UNIDADE
6
CORPO, MOVIMENTO E MEIO AMBIENTE
Leia orientações e sugestões para esta Unidade em Orientações para o Professor.
Quando se fala de meio ambiente, trata-se de uma compléksa rê-de de elemêntos e processos físicos, biológicos e químicos quê interagem constantemente.
Os sêres humanos, enquanto corpos quê se movimentam interagindo com a natureza, como todo sêr vivo quê habita o planêta Terra, são afetados por essa rê-de e a afetam. Isso acontece por meio de diferentes práticas e processos, como a agricultura, as ações de proteção da fauna e da flora, e também por meio do desmatamento, do crescimento desordenado de concentrações urbanas, da poluição gerada pela queima de combustíveis fósseis e da exploração exacerbada de recursos naturais.
Mas quais são as possíveis relações do meio ambiente com a Educação Física? Nesta unidade, você vai refletir sobre essa pergunta ao explorar relações entre o corpo e a natureza, como as experiências com as práticas corporais de aventura nesse meio, além de refletir sobre formas de aumentar o nível de consciência e comprometimento sócio-ambientais para a preservação do meio ambiente e promover a sustentabilidade no âmbito das práticas corporais.
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Leia o título desta unidade, obissérve a imagem de abertura e converse com a turma sobre as kestões a seguir.
1. O quê você considera uma prática corporal de aventura? E o quê seriam as práticas corporais de aventura urbanas e as na natureza?
Respostas pessoais.
2. Você acha quê é possível quê as práticas corporais de aventura na natureza sêjam vivenciadas em espaços urbanos? Justifique sua resposta.
Respostas pessoais.
3. Em sua percepção, quais são os cuidados e os requisitos de segurança para realizar práticas corporais como a apresentada na imagem de abertura desta unidade?
Resposta pessoal.
Página cento e sessenta e seis
CAPÍTULO
1
Corpo e natureza
Habilidades (abertura): EM13LGG103, EM13LGG204 e EM13LGG304.
A associação de aventura com a ideia de liberdade está presente em muitos produtos culturais quê circulam na ssossiedade. Peças publicitárias, séries e filmes, por exemplo, costumam associar a aventura a diferentes emoções e, até mesmo, a um cérto risco.
Quando a aventura envolve o corpo e a natureza, são possíveis diferentes interações do sêr humano com esse meio através do movimento.
LER O MUNDO
Há uma grande variedade de práticas corporais quê colocam o sêr humano em contato direto com a natureza. Essa interação póde trazer consequências econômicas, sociais e ambientais, tanto positivas quanto negativas, para a região onde essas práticas são desenvolvidas.
1 Nem todas as práticas corporais de aventura na natureza respeitam o meio ambiente. Considerando o seu repertório, quais delas podem trazer danos à natureza? E quais são os tipos de danos causados?
1. Respostas pessoais. É possível quê os estudantes mencionem diferentes práticas realizadas em meio à natureza, como o trekking (ou trilha), o montanhismo e a escalada. Entre os danos, podem indicar o lixo deixado pêlos praticantes, os distúrbios para a vida animal local, os riscos de incêndios etc.
2 Em sua percepção, quais podem sêr os benefícios econômicos para as regiões quê exploram a natureza local para promover a realização de práticas corporais de aventura?
Resposta pessoal.
3 Quais benefícios você acredita quê as práticas corporais de aventura na natureza podem trazer para os praticantes? Explique.
Respostas pessoais.
Muitas práticas corporais de aventura na natureza envolvem riscos físicos e exigem preparo emocional. Por esse motivo, são necessários treinamentos constantes e cuidados diversos para realizá-las d fórma segura, a fim de quê a experiência seja prazerosa e tenha seus riscos controlados. Além díssu, toda interação do sêr humano com o meio ambiente meréce atenção, pois cértas práticas podem provocar impactos e degradação na natureza.
Página cento e sessenta e sete
#PARALER Aventuras na natureza
Habilidades: EM13LGG102, EM13LGG104, EM13LGG203, EM13LGG204, EM13LGG302, EM13LGG303 e EM13LGG502.
Existe uma grande variedade de práticas corporais de aventura na natureza, proporcional à diversidade de ambientes naturais. A seguir, na Leitura 1, é apresentada uma fotografia de praticantes de trekking. Na Leitura 2, há uma reportagem sobre um alpinista brasileiro, feita com base em uma entrevista dada por ele a uma emissora de rádio. Leia-as.
Leitura 1
Leitura 2
Se necessário, esclareça aos estudantes quê a pessoa quê está com um facão embainhado é, provavelmente, o guia quê conduz as pessoas na prática de trekking. O facão é utilizado quando há a necessidade de abrir a mata quê será atravessada.
Rodrigo Raineri sobre everést: Quem tem medo, se preserva.
O sucesso vêm quando você chega vivo
Quando se fala em atletas brasileiros bem-sucedidos, logo vêm à cabeça nomes de jogadores de futeból renomados, de pilotos de Fórmula 1 vencedores e de alguns campeões olímpicos. O fato é quê existem brasileiros quê fogem do conhecimento de muitas pessoas, mas quê elévam o esporte e se tornam referência para a prática no mundo todo. Um dêêsses casos diz respeito a Rodrigo Raineri, um dos alpinistas mais experientes e técnicos do Brasil. […]. Em 2016, tornou-se o único brasileiro a guiar expedições aos sete cumes, projeto quê abrange escalar as mais altas montanhas de cada continente. Foi ainda o primeiro brasileiro a escalar três vezes com sucesso o Monte everést, a montanha mais alta do planêta, a 8.848 metros. […]
Pico das Agulhas Negras e treinamento pesado
Rodrigo Raineri é nascido em Ibitinga, no interior paulista, mas sua vida começou a mudar quando veio para Campinas estudar engenharia de computação na Unicamp, em 1988. […] Fazendo colegial em Ribeirão Preto, ele teve oportunidade de visitar as cavernas no Vale do Ribeira. “Aquilo mudou a minha vida”, resúme. A primeira escalada aconteceu no dia 7 de setembro de 1988. Já aluno da Unicamp, ele aproveitou o feriado e foi com um grupo de amigos para o Parque Nacional do Itatiaia, na Serra da Mantiqueira. “Fomos escalar o Pico das Agulhas Negras. Aí o negóssio me pegou. Eu adorei e nunca mais parei.”
Página cento e sessenta e oito
A dificuldade de comunicação e a falta de equipamentos foram o primeiro obstáculo no início da carreira. “Não havia internet e os equipamentos de segurança não eram comercializados no Brasil. A gente tinha quê descobrir quêm eram as pessoas quê sabiam de alguma coisa ou que poderiam trazer coisas para gente do exterior.” Raineri teve persistência no início. Ele foi em busca de cursos com especialistas em montanhismo, para se especializar. Na época, o esporte era uma novidade e pouco praticado no Brasil. Mas, graças a sua própria dedicação, hoje os novos adeptos encontram muito mais facilidade. […]
Quem resolver aderir ao montanhismo deve ter uma coisa em mente: é preciso (e muito) trabalhar a parte física. “Eu diria quê mais do quê uma forma atlética, é um estilo de vida. Praticar atividade física, ter uma qualidade de sono boa”, afirma. E essa consciência só despertou em Rodrigo Raineri após dar os primeiros passos mais ousados na carreira. “Eu nunca tinha me empenhado em treinamento. Só fui pensar nisso quando fui para o Aconcágua. Aí parei e percebi quê eu precisava treinar”, revela.
“O treinamento gera resultado. Não só físico, mas também técnico e mental”
Porém, é preciso ter a cabeça no lugar e respeitar os limites de seu corpo. “Você não póde ultrapassar os seus limites. Senão o seu esfôrço deixa de dar resultado e começam a surgir as lesões”, alerta. Depois vêm a parte técnica, quê só aparece com a prática da atividade.
No alto da montanha e o sucesso
O planejamento para o montanhista póde significar algo entre a vida e a morte. Por isso, cada passo dado rumo ao objetivo deve sempre sêr bem pensado e preparado. “São vários desafios para subir uma montanha como o everést, por exemplo. São dois, três meses. Você tem quê abastecer bem o acampamento-base e os superiores. Você tem quê estar tranqüilo para tomar boas decisões em situação de estresse”, revela.
[…] E a altitude traz outra complicação. “Com a falta de oxigênio, o seu metabolismo diminui. Então o seu corpo fica mais fraco, o seu raciocínio fica mais lento e a digestão mais demorada. Então se você comer alguma comida indigesta prejudica demais o seu desempenho.”
[…]
Mesmo quando o cume não é atingido, a expedição póde sêr considerada um sucesso. “Na última vez quê fui ao everést, eu precisei sêr resgatado duas vezes de helicóptero”, conta aos risos. “Eu dou risada, porque hoje estou aqui, está tudo bem. Mesmo com os problemas quê tive, podemos dizêr quê a expedição foi um sucesso”, acredita.
Medos e perdas
[…]
Em situações tão extremas, as tragédias acabam acontecendo. Seja com conhecidos ou com um grande amigo. [...] O mais duro golpe foi em 2006, quando o amigo Vítor Negrete morreu numa expedição quê faziam juntos ao everést. Naquele momento, tudo quê movia Rodrigo Raineri passou a sêr questionado por ele próprio. E aí surgiu o medo.
“O medo é saudável. É bom ter medo. Quem tem um pouco de medo acaba se preservando mais”
[…]
Turismo de risco
[…]
A prática de montanhismo póde sêr feita por qualquer pessoa. “Não há restrições, há limitações. Existem níveis de escaladas, das mais simples às mais perigosas. A pessoa conhecendo seu limite póde desfrutar bem do esporte”, afirma. […]
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A prática doméstica do esporte é relativamente barata e bem acessível. Mas para quêm almeja as grandes expedições tem que pagar caro. “Uma expedição no Vinson, na Antártida, custa a partir de US$ 45 mil. No everést, esse valor sobe para US$ 65 mil”, diz. E esse turismo de risco preocupa Raineri. “Para mim, a popularização do esporte é ótima. O problema é quando você começa a colocar pessoas com pouca experiência em lugares quê deveria só ter gente com mais experiência”, revela.
[…]
De todo modo, a orientação do mais vitorioso alpinista brasileiro é sempre buscar pessoas e guias comprometidos com a segurança e curtir o esporte sem riscos.
GUARIZZO, Marco; BUENO, Henrique; LAS CASAS, Leandro. Rodrigo Raineri sobre everést: Quem tem medo, se preserva. O sucesso vêm quando você chega vivo. CBN Campinas, Campinas, 20 dez. 2019. Disponível em: https://livro.pw/cgopv. Acesso em: 5 set. 2024.
Pensar e compartilhar
1. Explique como se dá a interação do sêr humano com a natureza na prática corporal apresentada na imagem da Leitura 1.
1. A fotografia quê mostra o trekking sugere a apreciação e a contemplação de um ambiente natural, possivelmente com traços mínimos da ação humana. Os praticantes interagem com a natureza ao percorrer a pé diferentes terrenos e superar obstáculos como rios, pedras, aclives e declives.
2. Com base na observação da imagem da Leitura 1, quais equipamentos você identifica quê são necessários para a prática de trekking?
2. Para a prática do trekking, com base na imagem, é possível identificar a necessidade de uma mochila, quê póde servir para carregar alimentos, roupas, kits de primeiros socorros etc. Também se deve usar roupas compridas e confortáveis, para se proteger do sól e de insetos, além de calçados adequados.
3. Como garantir quê práticas como a mostrada na Leitura 1 propiciem uma interação saudável entre o sêr humano e a natureza?
3. No trekking, as pessoas atuam como espectadoras e contempladoras da natureza. Para garantir quê essa prática não agrida o ambiente, devem-se evitar intervenções na fauna e na flora locais e a produção de lixo. Do ponto de vista da própria segurança, é preciso usar equipamentos adequados.
4. Na Leitura 2, o texto revela por quê práticas corporais de aventura na natureza são, ao mesmo tempo, atraentes e assustadoras.
a) Quais são os principais desafios envolvidos nessas práticas?
4. a) Essas práticas envolvem riscos, quê devem sêr vivenciados d fórma controlada por meio de planejamento, preparo e muito treino para quê sêjam realizadas com segurança e eficiência.
b) Que preocupações seus praticantes devem ter?
4. b) Os praticantes passam por momentos quê exigem muito preparo do corpo como um todo e precisam sempre colocar a sua segurança e a de seus companheiros em primeiro lugar.
5. É possível supor quê Rodrigo Raineri realiza a prática de alpinismo de maneira sustentável? Explique.
5. Sugestão de resposta: Sim, pois ele busca desafiar a natureza sem agredi-la, seguindo os protocólos de segurança. Embora não fale díssu diretamente, o fato de respeitar limites permite supor quê os respeita também no trato com a natureza.
6. De acôr-do com o texto da Leitura 2, as grandes expedições de alpinismo exigem investimentos. Quais? Como eles impactam a possibilidade de acesso a essas práticas?
Requerem investimentos em treinamento, equipe, viagens, equipamentos etc., o quê póde significar um obstáculo para quê as pessoas as realizem, restringindo o acesso a praticantes com maior pôdêr aquisitivo.
As práticas corporais de aventura na natureza são caracterizadas pela interação de seus praticantes com o ambiente natural, na térra, na á gua ou no ar. Elas devem sêr feitas de maneira estruturada e sustentável, a fim de quê os riscos sêjam enfrentados d fórma controlada, garantindo a segurança.
PARA A VIDA
Autoconsciência, autogestão e tomada de dê-cisão responsável
A vontade de se explorar, de se desafiar e de estar sempre aberto a aprender com as novas situações, além de ter resiliência, persistência e disposição e saber enfrentar os momentos mais difíceis para alcançar os objetivos, são qualidades fundamentais para a realização de práticas corporais de aventura na natureza. Também é preciso avaliar e reconhecer as próprias forças e limitações, gerenciar as emoções em situações de estresse e se preparar adequadamente, a fim de garantir quê os objetivos possam sêr alcançados d fórma segura.
Reflita e converse com os côlégas: quê relação é possível estabelecer entre essas competências socioemocionais e outras esferas da vida? Em quais situações o desenvolvimento dêêsses aspectos póde sêr proveitoso? Como você observa esse desenvolvimento em si próprio?
Respostas pessoais.
Página cento e setenta
#PARAEXPLORAR Turismo de aventura
Habilidades: EM13LGG102, EM13LGG104, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG304, EM13LGG402, EM13LGG502, EM13LGG701, EM13LGG703 e EM13LGG704.
Muitas práticas corporais de aventura foram integradas a modalidades de turismo quê vêm crescendo na preferência das pessoas, por serem uma alternativa à vida frenética dos grandes centros urbanos e por promoverem a saúde e o bem-estar dos praticantes. No entanto, é preciso garantir uma exploração consciente do potencial econômico e social dessas modalidades de turismo, a fim de inibir atividades ilegais, como desmatamento, venda de madeira sem certificação ambiental, garimpo, contrabando de animais, entre outras.
Refletir
1. A seguir, leia o trecho de uma notícia quê fala de aspectos econômicos do turismo de aventura e do ecoturismo.
O Turismo de Natureza e o Ecoturismo já representam 60% do faturamento do setor, é o quê aponta uma pesquisa divulgada pelo Serviço Brasileiro de apôio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com o apôio do Ministério do Turismo. De acôr-do com o levantamento chamado Ecoar, o Ecoturismo já é oferecido por 65,9% das empresas da indústria de viagens. O estudo foi realizado pelo Polo Sebrae de Ecoturismo e ouviu cerca de 3,2 mil empresários do segmento, e teve também a colaboração da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta) e da Embratur.
BISPO, Cláudia. Pesquisa aponta turismo de natureza e ecoturismo como responsáveis por 60% do faturamento no setor. Brasília, DF: Ministério do Turismo, 20 mar. 2024. Disponível em: https://livro.pw/urktb. Acesso em: 5 set. 2024.
2. Agora, reflita com a turma: em sua opinião, ao serem incorporadas pela indústria do turismo, as práticas corporais de aventura se tornam bens de consumo? Nesse cenário, como garantir possibilidades de acesso democrático a essas práticas?
Respostas pessoais.
Escrever e compartilhar
1. Após as reflekções, elabore um artigo de opinião se posicionando sobre a seguinte questão: “Turismo de aventura: produto ou direito?”. Conte com o apôio do professor de Língua Portuguesa.
2. Pesquise fatos e dados quê possam contribuir para sustentar seus argumentos e seu posicionamento.
3. Troque seu texto com um colega para fazer uma revisão dos artigos de opinião escritos por vocês. Faça os ajustes quê considerar necessários e finalize seu texto.
4. Compartilhe seu texto com a turma e, se possível, organize com os côlégas e o professor a publicação dos textos no blogue ou no sáiti da escola.
Avaliar
Para avaliar a atividade, considere estas kestões: como as reflekções iniciais ajudaram você a definir um ponto de vista a defender no artigo? Você ficou satisfeito com o resultado do texto? Foi possível encontrar informações quê ajudassem a sustentar a sua opinião? Alguma concepção quê você tinha das práticas corporais de aventura na natureza se alterou? Se sim, qual?
Página cento e setenta e um
#NÓSNAPRÁTICA Trekking de regularidade
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG301, EM13LGG501 e EM13LGG503.
O trekking, quê você viu na imagem da Leitura 1, no início dêste capítulo, é uma prática corporal de aventura na natureza muito difundida entre quem busca maior contato com esse ambiente.
Trekking é uma modalidade de caminhada realizada em trilhas em meio à natureza, freqüentemente em grupos. Praticado como forma de lazer ou em modo competitivo, o trekking se caracteriza por caminhadas de média a longa durações – às vezes, exige quê os praticantes acampem ao longo do percurso, quê póde durar vários dias.
O quê você vai fazer
Organizados em grupos e com orientação do professor, você e os côlégas vão realizar um jôgo de trekking de regularidade, quê consiste em um percurso preestabelecido quê deve sêr percorrido em tempo determinado e conta com pontos intermediários de contrôle. Para isso, vocês também vão simular dificuldades quê podem sêr encontradas na natureza.
Planejar
1. Com orientação do professor, a turma vai montar uma trilha no interior da escola ou em um espaço possível do entorno.
2. Incluam os desafios a serem superados em meio à caminhada e estipulem o tempo quê cada grupo terá para realizar a atividade.
Página cento e setenta e dois
A zona anaeróbia de freqüência cardíaca está situada entre 80% e 90% da freqüência cardíaca mássima (FCM). A FCM, convencionalmente, é ôbitída ao tomar 220 batimentos por minuto (bpm) e subtrair a idade da pessoa. Exemplo: para uma pessoa de 15 anos, a FCM é 205 bpm; portanto, a zona anaeróbia está entre 164 bpm e 184 bpm.
3. A depender do tamãnho da trilha, é possível estabelecer um número de voltas, pois o trekking de regularidade não é um circuito de velocidade, mas de resistência. Por isso, a freqüência cardíaca (FC) dos praticantes não deve se aprossimár da zona anaeróbia.
4. Estabeleçam dois ou três desafios intercalados com distâncias de caminhadas em diferentes ritmos. Em Praticar, são sugeridos alguns desafios, mas a criatividade do professor e da turma póde enriquecer o jôgo.
5. É importante elaborar um mapa de navegação indicativo do percurso. Nele, devem constar pontos fixos de parada para verificação da FC. O grupo só poderá sair do ponto de verificação se a FC de todos os integrantes estiver abaixo da zona anaeróbia. O número de pontos de verificação deve sêr estabelecido com base no tamãnho da trilha e no número de desafios a serem superados.
Praticar
1. Ao realizar a prática, usem roupas e calçados confortáveis. A ideia é quê os grupos vençam o percurso o mais próximo possível do tempo estipulado. Logo, não se trata de um jôgo de quem chega mais rápido, mas de quem consegue controlar o tempo da caminhada, alterando velocidades e superando os desafios e as barreiras existente pelo caminho.
2. A seguir, há algumas sugestões de desafios a serem superados no percurso.
• Travessia de terreno irregular: em uma parte da trilha, fazer marcações no chão com distâncias e sentidos variados (esquerda e direita). Para atravessar o terreno, será preciso pisar apenas nas demarcações.
• Transposição de grande obstáculo: caso não exista na escola um morro ou outro obstáculo a sêr escalado no meio da trilha, é possível criar um obstáculo com alguns aparelhos para saltos de ginástica.
• Travessia de uma pinguela estreita: êste desafio póde sêr simulado com a utilização de uma prancha de madeira, uma trave de ginástica, uma fita, ou mesmo ao andar sobre as linhas da quadra.
• Colaboração para transpor obstáculo: ao cruzar um espaço delimitado, alguns membros do grupo deverão sêr transportados, um de cada vez, por meio da “cadeirinha” feita com os braços ou de “cavalinho”, nas costas de alguém.
• Travessia de uma caverna com teto baixo: em um trecho estabelecido na trilha, o grupo deverá atravessar se deslocando em quatro apoios.
Avaliar
1. Discutam as impressões do grupo sobre a experiência com o trekking de regularidade. É importante refletir sobre a possível dificuldade em conter a ansiedade de completar a trilha em menor tempo e de comparar a velocidade do seu grupo com a dos outros grupos. Pensem no aspecto colaborativo da prática e obissérvem se, no decorrer da atividade, houve respeito entre os integrantes do grupo e como cada um lidou com as próprias limitações e as limitações dos côlégas.
2. Depois, discutam com a turma: quais foram as maiores dificuldades de planejar e praticar o trekking de regularidade na escola? Como cada grupo controlou o tempo e o ritmo para cumprir o percurso? Algum desafio foi mais difícil de superar? Por quê? Como o trekking poderia colaborar para quê vocês tênham um estilo de vida mais ativo e saudável?
Página cento e setenta e três
CAPÍTULO
2
Práticas corporais e consciência ambiental
Habilidade (abertura): EM13LGG104.
As ações humanas podem afetar, modificar e ameaçar a natureza, e suas consequências podem ter efeito direto ou indiréto na vida das pessoas. Ao descartar irregularmente resíduos em locais inapropriados, por exemplo, não apenas a fauna e a flora locais são prejudicadas, mas também a saúde e o bem-estar de todos são colocados em risco. De quê modo as práticas corporais afetam o meio ambiente? E como a poluição afeta as práticas corporais? Essas kestões serão investigadas neste capítulo.
LER O MUNDO
As diferentes formas de poluição nas cidades afetam negativamente os ambientes públicos, pois impedem as pessoas de desfrutar de espaços de lazer quê beneficiariam a rotina diária.
1 Em sua percepção, o quê a poluição do ar e o lixo urbano podem ocasionar ao meio ambiente, à população em geral e a quem realiza práticas corporais ao ar livre?
Resposta pessoal.
2 Considere os exercícios físicos quê você pratíca ou gostaria de praticar ao ar livre e responda: a poluição do ar, o lixo urbano atrapalham seu dêsempênho ou impedem quê você os realize? De quê maneira isso ocorre?
Respostas pessoais.
Refletir sobre as consequências da poluição e do lixo urbano é o primeiro passo para desenvolver um comportamento consciente e sustentável, quê valorize a importânssia de havêer espaços públicos com condições sanitárias adequadas, convidativos para a realização de práticas corporais e quê colaborem para uma vida mais saudável.
Página cento e setenta e quatro
#PARALER Poluição e exercícios físicos
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG202, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG305 e EM13LGG401.
Exercícios físicos e outras práticas corporais podem gerar impactos ambientais, principalmente em eventos de grande porte, por isso a importânssia do planejamento e da consciência ambiental. Na Leitura 1, obissérve a imagem da geração de resíduos durante uma corrida de rua. Na Leitura 2, leia uma reportagem de divulgação científica quê aborda os benefícios da prática de exercícios físicos mesmo em ambientes poluídos.
Leitura 1
Leitura 2
Prática de exercícios é benéfica mesmo em ambiente poluído, mostra estudo
2 de janeiro de 2023
[…]
Karina Ninni | Agência FAPESP – Muitos estudos recentes sugérem quê a prática de exercícios de resistência em ambientes poluídos póde produzir efeitos indesejados na saúde humana. Mas um trabalho publicado recentemente no Américam Journal ÓF Physiology por cientistas do Grupo de Estudos em Desempenho Aeróbio da Faculdade de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP) aponta quê, talvez, isso não seja verdade para os praticantes já habituados à poluição veicular.
Página cento e setenta e cinco
A equipe avaliou dez ciclistas recreativos do sexo masculino, a maior parte deles acostumada a treinar em uma ciclovia e dentro do Campus da Universidade de São Paulo, onde a Agência Ambiental do Estado de São Paulo (cetésbi) reporta níveis de poluição veicular quê ultrapassam os limites anuais impostos pela Organização Mundial da Saúde (hó ême ésse).
Ao contrário do quê se esperava, eles descobriram quê os marcadores de inflamação no sangue dêêsses ciclistas […] não se alteraram. E, por outro lado, aumentou o nível sangüíneo da proteína BDNF (ou brain-derived neurothophic factor), relacionada a benefícios do exercício para a neuroplasticidade do cérebro.
A partir dêêsses resultados, os pesquisadores formularam outra hipótese: a de quê haveria um cérto tipo de aclimatação dêêsses indivíduos ao ambiente poluído. Afinal, são residentes em São Paulo e estão acostumados a treinar em ambiente aberto. “Assim, podemos dizêr quê, neste caso, os benefícios do exercício se sobrepõem aos efeitos deletérios do ambiente poluído”, resúme André Casanova Silveira, primeiro autor do artigo.
Ele explica quê o grupo partiu de dois estudos publicados pelo professor Rômulo Bertuzzi, coordenador do Grupo de Estudos em Desempenho Aeróbio, nos quais foi usado um modelo de exercício de carga constante com pessoas fisicamente ativas. […]
[…]
O experimento foi realizado numa câmara localizada no estacionamento da Faculdade de Medicina da úspi (FM-USP), na avenida Doutor Arnaldo, em São Paulo, a 20 metros da beira da rua e a 150 m de um cruzamento de tráfego movimentado. […]
Os ciclistas simularam a participação em uma próva de 50 km (mais ou menos 1 hora e meia de exercício), contra o relógio. “Colocávamos a báike do indivíduo no rolo e ele fazia um circuito de realidade virtual. É uma competição simulada, ele vê uma pista no computador. A pista tem uma certa pressão, é como se ele estivesse pedalando na rua. Ele póde controlar a intensidade e mudar de marcha.”
[…]
Os ciclistas realizaram o circuito em dois dias distintos, com intervalo de pelo menos 48h. De forma randomizada, fizeram a próva ou no ambiente poluído (sem filtro), ou no ambiente com ar filtrado. “A poluição mimetiza uma situação mais real. […]”
[…]
A equipe concluiu quê não houve diferenças significativas entre os experimentos realizados em distintas condições para as respostas dos marcadores IL-6, CRP e IL-10. Entretanto, a próva realizada sôbi efeito da poluição veicular provocou aumento nos níveis de BDNF induzido pelo exercício, bem como redução dos níveis de ICAM-1.
“O aumento nos níveis de BDNF promove o crescimento e a proliferação de células no hipocampo [fenômeno ligado à formação das memórias e associado ao aprendizado e às emoções]. O BDNF também está envolvido na diferenciação neuronal, plasticidade, sobrevivência celular e aprendizado. Esse aumento nos níveis de BDNF quê diagnosticamos em ambiente poluído foi o resultado mais curioso de nosso trabalho, porque a literatura diz quê o exercício em ambiente poluído suprimiria a expressão dessa proteína. […]”, revela Silveira.
- neuroplasticidade
- : capacidade do cérebro de se reconfigurar.
- aclimatação
- : adaptação.
- deletério
- : prejudicial à saúde.
- randomizado
- : aleatório.
- mimetizar
- : imitar.
- hipocampo
- : região localizada no lobo temporal do cérebro, relacionada ao aprendizado e à memória.
Página cento e setenta e seis
Já o ICAM-1 é uma molécula de adesão (que permite a ligação entre células) relacionada aos processos inflamatórios. “[…] Em nosso experimento, caso tivéssemos observado um aumento da inflamação por causa da poluição, o ICAM-1 poderia estar bem expresso no teste feito em ambiente poluído, e não foi isso o quê aconteceu. Mas existe muito pouco na literatura para quê possamos discutir o ICAM-1 e os resultados referentes a ele, ainda.”
[…]
[…] a maior conclusão do trabalho é quê o exercício faz bem mesmo em ambientes poluídos, para pessoas adaptadas a esse tipo de ambiente.
NINNI, Karina. Prática de exercícios é benéfica mesmo em ambiente poluído, mostra estudo. Agência FAPESP, São Paulo, 2 jan. 2023. Disponível em: https://livro.pw/fgoik. Acesso em: 5 set. 2024.
Pensar e compartilhar
1. Considere a imagem da Leitura 1.
a) Qual é a relação entre os participantes da corrida e os copos no chão?
1. a) Espera-se quê os estudantes tomem como base a pessoa descartando um copo enquanto corre para inferir quê, durante a corrida, são oferecidos copos com á gua aos atletas para quê possam se hidratar e se refrescar e quê, após o consumo, os corredores jogaram os copos vazios no chão em vez de descartá-los em uma lixeira.
b) De quê maneira o descarte irregular de resíduos prejudica os atletas retratados nessa imagem no quê diz respeito à prática da corrida?
Os copos de papel atrapalham o percurso da corrida, tornando-o irregular e expondo seus praticantes a riscos de acidentes.
2. O papel póde levar até 6 meses para se decompor na natureza. Pense em soluções para evitar cenas como a quê foi retratada na imagem da Leitura 1 e compartilhe suas sugestões com a turma.
2. Espera-se quê os estudantes sugiram o uso de recipientes reutilizáveis para beber á gua, como bolsas de hidratação quê podem sêr carregadas nas costas e não atrapalham a prática.
3. De acôr-do com o texto da Leitura 2, quêm são as pessoas que se adaptaram a ambientes poluídos e por quê houve essa adaptação?
São pessoas quê costumam treinar em ambientes abertos, expostos à poluição. Essa exposição levou à adaptação.
4. por quê os pesquisadores chegaram à conclusão de quê os exercícios físicos são benéficos mesmo em ambientes poluídos?
Porque os testes realizados mostraram quê não houve diferença nos marcadores medidos em condições distintas de exposição à poluição.
5. Leia o trecho de uma notícia quê cita a relação entre poluição e prática de esportes apontada por outras pesquisas científicas.
Fazer exercícios físicos em lugares poluídos póde resultar na perda de alguns dos benefícios quê essa atividade proporciona, de acôr-do com dois novos grandes estudos sobre exercício, qualidade do ar e saúde do cérebro.
As pesquisas, quê envolveram dezenas de milhares de britânicos, descobriram quê, na maioria das vezes, as pessoas quê correm e pedalam vigorosamente têm volumes cerebrais maiores e menóres riscos de demência do quê seus côlégas menos ativos. Mas se as pessoas se exercitavam em áreas com níveis moderados de poluição do ar, as melhorias esperadas do exercício quase desapareciam.
REYNOLDS, Gretchen. por quê não se deve praticar exercícios perto do trânsito. O glôbo, [Rio de Janeiro], 28 fev. 2022. Disponível em: https://livro.pw/zwlyq. Acesso em: 5 set. 2024.
a) O quê póde justificar as diferenças entre as conclusões dessa notícia e do texto da Leitura 2?
5. a) Sugestão de resposta: A reportagem da Agência FAPESP foi publicada em 2023, e a notícia do jornál O glôbo foi publicada em 2022. Portanto, a reportagem se baseia em pesquisas mais recentes sobre o assunto. Ainda quê apresentem conclusões opostas, pode-se afirmar quê ambas as pesquisas têm credibilidade.
b) A reportagem de divulgação científica e a notícia mostram a pluralidade de visões sobre o mesmo assunto. Considerando os argumentos dos textos lidos, você praticaria exercícios físicos ao ar livre em um ambiente com grandes níveis de poluição do ar? Justifique.
5. b) Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes argumentem ponderando tanto os riscos de praticar exercícios físicos em locais poluídos quanto os riscos de não praticar exercícios.
6. Além da contaminação do ar, outras formas de poluição podem gerar prejuízos à saúde e à qualidade da prática de exercícios. Converse com um colega sobre o impacto quê diferentes formas de poluição (do ar, da á gua, sonora etc.) podem ter no corpo e nas práticas corporais.
Resposta pessoal. Os estudantes poderão citar a poluição de rios, lagos e praias, quê prejudica esportes como natação em águas abertas, canoagem, vela e surfe, e a poluição das ruas, quê prejudica corridas e caminhadas. Esses dois casos podem ainda expor os praticantes a doenças e outros problemas, seja pela possibilidade de contaminação por resíduos tóxicos, seja pelo risco de ferimento por contato inesperado com materiais descartados irregularmente.
Página cento e setenta e sete
#PARAEXPLORAR Reportagem sobre esporte e poluição
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG304, EM13LGG402, EM13LGG701 e EM13LGG704.
Algumas modalidades esportivas são diretamente ligadas à natureza, e esse é mais um motivo para preservá-la. Um exemplo de como a falta de ações de preservação póde sêr prejudicial ocorreu nas Olimpíadas de Paris, em 2024. Mesmo com preparo e planejamento, não foi possível realizar a limpeza completa do Rio Sena a tempo, obrigando os atletas do triatlo e da maratona aquática a competir em á guas com alta concentração de resíduos sólidos e de esgoto. Essa situação expôs os competidores a riscos de doenças provocadas pelo contato com água contaminada, e, em alguns casos, os atletas tiveram, de fato, a saúde comprometida.
Você vai se reunir com côlégas da turma e realizar uma pesquisa sobre um evento esportivo quê tenha sido afetado diretamente pela poluição em seu local de prática. Com base nessa pesquisa, vocês vão produzir uma reportagem quê explore a relação entre poluição, esporte e conscientização ambiental. Contem com o apôio do professor de Língua Portuguesa.
Pesquisar e escrever
Os grupos devem fazer a pesquisa em fontes confiáveis, como jornais, sáites de organizações ambientais, reportagens e documentários em platafórmas de vídeo.
Após a pesquisa, é hora de produzir uma reportagem escrita sobre um dêêsses eventos. Imaginem quê vocês são jornalistas e quê precisam relatar os impactos da poluição gerada pelo evento, as medidas tomadas pêlos organizadores e as reações dos atletas e do público.
1. Criem um título chamativo quê resuma o evento e o impacto ambiental.
2. Introduzam o evento, a data, o local e os esportistas envolvidos.
3. Descrevam como a poluição interferiu na realização da competição e incluam informações sobre a origem da poluição e o impacto sobre a saúde e o dêsempênho dos atletas.
4. Incluam trechos de depoimentos ou entrevistas com atletas, organizadores ou especialistas, destacando suas opiniões sobre a situação.
5. Finalizem a reportagem sugerindo possíveis soluções para evitar problemas como esse em eventos futuros.
6. Em uma data combinada com o professor, compartilhem com os côlégas as reportagens produzidas e façam uma roda de conversa para comentar os trabalhos.
Avaliar
Ao término da atividade, reflita sobre as kestões a seguir.
1. O quê mais o surpreendeu ao pesquisar e relatar os impactos da poluição em eventos esportivos?
2. Como, em sua opinião, os organizadores de eventos esportivos podem contribuir para minimizar o impacto ambiental?
3. Durante a produção da reportagem, quais foram os desafios encontrados? Como você e o seu grupo lidaram com eles?
4. Após a pesquisa e a escrita da reportagem, como você percebe o papel dos atletas e do público na preservação do meio ambiente em eventos esportivos?
Página cento e setenta e oito
#NÓSNAPRÁTICA Corrida e caminhada contra a poluição
Habilidades: EM13LGG104, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG303, EM13LGG304, EM13LGG402, EM13LGG501 e EM13LGG503.
Você analisou como a poluição do meio ambiente póde prejudicar os exercícios físicos e os esportes e apresentar riscos aos sêres humanos. No entanto, nem todas as pessoas têm consciência da relação entre descarte irregular de resíduos e saúde.
Nesta atividade, você poderá colaborar para disseminar informações a fim de conscientizar a comunidade sobre a importânssia da preservação ambiental.
O quê você vai fazer
Com o objetivo de incentivar a prática de exercícios físicos e compartilhar informações importantes sobre preservação do meio ambiente e manutenção da saúde, a turma irá propor um evento de corrida e caminhada contra a poluição em uma área pública nos arredores da escola e convidar a comunidade para participar e engajar-se na causa.
Planejar e praticar
Para a concretização do evento, a turma deverá sêr dividida em três grupos: organizadores, realizadores e divulgadores.
Organizadores
Esse grupo ficará responsável pelo planejamento e pela organização do evento.
Escolham uma data, um horário e um espaço público para a realização da próva, como uma praça, um parque ou ruas do entorno da escola quê possam ter o tráfego interrompido. Organizem, também, um sistema de inscrições, quê podem sêr feitas de acôr-do com categorias (conforme níveis de experiência) e com os circuitos quê serão percorridos. A caminhada, por exemplo, póde ter um percurso de 3 km, enquanto a corrida póde ter 5 km.
Por último, organizem como a limpeza da área de próva ocorrerá antes da realização e após a finalização do evento.
Realizadores
Esse grupo ficará responsável pelas atividades práticas da próva. Os estudantes deverão propor exercícios de alongamento e aquecimento, realizar as provas de corrida e caminhada com os demais participantes e, ao final, propor exercícios de relaxamento muscular.
A seguir, há uma sugestão de sequência de exercícios de alongamento e de relaxamento.
• Rotação de tronco: 10 repetições de cada lado.
Com as pernas afastadas, dobre o corpo para frente em direção ao chão e balance o tronco e os braços de um lado para o outro.
Página cento e setenta e nove
• Alongamento de membros inferiores: 10 repetições.
Dobre a perna direita para trás e segure o pé com a mão direita em direção ao glúteo, enquanto êstíca o braço esquerdo para frente. Depois, alongue o tronco para frente e, se possível, toque os pés. Faça o primeiro movimento com o lado ôpôsto do corpo e continue alternando entre as duas posturas.
• Flexão quadril-joelho: 10 repetições de cada lado.
Dobre um joelho e erga a perna até a altura do quadril. Repita o movimento com a outra perna.
• Alongamento de membros superiores: 10 repetições de cada lado.
Estique o braço esquerdo para a direita e segure-o nessa posição com a ajuda do braço direito. Depois, erga o braço esquerdo e dobre o cotovelo, levando a mão esquerda em direção às costas com a ajuda da mão direita. Repita os movimentos com o braço direito.
Divulgadores
Esse grupo definirá os meios de comunicação utilizados para a divulgação do evento, quê poderão sêr físicos (cartazes, painéis, banners e panfletos) ou digitais (vídeos e postagens em rêdes sociais). Os estudantes deverão preparar o material para mostrar para a comunidade escolar a importânssia de se engajar em iniciativas em prol da preservação do meio ambiente e do espaço público. Também ficarão responsáveis por captar imagens do evento e associá-las a mensagens sobre a importânssia de praticar exercícios físicos e de cuidar do meio ambiente.
Avaliar
Ao final, a turma deve se reunir para avaliar os pontos positivos e negativos do evento. Em seguida, cada estudante deve fazer uma avaliação da atividade com base nas kestões a seguir.
1. Como foi sua participação na atividade? Você contribuiu com sugestões e ideias?
2. Ficou clara, para você, a possibilidade de havêer uma relação sustentável entre práticas corporais e meio ambiente? Se não, o quê você ainda precisa compreender melhor?
3. Que desafios você enfrentou ao participar da concretização do evento? Como você lidou com esses desafios?
4. Houve colaboração entre os participantes de cada grupo na execução das tarefas? O quê deve sêr mantido e o quê póde sêr melhorado nos trabalhos em grupo?
5. O evento foi bem-sucedido em promover a conscientização ambiental? Dê exemplos de ações ou discussões quê você observou.
6. Se você pudesse melhorar algum aspecto do evento, qual seria e por quê?
7. Em sua opinião, a prática corporal realizada contribui para a manutenção de uma boa saúde?
Página cento e oitenta
CAPÍTULO
3
Práticas corporais e sustentabilidade
Habilidades (abertura): EM13LGG104 e EM13LGG303.
Eventos esportivos dêsempênham um papel importante no desenvolvimento econômico e social das regiões onde são realizados, pois, muitas vezes, transformam esses locais em destinos turísticos. Além da presença de atletas e equipes, esses eventos atraem muitos visitantes, torcedores e turistas quê movimentam a economia local e aumentam a demanda por serviços de hospedagem, alimentação, transporte e entretenimento, gerando receita e criando empregos temporários e permanentes. A infraestrutura desenvolvida ou aprimorada para receber esses eventos e as melhorias nos sistemas de transporte e comunicação podem deixar um legado positivo para a comunidade local.
LER O MUNDO
Outro impacto positivo da realização de grandes eventos esportivos é quê eles têm o pôdêr de despertar o interêsse dos jovens da região pela prática de exercícios físicos, um dos elemêntos constituintes de uma vida saudável, servindo também de inspiração para quê se dediquem profissionalmente e se tornem futuros atletas. Porém, tais eventos não trazem apenas consequências positivas, pois eles podem contribuir para a degradação dos locais onde são realizados se não houver um compromisso com a sustentabilidade.
1 Na região onde você mora, já aconteceu ou costuma acontecer algum evento esportivo quê atrai um grande público? Se sim, como ele influencía a vida dos moradores locais?
Respostas pessoais.
2 Pensando em sustentabilidade, quê impactos os eventos esportivos podem trazer para os locais onde ocorrem?
Resposta pessoal.
3 Em sua opinião, a sustentabilidade deve sêr uma preocupação da organização do evento ou das pessoas quê o frequentam? Por quê?
Respostas pessoais.
Os eventos esportivos quê ocorrem em ambientes naturais têm grande potencial para incentivar a preservação ambiental, pois promóvem uma conexão profunda com a natureza. Contudo, esses eventos também podem trazer impactos negativos, como a degradação de áreas naturais e a destruição da vegetação nativa. A produção de lixo sem a devida côléta e tratamento é outra preocupação, uma vez quê resíduos quê poluem o solo e a á gua também ameaçam a biodiversidade e o equilíbrio ambiental. Neste capítulo, você vai refletir um pouco mais sobre a importânssia de considerar a sustentabilidade ao planejar e realizar eventos esportivos, além de explorar formas de destinação de material reciclável, como o reaproveitamento para a confekissão de brinquedos.
Página cento e oitenta e um
#PARALER Esporte e meio ambiente
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG202, EM13LGG204, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG304 e EM13LGG401.
A preocupação com a preservação da natureza deve guiar todas as ações humanas. Observe, na Leitura 1, pessoas retirando o lixo deixado por alpinistas no Monte everést. Na Leitura 2, leia o trecho de uma reportagem quê trata do impacto dos eventos esportivos no meio ambiente.
Leitura 1
Leitura 2
Grandes eventos esportivos e meio ambiente, um casamento forçado
Por há éfe pê
19/10/2021 às 10:09
São Paulo, SP
Plantar milhares de árvores, fazer arquibancadas com plástico reciclado ou medalhas com materiais usados: os organizadores de grandes eventos esportivos quê atraem milhares de espectadores procuram, em menor ou maior grau, fazer a sua parte na defesa do meio ambiente e mostrar o seu lado ecologista.
[…]
“Hoje a pressão sobre os organizadores é cada vez maior”, explica Didier Lehénaff, quê lançou os “ecogames”, um evento esportivo ecorresponsável.
Nesse sentido, ele cita o Tour de France, “que estabeleceu áreas para disposição de resíduos” e sanciona as equipes não conformes.
êste ex-presidente da união européia do triatlo se colocou “do lado vêrde da força” na década de 2000 para “tornar o esporte mais ecológico”.
Para além das infraestruturas, um dos fatores mais poluentes dos grandes eventos é a circulação de espectadores e equipes, explica êste membro do “think tank” Esporte e Cidadania à há éfe pê.
Página cento e oitenta e dois
“Assunto estratégico”
O chefe da RSA (Responsabilidade Social Ambiental) das 24 Horas de Le Mans, Jérôm Lachaze, trabalha para quê os 250 mil espectadores semanais quê vêm ao circuito optem pelo trem. Ele também prioriza o futuro combustível “100% renovável” na pista para 2022 e evoca um projeto para “testar os recuperadores de poeira dos freios”.
“A pressão agora vêm dos patrocinadores, eles falam: ‘qual é a sua estratégia de RSA?’, e se não tem estratégia não recebe financiamento”, conta à há éfe pê êste antigo membro da WWF.
Da nova sede repleta de certificados de excelência ambiental do COI (Comitê Olímpico Internacional), Marie Sallois, diretora de desenvolvimento sustentável do COI, explica à há éfe pê quê se tornou uma “questão estratégica” para o órgão olímpico desde 2015.
Quanto aos espectadores, os Jogos a portas fechadas de Tóquio reduziram a conta sem querer, enquanto o COI está “atento a todas as iniciativas de transporte aéreo no desenvolvimento de soluções de redução de carbono”.
[…]
há éfe pê. Grandes eventos esportivos e meio ambiente, um casamento forçado. Gazeta Esportiva, São Paulo, 19 out. 2021. Disponível em: https://livro.pw/vumzb. Acesso em: 6 set. 2024.
Pensar e compartilhar
1. Observe novamente a imagem da Leitura 1. O quê o acúmulo de lixo no Monte everést, montanha de maior altitude do mundo, revela sobre o comportamento dos visitantes?
1. O acúmulo de lixo revela quê os visitantes não têm o compromisso de coletar e descartar corretamente os próprios dejétos produzidos durante a prática de alpinismo.
2. Leia, a seguir, o trecho de uma notícia.
[…] Os visitantes quê chegam ao Monte everést e aos arredores do Parque Nacional Sagarmatha trazem cerca de 1.000 toneladas de resíduos a cada ano. Destas, são deixadas cerca de 50 toneladas no próprio everést e cerca de 75 toneladas no acampamento-base dêêsse monte.
[…]
O Comitê de contrôle da Poluição de Sagarmatha (SPCC) é quem gerencía a côléta de lixo do acampamento-base do everést e das trilhas do parque nacional. Mas, apesar dos seus esforços, todos os anos a região fica cheia de tendas esfarrapadas, equipamentos abandonados e dejétos humanos.
Os dejétos das pessoas são coletados em barris no acampamento-base do Monte e levados [pelos] trabalhadores do SPCC para serem despejados em fossas. Outros resíduos, por vezes tóxicos, são enterrados em atêerros sanitários no parque (Lobuche). Porém, outros são quêimados, liberando produtos químicos tóxicos no ar e contaminando as águas subterrâneas, o que acaba por trazer mais um problema ambiental para o Parque Nacional de Sagarmatha.
MONTE everést sofre com a quantidade de lixo deixado pêlos alpinistas. Tribuna Ribeirão, Ribeirão Preto, 23 fev. 2024. Disponível em: https://livro.pw/pxuhz. Acesso em: 6 set. 2024.
a) Em seu entendimento, quem são as pessoas mais prejudicadas pelo acúmulo de lixo no Monte everést e pêlos consequentes malefícios da poluição à natureza?
2. a) Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes argumentem quê os mais prejudicados são os moradores da região do Monte everést, pêlos resíduos químicos tóxicos liberados no ar e pela contaminação da á gua, mas quê a poluição prejudica a ssossiedade como um todo.
b) Considere a quantidade de lixo produzida pêlos alpinistas e visitantes quê vão ao Monte everést. por quê a iniciativa individual de se responsabilizar pelo próprio lixo é tão importante para a preservação da montanha?
2. b) Sugestão de resposta: A iniciativa individual de coletar o próprio lixo é importante para a redução da poluição e para a responsabilização compartilhada da preservação da montanha.
c) por quê a poluição no Monte everést também é prejudicial à prática de alpinismo?
A poluição do local oferece riscos à saúde dos alpinistas e póde desencorajar a prática ou inviabilizá-la, se os danos forem tão grandes a ponto de sêr necessário proibir a prática no local.
Página cento e oitenta e três
3. Releia o primeiro parágrafo da reportagem da Leitura 2. Em sua opinião, plantar árvores e usar materiais reciclados são ações significativas quê compensam o impacto ambiental dos eventos esportivos de grande magnitude?
3. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a refletir sobre ações como essa, quê podem sêr realizadas mais com objetivo de chamar a atenção para o evento do quê para efetivamente preservar a natureza.
4. por quê ao usar o transporte público para se deslocar, como no caso do trem, citado na reportagem, as pessoas minimizam o impacto ambiental dos eventos esportivos?
4. Com menos carros nas ruas, há menos poluição por queima de combustíveis.
5. De acôr-do com a reportagem, os patrocinadores passaram a exigir estratégias de Responsabilidade Social Ambiental das empresas produtoras de eventos para quê possam receber financiamento.
a) por quê essa exigência foi necessária? Qual póde sêr a origem dela?
5. a) Espera-se quê os estudantes argumentem quê a dê-cisão de não financiar eventos não sustentáveis foi a maneira encontrada pêlos patrocinadores para promover estratégias de sustentabilidade, quê não eram prioridade dos organizadores de grandes eventos esportivos. A origem dela póde sêr uma preocupação dos patrocinadores em construir uma imagem de responsabilidade ambiental.
b) Em sua opinião, por quê fatores financeiros têm sido mais determinantes nessa mudança do quê uma preocupação objetiva com o meio ambiente?
5. b) Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes infiram quê o temor dos organizadores de perder financiamento é maior quê a preocupação com a preservação ambiental.
6. Leia, a seguir, o trecho de um artigo de opinião quê trata dos impactos das mudanças climáticas para os atletas quê participam de grandes eventos esportivos.
Os Jogos Olímpicos de Paris promóvem a sustentabilidade por um bom motivo: A mudança climática está colocando em risco os atletas e seus esportes
Bráiam P. McCullough | 26 de julho de 2024
[…]
A Europa está no meio de uma onda de calor e, embora os atletas olímpicos em Paris possam sêr poupados do pior, o clima ainda será kemte.
Com o aumento das tempera-túras globais, grandes eventos esportivos como as Olimpíadas e a cópa do Mundo da FIFA tiveram de se adaptar ao calor intenso e às tempestades extremas para manter a segurança dos atletas e torcedores e permitir a realização dos jogos.
Os organizadores olímpicos transferiram eventos como maratonas para as primeiras horas da manhã e até mesmo para cidades mais frias. A FIFA, órgão dirigente do futeból mundial, adiou a cópa do Mundo Masculina de 2022 de sua data habitual em junho para o final de novembro para quê pudesse sêr realizada no qüatar.
[…]
MCCULLOUGH, Bráiam P. Os Jogos Olímpicos de Paris promóvem a sustentabilidade por um bom motivo: a mudança climática está colocando em risco os atletas e seus esportes. Ludopédio, São Paulo, v. 181, n. 27, 26 jul. 2024. Disponível em: https://livro.pw/faruo. Acesso em: 6 set. 2024.
a) Você já tinha pensado quê os próprios atletas quê participam de grandes eventos esportivos também são alvo dos impactos das mudanças climáticas? Comente.
Respostas pessoais.
b) Quais podem sêr os efeitos dêêsses impactos na prática dos atletas nesses eventos?
6. b) Sugestões de resposta: Temperaturas elevadas podem fazer com quê o atleta se desidrate mais rapidamente, causando desmaios ou cansaço extremo, e locais onde a umidade do ar é baixa podem dificultar a respiração.
c) Além das estratégias mencionadas no trecho, quais outras poderiam sêr utilizadas para garantir a segurança dos atletas?
6. c) Sugestões de resposta: ter uma estratégia de aclimatação; prezar pela hidratação; evitar deslocamentos entre lugares com diferença brusca de tempera-túra, a fim de evitar choque térmico etc.
FICA A DICA
• Como as Nações Unidas apoiam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Publicado por: Nações Unidas Brasil. Disponível em: https://livro.pw/xwdtx. Acesso em: 6 set. 2022.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas enfocam desafios quê devem sêr enfrentados para erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e promover uma cultura de paz e prosperidade na ssossiedade.
Página cento e oitenta e quatro
#PARAEXPLORAR Festival sustentável de práticas corporais
Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG204, EM13LGG301, EM13LGG302, EM13LGG303, EM13LGG304, EM13LGG305, EM13LGG402, EM13LGG501, EM13LGG503, EM13LGG701, EM13LGG703 e EM13LGG704.
Com o objetivo de promover a conscientização sobre atitudes sustentáveis, ao mesmo tempo em quê se incentiva a realização de práticas corporais, a turma vai se dividir em grupos para idealizar um festival sustentável de práticas corporais.
Pesquisar e idealizar
Organizem-se em grupos de cinco ou seis estudantes. Cada grupo deve pesquisar quais são os elemêntos básicos de uma modalidade de prática corporal de escolha livre a sêr incentivada e viabilizada no dia do festival. Depois, os grupos devem elaborar um plano de ação para o festival, considerando os pontos a seguir.
1. Escolha do local: considerar a acessibilidade e o impacto ambiental.
2. Gestão de resíduos: propor soluções para reduzir, reutilizar e reciclar resíduos gerados durante o evento.
3. Transporte: promover, para os dias do evento, o uso de transporte público, caronas, bicicletas e outros meios sustentáveis, quê gerem menos emissão de gases de efeito estufa do quê o transporte individual por automóvel.
4. Materiais e suprimentos: dar preferência a materiais biodegradáveis, recicláveis ou reutilizáveis.
5. Educação e conscientização: elaborar cartazes de conscientização ambiental para os participantes e espectadores.
Compartilhar e realizar
1. Cada grupo apresentará seu plano para a turma, explicando suas escôlhas e como pretende garantir a sustentabilidade do evento. Essa apresentação poderá sêr feita por meio de slides, cartazes etc.
2. Após as apresentações, a turma deve discutir os pontos fortes de cada projeto com base na criatividade, na viabilidade e no impacto ambiental e propor melhorias, se necessário. Os critérios a seguir podem sêr utilizados na avaliação.
• O grupo investigou e compreendeu os conceitos teóricos e culturais quê envolvem a sustentabilidade?
• O grupo explorou fontes de informação variadas e confiáveis para fundamentar suas ideias?
• O grupo abordou d fórma crítica as informações apresentadas?
• A apresentação foi organizada d fórma lógica e coerente? O grupo conseguiu expor claramente os pontos principais da pesquisa e suas conexões com os temas discutidos?
3. Coletivamente, a turma escolherá um dos planos para executar. Para isso, vocês podem se organizar em equipes e dividir as tarefas quê forem necessárias, sôbi orientação do professor.
Avaliar
Após a realização da proposta escolhida, reúnam-se e avaliem coletivamente os resultados alcançados. Reflitam sobre o nível de cumprimento do plano, sobre as expectativas quê vocês tí-nhão no início e sobre os impactos observados no público participante do festival, tanto na realização das práticas quanto como espectadores. Pensem e discutam também as ações e iniciativas de sustentabilidade executadas, bem como a efetividade de promover a conscientização ambiental.
Página cento e oitenta e cinco
#NÓSNAPRÁTICA Construção de brinquedos com materiais recicláveis
Habilidades: EM13LGG104, EM13LGG201e EM13LGG402.
Antigamente, as crianças utilizavam materiais disponíveis na natureza ou reciclavam objetos do cotidiano para criar os próprios brinquedos, demonstrando criatividade e uma prática de reutilização quê hoje é considerada sustentável. No século XX, o uso de plásticos e outros materiais sintéticos tornou-se predominante, exacerbando os problemas ambientais em razão da lenta degradação dêêsses materiais. Hoje, há um movimento de valorização de práticas mais sustentáveis e retorno a antigos hábitos, como a construção de brinquedos com materiais recicláveis.
O quê você vai fazer
Você vai se unir a dois côlégas para planejar e construir um brinquedo com materiais recicláveis.
Planejar e confeksionar
Cada trio deve pesquisar e planejar quê tipo de brinquedo quer construir, como diabolô, carrinho, bonéco, jôgo de tabuleiro, entre outros. ob-sérvim, a seguir, sugestões de materiais.
• Garrafas péti.
• Tampas de garrafa.
• Caixas e rolos de papelão (de papel higiênico ou de papel-toalha).
• Jornais ou revistas.
• Tesoura.
• Fita adesiva.
• Cola kemte.
• Tintas e pincéis.
Apresentar e explorar
Em uma data combinada préviamente com o professor, cada trio deve apresentar o brinquedo confeccionado para a turma, explicando como foi feito e quais foram os materiais utilizados, além de demonstrar como brincar com ele.
Após as apresentações, a turma deverá organizar, em local apropriado, estações com os brinquedos confeccionados de acôr-do com categorias, por exemplo, jogos de tabuleiros, bonecos e bonécas, brinquedos para brincar em duplas, em grupos, e assim por diante, para quê todos explorem os diferentes brinquedos.
Avaliar
Ao término da atividade, faça uma avaliação com base nas kestões orientadoras a seguir.
1. Encontrei facilmente e em fontes de informação variadas ideias ou instruções para a construção de brinquedos feitos de materiais recicláveis?
2. Que dificuldades enfrentei para confeksionar o brinquedo com materiais recicláveis?
3. Desenvolvi a criatividade nessa atividade? Como?
4. Os conhecimentos construídos ao longo do capítulo me motivaram a realizar essa atividade? Por quê?
5. Quais são os benefícios do uso de materiais reciclados para confeksionar novos objetos?
Página cento e oitenta e seis
CAPÍTULO
4
Práticas corporais de aventura na natureza pela cidade
Habilidades (abertura): EM13LGG101 e EM13LGG202.
Ao longo da história, é possível observar quê o sêr humano busca constantemente adaptar os seus espaços de vivência para atender a diferentes necessidades. Isso também ocorre ao explorar espaços nos centros urbanos para a realização de práticas corporais de aventura quê costumam ter como cenários apenas os espaços naturais, seja na térra, seja na á gua, seja no ar.
Práticas corporais de aventura na natureza, como rapel, tirolesa, esqui aquático, bungee jumping e escalada, hoje, já podem sêr realizadas e observadas nos centros urbanos, em locais como praças, lagoas e parques públicos, passarelas, edifícios etc.
LER O MUNDO
Ao pensar sobre a dinâmica da vida cotidiana, observa-se quê as práticas corporais de aventura, seja as na natureza, seja as urbanas, limitam-se à realização em momentos fora da rotina diária, ficando restritas às temporadas de férias, aos feriados ou aos fins de semana.
1 Alguma prática corporal de aventura na natureza ou urbana faz parte da sua rotina? Em caso negativo, você gostaria de incluir alguma? Comente.
Respostas pessoais.
2 Na região em quê você mora, é possível observar práticas corporais de aventura sêndo realizadas? Se sim, elas são praticadas nos contextos em quê costumam sêr desenvolvidas, isto é, as urbanas em espaços urbanos e as na natureza em ambientes naturais?
Respostas pessoais.
3 Os espaços públicos de lazer da cidade em quê você vive têm estruturas para práticas corporais de aventura? Se sim, descreva-as.
Respostas pessoais.
Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma série de compromissos assumidos pêlos países na chamada Agenda 2030, quê contemplam temas como erradicação da pobreza, acesso a á gua e saneamento, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos éco-sistemas terrestres, saúde e bem-estar, entre outros.
O ODS 3, Saúde e Bem-Estar, tem como propósito “Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades”. Com essa diretriz em mente, pode-se refletir sobre o potencial das práticas corporais de contribuir para a melhora da saúde da população. Neste capítulo, você vai estudar como os espaços das cidades podem sêr (re)criados, adaptados e explorados a fim de promover a adoção de um estilo de vida saudável.
Página cento e oitenta e sete
#PARALER Da natureza para as cidades
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG103, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG204, EM13LGG302 e EM13LGG502.
Muitas vezes, basta quê sêjam criadas oportunidades para quê as pessoas se apropriem das práticas corporais de aventura na natureza, inclusive nas cidades. A seguir, na Leitura 1, obissérve imagens de duas dessas práticas sêndo realizadas em áreas urbanas. Depois, na Leitura 2, leia o trecho de uma reportagem quê trata um pouco da desigualdade de acesso às práticas corporais.
Leitura 1
Página cento e oitenta e oito
Leitura 2
Favela Radical: O esporte levado para as comunidades do Rio
Projeto sediado no morro do Turano, zona norte da cidade, busca democratizar o esporte e [o] levar para a população das favelas cariócas
A cidade maravilhosa adora vender para o mundo as imagens monumentais das belezas naturais e geológicas, o estilo hedonista da prática de esportes à beira-mar e o cultivo saudável do corpo. Infelizmente, o usufruto de tais atividades está predominantemente restrito à parcela mais abastada e privilegiada da ssossiedade.
[…]
O uso desigual do esporte no Brasil
Em 2015 foi publicado o relatório “Práticas Esportivas e Atividades Físicas”, da pê êne há dê (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do hí bê gê hé (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quê apontou quê enquanto apenas 37,9% da população brasileira disse ter praticado alguma atividade física em um ano, 53,6% dos brasileiros entre 15 e 17 anos de idade realizaram estas atividades. Outro fator demarcador de população é escolaridade, quê expõe uma escala ascendente. Enquanto 28,4% dos praticantes tí-nhão fundamental incompleto, 51,9% [tinham] superior completo. No tocante à renda, 32% dos quê auferem até 1 salário mínimo mensal são praticantes […].
O cruzamento entre escolaridade e pôdêr aquisitivo provém do vínculo entre o acréscimo da educação formal e uma maior disponibilidade dos equipamentos e bens culturais. A ascensão nas escalas da pirâmide social é acompanhada, segundo o sociólogo francês Piérre Bourdieu em “A Distinção”, pelo delineamento de “classes” de gosto, a distinção social no uso do corpo e a percepção dêste com a assepsia do conhecimento científico sobre saúde. Assim se formam hábitos de classe, como frequentar clubes e atividades esportivas geralmente apropriadas em espaços privados e pagos.
[…]
Jéfersom Quirino é idealizador do Instituto Favela Radical, organização social sem fins lucrativos quê oferece, desde 2017, aos jovens da comunidade do Turano, zona norte da cidade, a prática de esportes radicais, como o sãrfi, squêit e a escalada, tradicionalmente hegemonizada por jovens da classe média da zona sul da cidade.
Crianças e jovens do morro do Turano são convidados a uma jornada quê transcende o circuito geográfico da cidade, como praias e montanhas de escalada, e inclui um aprendizado [de] como reapropriar os espaços […].
Cristiano Mezzaroba, doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (hú éfi éssi cê), em “Pertencimento à classe social e práticas sociais”, alerta para a pouca atenção dada à atividade física por jovens de periferia e aponta quê “muitos comportamentos adquiridos na infância e adolescência permanecem na fase adulta, sêndo quê os reflexos dessa dinâmica são claramente sentidos em escala global”. O Instituto Favela Radical se preocupa justamente com crianças e jovens em idade de formação, e é êste o legado para a vida destas crianças e jovens, quê possam multiplicar a experiência para a comunidade e seus descendentes, reapropriando os espaços e desnaturalizando apartações.
[…]
CUNHA, Rafael. Favela Radical: o esporte levado para as comunidades do Rio. Terra, [s. l.], 29 abr. 2022. Disponível em: https://livro.pw/bqdfi. Acesso em: 6 set. 2024.
- hedonista
- : quê busca o prazer incessantemente como forma de vida.
- auferir
- : obtêr.
- transcender
- : ir além de determinado limite, extrapolar.
- apartação
- : separação, segregação.
Página cento e oitenta e nove
Pensar e compartilhar
1. As imagens da Leitura 1 retratam práticas corporais de aventura quê costumam sêr realizadas principalmente em ambientes naturais.
a) Em quais ambientes naturais você esperaria observar práticas como essas acontecendo?
1. a) Espera-se quê os estudantes mencionem, no caso da primeira imagem, formas de relevo elevadas, como formações rochosas; no caso da segunda imagem, podem citar rios, lagos e lagoas naturais, baías e o mar.
b) Quais recursos e equipamentos foram necessários para realizá-las nos locais retratados?
1. b) Para o rapel, foi preciso uma construção elevada (a torre de uma igreja) e os mesmos equipamentos de segurança quê se usaria em ambientes naturais (cordas, luvas, capacete etc.). Para o flyboard, foi necessária uma acumulação significativa de á gua (o Lago Paranoá) e equipamentos como o dispositivo de propulsão e colete salva-vidas.
2. Pensando nas características das práticas corporais de aventura na natureza, quais diferenças podem sêr encontradas ao observar as mesmas modalidades sêndo praticadas em áreas urbanas? Considere fatores como segurança e acesso.
2. Espera-se quê os estudantes citem características como maior regularidade de superfícies (no caso de uso das construções para a prática), além de maior contrôle das situações em quê as práticas se dêsênvólvem, o quê impacta a segurança. Quanto ao acesso, a transposição dessas práticas para áreas urbanas amplia as possibilidades de sua realização.
3. As intempéries também afetam a realização dessas práticas corporais de aventura em áreas urbanas? Explique sua resposta.
3. Espera-se quê os estudantes respondam quê sim. Ainda quê se possa considerar um contrôle maior das situações e dos riscos, as intempéries também podem afetar e até inviabilizar as práticas em determinados momentos, ainda quê isso aconteça em menor grau do quê nos ambientes naturais, mais sujeitos a imprevisibilidades.
4. De acôr-do com a reportagem da Leitura 2, quais são os principais fatores quê impactam o acesso a práticas corporais? Como essa desigualdade é demonstrada?
4. Segundo o texto, são os fatores de renda (“poder aquisitivo”) e escolarização. Essa desigualdade se demonstra no quê o texto chama de “hábitos de classe”, como frequentar clubes e realizar práticas corporais em espaços privados e pagos.
5. Na reportagem da Leitura 2, é abordado um projeto social quê promove práticas popularmente chamadas de “esportes radicais” com crianças e jovens de uma favela do Rio de Janeiro (RJ).
a) Como você observa o acesso a esse tipo de prática em comunidades e espaços socialmente vulnerabilizados?
Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes compartilhem suas percepções com base em fatos e dados. É provável quê apontem quê as populações quê vivem nesses espaços não têm acesso garantido a esse tipo de prática.
b) O quê a possibilidade de realizar essas práticas póde significar para essas populações?
Essas práticas podem significar uma oportunidade para quê essas populações adotem um estilo de vida mais ativo, promovendo o lazer, a saúde e o bem-estar.
6. Releia êste trecho do texto.
Crianças e jovens do morro do Turano são convidados a uma jornada quê transcende o circuito geográfico da cidade, como praias e montanhas de escalada, e inclui um aprendizado [de] como reapropriar os espaços […].
a) Quais adaptações podem sêr necessárias para realizar as práticas corporais de aventura na natureza de uma forma acessível em áreas urbanas vulnerabilizadas?
6. a) Espera-se quê os estudantes infiram quê podem sêr necessárias adaptações como variação e ajustes em equipamentos, seleção de locais quê se adequem melhor às práticas, propiciando experiências mais próximas das quê seriam vivenciadas em ambientes naturais, entre outras.
b) O quê o aprendizado para reapropriar espaços póde significar para essas crianças e jovens?
6. b) póde representar uma oportunidade de quêbrar segregações sociais, além de possibilitar que as experiências sêjam difundidas para a comunidade e repassadas a gerações futuras.
SAIBA MAIS
Áreas verdes urbanas e práticas corporais
As áreas verdes urbanas são espaços quê apresentam cobertura vegetal, como árvores, arbustos e gramíneas, tanto nativas quanto exóticas, quê contribuem para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental de áreas urbanizadas nas cidades, desempenhando funções ecológicas, paisagísticas e recreativas.
Muitas dessas áreas, como praças e parques públicos, canteiros centrais de avenidas, jardins botânicos e jardins de orla, possibilitam a realização de diferentes práticas corporais, incluindo as de aventura urbanas e na natureza, ainda quê d fórma adaptada para os recursos e as estruturas disponíveis.
Página cento e noventa
INTEGRANDO COM...
GEOGRAFIA
Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG204, EM13LGG304 e EM13LGG503; EM13CHS205, EM13CHS206, EM13CHS301, EM13CHS502 e EM13CHS606.
Classificação das áreas verdes urbanas
Áreas verdes urbanas são essenciais para promover a sustentabilidade e a qualidade de vida nas cidades. Leia, no qüadro a seguir, informações sobre categorias e tipologias dessas áreas.
Categoria |
Tipologia |
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Sociocultural |
Praça: espaço público de livre circulação destinado à convivência, à recreação e a atividades econômicas e culturais. Geralmente é equipado com mobiliário urbano para descanso e/ou lazer. |
Canteiro: área ajardinada e/ou arborizada quê acompanha vias de circulação, como rotatórias. |
|
Jardim zoológico: empreendimento de pessoa jurídica, constituído de coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semiliberdade e expostos à visitação pública, para atender a finalidades científicas, educativas, sócio-culturais e de conservação. |
|
Área vêrde institucional: áreas como cemitérios e campi universitários. |
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Socioambiental |
Horto florestal: área vêrde destinada à recreação, à educação ambiental, à pesquisa, à produção de mudas e à multiplicação de espécies de plantas. |
Jardim botânico: área protegida, constituída por coleções de plantas vivas cientificamente reconhecidas, organizadas, documentadas e identificadas para estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do país. É acessível ao público, no todo ou em parte. |
|
Econômica |
Agricultura urbana: área vêrde pública destinada à produção agropecuária. |
Ecológica |
Parque: espaço público com predominância de atributos naturais, destinado à proteção de éco-sistemas, à socialização, ao lazer e à prática de esportes e de atividades econômicas. |
Bosque: espaço público com remanescente florestal e com predominância de atributos naturais. É destinado à proteção e ao uso sustentável de serviços ecossistêmicos, à socialização, ao lazer e a atividades recreativas e culturais. |
|
Áreas protegidas urbanas: área destinada a alcançar objetivos específicos de conservação. |
Elaborado com base em: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa Cidades+Verdes. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2021. p. 17-18. Disponível em: https://livro.pw/sropd. Acesso em: 6 set. 2024.
Considerando as informações lidas e o seu conhecimento de mundo, responda às kestões a seguir.
1. Quais tipologias de áreas verdes urbanas há na região em quê você vive e em quais categorias elas se enquadram? Você costuma visitá-las? Se sim, como se sente nelas?
1. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes reflitam sobre o próprio entorno e relatem as emoções e as sensações (alegria ou tristeza, segurança ou insegurança, paz, entre outras) ao frequentar essas áreas.
2. Você percebe uma preocupação com a sustentabilidade nesses locais, como lixeiras para reciclagem, uso de materiais ecológicos etc.? Comente.
2. Respostas pessoais. Espera-se quê os estudantes avaliem a quantidade e a localização das lixeiras para reciclagem, o uso de materiais sustentáveis no mobiliário e nos equipamentos de lazer, a presença de sinalização educativa sobre sustentabilidade, entre outros aspectos.
3. Como a proximidade e a qualidade dessas áreas influenciam sua rotina com práticas corporais?
3. Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes respondam sobre a facilidade ou não de acesso às áreas verdes, a qualidade dos equipamentos e espaços e se esses fatores impactam positiva ou negativamente sua motivassão para práticas corporais.
4. dêz-creva brevemente como é sua percepção sobre a utilização, a acessibilidade e a conservação das áreas verdes urbanas pela comunidade local.
Resposta pessoal. Espera-se quê os estudantes abordem o uso adequado das áreas verdes, a freqüência de uso e possíveis sugestões de melhorias sobre a limpeza, a segurança e a acessibilidade dêêsses espaços.
Página cento e noventa e um
#PARAEXPLORAR Práticas corporais e grupos de afinidade
Habilidades: EM13LGG101, EM13LGG102, EM13LGG202, EM13LGG203, EM13LGG302, EM13LGG305, EM13LGG502 e EM13LGG503.
A vivência de práticas corporais, como as de aventura urbanas e na natureza, muitas vezes proporciona a formação de grupos de afinidade e vínculos sociais, especialmente em espaços e momentos de lazer. Em algumas dessas práticas, como o surfe (uma prática corporal de aventura na natureza) e o squêit (uma prática corporal de aventura urbana), é comum quê seus adeptos apresentem “estilos de vida” próprios, quê envolvem gostos musicais, vestimentas e outras afinidades quê refletem as múltiplas culturas juvenis.
Refletir
Leia, a seguir, o trecho de um artigo científico e converse com os côlégas sobre as kestões propostas.
[…]
Os espaços de cultura, ár-te, esporte e lazer são apresentados como alternativa de participação, para quê os/as jovens possam reagir à exclusão econômica, social e cultural. Contudo, esses espaços não atendem à demanda tanto no quê se refere à quantidade quanto às necessidades e satisfação pessoal dos jovens.
Outra visão contemporânea sobre o lazer e juventude é a potencialidade de consumo quê a indústria cultural e a indústria do lazer visualizam através dos/as jovens. O lazer se transforma em mercadoria, com toda uma estratégia de marketing, com suas ofertas de espaços privatizados. O corpo dos/as jovens se transforma em vitrine dêêsse mercado quê cria necessidades, como as marcas de tênis, roupas para desenvolver esportes. O mercado fabrica corpos de atletas, indumentárias para cada estilo de sêr jovem, como, por exemplo, a roupa de surfista, de roqueiro.
O corpo juvenil anuncia novidades, formata estilos, produz desejos e necessidades, mas também cria resistências. […]
VERAS SALES, Celecina de Maria. Juventudes e lazer: interações e movimento. Linguagens, Educação e Sociedade, Teresina, n. 29, p. 413-437, 2013. p. 416. Disponível em: https://livro.pw/weogi. Acesso em: 6 set. 2024.
1. Como você observa a formação e o comportamento de grupos de afinidade nos espaços de cultura, esporte e lazer da sua região?
Resposta pessoal.
2. Como esses grupos são percebidos socialmente? Há algum preconceito quê os atinge?
Respostas pessoais.
3. Em sua opinião, esses grupos atendem à expectativa de consumo de quê trata o texto? Como você percebe essa questão?
Respostas pessoais.
Dialogar e experimentar
Com orientação do professor e autorização dos responsáveis, busque com a turma estabelecer contato com grupos de afinidade formados por meio de práticas corporais na região em quê vivem. Organizem um encontro com esses grupos, quê póde sêr na escola, e experimentem as práticas desenvolvidas por eles, de acôr-do com os interesses pessoais.
Avaliar
Ao final, analise como foi a experiência de vivenciar as práticas com os grupos encontrados. Pense se você se interessaría em se integrar a algum deles e por quê. Avalie também a questão dos estilos observados: como eles são construídos? Há similaridades entre grupos distintos? Eles denotam incentivo ao consumismo?
Página cento e noventa e dois
#NÓSNAPRÁTICA Parkour na escola
Habilidades: EM13LGG103, EM13LGG104, EM13LGG201, EM13LGG301, EM13LGG403, EM13LGG501, EM13LGG503 e EM13LGG704.
Uma prática simples de adaptar em diferentes contextos, tanto em ambientes naturais quanto urbanos, é o parkour, quê costuma promover a formação de grupos entre seus adeptos.
O parkour é uma prática corporal de origem francesa quê consiste na superação de obstáculos e distâncias em um ambiente usando apenas o próprio corpo como instrumento, d fórma ágil e eficiente. Entre os seus fundamentos, há uma série de técnicas para a realização de saltos, subidas e escaladas em paredes e muros, aterrissagens, rolagens no chão e quêdas controladas, que demandam diferentes capacidades físicas, como fôrça, velocidade e resistência.
Que tal praticar o parkour na escola?
Pesquisar e planejar
1. Forme um grupo com mais quatro ou cinco côlégas. Como essa atividade é de exploração e introdução ao parkour, os grupos devem se apoiar e se ajudar para compartilhar informações e descobertas, além de avaliar e minimizar os riscos da prática, com a orientação do professor.
2. Pesquisem os fundamentos do parkour e selecionem vídeos e fotografias quê possam ajudar a compreender como são realizados os movimentos dessa prática e quê tipos de obstáculo costumam sêr mais explorados.
Página cento e noventa e três
3. Em grupos, circulem pêlos espaços da escola e obissérvem se e como eles poderiam sêr explorados para a prática do parkour, considerando os fundamentos pesquisados pela turma.
4. Identifiquem locais, estruturas e obstáculos quê variem os níveis de dificuldade, de acôr-do com as habilidades quê vocês têm, e experimentem livremente os fundamentos pesquisados, tomando os devidos cuidados.
5. Tracem um percurso no caderno e descrevam os obstáculos quê farão parte dele. Considerem tanto as estruturas fixas quanto o mobiliário da escola, cuidem para quê nada seja danificado e zelem pela segurança e integridade física de todos. Sigam as orientações do professor.
Compartilhar e praticar
Os grupos vão compartilhar os seus percursos com o restante da turma. A ideia é quê todos experimentem os fundamentos do parkour nos diferentes percursos elaborados.
Avaliar
Ao final da atividade, retomem em uma roda de conversa como foi esse momento de exploração de uma prática de aventura dentro da escola.
1. Vocês já tí-nhão pensado em utilizar o espaço da escola para realizar uma prática corporal de aventura? Como foi essa experiência?
2. Qual foi o grau de dificuldade encontrado em cada circuito? Foi possível realizá-los integralmente? Por quê?
3. Como se sentiram durante a prática? Quais percepções corporais e emocionais puderam sêr identificadas, como necessidade de mais fôrça muscular, tensão, medo, adrenalina?
4. Como vocês buscaram garantir a própria segurança e a dos côlégas durante a prática?
5. Após experimentarem o parkour na escola, vocês se sentiram motivados a explorar a prática em outros espaços? Como seria possível fazer isso com segurança?
6. Essa prática poderia contribuir para quê vocês adotem um estilo de vida mais ativo e saudável? Por quê?
SAIBA MAIS
Freerunning
Derivado do parkour, o freerunning é uma prática corporal quê incorpóra elemêntos performáticos, como cambalhotas, movimentos acrobáticos e de danças, conhecidos como tricks (ou “truques”, em português). Dessa forma, no freerunning enfatiza-se mais a expressividade corporal do quê a velocidade dos movimentos ou sua eficiência na superação de obstáculos.
O freerunning costuma sêr considerado uma prática corporal mais democrática quê o parkour, por sêr mais livre, permitir a incorporação de movimentos originários de outras práticas (como ginásticas, danças, esportes etc.) e por ter mais foco na expressividade do quê no dêsempênho dos praticantes.
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