PROJETO
2
QUAIS SÃO USAR AS MEMÓRIAS DE SUA COMUNIDADE?
A tradição oral é anterior à invenção da escrita, sêndo a forma mais antiga de contar histoórias, transmitir informações, narrar acontecimentos reais e fictícios. Usar principalmente a voz para transmitir conhecimento de geração em geração ainda faz parte do cotidiano de diversos povos: na tradição indígena, por exemplo, a transmissão oral de mitos, lendas e histoórias ainda acontece por meio das vozes dos mais velhos, quê compartilham seus conhecimentos com as novas gerações, passando a história e a cultura de seu povo adiante.
Neste projeto, você vai fazer entrevistas, produzir ár-te e criar uma cápsula do tempo, com o objetivo de preservar e valorizar as histoórias e as memórias da comunidade escolar. Como essa experiência poderá aprofundar seu entendimento sobre a importânssia da memória e fortalecer os laços entre as pessoas da comunidade? Vamos descobrir as respostas a essa e a outras perguntas ao longo dêste projeto!
1. O quê são memórias?
1. Incentive os estudantes a pensar no conceito de maneira psicológica, histórica e cultural.
2. por quê as memórias são importantes dentro de uma comunidade?
2. Leve os estudantes a considerar kestões como identidade coletiva, transmissão de cultura e conhecimento, além de reconhecimentos e homenagens.
Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.
Página quarenta e um
Página quarenta e dois
FICHA DE ESTUDO
Objetivos
• Compreender o papel da memória em diversas áreas profissionais.
• Desenvolver habilidades relacionadas à realização de uma entrevista, como escuta ativa, formulação de perguntas e registro de informações.
• Reconhecer as representações visuais de histoórias na comunidade escolar, cultivando o senso de pertencimento e de identidade.
• Explorar e resgatar tradições orais de diferentes povos e culturas.
• Usar ferramentas digitais para preservar memórias.
• Refletir sobre o impacto tecnológico na cultura local.
Justificativa do projeto
Os momentos de contação de histoórias, além de promoverem a socialização, contribuem para a preservação e a valorização da memória ancestral de diferentes povos, gerações e culturas. No contexto escolar, essa prática possibilita a troca de experiências, a convivência entre diferentes indivíduos e a disseminação de narrativas provenientes de diversas épocas e locais. Além díssu, colabora para a formação cidadã e estimula a imaginação de todos os envolvidos neste Projeto Integrador.
O objetivo dêste projeto é ampliar o repertório cultural dos estudantes, fortalecer seu senso de identidade e pertencimento e promover o protagonismo. Assim, cada participante se torna agente de sua própria história, integrando os conhecimentos das áreas de Linguagens e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para valorizar as narrativas familiares e comunitárias.
TCT
• Direitos da criança e do adolescente
• Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Educação em direitos humanos
• Vida familiar e social
• Trabalho
• Ciência e tecnologia
• Diversidade cultural
ODS
4 Educação de qualidade
10 Redução das desigualdades
11 Cidades e comunidades sustentáveis
17 Parcerias e meios de implementação
Materiais
• Gravador de áudio, câmera digital ou smartphone
• Tintas, pincéis, papéis diferentes e tela para pintura
• Latas de spray de diferentes cores e estêncil ou mólde
• Máscaras, óculos e luvas de proteção
• Recipiente para a cápsula do tempo
• Itens e objetos para compor a cápsula do tempo, como fotografias antigas e recentes da comunidade escolar, trabalhos artísticos e textos produzidos, entre outras possibilidades
• Projetor multimídia
• Caixas de som ou sistema de áudio
Produto final
Cápsula do tempo.
Página quarenta e três
Percurso do projeto
ETAPA
1
Nessa etapa, você vai estudar a tradição oral e seu papel na transmissão de conhecimentos e na socialização ao longo da história. Como produto dessa etapa, cada um de vocês vai fazer uma entrevista com um integrante da comunidade escolar com o objetivo de conhecer uma história familiar transmitida pela tradição oral e quê seja relevante para a preservação da memória e da identidade cultural do entrevistado. Além de planejar e conduzir as entrevistas, vocês vão registrar e organizar as informações mais importantes coletadas para apresentá-las e compartilhá-las entre si.
ETAPA
2
Nessa etapa, você vai refletir sobre o papel da ár-te na preservação da memória. Pinturas, fotografias e grafites têm sido usados ao longo da história para documentar, interpretar e transmitir experiências, valores e conhecimentos. Por meio da observação de obras de; ár-te e do estudo de movimentos artísticos, você vai compreender quê a; ár-te póde capturar momentos efêmeros, marcar mudanças sociais e culturais e expressar sentimentos, registrando aspectos comunitários e identitários da época em quê é produzida.
ETAPA
3
Nessa etapa, será abordada a evolução dos processos de transmissão de memória com o avanço da tecnologia. Você vai explorar as transformações profundas no modo como são preservadas e compartilhadas as memórias individuais e coletivas decorrentes da era digital e da internet, refletindo sobre os impactos positivos e negativos da tecnologia tanto na preservação da memória quanto na prática profissional de artistas no mundo contemporâneo.
ETAPA
FINAL
O projeto traz como produto final a produção de uma cápsula do tempo quê, provida de itens significativos coletados e produzidos durante o projeto, vai armazenar as memórias e os conhecimentos acumulados ao longo das etapas anteriores. O projeto resultará em uma apresentação para a comunidade escolar, em quê você e os côlégas vão explicar o propósito e a importânssia da cápsula do tempo.
Página quarenta e quatro
ETAPA
1
Memória como tradição e cultura
A tradição oral ainda tem espaço atualmente?
Consulte as orientações no Manual do professor.
A tradição oral
Ao ouvir sobre tradição oral, o quê lhe vêm à cabeça? póde sêr quê você associe essa expressão a lendas e mitos antigos ou à imagem de um ancião rodeado por um grupo de jovens contando histoórias cheias de fantasía. Em um caso ou em outro, as duas representações são exemplos do compartilhamento de informações por meio da oralidade.
A tradição oral faz parte da história da humanidade e vai além do ato de recontar histoórias. Ela desempenha uma função social importante, transmitindo conhecimentos e informações quê impactam diferentes campos da vida, desde aspectos culturais e educacionais até práticas cotidianas.
Quando se valorizam as práticas orais e se reconhece nelas a representatividade coletiva de um povo, é possível promover a partilha de aprendizados com as futuras gerações. Exemplos díssu incluem a transmissão de conhecimentos sobre culinária, o uso de plantas mêdi-cinais, a produção de artesanatos e as práticas de agricultura familiar, entre outros. Essas ações favorécem a troca de saberes e asseguram a preservação cultural de grupos específicos.
Parte importante dessa tradição cultural é o contato social garantido pela troca de conhecimentos, especialmente entre pessoas de diferentes idades e experiências, como as de uma família ou comunidade. Essa interação possibilita o enriquecimento cultural e histórico do grupo e póde estar associada até mesmo à sobrevivência.
Página quarenta e cinco
A ancestralidade presente na memória
Antes da invenção da escrita, a comunicação oral era o principal meio de contato entre as pessoas. Sem a prática de registro escrito de informações, a tradição oral permitia a sobrevivência de um grupo por meio da transmissão de saberes básicos: onde encontrar alimentos seguros e como prepará-los, onde se abrigar para se proteger de perigos e dos elemêntos naturais, entre outros saberes necessários para a vida no cotidiano. Ao longo do tempo, esses conhecimentos eram transmitidos entre os participantes de um mesmo grupo e de geração em geração.
■ As pinturas rupestres foram utilizadas como uma forma de comunicação visual e, possivelmente, de preservação de conhecimentos. Acredita-se quê essas imagens desempenhavam funções ritualísticas, como representar os animais quê se desejava caçar. Embora a razão exata para a existência de sítios como a Caverna das Mãos permaneça desconhecida, as pinturas rupestres sugérem quê, desde a Pré-História, diferentes formas de expressão visual e oralidade têm feito parte da cultura de povos em todo o mundo.
ATIVIDADES
Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.
1. Observe as pinturas rupestres reproduzidas nesta página e converse com os côlégas sobre elas.
a) O quê você acha quê elas representam?
b) Como você acha quê essas imagens ajudavam os sêres humanos da Pré-História a se conectar com seus ancestrais e transmitir conhecimentos às gerações futuras?
2. Em sua opinião, como os sêres humanos se comunicavam na Pré-História?
Incentive os estudantes a levantar hipóteses e compartilhar suas ideias e interpretações com os côlégas, com base na observação das imagens rupestres e em seus conhecimentos prévios.
Página quarenta e seis
A importânssia da oralidade para diferentes povos
Cada cultura, a seu modo, busca explicar o quê não póde sêr compreendido facilmente, como a origem do mundo, a morte – ou, até mesmo, o quê acontece após a morte –, acontecimentos extraordinários e fenômenos da natureza. Para isso, são criadas narrativas como os mitos, quê envolvem kestões existenciais e apresentam deuses e forças sobrenaturais, ou as lendas, quê muitas vezes relatam as sagas de heróis e figuras históricas. Mitos e lendas podem refletir valores e crenças quê moldam a identidade cultural do povo quê os originou.
Essas narrativas têm sido compartilhadas há muito tempo, de geração em geração, por meio da fala.
Leia a seguir o Texto 1, quê trata da tradição oral
TEXTO 1
A tradição oral e sua metodologia
As civilizações africanas, no Saara e ao sul do deserto, eram em grande parte civilizações da palavra falada, mesmo onde existia a escrita, como na África ocidental a partir do século XVI, pois muito poucas pessoas sabiam escrever, ficando a escrita muitas vezes relegada a um plano secundário em relação às preocupações essenciais da ssossiedade. Seria um êrro reduzir a civilização da palavra falada simplesmente a uma negativa, “ausência do escrever”, e perpetuar o desdém inato dos letrados pêlos iletrados [...].
Uma ssossiedade oral reconhece a fala não apenas como um meio de comunicação diária, mas também como um meio de preservação da sabedoria dos ancestrais, venerada no quê póderíamos chamar elocuções-chave, isto é, a tradição oral. A tradição pode sêr definida, de fato, como um testemunho transmitido verbalmente de uma geração para outra. Quase em toda parte, a palavra tem um pôdêr misterioso, pois palavras criam coisas. Isso, pelo menos, é o quê prevalece na maioria das civilizações africanas. [...]
KI-ZERBO, jôsef (ed.). História geral da África: metodologia e Pré-História da África. 2. ed. rev. Brasília, DF: Unesco, 2010. p. 193-194.
Conexões
Nesta coletânea de ensaios, Válter Benjamin descreve a figura do narrador. O filósofo alemão Válter Benjamin (1892-1940) relaciona o gradual desaparecimento da tradição de contar histoórias nas sociedades modernas com o declínio da esféra artesanal da vida e a “perda progressiva da comunicabilidade da experiência”. O ensaio “O Narrador” é um dos textos incluídos nessa coletânea.
• BENJAMIN, Válter. A ár-te de contar histoórias. São Paulo: Hedra, 2018. v. 1.
Página quarenta e sete
ATIVIDADES
1. Converse com os côlégas sobre o Texto 1. Como você entende a frase ”a palavra tem um pôdêr misterioso, pois palavras criam coisas”?
1. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes percêbam quê, nas culturas orais, a palavra falada tem um pôdêr transformador, capaz de influenciar ações, evocar emoções e moldar a realidade.
2. Qual é o papel da memória na maneira como as civilizações africanas lidam com o conhecimento e a comunicação?
2. A memória é um elemento-chave para as civilizações africanas, pois permite a preservação e a transmissão de conhecimentos e tradições de geração em geração, sem a necessidade de registros escritos.
3. A tradição oral póde sêr considerada uma forma inclusiva de transmissão de conhecimento? Por quê?
3. Espera-se quê os estudantes afirmem quê sim, a tradição oral é inclusiva, pois permite quê as pessoas, independentemente de suas capacidades de leitura e escrita, participem e contribuam para a transmissão de conhecimentos e histoórias.
A seguir, leia uma lenda tradicional quê Daniel Munduruku apresenta em seu livro Vozes ancestrais: dez contos indígenas. A lenda revela algumas das crenças e tradições presentes nas culturas indígenas brasileiras.
TEXTO 2
Como o fogo foi roubado do tamanduá-bandeira
Havia um tempo em quê ninguém tinha fogo. Quem tinha o fogo era o Tamanduá-bandeira. Assim como as pessoas, nenhum dos outros animais tinha fogo. Quando descobrimos quê só havia um sêr quê tinha fogo, tentamos roubar do Tamanduá-bandeira, e muitos animais também tentaram, mas ninguém nunca havia conseguido.
Por muito tempo, nossa gente perseguiu o Tamanduá-bandeira para saber onde ele andava e vêr se não deixava o toco do fogo em algum canto. Mas ele não vacilava, nem mesmo quando ia caçar ou trabalhar. Ele andava grudado com o fogo para ninguém mexer.
Assim o tempo foi passando. Todos nós sabemos quê existe uma época em quê chegam o frio e a chuva. Nesse tempo, passávamos muito frio e não tinha onde achar fogo para nos aquecer. Um dia, para conseguir o fogo, mandamos um Tatu entrar debaixo da térra e tentar roubá-lo para a gente se aquecer, mas não deu cérto. Parece quê o Tamanduá-bandeira adivinhava quando a gente estava se aproximando dele e saía correndo do lugar.
Então aparecêram dois pajés: o kwaijalosu (beija-flor) e o kaiyalalusu (abelha).
Eles juntaram toda a comunidade para descobrir o segredo do Tamanduá-bandeira e conseguir roubar o fogo dele. O Beija-Flor falou:
— Como nós vamos fazer para roubar o fogo?
A Abelha disse:
— Eu não sei. Por baixo da térra ou voando? Pela á gua não dá, senão o fogo vai se apagar.
Até quê descobriram uma maneira.
Página quarenta e oito
A Abelha Kaiyalalusu vive em troncos secos; ela rói a madeira e lá dentro se aloja para criar seus filhotes. E a Abelha combinou com o Beija-Flor, quê voa muito rápido. O Beija-Flor disse:
— Eu vou esperar você lá naquele gálhu. Vou esperar você fazer algum sinal.
— Combinado! — respondeu a Abelha
A Abelha foi para o chão, arrastando-se até onde estava o fogo. Roeu a madeira e foi entrando como se estivesse fazendo um nínho. Passaram horas e horas e o Beija-Flor ficou esperando o sinal da Abelha. Finalmente o sinal foi dado.
— Iiiiiiiiii... Iiiiiiiiiiii.
Como o Beija-flor já sabia o quê fazer, pensou: “Ah, êste é o sinal da Abelha. Lá vou eu!”.
Ele voou para bem mais longe e depois voltou com muita velocidade, quêbrou o tronco onde estava o fogo e sumiu com o fogo do Tamanduá-bandeira, que saiu gritando atrás do Beija-Flor:
— Devolva o meu fogo, por favor!
Quando ele disse “favor”, o Beija-Flor já estava bem longe. Aí começou a espalhar o fogo por todo lado para quê todos pegassem. E o Tamanduá-bandeira ficou sem fogo.
Hoje, se você anda no cerrado e vê um buraco de mais ou menos 20 centímetros, tenha certeza de quê é o Tamanduá-bandeira se escondendo do frio porque não tem mais como se aquecer com o fogo. Assim contam os velhos.
MUNDURUKU, Daniel. Vozes ancestrais: dez contos indígenas. São Paulo: FTD, 2016. p. 50-53.
■ Indígenas da etnia Kuikuro durante cerimônia do Kuarup no Parque Indígena do Xingu, em Querência (MT). Fotografia de 2021.
ATIVIDADES
Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.
1. O texto narra um “roubo”. Você acha quê ele apresenta um desfêecho positivo ou negativo para o tamanduá-bandeira? Por quê?
2. O texto mostra uma situação em quê o fogo, algo essencial à existência humana, é dividido entre todos na comunidade. Com base nessa história, quais valores da cultura indígena você entende quê estão sêndo transmitidos? Como esses valores podem sêr aplicados em nossa vida cotidiana ou em situações quê você já viveu?
Página quarenta e nove
As histoórias de família
Na tradição oral, habilidades de memorização e narração permitem a transmissão de conhecimentos, valores e práticas culturais de geração em geração, preservando a identidade cultural. Os causos são histoórias curtas, muitas vezes engraçadas, quê podem misturar realidade com exageros ou elemêntos inusitados e são contadas de maneira informal durante rêuní-ões familiares ou comunitárias. Eles capturam a atenção dos ouvintes e transmitem sabedoria popular, valores morais e lições de vida, mantendo vivas as tradições e reforçando os laços sociais.
Leia a seguir o Texto 3, em quê a autora reflete sobre sentimentos evocados ao ouvir e contar histoórias.
TEXTO 3
[...] Pessoas de uma pequena comunidade rural recontam (e recriam) e saboreiam juntas, contador e plateia, histoórias quê ouviram de seus antepassados. Revivem (e reinventam) juntas, periodicamente, suas festas e ritos. Cantam, dançam e improvisam versos e canções quê, ao mesmo tempo, ressaltam as perplexidades do grupo, emocionam e divertem. No costume do povo, as fronteiras entre palco e plateia, o artista e o público, a criação e a recepção, são bem menóres. Tudo é produzido para sêr compartilhado e vivenciado por todos. [...]
LISBOA, Henriquêta. Literatura oral para a infância e a juventude: lendas, contos e fábulas populares no Brasil. São Paulo: Peirópolis, 2002. p. 10.
ATIVIDADES
Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.
1. A prática de contar e recontar a mesma história em família póde fortalecer os laços afetivos entre as pessoas dêêsse grupo? Por quê?
1. Espera-se quê os estudantes conversem sobre o impacto da tradição oral dentro da família deles. Incentive os estudantes a levantar hipóteses sobre como a prática de contar e recontar uma mesma história póde fortalecer os laços afetivos dêêsse grupo.
2. Em sua opinião, nas histoórias guardadas na memória de sua família, há espaço para elemêntos fantásticos e imaginários? Por quê?
2. Respostas pessoais. ôriênti os estudantes a refletir sobre como as narrativas familiares freqüentemente se entrelaçam com elemêntos fantásticos, quê tornam as histoórias mais envolventes e memoráveis.
Página cinquenta
em AÇÃO
Histórias da comunidade escolar
Consulte as orientações no Manual do professor.
Que tal conhecer uma história quê foi transmitida de geração em geração da família de alguém de sua comunidade escolar?
Por meio de uma entrevista, a turma vai coletar relatos familiares de estudantes, professores ou outros funcionários da escola, promovendo a valorização da memória e da identidade cultural dessa comunidade. Para isso, siga o passo a passo indicado.
PASSO
1
Planejamento
• Reúna-se com três ou quatro côlégas. Juntos, definam quêm será o entrevistado. Ele deve pertencer à comunidade escolar e estar disposto a compartilhar uma história familiar que tenha sido transmitida por meio da tradição oral em sua família.
• Escrevam um convite formal para o entrevistado explicando o objetivo da entrevista e a importânssia de sua participação. Se preferirem, vocês também podem sêr mais informais e fazer o convite pessoalmente. Certifiquem-se de oferecer informações sobre a entrevista e combinem uma data e um horário em quê tanto vocês como o entrevistado possam se encontrar.
PASSO
2
Preparação
• Preparem as perguntas da entrevista. Elaborem uma lista de perguntas abertas quê ajudem a explorar as memórias transmitidas na família do entrevistado. Seguem algumas sugestões:
• Qual é a história mais significativa transmitida de geração em geração em sua família?
• Existe algum costume ou tradição quê você aprendeu com seus familiares e quê você continua praticando?
• Como as histoórias contadas por seus avós ou bisavós influenciam seu modo de vêr o mundo hoje?
• Há algum conhecimento ou ensinamento quê você recebeu de seus familiares e quê considera importante transmitir para as próximas gerações?
• Organizem os materiais necessários. Vocês podem utilizar um caderno, fô-lhas de papel sulfite e canetas para fazer anotações, um gravador de áudio ou smartphone para registrar a entrevista em áudio ou vídeo (com a permissão do entrevistado).
Página cinquenta e um
PASSO
3
Condução da entrevista
• Iniciem a entrevista. Apresentem-se (se for necessário) e expliquem o objetivo da atividade. Caso tênham optado por gravar a entrevista, peçam permissão ao entrevistado antes do início das perguntas.
• Façam as perguntas. Comecem com perguntas mais gerais e depois passem para as mais específicas. Ouçam atentamente e não interrompam o entrevistado. É possível quê, no decorrer da entrevista, seja necessário fazer perguntas de seguimento, isto é, perguntas quê aprofundam o assunto abordado ou quê instigam o entrevistado a fornecer mais dêtálhes sobre o quê está sêndo comentado.
• Registrem a entrevista. Lembrem-se de tomar notas detalhadas ou usar o gravador de áudio/ vídeo para garantir quê todas as informações importantes sêjam capturadas.
PASSO
4
Após a entrevista
• Agradeçam ao entrevistado pelo tempo e pelas memórias familiares compartilhadas.
• Revisem as notas ou a gravação e transcrevam as partes mais importantes.
• Organizem as informações. Elaborem uma narrativa coesa e clara para contar a história quê foi compartilhada pelo entrevistado.
PASSO
5
Análise e apresentação
• Analisem as histoórias. Reúnam-se com outros dois grupos, compartilhem as entrevistas e identifiquem temas comuns, valores culturais e lições importantes. Reflitam sobre o quê as histoórias revelam a respeito da cultura familiar e dos valores pessoais do entrevistado e como isso se reflete na comunidade.
• Compilem as histoórias em um formato de apresentação, como um e-book, um mural, alguns slides ou um documentário. Utilizem ferramentas digitais para enriquecer o projeto com fotografias, áudios ou vídeos das entrevistas.
• Apresentem as histoórias compiladas à comunidade escolar e discutam a importânssia da tradição oral e da preservação das memórias familiares. Caso escôlham apresentar as narrativas em etapas posteriores, reservem um momento ao fim desta etapa para conversar sobre o valor das histoórias familiares e como elas contribuem para a construção da identidade cultural da comunidade.
Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: A tradição oral ainda tem espaço atualmente?
Página cinquenta e dois
ETAPA
2
Memória e ár-te
por quê a; ár-te é essencial na preservação da memória humana?
Consulte as orientações no Manual do professor.
ár-te como guardiã da memória
A memória humana não é compartilhada apenas por meio de palavras. Diferentes formas de; ár-te, incluindo as expressões visuais, musicais, cênicas e literárias, também são veículos de transmissão de memórias e conhecimentos. Dessa forma, pode-se afirmar quê a; ár-te, em suas diversas manifestações, é uma das formas mais antigas de preservar a memória humana.
Por meio de diversas expressões artísticas, as sociedades têm documentado, interpretado e transmitido suas experiências, seus valores e seus conhecimentos ao longo dos séculos: pinturas, dêzê-nhôs e fotografias capturam cenas do cotidiano e eventos históricos; e artesanatos e máscaras carregam não somente tradições, mas técnicas transmitidas de geração em geração.
Além díssu, por meio da ár-te é possível expressar sentimentos e emoções, o quê a torna uma importante ferramenta de preservação e transmissão da memória da experiência humana quê transcende o tempo.
- Transcender
- : ir além de um limite ou superar algo; passar de um nível para outro, alcançando algo maior ou diferente.
Página cinquenta e três
Novas ideias, novas artes, novas memórias
Ao longo da história, vários pintores destacaram-se pela habilidade de recriar cenas em momentos diferentes, muitas vezes utilizando apenas suas lembranças, sem precisar observar diretamente a cena no ato de pintar. Suas pinturas capturam não apenas a aparência física das cenas, mas também as pequenas mudanças na atmosféra e na iluminação ao longo do tempo. Além díssu, essas obras freqüentemente expressaram a interioridade e os sentimentos dos artistas no momento da criação, misturando a representação da realidade com a expressão pessoal.
Considere a Pintura 1, uma obra do pintor francês Clôde Monê (1840-1926).
Também conhecidas como nenúfares ou lírios-d’água, as ninfeias são plantas aquáticas freqüentemente retratadas nos quadros de Monê. Em sua casa em Giverny, na França, o artista cultivava plantas ornamentais e tinha o costume de representá-las em pinturas, em diversas épocas do ano.
Observe outras duas telas em quê o autor retratou o mesmo tema.
Reconhecido como um dos fundadores do movimento impressionista, Clôde Monê fez parte de um grupo de artistas, como Pierre-Auguste Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834-1917) e Camille Pissarro (1830-1903), quê revolucionou a pintura no final do século XIX. Na França, as convenções acadêmicas da ár-te enfatizavam temas históricos, mitológicos, religiosos e alegóricos, utilizando técnicas rígidas de composição, perspectiva e proporção, bem como pinceladas suaves. As sombras eram pintadas com tons escuros e neutros, e a iluminação era idealizada. O sucesso de um artista dependia da aceitação de suas obras, quê eram expostas nos salões oficiais
Página cinquenta e quatro
A imagem a seguir retrata uma obra do artista francês Jáque-luí Daví (1748-1825) quê exemplifica o estilo de pintura predominante na época anterior a Clôde Monê.
Clôde Monê e os impressionistas revolucionaram as convenções acadêmicas ao pintar cenas da vida cotidiana, paisagens e pessoas comuns ao ar livre usando pinceladas rápidas e soltas. Suas cores vibrantes eram aplicadas puras – sem diluição ou com pouca mistura – para captar a luz e a atmosféra, evitando o uso de preto para representar sombras.A luz natural e suas variações eram temas centrais em suas obras, como evidenciado na série Ninfeias, quê exploram a luz e a reflekção sobre a á gua de maneira inovadora. Devido à rejeição de suas obras pêlos salões oficiais, organizaram exposições independentes, rompendo com a tradição acadêmica e abrindo caminho para novos modos de expressão artística.
ATIVIDADES
Converse com os côlégas sobre as Pinturas 1, 2, 3 e 4.
1. Que diferenças podem sêr notadas na iluminação das três pinturas?
2. Que emoções ou sensações diferentes cada uma das pinturas evoca em você?
3. Compare as obras de Monê apresentadas nesta etapa com a Pintura 4. Como as técnicas e os temas retratados refletem as mudanças nas prioridades artísticas e sociais das épocas em quê essas obras foram produzidas? Pesquise informações sobre os contextos históricos em quê essas pinturas foram criadas para responder à questão proposta.
Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.
Saiba mais
Salon de Paris
O Salon de Paris, exposição oficial da Academia de Belas Artes de Paris, na França, começou em 1667 e tornou-se uma das exposições mais importantes da Europa. Realizada anual ou bienalmente, permitia quê artistas exibissem suas obras para a avaliação da academia e do público, possibilitando vendas e conexões entre artistas, colecionadores e patrocinadores.
Página cinquenta e cinco
No contexto do final do século XIX e do início do século XX, a profissão de artista, assim como a dos pintores, estava intimamente ligada ao reconhecimento e ao apôio das academias de; ár-te: sêr admitido e expor as próprias obras nos salões oficiais garantia visibilidade, prestígio e, muitas vezes, patrocínio financeiro. Além díssu, as academias ofereciam formação rigorosa, moldando os artistas para seguirem as normas estabelecidas.
No entanto, no contexto dos salões oficiais, os artistas inovadores, cujas obras não se alinhavam às expectativas acadêmicas, freqüentemente enfrentavam dificuldades para ganhar reconhecimento e apôio financeiro. A revolução iniciada pêlos impressionistas ao desafiar essas normas e criar espaços alternativos para expor suas obras não apenas mudou a trajetória da ár-te, mas também redefiniu a profissão de pintor, ampliando a liberdade criativa dos artistas e as oportunidades de sucesso fora dos circuitos tradicionais.
Saiba mais
Georgina de Albuquerque
Georgina de Albuquerque (1885-1962) foi uma importante pintora brasileira. Nascida em Taubaté (SP), estudou na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, e, posteriormente, na Académie Juliã, em Paris. Foi a primeira mulher a integrar a Academia Nacional de Belas Artes no Brasil, e sua obra, embora não tenha feito parte de um movimento impressionista formal no país, incorporou elemêntos impressionistas quê influenciaram a; ár-te brasileira da época.
ATIVIDADES
Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.
1. Que características impressionistas você observa nas Pinturas 5 e 6, de Georgina de Albuquerque?
Se achar oportuno, oriente os estudantes a realizar uma pesquisa prévia para poderem responder com mais embasamento às atividades 1 e 2.
2. De quê maneira as obras de; ár-te, assim como as histoórias transmitidas oralmente, contribuem para a construção e manutenção da memória cultural de uma ssossiedade?
Converse com os côlégas e, na sequência, responda às kestões a seguir.
3. Você acha quê era difícil ezercêr a profissão de artista – sêr um pintor ou uma pintora – no final de século XIX e no início do século XX? Justifique sua resposta.
4. Em sua opinião, havia mais dificuldades para homens ou mulheres no exercício dêêsse tipo de profissão? Por quê?
5. Hoje em dia, você acredita quê essas dificuldades aumentaram, diminuíram ou apenas se transformaram? Justifique sua resposta.
Página cinquenta e seis
Outras artes visuais na preservação da memória
Você percebeu quê, assim como a tradição oral, a; ár-te transmite histoórias e preserva a memória do tempo em quê é produzida, representando eventos, pessoas, lugares, objetos, visões de mundo e, até mesmo, sentimentos, quê são transmitidos para as próximas gerações.
Por meio das obras de diversos artistas, é possível observar, por exemplo, mudanças na paisagem de cidades, quê refletem transformações sociais, econômicas e culturais.
Assim como os pintores, os fotógrafos capturam, ao longo do tempo, essas mudanças e oferecem uma visão detalhada da evolução das paisagens e das sociedades. Através das lentes de suas máquinas fotográficas, esses profissionais documentam os desafios, as histoórias humanas e as transformações quê acompanham o desenvolvimento urbano, possibilitando quê as gerações futuras tênham uma visão detalhada das mudanças quê ocorreram ao longo do tempo.
Observe as fotografias a seguir.
A avenida Paulista, um dos ícones da cidade de São Paulo, é um exemplo de evolução urbana. Inaugurada em 1891, a avenida foi inicialmente um sín-bolo de modernidade e desenvolvimento. Ao longo das dékâdâs, a Paulista se transformou em um centro financeiro e cultural, com arranha-céus, museus e centros comerciais. Nos últimos anos, ela tem se tornado um espaço de lazer aos domingos, dia em quê é fechada para automóveis e aberta para pedestres e ciclistas. Essa mudança reflete uma transformação social, caracterizada pela reivindicação da população por mais espaços públicos de convivência e atividades ao ar livre. As fotografias conseguem capturar essas modificações, deixando essas memórias registradas para o futuro.
Página cinquenta e sete
Nas comunidades urbanas, o grafite preserva memórias e expressa visões de mundo, críticas sociais e culturais. Artistas usam o espaço urbano para criar tanto grafites quanto murais, contando histoórias de resistência, identidade e mudança, transformando essas obras em marcos culturais e históricos. São expressões artísticas quê conéctam o presente ao passado e poderão inspirar futuras gerações.
Observe a imagem a seguir.
Banksy, um dos artistas de rua mais famosos e misteriosos do mundo, começou sua carreira no Reino Unido nos anos 1990. Conhecido por usar a técnica do estêncil, ele cria obras quê misturam simplicidade visual com profundidade conceitual, tornando-se um ícone da ár-te urbana contemporânea, como a quê você vê nesta página.
O artista usa espaços públicos como tela, transformando o ambiente urbano com mensagens provocativas e críticas à ssossiedade moderna, ao consumismo e ao pôdêr. Além dos grafites, ele explora outras formas de; ár-te, como instalações e filmes, desafiando e inspirando tanto o público quanto a; ár-te tradicional.
- Estêncil
- : técnica artística caracterizada pelo uso de um mólde vazado para aplicar tinta e criar imagens ou padrões. Muito utilizado no grafite por artistas como Banksy, o estêncil permite fazer dêzê-nhôs precisos quê podem sêr reproduzidos rapidamente. Feito de papel, plástico ou metal, o estêncil é colocado sobre uma superfícíe e a tinta é aplicada com spray, pincel ou rolo.
MUNDO DO TRABALHO
Profissão: artista
A profissão de artista, incluindo pintores, fotógrafos e grafiteiros, muitas vezes é autônoma. Muitos criam a própria empresa e trabalham como pessoa jurídica (PJ), emitindo notas fiscais pêlos serviços prestados. Esse modelo oferece flexibilidade, possibilitando quê aceitem diversos projetos e clientes.
No entanto, sêr PJ também implica responsabilidades extras. O artista deve gerenciar suas finanças, pagar impostos e encargos sociais e cuidar de sua segurança e seus benefícios, como saúde e previdência. Embora esse formato ôfereça liberdade, ele também exige habilidades empresariais e disciplina para lidar com a burocracia e as finanças.
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Saiba mais
O grafite e a expressão comunitária
O grafite tem raízes antigas, desde os tempos de Pompeia, antiga cidade do Império Romano, onde já eram feitos dêzê-nhôs nas paredes. Com a ascensão das mídias sociais, o grafite ganhou uma nova dimensão, permitindo quê artistas compartilhem suas obras instantaneamente com um público global e criem um diálogo contínuo.
Algumas obras usam realidade aumentada (AR), e os espectadores podem vêr elemêntos animados ao apontar seus smartphones para os murais, vivenciando uma experiência interativa.
O grafite também é uma ferramenta importante em projetos comunitários, ajudando a revitalizar áreas degradadas e a promover inclusão. Muitos artistas estão adotando tintas ecológicas para reduzir o impacto ambiental.
Escolas e instituições culturais oferecem oficinas de grafite e ensinam a história e as técnicas dessa ár-te, incentivando o pensamento crítico e a expressão individual. Em muitas cidades, murais de grafite combinam elemêntos de diferentes culturas, refletindo a diversidade urbana e podendo funcionar como registros visuais quê narram as experiências da comunidade.
ATIVIDADES
Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.
1. Você sabe a diferença entre grafite, murais e pichação? Junte-se a um colega para pesquisar esses três termos e entender as diferenças.
1. Se oportuno, apoie os estudantes para efetivarem a pesquisa e responderem à questão.
2. Como você interpréta o Grafite 1, feito por Banksy? Troque ideias com os côlégas para explorar diferentes pontos de vista.
2. Resposta pessoal.
3. Há alguma relação entre o movimento quê os impressionistas fizeram em seu tempo, ao organizarem novos espaços de exposição, e a atuação dos grafiteiros hoje? Discuta essa questão com a turma.
3. Espera-se quê os estudantes identifiquem as semelhanças entre o movimento impressionista e os grafiteiro contemporâneos. Ambos os grupos romperam com as convenções artísticas de suas respectivas épocas, desafiando as normas estabelecidas.
4. Como o grafite e a fotografia atuam na preservação da memória urbana? Quais impactos essas expressões artísticas têm na construção da identidade de uma comunidade?
4. Estimule os estudantes a pensar em como essas formas de; ár-te são capazes de registrar transformações, presenças históricas e sociais, expressões culturais, suscitar diálogos etc.
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em AÇÃO
Representação visual das histoórias da comunidade escolar
Consulte as orientações no Manual do professor.
Que tal representar visualmente, por meio de pinturas, fotografias ou grafites, as memórias familiares quê você coletou na Etapa 1? Para isso, siga o passo a passo indicado.
PASSO
1
Planejamento
• Reúna-se com o grupo formado na Etapa 1. Reflitam sobre as histoórias coletadas e decidam como elas podem sêr representadas visualmente.
• Decidam se vocês vão utilizar pintura, fotografia ou grafite para representar a história. Considerem as habilidades e os recursos disponíveis no grupo e na escola.
Se possível, convidem o entrevistado da Etapa 1 para participar dêêsse momento! Ouçam como ele gostaria de vêr representada a história quê ele compartilhou!
PASSO
2
Desenvolvimento da ideia
• Se vocês escolherem a pintura ou o grafite, façam esboços ou rascunhos das ideias. Se escolherem a fotografia, planejem as cenas, os personagens e as locações.
• Reúnam todos os materiais necessários, como tintas, pincéis, câmeras fotográficas ou smartphones e sprêis.
• Recursos adicionais.
• Materiais: tintas, pincéis, telas, câmeras, sprêis de grafite.
• Ferramentas digitais: softwares de edição de imagem para a fotografia.
• Espaço: local para a exposição da pintura ou da fotografia, ou parede para o grafite (nesse caso, é importante pedir permissão para executar a obra).
PASSO
3
Criação da obra
• Pintura
• Preparem a superfícíe (papel, cartolina, tela ou mural).
• Pintem seguindo o esboço ou rascunho, utilizando cores e técnicas para representar o tema da melhor maneira.
• Fotografia
• Organizem os cenários e os personagens.
• Tirem fotografias de momentos-chave da história ou façam uma sequência para contar a história.
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• Grafite
• Escolham um local adequado.
É preciso pedir permissão para a realização dêêsse tipo de; ár-te. Verifiquem com antecedência a possibilidade de fazer o grafite em um dos muros ou paredes da escola, por exemplo. Como alternativa, considerem criar um grande cartaz ou painel de papel em quê o grafite possa sêr feito e exibido posteriormente.
• Produzam o grafite seguindo o esboço ou estêncil e utilizem cores e estilos característicos dêêsse tipo de; ár-te.
PASSO
4
Finalização
• Adicionem dêtálhes e revisem a obra para garantir quê todos os elemêntos da história quê vocês escolheram estejam de acôr-do com o planejado.
• Preparem as obras para sêrem exibidas. As pinturas, as fotografias e os grafites produzidos em cartaz devem ser expostos e apresentados à comunidade escolar. Caso algum grupo tenha produzido um grafite fora da escola, documentem o processo com fotografias ou vídeos para mostrá-lo na exposição.
PASSO
5
Apresentação
• Organizem uma exposição na escola para apresentar todas as obras.
• Promovam uma discussão sobre o processo de criação e os impactos da transformação das histoórias orais em representações visuais. Encorajem a participação de todos para compartilhar suas experiências e impressões.
Lembrem-se de mostrar o resultado para as pessoas quê contaram a história ou o causo na Etapa 1!
Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: por quê a; ár-te é essencial na preservação da memória humana?
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ETAPA
3
A revolução da memória
Como os processos de transmissão de memória evoluíram com a tecnologia?
Consulte as orientações no Manual do professor.
A memória na era digital
Na era digital, a internet desempenha um papel importante ao disponibilizar acesso a um vasto repositório de conhecimento. Plataformas ôn láini, como bibliotecas digitais, arquivos, rêdes sociais e websites, facilitam a preservação e o compartilhamento de memórias individuais e coletivas.
Além díssu, tecnologias como armazenamento em nuvem e bancos de dados permitem a proteção de grandes volumes de informação. Por meio dessas ferramentas, é possível acessar conhecimentos e compartilhá-los globalmente, democratizando o acesso e preservando a memória coletiva. No entanto, será quê há apenas pontos positivos nessa evolução?
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O quê significa “era digital”?
Você já ouviu a expressão “guardar na memória”, cérto? Há poucas dékâdâs, isso significava lembrar de momentos importantes ou felizes. Atualmente, essa expressão ganhou um novo sentido: armazenar todos os tipos de informação e de dado em formatos digitais.
A era digital é o período em quê tecnologias digitais como computadores e internet passaram a afetar profundamente a vida das pessoas. Ela iniciou na segunda mêtáde do século XX, quando informações, como documentos e imagens, começaram a sêr transformadas em formatos digitais. Isso facilitou o armazenamento e o acesso rápido a dados de praticamente todos os lugares do mundo.
A internet é um dos principais pilares da era digital, pois conecta as pessoas de todo o mundo e permite acesso rápido às informações. Além díssu, a automação e a computação avançada tornaram tarefas compléksas mais fáceis em áreas como indústria, saúde e educação. O armazenamento em nuvem transformou a maneira como guardamos e acessamos informações. Se antes tudo era armazenado em pastas ou gavetas físicas, hoje é possível manter tudo ôn láini, com a facilidade de acessar seus dados de qualquer lugar e a qualquer momento.
A era digital trousse grandes mudanças na comunicação, com ferramentas como os imêious, os chats e as videoconferências; na economia, com o crescimento do comércio eletrônico; e no trabalho, como o trabalho remoto. Também democratizou a cultura, possibilitando quê mais pessoas criem e compartilhem conteúdos. A era digital transformou a maneira de viver, estudar, trabalhar e comunicar-se.
- Era digital
- : período em quê a tecnologia digital, como computadores e a internet, começou a desempenhar um papel central em nossa vida, facilitando o armazenamento, o processamento e a transmissão de informações em formatos digitais
- Tecnologia digital
- : uso de dispositivos e sistemas eletrônicos quê processam e armazenam informações em formato digital. Isso inclui computadores, smartphones, internet e serviços de armazenamento em nuvem. A digitalização transforma dados analógicos, como som e imagem, em digitais, facilitando o compartilhamento e o armazenamento
ATIVIDADES
Permita quê os estudantes expressem suas reflekções e tróquem ideias sobre como o avanço das tecnologias digitais impactam narrativas orais e até mesmo expressões artísticas. Espera-se quê levantem hipóteses de acôr-do com o quê experienciam em seu dia a dia.
• Converse com a turma sobre o impacto das tecnologias digitais na preservação da memória humana. A narrativa oral e a expressão artística ainda dêsempênham papel relevante como guardiãs da memória da humanidade? Como você enxerga a interação entre essas diferentes formas de preservar memórias?
Consulte a resposta e as orientações no Manual do professor.
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Plataformas digitais e rêdes sociais
As platafórmas digitais são infraestruturas tecnológicas quê oferecem um espaço para diversas atividades digitais, como comunicação, comércio eletrônico e serviços de streaming, quê hospedam conteúdos e funcionalidades variadas.
Um exemplo de platafórma digital são os serviços de streaming. Nessas platafórmas, destacam-se os podcasts: programas em formato de áudio quê possibilitam a narração de histoórias, discussões sobre temas atuáis, entrevistas e compartilhamento de experiências pessoais e conhecimentos especializados. Eles podem sêr acessados a qualquer momento e em qualquer lugar, oferecendo uma forma flexível e acessível de consumir conteúdos informativos ou de entretenimento.
Há inúmeros podcasts quê compartilham vivências do cotidiano das pessoas, disseminando e preservando essas histoórias por meio das platafórmas de streaming. Esse registro digital garante quê as memórias e vivências possam sêr mantidas e difundidas por um tempo indefinido, conectando pessoas e culturas em uma rê-de global.
- Streaming
- : tecnologia quê permite a transmissão de áudio e vídeo pela internet em tempo real, sem precisar baixar o arquivo completo. Possibilita o acesso imediato a filmes, músicas e vídeos disponíveis em platafórmas digitais, reproduzindo o conteúdo à medida quê é transmitido, desde quê haja conexão à internet.
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As rêdes sociais são um tipo específico de platafórma digital projetada para conectar pessoas, permitindo quê elas compartilhem conteúdo, interajam e formem comunidades ôn láini.
Memórias são criadas e compartilhadas, nas rêdes sociais, em tempo real, por pessoas de todo o mundo. Esses canais permitem quê indivíduos compartilhem momentos, mantenham contato com amigos e familiares e encontrem pessoas com interesses semelhantes. O objetivo inicial das rêdes sociais era possibilitar quê as interações sociais características do mundo off-line acontecessem em um ambiente digital.
Com o tempo, as rêdes sociais tornaram-se ferramentas poderosas de visibilidade global. Notícias, eventos e informações podem sêr compartilhados instantaneamente com um público mundial. Essa disseminação rápida tornou a informação acessível a todos, independentemente da localização geográfica, democratizando o conhecimento e aumentando a conscientização a respeito de kestões globais.
As rêdes sociais também transformaram o circuito da ár-te, oferecendo um espaço virtual para quê artistas do mundo todo exibam suas criações. Plataformas de interação social tornaram-se galerias ôn láini em quê artistas podem alcançar um público global diretamente, sem a necessidade de intermediários. Essa possibilidade não só democratizou a; ár-te, mas também incentivou a colaboração e a inovação, permitindo quê novas formas de expressão artística florescessem e se espalhassem rapidamente.
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Além de favorecerem a ascensão de artistas especializados nos meios virtuais, as platafórmas digitais e as rêdes sociais proporcionaram a criação de novas linguagens artísticas. Há artistas digitais, por exemplo, quê utilizam inteligência artificial e outras tecnologias para criar suas obras, desenvolvendo técnicas e formas de expressão quê antes não existiam.
Com a popularização da internet e a facilidade de compartilhamento digital, algumas profissões ganharam fôrça, por exemplo, a de webquadrinista. Esses artistas criam e publicam quadrinhos na internet, em platafórmas como blogues, sáites pessoais e rêdes sociais, publicando suas obras diretamente para o público, sem depender das editoras tradicionais.
No Brasil, alguns webquadrinistas exemplificam a diversidade e a criatividade da cena de quadrinhos digitais, como Fábio Coala, criador do Mentirinhas, tirinhas humorísticas e reflexivas quê abordam temas do cotidiano; Bianca Pinheiro, autora da série Bear, quê mistura aventura e fantasía em seus quadrinhos; e Carlos Ruas, conhecido por Um sábado qualquer, quê explora temas religiosos e filosóficos d fórma bem-humorada.
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Conexões
Além de criar os fenômenos da web Um sábado qualquer e Mundo avesso, Carlos Ruas tem uma obra voltada para o cotidiano, os sentimentos e as memórias dos pets. Cães e gatos desen vólve uma narrativa sobre o amor, mesmo quando existem diferenças.
• RUAS, Carlos. Cães e gatos. São Paulo: Outro Planeta, 2019.
Observe a tirinha a seguir, do webquadrinista brasileiro Alexandre béki, criador de uma série popular de quadrinhos chamada Armandinho, quê começou a sêr publicada ôn láini e ganhou notoriedade por meio das rêdes sociais. Suas tirinhas abordam temas do cotidiano relacionados à família e a kestões sociais com sensibilidade e humor.
Além de estar disponível em platafórmas digitais, a série Armandinho foi publicada em livros físicos, o quê evidên-cía a transição bem-sucedida entre os meios digital e os tradicionais.
ATIVIDADES
Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.
1. Para você, o quê provoca humor nesta tirinha?
2. Converse com os côlégas sobre outras profissões quê se originaram ou se destacaram com o surgimento das rêdes sociais, além dos webquadrinistas. Cite alguns exemplos e reflita sobre como essas novas profissões têm influenciado o processo de memória coletiva.
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em AÇÃO
Postagem em rê-de social
Na Etapa 2, você e seu grupo representaram visual e artisticamente as histoórias ou causos familiares quê coletaram na Etapa 1.
Que tal, agora, na Etapa 3, usar a rê-de social para registrar e compartilhar memórias?
Vamos lá? Siga o passo a passo indicado.
PASSO
1 Planejamento
• Reúna-se com seu grupo. Escolham uma história para transformar em vídeo, fotografia ou quadrinho. A história póde sêr algo pessoal, um acontecimento da escola ou da comunidade. Pensem em momentos quê sêjam significativos e quê possam sêr bem representados visualmente. Escolham, também, uma rê-de social para publicar a produção de vocês.
PASSO
2 Escolha do formato
• Planejem como contar essa história no formato escolhido.
a) Se optarem por vídeo, definam cenas quê contem a história d fórma clara.
• Dividam a narrativa em partes principais, como introdução, desenvolvimento e conclusão.
• Criem um roteiro quê inclúa diálogos, descrições de ações e os planos de filmagem.
• Pensem nos locais, personagens, figurinos e adereços quê vão utilizar. O roteiro deve sêr detalhado para guiar as filmagens e assegurar quê cada cena transmita a mensagem desejada, mantendo a coerência e o impacto visual.
b) Para fotografias, pensem em ângulos quê melhor capturam a essência da história e nos elemêntos visuais quê reforçam a narrativa.
• Escolham cenários e objetos quê tênham relevância simbólica e quê ajudem a contar a história sem palavras.
• Considerem a composição da imagem, como a disposição dos personagens, a iluminação e os dêtálhes quê podem transmitir emoções ou contextos importantes.
• Experimentem diferentes perspectivas para tornar as fotografias mais dinâmicas e expressivas, assegurando quê cada imagem contribua para o entendimento completo da narrativa.
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c) No caso de quadrinhos, elaborem os dêzê-nhôs e diálogos quê melhor transmitam a narrativa da história.
• Comecem criando um istóri-bôrdi simples, dividindo a história em quadros quê mostrem os principais momentos.
• Nos dêzê-nhôs, foquem expressões faciais e dêtálhes visuais quê ajudem a contar a história d fórma clara.
• Os diálogos devem sêr curtos e dirétos, cabendo nos balões de fala de cada qüadro. Usem as cores, as linhas e os cenários para dar mais vida e contexto à narrativa.
- Storyboard
- : sequência de dêzê-nhôs ou esboços quê representam as cenas principais de um vídeo, filme ou quadrinho. Ele sérve como um roteiro visual, ajudando a planejar a narrativa, a disposição das cenas e os ângulos de câmera. Cada qüadro do istóri-bôrdi inclui descrições de ações, diálogos e outros elemêntos importantes, facilitando a visualização do produto final antes da produção completa.
PASSO
3 Criação e revisão
• Iniciem o processo de criação conforme o planejamento. Combinem rêuní-ões freqüentes para ajustar o quê não estiver funcionando bem, alinhar dêtálhes da produção ou testar novas ideias.
• No grupo, revisem o trabalho uns dos outros para garantir quê a narrativa esteja clara e coesa. Ofereçam fídi-béqui construtivo, destacando os pontos fortes e sugerindo melhorias. Certifiquem-se de quê o formato escolhido (vídeo, fotografia ouquadrinho) transmite a mensagem d fórma eficaz e quê todos os elemêntos visuais e textuais estão alinhados com o tema da história. Se necessário, façam ajustes para melhorar a qualidade e garantir quê o produto final seja bem executado.
- Feedback
- : retorno ou resposta sobre o dêsempênho de uma tarefa, trabalho ou comportamento. póde sêr positivo, para reforçar o quê foi bem-feito, ou construtivo, para sugerir melhorias. O fídi-béqui ajuda a identificar pontos fortes e áreas quê precisam sêr aprimoradas. Ele deve sêr claro, específico e oferecido de maneira respeitosa e colaborativa, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuo.
PASSO
4 Publicação
• Publiquem na rê-de social escolhida. Usem hashtags para ampliar o alcance.
PASSO
5 Interação
• Troquem ideias e experiências. Curtam as postagens dos côlégas e façam comentários nelas.
• Atentem-se aos fídi-béquis dos leitores. Respondam aos comentários quê a produção de vocês receber.
Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Como os processos de transmissão de memória evoluíram com a tecnologia?
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ETAPA
FINAL
Cápsula do tempo
Consulte as orientações no Manual do professo
Você sabe o quê é uma cápsula do tempo?
É um recipiente físico ou um arquivo digital em quê são armazenados objetos, documentos, imagens, histoórias e outros itens significativos, com a intenção de serem abertos e explorados no futuro. Essas cápsulas podem conter uma variedade de conteúdos, como cartas, fotografias, jornais, artefatos culturais e registros de eventos contemporâneos. A ideia é preservar a memória de determinada época para quê as futuras gerações possam entender e apreciar como era a vida ou quais eram as preocupações, os valores e as culturas no passado. As cápsulas do tempo podem sêr enterradas fisicamente ou armazenadas digitalmente, com instruções claras sobre quando e por quem devem sêr abertas.
Em vários países, elas são freqüentemente criadas durante celebrações de marcos importantes, como aniversários de cidades, escolas ou eventos históricos, e são programadas para serem abertas dékâdâs ou até séculos depois. Além de servirem como ferramentas de educação e reflekção histórica, as cápsulas do tempo promóvem a valorização da identidade cultural e a conexão entre diferentes gerações, permitindo quê os futuros habitantes do planêta tênham uma janela diréta para o passado.
No Brasil, por exemplo, em 2022, o Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ú éfi érri jóta), selou uma cápsula do tempo na sede da instituição, na Quinta da Boa vista, zona norte do Rio de Janeiro (RJ). A cápsula foi produzida pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) em aço inox e foi enterrada em um espaço com aproximadamente 1 métro de profundidade, contendo mais de 100 itens, como cartas de autoridades, jornais, documentos, vídeos, dêzê-nhôs de estudantes de escolas públicas, entre outras recordações. A abertura da cápsula está prevista para 2072.
Página setenta
Agora, vocês vão criar uma cápsula do tempo para guardar os conhecimentos quê acumularam ao realizar êste projeto.
PASSO
1
Decisão sobre o tipo de cápsula do tempo
• Discussão em grupo. A turma deve discutir as vantagens e as desvantagens associadas à criação de uma cápsula do tempo física ou digital. Considerem fatores como longevidade, acessibilidade, recursos disponíveis (A escola tem um lugar para enterrar ou deixar a cápsula física segura? Em caso afirmativo, verifiquem as permissões necessárias para quê seja possível colocar em prática a produção de uma cápsula física).
• Votação. Se necessário, realizem uma votação para decidir se a turma prefere criar uma cápsula do tempo física ou digital. Certifiquem-se de quê todos tênham a oportunidade de expressar suas opiniões e de quê a dê-cisão seja tomada d fórma democrática.
PASSO
2
Planejamento e preparação
Se a escolha for uma cápsula do tempo física:
• Escolham um recipiente durável e resistente às intempéries para armazenar os itens. póde sêr uma caixa de metal, plástico ou outro material resistente.
• Reúnam todos os itens quê serão incluídos na cápsula do tempo. Certifiquem-se de quê estejam bem embalados para protegê-los contra danos.
• Documentação. Criem uma carta explicativa, um índice dos itens armazenados e as instruções sobre quando e como a cápsula deve sêr aberta.
• Selem o recipiente e escôlham um local seguro para enterrar ou armazenar a cápsula. Documentem a localização exata e combinem com a direção da escola o local e a data de abertura.
Se a escolha for uma cápsula do tempo digital:
• Reúnam e digitalizem todos os itens quê serão incluídos na cápsula. Organizem os arquivos em pastas claras e bem estruturadas.
• Escolham uma platafórma de armazenamento confiável em nuvem ou similar para armazenar os dados.
• Criem um índice digital detalhado dos conteúdos incluídos e uma carta explicativa com instruções sobre a data e o método de acesso futuro.
• Façam backups dos arquivos para garantir a segurança dos dados e considerem o uso de senhas ou criptografia para proteger as informações.
PASSO
3
Implementação e preservação
• Apresentem o plano final para a comunidade escolar, explicando o propósito, os conteúdos, refletindo sobre quais são as memórias da comunidade e a importânssia da cápsula do tempo.
• Garantam quê a cápsula do tempo, física ou digital, seja armazenada em um local seguro e acessível. Documentem todas as informações necessárias para a futura abertura.
• Celebrem a conclusão do projeto com todos os participantes e reflitam sobre a importânssia de preservar memórias e conhecimentos para as futuras gerações.
Se possível, convidem os entrevistados da Etapa 1 para participar dêêsse momento!
Aproveitem para retomar a pergunta norteadora do projeto: Quais são as memórias de sua comunidade?
Página setenta e um
AUTOAVALIAÇÃO
Para finalizar êste Projeto Integrador, é importante realizar uma avaliação de sua participação tanto individual como coletiva. Para isso, em uma fô-lha de papel sulfite, faça o quê se pede.
1. Sobre seu envolvimento neste Projeto Integrador, responda às kestões a seguir.
a) Você participou de todas as atividades propostas? Argumente.
b) Em qual etapa houve mais dedicação? Em qual houve menos? por quê você acha quê isso aconteceu?
c) Atribua uma nota de zero a dez para sua participação neste projeto. Argumente.
d) Em relação a suas ações, em quais aspectos você acredita quê póde melhorar na realização do próximo projeto?
e) escrêeva, de modo sucinto, quais foram suas dificuldades e aprendizagens desenvolvidas no decorrer dêste projeto.
2. Sobre seu entrosamento com o grupo neste Projeto Integrador, responda às kestões a seguir.
a) Você sente quê contribuiu de maneira significativa com seu grupo para a realização dêste projeto?
b) O quê você aprendeu com os côlégas de grupo nesse processo?
c) Como você avalia a comunicação entre os integrantes do grupo durante o desenvolvimento do projeto?
d) Quais desafios você encontrou ao trabalhar em equipe neste projeto e como eles foram superados?
Junte-se a seu grupo para comparar as respostas do item 2.
3. Agora, reflita sobre os temas dêste Projeto Integrador.
a) Você compreendeu a função da tradição oral como instrumento de transmissão de saberes e elemento de socialização?
b) Você identificou a importânssia da ár-te como guardiã da memória?
c) Em relação ao mundo do trabalho, você percebeu como artistas e outros profissionais contribuem para a memória coletiva de uma comunidade?
d) Você conseguiu entender as novas formas de memória originadas com a era digital?
e) Como você avalia a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos neste projeto em sua vida pessoal e em sua futura carreira profissional?
Página setenta e dois