas de papel avulsas, de modo quê os elemêntos justapostos passem a compor cenas diferentes das originalmente apresentadas. Fotografem os novos arranjos e montem uma galeria virtual com as imagens reconstruídas.
b) Para o segundo exercício, busquem na internet fotografias quê apresentem elemêntos quê possam compor uma nova imagem: objetos, paisagens, pessoas, animais, entre outros. Usando programas de edição de imagens, recortem elemêntos das fotografias e componham imagens diferentes das originais. Salvem as imagens criadas em uma pasta no computador e compartilhem os resultados com a turma, por meio de uma apresentação virtual ou física.
c) Em uma roda de conversa com toda a turma, escôlham qual foi a manipulação de imagem mais impressionante e discutam sobre qual técnica de manipulação apresentou mais dificuldade e qual obteve melhores resultados. Conversem sobre as principais diferenças em trabalhar com a manipulação em fotografias impréssas e em imagens digitais.
Página cento e sessenta
Manipulação de imagens com IA e os riscos aos direitos
As imagens de pessoas públicas freqüentemente sofrem manipulações, dos mais diversos tipos e com as mais diversas finalidades, incluindo as campanhas publicitárias e o uso sem autorização em rêdes sociais. Leia os textos quê debatem sobre os vários aspectos em relação ao tema e quais os direitos garantidos pela lei.
Na Rio2C, Gilberto Gil diz quê homem ainda controla inteligência artificial
O homem continua no comando, disse Gilberto Gil, depois de um debate com o cineasta Andrucha Waddington na Rio2C (Rio Creative Conference), mediado por sua esposa e empresária, Flora Gil. O músico, entusiasta das ciências, se referia à ascensão da inteligência artificial, um dos temas recorrentes no evento da indústria criativa na capital fluminense.
“Tem uma música minha quê diz, em resumo, quê qualquer coisa quê venha das máquinas vai estar em última análise regida por uma dimensão humana. A inteligência póde sêr artificial, transartificial, pós-artificial… quem pluga e despluga é o sêr humano”, afirmou ele. “Ainda é o homem mandando nas máquinas e não as máquinas mandando no homem.”
[...] Ele diz quê, hoje, a pasta tem novos desafios à frente nessa área – quê envolvem a regulação das rêdes sociais.
“O principal problema são os conflitos relacionais entre tecnologias, seus usos e abusos. Regular esse setor é muito difícil, porque tem implicações na liberdade de expressão”, afirma.
“Mas um dos grandes desafios do capitalismo moderno e seu afã de produzir cada vez mais é a regulação. Nessa área da comunicação é fundamental quê as sociedades pensem em formas regulares de regular.” [...]
MEIRELES, Mauricio. Na Rio2C, Gilberto Gil diz quê homem ainda controla inteligência artificial. Folha de São Paulo, Rio de Janeiro, 12 abr. 2023. Disponível em: https://livro.pw/pwwht Acesso em: 30 jul. 2024.
Manipulação de imagens com IA: riscos aos direitos de imagem e voz na publicidade e entretenimento
[...]
Além de diversas discussões éticas relacionadas à ressureição digital, preservação da memória, segurança digital, deep fakes e direito à informação, a manipulação de imagens de sêres humanos com IA também levanta algumas preocupações relacionadas aos direitos de personalidade (como o direito de imagem).
Página cento e sessenta e um
[...]
O direito de contrôle da imagem (que também compreende o uso da voz) é inviolável, segundo o art. 5º, X, da Constituição Federal. Em decorrência díssu, a violação dos direitos de imagem póde causar dano moral ou dano material, sujeitando o indivíduo quê comete a violação ao dever de indenizar. [...]
RIBEIRO, Ana Clara; CAMARGO, Paula Giacomazzi. Manipulação de imagens com IA: riscos aos direitos de imagem e voz na publicidade e entretenimento. Baril Advogados, 8 ago. de 2023. Disponível em: https://livro.pw/hudzn. Acesso em: 30 out. 2024.
ATIVIDADES
Sugestões de respostas e comentários das atividades estão nas Orientações didáticas ao final do livro.
1. Você concórda com a opinião de Gilberto Gil?
2. Em sua opinião, a manipulação de imagens por meio de ferramentas de inteligência artificial (IA) sérve a quais finalidades no campo da publicidade e do entretenimento?
3. Em sua opinião, qual é o limite para os profissionais e as rêdes sociais, ao se tratar de manipulação de imagens?
Batalha do IA será travada no direito autoral
Dentre as várias coisas quê a chegada da inteligência artificial vai mudar, uma das mais relevantes será o direito autoral. Será nesse campo em quê boa parte da batalha regulatória será travada. [...]
O fato é quê hoje tudo está em aberto, e há muitas propostas sobre a mesa. Vale analisar algumas. Nos Estados Unidos, a regra atual é quê obras criadas usando IA não geram direitos autorais. [...]
Porém, o modelo quê considero mais intrigante é a proposta de criação de um novo tipo de direito autoral aplicável a inteligências artificiais individualizadas. Na minha visão, estamos nos aproximando do momento em quê cada pessoa poderá ter sua própria IA. Um músico, como Drake ou Gilberto Gil, poderá reunir toda a sua produção de vida e transformá-la em uma IA, quê seria então protegida por direitos autorais.
Qualquer criação de obras relacionadas a esse artista deve, então, acontecer em colaboração com sua IA pessoal. O resultado dessa colaboração seria compartilhado entre o criador original e aqueles quê se utilizaram de sua obra. Em outras palavras, se Gil tivesse sua própria IA, sua obra estaria viva e aberta a colaborações. Ao mesmo tempo, se alguém cocriasse com sua IA, teria de compartilhar os benefícios resultantes dessa colaboração. [...]
LEMOS, Ronaldo. Batalha da IA será travada no direito autoral. ITS, 3 jul. de 2023. Disponível em: https://livro.pw/tseui. Acesso em: 30 ago. 2024.
ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO
Em grupos, debatam sobre a manipulação e a criação de imagens e os direitos de magens e voz. Depois, produzam as diretrizes de qual deveria sêr a regularização do uso de IA na manipulação de imagens para as pessoas, os profissionais e os meios de comunicação geral. Compartilhem com os outros grupos.
Página cento e sessenta e dois
Manipulamos imagens ou somos manipulados por elas?
Ao longo do projeto, vocês analisaram diferentes tipos de manipulação e criação de imagens e puderam refletir sobre as consequências, muitas vezes negativas, relacionadas ao uso dessa técnica.
Chegou a hora de encaminhar o trabalho para o desenvolvimento do produto final, a Revista: manipulação de imagens. Dessa forma, você e seus côlégas vão se reunir em grupos, para realizar uma pesquisa na escola com o objetivo de verificar a percepção de estudantes de outras turmas e de funcionários em relação à manipulação e criação de imagens nas mídias.
Elaborem um quêstionário com perguntas como as quê seguem e acrescentem outras que julgarem pertinentes:
A VOCÊ COSTUMA POSTAR sélfies EM MÍDIAS SOCIAIS?
Sim
Não
B QUANDO POSTA sélfies, VOCÊ APLICA ALGUM FILTRO PARA TIRAR IMPERFEIÇÕES E “MELHORAR” A IMAGEM?
Sim
Não
C COM QUE FREQUÊNCIA VOCÊ APLICA FILTROS PARA “MELHORAR” SUAS sélfies?
Nunca
Menos de 50% das vezes
Mais de 50% das vezes
D COM QUE FREQUÊNCIA VOCÊ APLICA FILTROS DIVERTIDOS PARA DEIXAR SUAS sélfies ENGRAÇADAS?
Nunca
Menos de 50% das vezes
Mais de 50% das vezes
E VOCÊ JÁ DESCONFIOU DE MANIPULAÇÃO EM IMAGENS PUBLICADAS EM JORNAIS, REVISTAS OU SITES DA INTERNET?
Sim
Não
Página cento e sessenta e três
F VOCÊ JÁ RECEBEU CONTEÚDOS E IMAGENS SUSPEITOS DE FAMILIARES E GRUPOS DE AMIGOS?
Sim
Não
G VOCÊ INVESTIGA SOBRE A VERACIDADE DE CONTEÚDOS QUE RECEBE EM APLICATIVOS DE MENSAGENS INSTANTÂNEAS?
Sempre
Às vezes
Nunca
H VOCÊ FAZ USO DE PROGRAMAS DE EDIÇÃO DE IMAGENS OU DE FERRAMENTAS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA MANIPULAR OU CRIAR IMAGENS?
Sim
Não
I VOCÊ DESCONFIA DE ALGUMAS IMAGENS, SUPONDO QUE ELAS PODEM SER MANIPULADAS?
Sim
Não
J VOCÊ CONSIDERA QUE A ADULTERAÇÃO DE IMAGENS É UMA FORMA DE NOS MANIPULAR?
Sim
Não
K QUANDO DESCONFIA DA MANIPULAÇÃO DE UMA IMAGEM, VOCÊ COSTUMA PESQUISAR SOBRE A VERACIDADE DELA, CONFIRMANDO SUA FONTE OU BUSCANDO OUTRAS VERSÕES DA MESMA IMAGEM?
Sim
Às vezes
Nunca
L VOCÊ CONSIDERA QUE O USO DE MANIPULAÇÃO OU criação DE IMAGENS COM IA SEM AUTORIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS póde SER CONSIDERADO UM ATO CRIMINOSO?
Sim
Não
M GOSTARIA DE TER ACESSO A UMA REVISTA COM CONTEÚDO SOBRE MANIPULAÇÃO DE IMAGENS?
Sim
Não
Um grupo ficará responsável pela divulgação do questionário; outros dois ficarão incumbidos da côléta e tabulação dos dados para criação de gráficos com os resultados.
1. O grupo responsável pela tabulação dos dados deve elaborar uma tabéla em quê as respostas às perguntas sêjam transformadas em valores numéricos. A tabéla de valores numéricos será utilizada pelo grupo incumbido da elaboração dos gráficos.
2. O grupo responsável pela elaboração deve escolher o tipo de gráfico mais adequado para visualização dos dados (de colunas, de setores etc.).
3. Os grupos devem se reunir para interpretar os dados dispostos nos gráficos, levando em consideração o número de participantes quê são adeptos das sélfies, quê usam filtros para manipulação de imagens, quê desconfiam de conteúdos veiculados na mídia, quê se preocupam com a veracidade de imagens compartilhadas e assim por diante.
4. O grupo quê ficou responsável pela divulgação do questionário deve usar os mesmos meios para compartilhar os resultados com a turma e com os participantes.
Página cento e sessenta e quatro
ETAPA 3
Para finalizar
PRODUTO FINAL
Revista: manipulação de imagens
Agora é o momento de colocar em prática todo o conhecimento adquirido ao longo do projeto para produzir matérias sobre manipulação ou criação de imagens e apresentá-las na revista quê será produzida pela turma. A atividade deve ter a participação de todos os estudantes nas etapas quê envolvem desde a elaboração dos textos até a publicação, digital ou impressa, e distribuição do produto final a Revista: manipulação de imagens.
O objetivo é apresentar ao público leitor as diferentes esferas de circulação de conteúdos quê fazem uso de imagens manipuladas ou criadas com IA, sêndo possível apresentar um texto sobre os perigos relacionados a imagens falsas e ao fenômeno das fêik news, além de um alerta sobre como não sêr enganado por elas. A revista também póde apresentar um tutorial sobre como identificar a manipulação de imagens.
É importante quê vocês decidam quais serão as seções e as matérias quê farão parte da revista e definam o nome quê será atribuído a ela. Veja algumas sugestões a seguir.
Página cento e sessenta e cinco
Seção: Ciência em foco – Ciência e a manipulação de imagens
Seção: É fato! – Manipulações de imagens históricas
Seção: Isto é ár-te! – Obras de; ár-te e artistas quê manipulam imagens
Seção: Reflexão – Manipulação e criação de imagens e os seus direitos
Essas são algumas ideias, mas é importante quê o grupo responsável pela produção dos textos se reúna para discutir, com base nos dados obtidos com a aplicação do questionário na etapa 2, e definir quais artigos, reportagens, entrevistas ou notícias poderiam atrair a atenção e despertar interêsse do público leitor. Todas as imagens manipuladas produzidas por vocês, ao longo dêste projeto, podem sêr utilizadas na revista, relacionando-se aos conteúdos definidos e produzidos pela turma.
Fases da produção da revista
1. Produção dos textos
Para a produção dos textos quê serão apresentados na revista, os estudantes deverão se dividir em duplas ou pequenos grupos para elaborá-los, conforme o interêsse em relação ao conteúdo a sêr abordado.
É importante estarem atentos aos gêneros textuais da esféra jornalística (editorial, notícia, crônica, reportagem, resenha etc.) quê serão utilizados nesta publicação e adaptar a linguagem, respeitando a norma-padrão, as características de cada gênero, a situação de comunicação e o público a quê a revista se destina. Além dêêsses pontos, na produção do(s) texto(s) obissérvem também:
1. Pensando no gênero escolhido e no público-alvo, a linguagem póde sêr mais formal ou mais informal?
2. Os textos serão criados a partir de relatos reais, necessitando, assim, de entrevistas com outros estudantes ou pessoas da comunidade?
3. Será necessário fazer uma pesquisa de conceitos e dados históricos para a produção dos textos?
Verifiquem os recursos disponíveis para a produção dos textos na escola, levando em conta se haverá um computador por estudante ou se os textos precisarão sêr produzidos primeiro manualmente e, depois, digitados por uma única pessoa. Escrevam os originais pensando no projeto gráfico, atentando para o número de caracteres em uma página e prevendo espaços para ilustrações e fotografias. Troque seu texto com os de outros côlégas para quê possam dar opiniões e sugestões antes da finalização do material.
Página cento e sessenta e seis
2. Criação do projeto gráfico
O grupo responsável pela criação do projeto gráfico deve pensar nas cores quê serão utilizadas na revista, na disposição dos textos e das imagens, nas fontes dos títulos, entre outros elemêntos, de modo quê essas escôlhas contribuam para o conteúdo quê será apresentado na revista.
O projeto gráfico póde sêr feito no computador, com a ajuda de softwares de disáini, edição de texto, ferramentas de inteligência artificial, ou à mão, com a ajuda de lápis e canetas coloridas e diferentes tipos de papéis.
Depois de elaborado, mostrem o projeto para os membros dos outros grupos e ouçam a opinião de todos. Incorporem as sugestões dos côlégas e, caso acreditem quê alguma dê-cisão da equipe de projeto gráfico deva sêr mantida, argumentem, explicando e justificando os motivos da escolha.
3. Definição da sequência dos textos
Após a elaboração dos textos, é preciso definir, com os outros grupos responsáveis pela produção das matérias, qual será a ordem de apresentação de cada um deles.
É importante pensar em intercalar conteúdos mais divertidos com conteúdos mais densos, como: apresentar obras de; ár-te produzidas com técnicas de manipulação de imagens e, em seguida, uma matéria sobre a produção e o compartilhamento de fêik news, por exemplo. As produções realizadas podem ter um destaque especial na revista e serem apresentadas como uma matéria especial, podendo inclusive utilizar na produção de um artigo de opinião os debates e as reflekções já feitas sobre regularização, direitos de imagem e autorais e ética profissional.
4. Produção e escolha da capa
A capa também é um item quê póde sêr definido na etapa do projeto gráfico, mas póde sêr interessante elaborá-la quando a revista estiver mais desenvolvida, pois ela deve conversar com o conteúdo e com o projeto gráfico – e esses elemêntos podem sofrer alterações durante o processo.
O grupo responsável pela produção da imagem de capa da revista deverá analisar as fotografias produzidas pêlos estudantes, ao longo do projeto, e separar algumas opções consideradas mais adequadas para apresentar em uma revista, cujo conteúdo aborda a manipulação de imagens. Existe também a possibilidade de uma nova imagem sêr manipulada ou criada com inteligência artificial, especialmente para compor a capa da revista.
Página cento e sessenta e sete
Depois de separadas as fotografias, os estudantes votarão na foto quê consideram mais representativa. Se for preciso, ainda podem sêr usadas ferramentas de edição de imagens para realizar intervenções na foto escolhida.
Usem a criatividade, é essencial quê a imagem seja impactante e faça com quê os leitores fiquem curiosos para ler as matérias e artigos da revista.
5. Publicação e divulgação da revista
Agora quê está tudo encaminhado, um grupo cuidará da etapa de publicação de exemplares da revista e da divulgação.
Caso tênham optado pela revista impressa, considerem:
• Quantos exemplares vocês gostariam de imprimir, para quê ela circule entre os estudantes das outras turmas?
• Há recursos disponíveis na escola para a impressão ou cópia de mais de um exemplar?
Se optarem pela produção de uma revista digital, considerem:
• Qual será a platafórma utilizada para produzir e apresentar o conteúdo?
• As funcionalidades da platafórma foram testadas? Apresentam algum tipo de limitação?
A divulgação da revista póde sêr feita por meio de recursos físicos, como banners, fôlderes e cartazes, ou d fórma virtual, pelas rêdes sociais, por exemplo. Discutam para decidir a opção mais apropriada ao produto e aos recursos disponíveis, tendo em vista o objetivo de alcançar o público-alvo na comunidade escolar e local.
Boa leitura a todos!
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Avaliação
Veja nas Orientações didáticas observações e sugestões sobre o uso dos quadros avaliativos.
Para avaliar o processo de construção dos saberes, das atitudes e a reflekção sobre o tema e o mundo do trabalho, sugerimos a elaboração de quadros quê permitem o acompanhamento da produção e a reflekção do quê foi desenvolvido nas etapas do projeto. Os quadros devem sêr copiados e preenchidos de acôr-do com as orientações do professor.
Avaliação dos saberes
AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS
1 Realizei com facilidade
2 Realizei
3 Realizei com dificuldade
4 Não realizei
ETAPA 1 – VAMOS COMEÇAR
A. Analisar e discutir sobre imagens manipuladas, apresentadas em diferentes esferas da ssossiedade.
B. Experimentar, por meio de um jôgo dos êêrros, a percepção em relação a imagens manipuladas.
C. Refletir sobre os diferentes propósitos (políticos, pessoais, científicos etc.) relacionados à manipulação de imagens.
ETAPA 2 – SABER E FAZER
A. Identificar as diferenças entre tratamento, manipulação e criação de imagens.
B. Reconhecer as consequências, positivas e negativas, envolvidas no processo de manipulação e criação de imagens com recursos com IA.
C. Conhecer e analisar obras de; ár-te manipuladas e artistas quê aplicam técnicas de manipulação de imagens em suas produções.
D. Produzir imagens manipuladas, utilizando diferentes suportes e técnicas.
E. Analisar a recepção de imagens manipuladas pêlos veículos midiáticos.
F. Posicionar-se crítica e eticamente em relação à manipulação e criação de imagens com recursos de IA.
ETAPA 3 – PARA FINALIZAR
A. Planejar e criar uma revista, física ou digital, para divulgação de conteúdos sobre manipulação de imagens.
B. Elaborar os textos quê serão apresentados nas seções definidas para a revista.
C. Criar o projeto gráfico e definir a imagem quê será apresentada na capa da revista.
D. Organizar e planejar as estratégias utilizadas para impressão ou publicação ôn láini e divulgação da revista.
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Avaliação das atitudes
AVALIAÇÃO DAS ATITUDES E POSTURAS
1 Sempre
2 Frequentemente
3 Raramente
4 Nunca
Veja nas Orientações para o professor observações e sugestões sobre o uso dos quadros avaliativos.
A. Realizo as tarefas nas datas sugeridas d fórma atenta e responsável.
B. Atuo com organização, trazendo para as aulas todo o material solicitado.
C. Demonstro comportamento adequado e comprometido nos diferentes momentos de desenvolvimento do projeto.
D. Escuto com atenção as explicações e proposições do professor, côlégas e outras pessoas envolvidas nas atividades propostas.
E. Apresento atitude colaborativa, compartilhando opiniões, sugestões e propostas com os côlégas.
F. Falo com clareza, ao compartilhar dúvidas e opiniões.
G. Atuo d fórma respeitosa em relação às dificuldades apresentadas pêlos côlégas.
H. Demonstro empatia e respeito quando lido com opiniões e contextos diferentes dos meus.
MUNDO DO TRABALHO
Ao longo dêste projeto, observamos diferentes usos e contextos de manipulação e criação de imagens e possíveis riscos dessa prática. Pensando no seu futuro profissional, você acredita quê apenas algumas profissões teriam compromisso com a ética e responsabilidade na manipulação e criação de imagens quê possam impactar os direitos de imagem ou autorais? Justifique sua resposta.
Página cento e setenta