PROJETO
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É POSSÍVEL TER UMA RELAÇÃO SAUDÁVEL COM AS MÍDIAS SOCIAIS?

O cotidiano de grande parte da população é permeado por mídias digitais e mídias sociais. Se no passado, quando surgiram, podiam sêrser consideradas apenas um passatempo, hoje elas representam mais do quêque isso: fazem parte da nossa rotina, impactando não apenas a forma como nos divertimos, mas também como estudamos, trabalhamos e nos relacionamos com outras pessoas.

É importante entender como essas mídias funcionam, para quêque possamos refletir criticamente sobre como utilizá-las d fórmade forma ética e segura, para receber ou produzir informações. Além díssudisso, elas têm um papel crescente no mercado de trabalho, influenciando desde a construção de marca pessoal até estratégias de marketing digital e comunicação corporativa. Dominar essas platafórmasplataformas pódepode abrir portas para diversas oportunidades profissionais, como gerenciar rêdesredes sociais, criar conteúdo, trabalhar com publicidade digital ou atuar como influenciador, adaptando-se às exigências de um mercado cada vez mais digital e conectado.

Neste projeto, você vai criar um guia de uso saudável das mídias sociais, atuar como um “desinfluenciador” e elaborar um guia de profissões. Depois, vai compartilhar com a comunidade escolar o quêque aprendeu sobre esses assuntos por meio de um podcast! Será quêque é possível ter uma relação saudável ao usar as mídias sociais? Vamos descobrir as respostas para essa e outras perguntas ao longo dêstedeste projeto!

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Respostas pessoais.

2. Resposta pessoal. Possibilidade de resposta: Eventos do tipo fazem sucesso porque oferecem um ambiente único de imersão em tecnologia, inovação e cultura digital, reunindo entusiastas, estudantes, profissionais e empresas em um só lugar. Durante o evento, os participantes têm acesso a palestras, workshops práticos, competições e oportunidades de networking quêque não são facilmente encontrados em outros contextos. A experiência de acampar no local e participar de atividades interativas, como robótica, realidade virtual e inteligência artificial, cria uma sensação de comunidade e pertencimento, em quêque todos compartilham interesses semelhantes e a paixão pela tecnologia.

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FICHA DE ESTUDO

Objetivos

• Refletir sobre a influência das mídias sociais na comunicação e no compartilhamento de informações.

• Identificar os possíveis danos à saúde mental causados pelo uso exagerado das mídias sociais.

• Responsabilizar-se por conteúdo produzido para as mídias sociais.

• Analisar as mudanças no mercado de trabalho causadas pelas mídias sociais e por novas tecnologias.

• Pesquisar profissões no contexto digital.

• Produzir e divulgar podcast com informações das leituras, pesquisas e discussões realizadas ao longo do projeto.

Justificativa do projeto

Diante da influência das mídias digitais, principalmente das mídias sociais (ou rêdesredes sociais), é necessário refletir sobre o espaço quêque elas ocupam em nosso dia a dia e os impactos positivos e negativos decorrentes de sua utilização. A proposta dêstedeste projeto envolve pesquisas, debates e troca de ideias quêque vão enriquecer seu repertório sobre o tema. Além díssudisso, o produto final – um episódio de podcast – será compartilhado com a comunidade escolar, proporcionando uma oportunidade para quêque todos reflitam de maneira mais clara e consciente sobre diversos impactos do avanço das mídias digitais no cotidiano, o quêque inclui o mercado de trabalho.

O objetivo dêstedeste projeto é ampliar o entendimento sobre as mídias sociais, fortalecer o senso crítico e promover o protagonismo dos participantes na criação de conteúdo digital. Assim, cada participante se torna agente da própria história, integrando conhecimentos das áreas de Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Ciências da Natureza e suas Tecnologias para valorizar o uso consciente e ético das mídias sociais e digitais.

TCT

• Vida familiar e social

• Trabalho

• Ciência e tecnologia

ODS

3 Saúde e bem-estar

8 Trabalho decente e crescimento econômico

12 Consumo e produção responsáveis

Materiais

• Computador ou noutibúknotebook

• Celular

• Software de edição de texto

• Software de gravação

• Software de edição de áudio

Produto final

Podcast.

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Percurso do projeto

Nessa etapa, você vai debater sobre os impactos das mídias digitais, principalmente das rêdesredes sociais, na ssossiedadesociedade e no comportamento humano. Cada estudante vai monitorar e registrar o próprio tempo de uso das rêdesredes sociais e, com base nisso, refletir sobre as possíveis consequências para a própria saúde mental. Ao final dessa etapa, em duplas, vocês vão elaborar um guia para o uso saudável das rêdesredes sociais.

Nessa etapa, você vai entender aspectos da atuação de influenciadores digitais, com a proposição de debates sobre a responsabilidade na produção de conteúdo e a responsabilidade do consumidor. Será estimulada a discussão sobre as relações estabelecidas com os influenciadores digitais e com as rêdesredes sociais. Ao final, você e sua dupla terão a oportunidade de atuar como “desinfluenciadores” para refletir sobre práticas de marketing exageradas nas rêdesredes sociais.

Nessa etapa, você vai conhecer algumas mudanças no mercado de trabalho causadas pelas novas tecnologias, incluindo a transformação de profissões existentes, a criação de novas carreiras e os impactos da modernização dos serviços contratados por meio de platafórmasplataformas digitais. Ao longo do projeto, você vai refletir sobre esses temas, o quêque culminará na organização de um guia de profissões.

O projeto traz como produto final a produção de um podcast sobre os temas trabalhados. Essa atividade servirá como uma platafórmaplataforma para disseminar informações, em quêque você e os côlégascolegas poderão debater as mudanças no mercado de trabalho causadas pelas novas tecnologias e inspirar um uso mais consciente das mídias sociais. Ao produzir o podcast, você vai ter a chance de aplicar o conhecimento adquirido, desenvolver habilidades de comunicação e colaborar na criação de um conteúdo relevante e acessível para todos.

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ETAPA
1
Mídias sociais
Você utiliza as mídias sociais de maneira saudável?

Consulte as orientações no Manual do professor.

O impacto das mídias sociais no dia a dia

Pense em seu dia a dia. É provável quêque você e outros côlégascolegas tênhamtenham um celular no bolso ou na mochila, não é mesmo? Quantas vezes ao dia você pega o celular e acaba perdendo a noção do tempo rolando os feeds de vários aplicativos? Nessas horas de tela, você encontra postagens interessantes, informativas e divertidas, mas também é possível deparar com algumas informações irrelevantes ou quêque, até mesmo, despertam emoções, como alegria ou tristeza.

A interação em platafórmasplataformas digitais tornou-se parte importante da vida, conectando pessoas, oferecendo acesso a informações globais, entretenimento e espaço para a expressão pessoal. Entretanto, com as mídias sociais também aparécemaparecem desafios, como disseminação de desinformação, prática do sáiber-búlincyberbullying e kestõesquestões de privacidade.

O tema desta etapa pódepode mobilizar bastante os estudantes. É importante guiar a discussão sobre o uso do celular de maneira crítica, mas é fundamental quêque eles não se sintam julgados.

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Mídias digitais e mídias sociais

Chamamos de mídia digital qualquer tipo de conteúdo acessado por meio de dispositivos eletrônicos, como computadores, smartphones e tablets, geralmente por meio da internet. O quêque caracteriza a mídia digital é a possibilidade de distribuição e acesso ôn láinion-line, permitindo uma interação dinâmica e imediata com o conteúdo, diferenciando-se de mídias tradicionais, como jornais impressos ou televisão.

Mídias sociais ou rêdesredes sociais são platafórmasplataformas específicas dentro da mídia digital quêque permitem a interação dirétadireta entre os usuários, como comentar, curtir e compartilhar conteúdos, possibilitando quêque as pessoas tróquemtroquem experiências e conhecimentos e compartilhem virtualmente determinados interesses.

Ao longo do dia, é comum as pessoas reservarem um tempo para, d fórmade forma ôn láinion-line, conversar com amigos, ler as últimas notícias ou pesquisar temas de interêsseinteresse. Entretanto, passar muitas horas em frente a telas pódepode levar a uma percepção distorcida da realidade, porque cria a sensação de presença constante e a necessidade de engajamento, em detrimento, muitas vezes, das interações e experiências presenciais.

Embora as rêdesredes sociais ofereçam muitos benefícios, como manter contato com amigos e descobrir novos conteúdos, elas também apresentam desafios. As pessoas podem, por exemplo, sentir-se pressionadas a estar sempre conectadas ou até mesmo se comparar constantemente com os outros.

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Leia, a seguir, o trecho de um artigo quêque aborda a influência das rêdesredes sociais no cotidiano das pessoas.

[...]

O impacto de tudo isso nas nossas vidas ôn láinion-line e off-line

[...] considerando o gigantesco alcance quêque as platafórmasplataformas dominantes do mercado apresentam hoje em dia, pode-se considerar ingenuidade o pensamento de quêque as rêdesredes sociais existem somente no mundo virtual. Sim, elas funcionam no ambiente da internet, mas impactam profundamente as nossas “vidas reais”. Inclusive, vivemos um momento da história em quêque os conceitos de “vida virtual” e “vida real” se mesclam quase quêque por completo – exceto para quem prefere se manter longe dessa nova ssossiedadesociedade conectada.

[...]

Com tanta influência, há quêquem acredite que as pessoas estão ficando mais [...] “preguiçosas” com o advento das rêdesredes sociais. Isso porque, em uma época não muito distante, precisávamos nos esforçar muito mais para obtêrobter uma informação, consultando livros, enciclopédias e perguntando por aí. [...] E, apesar dessa facilidade sem precedentes na história da humanidade, uma das consequências é justamente a falta de interêsseinteresse em realmente aprender sobre assuntos por aí, já quêque basta dar aquela pesquisadinha rápida.

GNIPPER, Patrícia. A evolução das rêdesredes sociais e seu impacto na ssossiedadesociedade – Parte 3. CanalTech, 6 mar. 2018. Disponível em: https://livro.pw/iaggn. Acesso em: 20 jul. 2024.

Nesta obra, a jornalista aborda as “bolhas de filtros” nas rêdesredes sociais e sugere práticas para rompê-las, como diversificar fontes de informação e buscar opiniões contrárias. Ela destaca a importânssiaimportância da educação midiática para entender os algoritmos e a influência das rêdesredes sociais, defendendo quêque uma postura crítica e ativa amplia o horizonte informativo e fortalece a democracia.

• FERRARI, Pollyana. Como sair das bolhas. São Paulo: Educ, 2018.

O livro analisa como os algoritmos de algumas empresas personalizam conteúdos, criando um “filtro invisível” quêque limita a exposição a diferentes informações. Pariser argumenta quêque essa personalização confina os usuários a “bolhas de filtros”, o quêque reduz o debate público e o entendimento mútuo e impacta negativamente as relações sociais e democráticas.

• PARISER, Eli. O filtro invisível. Rio de Janeiro: ZarrárZahar, 2012.

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Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. O quêque são rêdesredes sociais?

2. Segundo o Texto 1, como o uso constante das rêdesredes sociais pódepode afetar as habilidades das pessoas em realizar pesquisas e a abertura para novas ideias?

3. No Texto 1, afirma-se quêque a vida real e a vida virtual quase se fundem para quem usa as mídias sociais. Você concórdaconcorda com essa afirmação? Justifique.

Uma nova era para a comunicação

As mídias digitais transformaram a maneira como as pessoas se comunicam. Há apenas algumas dékâdâsdécadas, a comunicação dependia principalmente de interações presenciais, cartas e telefonemas. Com a internet e os dispositivos eletrônicos, é possível enviar mensagens instantâneas, imêiouse-mails e fazer chamadas de vídeo para qualquer lugar do mundo em questão de segundos. Essa mudança permitiu uma comunicação mais rápida e acessível, conectando pessoas de diferentes regiões e culturas d fórmade forma instantânea.

Essa interatividade mudou a reação do receptor de informação, quêque agora pódepode responder e interagir com o conteúdo d fórmade forma imediata. A comunicação tornou-se mais colaborativa e participativa, permitindo um fluxo constante de troca de ideias e informações.

Leia, a seguir, o Texto 2, quêque é mais um trecho do artigo “A evolução das rêdesredes sociais e seu impacto na sociedade”.

[...]

Palavra de especialista

Conversamos, então, com a escritora Maria Augusta Ribeiro, especialista em comportamento digital e netnografia [...]. Encarando o universo digital como uma ferramenta de transformação, ela crê quêque as rêdesredes sociais são poderosas na transformação de comportamentos quêque transitam entre o “real” e o digital.

“A velocidade nas comunicações realizadas pela internet nos obrigou de alguma forma a nos relacionarmos pelas rêdesredes sociais, dada a sensação de falta de tempo gerada”, opina. [...] E tudo isso começou a se firmar nos anos 2000, pois, antes díssudisso, não tínhamos tanto acesso à tecnologia e, portanto, acabávamos interagindo mais pessoalmente do quêque digitalmente.

Quanto à qualidade das relações interpessoais, Maria Augusta enxerga uma piora. “Não por causa da rê-derede social, mas pelo amplo uso da tecnologia”. Explicando: “o consumo de qualquer coisa através da internet nos dá uma sensação de atenção atendida, e não é porque você tem uma geladeira na sua casa quêque você vai comer tudo o quêque tem ali de uma só vez; porém, com a internet, é isso o quêque queremos fazer”.

[...]

Maria Augusta ainda acredita quêque o fato de mais gente ter ferramentas quêque possam gerar conhecimento, se comunicar e consumir é algo fascinante. Ainda assim, o anonimato proporcionado pela internet traz outros problemas, incluindo a disseminação de discursos de ódio e comportamentos nocivos. [...]

GNIPPER, Patrícia. A evolução das rêdesredes sociais e seu impacto na ssossiedadesociedade – Parte 3. CanalTech, 6 mar. 2018. Disponível em: https://livro.pw/iaggn. Acesso em: 5 ago. 2024.

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Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Como você definiria a expressão “uma nova era para a comunicação”?

1. Resposta pessoal.

2. Segundo a especialista citada no Texto 2, a sensação de anonimato propiciada pela internet contribui para quêque discursos de ódio sêjamsejam disseminados. Você concórdaconcorda com a especialista? O quêque faz você dizêrdizer isso?

2. Os estudantes podem mencionar quêque o anonimato na internet oferece uma falsa senconsequências dirétasdiretas. Isso pódepode gerar a sensação de diminuição da responsabilidade pelo quêque é dito e fomentar compor- sação de segurança, em quêque as pessoas se sentem livres para expressar opiniões negativas e ofensivas sem, muitas vezes, enfrentar tamentos nocivos ôn láinion-line.

Comunicação instantânea: sobrecarga de informações

A expansão das mídias sociais e da internet móvel popularizou o uso dos smartphones. Esses dispositivos portáteis facilitaram a comunicação e o compartilhamento de informações e também transformaram o modo como as pessoas consomem conteúdo e interagem diariamente. Com a internet móvel e a variedade de aplicativos disponíveis, os smartphones se tornaram acessíveis a um público amplo, impactando as formas de socialização.

Ao passar horas em frente às telas, principalmente nas rêdesredes sociais, as pessoas costumam esquecer quêque os conteúdos postados são freqüentementefrequentemente editados e filtrados, o quêque impacta a percepção de identidade e as expectativas individuais.

Leia, a seguir, o Texto 3, quêque é um trecho de uma reportagem.

Registros de ansiedade entre crianças e jovens superam os de adultos pela 1ª vez no Brasil

[...] Pela primeira vez na história, os registros de ansiedade entre crianças e jovens superam os de adultos, mostra análise da Folha a partir da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), do SUS de 2013 a 2023, período com dados disponíveis.

Com um crescimento expressivo nos últimos anos, a taxa de pacientes de dez a 14 anos atendidos pelo transtorno é de 125,8 a cada 100 mil, e a de adolescentes, de 157 a cada 100 mil. Já entre pessoas com mais de 20 anos, a taxa é de 112,5 a cada 100 mil, considerando dados de 2023. A situação dos mais jovens passou a ficar mais crítica do quêque a dos adultos em 2022.

Não há apenas uma causa quêque motive esse aumento, mas alguns apontamentos são comuns para especialistas e citados em diferentes estudos: crises econômicas, climáticas, autodiagnósticos simplistas e uso excessivo de celulares e jogos. [...]

“Estudos diversos e rigorosos mostram uma piora na depressão e na ansiedade, e a pandemia se mostrou muito pior do quêque os estudos previam”, avalia Guilherme Polanczyk, psiquiatra da infância e adolescência e professor da Faculdade de Medicina da úspiUSP. “Mudanças culturais e sociais fortes aconteceram na última década, e muitas associadas às rêdesredes sociais, embora seja perigoso atribuir o problema só a elas.”

REGISTROS de ansiedade entre crianças e jovens superam os de adultos pela 1ª vez no Brasil. Folha de São PauloS.Paulo, São Paulo, 31 maio 2024. Disponível em: https://livro.pw/dukib. Acesso em: 5 ago. 2024.

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Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Segundo o Texto 3, qual é a novidade relacionada aos registros de ansiedade entre crianças e jovens no Brasil?

2. Que fatores são apontados como possíveis causas para o aumento da ansiedade entre crianças e jovens? Você concórdaconcorda com as causas apontadas na reportagem?

3. por quêPor que é perigoso atribuir o aumento da ansiedade apenas às rêdesredes sociais, segundo o psiquiatra citado no Texto 3?

Lidar com a grande quantidade de informações expostas nas rêdesredes sociais não é fácil e pódepode levar as pessoas à prática de comparar a própria vida com os conteúdos mostrados nas rêdesredes, impactando a autoestima e afetando o bem-estar.

Leia outro trecho da reportagem “Registros de ansiedade entre crianças e jovens superam os de adultos pela 1ª vez no Brasil”, quêque apresenta mais dados sobre o assunto.

O assunto abordado na reportagem desta página é sensível, e pódepode sêrser difícil para os estudantes falarem abertamente sobre seus conflitos. É importante criar um ambiente seguro e acolhedor. Se perceber alguma situação mais séria, considere conversar com os pais ou responsáveis e encaminhar o estudante para um acompanhamento especializado.

Além da popularização dos transtôrnostranstornos e do maior acesso a informações, Polanczyk afirma quêque há também o aumento de distorções sobre esses transtôrnostranstornos. “Influenciadores têm simplificado esses transtôrnostranstornos cada vez mais nas rêdesredes sociais. Ansiedade é uma emoção quêque faz parte do repertório humano, todos nós sentiremos em algum nível, assim como a tristeza, quêque não significa depressão.”

[...]

De modo geral, dados mostram quêque a piora em índices de saúde mental se acentua a partir da segunda década dos anos 2000. Além do maior acesso à informação pela internet, o período é marcado pela popularização do smartphone, com as câmeras frontais para sélfiesselfies, das rêdesredes sociais e dos jogos ôn láinion-line.

Há anos, estudiosos se debruçam sobre a relação entre a tecnologia e o comportamento humano, em especial entre crianças e adolescentes, quêque ainda não desenvolveram todo o sistema de autocontrole. Já se sabe, por exemplo, como as rêdesredes sociais têm mecanismos designados a viciar, e não à toa já existe lei para proibir o uso dessas platafórmasplataformas antes dos 14 anos, caso da Flórida, nos Estados Unidos. Em São Paulo, deputados passaram a discutir a proibição de celulares nas escolas.

REGISTROS de ansiedade entre crianças e jovens superam os de adultos pela 1ª vez no Brasil. Folha de São PauloS.Paulo, São Paulo, 31 maio 2024. Disponível em: https://livro.pw/dukib. Acesso em: 5 ago. 2024.

■ O paradoxo das mídias sociais: o sêrser humano pódepode se sentir conectado com muitas informações, mas desconectado de si mesmo.

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Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Você percebe quais sentimentos surgem em você ao passar horas em frente às telas, principalmente navegando nas rêdesredes sociais?

2. Você acha quêque o uso de celulares na escola traz mais benefícios ou malefícios? Justifique sua resposta.

Medo de ficar de fora

Em um mundo em quêque as informações são constantemente atualizadas e disseminadas, muitas pessoas sentem uma pressão constante para se manter informadas e atualizadas. Essa necessidade de estar sempre conectado pódepode levar a situações de estresse e a uma sensação de sobrecarga informacional.

A quantidade massiva de informações disponível na internet contribui para o surgimento de fenômenos conhecidos pêlospelos termos em inglês FOLO (Fear ÓFof Logging Out) e FOMO (Fear ÓFof Missing Out).

O FOLO, ou “medo de desconectar”, em português, refere-se à ansiedade de não estar ciente ou atualizado sobre eventos importantes, notícias ou tendências compartilhadas em platafórmasplataformas virtuais. As pessoas quêque sofrem de FOLO sentem a necessidade de verificar constantemente suas rêdesredes sociais e outras fontes de informação ôn láinion-line para não perderem nenhuma atualização. Essa constante vigilância pódepode gerar um estado de alerta contínuo, dificultando o relaxamento e a desconexão, o quêque prejudica o bem-estar geral.

Já o termo FOMO, ou “medo de ficar de fora”, refere-se à percepção de quêque os outros estão tendo experiências mais gratificantes e interessantes, das quais a pessoa não está participando. Esse medo é amplificado pelas rêdesredes sociais, nas quais os usuários são constantemente expostos a um grande número de postagens quêque mostram bons momentos, muitas vezes acompanhadas de imagens editadas e filtradas. Essa exposição contínua pódepode levar a comparações desfavoráveis, fazendo com quêque as pessoas sintam quêque a vida delas é menos interessante ou satisfatória.

Ver amigos e conhecidos aparentemente aproveitando mais a vida pódepode intensificar sentimentos de inadequação, baixa autoestima e insatisfação pessoal, à medida quêque as pessoas comparam a vida real delas com as versões idealizadas vistas ôn láinion-line. Essas comparações constantes podem distorcer a percepção da própria vida, criando uma visão irrealista e muitas vezes negativa de si mesmo. A pressão para estar à altura dessas imagens idealizadas contribui para um ciclo de busca incessante por validação e reconhecimento ôn láinion-line.

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Leia o trecho de uma notícia a seguir.

Pesquisa mostra quêque brasileiros passam 9 h por dia ao celular ou em outros aparelhos eletrônicos

Brasil é vice-líder mundial em dependência da tecnologia; especialistas alertam quêque o uso, quando em excéssoexcesso, pódepode fazer mal à saúde

Uma pesquisa internacional feita por um sáitisite de tecnologia mostrou quêque os brasileiros são praticamente recordistas em tempo conectado a telas de celulares ou outros eletrônicos. Por aqui, a população fica em média nove horas e meia por dia utilizando esses aparelhos.

O número assusta bastante, e só não é maior quêque o da África do Sul. Em 2022, Brasil ocupava o mesmo posto no mundo. Curiosamente, o Japão, país quêque é considerado dos mais avançados em tecnologia, vê a população utilizar celulares por 1/3 do tempo quêque os brasileiros utilizam.

Os motivos são muitos. Os jovens, por exemplo, começam o uso com os estudos e terminam por utilizar as rêdesredes sociais. Entre adultos, por sua vez, o trabalho costuma sêrser o principal motivo.

A neuropsicóloga Joana Heim explicou quêque o uso das telas pódepode passar a sêrser problemático com o passar do tempo e o aumento das horas conectado.

PESQUISA mostra quêque brasileiros passam 9 h por dia ao celular ou em outros aparelhos eletrônicos. G1, 25 ago. 2023. Disponível em: https://livro.pw/odulq. Acesso em: 6 ago. 2024.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Segundo o Texto 5, quais são alguns dos motivos para o alto uso de tecnologia entre jovens e adultos brasileiros?

1. Os jovens brasileiros utilizam a tecnologia principalmente para estudos e rêdesredes sociais, enquanto os adultos costumam usar os dispositivos eletrônicos principalmente para o trabalho.

2. De acôr-doacordo com essa pesquisa, por quêpor que o número de horas conectadas dos brasileiros pódepode sêrser considerado “alarmante”?

2. O número é alarmante porque os brasileiros passam, em média, mais de nove horas por dia conectados a telas, o quêque é um dos maiores tempos de uso no mundo, atrás apenas da África do Sul. Esse uso excessivo pódepode levar a problemas de saúde mental e física, conforme alertado por especialistas.

3. Troque ideias com os côlégascolegas: Você se reconhece nos resultados dessa pesquisa? Por quê?

3. Respostas pessoais.

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em AÇÃO
Meu dia a dia ôn láinion-line

Esta atividade exige a observação e a côlétacoleta de dados ao longo de duas semanas. Assim, é preciso introduzi-la e pedir aos estudantes quêque iniciem o levantamento de dados no komêssocomeço da Etapa 1, para quêque seja possível, ao fim das duas semanas, fazer a discussão proposta. Consulte as orientações no Manual do professor.

Quais são seus hábitos diários de uso da internet? Vamos analisá-los? Fazer isso pódepode ajudá-lo a perceber quanto tempo você realmente dedica às atividades ôn láinion-line, a identificar padrões de uso e entender melhor como a tecnologia impacta sua rotina.

Ao saber claramente como é seu comportamento digital, você pódepoderá priorizar tarefas importantes, reduzir distrações e melhorar seu bem-estar. Esse tipo de análise pode destacar situações em quêque o uso excessivo da internet afeta sua saúde mental ou física.

Que tal, então, criar um guia pessoal sobre o uso saudável da tecnologia? Para isso, siga o passo a passo indicado.

1 Definição dos objetivos pessoais

2 Coleta de dados

3 Cálculo da média semanal e análise comparativa

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4 Reflexão em duplas

5 Pesquisa sobre uso saudável da tecnologia

6 Curadoria de informações

7 Organização do guia

8 Revisão

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Você utiliza as mídias sociais de maneira saudável?

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ETAPA
2
Mídias sociais e saúde mental
Há credibilidade no conteúdo de influencers digitais?

Consulte as orientações no Manual do professor.

Na era da internet, influenciadores digitais têm desempenhado um papel significativo no compartilhamento de conteúdos. Eles abordam diversos assuntos da vida, moldando opiniões e comportamentos.

Ao valorizar a autenticidade e a representatividade de suas experiências, esses influenciadores viabilizam a partilha de tendências e conhecimentos relacionados a (Moda)moda, saúde, educação, atividades de lazer e de entretenimento e muitos outros setores. Dessa forma, eles favorécemfavorecem a troca de ideias e a criação de comunidades digitais engajadas.

Parte importante do papel dos influenciadores é a interação dirétadireta com seus seguidores, proporcionando um senso de conexão e pertencimento. Contudo, é essencial estar atento a perigos como a disseminação de informações equivocadas e fêikfake news e a pressão para adotar padrões irreais de vida, quêque podem afetar negativamente a autoestima e a saúde mental.

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Os estudantes, provavelmente, vão mencionar muitos exemplos de influenciadores para enriquecer a discussão. Explore ao mássimomáximo as sugestões dadas por eles para quêque se engajem no debate.

A comunicação mediada por influenciadores digitais

No cotidiano, é comum as pessoas procurarem a opinião de outras sobre os mais diversos assuntos, não é mesmo? Seja para ajudar na tomada de uma dê-cisãodecisão ou simplesmente para se sentir mais confiante com as próprias escôlhasescolhas.

Nesse contexto, os vídeos de explicação e tutoriais postados em rêdesredes sociais, principalmente aqueles produzidos por influenciadores digitais, tornaram-se recursos de pesquisa para as pessoas, quêque buscam neles orientações, dicas e análises detalhadas sobre os mais variados temas. Eles permitem quêque os usuários tênhamtenham acesso a diferentes perspectivas e, muitas vezes, conhecimentos especializados, enriquecendo a compreensão e ajudando-os a tomar decisões mais bem informadas.

A princípio, o acesso a essa infinidade de informações parece sêrser algo ótimo, mas é preciso também ligar um alerta: todas essas pessoas exercem uma influência positiva? A popularidade de um influenciador não garante quêque seu conteúdo tenha qualidade ou quêque suas intenções sêjamsejam benéficas. Portanto, é essencial desenvolver um olhar crítico sobre os conteúdos consumidos.

Leia, a seguir, o trecho de um artigo.

Serás eternamente responsável por akiloaquilo quêque compartilhas

A responsabilidade de criadores de conteúdo quêque falam diretamente com crianças e adolescentes numa fase em quêque identidade e senso crítico estão em formação

Quando crianças colocam a vida em risco, em alguns casos com desfechos trágicos, por causa de desafios na internet, ficam algumas perguntas no ar. Quem está influenciando essas atitudes? Em quêquem estão se espelhando para desenvolver comportamentos tão violentos e abusivos? Será quêque esses comunicadores têm consciência da responsabilidade que carregam ao falar com um público especialmente vulnerável? Influenciadores digitais estão preparados para essa missão? Que valores eles transmitem?

No Brasil, onde 95% das pessoas entre 9 e 17 anos acessam a internet todos os dias, podemos imaginar quêque parte da educação de crianças e adolescentes fica a cargo de influenciadores digitais, produtores e distribuidores de conteúdo quêque, d fórmade forma espontânea, móvemmovem tendências, temas e públicos no éco-sistemaecossistema informacional.

Segundo a revista americana Entrepreneur, 80% do tráfego ôn láinion-line está ligado a algum tipo de influenciador. Pesquisas como a Creators Connect revelam quêque, para jovens, influenciadores nas rêdesredes sociais são mais relevantes quêque jornalistas

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ou veículos oficiais de comunicação. Outro estudo, do Survey Monkey e da Common Sense Media, mostrou quêque 60% dos adolescentes consomem notícias via rêdesredes sociais. Apesar de 75% deles afirmarem quêque é importante manter-se bem informado e a maioria admitir quêque a imprensa é uma fonte mais confiável do quêque as rêdesredes sociais, eles acreditam quêque influenciadores digitais “geralmente acertam os fatos”.

Além de sêrser perigoso depositar desejos e necessidades em pessoas quêque não estão necessariamente preparadas para lidar com desinformação e fêikfake news, nessa nossa “onlife”, neologismo cunhado pelo filósofo italiano Luciano Floridi para marcar uma nova era em quêque virtual e digital se (con)fundem, o influenciador deixa pegadas digitais quêque serão seguidas por milhares de crianças e jovens.

Contudo, nessa fase, a identidade ainda está em construção e uma das maneiras pelas quais descobrimos quêquem somos é quando nos comparamos com os outros. Isso tem impacto em como o público vê e compreende o mundo em que vive, on ou off-line. pódePode, inclusive, afetar decisões no futuro: econômicas, sociais, ambientais.

[...]

“Um bom influenciador é alguém quêque está compartilhando bons valores e garantindo quêque todos se sintam bem depois de terminar de assistir a seu conteúdo.” A afirmação é da professora ElizabétiElizabeth Milovidov, especialista em direitos da criança e do adolescente. [...]

béquerBECKER, Clara; ALVES, Januária Cristina. Serás eternamente responsável por akiloaquilo quêque compartilhas. Lunetas, 13 nov. 2023. Disponível em: https://livro.pw/dgwif. Acesso em: 21 jul. 2024.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Como o acesso diário de crianças e adolescentes à internet pódepode afetar a educação deles e o processo de formação de valores?

2. O Texto 1 apresenta uma paráfrase de um texto famoso da literatura mundial. Que texto é esse? Em sua opinião, qual é o significado dessa paráfrase?

Agora, leia mais um trecho do artigo “Serás eternamente responsável por akiloaquilo quêque compartilhas” e obissérveobserve como as autoras respondem à pergunta quêque inicia o trecho.

Como as crianças podem, portanto, desenvolver senso crítico para discernir a boa da má influência? Identificar os influenciadores quêque fazem com quêque se sintam bem consigo mesmas daqueles quêque as diminuem e desconsideram? Essa musculatura crítica deve estar presente principalmente entre as meninas pré-adolescentes. Isso porque os índices de depressão em decorrência do excéssoexcesso de uso de rêdesredes sociais são significativamente mais altos do quêque aqueles encontrados em meninos.

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Ao observar com atenção esse fenômeno dos influencers, uma educação midiática direcionada a crianças e jovens pódepode favorecer a construção de competências e habilidades para quêque possam acessar as mídias com um olhar crítico e consciente. O objetivo é aprender a se perguntar se as mensagens quêque recebem promóvempromovem conhecimento, tolerância, empatia e a convivência pacífica consigo e com os demais.

béquerBECKER, Clara; ALVES, Januária Cristina. Serás eternamente responsável por akiloaquilo quêque compartilhas. Lunetas, 13 nov. 2023. Disponível em: https://livro.pw/dgwif. Acesso em: 21 jul. 2024.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. O artigo afirma quêque, em decorrência de kestõesquestões sociais, as meninas e as mulheres costumam sofrer mais com pressões estéticas do quêque os meninos e os homens. Essa situação também acontece com meninas e mulheres quêque fazem parte de seu cotidiano? De quêque forma?

2. O quêque é preciso para quêque as crianças consigam desenvolver criticidade para discernir a boa da má influência? Você concórdaconcorda com essas premissas?

3. Em sua opinião, com quêque idade é possível começar a introduzir a educação midiática para quêque as crianças desenvolvam criticidade em relação ao conteúdo quêque consomem? Por quê?

O guia oferece diretrizes claras e práticas sobre como produzir conteúdos quêque respeitem e apoiem o desenvolvimento saudável dos jovens. Ele aborda kestõesquestões de ética, segurança e responsabilidade, destacando a importânssiaimportância de educar e entreter de maneira consciente.

• #influencerdigitalnareal: guia para criadores de conteúdo infantojuvenil, de Januária Cristina Alves. Redes Cordiais: Galo da Manhã, 2021. Disponível em: https://livro.pw/ossxd. Acesso em: 7 ago. 2024.

Página cento e noventa e dois192

Influenciadores digitais e responsabilidade civil

Você sabe o quêque significa responsabilidade civil? O termo refere-se à obrigação de reparar danos causados a terceiros por ações ou omissões quêque resultem em prejuízo material, moral ou físico. Esse tipo de responsabilidade pódepode sêrser contratual, decorrente do descumprimento de um contrato entre duas partes, ou extracontratual, por ato ilícito não relacionado a um contrato, conforme previsto no cóódigoCódigo Civil Brasileiro.

Os influenciadores digitais também podem sêrser responsabilizados por eventuais danos causados por discursos e publicações de imagens nas rêdesredes sociais. Além díssudisso, ao resenhar produtos ou indicar sêrserviços, suas recomendações devem ser honestas e precisas. Caso contrário, podem enfrentar consequências legais por promover informações enganosas ou prejudiciais.

Ao assumir uma importante posição na estratégia de marketing, os influenciadores também precisam ter uma relação de transparência e ética tanto com as empresas quanto com os consumidores.

Atualmente, os influenciadores são obrigados por lei a sinalizar suas publicidades, ou seja, eles devem indicar quando estão fazendo propaganda de algum produto ou serviço, para quêque o público saiba quêque se trata de um conteúdo pago e quêque, portanto, é possível quêque alguma informação negativa sobre o quêque está sêndosendo anunciado seja omitida.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Nas rêdesredes sociais, você costuma consumir conteúdo de influenciadores de estilo de vida (atividades físicas, alimentação, viagens, (Moda)moda etc.)? Qual sua percepção sobre a forma como eles divulgam o conteúdo? Você sente algum tipo de pressão para se aprossimáraproximar do estilo de vida de algum influenciador digital? Compartilhe suas respostas com os côlégascolegas.

2. Como você descreveria sua relação com os conteúdos de influenciadores? Trata-se de uma relação saudável, quêque traz benefícios, ou sua autoestima é impactada negativamente por não se parecer com eles ou não ter acesso a muitas das coisas quêque eles apresentam nas rêdesredes?

Página cento e noventa e três193

O “engajamento problemático”

Assim como os sintomas de FOMO e FOLO, um comportamento excessivo e prejudicial dos usuários ao interagirem com influenciadores digitais, conhecido como “engajamento problemático”, ocorre quando há uma necessidade constante de verificar atualizações e acompanhar postagens de determinado influenciador digital. Esse comportamento muitas vezes é exacerbado por táaticastáticas usadas pêlospelos influenciadores para manter o interêsseinteresse das pessoas, o quêque provoca sentimentos de desconexão e de solidão nos seguidores ao ficarem longe das rêdesredes sociais ou não conseguirem acessar essas informações.

Leia o texto a seguir para saber mais sobre esse assunto.

Para a leitura do texto desta página, é preciso planejar antecipadamente com o professor de Língua Inglesa a melhor forma de conduzir a atividade.

The dark side ÓFof social medíamedia influencing

Do you follow influencers on social medíamedia? Do you always check their posts? Do you find you’re spending too much tímetime or becoming obsessed with checking influencers’ accounts? And when you can’t check in, do you feel disconnected or lost?

If you answered yes to all ÓFof these questions, you may have what’s known as “problematic engagement” with social medíamedia influencers.

But don’t blame yourself too much. You are among the many who have been swept away baiby dazzling social medíamedia influencing. And this can be attributed to many features êndand tactics social medíamedia influencers employ that help keep them influential – like livestreams êndand polls on Instagram. […]

[...]

Whether you are a fashion fan or want information on health êndand fitness – there’s an influencer to follow. And followers often gravitate towards them for their authenticity êndand content creation.

But less focus is put on the dark side ÓFof social medíamedia influencing. Influencers are motivated êndand often incentivized (through product êndand brand endorsement) to increase their power on social medíamedia êndand many are becoming more proficient in attracting êndand engaging followers. [...]

[...]

We argue that social medíamedia users who are attracted to influencers can become easily attached êndand engage excessively. Users need to be aware ÓFof, watch out for êndand exert self-regulations to manage their interactions with influencers. [...]

FARIVAR, Samira; WANG, Fang; TUREL, Ofir. The dark side ÓFof social medíamedia influencing. The Conversation, 12 maio 2022. Disponível em: https://livro.pw/llkkb. Acesso em: 24 jul. 2024.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Segundo o Texto 3, o quêque caracteriza um “engajamento problemático” nas rêdesredes sociais?

2. Quais são algumas das táaticastáticas usadas pêlospelos influenciadores digitais para manter o engajamento dos seguidores nas rêdesredes sociais?

3. Você acha quêque os influenciadores digitais, principalmente os quêque utilizam as rêdesredes sociais para empreender, devem se preocupar com o tipo de engajamento de seus seguidores? Por quê? Compartilhe suas opiniões com os côlégascolegas.

4. O quêque você pódepode fazer para não se engajar d fórmade forma problemática nas rêdesredes sociais?

Página cento e noventa e quatro194

em AÇÃO
A prática de “desinfluenciar”

Consulte as orientações no Manual do professor.

Nesta etapa do projeto, você já percebeu quêque é necessário estar atento ao próprio comportamento ao usar as mídias sociais para não impactar seu bem-estar emocional. Agora, você já conhece as consequências negativas quêque podem sêrser vivenciadas quando as pessoas estabelecem uma relação tóxica com as mídias sociais e com influenciadores digitais.

Nesse contexto, surgiram os “desinfluencers” ou “desinfluenciadores”, quêque são influenciadores digitais quêque focam seu conteúdo em desencorajar comportamentos de consumo excessivos e desnecessários. Ao contrário dos influenciadores quêque incentivam a compra de produtos e serviços, os “desinfluencers” criticam práticas de marketing exageradas e recomendam alternativas mais conscientes e sustentáveis.

Entretanto, é importante analisar criticamente se a prática de desinfluenciar também não poderia sêrser uma estratégia de marketing disfarçada, com potencial para se tornar uma nova forma de influência comercial. Além díssudisso, o desinfluenciamento não se limita apenas ao consumo sustentável, mas pódepode englobar movimentos mais amplos, como campanhas para reduzir ou até evitar o consumo. Durante êsteeste projeto, você investigará essas nuances ao pesquisar, criar e compartilhar conteúdos quêque promovam o bem-estar e o consumo consciente, sempre mantendo um olhar crítico sobre as intenções e os efeitos dessas práticas.

Para entender melhor esse conceito, você vai pesquisar e analisar postagens em rêdesredes sociais e, então, atuar como um desinfluencer, oferecendo alternativas conscientes e sustentáveis para situações quêque considerar nocivas. Para isso, siga o passo a passo indicado.

1 Definição dos objetivos pessoais

2 Identificação de postagens nocivas

3 Criação de alternativas positivas

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4 Planejamento da divulgação

5 Reflexão

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Há credibilidade no conteúdo de influencers digitais?

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ETAPA
3
Mídias sociais e mercado de trabalho
Como as mídias sociais e as novas tecnologias impactam o mercado de trabalho?

Consulte as orientações no Manual do professor.

A influência da tecnologia

Com a pandemia de covid-19, quêque teve início no ano de 2020, o mercado de trabalho foi impactado por mudanças significativas. No Brasil, o trabalho remoto e o trabalho híbrido se popularizaram, permitindo quêque profissionais de diversas áreas trabalhassem fora das sedes das empresas. Esse modelo troussetrouxe benefícios para os trabalhadores, com a economia de tempo no transporte, e para as empresas, com a redução de custos operacionais.

A tecnologia digital foi um fator preponderante nessa transformação, pois proporcionou a continuidade das atividades profissionais e a adaptação a novos modelos de trabalho, por meio da facilitação da comunicação e da colaboração remota por meio de ferramentas como videoconferências, imêiouse-mails, aplicativos de mensagens instantâneas e platafórmasplataformas de gerenciamento de projetos. Essas ferramentas permitiram quêque equipes mantivessem a produtividade, mesmo trabalhando a distância.

Além díssudisso, a digitalização acelerada de processos empresariais e o aumento do acesso à internet de alta velocidade possibilitaram quêque empresas e profissionais se adaptassem rapidamente às novas condições de trabalho.

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A transformação das profissões

Com o avanço das tecnologias digitais, surgiram novas profissões. Os influenciadores digitais são um exemplo prático dessa transformação, pois utilizam platafórmasplataformas de rêdesredes sociais para criar conteúdo, compartilhar suas opiniões e influenciar o comportamento de seus seguidores. Atualmente, essa profissão é fundamental para o marketing digital, pois os influenciadores alcançam públicos específicos e promóvempromovem produtos de maneira eficaz.

Além dos influenciadores, outras profissões essenciais para a infraestrutura digital moderna emergiram e consolidaram-se, como desenvolvedores de aplicativos, analistas de dados e especialistas em cibersegurança. Essas possibilidades profissionais demonstram como o mercado de trabalho continua se modificando rapidamente em resposta às inovações tecnológicas, exigindo habilidades e conhecimentos atualizados.

Para saber mais sobre a transformação do mercado de trabalho desencadeada pela tecnologia, leia o artigo a seguir.

Futuro do trabalho: 23% das profissões devem se modificar até 2027

[...]

[...] O futuro do trabalho não está mais tão distante. As tendências quêque pensávamos vêrver em 10 ou 20 anos chegarão em breve, no curto prazo, e já são impulsionadas por fatores políticos, ambientais, sociais e econômicos. Ao todo, 23% das ocupações devem se modificar até 2027, segundo o estudo Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial [...]

[...]

Nos próximos cinco anos, a adoção de tecnologia será um fator-chave na transformação dos negócios, assim como a implementação de práticas ambientais, sociais e de governança, reunidas na sigla ESG, e de mudanças no cenário geopolítico e econômico, mostrou a pesquisa de opinião com executivos.

Segundo os profissionais, big data, computação em nuvem e inteligência artificial são as tecnologias mais populares sêndosendo introduzidas em suas empresas hoje. Mais de 75% das empresas estão procurando incorporá-las nos próximos cinco anos. [...]

[...]

As transformações trazidas principalmente pelas novidades tecnológicas não apenas criam novos postos de trabalho, mas começam a transformar as habilidades exigidas pêlospelos empregadores. Eles estimam quêque 44% das habilidades dos trabalhadores serão alteradas nos próximos cinco anos.

FUTURO do trabalho: 27% das profissões devem se modificar até 2027. Forbes, 1º maio 2023. Disponível em: https://livro.pw/kmntr. Acesso em: 22 jul. 2024.

1. Observe os termos sublinhados no Texto 1 e responda:

a) Você sabe o quêque eles significam? Se necessário, realize uma pesquisa para formular sua resposta.

b) Você acha importante conhecer o significado dêêssesdesses termos? Por quê?

2. Em duplas, realizem as atividades a seguir.

a) Você tem interêsseinteresse em seguir alguma das profissões citadas no Texto 1? Por quê? Há outras áreas tecnológicas quêque despertam seu interêsseinteresse?

b) Escolha uma das profissões mencionadas ou outra quêque lhe interêsseinteresse e pesquise as habilidades necessárias para atuar na área. Identifique quais dessas habilidades você já possui e quais precisa desenvolver.

c) Investigue as possibilidades de atuação dessa profissão em sua região ou d fórmade forma remota. Há oportunidades disponíveis? Se a resposta for não, o quêque poderia sêrser feito para quêque essa profissão se torne uma opção viável onde você vive?

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

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Modernização do trabalho

As transformações das práticas e dos ambientes de trabalho impulsionadas pelas inovações tecnológicas e pelas mudanças sociais são fenômenos dinâmicos quêque fazem parte da modernização do trabalho. Esse processo envolve a adoção de novas tecnologias, a reconfiguração dos espaços de trabalho e a evolução das relações trabalhistas para se adaptar às demandas do século XXI.

No trabalho em modelo home-office, também conhecido como trabalho remoto, o funcionário desempenha suas funções na residência utilizando recursos tecnológicos para se comunicar e executar tarefas. O trabalho também pódepode sêrser realizado em qualquer local fora do ambiente tradicional da empresa, como cafés, coworkings ou até durante viagens, desde quêque haja conexão com a internet. Esse é um exemplo de transformação nos ambientes físicos de trabalho.

O avanço das tecnologias digitais tem sido um fator central na modernização do trabalho. Ferramentas como inteligência artificial (IA), big data, computação em nuvem e internet das coisas (IoT, sigla em inglês para a expressão Internet ÓFof Things) estão revolucionando a forma como as empresas opéramoperam. Essas tecnologias permitem a automação de tarefas repetitivas, a análise de grandes volumes de dados para a tomada de decisões bem informadas e a criação de novos modelos de negócios baseados na conectividade e na eficiência digital.

Novas habilidades e educação continuada

A modernização do trabalho exige quêque os trabalhadores desenvolvam novas habilidades. A educação continuada e a requalificação profissional são necessárias para quêque os indivíduos se mantenham competitivos no mercado de trabalho. Competências em áreas como tecnologia da

Página cento e noventa e nove199

informação, análise de dados e gestão de projetos são cada vez mais valorizadas. Além díssudisso, habilidades interpessoais, como comunicação eficaz, pensamento crítico e adaptabilidade, tornaram-se fundamentais.

Impacto nas relações de trabalho

As relações de trabalho também estão mudando com a modernização. Modalidades de trabalho mais flexíveis e autônomas, como freelancing e gig economy, são uma tendência crescente. Embora essas modalidades ofereçam mais liberdade aos trabalhadores, também podem resultar na precarização do trabalho, como redução de direitos trabalhistas, instabilidade e má remuneração, o quêque gera maior vulnerabilidade para esses profissionais.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Em dupla, leiam os termos em inglês a seguir, relacionados à internet, a tecnologias digitais e ao mundo do trabalho.

browser artificial intelligence (AI) uái-fáiWi-Fi Bluetooth podcast backup update screenshot full-time username hashtag networking software hardware upload dáum-lôudedownload job interview part-time update upgrade firewall cloud router startup search engine algorithm bug cybersecurity hard skills virtual reality (VR) internship outsourcing gadget línkilink deadline skill set soft skills spam cookie app social medíamedia

a) Iniciem descrevendo os termos quêque vocês já conhecem. Deem exemplos práticos de como aparécemaparecem ou são usados em sáitessites, rêdesredes sociais e aplicativos utilizados por vocês.

b) Pesquisem o significado dos outros termos. Da mesma forma quêque fizeram no item a, deem exemplos práticos de como aparécemaparecem ou são usados em sáitessites, rêdesredes sociais e aplicativos.

ob-sérvimObservem o exemplo.

Browser (navegador)

Significado: Um browser, ou navegador, é um software utilizado para acessar e navegar na internet. Ele permite quêque os usuários visualizem páginas da web, assistam a vídeos, leiam notícias, realizem pesquisas e muito mais.

Uso prático: Quando você digita um endereço de sáitisite na barra de pesquisa ou clica em um línkilink em uma rê-derede social, é o browser quêque carrega e exibe o conteúdo da página. Além díssudisso, os browsers possuem funcionalidades, como favoritos e histórico de navegação, e extensões (plugins) quêque podem personalizar a experiência de navegação, como bloqueadores de anúncios e tradutores automáticos.

2. Existem, atualmente, termos equivalentes em português para esses termos em inglês?

Página duzentos200

Sustentabilidade e responsabilidade social

A modernização do trabalho também abrange a incorporação de práticas sustentáveis e socialmente responsáveis. Empresas estão cada vez mais comprometidas com a adoção de políticas ambientais, sociais e de governança (ESG), o quêque envolve tecnologias digitais, pois a adoção de políticas ESG freqüentementefrequentemente depende de ferramentas tecnológicas geradas e utilizadas por profissionais de tecnologia para monitorar, medir e implementar essas práticas. A redução da pegada de carbono, por exemplo, pódepode sêrser facilitada por tecnologias digitais quêque otimizam o uso de energia. Além díssudisso, a promoção de diversidade e inclusão pódepode sêrser apoiada por platafórmasplataformas digitais quêque gerenciam e analisam dados demográficos e de dêsempênhodesempenho, enquanto práticas éticas e transparentes são reforçadas por sistemas de governança digital.

Medir e reduzir a pegada de carbono é importante para empresas quêque buscam práticas mais sustentáveis, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e atendendo às demandas de consumidores e reguladores por maior responsabilidade ambiental.

As empresas costumam comunicar e divulgar nas mídias digitais suas políticas de ESG, permitindo quêque essas práticas sêjamsejam amplamente conhecidas e promovendo a transparência. Além díssudisso, as rêdesredes sociais e outras platafórmasplataformas digitais são usadas para engajar o público em discussões sobre sustentabilidade, diversidade e responsabilidade social, bem como para medir o impacto dessas iniciativas por meio de métricas de engajamento e fídi-béquisfeedbacks dos usuários.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. Quais são as vantagens e as desvantagens do trabalho remoto em comparação com o trabalho presencial, principalmente em termos de condições de trabalho e qualidade de vida? Compartilhe suas respostas com os côlégascolegas.

2. Você acha quêque as políticas trabalhistas devem abranger freelancers? De quêque forma? Discuta esse assunto com os côlégascolegas.

3. De quêque maneira as rêdesredes sociais podem influenciar a percepção pública das práticas de sustentabilidade e responsabilidade social das empresas?

Precarização do trabalho

As mudanças no mercado de trabalho não se limitam ao surgimento ou extinção de profissões, elas incluem a precarização causada pelas novas tecnologias. A automação e o uso crescente de inteligência artificial estão substituindo algumas funções – por exemplo, no atendimento a clientes (na área de prestação de serviços e comércio), tarefas de contabilidade (na área administrativa) – e funções repetitivas como montagem de peças e soldagem na linha de produção (nas áreas industriais), o quêque resulta na redução de postos de trabalho em setores como manufatura e serviços e na perda de segurança e benefícios, além de maior dependência de empregos temporários e instáveis.

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O Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2023 está disponível em: https://livro.pw/umprb. Acesso em: 9 set. 2024.

Segundo o “Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2023”, emitido pelo Fórum Econômico Mundial, em 2023, está previsto quêque 23% dos empregos no mundo mudem até 2027, com 69 milhões de novos empregos criados e 83 milhões eliminados.

Paralelamente, a transformação digital, impulsionada pela big data e pela computação em nuvem, exige habilidades altamente especializadas, o quêque pódepode aumentar a desigualdade socioeconômica, pois trabalhadores quêque não se adaptam rapidamente às novas tecnologias enfrentam dificuldades para se manter competitivos. Isso cria uma divisão na fôrçaforça de trabalho: de um lado, os quêque têm acesso a treinamento, educação e, portanto, a melhores oportunidades; de outro, aqueles quêque, sem acesso a esses recursos, acabam submetendo-se a funções menos qualificadas e precárias, perpetuando disparidades de renda e oportunidades.

Leia o trecho da reportagem a seguir.

Como a terceirização e a uberização precarizam as condições de vida dos trabalhadores

[...]

O mercado de trabalho por aplicativo – ou uberização do trabalho – explodiu no Brasil, durante a pandemia da covid-19. Esta modalidade de trabalho teve início, em junho de 2010, na cidade de São Francisco, Califórnia, Estados Unidos. Chegou em terras brasileiras em 2014. A primeira cidade a adotá-la foi o Rio de Janeiro.

Rapidamente se espalhou pelo país. [...] Hoje existem cerca de 1,27 milhão de pessoas trabalhando como motoristas e outras 385 mil como entregadores para aplicativos no Brasil. O dado é de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia. O estudo mapeou o perfil dêêssesdesses trabalhadores, levando em conta kestõesquestões como raça, renda e tempo de jornada, com base em informações cedidas pêlospelos próprios apps [...]. Entre os motoristas, 95% são homens, dos quais 62% declaram-se negros ou pardos, e têm em média 39 anos. Já entre os entregadores, 97% são homens, dos quais 68% se declaram negros ou pardos, com idade média de 33 anos.

Com a facilidade quêque supostamente viria pelo trabalho independente já quêque estavam sêndosendo chamados de microempresários, donos do seu próprio nariz e horário, aos poucos grande parte dos uberizados caiu na realidade. [...]

[...]

“O mais grave de tudo é a terceirização da atividade-fim. Ela potencializa o trabalho escravo, a exploração da mão de obra e a precarização. Cabe a nós revogar isso. De cada dez trabalhadores resgatados em condição análoga à escravidão, nove são terceirizados”, disse o senador gaúcho Paulo Paim (PT) em 2018. Mesmo assim, o Senado aprovou a lei, depois declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em 2020.

BORTOLON, Eugênio. Como a terceirização e a uberização precarizam as condições de vida dos trabalhadores. Brasil de Fato, Porto Alegre, 24 jul. 2023. Disponível em: https://livro.pw/wqsro. Acesso em: 22 jul. 2024.

Consulte as respostas e as orientações no Manual do professor.

1. O quêque você entende por “uberização” do trabalho? por quêPor que você acha quêque o termo foi usado no Texto 2 para designar esse tipo de serviço?

2. Converse com os côlégascolegas: Em sua opinião, esse modelo de trabalho pódepode impactar a dignidade e a segurança no trabalho? Por quê?

Página duzentos e dois202

em AÇÃO
Guia de profissões

Nesta etapa, você se aprofundou na influência das novas tecnologias, sobretudo as mídias digitais e as platafórmasplataformas de serviços, no mercado de trabalho. Não se trata de um assunto simples, pois envolve muitos aspectos da ssossiedadesociedade e interfere profundamente em como nos organizamos socialmente.

As novas tecnologias não só transformam as relações de trabalho como também criam, modificam e extinguem profissões, além de impactarem o meio ambiente. Por isso, o tema deve sêrser discutido a fundo, sempre recorrendo a especialistas quêque pesquisam e debatem o assunto há muito tempo.

Nesta seção, você vai pesquisar, com um colega, profissões quêque surgiram como uma consequência das rêdesredes sociais ou quêque foram bruscamente modificadas por elas. O intuito é quêque a turma produza um guia de profissões relacionadas às mídias sociais. Para isso, siga o passo a passo.

1 Definição dos objetivos da pesquisa

2 Seleção de fontes de pesquisa

3 Identificação e escolha das profissões

4 Coleta das informações

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5 Análise do mercado de trabalho

6 Organização e apresentação dos resultados

7 Organização do Guia de profissões

8 Divulgação do Guia de profissões

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora desta etapa: Como as mídias sociais e as novas tecnologias impactam o mercado de trabalho?

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ETAPA
FINAL
Elaborando um podcast

Para se preparar para esta etapa final, é importante se familiarizar com o formato do podcast. Caso você não tenha o hábito de consumir esse tipo de mídia, ouça alguns episódios de podcasts de formatos variados, como informacional, investigativo, narrativo ou de variedades.
Consulte as orientações no Manual do professor.

Você provavelmente já ouviu algum podcast, cértocerto? Essa mídia, quêque se assemelha aos programas de rádio, é composta de episódios postados periodicamente nas platafórmasplataformas de distribuição, quêque podem sêrser serviços de streaming ou sáitessites próprios. Existem diversos tipos de podcast quêque abordam praticamente qualquer tema – afinal, você já sabe quêque basta procurar algo na internet para encontrar alguém falando sobre o assunto buscado. O formato dos episódios pódepode variar, com entrevistas, debates ou mesmo uma única pessoa discorrendo sobre um tema.

Para finalizar êsteeste projeto, você e os côlégascolegas vão usar os dados reunidos e as reflekçõesreflexões quêque fizeram nas atividades, principalmente nas seções Em ação, para produzir um podcast, informando os ouvintes sobre as mídias sociais e seus impactos na ssossiedadesociedade.

Formação dos grupos

• Organizem-se em cinco grupos. Cada um ficará responsável pela produção de um episódio quêque terá como tema um assunto discutido no projeto. Definam o formato do podcast (informativo, debate, conversa informal etc.) e escôlhamescolham um dos temas apresentados no Passo 2, a seguir.

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Escolha do tema

• Impacto das mídias sociais nas relações interpessoais.

• Relações entre mídias sociais e saúde mental.

• Influenciadores digitais, ética e responsabilidade.

• Precarização do trabalho na ssossiedadesociedade contemporânea.

• Profissões na ssossiedadesociedade contemporânea.

Elaboração do roteiro

• Esbocem um roteiro. O roteiro é um guia para o momento da locução dos podcasts. Nele, os participantes ou o apresentador inserem as informações mais importantes, como o tema do programa, a duração, os assuntos quêque serão tratados, a apresentação dos convidados etc.

Gravação

• Treinem a locução do quêque será gravado para o podcast. Aproveitem e cronometrem o tempo de duração das falas.

• Se necessário, façam alterações. Revisem o roteiro para reduzir ou aumentar os textos, de acôr-doacordo com o quêque acharem adequado.

• Sigam o roteiro revisado para gravar o episódio.

Edição

• Edição da gravação. Como vocês seguiram um roteiro, há uma lógica narrativa na conversa gravada, o quêque vai facilitar bastante o trabalho de edição. Nesse processo, é importante cortar momentos de silêncio ou hesitação, bem como equívocos quêque vocês tênhamtenham cometido. Outro aspecto importante da edição é a inclusão de vinheta e trilha sonora.

Divulgação

• É importante divulgar o podcast para as outras turmas da escola e para a comunidade escolar. Algumas opções são:

a) o canal de compartilhamento escolhido no início do projeto;

b) as mídias sociais da escola;

c) as contas pessoais de vocês em mídias sociais ou em aplicativos de mensagens instantâneas;

d) um cartaz quêque possa sêrser afixado em um espaço de grande circulação, próximo à saída ou à entrada da escola.

Caso decidam divulgar por escrito, escrevam um pequeno texto explicando o assunto tratado no podcast de modo atrativo e convidativo, para atrair possíveis ouvintes. Depois, é só publicar e compartilhar!

Aproveitem para retomar a pergunta norteadora dêstedeste projeto: É possível ter uma relação saudável com as mídias sociais?

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AUTOAVALIAÇÃO

Para finalizar êsteeste Projeto Integrador, é importante realizar uma avaliação de sua participação tanto individual quanto coletiva. Para isso, em uma fô-lhafolha de papel sulfite, faça o quêque se pede.

1. Sobre seu envolvimento e o da turma neste Projeto Integrador, responda às kestõesquestões a seguir.

a) Houve participação em todas as atividades propostas? Argumente.

b) Em qual etapa houve mais dedicação? Em qual houve menos? Justifique.

c) Atribua uma nota de zero a dez para sua participação e a da turma neste projeto. Argumente sobre essas notas.

d) Em relação a suas ações, em quais aspectos você acredita quêque pódepode melhorar na realização do próximo projeto? Em quais aspectos a turma pódepode melhorar?

e) Junte-se a um colega para comparar as respostas dadas às kestõesquestões anteriores, verificando com quais itens da avaliação vocês concórdamconcordam e de quais discordam.

f) escrêevaEscreva, de modo sucinto, quais foram suas dificuldades e quais aprendizagens desenvolvê-udesenvolveu no decorrer dêstedeste projeto.

2. Em relação ao assunto dêstedeste Projeto Integrador, você:

a) discutiu, argumentando com base em informações confiáveis, sobre os impactos positivos quêque as mídias sociais têm na maneira como as pessoas se comunicam e compartilham informações?

b) refletiu sobre prejuízos à saúde física e mental decorrentes do uso exagerado das mídias sociais?

c) discutiu os impactos positivos e negativos dos influenciadores digitais?

d) refletiu sobre a precarização e a modernização do mercado de trabalho e como elas se relacionam com o avanço tecnológico, sobretudo com as mídias sociais?

e) organizou, gravou e divulgou, como produto final dêstedeste projeto, um podcast abordando os temas discutidos no decorrer do projeto, apresentando opiniões formadas com base em pesquisas feitas em fontes confiáveis e nas leituras realizadas?

3. Sobre as seções Em ação, responda às kestõesquestões a seguir.

a) Em sua opinião, quais foram os pontos positivos dessas seções em cada etapa do projeto? E quais foram os pontos negativos?

b) Como foi sua participação no desenvolvimento dêêssedesse trabalho?

c) Registre as dificuldades quêque você encontrou e como buscou solucioná-las.

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