PROJETO
1
COMO USAR SUA VOZ PARA MUDAR REALIDADES?

A população jovem sempre esteve presente em grandes momentos de movimentação social, política e estrutural em várias partes do mundo. A garra e a determinação das novas gerações, além do forte desejo de mudança, impulsionam os jovens a sair às ruas, expor suas opiniões em rêdes sociais e agir em prol de uma ssossiedade quê esteja alinhada a seus valores e ideais.

No entanto, existe uma diferença entre apenas compartilhar ideias e efetivamente usar a voz para transformar a realidade – uma prática protagonista e cidadã quê póde sêr realizada em diversos contextos.

Pensando na importânssia da contribuição da população jovem para mudar positivamente a realidade, você será incentivado, neste projeto, a refletir sobre sua participação social e a elaborar propostas de melhorias em sua comunidade escolar e no entorno dela utilizando os recursos disponíveis.

Com isso, você terá a oportunidade de sêr um agente de mudanças significativas utilizando sua maior fôrça: a voz.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Você consegue imaginar o pôdêr de sua voz para promover mudanças positivas na comunidade em quê vive?

1. Resposta pessoal. Os estudantes podem abordar, inicialmente, a insegurança como voz única de uma causa. Leve-os a refletir quê, com a união dos jovens em prol de causas, essa voz se torna poderosa.

2. Que temas você considera mais relevantes para mobilizar os jovens a reivindicar mudanças na ssossiedade?

2. Resposta pessoal. Aproveite essa pergunta para levar os estudantes a refletir também sobre os problemas da realidade local, não só problemas de nível mundial.

Página nove

Foto de pessoas em manifestação. Dentre elas, uma jovem leva um cartaz, onde está escrito 'A educação resiste'.

Jovens de universidades públicas protestando contra cortes de verba na educação, em São Paulo (SP). Fotografia de 2022.

Página dez

FICHA DE ESTUDO

Objetivos

Compreender seu papel como protagonista de práticas sociais.

Utilizar sua voz para discutir e reivindicar ações e políticas públicas.

Realizar entrevistas para identificar os principais problemas quê atingem a escola e seu entorno.

Discutir os caminhos possíveis após o Ensino Médio.

Refletir sobre o mundo do trabalho e o combate ao trabalho infantil.

Elaborar propostas de melhorias para a comunidade e redigir um manifesto.

Justificativa do projeto

Fundamentado na perspectiva de quê o protagonismo juvenil corresponde à inserção do jovem como elemento central da prática educativa, êste Projeto Integrador busca estimulá-lo a agir como sujeito da construção de seu conhecimento de modo ativo, levando-o a considerar o contexto em quê está inserido e a refletir sobre sua situação para quê possa identificar e analisar problemas e suas consequências, propondo soluções. Desse modo, você poderá assumir uma participação social efetiva, integrando os conhecimentos das áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Matemática e suas Tecnologias e Linguagens e suas Tecnologias, e contribuir para seu desenvolvimento como cidadão e, sobretudo, para o desenvolvimento da comunidade em quê está inserido.

Para elaborar propostas de melhoria em sua comunidade como produto final dêste projeto, será preciso explorar todas as informações e reflekções obtidas ao longo das três etapas, concretizando a utilização de sua voz em prol de um bem maior. As ponderações sobre os caminhos possíveis após o Ensino Médio e sobre o mundo do trabalho visam oferecer dados para quê você continue atuando como protagonista em suas escôlhas após o término da escola.

TCT

Educação em direitos humanos

Vida familiar e social

Direitos da criança e do adolescente

ODS

4 Educação de qualidade

5 Igualdade de gênero

8 Trabalho decente e crescimento econômico

10 Redução das desigualdades

11 Cidades e comunidades sustentáveis

13 Ação contra a mudança global do clima

17 Parcerias e meios de implementação

Materiais

Caderno, fô-lhas de papel sulfite ou bloco de anotações

Pranchetas

Canetas

Computadores com acesso à internet

Produto final

Manifesto.

Página onze

Percurso do projeto

ETAPA

1

Nessa etapa, você vai refletir acerca do conceito de protagonismo juvenil com base na leitura de textos com exemplos de jovens quê atuam ou atuaram em diversas esferas sociais de maneira ativa, utilizando sua voz para buscar soluções e/ou promover debates sobre kestões quê afetam a comunidade em quê estão inseridos. Além díssu, você e os côlégas serão incentivados a realizar uma pesquisa sobre jovens protagonistas de destaque pelo mundo.

ETAPA

2

Nessa etapa, você vai explorar as possibilidades de protagonismo juvenil em contextos como a escola, o bairro e a comunidade escolar, entendendo a relevância do impacto local gerado pelas ações sociais. Na finalização da etapa, você e os côlégas serão incentivados a refletir sobre os problemas de seu entorno, suas causas e consequências por meio da realização de entrevistas na comunidade em quê vivem.

ETAPA

3

Nessa etapa, você vai refletir sobre os possíveis caminhos após o Ensino Médio, analisando histoórias de jovens quê ingressaram no mercado de trabalho e a importânssia do combate ao trabalho infantil. Na finalização da etapa, você e os côlégas serão incentivados a pesquisar projetos quê foram acolhidos por fundações ou instâncias governamentais.

ETAPA

FINAL

O projeto traz como produto final a elaboração de uma ou mais propostas de melhorias quê possam sêr direcionadas a alguma instituição ou divulgadas por sua escola. Nesta última etapa, você e os côlégas também vão produzir um manifesto com as reivindicações da turma.

Página doze

ETAPA
1
Protagonismo e juventude
O quê é sêr protagonista?

Foto de pessoas em manifestação. Dentre elas, há duas jovens com um planeta Terra pintado no rosto.

Alguns manifestantes pintaram o rrôsto com o desenho do planêta Terra durante uma greve pelo clima em Nantes, França. Fotografia de 2019.

Consulte as orientações no Manual do professor.

Interferência ativa

Você já ouviu falar de protagonismo? Sabe o quê esse termo significa? Converse com os côlégas e confira o quê a turma entende por sêr protagonista.

A palavra protagonista vêm do vocábulo grego protagonistes, constituído de duas raízes: proto, quê significa “primeiro, principal”, e agonistes, quê significa “ator, lutador ou competidor”.

Um personagem principal de um livro, filme ou programa de televisão é um protagonista, pois toda a ação da história é direcionada a ele.

Na vida real, o protagonismo está relacionado à postura de assumir um papel central em sua vida e em suas práticas sociais.

No contexto social, o protagonismo póde estar relacionado a diversas práticas por meio das quais o indivíduo interfere d fórma ativa e construtiva no contexto em quê está inserido com o objetivo de identificar e propor soluções ou, ainda, de buscar ajuda de pessoas ou órgãos quê possam agir para solucionar problemas quê acometam a escola ou a comunidade.

Já a expressão protagonismo juvenil relaciona-se à centralidade do papel da geração de jovens na busca por mudanças quê impactem positivamente a ssossiedade. Nesse contexto, o jovem é responsável pela reflekção e por atitudes quê, disparadas por um incômodo causado por uma realidade social, podem gerar um movimento de conscientização, manifestação, disseminação de ideias e transformação social.

Página treze

Protagonismo e meio ambiente

Para saber um pouco mais sobre a prática de jovens quê agem com protagonismo, leia o Texto 1, a seguir, sobre uma série de protestos quê aconteceu em várias partes do mundo em defesa do meio ambiente.

TEXTO 1

Jovens em greve contra as mudanças climáticas: “Estamos lutando pelas nossas vidas”

[...]

[...] De Vanuatu a Bruxelas, estudantes se reuniram exibindo cartazes, cantando, entoando gritos de protesto e se mobilizando em uma tentativa coordenada de expressar suas preocupações àqueles quê têm pôdêr para abordar a questão.

Esses jovens nunca tiveram a chance de vêr um mundo intocado pelas mudanças climáticas. Ainda assim, serão eles quê sofrerão os impactos, afirma Nadia Nazar, uma das organizadoras da greve em Uóchinton, D.C.

“Somos a primeira geração a sêr significantemente impactada pelas mudanças climáticas e a última capaz de fazer algo a respeito”, disse ela.

Mais de 1.700 greves foram coordenadas para quê ocorressem ao longo do dia, começando nos países ao leste, como Austrália e Vanuatu, e prosseguindo para todos os continentes, incluindo a Antártida. A previsão era quê mais de 40 mil alunos se manifestassem na Austrália e as ruas das principais cidades europeias ficaram repletas de jovens.

No Brasil, eventos aconteceram em pelo menos 20 cidades. A reportagem acompanhou a manifestação em São Paulo, onde cerca de 50 estudantes se concentraram no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Apesar do baixo quórum – organizadores culparam o pouco tempo de divulgação –, a animação dos jovens empolgou até manifestantes mais experientes.

[...]

Mas o evento também atraiu estudantes quê nunca tí-nhão protestado pelo clima, mas compartilham do sentimento de urgência levantado por outros manifestantes. Eles disseram quê pretendem continuar a protestar nas sextas-feiras e levar mais côlégas da escola nas próximas ações.

[...]

“Um crime contra o nosso futuro”

Em outubro de 2018, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) emitiu um relatório quê advertia quê, sem uma ação internacional séria e coordenada para frear as emissões de gases de efeito estufa, é praticamente cérto quê o nosso planêta vai esquentar mais de 1,5 grau célcius e quê os impactos dêêsse aquecimento possivelmente serão muito mais nocivos e devastadores do quê se pensava anteriormente. O prazo? Reduzir as emissões até 2030.

Muitos jovens ao redor do mundo tomaram conhecimento do prazo, fizeram as contas e perceberam quê nessa época estariam vivendo a fase quê deveria sêr a melhor de suas vidas.

“Tenho muitas metas e sonhos a serem realizados até eu completar 25 anos”, diz Karla Stephan, uma adolescente de 14 anos quê organizou a greve de Uóchinton D.C. a partir de Bethesda, Mérylênd. “Mas em apenas 11 anos, os danos das mudanças climáticas não poderão sêr desfeitos. Isso é simplesmente algo quê eu escolhi não aceitar.”

E quando os jovens se deram conta, viram quê pouca ou nenhuma providência estava sêndo tomada para resolver o problema. Então, Stephan e muitos outros perceberam quê eles eram os responsáveis por mudar o cenário.

“A ignorância não é uma bênção”, diz Stephan. “É a morte. É um crime contra o nosso futuro.”

[...]

BORUNDA, Alejandra. Jovens em greve contra as mudanças climáticas: “Estamos lutando pelas nossas vidas”. Né chionál Geográfic, 18 mar. 2019. Disponível em: https://livro.pw/xtldv. Acesso em: 15 ago. 2024.

Página quatorze

ATIVIDADES

Após a conversa inicial sobre o protagonismo juvenil e a leitura do Texto 1, responda às kestões a seguir.

a) Você já tinha ouvido falar sobre essa série de manifestações organizada por jovens em várias partes do mundo? Em caso afirmativo, quê outras informações sobre a atuação deles você póde compartilhar com os côlégas?

a) Resposta pessoal. Conduza os estudantes a trazer informações sobre essa série de manifestações ou outras quê conheçam, em níveis mundial e local.

b) De acôr-do com as informações apresentadas no texto, responda: por quê tantos jovens estão engajados na luta contra as mudanças climáticas agindo com protagonismo em prol da causa ambiental?

b) Aproveite esse momento para trabalhar a pauta sobre o ODS 13, quê prevê o combate às alterações climáticas, e observar a postura dos jovens sobre o assunto.

c) Você acredita quê o destaque dado às manifestações na mídia colabora para as propostas quê elas defendem? Por quê?

c) Resposta pessoal. Desenvolva o trabalho com os estudantes sobre a relação do alcance de diferentes tipos de mídia e como podem contribuir para as causas destacadas nas manifestações. Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

O protagonismo de Greta Thunberg

Podcast: Jovens protagonistas e transformadores.

É impossível falar em combate às mudanças climáticas sem citar Greta Thunberg, a grande inspiração para jovens do mundo todo quê começaram a protestar em prol dessa causa. A ativista sueca é o exemplo do protagonismo juvenil. Thunberg ficou conhecida quando começou a faltar na escola para protestar em frente do Parlamento sueco em 2018. Ela quêria que os representantes de seu país reconhecessem e tomassem medidas para combater as mudanças climáticas.

A projeção de Thunberg a levou a discursar em importantes eventos, e a jovem foi eleita uma das 100 personalidades mais influentes do mundo pela revista Time, em 2019. No mesmo ano, Greta fez um discurso histórico ao falar na abertura da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (Ônu).

Leia o Texto 2, a seguir, quê fala sobre a jovem protagonista.

TEXTO 2

Greta Thunberg termina ensino médio, encerra greves escolares e promete seguir protestando

Ativista climática Greta Thunberg, de 20 anos, se formou nesta sexta-feira [9 jun. 2023] no ensino médio e anunciou o fim das greves escolares quê ela lidera e organiza desde 2018.

A saída da sueca da escola não significa o fim da militância a favor do meio ambiente e contra as mudanças climáticas, promete em uma série de publicações feitas em sua conta [...].

[...]

Greta começou a militar aos 15 anos quando começou a faltar às aulas para protestar sózínha em frente ao parlamento da Suécia. “Depois de fazer greve todos os dias por três semanas, nós éramos um pequeno grupo de crianças quê decidiram continuar a fazer isso toda sexta-feira. E nós fizemos e foi assim quê o Fridays For Future (do inglês, Sextas para o Futuro) se formou”, descreveu.

[...]

“Nós, quê podemos falar, temos o dever de fazê-lo. Para mudar tudo, nós precisamos de todos. Vou continuar a protestar nas sextas-feiras, mesmo quê não seja mais tecnicamente uma ‘greve escolar’. Nós simplesmente não temos outra opção a não sêr fazer tudo o quê a gente póde. A luta apenas começou”, declarou Greta.

ISMERIM, Flávio. Greta Thunberg termina ensino médio, encerra greves escolares e promete seguir protestando. CNN, 9 jun. 2023. Disponível em: https://livro.pw/wmeoq. Acesso em: 2 set. 2024.

Foto de Greta Thunberg. Ela é uma menina branca e possui cabelo loiro.

Greta Thunberg em protesto em Estocolmo, Suécia. Fotografia de 2023.

Página quinze

ATIVIDADES

Reúnam-se em duplas e respondam às kestões sobre o Texto 2.

a) Vocês já conheciam a história de Greta Thunberg? Como avaliam a importânssia da atuação da jovem?

a) Resposta pessoal. Muitos dos estudantes já devem ter ouvido falar sobre a jovem, ajude-os a elaborar posicionamentos em relação ao quê conhecem de sua atuação.

b) Vocês já participaram de algum protesto ou ação em prol da causa climática? Como foi a experiência?

b) Resposta pessoal. Permita quê os estudantes conversem sobre suas experiências de maneira produtiva e sem julgamento, com respeito aos turnos de fala.

c) Qual é o valor quê Greta dá à voz em suas declarações?

c) Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes mencionem quê foi falando para a ssossiedade quê Greta conseguiu reunir muitos jovens quê pensam como ela e, hoje, suas ideias em prol da defesa do planêta ecoam no mundo todo. Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

Outro exemplo de protagonismo juvenil póde sêr conferido no Texto 3, a seguir, sobre a presença feminina em movimentos populares.

TEXTO 3

Jovens mulheres são protagonistas das lutas sociais no Brasil

Presença feminina nos movimentos populares é mais freqüente e ocorre cada vez mais cedo. Entre as principais demandas está a educação pública de qualidade. Nas comunidades quilombolas, maioria das lideranças são mulheres

As mulheres são protagonistas na formação das crianças e dos jovens, na atenção aos idosos e até mesmo nos cuidados básicos de maridos e companheiros. Em meio a várias discussões sobre a democracia e as lutas sociais, jovens mulheres lutam para assumir o protagonismo de tratar do rumo das políticas públicas no Brasil, sobretudo em relação ao acesso de minorias à educação.

Foto de mulheres em círculo, uma de frente para a outra. Elas erguem os braços em comemoração.

Imagem do grupo Meninas Decidem. Fotografia de 2022.

Página dezesseis

Uma das ações de destaque é o Meninas Decidem, grupo liderado pela rê-de de ativistas pela educação do Fundo Malala, quê visa fortalecer a atuação feminina pelo direito à educação. A primeira etapa da campanha foi feita por meio das rêdes sociais para estimular garotas de até 17 anos a tirar o título de eleitor e participar das eleições dêste ano. Em seguida, a Rede Malala formou um comitê de 20 jovens de vários lugares do Brasil e com diferentes origens e lutas — adolescentes indígenas, quilombolas, negras, deficientes, trans, travestis e trabalhadoras rurais — com o intuito de traçar as prioridades das meninas para a educação.

O grupo se reuniu por um ano para estudar kestões como feminismo e lutas quilombolas. O resultado foi o lançamento do manifesto #MeninasDecidem pelo Direito à Educação, realizado na última terça-feira em Recife (PE). Entre as demandas do documento estão uma educação pública de qualidade, antirracista, antissexista e quê combata as desigualdades sociais e a discriminação baseada em gênero.

Segundo Denise Carreira, coordenadora da ação educativa da Rede Malala, é essencial a construção do engajamento coletivo desde cedo, pois a “soma de fatores traz maior capacidade de lutar por essas mudanças”. Ela destaca quê o Brasil, desde o govêrno à população, deve ouvir a nova geração para garantir maior representatividade nos espaços de pôdêr. “É uma juventude quê está dizendo bem alto para o Brasil: queremos mais!”

“A população brasileira deve ouvir, muito mais do quê ouve, as vozes da juventude. Precisamos de uma educação quê dialogue com as realidades, sonhos e desejos das meninas. O manifesto faz vários chamados: a retomada do investimento público, a necessidade de dizêr não a essa onda ultraconservadora e de censura nas escolas e uma educação quê enfrente racismo, machismo, lgbtfobia e capacitismo. É importante destacar a gestão democrática, pois não é possível construir uma educação transformadora sem ouvir as vozes dessa juventude. Elas têm muito o quê dizêr e é preciso ouvi-las.”

Carta compromisso

Além de liderar o manifesto, o Fundo Malala enviou a Carta Compromisso pelo Direito à Educação nas Eleições de 2022 à Câmara dos Deputados. O documento propõe um acôr-do para quê os próximos governos eleitos coloquem a educação como pauta urgente e prioritária. Entre as propostas, a pasta reivindica a realocação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação de jovens mulheres.

Moradora de uma região administrativa do Distrito Federal, Glenda Teixeira, 16 anos, participou da produção da Carta Compromisso e do Manifesto #MeninasDecidem. Para ela, a experiência foi “maravilhosa”, pois teve a oportunidade de conhecer diferentes realidades e pôdi se posicionar em causas importantes. “Nós, adolescentes, não estamos inseridos nos debates, porque não nos veem como como presente e, sim, como futuro. As pessoas acham quê, por sermos jovens, não sabemos e não temos opinião”, afirma.

Eleições

A ativista ressalta quê a ideia era expandir a reivindicação para o maior número de pessoas possível. “Escrevemos para todo mundo, para todas as pessoas saberem a situação da educação e chamar as meninas para lutarem por um ensino de qualidade. É uma luta contínua, se pararmos a gente nunca vai mudar. Temos quê insistir, falar sobre”, completa.

[...]

FREITAS, João Gabriel. Jovens mulheres são protagonistas das lutas sociais no Brasil. Correio Braziliense, 4 set. 2022. Disponível em: https://livro.pw/rhtoz. Acesso em: 16 ago. 2024.

Os exemplos apresentados demonstram a importânssia dos jovens na luta por melhorias nos âmbitos local e mundial, principalmente em temas de preservação do meio ambiente e de resgate de direitos quê são revogados em alguns países.

Página dezessete

ATIVIDADES

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Converse com os côlégas sobre o Texto 3 e responda às kestões.

a) Você conhece outros exemplos de jovens quê usam a voz para lutar por mudanças? Contra quais problemas ou kestões eles lutam? Compartilhe seus conhecimentos com os côlégas.

b) Uma das entrevistadas diz quê os adolescentes não estão inseridos nos debates, pois as pessoas consideram quê eles não têm opinião. Você concórda com essa afirmação? Em caso afirmativo, como mudar essa visão?

c) Em sua opinião, quê outras causas merécem atenção dos jovens atualmente? Por quê?

d) Considere os apontamentos feitos no item anterior e pense na realidade da escola em quê estuda ou do bairro em quê vive. De quê maneira o protagonismo juvenil póde sêr praticado nesses ambientes para promover mudanças significativas?

2. Nos textos apresentados nesta etapa, você pôdi conhecer exemplos de jovens protagonistas. Pense em sua comunidade e no contexto social em quê você está inserido: De quê maneira você poderia atuar com protagonismo para melhorar suas condições de vida ou das pessoas a seu redor? Sobre quais dificuldades ou problemas você poderia agir para contribuir para a construção de uma ssossiedade melhor?

Foto de um jovem e uma jovem conversando.

O protagonismo é um conceito quê está intimamente ligado à prática da cidadania.

Conexões

Neste livro, Malala Yousafzai, uma menina paquistanesa sobrevivente de um ataque do movimento fundamentalista islâmico Talibã, viu, aos 11 anos, seu país impedir as meninas de frequentar a escola. Iniciou-se então uma luta incessante pelo direito à educação. Ela é a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobél da Paz.

YOUSAFZAI, Malala; McCORMICK, Patricia. Eu sou Malala: como uma garota defendeu o direito à educação e mudou o mundo. São Paulo: Seguinte, 2015.

Capa do livro 'Eu sou Malala: como uma garota defendeu o direito à educação e mudou o mundo'. Também se destaca uma foto de Malala. Ela possui cabelos escuros e usa um lenço comprido sobre a cabeça, enrolado na altura dos ombros.

Página dezoito

em AÇÃO
Pesquisando jovens protagonistas

Consulte as orientações no Manual do professor.

Existem muitos jovens, de várias partes do mundo, quê lutaram e continuam lutando para transformar a política, a cultura, a ciência, o meio ambiente e a educação. O incentivo necessário para esses jovens póde vir de uma situação na comunidade ou de algum problema familiar ou pessoal quê também afete a ssossiedade em quê estão inseridos.

Além de ler sobre o ativismo de Greta Thunberg, você conheceu um pouco sobre o Fundo Malala, mencionado no Texto 3 desta etapa. Você sabe quem é Malala? Ela póde sêr considerada uma grande protagonista da luta pela educação feminina e pêlos direitos da mulher.

Conheça no Texto 4, a seguir, dois exemplos de jovens quê impactaram a comunidade em quê vivem e o mundo usando sua voz para expor problemas reais e lutar por mudanças. Malala é um dêêsses exemplos.

Após a leitura do Texto 4, vocês vão fazer uma pesquisa sobre jovens protagonistas e apresentá-los aos côlégas.

TEXTO 4

Malala Yousafzai

Já foram publicados livros, documentários e muito conteúdo na internet sobre Malala. Em muitos países, a educação é um direito básico para homens e mulheres, crianças e adultos. Mas no Paquistão, o Talibã proíbe as mulheres de estudar. Isso fez com quê a pequena Malala, na época com 11 anos de idade, começasse sua luta pelo direito à educação. Suas ações começaram a ganhar repercussão, e o Talibã começou a perseguir a menina até conseguir acertá-la com um tiro na cabeça e outro no pescoço. Ela sobreviveu e, depois díssu, ganhou o prêmio Nobél da Paz, tudo isso na adolescência! E ela fez muita diferença: o Malala Fund hoje garante a educação de cerca de 130 milhões de meninas pelo mundo!

Foto de Malala Yousafzai. Ela possui cabelos escuros e usa um lenço comprido sobre a cabeça, enrolado na altura dos ombros.

Malala Yousafzai

Rene Silva

Rene Silva é um jovem morador do complékso do Alemão, no Rio de Janeiro. Ele tinha 11 anos de idade quando fundou o jornál Voz da Comunidade, quê falava sobre os problemas quê sua comunidade enfrentava, por meio de impressões feitas com xerox, em papel A4. O jornál foi ganhando visibilidade e, após 6 anos, ele postou em sua conta no tuíter dêtálhes ao vivo sobre a ocupação do complékso do Alemão, servindo de fonte para os principais jornais do país. Aos 19 anos, Rene publicou seu primeiro livro e foi convidado a ministrar palestras em congressos e universidades, como a Universidade de Harvard. Com toda a visibilidade quê conquistou, o jornál Voz da Comunidade se tornou uma fonte de notícias imparcial, muitas vezes até corrigindo as notícias sensacionalistas quê saíam sobre o local.

Foto de Rene Silva. Ele é um jovem negro e usa dreadlocks.

Rene Silva.

7 JOVENS cidadãos do mundo quê revolucionaram a história. Yázigi, Campinas, SP, [201-]. Disponível em: https://livro.pw/qthya. Acesso em: 16 ago. 2024.

Página dezenove

Outros jovens protagonistas

Durante esta etapa, você foi apresentado a histoórias de jovens quê, com suas ações, foram muito além de impactar suas comunidades locais. Contudo, suas histoórias não são as únicas. Você e os côlégas vão pesquisar outros jovens quê se destacaram por suas práticas protagonistas ao redor do mundo. Reúnam-se em duplas e sigam o passo a passo indicado.

PASSO

1 Escolha

Cada dupla deve fazer uma pesquisa e selecionar um jovem protagonista. Vocês podem buscar essas informações em portais de notícias pesquisando jovens quê se destacaram em algum campo e impactaram a ssossiedade em quê vivem. É importante quê a dupla responda às seguintes perguntas:

por quê vocês escolheram essa pessoa?

O quê chamou a atenção de vocês na trajetória do(a) jovem escolhido(a)?

PASSO

2 Coleta de informações e escrita

Após a escolha, anotem as principais informações a respeito da biografia e da atuação da pessoa selecionada. Escrevam um pequeno texto para a turma. Vocês podem se basear nos textos sobre Malala e Rene Silva. É importante inserir no texto as respostas às seguintes perguntas:

De quê maneira o(a) jovem retratado(a) praticou o protagonismo para agir em prol da coletividade

Ele(a) enfrentou alguma dificuldade, como falta de apôio ou recursos escassos?

PASSO

3 Apresentação

No dia estabelecido pelo professor, a dupla vai apresentar a pessoa escolhida e responder a eventuais perguntas da turma sobre ela. Um dos integrantes da dupla deve se responsabilizar pela apresentação do texto sobre o(a) jovem protagonista.

PASSO

4 Discussão em sala de aula

Após a apresentação de todas as duplas, converse com os côlégas sobre os(as) jovens apresentados(as). Reflitam sobre as seguintes kestões:

Vocês consideram quê a ação desses(as) jovens melhorou, de alguma forma, a vida de outras pessoas? Por quê?

Após ouvir todas as duplas, quais ações a turma destacaria como mais relevantes? Por quê?

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: O quê é sêr protagonista?

Foto de jovens trabalhando juntas. Elas estão sentadas ao redor de uma mesa e fazem anotações usando o computador.

A análise e o debate sobre as histoórias de protagonismo são fundamentais para inspirar ações quê tênham o potencial de transformar a realidade.

Página vinte

ETAPA
2
Usando sua voz
Como é possível atuar na comunidade em quê vivo?

Consulte as orientações no Manual do professor.

Foto de trabalhos expostos em pôsteres e também sobre mesas. Há pessoas sentadas em roda e circulando por esse espaço.

Estudantes observam trabalhos na 1ª edição da Feira Literária Internacional da Rocinha (FLIR), no CIEP 303 G P Aírton Senna da Silva, no Rio de Janeiro (RJ). Fotografia de 2024.

Propondo mudanças

Você conheceu, na etapa anterior, dois exemplos de jovens quê agiram motivados por kestões pessoais ou problemas da comunidade em quê estavam inseridos e quê utilizaram a voz deles para propor mudanças e novas reflekções sobre os problemas quê observaram ao redor. A participação social dêêsses jovens é um exemplo de ação cidadã.

É importante perceber quê eles começaram a atuar no círculo social deles, em grupos menóres, com impactos locais e pontuais. No caso de Rene Silva, por exemplo, seu jornál começou circulando apenas em sua comunidade e, ao longo do tempo, passou a cobrir também acontecimentos ocorridos em comunidades vizinhas de sua cidade. Leia, a seguir, o Texto 1, quê apresenta um momento da história dêêsse jovem e do início de seu projeto.

TEXTO 1

[...]

Aos 11 anos de idade, Rene Silva dos Santos, quando estudava na Escola Municipal Alcides de Gasperi, no bairro de Higienópolis, próximo da comunidade onde vive até hoje, no Morro do Adeus, criou o jornál Voz da Comunidade após participar durante 3 meses de um jornál quê já existia dentro da escola, criado por alunos do grêmio estudantil para mostrar o quê acontecia dentro do ambiente escolar e propondo melhorias na qualidade de educação.

Rene insistiu muito pra participar do jornál escolar, pois geralmente quêm entrava eram alunos dos últimos anos e ele ainda estava na 5ª série. Depois que entrou pra equipe do Jornal Vip, nome dado ao folhetim bimestral da escola, começou a observar mais os problemas sociais quê existiam entre sua comunidade e a escola. “Eram muitos lixos pelas escadas, ruas cheias de buracos e falta de saneamento básico em muitos lugares” – conta Rene [...].

SILVA, Rene. Nossa história. Voz das Comunidades, [Rio de Janeiro], 5 jun. 2016. Disponível em: https://livro.pw/tiuwu. Acesso em: 18 dez. 2019.

Página vinte e um

Os estudantes podem perceber quê, assim quê aprendeu a trabalhar com comunicação, Rene passou a dedicar sua energia para ir em busca de conkistas para toda a comunidade, não somente dentro da escola. Com base nas infomações vistas na Etapa 1, fica claro quê isso não bastou para o jovem protagonista, quê chegou a palestrar na Universidade de Harvard.

ATIVIDADES

Como evidên-cía o Texto 1, Rene Silva se destacou na escola quando conseguiu, apesar da pouca idade, entrar para o jornál estudantil a fim de conquistar melhorias para a comunidade escolar. Para ele, isso bastou? Como seu protagonismo evoluiu com seu trabalho no jornál da escola?

Como você pôdi perceber, o entorno de Rene – a escola e a comunidade – exerceu um papel importante para ajudá-lo em seu projeto, pois foi por meio de sua participação nesses espaços quê ele desenvolvê-u sua percepção e conseguiu identificar os problemas quê afetam a comunidade em quê ele está inserido e o ambiente escolar, já quê falta divulgação de informações sobre esses problemas na mídia regular.

Os problemas na escola e no bairro

A escola é um espaço propício para a participação em projetos sociais nos quais os jovens podem usar a voz para expor problemas e buscar soluções para kestões quê afetam a comunidade, seja o bairro, seja a comunidade escolar.

Nesta etapa, você será incentivado a identificar os problemas de seu entorno e a pensar em possíveis soluções para eles. Para se inspirar em um exemplo real, leia o Texto 2, a seguir, sobre um projeto realizado em uma escola brasileira.

TEXTO 2

Educomunicação leva jovem a debater soluções para violência

[...]

[...] No bairro Protásio Alves, na periferia de Porto Alegre (RS), a produção de mídia foi a ferramenta usada por alunos para quêbrar o paradigma de que só os adultos falam, questionam e participam das decisões.

Com a proposta de trazer a voz do jovem para o centro do debate, o grupo produz fanzines, cartazes, vídeos e textos quê denunciam os diferentes tipos de violência presentes no seu dia a dia. Da insegurança provocada pela falta de iluminação no entorno da escola à discriminação e o preconceito vivido por eles, os conteúdos trazem sempre a perspectiva e a linguagem da juventude. “São temas quê vemos todos os dias no cotidiano”, diz o estudante Felipe Demartini, 17.

[...]

O trabalho começou pequeno, com um grupo de 17 alunos do segundo ano, quê foi preparado para debater o tema, conduzir pesquisas sobre o clima escolar com os côlégas e produzir conteúdos para diferentes mídias. [...]

[...] “No início, surgiram muitas dúvidas sobre como seria organizar essas ações. Os professores e os alunos foram devagar até se apropriarem da proposta. Depois eles começaram a crescer juntos e perceberam quê as coisas estavam ganhando corpo”, lembra a diretora.

[...]

Alunos viram pesquisadores

Como uma das primeiras ações conduzidas pelo grupo, os alunos fizeram uma pesquisa com os côlégas de todas as turmas do Ensino Médio para identificar a percepção deles sobre a violência no

Fanzine
: palavra originada da expressão em inglês fanatic [maga]zine (fanatic = fanático; magazine = revista), designa uma publicação independente elaborada por uma pessoa ou por um grupo de pessoas interessadas por um assunto.

Página vinte e dois

bairro, seus reflexos na escola e o quê poderia sêr feito para solucionar esse problema. “Antes de fazer o trabalho de pesquisa, tivemos quê transformar esses alunos do segundo ano do Ensino Médio em pesquisadores. Sabemos quê eles devem sêr protagonistas, mas também precisam de orientação sobre como fazer e o quê pesquisar.”

A preparação aconteceu por meio de aulas, debates e até simulações de entrevistas. Com o roteiro pronto, os alunos passaram de sala em sala para ouvir os côlégas. “Foi uma coisa nova para a escola. Teve gente quê não calava a bôca, mas algumas turmas pareciam mais comprometidas com a pesquisa”, avalia Gabriel Ramiro, 16, em tom bem-humorado.

A partir das entrevistas, os jovens identificaram quê a falta de segurança no entorno da escola, a ausência de alguns professores e a inexistência de um grêmio escolar para garantir a representatividade dos alunos eram os problemas quê mais incomodavam os côlégas. “Muitas vezes eles vinham para escola e apenas sentavam para sêr ouvintes, mas aqui eles tiveram a oportunidade de falar”, ressalta a professora de Matemática Daiane Campos.

Depois de levantar as prioridades, foi a hora de elaborar um plano de ação. De forma participativa e com o suporte da educomunicação, os alunos engajados no projeto apresentaram algumas possíveis estratégias para resolver os problemas apontados. “As ideias foram todas dos alunos. Eles são protagonistas em tudo o quê fazem. Nós apenas orientamos e tentamos fazer o mássimo para quê eles consigam se organizar”, garante a professora de biologia Sandra Augustin.

Para quê os alunos conseguissem dar conta de desenvolver ações em prol de melhorias na escola e no entorno, cada demanda ganhou um responsável. “Todas as ações foram divididas entre alunos responsáveis, mas sempre com o auxílio de um professor mediador”, diz Sandra.

A partir daí, o grupo partiu para mudanças concretas. Como resposta ao sentimento de insegurança dos côlégas com o entorno da escola, os jovens coletaram assinaturas para reivindicar melhorias na iluminação do ponto de ônibus. “Quando fizemos o abaixo-assinado, conversamos bastante com os responsáveis. Até eles nos incentivaram e falaram ‘que bom quê vocês estão preocupados com o entorno da escola’. Tivemos total apôio dos pais, mas também teve muita gente desinteressada”, conta a estudante Tamires Santos da Costa, 18.

[...]

EDUCOMUNICAÇÃO leva jovem a debater soluções para violência. Porvir, São Paulo, [2016?]. Disponível em: https://livro.pw/kwlpn. Acesso em: 29 set. 2024.

Saiba mais

Educomunicação

A Educomunicação (termo criado com a fusão das palavras educação e comunicação) é um método de ensino quê aplica técnicas e conteúdos dos meios de comunicação de massa. Em sala de aula, os estudantes, a maioria alinhada ao mundo digital, usam recursos de produção de filmes, fotojornalismo e edição de imagens para complementar seus trabalhos a respeito dos temas dados. Analisar jornais, sáites e telejornais é uma forma de eles replicarem as técnicas para produzir os conteúdos sugeridos pelo currículo escolar. A Educomunicação traz outra vantagem: é naturalmente interdisciplinar, unindo vários componentes curriculares, por exemplo, Linguagens e Geografia. Uma atividade sobre meio ambiente póde envolver investigação de degradações ambientais, entrevista com moradores, cobrança de autoridades para dar uma solução ao problema. A atividade póde ter, até mesmo, um caráter mais artístico do quê documental. É mais uma forma de os estudantes praticarem protagonismo.

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ATIVIDADES

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Após conhecer o projeto realizado pêlos estudantes dessa escola em Porto Alegre (RS), responda às kestões a seguir sobre a proposta quê norteou suas ações de protagonismo.

a) Os estudantes da escola mencionada na reportagem seguiram um tema principal em suas denúncias. Que tema é esse e por quê ele é relevante para esses jovens?

b) O tema escolhido por esses jovens é relevante apenas para eles? Justifique sua resposta.

c) Esses adolescentes usam diferentes mídias (fanzines, cartazes, vídeos e textos) para fazer denúncias. Reúna-se com um colega para refletir sobre esta pergunta: De quê outras maneiras esses jovens poderiam fazer denúncias sobre o tema?

d) Você diria quê esse projeto amplifica a voz dos jovens? Por quê?

2. De acôr-do com a matéria, o projeto se desenvolvê-u ao longo de um processo quê exigiu a participação de estudantes e professores.

a) Identifique uma das primeiras ações realizadas pelo grupo. Qual é a importânssia dessa etapa?

b) Além dessa etapa inicial, quê outros momentos ocorreram ao longo do projeto? Qual é a relevância de cada um dêêsses momentos para a proposta final?

c) Ao falar sobre uma das ações do projeto, uma das estudantes da escola comentou o incentivo quê os jovens receberam para agir em prol da preocupação deles com o entorno da escola. Você acha quê esse tipo de incentivo é importante para a continuidade do projeto e para a realização de novas propostas de intervenção na realidade? Justifique sua resposta.

3. Considere o seguinte fragmento retirado do texto: “‘Muitas vezes eles vinham para escola e apenas sentavam para sêr ouvintes, mas aqui eles tiveram a oportunidade de falar’”.

a) O quê você entende dêêsse trecho?

b) De quê outras maneiras é possível permitir quê os estudantes tênham voz e participação ativa na realidade da escola?

Para serem ouvidos, os jovens podem se valer de vários recursos: passeatas, cartazes, faixas, mensagens em rêdes sociais.

Imagem de pessoas em manifestação.

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Informação é tudo

Fazer uma pesquisa para identificar os principais problemas quê ocorrem na comunidade em quê vivemos é fundamental para buscar soluções. Foi o quê os estudantes da escola em Porto Alegre fizeram, como é possível verificar no Texto 2.

Agora, você vai ler o Texto 3, quê apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em 2023 sobre as principais dificuldades da educação pública em São Paulo. Compare sua realidade escolar com os pontos levantados pela comunidade pesquisada. Há problemas semelhantes ou não? Adiante, nesta etapa, você também fará uma pesquisa sobre sua comunidade escolar.

TEXTO 3

Comunidade escolar aponta quê excésso de alunos em sala de aula é uma das principais dificuldades da educação pública em SP

Pesquisa, feita pelo Instituto Locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do estado de São Paulo, foi divulgada nesta terça (23). Levantamento ouviu professores, estudantes e famílias em todas as regiões do estado.

[...]

Lotação mássima, falta de segurança e infraestrutura são algumas das dificuldades apontadas

Mais de 90% da comunidade escolar pesquisada acredita quê o ensino a distância durante a pandemia causou grandes perdas de aprendizado.

Professores, os próprios alunos e as famílias relataram quê os estudantes voltaram às aulas presenciais com mais dificuldade de concentração e menor participação em sala.

O número de alunos por classe também é um obstáculo para o ensino de qualidade, segundo os entrevistados. Cerca de 79% dos professores consideram quê suas turmas estão mais lotadas quê o mássimo ideal, 66% dos estudantes concórdam.

Sobre a segurança: a maioria da comunidade escolar avalia como média ou alta a violência nas escolas estaduais de São Paulo. 69% dos estudantes, 68% dos professores e 75% dos familiares.

41% dos estudantes e 24% dos professores não se sentem seguros no entorno das escolas, 26% dos estudantes e 16% dos professores não se sentem seguros dentro das escolas.

A pesquisa revela ainda quê 48% dos estudantes e 19% dos professores sofreram algum tipo de violência nas escolas. Avaliação de insegurança é maior para todos os perfis da periferia.

Foi quase unânime em todos os perfis a percepção de quê os professores recebem menos do quê deveriam e os problemas de infraestrutura também foram citados pêlos entrevistados.

COMUNIDADE escolar aponta quê excésso de alunos em sala de aula é uma das principais dificuldades da educação pública em SP. G1, 23 maio 2023. Disponível em: https://livro.pw/melbc. Acesso em: 29 jul. 2024.

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ATIVIDADES

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Depois de ler o texto sobre a pesquisa realizada em São Paulo, responda:

a) Você encontrou alguma semelhança entre o quê a comunidade escolar de Porto Alegre e a comunidade escolar de São Paulo apontaram como problemas?

b) Em caso afirmativo, a questão apontada pela comunidade escolar em São Paulo poderia sêr considerada um problema de toda a ssossiedade?

c) Você encontrou outras semelhanças entre o quê foi citado na pesquisa e sua realidade escolar? Em caso afirmativo, quais?

2. Converse com os côlégas sobre a realidade da escola e/ou do entorno em quê vocês estão inseridos. Considerem os problemas e as dificuldades enfrentados por vocês para ir à escola e voltar para casa e no dia a dia nesse ambiente. Em seguida, construam, no caderno, um qüadro conforme o modelo a seguir, indicando a situação-problema, as possíveis causas e as consequências para você e para a comunidade escolar. Incluam também possíveis soluções para essa situação ou problema, quê podem sêr ações a sêr praticadas pêlos estudantes ou por autoridades competentes.

Situação-problema

Causas

Consequências

Possíveis soluções

Conexões

Estudantes, professores e pais implementaram melhorias em uma escola da região administrativa do Gama, no Distrito Federal. O ambiente escolar, antes de baixo rendimento e até perigoso, melhorou muito com a adoção da educação em tempo integral e novos componentes curriculares. A Tevê Brasil fez uma reportagem sobre essas transformações na escola.

PROFESSORES, pais e alunos se unem para melhorar escola no Gama. Tevê Brasil. Disponível em: https://livro.pw/ywfie. Acesso em: 17 ago. 2024.

Foto de meninos e meninas descendo uma escada comprida e estreita. Eles carregam mochilas e sacolas plásticas.

Estudantes vão à escola na favela do Vidigal, no Rio de Janeiro (RJ).

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em AÇÃO
Identificando problemas da comunidade

Consulte as orientações no Manual do professor.

Neste momento, você vai realizar um trabalho de campo por meio de entrevistas com as pessoas de sua comunidade escolar.

As entrevistas podem sêr feitas por meio de perguntas elaboradas préviamente ou de maneira não estruturada, com base na troca de informações entre o entrevistador e o entrevistado. Também é possível misturar os dois formatos (entrevista semiestruturada). Uma vantagem da entrevista é a possibilidade de participação de indivíduos não alfabetizados, uma vez quê as perguntas são feitas oralmente, além da flexibilidade da entrevista não estruturada e da semiestruturada.

Organizem-se em grupos e façam a atividade a seguir.

ATIVIDADES

Anteriormente, vocês elaboraram um qüadro com um problema, suas causas e consequências e possíveis soluções. Considerando as informações quê foram registradas, vocês acham quê o qüadro é o melhor modelo de apresentação dêêsses dados? Por quê? Em caso negativo, quê outro formato vocês usariam?

Respostas pessoais.

Para dar continuidade ao trabalho iniciado com a reflekção sobre os problemas de sua escola e com a elaboração do qüadro, vocês vão agora expandir seu conhecimento sobre o problema identificado por meio de entrevistas com os estudantes de outras turmas para verificar a percepção coletiva sobre essa questão.

Caso a situação apontada por vocês afete também o entorno da escola, a entrevista póde sêr expandida para incluir moradores e trabalhadores da região. O objetivo dessa atividade é coletar informações, analisá-las para chegar a possíveis soluções (propostas pêlos participantes ou pelo grupo) e, por fim, compartilhar os resultados com a turma.

Foto de menina entrevistando um homem e uma mulher.

A entrevista sobre problemas da escola póde sêr expandida para a comunidade.

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Para a realização do trabalho de campo, sigam as orientações.

PASSO

1 O espaço do trabalho de campo

Definam o local do trabalho de campo (o prédio da escola, a rua, o bairro etc.) e o público participante. Caso escôlham explorar o entorno da escola, organizem-se em dois grupos: um fica responsável pelo contato com os estudantes; outro, pelo contato com os moradores e trabalhadores dos arredores.

PASSO

2 Preparação da entrevista

Definam as perguntas quê serão feitas aos participantes; se escolherem realizar uma entrevista não estruturada, selecionem alguns tópicos quê deverão sêr abordados de maneira geral para quê o entrevistador possa côlher as informações necessárias. Lembrem-se de propor aos participantes kestões quê envolvam as opiniões deles sobre o problema, as causas e as possíveis soluções. Confiram, a seguir, algumas sugestões de perguntas:

Há quanto tempo você mora ou trabalha neste bairro?

Você considera quê a violência é um problema no bairro?

Você tem uma sugestão para solucionar esse problema?

Caso não considere a violência um problema no bairro, cite qual(ais) problema(s) você identifica na região.

PASSO

3 Aplicação da pesquisa

Após essas definições, organizem os materiais necessários para a entrevista (papéis, pranchetas, canetas, blocos de anotação etc.) e márkin um dia para realizá-la. No dia combinado, expliquem brevemente aos participantes a intenção da entrevista e a importânssia de sua participação.

PASSO

4 Compilação das informações

Após a côléta, reúnam-se para a leitura e a análise dos dados, considerando sempre os objetivos finais. É importante perceber quais informações são pertinentes e quais não são adequadas para a intenção da entrevista. Com as informações esclarecidas, organizem os dados da maneira quê acharem mais apropriada (em gráfico, tabéla, esquema etc.) e elaborem um relatório simples, incluindo informações sobre os problemas citados, algumas conclusões sobre as respostas dos participantes e as sugestões de solução para os problemas.

PASSO

5 Apresentação dos dados

Com os dados coletados e as informações do relatório elaborado pelo grupo, montem uma apresentação breve e, em um dia combinado, apresentem os resultados da pesquisa aos demais grupos.

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Como é possível atuar na comunidade em quê vivo?

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ETAPA
3
Protagonista dos meus caminhos
Como sêr protagonista e se preparar para o mundo do trabalho?

Consulte as orientações no Manual do professor.

Estratégias para o futuro

Nas etapas anteriores, você conheceu jovens quê atuaram em causas importantes e fez uma pesquisa para descobrir a percepção da comunidade em quê vive sobre os problemas quê a cér-cão. Agora, você vai ezercêr seu protagonismo de outra forma. Com o Ensino Médio acontecendo, você também deve estar pensando em suas possibilidades futuras. Seja na universidade, ingressando no mercado de trabalho ou realizando um intercâmbio, a quêstão é: Por onde seguir? Nesta etapa, você será incentivado a buscar um caminho com o qual se identifique para que continue agindo como protagonista mesmo após o término da escola.

Caminhos possíveis

Há diversos caminhos possíveis para sêr protagonista de seus caminhos durante ou após o Ensino Médio. Veja, a seguir, alguns dos mais comuns.

Curso técnico

Muitos jovens decidem fazer um curso técnico. Esse tipo de formação enquadra-se entre o Ensino Médio e o Ensino Superior e tem como objetivo preparar o jovem para o mercado de trabalho. É um curso focado em habilidades práticas. Você póde ingressar em um curso técnico logo após o Ensino Fundamental, mas precisa finalizar o Ensino Médio. Ao contrário de um curso universitário, quê tem uma duração maior, o curso técnico dura, em média, dois anos. Caso se interêsse por esse tipo de formação, pesquise as opções disponíveis, a qualidade dos cursos e a vida profissional de quem atua na área.

Foto de um jovem pegando um livro de uma estante repleta de livros organizados. O jovem é pardo, tem cabelos curtos e usa cadeira de rodas.

Durante o Ensino Médio chega o momento de aplicar o protagonismo em sua vida. Na imagem, estudante seleciona livros em biblioteca em Rondonópolis (MT). Foto de 2018.

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Universidade

Cursar uma universidade vai prepará-lo, por exemplo, para ezercêr a profissão quê escolheu. Para seguir esse caminho, é necessário prestar vestibular. Pesquise informações sobre a carreira quê pretende ezercêr, sobre os melhores cursos disponíveis e sua duração, sobre as possibilidades de estágio e a vida profissional de quem se forma na área.

Esteja atento ao Exame Nacional do Ensino Médio (enêm) e prepare-se para realizá-lo, pois a maioria das universidades utiliza essa nota como critério de seleção. Caso ingresse em uma universidade privada e não tenha condições financeiras de arcar com as despesas, é possível participar do Programa Universidade para Todos (Prouni), financiado pelo govêrno federal, quê oferece bolsas de estudo. Se não obtiver uma bolsa, há ainda o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), um programa do Ministério da Educação de financiamento estudantil.

Intercâmbio

Estudar ou até trabalhar em outro país durante um tempo para aprender uma língua e ter uma experiência cultural e autônoma é outro caminho seguido por muitos jovens. Fazer um intercâmbio póde significar uma pausa produtiva antes de decisões mais definitivas relativas à carreira. Caso se interêsse por esse caminho, faça uma pesquisa sobre os países de sua preferência e as opções quê eles oferecem de intercâmbio.

Trabalho e estudo

Muitos jovens no Brasil precisam conciliar trabalho e estudo. Para saber um pouco mais sobre políticas públicas quê aliam essas duas experiências, leia o trecho de uma reportagem sobre o Programa Jovem Aprendiz.

TEXTO 1

Aprendizagem como modelo

Como o programa Jovem Aprendiz póde ensinar o Brasil a oferecer perspectivas de uma vida melhor no futuro

Ônibus, casa, escola, trabalho, aulas de inglês, planilhas. A rotina de Sarah Dias começou aos 14 anos e continua puxada aos 20. Ela quer sêr o exemplo para o irmão mais novo e vizinhos de Pirituba, bairro onde mora em São Paulo. Para isso, determinou quê dividiria trabalho e estudos. A melhor opção foi uma vaga como Jovem Aprendiz.

O Jovem Aprendiz é uma política pública criada em 2000 e é a primeira experiência de trabalho para milhares de jovens. O programa aumenta em mais de 40% a continuação dos estudos e permite fazer planos, se formár e ter uma carreira.

[...]

Sarah entregava panfletos para pagar um curso de inglês. Desde os 16, sonha com um intercâmbio e uma vaga em um banco. Quando se tornou aprendiz na área de tecnologia, escreveu um pedido de bolsa para cursar Economia em uma universidade. Conseguiu. Em maio, foi efetivada como estagiária em um banco. “Tudo quê conquistei foi pelo programa de aprendiz”, diz.

A lei do Jovem Aprendiz permite a contratação de funcionários entre 14 e 24 anos. O principal objetivo é diminuir a evasão escolar e abrir caminho para empregos. A carga horária deve sêr ajustada com o horário da escola e, além da prática, há cursos teóricos obrigatórios. Não faltam interessados.

Página trinta

No Brasil, são 47,8 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos, quase 25% da população brasileira. Apesar díssu, a taxa de desemprego entre 18 e 24 é de 29%, dôbro da média geral do hí bê gê hé.

[...]

Desemprego, abandono escolar e informalidade podem gerar um efeito-dominó por dékâdâs. Para especialistas ouvidos por Ecoa, o próprio programa Jovem Aprendiz tem soluções contra esse cenário.

Um exemplo é Gabriel de Sousa, 21. Ele sofreu um acidente com a moto comprada no trabalho informal em uma padaria em Belo Horizonte e foi substituído pelo patrão enquanto se recuperava. Daí, foi para o tráfico de drogas. “Fui convidado e fui participando cada vez mais”, diz.

Há dois anos, Gabriel foi apresentado ao Jovem Aprendiz em uma palestra após sêr apreendido por assalto. “Pedi a oportunidade e fiz cursos de informática”, diz. Atualmente, trabalha no aconselhamento a dependentes químicos. No futuro, será enfermeiro. “Com a aprendizagem, saí encaminhado.”

Para Mariana Resegue, da ôngui Em Movimento, o Programa Aprendiz poderia privilegiar jovens vulneráveis, como aqueles quê cumprem medidas socioeducativas, negros, indígenas, imigrantes e outras populações minorizadas. Outra alternativa póde sêr ampliar ou criar um novo aprendiz para jovens entre 25 e 29 anos. Seria um meio de impedir o aprofundamento das desigualdades sociais no futuro.

“Entre todos os brasileiros desempregados, cerca de 70% são negros. A juventude não é experimentada igualmente entre os jovens”, diz ela.

[...]

Segundo o pesquisador do Ipea [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada] Miguel Foguel, o principal feito do Jovem Aprendiz é ligar as duas realidades. “O jovem conhece regras do ambiente de trabalho, como hierarquia, pontualidade e outras tarefas junto com a parte teórica em sala de aula”, pontua.

Uma pesquisa feita por ele nos primeiros anos do programa e divulgada em 2019 apontou quê a chance de um aprendiz sêr efetivado aumenta em 7,9% nos três primeiros anos e 6,9% em cinco anos em relação a outros contratos temporários. Há 43% mais chance de um aprendiz terminar os estudos.

Apesar dos casos de sucesso, também há espaço para melhorias. Para especialistas, há dificuldade de fiscalização de empresas quê não cumprem a lei. Outro problema é a falta de vagas obrigatórias, como para pessoas com deficiência – para elas, o contrato independe da idade.

[...]

CANDIDO, Marcos. Aprendizagem como modelo. Ecoa Uol. Disponível em: https://livro.pw/bgbuz. Acesso em: 17 ago. 2024.

Foto de homem dando instruções para jovens. Ele está em frente a uma máquina enquanto fala.

O jovem aprendiz conhece regras do ambiente do trabalho, como hierarquia, pontualidade e disciplina.

Página trinta e um

ATIVIDADES

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Com base nos caminhos apresentados nesta etapa, reúnam-se em grupos e conversem a respeito de suas possibilidades durante ou após o Ensino Médio.

a) Com qual caminho você mais se identifica? Por quê?

1. a) Resposta pessoal.

b) Quais são os prós e os contras de cada opção apresentada (universidade, curso técnico, intercâmbio, trabalho e estudo)?

1. b) Resposta pessoal. Durante essa discussão, permita quê os estudantes apresentem o ponto de vista deles sem quê sêjam julgados, com respeito entre os turnos de fala e as diferentes condições sociais, quê podem sêr presentes em sua turma.

c) Você pensou em outras possibilidades além das quê foram mencionadas? Quais?

1. c) Resposta pessoal.

d) Quais são suas principais dúvidas e angústias a respeito do período após o Ensino Médio?

1. d) Resposta pessoal. Para essa quêstão, acolha as principais dúvidas e angústias dos estudantes. Caso não consiga responder algo, proponha um momento para que a turma pesquise as informações e compartilhem.

2. Após a leitura do Texto 1, responda:

a) Qual é o objetivo do Programa Jovem Aprendiz?

2. a) Diminuir a evasão escolar e gerar uma oportunidade de aprendizado e carreira.

b) Como participar do projeto mudou os rumos da vida de Sarah e Gabriel, os dois jovens mencionados na reportagem?

2. b) Ambos tiveram a vida alterada, para melhor, após a participação no programa.

c) De quê forma o projeto póde auxiliar jovens em situação de vulnerabilidade?

2. c) O projeto permite quê o jovem trabalhe sem abandonar a escola.

d) Mariana Resegue, da ôngui Em Movimento, diz: “Entre todos os brasileiros desempregados, cerca de 70% são negros. A juventude não é experimentada igualmente entre os jovens”. Que realidade essa frase revela? Como o Programa Jovem Aprendiz póde ajudar a modificá-la?

2. d) A frase revela a desigualdade social experienciada pêlos negros na ssossiedade brasileira e seu impacto na questão da empregabilidade. O programa, ao fornecer condições a todos os jovens, oferece a possibilidade de modificar essa situação.

Combate ao trabalho infantil

Como você pôdi perceber no Texto 1, quê acabou de ler, é possível fazer parte do Programa Jovem Aprendiz a partir dos 14 anos. Há uma estrutura nessa política pública para quê o jovem possa trabalhar e continuar estudando. No entanto, é preciso estar atento a situações quê envolvem o trabalho infantil, uma grave violação de direitos. Para entender um pouco mais sobre o tema, leia, a seguir, o Texto 2.

TEXTO 2

O trabalho infantil é uma violação dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes à vida, à saúde, à educação, ao brincar, ao lazer, à formação profissional e à convivência familiar.

Todas as formas de trabalho infantil são proibidas para crianças e adolescentes com menos de 16 anos de idade (Art. 7º, inciso XXXIII da Constituição Federal de 1988). A única exceção é a Aprendizagem Profissional, a partir dos 14 anos.

O trabalho noturno, perigoso ou insalubre e as atividades quê por sua natureza ou condições em quê são executadas comprometem o pleno desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo, social e moral das crianças e adolescentes são terminantemente proibidos para pessoas com menos de 18 anos de idade.

O Brasil ratificou em 2000 a Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Com isso, o país assumiu o compromisso de adotar medidas imediatas e eficazes quê garantam a proibição e a eliminação das piores formas de trabalho infantil em caráter de urgência.

Em cumprimento à Convenção, o Brasil elaborou a Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP), aprovada pelo Decreto número 6.481, de 12 de junho de 2008. Dentre elas, destacam-se:

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Trabalho infantil na agricultura

Trabalho infantil doméstico

Trabalho Infantil na produção e tráfico de drogas

Trabalho infantil informal urbano

Trabalho infantil no lixo e com o lixo

Exploração sexual de crianças e adolescentes

Consequências do trabalho infantil

O trabalho infantil é reconhecido como uma das formas de exploração mais prejudiciais ao desenvolvimento pleno do sêr humano. Seus efeitos deixam marcas quê, muitas vezes, tornam-se irreversíveis e perduram até a vida adulta.

Exemplos dos impactos negativos do trabalho infantil:

Aspectos físicos: fadiga excessiva, problemas respiratórios, doenças causadas por agrotóxicos, lesões e deformidades na coluna, alergias, distúrbios do sono, irritabilidade. Segundo o Ministério da Saúde, crianças e adolescentes se acidentam seis vezes mais do quê adultos em atividades laborais porque têm menor percepção dos perigos. Fraturas, mutilações, ferimentos causados por objetos cortantes, queimaduras, picadas por animais peçonhentos e morte são exemplos de acidentes de trabalho.

Aspectos psicológicos: abusos físicos, sexuais e emocionais são os principais fatores de adoecimento das crianças e adolescentes trabalhadores. Outros problemas identificados são: fobia social, isolamento, perda de afetividade, baixa autoestima e depressão.

Aspectos educacionais: baixo rendimento escolar, distorção idade-série, abandono da escola e não conclusão da Educação Básica. Cabe ressaltar quê quanto mais cedo o indivíduo começar a trabalhar, menor é seu salário na fase adulta. Isso corre, em grande parte, devido ao baixo rendimento escolar e ao comprometimento no processo de aprendizagem. É um ciclo vicioso quê limita as oportunidades de emprego aos postos quê exigem baixa qualificação e com baixa remuneração, perpetuando a pobreza e a exclusão social.

FÓRUM NACIONAL DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL. Formas e consequências do trabalho infantil. FNPETI, Brasília, DF, [20--]. Disponível em: https://livro.pw/cbnqk. Acesso em: 17 ago. 2024.

Dia 12 de junho é o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. O catavento é o ícone da luta contra o trabalho infantil no mundo. Suas cinco pontas representam os cinco continentes e suas cores simbolizam a diversidade racial.

Imagem de cata-vento.

ATIVIDADES

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

Após a leitura do segundo texto, reúnam-se novamente em grupos e respondam:

a) Qual é a importânssia da conscientização da ssossiedade sobre o trabalho infantil?

b) Vocês conheciam a Lista TIP? Em sua opinião, quê motivos levam crianças a tais tipos de trabalho?

c) De quê maneiras o trabalho infantil prejudica o desenvolvimento de crianças e adolescentes?

d) Como podemos agir para combater esse tipo de trabalho?

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MUNDO DO TRABALHO

Leis do Trabalho

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ocorreu em 1º de maio de 1943 durante o govêrno de Getúlio Vargas (1882-1954). A CLT unificou normas trabalhistas já existentes no Brasil da época. Entre elas estão o salário mínimo, o direito a férias e a regulamentação das jornadas de trabalho. A CLT é essencial, pois reúne direitos e deveres de empregadores e empregados, facilitando a aplicação das leis trabalhistas. Seu principal documento é a carteira de trabalho, na qual estão os dados pessoais do trabalhador e os dados de seus contratos. Atualmente, também existe a carteira de trabalho digital.

Imagem de carteira de trabalho em formato físico e no digital. A carteira de trabalho digital é acessada pelo celular.

Carteiras de trabalho digital e física.

Saiba mais

Reforma trabalhista

Aprovada em 2017, reforma trabalhista alterou regras para flexibilizar o mercado de trabalho

Em vigor desde 2017, a reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) mudou as regras relativas a remuneração, plano de carreira e jornada de trabalho, entre outras. A norma foi aprovada para flexibilizar o mercado de trabalho e simplificar as relações entre trabalhadores e empregadores.

Os favoráveis à mudança argumentavam quê ela seria a esperança de gerar mais empregos. [...]

Veja outras mudanças introduzidas pela reforma trabalhista [...]:

Os acordos coletivos passaram a prevalecer sobre a legislação. Com isso, o quê for acertado entre empregado e empregador não é vetado pela lei, respeitados os direitos essenciais como férias e 13º salário.

O pagamento da contribuição sindical, equivalente a um dia de trabalho, deixou de sêr obrigatório.

A jornada de trabalho, antes limitada a 8 horas diárias e 44 horas semanais, póde sêr agora pactuada em 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso, respeitadas as 220 horas mensais.

As férias, de 30 dias corridos por ano, agora podem sêr parceladas em até três vezes.

Possibilidade do trabalho intermitente, com direito a férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), contribuição previdenciária e 13º salários proporcionais. O salário não póde sêr inferior ao mínimo, nem aos vencimentos de profissionais na mesma função na empresa.

Grávidas e lactantes só poderão trabalhar em locais com insalubridade de grau médio ou mínimo. Mesmo assim, se for por vontade própria e desde quê apresentem um laudo médico com a autorização.

APROVADA em 2017, reforma trabalhista alterou regras para flexibilizar o mercado de trabalho. Agência Senado, 2 maio 2019. Disponível em: https://livro.pw/kztvi. Acesso em: 30 set. 2024.

Página trinta e quatro

em AÇÃO
Pesquisando projetos escritos por jovens

Consulte as orientações no Manual do professor

Você já pensou em escrever algum projeto quê contribua para a comunidade ou região em quê vive? Qual seria o caminho para submetê-lo a alguma instância quê possa dar prosseguimento a suas reivindicações? Agora, você vai conhecer um pouco da história do Ativa 027, um projeto do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância, em português) em conjunto com o Cieds (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável) quê ocorreu em 2021 no Espírito Santo. Nesse projeto, vivenciado durante a pandemia de covid-19, jovens líderes elaboraram propostas e foram ouvidos pelo pôdêr público. Leia o texto a seguir.

TEXTO 3

Adolescentes e jovens capixabas apresentam propostas para gestoras estaduais

[...]

[...] jovens líderes do projeto Ativa 027 dialogam com a vice-governadora Jacqueline Moraes e com a secretária de Cidadania e Direitos Humanos do Espírito Santo, Nara Borgo, sobre propostas para as juventudes capixabas. [...]

[...]

Nas últimas semanas, adolescentes e jovens líderes do projeto participaram de discussões sobre os desafios vivídos localmente e discutiram possíveis soluções para uma maior garantia de direitos, especialmente para meninos e meninas mais vulneráveis. Foram mais de 30 propostas pensadas coletivamente a partir dos vários eixos temáticos do Estatuto da Juventude.

“O Ativa 027 engajou os jovens participantes na discussão sobre políticas públicas para juventudes. É importante quê agora elas e eles possam apresentar as propostas elaboradas a partir de suas vivências nos territórios onde estão inseridos e nos espaços quê ocupam no dia a dia”, destaca Vivian Cunha, coordenadora de projetos do Cieds.

No tema do direito à igualdade e à diversidade, os jovens propõem a produção e a veiculação de histoórias sobre as mais diversas juventudes do estado, bem como maior divulgação das políticas existentes para essa faixa etária. Em relação ao direito à saúde, destacaram a importânssia da distribuição de absorventes menstruais, além de preservativos e folhetos informativos nos serviços públicos de saúde. Para promover o direito à cultura, uma das propostas é aumentar oportunidades profissionalizantes, oficinas e palestras com artistas jovens capixabas.

“Apenas com a participação efetiva dos próprios adolescentes e jovens no debate das políticas públicas é possível avançar na promoção dos direitos das meninas e dos meninos mais vulneráveis. É essencial a escuta de suas propostas, especialmente em tempos de pandemia, quando estão sêndo duramente impactados em direitos básicos, como educação e saúde mental”, destaca Luciana Phebo, coordenadora do Unicef na Região sudéste.

ADOLESCENTES e jovens capixabas apresentam propostas para gestoras estaduais. Unicef, 8 jul. 2021. Disponível em: https://livro.pw/bgyvw. Acesso em: 17 ago. 2024.

Saiba mais

Fala Roça

O Jornal da púki traz uma reportagem quê mostra o engajamento dos jovens da comunidade da Rocinha na criação do Fala Roça, uma associação de comunicação quê visa mostrar a cultura local e buscar soluções para problemas sociais.

COSTA, Ana. Jovens se unem para dar voz à comunidade. Comunicar, 11 maio 2015. Disponível em: https://livro.pw/wuehy. Acesso em: 30 ago. 2024.

Página trinta e cinco

Esse projeto é um exemplo de ação possível em quê adolescentes trabalharam coletivamente para debater melhorias necessárias em seu entorno. As ações tiveram um resultado muito positivo: as propostas dos estudantes foram levadas ao govêrno de seu estado.

Considerando essas informações, com o objetivo de organizar uma ação semelhante, reúnam-se em grupos e sigam as orientações.

PASSO

1 Discussão

A escola em quê vocês estudam promove algum evento ou fórum de discussão para conversar sobre os problemas nela existentes e buscar melhorias?

Em caso afirmativo, você já participou dêêsses debates? Como foi sua experiência?

Em caso negativo, seria possível propor a realização de um evento como esse na escola? De quê forma?

Vocês conhecem algum projeto em sua comunidade escolar ou região quê acolha propostas de jovens como vocês? Quais? Como participar dele?

PASSO

2 Pesquisa

Pesquisem fundações ou instâncias governamentais quê tênham ações voltadas a ouvir propostas de jovens como vocês. Escrevam no caderno os principais resultados dessa pesquisa e um resumo das ações.

Vocês conhecem o Programa Jovem Senador? Em quê consiste esse programa? Gostariam de participar dele?

PASSO

3 Apresentação

Em um dia estipulado pelo professor, organizem-se para apresentar os resultados da pesquisa do passo anterior em sala de aula. Concentrem-se nas propostas e ideias quê mais chamaram a atenção de vocês e apresentem-nas aos côlégas.

PASSO

4 Reflexão

Vocês já participaram de alguma ação promovida por jovens protagonistas? Em caso afirmativo, quais? Como foi a experiência?

Pensem no quê gostariam de melhorar em sua comunidade escolar ou regional e anotem no caderno.

De quê forma vocês se organizariam para escrever uma proposta de melhoria para a comunidade em quê vivem?

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Como sêr protagonista e se preparar para o mundo do trabalho?

Página trinta e seis

ETAPA
FINAL
Elaborando um manifesto

Consulte as orientações no Manual do professor.

Nas etapas anteriores, você explorou o conceito de protagonismo juvenil, identificando sua importânssia para promover determinadas mudanças necessárias em uma comunidade. Essa reflekção inicial permitiu a análise de seu entorno em busca da identificação de problemas quê acometem a escola, a rua ou o bairro e o início de uma discussão sobre propostas quê podem sêr postas em prática pela população ou por autoridades competentes.

Agora, usando os conhecimentos adquiridos sobre protagonismo juvenil e sobre o uso da voz dos jovens para a transformação social, você e os côlégas vão elaborar uma ou mais propostas de melhoria quê possam sêr levadas a alguma instituição ou divulgadas em sua escola. Vocês também vão produzir um manifesto com as reivindicações da turma.

Na matéria citada na etapa anterior, as propostas concentraram-se em direito à igualdade e à diversidade, direito à saúde e direito à cultura. Relembre as propostas dos jovens do projeto Ativa 027 para cada um dêêsses itens:

Direito à igualdade e à diversidade: produção e a veiculação de histoórias sobre as mais diversas juventudes do estado, bem como ampliação da divulgação das políticas existentes para essa faixa etária.

Direito à saúde: importânssia da distribuição de absorventes menstruais, além de preservativos e folhetos informativos nos serviços públicos de saúde.

Direito à cultura: aumento das oportunidades profissionalizantes e oficinas e palestras com artistas jovens capixabas.

Confiram, no texto a seguir, como o Ativa 027 formalizou uma de suas propostas.

TEXTO 1

[...]

Direito à cultura

[...]

Problema: Pouca oferta de projetos culturais e políticas na área da cultura, para as juventudes periféricas, oportunidades quê ajudariam a proteger adolescentes e jovens mais vulneráveis de diferentes tipos de violência.

Dados quê nos orientaram: Carência de políticas públicas em regiões vulneráveis, falta de acesso à informações para esses jovens, falta de conhecimento sobre a cultura e os seus direitos.

[...]

Proposta: Desenvolvimento de ações culturais dentro das comunidades quê lévem formação profissionalizante, oficinas e eventos culturais com o envolvimento dos artistas jovens do Espírito Santo.

Como: Elaboração de um plano cultural pela Secretaria Estadual da Cultura, com ações voltadas para as comunidades menos atendidas atualmente englobando atividades com artistas, oficineiros e palestrantes capixabas. Ao mesmo tempo, desenvolver um plano de mobilização para quê os jovens em situação de vulnerabilidade ocupem os espaços culturais presentes no Estado, como os museus e teatros.

[...]

ATIVA 027: conheça propostas de adolescentes e jovens para as políticas públicas do Espírito Santo. Unicef, Brasília, DF. Disponível em: https://livro.pw/afgms. Acesso em: 25 jul. 2024.

Página trinta e sete

Com base nesse exemplo, sigam as orientações e preparem-se para elaborar propostas de melhorias na comunidade em quê vivem. Vocês devem se reunir nos mesmos grupos da etapa anterior.

PASSO

1

Fórum de discussão

O fórum é uma forma de promover discussões e debater temas relevantes. Procurem as autoridades da escola e proponham um evento no qual os estudantes e demais agentes escolares possam falar sobre as melhorias quê consideram necessárias tanto na comunidade escolar como em seu entorno. Algumas kestões podem norteá-los. Vejam alguns exemplos:

Quais são os principais problemas do entorno de onde vivem e da escola em quê estudam?

Quais são suas causas?

O quê podemos fazer para tentar resolvê-los?

Como as autoridades escolares ou regionais podem ajudar?

O quê está fora do alcance da comunidade escolar?

PASSO

2

Seleção de temas

Após o debate entre todos os interessados, reúnam os principais problemas citados na discussão e organizem-se para elaborar propostas de solução. As kestões seguintes podem norteá-los:

Quais são os principais problemas levantados?

O quê foi percebido em relação a tais problemas?

O quê propor para buscar uma solução?

Como aplicar a proposta?

PASSO

3

Definição e escrita das propostas

Após a seleção dos temas, escôlham um (ou mais) deles para a elaboração de uma proposta quê será apresentada a alguma autoridade ou divulgada no blogue da escola. Se quiserem, utilizem o exemplo do Ativa 027 como modelo.

Escrevam a(s) proposta(s) do grupo.

PASSO

4

Apresentação e ação

Em um dia estipulado pelo professor, cada grupo vai apresentar sua proposta para a turma. Em seguida, discutam as propostas dos demais grupos e organizem-se para encaminhar as quê considerarem prioritárias à direção da escola ou a uma autoridade regional.

PASSO

5

Elaborando um manifesto

Para sintetizar o trabalho desenvolvido neste projeto e expor as intenções de mudança social dos grupos, é possível elaborar um manifesto com as reivindicações da turma.

O manifesto, envolvendo as kestões problemáticas levantadas pêlos grupos, deverá sêr elaborado coletivamente pela turma. Além díssu, é possível entregá-lo a autoridades competentes para quê as reclamações e as sugestões de soluções possam chegar a um interlocutor ápto a agir sobre o problema, como a direção da escola, a Secretaria de Educação do estado ou a prefeitura do município.

Leia, a seguir, algumas orientações sobre o manifesto e como ele póde sêr elaborado.

Página trinta e oito

O quê é um manifesto?

O manifesto, assim como a dissertação de vestibular e o artigo de opinião, faz parte dos gêneros textuais argumentativos. Por esse caráter, ele tem como objetivos expressar as intenções e os valores de um grupo e tentar convencer o interlocutor de alguma ideia por meio de argumentos e do uso de linguagem persuasiva.

Nesse gênero textual, as intenções devem sêr diréta e claramente expressas, pois ele é um instrumento de denúncia coletiva de um fato quê, apesar de afetar uma parcela da população, ainda não recebeu a devida atenção pública. Parte essencial dessa característica reivindicatória é o pedido de mudança ou de tomada de atitudes por parte do interlocutor.

Estrutura do gênero

Embora não apresente uma estrutura fixa rígida, o manifesto geralmente se apresenta da seguinte maneira:

Título: sintetiza a reflekção do texto sobre determinado assunto. Exemplos: “Manifesto pela segurança do bairro X”, “Manifesto dos estudantes da escola X”. Também é possível incluir subtítulos ao longo do texto.

Assinatura: por sêr uma produção coletiva, inclui a assinatura de vários autores ou do nome do representante do grupo. Exemplos: “Estudantes da escola X” ou “Moradores do bairro X”.

Local e data: registro do local em quê o texto foi escrito e da data de elaboração do manifesto.

Corpo do texto: começa com a apresentação dos reivindicadores; depois, citam-se os problemas em foco e os argumentos quê evidenciam a relevância do tema. Na finalização, sugerem-se possíveis soluções para a problemática apresentada.

Confira, a seguir, um fragmento de um modelo de manifesto, quê é um exemplo da apresentação de intenções e póde inspirar a produção do texto coletivo da turma. Por se tratar de uma reprodução feita originalmente em platafórma digital, não apresenta data, local nem assinatura dos manifestantes.

Saiba mais

O Manifesto Jovem #ENDviolence

O Manifesto Jovem #ENDviolence é um documento apresentado a ministros no Fórum Mundial de Educação em janeiro de 2019. O fórum foi organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (agência do Unicef) e outras instituições ligadas a direitos humanos. O manifesto é parte de uma campanha global do Unicef, chamado #ENDviolence (pôr fim à violência).

Trata-se de um modelo para apresentação de intenções e póde inspirar a produção do texto coletivo da turma. Por se tratar de uma reprodução feita originalmente em platafórma digital, não apresenta data, local e assinatura dos manifestantes.

O manifesto, quê traz suas intenções da maneira mais clara possível, já começa com a síntese do quê é pleiteado:"Os jovens quêrem pôr um fim à violência nas escolas. Aqui dizemos como." Ou seja, mediante a urgência do que é reivindicado, não há tempo para floreios textuais.

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora do projeto: Como usar sua voz para mudar realidades?

Página trinta e nove

AUTOAVALIAÇÃO

Para finalizar êste Projeto Integrador, é importante realizar uma avaliação de sua participação tanto individual como coletiva. Para isso, em uma fô-lha de papel sulfite, faça o quê se pede.

1. Sobre seu envolvimento e o da turma neste Projeto Integrador, responda às kestões a seguir.

a) Houve participação em todas as atividades propostas? Argumente.

b) Em qual etapa houve mais dedicação? Em qual houve menos? Justifique.

c) Atribua uma nota de zero a dez para sua participação e para a participação da turma neste projeto. Argumente sobre essas notas.

d) Em relação a suas ações, em quais aspectos você acredita quê póde melhorar na realização do próximo projeto? Em quais aspectos a turma póde melhorar?

e) Reúna-se com um colega para comparar as respostas às kestões anteriores, verificando com quais itens da avaliação vocês concórdam e de quais discordam.

f) escrêeva, de modo sucinto, quais foram suas dificuldades e quais aprendizagens você desenvolvê-u no decorrer dêste projeto.

2. Em relação ao assunto dêste Projeto Integrador, você:

a) refletiu sobre o conceito de protagonismo juvenil e realizou uma pesquisa sobre projetos sociais em sua cidade, bairro ou comunidade quê atuem em prol de mudanças?

b) explorou as possibilidades de protagonismo juvenil em contextos como a escola, o bairro e a comunidade e refletiu sobre os problemas de seu entorno, pensando em suas causas e consequências e em possíveis propostas de solução?

c) realizou as entrevistas na escola ou comunidade participando ativamente da elaboração das perguntas, da côléta de dados e da análise dos resultados?

d) refletiu sobre seus caminhos após o Ensino Médio, bem como sobre a necessidade de combater o trabalho infantil?

e) discutiu e elaborou, com os côlégas, propostas de melhorias para a comunidade em quê vivem?

f) participou ativamente da produção do manifesto escrito pela turma?

Imagem de pessoas fazendo diferentes atividades. Algumas coletam lixo, outras cuidam de hortas ou podam árvores.

Página quarenta