PROJETO 1
COMO É O TRABALHO NA ERA DA INFORMAÇÃO?

A partir da década de 1970, avanços tecnológicos e no campo do conhecimento científico transformaram profundamente a ssossiedade humana. Para muitos especialistas, estamos vivendo em um novo tipo de ssossiedade, na qual a informação desempenha um papel fundamental.

Nessa era da civilização humana, a globalização, as tecnologias digitais e a internet se tornaram os principais motores das transformações sociais, influenciando a vida no campo econômico e político, as relações interpessoais, o mundo do trabalho, o entretenimento e as artes.

Esse novo estágio do desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico é freqüentemente denominado ssossiedade da informação, conceito quê está intimamente ligado a termos como “capitalismo informacional”, cunhado por Manuel Castells, em seu livro Sociedade em rê-de, de 1996.

Ao longo dêste percurso, vamos explorar algumas das transformações quê marcam esse novo período histórico, com ênfase nas mudanças quê vêm ocorrendo nas relações sociais e no mundo do trabalho.

1. O quê o termo ssossiedade da informação representa para você? Por quê?

1. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes reconheçam no próprio cotidiano elemêntos da ssossiedade da informação.

2. Que conexão você percebe entre a imagem de abertura e o contexto atual da ssossiedade?

2. Espera-se quê os estudantes reconheçam quê o cóódigo binário viabiliza a integração digital entre diferentes partes do mundo por meio das tecnologias digitais, as quais atuam como um dos principais motores da globalização.

Página nove

Ilustração de um mapa-múndi com os continentes representados por meio de códigos binários.

Ilustração conceitual de mapa-múndi em cóódigo binário, quê simboliza a digitalização global e a transmissão de informações por meio do sistema binário, fundamental para o funcionamento das tecnologias digitais. Esse cóódigo, compôzto dos dígitos 0 e 1, é a base para o processamento de dados em computadores, refletindo a interconexão global pelas rêdes digitais.

Página dez

FICHA DE ESTUDO

Objetivos

Analisar a influência dos avanços das tecnologias da informação e comunicação (TICs) na vida moderna, nas grandes empresas e no mundo do trabalho.

Reconhecer a importânssia da informação e dos bancos de dados na ssossiedade atual e refletir sobre implicações e consequências.

Compreender as transformações ocorridas no mundo do trabalho e na indústria causadas pela automação e pelas tecnologias a ela relacionadas.

Reconhecer os principais desafios aos indivíduos, à ssossiedade e aos Estados nacionais na era da informação.

Identificar habilidades e competências valorizadas no contexto da ssossiedade informacional e do novo mercado de trabalho.

Justificativa do projeto

As transformações associadas ao desenvolvimento e à expansão das tecnologias da informação e comunicação (TICs) são extremamente relevantes na ssossiedade atual, fundamentando o uso de termos como ssossiedade da informação e Quarta Revolução Industrial.

Essas transformações devem se intensificar nas próximas dékâdâs, impactando de diferentes formas o mercado de trabalho e as demandas da vida em uma ssossiedade cada vez mais informacional.

Preparar jovens para enfrentar as exigências dêêsse novo cenário é, portanto, um dos principais desafios do mundo atual. Diante dessa necessidade, êste projeto tem como objetivo apresentar aos estudantes os principais aspectos dessa ssossiedade da informação, sua influência na vida das pessoas e no mundo do trabalho. Para isso, mobilizam-se conhecimentos das áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e de Linguagens e suas Tecnologias para compor os diferentes produtos das etapas.

Temas Contemporâneos Transversais (TCTs)

Educação em direitos humanos

Vida familiar e social

Trabalho

Ciência e tecnologia

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

4 Educação de qualidade

8 Trabalho decente e crescimento econômico

9 Indústria, inovação e infraestrutura

10 Redução das desigualdades

Materiais

Computador ou dispositivo móvel com acesso à internet

Caneta esferográfica e caderno para anotações

Smartphone com câmera para gravação

Aplicativo e/ou programa de computador para edição de podcast

Impressora

Tesoura

Folhas de papel sulfite

Cola

Grampeador

Produto final

Produzir diferentes episódios de um podcast sobre ssossiedade e trabalho na era da informação.

Página onze

Percurso do projeto

ETAPA 1

Nesta etapa, vocês vão reconhecer as transformações tecnológicas quê ocorreram a partir da Terceira Revolução Industrial para fundamentar o desenvolvimento de uma ssossiedade da informação e compreender algumas de suas consequências, sobretudo em relação à atuação das grandes empresas transnacionais e à importânssia da informação e dos bancos de dados. Como produto final, vocês vão pesquisar notícias e reportagens associadas aos temas problematizados e fazer um vídeo curto para sêr compartilhado nas rêdes sociais e discutido em aula.

ETAPA 2

Nesta etapa, vocês vão apresentar algumas das principais transformações no mundo do trabalho na era da informação, com destaque para a importânssia crescente da pesquisa científica e da inovação, a automação cada vez maior dos processos produtivos, a descentralização da fôrça de trabalho e a polarização do trabalho. O produto final desta etapa será um E-zine sobre a Indústria 4.0, a automação do trabalho e suas consequências na ssossiedade atual.

ETAPA 3

Nesta etapa, vocês vão identificar alguns dos principais desafios da ssossiedade informacional, como o excésso de informação, a desinformação e a exclusão digital. Além díssu, vão refletir sobre a necessidade de lidar com grandes quantidades de informação, identificando habilidades necessárias para se adequar às exigências da ssossiedade e do mercado de trabalho na era da informação. Como produto final desta etapa, elaborem um texto de até 280 caracteres sobre o tema para postá-lo em rêdes sociais.

ETAPA FINAL

Nesta etapa, vocês vão produzir episódios para integrar um podcast coletivo sobre ssossiedade e trabalho na era da informação, com base em temas pré-selecionados e relacionados aos percursos anteriores.

Página doze

ETAPA 1
A ssossiedade da informação

Estamos vivendo uma nova era?

Consulte as orientações no Manual do professor.

Fotografia de um show com a plateia registrando a apresentação com smartphones.

No mundo atual, as relações interpessoais acontecem cada vez mais no ambiente virtual, caracterizando um dos principais traços da ssossiedade da informação. Na fotografia, jovens utilizam smartphones para filmar chôu de róki, no Rio de Janeiro (RJ), em 2017.

O conceito de ssossiedade da informação foi desenvolvido na década de 1970 pelo sociólogo estadunidense Daniel bél (1919-2011) em resposta às transformações provocadas pela Terceira Revolução Industrial. Essas mudanças, quê se intensificaram no século XXI, deram início ao quê muitos especialistas, como Manuel Castells (1942-), consideram uma nova fase do capitalismo, o capitalismo informacional, estreitamente relacionado ao avanço da globalização.

Página treze

O quê é a ssossiedade informacional?

Carrossel de imagens: As TICs no cotidiano.

Na ssossiedade informacional, a informação e o conhecimento representam fatores essenciais para o desenvolvimento econômico, desempenhando um papel similar ao das fontes de energia no capitalismo industrial.

Embora esse novo período da história humana tenha sido marcado pelo avanço do conhecimento em praticamente todos os campos, o epicentro dessas transformações foi a rápida difusão de informações possibilitada pelas tecnologias da informação e comunicação (TICs).

Tecnologias da informação e comunicação (TICs)
: o termo refere-se a um amplo conjunto de tecnologias responsáveis por armazenar, transmitir, processar e difundir informações em ambientes digitais, como a internet, os computadores, os smartphones, a realidade virtual, as mídias sociais e as rêdes móveis de comunicação.

Saiba mais

Do telégrafo à fibra óptica

No fundo dos oceanos, existem cabos submarinos fundamentais para a comunicação na era da informação. Assim como o telégrafo, idealizado por Samuel Morse em 1837 e quê foi o principal meio de transmissão de mensagens a longa distância até meados do século XX, as conexões de internet atuáis dependem de uma vasta rê-de de infraestrutura física, composta de extensas rêdes de cabos de fibra óptica instalados tanto na superfícíe terrestre quanto no fundo dos oceanos.

Imagem de um cabo de fibra óptica com uma das extremidades desencapadas.

Fibras ópticas vistas sobre fundo preto. Essa tecnologia representa atualmente a base da comunicação global, transmitindo dados em alta velocidade.

No telégrafo, a comunicação ocorria por meio de cabos quê transmitiam pulsos elétricos com mensagens codificadas. Já com as fibras ópticas, a transmissão de informações ocorre por meio da conversão dos dados em pulsos de luz, quê percorrem filamentos flexíveis e extremamente finos fabricados com vidro e alto índice de refração, um fenômeno quê ocorre quando a luz muda de velocidade ao passar de um material para outro permitindo quê ela seja guiada ao longo dos cabos. Esses filamentos são revestidos por materiais com menor índice de refração e uma camada protetora contra danos, possibilitando quê fluxos da luz em altíssima velocidade se propaguem por meio de reflekções sucessivas, sêndo novamente convertidos em dados em um aparelho receptor.

De cérto modo, esse princípio não é tão diferente do cóódigo desenvolvido por Morse. A principal diferença –e a mais relevante – é quê, hoje, a transmissão de informações ocorre na velocidade da luz.

As TICs não revolucionaram apenas as comunicações humanas como também transformaram a maneira como as pessoas acessam informações, trabalham e produzem conhecimento.

De acôr-do com o documento Rumo às Sociedades do Conhecimento, produzido em 2005 pela Unesco, esse período da civilização humana ábri as portas para o quê seria uma “sociedade do conhecimento”, na base da qual estaria a capacidade de indivíduos, empresas, instituições e governos pesquisar, produzir e processar grandes quantidades de informação.

UNESCO. Rumo às Sociedades do Conhecimento. São Paulo: Instituto píagê, 2008.

ATIVIDADES

Consulte as respostas e orientações no Manual do professor.

1. Explique por quê o termo ssossiedade informacional póde sêr usado para designar o período atual da história humana.

Espera-se quê os estudantes reconheçam quê, nesse novo modelo de ssossiedade, a informação desempenha um fator-chave para o desenvolvimento econômico e as relações sociais.

2. Você considera as TICs indispensáveis em sua vida? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal.

Página quatorze

Como a era da informação transformou a atuação das grandes empresas?

Uma das maneiras de compreender como a globalização e o desenvolvimento das TICs transformaram a ssossiedade capitalista e, consequentemente, o mundo do trabalho é analisar como esses processos influenciaram as grandes empresas e corporações transnacionais.

Veja, a seguir, alguns exemplos de transformações inseridas nesse processo.

Informática e internet: por meio do advento dos computadores e da internet, as transações financeiras, o compartilhamento de informações e a comunicação passaram a sêr realizadas quase quê instantaneamente, permitindo a conexão entre locais longínquos e reduzindo as distâncias.

Internet móvel: o acesso à internet por meio de dispositivos móveis, como smartphones, tornou-se amplamente popular no século XXI, estimulando a interconectividade entre as pessoas e entre pessoas e empresas. Isso possibilitou um fluxo de informação em duas vias: as empresas obtêm mais dados de usuários quê compõem seu público-alvo, enquanto as pessoas têm maior acesso a informação, produtos e serviços.

Internet das coisas: sistemas interconectados, voltados à côléta e ao compartilhamento de dados permitem a conexão de diversos objetos e dispositivos com a internet. Nas empresas, isso possibilitou a côléta de uma grande quantidade de dados sobre dêsempênho de produtos comercializados, tendências e padrões. No campo produtivo, outras tecnologias, como a robótica e a inteligência artificial (IA), têm sido aplicadas para aumentar a produtividade e a competitividade das empresas.

Pesquisa e inovação: a aproximação e a parceria entre empresas e indústrias com universidades, laboratórios e centros de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias passaram a sêr fundamentais, considerando quê o trabalho relacionado à produção de conhecimento e à inovação tecnológica determina o próprio dêsempênho das empresas, bem como sua competitividade, produtividade e inserção nos mercados globais.

Inteligência artificial
(IA): área do conhecimento dedicada ao uso de tecnologias cujo objetivo é desenvolver máquinas quê sêjam capazes de realizar processos compléksos, exibindo a capacidade de experimentar, raciocinar, aprender e tomar decisões, simulando, assim, a inteligência humana.
Robótica
: área multidisciplinar quê combina conhecimentos de engenharia mecânica, eletrônica e ciência da computação, pneumática e hidráulica para concepção e construção de máquinas programáveis quê podem realizar tarefas semiautônomas ou autônomas, como os robôs industriais.

Fotografia aérea de um grande edifício de vários andares, com formato circular semelhante a um anel, situado em uma extensa área arborizada. A construção possui um espaço aberto no centro, com áreas verdes e caminhos internos.

vista aérea de um grande campus e sede de uma empresa de tecnologia em Cupertino, Califórnia, Estados Unidos, 2021. Nessa região, conhecida como Vale do Silício, concentram-se sedes de empresas de alta tecnologia, centros de pesquisa e universidades, caracterizando a aproximação entre as empresas e a pesquisa científica e a inovação.

Página quinze

Dados e informação: a captação e o processamento de dados sobre dêsempênho de produtos e vendas, tendências e público-alvo, assim como segurança e proteção de dados contra ameaças cibernéticas, são atividades hoje consideradas essenciais para as empresas e quê exigem grandes investimentos.

komérssio eletrônico: a comercialização de produtos e serviços pela internet, por meio de dispositivos como computadores e smartphones, póde sêr realizada entre as empresas e entre empresas e clientes, oferecendo tanto produtos e serviços digitais como produtos físicos quê são comercializados digitalmente.

Organização e localização: com o uso das TICs, as empresas passaram a utilizar ferramentas digitais para organizar seus processos produtivos, tornando-os mais flexíveis. Além díssu, a interconectividade proporcionada por essas tecnologias permite às empresas a instalação de unidades produtivas em diferentes lugares do mundo, em busca de vantagens comparativas. Esse processo estimula a desconcentração industrial e os fenômenos da globalização e da mundialização.

As big techs

Big techs representam grandes empresas transnacionais quê, na era da informação, conquistaram dominância global em seus setores em razão da inovação tecnológica, exercendo alcance global. Elas se destacam pelo desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços quê impactam a vida das pessoas e de outras empresas.

Por outro lado, as principais críticas às big techs envolvem as desvantagens da concentração do mercado nas mãos de poucas empresas. O pôdêr econômico concentrado por essas empresas também se traduz em pôdêr político, utilizado por elas para desafiar legislações e autoridades em diferentes países. Algumas das big techs foram processadas por prática de monopólio, desrespeito à privacidade de usuários e por repetidamente descumprirem outras determinações legais.

Fotografia de uma pessoa caminhando por um corredor estreito, entre duas fileiras altas de estantes de servidores. Cada estante está repleta de equipamentos eletrônicos e de uma grande quantidade de cabos organizados, dispostos verticalmente.

Sala de servidores de uma big tech, onde estão localizados os equipamentos de informática.

Essas empresas estão entre as quê mais investem em pesquisa e desenvolvimento, visando à criação de serviços ou produtos.

ATIVIDADES

Consulte as respostas e orientações no Manual do professor.

1. Explique por quê, na era da informação, as grandes empresas do setor tecnológico realizam grandes investimentos em pesquisa.

Espera-se quê os estudantes reconheçam quê, na era da informação, as empresas do setor tecnológico precisam se manter competitivas, investindo em pesquisa científica para desenvolver novas tecnologias e inovações, assim como na côléta e no processamento de dados para monitorar dêsempênho e tendência dos mercados, entre outros exemplos.

2. Pesquise big techs quê participam de seu cotidiano. Em seguida, responda:

a) Qual é a influência das big techs em sua vida?

Resposta pessoal.

b) Você considera quê essas empresas produzem soluções inovadoras?

Resposta pessoal.

Página dezesseis

Qual é a importânssia dos bancos de informação?

Com a multiplicação e a popularização dos dispositivos eletrônicos móveis com acesso à internet, como smartphones e tablets, as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas à rê-de mundial de computadores.

A cada clique, a cada página aberta e, até mesmo, a cada postagem de rê-de social quê paramos para olhar, são gerados dados sobre os hábitos e as preferências, quê são usados pelas empresas para diversos fins. A seguir, vamos saber mais sobre esse tema.

Big data

As páginas da web quê abrimos, os locais quê visitamos, os caminhos utilizados para chegarmos a esses locais, as músicas quê ouvimos, os produtos quê compramos, as mensagens quê trocamos e todas as atividades quê realizamos utilizando aparelhos com acesso à internet são transformados em dados.

De acôr-do com a pesquisadora Deborah Lupton, no livro Digital Sociology, o big data refere-se a grandes volumes de dados coletados das atividades ôn láini dos indivíduos. Esses dados são rapidamente processados e analisados, dando origem a uma série de inovações nas mais diversas áreas.

Uma forma bastante difundida de utilização dêêsses dados é o direcionamento milimétrico de propaganda, quê leva em consideração hábitos e preferências individuais para oferecer produtos e serviços com alta precisão e grande chance de aceitação pelo usuário. Além de suas aplicações em publicidade, o big data é utilizado em uma ampla variedade de áreas e para diferentes propósitos. Veja, a seguir, alguns exemplos.

Em negócios: seguradoras analisam dados sobre frenagens e acelerações realizadas pêlos motoristas para determinar o preêço a sêr cobrado pelo seguro automotivo.

Na educação: escolas e universidades analisam os hábitos dos estudantes, como as horas gastas com estudo, trabalho e lazer, para formular ações quê visem à diminuição da evasão escolar.

Na área da saúde: prontuários digitais e registros detalhados de funcionamento do corpo de pacientes podem sêr utilizados para fornecer diagnósticos mais precisos e prescrever tratamentos mais adequados.

Na segurança e no policiamento: a análise de atitudes póde gerar perfis comportamentais quê ajudam a direcionar a atividade policial.

Fotografia panorâmica de uma grande cidade, com numerosos prédios ao fundo e diversas vias expressas entrelaçadas, formando um complexo sistema viário. Sobre a imagem, há uma sobreposição gráfica com ícones que representam diferentes elementos de conectividade, como localização, comunicação, transporte, dispositivos móveis e redes. Esses ícones estão conectados por linhas curvas.

A interconectividade global possibilitou a geração de um número incalculável de dados, quê são constantemente coletados, processados e analisados, impulsionando inovações em diversas áreas.

Página dezessete

Infográfico clicável: Pensamento computacional: solucionar situações.

Saiba mais

O quê é o algoritmo?

Você já ouviu falar de algoritmo? No contexto da internet, ele se refere ao uso da matemática nos computadores para tomada de decisões com base em um conjunto de procedimentos projetados para atender a um determinado objetivo.

Um dos usos mais importantes do algoritmo é o de processar inter-relações entre conjuntos de dados e gerar interpretações dessas conexões, levando a decisões em kestões como estas: Que resultados aparecerão na tela de um dispositivo eletrônico ao pesquisar um termo específico? Quais produtos são ofertados por meio de propagandas, com base em determinadas preferências e comportamentos na internet?

Fotografia de uma pessoa deitada, utilizando um tablet para acessar uma plataforma de streaming com diversas opções de vídeos.

Jovem navéga por rê-de social. Ao utilizarmos as rêdes sociais, o algoritmo utiliza dados para determinar quais postagens nos serão mostradas.

Algoritmos decidem também o conteúdo a sêr exibido em cada perfil de rêdes sociais, as faixas sugeridas pelo aplicativo de música e os vídeos quê aparécem como sugestão nos sáites e aplicativos de conteúdo audiovisual, entre outros exemplos.

Esse procedimento cria o quê Deborah Lupton chama de “bolha de filtro”, quando uma pessoa é submetida a acessar somente o conteúdo quê o algoritmo considera relevante, quê em geral não apresenta novidades em relação ao quê ela acessou no passado.

Os usos do big data têm algo em comum: o aumento da eficiência nas atividades humanas e da praticidade na vida cotidiana. Porém, ao refletirmos sobre essas inovações, será quê as consequências da geração e da utilização de tantos dados são unicamente positivas?

Ao se referir aos recursos de captação e análise de dados em massa, utilizados principalmente por empresas de tecnologia estadunidenses, o pesquisador bielorrusso Evgeny Morozov (1984-) complementa com a seguinte crítica:

[...] as empresas do Vale do Silício estão construindo o quê chamo de “cerca invisível de arame farpado” ao redor de nossas vidas. Elas nos prometem mais liberdade, mais abertura, mais mobilidade; dizem quê podemos circular onde e quando quisérmos. Porém, o tipo de emancipação quê de fato obtemos é falsa; é a emancipação de um criminoso quê foi recém-libertado, mas quê ainda está usando uma tornozeleira.

MOROZOV, Evgeny. Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. Tradução: cláudio Marcondes. São Paulo: Ubu, 2018. p. 31.

ATIVIDADES

Consulte as respostas e orientações no Manual do professor.

Reunidos em dupla, debatam o significado das expressões “bolha de filtro” e “cerca invisível de arame farpado”. Depois, respondam às kestões propostas.

a) Em alguma ocasião, você já sentiu quê os conteúdos ôn láini oferecidos a você limitam sua navegação? Se sim, dêz-creva a situação; caso contrário, justifique sua resposta.

b) Como o big data e os algoritmos podem cercear a liberdade dos usuários da internet?

Página dezoito

em AÇÃO
Vídeo sobre as big techs na era da informação

Consulte as orientações no Manual do professor.

A atuação das chamadas big techs tem despertado, na atualidade, inúmeras kestões. Entre os muitos exemplos, podem sêr citados a grande influência quê essas empresas exercem na economia e na política mundial, a forte dominação do mercado, a invasão da privacidade e o uso de dados.

Nesta atividade, quê póde sêr realizada em grupos, você e os côlégas vão produzir um vídeo curto, com cerca de um minuto, para sêr postado nas rêdes sociais, sobre as big techs. Para tanto, siga os passos propostos.

PASSO 1

Pesquisa

Pesquisem o tema das big techs para reunir informações quê vão fazer parte do vídeo. O artigo a seguir é uma sugestão de leitura para compor o repertório do grupo sobre o tema. No entanto, é preciso buscar outros recursos, como textos, podcasts e vídeos, lembrando sempre de utilizar somente fontes confiáveis, como veículos de comunicação e pesquisadores reconhecidos por sua seriedade e compromisso com a verdade.

O assombroso pôdêr das big techs na economia e na política dos países

[...]

Segundo a professora Diane Coyle da Universidade de quên-brigi, hoje há um amplo consenso de quê os mercados digitais não estão mais funcionando segundo o interêsse da ssossiedade, mas sim pêlos interesses das próprias big techs. Cada uma destas megaempresas cresceu nos últimos anos d fórma avassaladora, mas invariavelmente aniquilando seus competidores. [...]

Os problemas acima são muito graves, mas não são os piores: hoje muitas big techs usam as enormes bases de dados quê possuem de seus clientes para extrair informações em proveito próprio e vender mais produtos e serviços dentro de uma lógica de dominação total do mercado. Ou seja, essas empresas tomam decisões quê afetam toda a ssossiedade sem consultar ninguém e sem estarem submetidas a qualquer tipo de governança. Para a professora de Harvard Shoshana Zuboff, o quê estamos assistindo deveria passar a sêr chamado de “Capitalismo de Vigilância”, ou seja, essas megaempresas usam os dados de seus consumidores e usuários para ezercêr o contrôle sobre os mesmos.

O professor francês Piérre Levi, da Universidade de Montreal, no Canadá, teme quê o pôdêr dessas empresas já não seja mais apenas econômico. Segundo ele, o pôdêr é político pois muitas funções sociais e de infraestrutura quê deveriam estar na mão do Estado hoje estão nas mãos das mesmas. O mais grave é quê êste pôdêr transcende as fronteiras dos países e a própria geopolítica para se constituir em um pôdêr sobre o planêta. [...]

FELDMANN, Paulo. O assombroso pôdêr das big techs na economia e na política dos países. Jornal da Usp, São Paulo, 24 abr. 2024. Disponível em: https://livro.pw/jvzkw. Acesso em: 15 out. 2024.

Página dezenove

PASSO 2

Definição da pauta

Depois de realizar a pesquisa, é necessário definir a pauta do vídeo, ou seja, os assuntos quê vão sêr abordados por vocês. Em grupo, façam uma lista, elencando os pontos quê devem sêr desenvolvidos. Lembrem-se de limitar o número de pontos tratados, já quê o vídeo será curto.

PASSO 3

Construção do roteiro

Utilizem a internet para buscar modelos de roteiro para vídeo e escôlham aquele quê parecer mais adequado às necessidades do grupo. Utilizem a pauta definida no passo anterior para desenvolver o roteiro. Para ter uma estimativa do tempo de duração do vídeo, pesquisem sáites quê fazem esse cálculo com base no número e no tamãnho das palavras quê compõem o roteiro.

Ilustração de duas pessoas interagindo com uma claquete de cinema em tamanho ampliado. Uma delas está ajoelhada em frente à parte inferior da claquete, como se fosse escrever nela, enquanto a outra está em pé sobre um pequeno banco, erguendo a parte superior da claquete, simulando o movimento de início de uma gravação.

PASSO 4

Gravação do vídeo

Escolham o celular de um dos integrantes do grupo para fazer a gravação e elejam um de vocês – aquele com maior desenvoltura diante das câmeras – para sêr o protagonista e/ou locutor do vídeo.

Ilustração de duas pessoas interagindo com uma grande câmera de cinema antiga montada sobre um tripé. Uma delas está sentada em uma banqueta, posicionada à frente da câmera, operando-a com as mãos. A outra pessoa está em pé sobre uma escada, ajustando o rolo de filme na parte superior do equipamento.

PASSO 5

Edição do vídeo

Pesquisem por softwares livres ou sáites na internet quê disponibilizem gratuitamente a função de edição de vídeos. A depender da ferramenta escolhida, o grupo póde adicionar, por exemplo, efeitos, lêtras e sobrepor imagens, além de fazer cortes e outros ajustes quê tornem o vídeo adequado à proposta (respeitando o tempo estipulado e apresentando argumentos coerentes).

Para a conclusão da atividade, o vídeo deve sêr postado na rê-de social da escolha do grupo e compartilhado com o professor e com a turma. Depois da postagem, o conteúdo apresentado póde sêr debatido com a turma em uma roda de conversa.

Apresente suas impressões sobre o dêsempênho de seu grupo e dos demais grupos.

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Estamos vivendo uma nova era?

Página vinte

ETAPA 2
O trabalho na ssossiedade informacional

Como as tecnologias transformam o mundo do trabalho?

Consulte as orientações no Manual do professor.

Fotografia de uma placa eletrônica com trilhas condutoras retangulares dispostas em sequência. Quatro pontas de um equipamento automatizado tocam a superfície da placa.

Circuito integrado (microchip) é montado por robô industrial em fábrica na chiina, em 2023. Microchips representam minúsculos conjuntos de transistores e outros componentes em pequenas placas de circuito, cuja utilidade é transformar a energia elétrica em dados binários, codificando e interpretando informações. Esse objeto miniaturizado é um dos principais motores do desenvolvimento tecnológico na era da informação.

Da digitalização à automação do trabalho

Radovan Richta (1924-1983), filósofo tcheco quê foi pioneiro nas reflekções filosóficas sobre tecnologia, influenciou uma série de pensadores, entre eles o geógrafo Milton Santos (1926-2001). Rictha criou o termo evolução tecnológica para descrever como as sociedades tendem a elevar sua carga de trabalho mental no decorrer do tempo, proporcionando avanços tecnológicos quê reduzem a carga de trabalho físico e braçal.

Ainda quê descritas há mais de meio século, as percepções de Richta continuam válidas para as sociedades da era da informação. Avanços em áreas como robótica, impressão 3D, biotecnologia e, principalmente, tecnologias digitais e a IA têm sido responsáveis por criar funções e exigências aos trabalhadores, além de eliminar funções de trabalho antes desempenhadas por sêres humanos, induzindo ao fenômeno conhecido como desemprego tecnológico.

Fotografia do interior de uma linha de produção industrial com várias máquinas organizadas em fileiras paralelas. Cada estação de trabalho está cercada por grades de proteção, e há braços robóticos operando dentro dessas áreas.

Robôs industriais em produção automatizada em Yangzhou, chiina, 2024. Robôs utilizados em processos industriais são cada vez mais comuns em linhas de montagem, executando d fórma automatizada funções antes realizadas por sêres humanos.

Página vinte e um

Alguns pesquisadores já utilizam a expressão Quarta Revolução Industrial para se referir ao impacto das tecnologias nos processos produtivos atuáis.

O primeiro passo dessa revolução é a digitalização, quê envolve o uso de tecnologias para converter processos, informações e objetos analógicos em digitais.

O segundo é a automatização, quê consiste na aplicação das TICs e outras tecnologias, como a robótica, para reduzir a necessidade de trabalho humano e tornar determinados processos automáticos, realizados exclusivamente por computadores e máquinas com comandos préviamente configurados.

Por fim, o uso da inteligência artificial possibilita a automação em um nível ainda mais avançado, permitindo quê as máquinas não só executem tarefas sózínhas, mas também analisem o próprio dêsempênho, tomem decisões e aprimorem processos d fórma autônoma.

Saiba mais

Como a inteligência artificial aprende?

O campo da IA, denominado machine learning (ML), ou “aprendizado de máquina”, objetiva criar sistemas de computador capazes de aprender d fórma autônoma, por meio de algoritmos matemáticos configurados para analisar e processar uma enorme quantidade de dados.

Essa tecnologia já é usada, por exemplo, nos serviços de streaming ou de compartilhamento de vídeos na internet, quê empregam algoritmos capazes de interpretar os gostos do usuário com base em suas escôlhas e, assim, fazer recomendações de séries, filmes e vídeos.

Um recurso ainda mais avançado é o deep learning (DL), ou “aprendizado profundo”, quê usa rêdes neurais artificiais (érre êne há) para conectar grande número de pequenas unidades de processamento, d fórma quê operações simples realizadas pelas unidades permítam a execução de tarefas compléksas – semelhante ao cérebro humano, no qual neurônios se comunicam entre si por sinapses elétricas.

Essa tecnologia já é aplicada, por exemplo, no processamento de linguagem natural, no reconhecimento facial em tempo real e nos sistemas de busca na internet.

Imagem de uma representação digital de um cérebro humano, formado por uma complexa rede de pontos e linhas interligadas que simulam conexões neurais. Ao fundo, observam-se elementos gráficos e linhas que remetem a dados ou códigos.

Ilustração conceitual do conceito de deep learning (DL), quê simula as conexões realizadas no cérebro humano através de rêdes neurais artificiais (érre êne há).

Página vinte e dois

Sobre esse tema, leia o trecho do artigo a seguir.

A era da inteligência artificial

[...]

A vitória da máquina

Nos anos 1990, com o surgimento da internet comercial, a IA sofreu um novo impulso ao sêr usada para o desenvolvimento de sistemas de navegação. [...] surgiu nessa época como uma ferramenta baseada em programas quê analisavam os dados da rê-de e os classificavam em grupos de interêsse predeterminados. Nesse período também foi desenvolvida uma máquina para jogar xadrez: o Deep blú era capaz de analisar todas as possibilidades e, assim, prever respostas e o melhor movimento das peças do jôgo. [...]

Daí em diante, foram muitos os avanços tecnológicos quê provocaram um aumento exponencial de aplicações da inteligência artificial. A automação de processos, quê são operados por “robôs” na indústria; sistemas inteligentes analisam imagens para reconhecer padrões e auxiliar os médicos na tomada de dê-cisão de diagnósticos; os assistentes pessoais [...] quê interagem com o usuário de smartphones; os jogos digitais quê aprendem o comportamento do jogador; os veículos autônomos e muitas outras tecnologias quê fazem parte de nosso dia a dia.

[...]

PRADO, xárlês. A era da inteligência artificial. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, n. 360, novembro 2019. Disponível em: https://livro.pw/cregt. Acesso em: 15 out. 2024.

ATIVIDADES

Consulte as respostas e orientações no Manual do professor.

Reúna-se em dupla para debater o seguinte tema: O avanço da IA vai tornar os sêres humanos obsoletos?

Espera-se quê os estudantes elaborem argumentos com base em seus conhecimentos prévios e quê se valham dos tópicos discutidos ao longo dêste projeto.

Saiba mais

Pesquisa científica

A pesquisa científica, como processo, nada mais é do quê tentar responder a determinado problema recorrendo à investigação, tendo por base o seguinte conjunto sistemático de etapas: a observação; o quêstionamento sobre o que é observado; a elaboração de hipóteses baseada na observação e nos conhecimentos prévios; o levantamento de dados ou a realização de experimentos; a análise dos dados coletados ou dos resultados obtidos, fundamentada em regras aceitas pela comunidade científica; e a conclusão, com a etapa de confirmação ou refutação de hipóteses.

Fotografia de Marian Croak gesticulando enquanto fala para uma plateia. Ela é uma mulher negra, com o cabelo preso.

Entre as pesquisadoras quê se destacam no ramo da tecnologia está a engenheira Marian Croak (1955-). Ela é detentora de mais de 200 patentes e foi uma das responsáveis pelo desenvolvimento das tecnologias 4G e 5G. Além díssu, liderou pesquisas científicas quê permitiram chamadas de vídeo e de voz pela internet.

A grande relevância das pesquisas científicas é propiciar a produção do conhecimento, quê, por sua vez, contribui para a transformação da ssossiedade.

Um circuito integrado (microchip), por exemplo, só pôdi sêr desenvolvido porque diversas pesquisas científicas possibilitaram o desenvolvimento de seus muitos componentes. Essa mesma lógica se aplica a todas as demais tecnologias quê vêm revolucionando a ssossiedade na era da informação, tornando a ciência e a tecnologia quase indissociáveis. Por esse motivo, estudiosos criaram o termo técnico-científico para descrever o período da história humana iniciado após a Terceira Revolução Industrial.

Página vinte e três

MUNDO DO TRABALHO
Trabalho, ciência e tecnologia

O impacto das inovações técnicas sobre o trabalho é muito antigo, mas se intensificou após o advento do pensamento científico. A ciência envolve o conhecimento abstrato e a produção de teorias quê expliquem a realidade por meio de pesquisas.

Conhecimentos construídos pela Física, por exemplo, são fundamentais para avanços tecnológicos na indústria. Mais do quê relacionadas, Ciência e Tecnologia são hoje o motor principal das transformações sociais e no mundo do trabalho, sobretudo no contexto da era da informação. Atualmente, vivemos uma revolução tecnológica, conceito quê se refere a um momento histórico no qual o conjunto de inovações tecnológicas gera consequências sociais profundas em um período relativamente curto de tempo.

Na revolução tecnológica, equipamentos tornam-se rapidamente ultrapassados e são substituídos; funções de trabalho acabam sêndo extintas ou reduzidas, como atendentes de fést-fud, quê passam a sêr substituídos por totens. Ao mesmo tempo, criam-se outras profissões e formas de trabalho, ligadas à elaboração de conteúdo digital. Entre as profissões quê estão à frente da revolução tecnológica nas tecnologias da informação e comunicação, está o trabalho do cientista de dados.

Consulte as respostas e orientações no Manual do professor.

Faça uma pesquisa na internet sobre a profissão de cientista de dados e responda às kestões.

a) Quais são as funções exercidas pêlos cientistas de dados?

A ciência de dados póde sêr entendida como um campo interdisciplinar quê combina saberes de Estatística, Matemática e Ciência da Computação.

b) Qual é a formação necessária para se tornar cientista de dados?

Por se tratar de uma área multidisciplinar, os cientistas de dados podem ter diferentes formações, como Estatística, Matemática e Ciência da Computação, mas devem possuir conhecimentos em todas essas áreas.

c) Explique a recente valorização dessa profissão.

Resposta pessoal.

d) Converse com os côlégas: As profissões relacionadas à ciência de dados têm espaço no projeto de vida de vocês? Por quê?

Resposta pessoal.

É importante destacar quê o cenário atual do mundo globalizado não se limita apenas à interação entre Ciência e Tecnologia, mas é caracterizado por um ciclo contínuo de desenvolvimento, no qual um avanço impulsiona o outro. Esse processo demanda grandes investimentos em pesquisa, tanto por parte das empresas quanto dos governos, e póde aumentar ainda mais o impacto dos avanços tecnológicos no mundo do trabalho. Para aprofundar o entendimento dêêsse tema, leia o trecho do texto a seguir.

Microchip tem “mil e uma utilidades” na saúde e produção de energia

Um microchip com cinco milímetros quadrados, do tamãnho da cabeça de um fósforo, capaz de operar diversos sistemas úteis na indústria e na medicina, foi desenvolvido em pesquisa da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da úspi. Dotado de um conjunto de sensores e transmissores, o microchip póde sêr usado para direcionar painéis fotovoltaicos, aumentando a captação da luz do sól e a produção de energia, em dispositivos implantáveis para diagnóstico de problemas gastrointestinais e na detecção de doenças. [...]

BERNARDES, Júlio. Microchip tem “mil e uma utilidades” na saúde e produção de energia. Jornal da úspi, São Paulo, 16 abr. 2019. Disponível em: https://livro.pw/fvifk. Acesso em: 15 out. 2024.

ATIVIDADES

Qual é a importânssia do investimento em pesquisas científicas e desenvolvimento de tecnologias para o mundo do trabalho?

Espera-se quê os estudantes mencionem quê os investimentos de um país em pesquisa científica podem possibilitar o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de tecnologias como microchips, propiciando a aplicação dessas tecnologias em diversas áreas, como energia sustentável e saúde.

Página vinte e quatro

Descentralização e polarização do trabalho

A automatização, a automação e a introdução de tecnologias digitais são processos quê já apresentam transformações no mercado de trabalho. Uma delas, quê se tornou muito comum após a pandemia de covid-19, é a descentralização espacial da fôrça de trabalho.

Amparados pelas TICs, empresas, instituições e trabalhadores recorrem a práticas como o teletrabalho, o home office e o coworking.

Fotografia de um espaço interno moderno e amplo, onde pessoas usando máscaras de proteção estão sentadas ao redor de mesas e sobre bancos estofados, cada uma com um notebook. Na parede, há uma grande tela que exibe a filmagem do próprio ambiente em que essas pessoas se encontram.

Espaço de coworking no Rio de Janeiro (RJ). Fotografia de 2022. Esse modelo de trabalho se destaca pelo compartilhamento de ambientes e recursos e é ideal para profissionais quê preferem trabalhar a distância (teletrabalho), em casa (home office) ou buscam um ambiente colaborativo.

Outro aspecto da era da informação é a polarização do trabalho, isto é, a divisão dos trabalhadores em dois grupos. Por um lado, os avanços tecnológicos provocam uma maior demanda por trabalhadores qualificados e valorizados, responsáveis, por exemplo, por desenvolver, aperfeiçoar, monitorar e operar tecnologias avançadas, sobretudo as TICs. Por outro, aumenta também a demanda por trabalhadores quê dêsempênham tarefas quê exigem baixo nível de qualificação e recebem menor remuneração. Ainda quê ambos os grupos sêjam fundamentais para o funcionamento do sistema econômico, apenas a minoria (aqueles com alta qualificação) encontra boas condições de trabalho, enquanto a maior parte dos trabalhadores (com baixa qualificação) está sujeita a tarefas arriscadas, à falta de direitos trabalhistas, além da baixa remuneração. Esse cenário acentua a disparidade tanto no nível de habilidades quanto nos rendimentos econômicos entre os profissionais.

Página vinte e cinco

Um dos fenômenos quê expressam de maneira clara como as tecnologias digitais impactam o mercado de trabalho e promóvem a polarização é a plataformização. Esse termo é utilizado por pesquisadores, como Rafael Grohmann e Ludmila Abílio, para tratar de mudanças introduzidas pelas TICs no mundo do trabalho. O trabalho plataformizado envolve diferentes atividades mediadas por platafórmas digitais. Os casos mais conhecidos são os de aplicativos de entrega e de transporte privádo.

Um dos exemplos mais evidentes de polarização no trabalho plataformizado póde sêr visto no Brasil. A maior platafórma digital de entregas do país tem cerca de 6 mil funcionários quê trabalham nos escritórios da empresa e recebem salários e benefícios trabalhistas. Enquanto isso, aproximadamente 200 mil trabalhadores fazem entregas por meio do aplicativo dessa empresa, enfrentando os perigos do trânsito e condições meteorológicas adversas sem direitos como adicional por periculosidade, 13º salário e férias remuneradas.

É preciso ressaltar quê esse fenômeno está apenas começando a impactar o mercado de trabalho e tende a se expandir para vários outros setores, principalmente com o avanço e o aperfeiçoamento da IA.

Charge 'Os empreendedores'. Dois entregadores de bicicleta, carregando mochilas baú nas costas, conversam enquanto pedalam. Um deles pergunta: 'Você não dorme melhor sabendo que é seu próprio patrão?'. O outro responde: 'Eu não durmo.'

Os empreendedores, charge do cartunista Toni D’Agostinho, faz referência aos trabalhadores de aplicativos de entrega. A crítica à precarização do trabalho, nesse caso, destaca a ilusão de “independência” pela ausência de vínculo trabalhista, compensada pela necessidade de longas jornadas de trabalho.

Conexões

Capa de um curta-metragem com a fotografia de entregadores com as mochilas baú apoiadas no chão e os punhos cerrados erguidos para o alto, em sinal de protesto.

êste curta-metragem retrata a vida dos entregadores de aplicativo durante a pandemia de covid-19. Durante esse período, o desemprego fez crescer o número de entregadores quê precisaram lidar com a exploração, as condições precárias de trabalho e a fome.

PANDELIVERY: quantas vidas vale o frete grátis? Direção: Guimel Salgado e Antônio Matos. Produção Executiva: Marina Waldvogel e Guimel Salgado. São Paulo: Soalma. 2020 (15 min).

ATIVIDADES

1. Como o fenômeno da plataformização contribui para a polarização do trabalho?

Os estudantes podem reconhecer quê o surgimento da economia colaborativa, baseada em aplicativos, cria alta demanda por trabalhadores bem remunerados– engenheiros de software ou cientistas de dados, por exemplo –, mas depende de grande quantidade de trabalhadores com baixa qualificação e mal remunerados para realizar atividades como transportar passageiros e fazer entregas.

2. Quais são as possíveis consequências da polarização do trabalho para o desenvolvimento social e econômico a longo prazo?

2. Espera-se quê os estudantes explorem como a polarização do trabalho gera desigualdade social, concentrando renda e oportunidades em uma pequena parcela da população altamente qualificada, enquanto a maioria, com baixa qualificação, enfrenta condições precárias.

3. De quê forma a implementação de políticas públicas poderia mitigar os efeitos negativos da polarização do trabalho no Brasil?

Os estudantes podem identificar a necessidade de políticas quê garantam maior proteção social e melhores condições de trabalho para os trabalhadores de baixa qualificação, como a regulamentação do trabalho em platafórmas digitais, além de programas de qualificação profissional quê promovam a mobilidade social, reduzindo a disparidade entre os dois grupos.

Página vinte e seis

em AÇÃO
A Quarta Revolução Industrial em formato e-zine

Consulte as orientações no Manual do professor.

Nesta atividade, você e os côlégas vão realizar um percurso para descobrir mais dêtálhes sobre a Quarta Revolução Industrial e produzir um e-zine com o quê aprenderem.

A palavra e-zine resulta da junção de fanzinequê vêm da expressão em inglês fanatic magazine e póde sêr traduzida como “revista de fãs” – com a letra “e”, quê indica quê essa é a versão virtual do fanzine. Os e-zines são publicações independentes quê exploram um tema utilizando diferentes recursos artísticos, como histoórias em quadrinhos, dêzê-nhôs, textos, poesias e colagens.

Vamos lá? Siga os passos indicados.

PASSO 1

Definição do conteúdo

Reúna-se com os demais integrantes do grupo e discuta com eles o conteúdo do e-zine. Lembrem-se: os e-zines são um tipo de publicação quê abrange grande diversidade de conteúdos. Para conhecer algumas publicações quê sirvam de inspiração, pesquisem por e-zines na internet.

Leiam também o texto e as charges a seguir, quê tratam do tema quê será desenvolvido na publicação do grupo. Essas leituras vão contribuir para a concepção do e-zine.

Como será o emprego com a indústria 4.0?

[...]

Estamos vivendo em plena Quarta Revolução Industrial, caracterizada pelo avanço da Inteligência Artificial (IA) – robôs quê pensam e tomam decisões – em todas as áreas. E, com ela, avança o medo do desaparecimento de milhões e milhões de empregos, quê serão substituídos pela IA.

De fato, muitos empregos deverão desaparecer, como aconteceu nas três revoluções industriais anteriores. E outros tantos serão criados, embora não nas mesmas áreas, nem com as mesmas características.

Assim, a Primeira Revolução Industrial acabou com inúmeros postos de trabalho braçais na Inglaterra do século XVIII. Mas assentou as bases para a criação de milhões de novos empregos nas fábricas nascentes.

Já a Segunda Revolução Industrial, quê acelerou a mecanização da agricultura, em meados do século XIX, tirou o trabalho de milhões de camponeses. Muitos dêêsses trabalhadores italianos, alemães, poloneses e japoneses foram para os Estados Unidos, a Argentina ou o Brasil, onde constituíram a base da classe operária.

A Terceira Revolução Industrial, nas últimas dékâdâs do século XX, teve como eixo a informática, quê desempregou milhões de operários e funcionários administrativos em todo o mundo. Mas gerou uma enorme gama de oportunidades para trabalhadores e empreendedores.

É o quê tende a acontecer com a Quarta Revolução. Ela deve eliminar muitos postos de trabalho de operadores de máquinas, atendentes de call cênters, operadores de caixa, cobradores de ônibus, frentistas de postos de gasolina etc.

Mas novas tecnologias como a internet das coisas, Big Data, computação na nuvem, drones, inteligência artificial, impressão 3D, realidade aumentada, entre muitas outras, também vão abrir imensas oportunidades para trabalhadores e também para quem quer abrir seu próprio negóssio.

Página vinte e sete

A quêstão é quê as novas vagas abertas provavelmente demandarão trabalhadores muito diferentes daqueles que perderão o emprego com a Indústria 4.0.

[...]

COMO SERÁ o emprego com a indústria 4.0? Sebrae, Brasília, DF, 18 abr. 2023. Disponível em: https://livro.pw/amgxf. Acesso em: 15 out. 2024.

Charge 'Automação'. A imagem mostra um robô retirando a cabeça de outro robô, revelando um rosto humano escondido em seu interior. O primeiro robô diz: 'Seguranças, achei outro humano tentando voltar ao mercado de trabalho...'. Ao fundo, observa-se uma linha de produção composta exclusivamente por robôs.

Charge do cartunista Alpino sobre automação.

Charge com a imagem de um homem e um robô, ambos com expressões de tristeza, parados na calçada e segurando cartazes de pedintes. No cartaz do homem está escrito: 'Perdi meu emprego para um robô'. No cartaz do robô lê-se: 'Fui trocado por um modelo com alguns megabytes a mais'.

Charge do cartunista Moisés sobre automação.

PASSO 2

Produção do conteúdo

Uma vez definido o tipo de conteúdo quê será publicado, é hora de produzi-lo. Um conteúdo póde sêr elaborado de diferentes modos. Ele póde sêr criado, por exemplo, no formato analógico, isto é, póde sêr um desenho ou um texto no papel, e depois sêr digitalizado, ou no formato digital desde sua concepção, utilizando-se softwares de processamento de texto ou de criação e edição de imagens. Além do conteúdo quê será publicado no e-zine, lembre-se de pensar em uma capa e no nome da publicação.

PASSO 3

Montagem do e-zine

Com o conteúdo pronto, pesquisem na internet sáites ou softwares e aplicativos gratuitos para publicações digitais, escôlham o quê parecer mais adequado às necessidades consideradas pelo grupo e montem seu e-zine.

PASSO 4

Publicação do e-zine

Quando o e-zine ficar pronto, é o momento de compartilhá-lo com o público. O grupo póde publicá-lo em rêdes sociais, blóguis ou listas de imêiu. Lembrem-se de compartilhá-lo com a turma e debater com os demais grupos o conteúdo publicado. O debate será mais proveitoso se conduzido em uma roda de conversa, para quê todos tênham a oportunidade de expor seus pontos de vista.

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Como as tecnologias transformam o mundo do trabalho?

Página vinte e oito

ETAPA 3
Adaptação à ssossiedade informacional

Quais são os principais desafios da era da informação?

Consulte as orientações no Manual do professor.

Fotografia de mão humana apertando a mão de um robô.

Mão humana interage com mão robótica em Besana in Brianza, Itália, 2024. Embora novas tecnologias como a robótica e a inteligência artificial possam substituir milhões de empregos nos próximos anos, é importante lembrar quê, por trás de uma máquina, permanecerão o cérebro e a “mão” humana, não deixando de criar também oportunidades e empregos.

Você já percebeu como softwares precisam sêr constantemente atualizados? Embora possa parecer incômodo, essas atualizações são essenciais para aprimorar a experiência do usuário, adicionando novos recursos e funcionalidades ao produto.

Sociedade 4.0: atualização disponível

pôdêmos usar a imagem anterior para fazer uma analogia sobre a relação entre os sêres humanos e a evolução tecnológica. As transformações geradas por novas tecnologias exigem adaptações relacionadas às nossas habilidades cognitivas, já quê vivemos expostos a uma quantidade de informações e dados sem precedentes na história.

Assim, podemos constatar quê as evoluções tecnológicas e as exigências da ssossiedade da informação criam espaços e instrumentos quê possibilitam a apropriação do conhecimento; sua proliferação, contudo, vêm exigindo das pessoas, no mundo todo, uma constante atualização, tão freqüente e necessária quê uma grande parcela não tem conseguido acompanhar. Quais são, afinal, as razões díssu?

Página vinte e nove

A divisão digital

A rápida difusão das TICs no mundo tem alterado muitos aspectos das sociedades humanas. No entanto, problemas relacionados às dificuldades de acesso a essas tecnologias contribuem para caracterizar e reproduzir as desigualdades sociais.

O acesso à internet, por exemplo, é atualmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas (Ônu) como um direito humano. Entretanto, a distribuição desigual de renda, da infraestrutura de comunicações e o acesso desigual aos equipamentos e serviços necessários para se conectar à rê-de mundial de computadores faz com quê as populações se insiram de modo desigual na ssossiedade informacional. Observe o mapa.

Mapa 'Mundo: acesso à internet - 2021'. Conforme indica a legenda, o acesso à internet no mundo, em porcentagem, é o seguinte: América do Norte: Acima de 80 por cento. Europa: De 80 a 90 por cento. América Central e do Sul: De 80 a 90 por cento. Oriente Médio: De 70 a 80 por cento. Oceania: De 70 a 80 por cento. Ásia: De 50 a 70 por cento. África: Abaixo de 50 por cento.

Fonte: DIGITAL divide throughout the world ênd why it causes inequality. Iberdrola, Bilbao (Espanha), dez. 2021. Disponível em: https://livro.pw/hcfyj. Acesso em: 15 out. 2024.

Mapa clicável: Mundo: acesso à internet (2021).

Atualmente, uma parcela significativa da população mundial não tem os recursos necessários para acessar a internet e as habilidades para utilizar as tecnologias digitais. Isso resulta em exclusão digital, particularmente notada nos países em desenvolvimento. O “excluído digital” póde sêr caracterizado como a pessoa quê, por não dominar as habilidades básicas necessárias para interagir com a tecnologia, acaba marginalizada.

No mundo atual, a alfabetização digital se torna tão essencial quanto a tradicional, pois muitos serviços e atividades dependem de recursos tecnológicos. No entanto, uma parcela significativa da população ainda não possui essa competência, o quê ressalta a necessidade urgente de promover – e sobretudo executar – ações de inclusão digital, sustentadas por três pilares fundamentais: TICs, renda e educação.

Página trinta

Além díssu, a desigualdade no acesso às tecnologias digitais cria uma divisão entre indivíduos excluídos e não excluídos digitalmente, quê se manifesta entre os países e no território de cada país. Essa exclusão está intimamente relacionada às desigualdades de renda e, até mesmo, às desigualdades de gênero, raça e idade. A exclusão digital gera um círculo vicioso, em quê a falta de acesso à informação e às oportunidades digitais impede quê as populações em situação de vulnerabilidade se desenvolvam social e economicamente. Por exemplo, em áreas rurais da África, a ausência de conectividade limita o acesso a serviços essenciais, como educação e saúde, e impede quê os agricultores utilizem tecnologias modernas para aumentar sua produtividade.

Saiba mais

Inclusão digital

A inclusão digital é o processo voltado a tornar a população digitalmente excluída apta a lidar com as exigências da ssossiedade da informação. Para concretizar essa inclusão, é preciso promover a expansão da infraestrutura e dos serviços necessários para um acesso mais igualitário à internet, assim como a alfabetização tecnológica e a formação educacional necessárias para quê as pessoas sêjam capacitadas a lidar com a informação nas rêdes digitais.

Entre as iniciativas implementadas, destaca-se o Programa Internet Brasil, uma parceria do Ministério das Comunicações com o Ministério da Educação, executada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). êste programa disponibiliza, gratuitamente, chips de banda larga móvel para milhares de estudantes da Educação Básica na rê-de pública de ensino. Para acessar o programa, a família do estudante deve estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Imagem com a ilustração de um chip de celular, escrito ao lado 'Internet Brasil'.

Programa Internet Brasil distribui chips de banda larga para estudantes de todo o Brasil.

ATIVIDADES

Consulte as respostas e orientações no Manual do professor.

Charge intitulada '63,4 milhões de brasileiros não têm acesso à internet...'. Na imagem, dois homens estão em situação de rua, posicionados na calçada. Um deles está sentado, segurando uma caneca com um símbolo de cifrão estampado. O outro está de pé, segurando um cartaz com os dizeres: 'Aceito Wi-Fi'.

1. Explique a crítica contida na charge.

1. A charge faz uma crítica à exclusão digital no Brasil, destacando quê, mesmo em um mundo cada vez mais conectado, milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet. A figura de uma pessoa segurando um cartaz com"Aceito Wi-Fi" faz alusão à dependência da conectividade para participação social e econômica, enquanto outro personagem, aparentemente pedindo dinheiro, reforça a desigualdade de acesso.

2. Justifique a importânssia da inclusão digital na ssossiedade brasileira.

2. Espera-se quê os estudantes compreendam quê os indivíduos excluídos digitalmente acabam sêndo prejudicados e marginalizados tanto no mercado de trabalho quanto na ssossiedade. Sem os conhecimentos necessários para interagir por meio das TICs, essas pessoas têm menos oportunidades, o quê contribui para o aumento das desigualdades sociais.

3. por quê as TICs, a renda e a educação podem sêr consideradas os pilares da inclusão digital?

3. Uma relação quê póde sêr feita é quê a renda e o desenvolvimento social e educacional de um indivíduo impactam diretamente na capacidade quê ele tem de lidar com as tecnologias digitais e com as informações nas rêdes.

Página trinta e um

Inclusão digital no Brasil

A inclusão digital no Brasil é uma questão compléksa, especialmente considerando o cenário atual das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Em 2023, aproximadamente 72,5 milhões de brasileiros, ou 81% da população, tí-nhão acesso à internet, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. No entanto, essa média oculta a realidade de regiões mais carentes e de grupos sociais menos favorecidos, onde a conexão ainda é escassa ou inexistente. Observe o infográfico.

Ressalte com os estudantes quê no mapa estão indicados os domicílios com uso de internet em áreas urbanas, rurais e a média dos estados.

Infográfico 'Brasil: domicílios em que havia utilização da internet (em porcentagem) - 2023'. O infográfico apresenta o mapa do Brasil com as informações divididas por regiões, conforme descrito a seguir: Norte: Total: 90,4 por cento. Urbana: 95,1 por cento. Rural: 70,3 por cento. Nordeste: Total: 89,1 por cento. Urbana: 91,7 por cento. Rural: 80,0 por cento. Centro-Oeste: Total: 95,4 por cento. Urbana: 95,9 por cento. Rural: 88,9 por cento. Sudeste: Total: 94,1 por cento. Urbana: 94,7 por cento. Rural: 83,8 por cento. Sul: Total: 93,5 por cento. Urbana: 94,4 por cento. Rural: 87,2 por cento. Brasil em 2022: Total: 91,5 por cento. Urbana: 93,5 por cento. Rural: 78,1 por cento. Brasil em 2023: Total: 92,5 por cento. Urbana: 94,1 por cento. Rural: 81,0 por cento.

Fonte: 92,5% domicílios tí-nhão acesso à internet. IBGEeduca, Rio de Janeiro, ca. 2024. Disponível em: https://livro.pw/yuixj. Acesso em: 16 out. 2024.

Outro ponto importante é quê, mesmo com a presença da internet, o acesso não se traduz automaticamente em inclusão digital efetiva. O hí bê gê hé aponta quê, em 2021, apenas 57,5% da população com acesso à internet utilizava ativamente recursos como platafórmas de educação ôn láini.

A pandemia de covid-19 evidenciou as lacunas existentes na inclusão digital. Com a necessidade de ensino remoto, muitas escolas enfrentaram dificuldades para manter a continuidade do aprendizado devido à falta de conectividade de seus estudantes. Dados revelam quê cerca de 13 milhões de estudantes não tí-nhão acesso à internet em casa, o quê limitou suas oportunidades educacionais. Essa situação reforçou a urgência de políticas públicas voltadas para a inclusão digital, quê não apenas ampliem a infraestrutura, mas quê também garantam a capacitação tecnológica e o suporte emocional e psicológico para os estudantes e suas famílias.

A verdadeira inclusão digital exigirá um esfôrço conjunto entre govêrno, ssossiedade civil e iniciativa privada, com um foco especial nas populações mais vulneráveis, para quê a tecnologia não se torne um fator de exclusão, mas sim uma ferramenta de emancipação e transformação social.

Página trinta e dois

Formação educacional e profissional

Atualmente, carreiras e profissões em diversas áreas requerem cada vez mais o domínio e o uso das TICs em diferentes processos. No entanto, saber utilizar as tecnologias digitais não é habilidade suficiente para se adaptar às exigências quê são impostas às pessoas e aos trabalhadores na ssossiedade da informação. As novas demandas do mercado de trabalho e da vida em ssossiedade no mundo estão ligadas ao capital intelectual.

Fotografia de três homens em pé, posicionados diante de um enorme painel digital que ocupa toda a parede à frente deles. O painel exibe gráficos, dados numéricos e uma representação tridimensional de uma planta industrial.

Técnicos analisam platafórma de dados em fábrica inteligente 5G em Fuzhou, chiina, 2024. Esse tipo de fábrica usa rêdes 5G para habilitar a internet das coisas industrial (IIoT), conectando diversas máquinas, dispositivos e sensores para integrar e otimizar os processos produtivos. A crescente automação dos processos industriais em todo o mundo gera uma grande demanda por profissionais qualificados, com grande domínio das TICs.

Assim, no mundo altamente tecnológico em quê vivemos, ler, interpretar e fazer relações, resolver problemas e tomar decisões d fórma lógica são requisitos obrigatórios para ter acesso a boas oportunidades de trabalho.

Para os jovens, a habilidade de se apropriar e utilizar o conhecimento para analisar e filtrar a informação exige uma formação educacional e profissional quê vá além da simples transmissão de conteúdos, capacitando-os a enfrentar as demandas da ssossiedade da informação. É crucial desenvolver habilidades como a competência informacional, o pensamento analítico, o pensamento criativo e o pensamento computacional.

Além dessas habilidades, a capacidade de adaptação às mudanças é fundamental em um ambiente de trabalho em constante evolução. A rápida obsolescência do conhecimento técnico, decorrente do avanço das tecnologias digitais, exige quê os profissionais estejam sempre atualizados.

Pensamento computacional
: conjunto de capacidades e habilidades baseadas em fundamentos da computação, como a decomposição, o reconhecimento de padrões e a abstração, objetivando a identificação e a solução de problemas ou desafios.

Página trinta e três

Isso implica a necessidade de uma mentalidade de aprendizado contínuo, em quê a busca por novos conhecimentos e a disposição para requalificação são consideradas indispensáveis. As empresas também têm um papel vital nesse processo, promovendo treinamentos regulares e incentivando seus colaboradores a desenvolver suas competências. Essa sinergia entre formação acadêmica, capacitação técnica e cultura organizacional voltada para a aprendizagem contínua será um diferencial importante para os trabalhadores quê buscam se destacar na ssossiedade da informação.

É igualmente relevante destacar quê o acesso desigual às TICs afeta a inclusão social e a equidade no mercado de trabalho. A barreira digital não apenas afeta a empregabilidade, mas também perpetua ciclos de pobreza e exclusão. Portanto, iniciativas quê promóvem a inclusão digital e a educação tecnológica são essenciais para garantir quê todos tênham a oportunidade de desenvolver as habilidades necessárias para prosperar no novo contexto socioeconômico.

É importante ressaltar quê, embora a ssossiedade informacional esteja relacionada a diversas tendências quê podem sêr consideradas negativas, as transformações impostas pela evolução das tecnologias são forças quê tendem a atuar também no sentido inverso. Essas inovações geram novas demandas no mercado de trabalho, levam à construção de novos espaços de criação de conhecimento e incentivam o empreendedorismo, sobretudo em áreas relacionadas às tecnologias digitais.

O mercado de trabalho está passando por rápidas transformações em razão do avanço das novas tecnologias, como já estudamos. Habilidades técnicas, especialmente em áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, em inglês), são cada vez mais valorizadas. Além díssu, o pensamento analítico, quê envolve a capacidade de identificar padrões e tomar decisões imparciais, é essencial. A combinação de conhecimento técnico e criatividade deve se tornar uma grande vantagem competitiva no mercado de trabalho. Outro aspecto a sêr considerado é o impacto da IA e da automação no futuro do trabalho. Com a crescente implementação dessas tecnologias em diversos setores, muitas funções tradicionais estão sêndo redefinidas ou até eliminadas. Isso não apenas exige quê os trabalhadores se requalifiquem, mas também levanta kestões éticas sobre a responsabilidade das empresas em garantir uma transição justa para seus funcionários. À medida quê novas profissões emergem, haverá uma necessidade crítica de programas de formação quê ajudem os trabalhadores a adquirir as competências necessárias para se adaptar a esse novo cenário. Essa transformação também poderá promover um debate sobre a necessidade de políticas de proteção social quê assegurem quê os indivíduos não sêjam deixados para trás em um mundo em rápida evolução. Portanto, a educação deve se adaptar continuamente, preparando os indivíduos não apenas para as demandas atuáis, mas também para um futuro em quê a inovação e a adaptação serão essenciais para a sobrevivência no mercado de trabalho.

ATIVIDADES

Consulte as respostas e orientações no Manual do professor.

1. Quais são os principais motores das transformações no mercado de trabalho atualmente?

Espera-se quê os estudantes citem as transformações tecnológicas.

2. por quê, na era atual, o pensamento analítico póde sêr considerado fundamental?

Espera-se quê os estudantes respondam, por exemplo, quê lidamos com uma grande quantidade de informações, o quê exige de cada um a capacidade de análise para filtrar a informação e se apropriar do conhecimento, podendo, assim, usá-lo d fórma crítica nas atividades de estudo e de trabalho.

Página trinta e quatro

em AÇÃO
Compartilhando os desafios da era da informação

Consulte as orientações no Manual do professor.

A era da informação criou grandes desafios para as sociedades modernas. Nesta atividade, quê deve sêr realizada em grupo, você e os côlégas vão identificar alguns desafios relacionados às novas TICs, fazer uma pesquisa na internet sobre o tema e produzir um texto de até 280 caracteres sobre o tema para sêr postado em rêdes sociais.

Vamos lá? Siga os passos indicados.

PASSO 1

Conhecendo os problemas

Leia as reportagens a seguir, quê tratam, respectivamente, de fêik news e de desigualdade de acesso à comunicação.

TEXTO 1

Entenda a diferença entre fêik news e desinformação

[...]

A mentira existe desde o komêsso da civilização. O uso político da maledicência também não é novidade dos nóssos tempos. Na Roma Antiga, por volta de 33 a.C., Otaviano empreendeu uma campanha difamatória contra Marco Antônio, colocando sua lealdade à Roma em dúvida por causa do amor dele por Cleópatra. O casal, por sua vez, contra-atacou quêstionando as origens de Otaviano — ele era parente de Júlio César apenas por parte de mãe. Até moedas foram cunhadas por ambos com imagens que os favoreciam nesse esfôrço de propaganda.

O quê mudou nos últimos anos, depois da explosão das rêdes sociais, foi a escala e o meio de difusão de mentiras, quê passaram a sêr chamadas de fêik news (notícias falsas) e desinformação. Usados popularmente como sinônimos, os dois termos têm diferenças conceituais de acôr-do com os estudiosos do assunto e as instituições quê os utilizam.

Segundo Eugênio Bucci, professor titular da Escola de Comunicações e Artes da úspi, “fêik news é a falsificação da forma notícia. Parece sêr uma notícia jornalística, mas não é”. [...]

Já a desinformação, de acôr-do com o professor, trata-se de um ambiente comunicacional hostil à informação. “A desinformação é o efeito geral da disseminação de fêik news e de outros recursos para enganar ou manipular pessoas ou públicos com fins inescrupulosos”, afirma. “Na era da desinformação, a capacidade social de distinguir fato e opinião se desfaz.” [...]

ENTENDA a diferença entre fêik news e desinformação. Isto é, São Paulo, 23 ago. 2023. Disponível em: https://livro.pw/xbrqn. Acesso em: 13 ago. 2024.

Página trinta e cinco

TEXTO 2

Desconectados: 36 milhões de pessoas sem internet refletem a desigualdade no Brasil

No Brasil, 36 milhões de pessoas não têm acesso à internet, o dado é da pesquisa TIC Domicílios de 2022. A região sudéste possui o maior número de pessoas sem internet, com 42%, já a região Nordeste aparece em segundo lugar com 28% dos casos. Ainda segundo o levantamento, pessoas com 60 anos ou mais e pessoas negras são os maiores percentuais sem acesso à internet no país.

Outros grupos excluídos digitalmente são as pessoas quê estudaram até o ensino fundamental e as classes D e E. [...]

“As pessoas quê estão nas regiões periféricas, nas regiões mais remotas, são as principais pessoas fora da inclusão digital e isso é preocupante porque hoje você um govêrno cada vez mais eletrônico em quê para quê você possa ter acesso aos benefícios, aos direitos tem quê ter acesso à internet. Quando você vai solicitar um auxílio, a sua aposentadoria você tem quê acessar d fórma eletrônica”, explica. [...]

RODRIGUES, Jéssica. Desconectados: 36 milhões de pessoas sem internet refletem a desigualdade no Brasil. Brasil de Fato, Rio de Janeiro, 1º set. 2023. Disponível em: https://livro.pw/zkqbq. Acesso em: 16 out. 2024.

Utilize a internet para pesquisar de maneira mais aprofundada os temas tratados nos textos anteriores. Busque recursos (textos, vídeos, podcasts etc.) quê sêjam produzidos por instituições ou indivíduos reconhecidos pela idoneidade e quê citem fontes confiáveis para as informações publicadas.

PASSO 2

Identificando soluções

Reunidos em grupos, conversem para responder à questão: Como os problemas identificados nos Textos 1 e 2 podem sêr solucionados pelo pôdêr público e pela ssossiedade?

Produza uma síntese das conclusões no caderno.

PASSO 3

Criando a postagem

Produza um texto com até 280 caracteres sobre o quê o grupo concluiu das discussões realizadas no passo anterior.

Poste seu texto na rê-de social de textos de sua escolha e compartilhe-o com seus contatos.

Converse com os côlégas e o professor sobre a importânssia de utilizar os espaços públicos virtuais, como aqueles disponibilizados pelas rêdes sociais, d fórma consciente para ezercêr a cidadania, alertando as pessoas sobre temas relevantes.

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Quais são os principais desafios da era da informação?

Página trinta e seis

ETAPA FINAL
Podcast: ssossiedade e trabalho na era da informação

Consulte as respostas e orientações no Manual do professor.

Você conhece o termo podcast? Trata-se de um programa de entrevistas, de notícias, de jornalismo investigativo ou no formato talkshow disponibilizado por meio de um arquivo de áudio ou vídeo produzido para a internet, disponível em platafórmas digitais e em dispositivos como smartphones, tablets e computadores.

Os podcasts podem conter um ou mais episódios e apresentar diferentes formatos, tratando de imensa variedade de temas. Por esses aspectos, constitui importante ferramenta na promoção do ensino e da aprendizagem, pois propicía à ssossiedade informações sobre áreas relevantes, como cultura, política, meio ambiente, consumo e direitos humanos.

Nesta atividade, você e os côlégas vão produzir, em grupo, um episódio de 10 a 15 minutos para integrar um podcast coletivo intitulado Sociedade e trabalho na era da informação, sobre um assunto selecionado por vocês e relacionado ao quê foi estudado. Para isso, sigam as orientações.

PASSO
1

Selecionando o tema

Em grupo, conversem sobre o tema quê vocês gostariam de explorar no podcast, considerando os assuntos quê mais lhes chamaram a atenção durante o percurso ou quê vocês considerem mais relevantes para o debate. Vejam, a seguir, algumas sugestões de tema.

Tecnologias da informação e comunicação (TICs)

As empresas na era da informação

Big data

Big techs

Automação

Revolução Industrial 4.0

Descentralização do trabalho

Polarização do trabalho

Uberização

Exclusão e inclusão digital

Formação educacional e profissional na era da informação

Dica: É recomendável quê, no tema escolhido, não sêjam explorados muitos assuntos diferentes, evitando perder o foco do quê é discutido. Mais do quê isso, é preciso delimitar com clareza o quê vocês querem dizêr ao público.

PASSO
2

Pesquisando o tema

Com base no tema selecionado, pesquisem na internet textos, artigos, vídeos, notícias e/ou reportagens quê se relacionam com o assunto e quê contribuam para aprofundar seus conhecimentos.

Depois da seleção dos dados, sintetizem as informações mais relevantes de modo a auxiliar o desenvolvimento do roteiro. Aproveitem para registrar no caderno também as fontes pesquisadas, citando eventuais dados ou outras informações quê podem sêr incluídas no episódio do podcast.

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PASSO
3

Selecionando o formato

Escolha, com os côlégas, um formato adequado ao podcast, considerando o tema escolhido e as preferências do grupo. Vocês podem recorrer, por exemplo, a recursos como:

Podcast de notícias em formato jornalístico, em quê os participantes fazem papel de apresentadores e repórteres.

Podcast educativo em formato de aula.

Podcast humorístico para abordar o tema d fórma bem-humorada e satírica.

Podcast narrativo, no qual os participantes contam uma história.

Podcast cultural e de entretenimento, com dicas de produções culturais sobre o tema.

Dica: Para auxiliar a escolha e ter referências diversas, uma possibilidade é procurar na internet podcasts de diferentes formatos. Consultar outras referências póde ajudar na construção do roteiro e na criação de elemêntos adicionais para a gravação, como o uso de efeitos sonoros.

PASSO
4

Estabelecendo as funções de cada participante

Nesta etapa, você e os côlégas de grupo devem definir o papel ou a função de cada participante durante a gravação do episódio. É importante quê todos participem e tênham falas; assim, quando necessário, por exemplo, dois ou até mais participantes podem interpretar o mesmo papel. Veja, a seguir, uma lista possível de papéis.

Apresentador

Coapresentador

Debatedor

Convidado

Especialista entrevistado

Professor

PASSO
5

Desenvolvendo o roteiro

Com base no tema e no formato selecionado, você e os côlégas de grupo devem criar um roteiro para o podcast considerando o conteúdo e a ordem das falas de cada participante, bem como o tempo de 10 a 15 minutos.

O roteiro deve apresentar uma linha de pensamento quê cative a atenção do ouvinte e também explore todos os assuntos abordados no tempo sugerido. Lembrem-se de quê também é necessário incluir no roteiro os momentos de fala para a apresentação do podcast, para a dos participantes, para a transição entre temas ou entre participações e para o encerramento.

Dicas: Aproveitem para escolher um título criativo para o episódio e, se for o caso, nomes fictícios e funções para os participantes quê vão interpretar diferentes papéis. Lembre-se de informar, no início da apresentação, quê o episódio intégra um podcast coletivo da turma, intitulado Sociedade e trabalho na era da informação.

Página trinta e oito

PASSO
6

Gravando para o podcast

Com o roteiro criado, organizem, em grupo, um ensaio antes da gravação. É importante, neste momento, avaliar o desemprenho individual e do grupo para identificar possíveis problemas, como falas muito lentas, rápidas ou de difícil entendimento, côlégas com pouco tempo de participação no episódio e outros com muito. Discutam, se necessário, fazer adaptações no roteiro. Depois do ensaio, com o auxílio de aplicativos de gravação e edição de áudio, escôlham um ambiente com pouco ruído para fazer a gravação.

Fotografia de um garoto e uma garota, ambos usando fones de ouvido, sentados ao redor de uma mesa com um notebook. Eles falam em microfones apoiados em tripés posicionados sobre a mesa.

Na imagem, estudantes gravam um podcast – uma ferramenta quê possibilita discutir e compartilhar conhecimento sobre temas atuáis em um ambiente colaborativo e criativo.

PASSO
7

Editando o podcast

Com auxílio de aplicativos de gravação e edição de áudio, vocês devem editar o episódio, realizando, se necessário, cortes no conteúdo, retirando os trechos quê não ficaram adequados. Além díssu, vocês podem criar uma vinheta, trilha sonora e outros efeitos de áudio para incrementar o podcast.

PASSO
8

Compartilhando os resultados

Com a edição pronta, o episódio do podcast de cada grupo póde sêr publicado pela turma ou pelo professor em sáites e/ou platafórmas, além de divulgado à comunidade escolar. Você também póde ouvir os episódios de outros grupos. Organizem uma roda de conversa para refletir sobre os temas apresentados e as produções dos grupos.

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora do projeto: Como é o trabalho na era da informação?

Página trinta e nove

AUTOAVALIAÇÃO

Para concluir êste Projeto Integrador, é hora de avaliar a aprendizagem adquirida ao longo do percurso e de refletir sobre sua participação individual e coletiva nas atividades realizadas em cada etapa e na etapa final. Para isso, faça o quê se pede.

1. Sobre seu entendimento em relação aos temas estudados neste Projeto Integrador, responda às kestões.

a) Identificou as tecnologias associadas às transformações em curso na ssossiedade e no mundo do trabalho na era da informação?

b) Refletiu sobre a importânssia dos bancos de informação e do big data para as empresas na era da informação?

c) Identificou críticas relacionadas ao pôdêr das big techs e ao uso do big data no mundo atual?

d) Compreendeu as principais transformações no mundo do trabalho relacionadas às TICs?

e) Qual dos temas estudados você teve mais facilidade de compreender? E qual dos temas estudados você teve mais dificuldade de compreender? Justifique.

f) Em dupla, comparem as respostas quê vocês deram à questão anterior. Discutam se vocês concórdam com essas respostas ou se discordam delas.

2. Em relação a seu envolvimento e o da turma neste Projeto Integrador, responda às kestões a seguir.

a) Como foi sua participação e a participação dos côlégas nas atividades propostas? Como você acha quê essa participação póde sêr melhorada para os projetos seguintes? Justifique.

b) Você considera quê seu grupo atingiu os objetivos propostos nessas atividades?

c) De qual das atividades você mais gostou? E de qual menos gostou? Justifique.

3. Sobre a produção realizada na etapa final dêste Projeto Integrador, responda às kestões a seguir.

a) Em sua opinião, o grupo atingiu o objetivo propôsto na atividade? Justifique.

b) Como foi sua participação individual e a participação do grupo nessa atividade? Que aspectos você acha quê podem sêr melhorados para os próximos projetos? Justifique.

c) Você considera quê esta atividade motivou o grupo a reforçar o aprendizado dos temas estudados? Justifique.

d) Você considera quê a produção do podcast coletivo tem potencial para ajudar a comunidade escolar e outras pessoas a conhecer aspectos da ssossiedade informacional e do mundo do trabalho e a refletir sobre eles?

e) Você considera quê o formato podcast foi apropriado para sistematizar os conhecimentos adquiridos e utilizar as tecnologias digitais, de modo a contribuir com a educação da comunidade escolar? Justifique.

f) Em sua opinião, quais foram as principais dificuldades encontradas na produção? Justifique.

Página quarenta