Página 266
UNIDADE 4
ENERGIA E TRANSFORMAÇÕES NA SOCIEDADE
Na página seguinte, você encontrará uma maquete em escala reduzida de um veículo que permaneceu apenas no estágio de projeto dos fabricantes de automóveis. Desenvolvido na década de 1950, esse carro inovador se diferenciava dos veículos comuns por conta do combustível que utilizaria. Enquanto a maioria dos carros usava gasolina, este modelo seria alimentado por urânio-235 abre parênteses U traço 235 fecha parênteses, um combustível nuclear. O carro, conhecido como carro nuclear, prometia uma autonomia de 8.000 quilômetros e poderia ser reabastecido rapidamente com a troca das pastilhas de urânio abre parênteses U fecha parênteses.
Naquela época, os planos de produzir um carro movido a energia nuclear começaram a surgir, em parte, por conta do desenvolvimento de reatores nucleares criados para fins pacíficos, como para a geração de energia elétrica e a propulsão de submarinos. Um submarino, por exemplo, era capaz navegar cerca de 40 mil quilômetro utilizando apenas 2 quilogramas de urânio-235. Contudo, questões relacionadas à segurança e à dimensão dos reatores impediriam sua aplicação em automóveis. Apesar de a tecnologia nuclear não ter sido incorporada aos carros, outras tecnologias, como motores e baterias elétricas, estão substituindo os motores a combustão. Esses veículos elétricos oferecem vantagens: não emitem gases poluentes, têm menor manutenção e são mais eficientes.
Nessa unidade, exploraremos as características dos materiais radioativos e sua aplicação na sociedade, bem como as reações químicas que geram energia elétrica e as que podem ser provocadas por ela.
a ) Quais são os benefícios da busca por novas tecnologias para geração e uso de energia?
b ) Você considera importante a busca de novas tecnologias para gerar e utilizar energia?
Respostas nas Orientações para o professor.
Nesta unidade, vamos estudar...
- reações de oxidação e redução;
- diferença de potencial;
- pilhas e baterias;
- eletrólise ígnea e aquosa;
- radiação ionizante;
- decaimento radioativo;
- meia-vida;
- usos da radioatividade.
Página 267

Página 268
CAPÍTULO14
Eletroquímica
A invenção da pilha
Para iniciar nosso estudo, responda às questões a seguir.
1. Cite pelo menos dois equipamentos que você utiliza em seu dia a dia e que funcionam com pilhas ou baterias.
Resposta pessoal. Os estudantes podem citar equipamentos como telefones celulares, brinquedos eletrônicos, controles remotos, notebooks e alguns tipos de relógios.
2. Qual é a importância das pilhas e baterias nesses equipamentos?
Resposta: O objetivo desta questão é levar os estudantes a associar as pilhas e baterias a geradores elétricos. Espera-se que eles comentem que esses dispositivos fornecem energia elétrica para o funcionamento desses equipamentos.
3. Por que, após certo tempo de uso, as pilhas e baterias descarregam?
Resposta: Espera-se que os estudantes comentem que isso ocorre porque as reações químicas, responsáveis por gerar a energia elétrica, deixam de ocorrer, resultando na completa oxidação de determinado material.
Ao responder às questões anteriores, é possível perceber que as pilhas e baterias estão presentes em diferentes situações do nosso dia a dia. Afinal, qual é a finalidade desses dispositivos? Eles atuam como geradores elétricos, fornecendo energia elétrica ao equipamento para que ele funcione, dispensando a conexão direta à rede de energia elétrica, como ocorre com outros equipamentos eletrônicos.
4. Por que algumas pilhas e baterias podem ser recarregadas?
Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que isso é possível porque, nesses dispositivos elétricos, as reações químicas responsáveis por gerar energia elétrica são do tipo reversível. Assim, ao receber corrente elétrica, os elétrons são transferidos aos materiais, de modo que os produtos se transformem em reagentes, possibilitando que a reação química ocorra novamente e, consequentemente, que os geradores elétricos gerem energia.
5. Por que é importante dar preferência ao uso de pilhas e baterias recarregáveis?
Resposta: Porque isso reduz o lixo eletrônico produzido.
Algumas pilhas e baterias são recarregáveis, ou seja, quando finalizada sua carga, basta conectá-las à rede de energia elétrica para que elas se recarreguem. No entanto, as pilhas comuns não são recarregáveis, sendo necessário seu descarte em pontos de coleta após o término de sua vida útil e sua substituição por pilhas novas.
Mas como esses dispositivos foram desenvolvidos? O precursor das pilhas e baterias utilizadas atualmente foi desenvolvido pelo físico italiano Alessandro Volta (1745-1827). Em 1799, ao investigar eventos relacionados à eletricidade, Volta construiu um equipamento formado por discos metálicos do tamanho de moedas, empilhados uns sobre os outros, com o qual conseguiu obter faíscas e choques elétricos.
Apesar da importância da pilha de Volta, por se tratar da primeira fonte de eletricidade contínua desenvolvida, seu uso era limitado, pois ela perdia carga rapidamente à medida que a corrente elétrica era consumida.
Em 1836, o químico e meteorologista inglês John Daniell (1790-1845) criou uma pilha aprimorada que fornecia uma corrente elétrica uniforme durante seu funcionamento. A pilha de Daniell, também chamada célula de Daniell, deu um novo impulso à pesquisa elétrica e encontrou muitas aplicações comerciais. Ela consistia em um recipiente de cobre contendo solução de sulfato de cobre abre parênteses C u S O subscrito 4 fecha parênteses, ácido sulfúrico abre parênteses H subscrito 2 S O subscrito 4 fecha parênteses e um fio de zinco abre parênteses Z n fecha parênteses.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.


Professora, professora: Ao comentar sobre o descarte adequado de pilhas e baterias, diga aos estudantes que, de acordo com a Resolução nº 401/08 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), todos os pontos de venda de pilhas e baterias devem oferecer postos de coleta.
Página 269
PRÁTICA CIENTÍFICA
A pilha de Alessandro Volta
Você já imaginou acender um LED com moedas e arruelas (peça colocada entre um parafuso e uma peça a ser parafusada)? No experimento a seguir você vai reproduzir, de maneira simplificada, o dispositivo de Alessandro Volta.
Materiais
- 7 moedas revestidas de cobre (podem ser de 1 ou 5 centavos)
- 5 arruelas galvanizadas de zinco
- 5 pedaços de papel sulfite ou papel toalha cortados em quadrados no tamanho próximo ao das moedas
- vinagre
- LED
- prato de plástico
Professor, professora: Deixe claro aos estudantes que os materiais que compõem as moedas e as arruelas não são puros. As moedas de 1 e 5 centavos da segunda família do real são feitas de aço revestido com cobre, já a arruela é feita de aço revestido de zinco. Antes de iniciar a montagem da pilha, confira se as moedas e as arruelas estão limpas, caso não estejam, oriente-os a limpar com esponja, água e sabão.
Como proceder
A. Molhe os pedaços de papel em vinagre.
B. Monte a pilha sobre o prato de plástico. Primeiro, faça uma base triangular com três moedas e, na sequência, adicione um pedaço de papel umedecido com vinagre.
C. Coloque uma arruela sobre o papel umedecido.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

D. Repita mais quatro vezes o processo de empilhar, nesta sequência: uma moeda de cobre, um papel embebido em vinagre e uma arruela.
E. Segure o terminal mais longo do LED tocando as moedas da base e o mais curto tocando a arruela no topo da pilha.
Análise
1. O que aconteceria com a intensidade da luz do LED se mais quatro camadas fossem empilhadas e ligadas a ele?
2. Por que a folha de papel embebida em vinagre é necessária para o funcionamento da pilha montada? Poderia ser utilizado outro material?
Respostas nas Orientações para o professor.
Funcionamento de pilhas e baterias
Como vimos, as pilhas e baterias são dispositivos portáteis para a geração de energia elétrica. Portanto, existe energia armazenada nesses dispositivos, que a liberam na forma de energia elétrica ao serem conectados aos aparelhos. Essa energia armazenada, no entanto, não é energia elétrica, e sim química. Mas o que isso significa e como ocorre essa transformação?
Os materiais que compõem as pilhas e as baterias são responsáveis por armazenar a energia química nesses dispositivos. Por meio de reações químicas, essa energia é liberada, causando a movimentação de elétrons e gerando corrente elétrica.
A movimentação dos elétrons em uma pilha ocorre porque um dos elementos químicos que a compõem perde elétrons, ou seja, oxida, enquanto o outro elemento químico recebe esses elétrons, ou seja, reduz. Essa movimentação de elétrons, que ocorre de forma espontânea, gera a corrente elétrica. Esse tipo de reação recebe o nome de reação de oxirredução ou reação redox.
Na pilha de Daniell, cada átomo de zinco metálico perde dois elétrons, formando cátions Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente.
Z n abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
Já os íons C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente recebem dois elétrons, transformando-se em cobre metálico.
C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses
Página 270
Portanto, o funcionamento da pilha se baseia em reações de oxirredução que ocorrem entre os elementos químicos que a compõem. Nesse tipo de dispositivo elétrico, sempre há um elemento sendo oxidado e outro sendo reduzido simultaneamente. Para uma combinação de zinco e cobre, por exemplo, as reações espontâneas sempre serão a oxidação do zinco e a redução do cobre. Quando não houver mais disponibilidade de zinco metálico ou de íons C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente, a pilha deixará de funcionar.
Um fenômeno semelhante acima ocorre em outros tipos de pilhas e baterias. Ou seja, quando um dos materiais necessários à reação de oxirredução se esgota, a pilha deixa de funcionar ou, como é popularmente dito, ela descarrega.
Nas pilhas e baterias recarregáveis, essas reações são reversíveis e os materiais necessários às reações de oxirredução são regenerados, possibilitando que tais dispositivos sejam usados novamente. Dessa forma, o que torna algumas pilhas recarregáveis e outras, não, são os materiais usados na sua construção.
As pilhas recarregáveis são compostas de metais níquel abre parênteses N i fecha parênteses e cádmio abre parênteses C d fecha parênteses.

As baterias de telefones celulares são compostas de lítio abre parênteses L i fecha parênteses.

Número de oxidação
O número de oxidação abre parênteses N O X fecha parênteses é um número atribuído a cada elemento químico presente em uma substância. Ele está relacionado à carga elétrica que o átomo apresentaria caso estivesse na forma iônica (mesmo que não seja o caso). Esse valor está diretamente relacionado à tendência que o átomo tem de atrair ou perder elétrons.
Um átomo neutro adquire carga elétrica quando perde ou recebe elétrons, que são partículas com carga elétrica negativa. Assim, ao receber elétrons, o átomo adquire sua forma iônica e passa a apresentar carga elétrica negativa. Já quando um átomo neutro perde elétrons, ele adquire carga elétrica positiva. Os íons de carga negativa são chamados ânions e os íons de carga positiva são chamados cátions.
Confira a seguir algumas regras para determinar o N O X dos elementos químicos.
1. O N O X de cada átomo isolado e de cada átomo em substâncias simples não iônica (com equilíbrio de cargas) é zero.
Exemplos: A l, A g, F e, H subscrito 2, O subscrito 2, C l subscrito 2, S subscrito 8, P subscrito 4, C a.
2. O N O X do átomo do elemento químico formador de um íon monoatômico é igual à sua própria carga.
Exemplos: N a elevado a início expoente, mais, fim expoente, K elevado a início expoente, mais, fim expoente, C a elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente, M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente, A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente, F elevado a início expoente, menos, fim expoente, C l elevado a início expoente, menos, fim expoente, O elevado a início expoente, 2 menos, fim expoente, N elevado a início expoente, 3 menos, fim expoente.
Página 271
3. Alguns elementos químicos apresentam N O X fixo ao formarem um composto. São eles:
Metais alcalinos (L i, N a, K, R b, C s, F r): N O X é igual a mais 1.
Exemplos: expressão com detalhe acima, início da expressão, N a, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima C l; expressão com detalhe acima, início da expressão, K, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima N O subscrito 3.
Metais alcalinoterrosos (B e, M g, C a, S r, B a, R a): N O X é igual a mais 2.
Exemplos: expressão com detalhe acima, início da expressão, C a, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 2, fim do detalhe acima S; expressão com detalhe acima, início da expressão, M g, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 2, fim do detalhe acima abre parênteses N O subscrito 3 fecha parênteses subscrito 2.
Alumínio abre parênteses A l fecha parênteses: N O X é igual a mais 3.
Exemplos: expressão com detalhe acima, início da expressão, A l, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 3, fim do detalhe acima C l subscrito 3; expressão com detalhe acima, início da expressão, A l, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 3, fim do detalhe acima P O subscrito 4.
4. Ao formar compostos, o hidrogênio abre parênteses H fecha parênteses geralmente apresenta N O X é igual a mais 1.
Exemplos: expressão com detalhe acima, início da expressão, H, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima B r; expressão com detalhe acima, início da expressão, H subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima S O subscrito 4; expressão com detalhe acima, início da expressão, H, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima C N; expressão com detalhe acima, início da expressão, H subscrito 3, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima P O subscrito 4.
Quando o átomo de hidrogênio se liga diretamente a um metal, formando hidreto metálico, apresenta N O X é igual a menos 1.
Exemplos: N a expressão com detalhe acima, início da expressão, H, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima; C a expressão com detalhe acima, início da expressão, H subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima.
Professor, professora: Ressalte aos estudantes que na molécula de H subscrito 2 o hidrogênio tem N O X é igual a 0.
5. Ao formar compostos, o oxigênio abre parênteses O fecha parênteses geralmente apresenta N O X é igual a menos 2.
Exemplos: C expressão com detalhe acima, início da expressão, O, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima; H subscrito 2 expressão com detalhe acima, início da expressão, O, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima; H subscrito 2 S expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 4, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima; C subscrito 6 H subscrito 12 expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima; C a C expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 3, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima.
Nos peróxidos, cada um dos átomos de oxigênio apresenta N O X é igual a menos 1.
Exemplos: H subscrito 2 expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima; N a subscrito 2 expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima; C a expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima; Z n expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima.
Em compostos binários oxigenados com flúor abre parênteses F fecha parênteses, o flúor é mais eletronegativo do que o oxigênio, o qual apresenta N O X positivo.
Exemplos: expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima F subscrito 2; expressão com detalhe acima, início da expressão, O, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 2, fim do detalhe acima F subscrito 2.
6. Em compostos binários contendo halogênios, estes, por serem mais eletronegativos, apresentam N O X é igual a menos 1.
Exemplos: C expressão com detalhe acima, início da expressão, F subscrito 4, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima; H expressão com detalhe acima, início da expressão, C l, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima; M n expressão com detalhe acima, início da expressão, B r subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima; K expressão com detalhe acima, início da expressão, I, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 1, fim do detalhe acima.
7. A soma dos N O X de todos os átomos presentes em substâncias neutras é igual a zero. Em substâncias iônicas, como os sais, a regra é a mesma. Exemplo:
expressão com detalhe acima, início da expressão, H subscrito 3, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima expressão com detalhe acima, início da expressão, P, fim da expressão, início do detalhe acima, x, fim do detalhe acima expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 4, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima
3 vezes abre parênteses mais 1 fecha parênteses mais x mais 4 vezes abre parênteses menos 2 fecha parênteses é igual a 0
3 mais x menos 8 é igual a 0
x é igual a mais 5 implica em N O X é igual a mais 5
8. Nos íons, em que há desequilíbrio eletrostático, a soma dos N O X dos elementos deve ser igual à carga total. Exemplo:
abre colchetes expressão com detalhe acima, início da expressão, C r subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, x, fim do detalhe acima expressão com detalhe acima, início da expressão, O subscrito 7, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima fecha colchetes elevado a início expoente, 2 menos, fim expoente
2 vezes x mais 7 vezes abre parênteses menos 2 fecha parênteses é igual a menos 2
2 x menos 14 é igual a menos 2
x é igual a mais 6 implica em N O X é igual a mais 6
Os valores de N O X nos ajudam a compreender que as reações de oxidação e redução ocorrem simultaneamente. Essas reações são comuns não apenas em dispositivos como pilhas e baterias, mas também na obtenção de metais a partir dos seus minérios, no processo de corrosão do ferro abre parênteses Fe fecha parênteses e no escurecimento das frutas pela ação do gás oxigênio abre parênteses O subscrito 2 fecha parênteses, por exemplo.
Na formação de ferrugem dois produtos são formados: o óxido de ferro(III), de fórmula F e subscrito 2 O subscrito 3, e o hidróxido de ferro(II), de fórmula F e abre parênteses O H fecha parênteses subscrito 2. Confira a seguir a reação oxidação do ferro metálico a hidróxido de ferro(II).
2 expressão com detalhe acima, início da expressão, F e, fim da expressão, início do detalhe acima, 0, fim do detalhe acima abre parênteses s fecha parênteses mais expressão com detalhe acima, início da expressão, O, fim da expressão, início do detalhe acima, 0, fim do detalhe acima subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 expressão com detalhe acima, início da expressão, H subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima expressão com detalhe acima, início da expressão, O, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita 2 expressão com detalhe acima, início da expressão, F e, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 2, fim do detalhe acima abre parênteses expressão com detalhe acima, início da expressão, O, fim da expressão, início do detalhe acima, menos 2, fim do detalhe acima expressão com detalhe acima, início da expressão, H, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 1, fim do detalhe acima fecha parênteses subscrito 2 abre parênteses a q fecha parênteses
Página 272
Comparando o N O X de cada elemento químico como reagente e como produto, podemos afirmar que:
- o N O X do ferro aumenta de 0 para mais 2 (perda de elétrons, oxidação);
- o N O X do oxigênio diminui de 0 para menos 2 (ganho de elétrons, redução);
- o N O X do hidrogênio permanece o mesmo abre parênteses mais 1 fecha parênteses.
Portanto, na formação do óxido de ferro(II) o ferro metálico é oxidado e o oxigênio é reduzido, tratando-se da ocorrência de uma reação de oxirredução.
Agente redutor e agente oxidante
Analisando a reação de formação do óxido de ferro(II), podemos afirmar que o ferro metálico se oxida, uma vez que o gás oxigênio recebe seus elétrons. Portanto, o oxigênio provoca a oxidação do ferro. De modo análogo, podemos afirmar que o ferro metálico, ao perder elétrons, provoca a redução do oxigênio. Assim, o elemento que se oxida provoca a redução de outro elemento. Por essa razão, ele é chamado de agente redutor. Já o elemento químico que se reduz leva à oxidação de outro, sendo chamado de agente oxidante.
Balanceamento de reações de oxirredução
O balanceamento de equações químicas se baseia na determinação dos coeficientes estequiométricos das substâncias participantes. Esses coeficientes permitem igualar as quantidades de átomos de cada elemento químico presente nos reagentes e nos produtos.
Nas reações de oxirredução, além de verificar a igualdade na quantidade de átomos, é necessário balancear a quantidade de carga total de todas as espécies químicas envolvidas. Para isso, faz-se o balanceamento do número de elétrons, pois a quantidade total de elétrons cedidos deve ser igual à quantidade total de elétrons recebidos.
Vamos balancear a reação de transformação do óxido de ferro(III) abre parênteses F e subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses fecha parênteses em ferro metálico. Essa reação é realizada na maior parte das siderúrgicas para a obtenção do ferro.
F e subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses mais C O abre parênteses g fecha parênteses seta para a direita C O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais F e abre parênteses s fecha parênteses
O primeiro passo para balancear a equação química é conhecer o N O X de todos os elementos químicos.

Comparando o N O X dos elementos químicos nos reagentes e nos produtos, verificamos que o ferro passa pelo processo de redução, e o carbono abre parênteses C fecha parênteses, de oxidação. Agora, vamos calcular a variação no N O X abre parênteses delta N O X fecha parênteses que ocorre para esses elementos químicos. Para isso, subtrai-se o valor de N O X do elemento químico no fim da reação (produto) do valor de N O X no início da reação (reagente): delta N O X é igual a N O X subscrito reagente menos N O X subscrito produto.
-
delta N O X subscrito F e:
mais 3 menos 0 é igual a mais 3
O átomo de ferro recebeu 3 elétrons e, como o índice para o ferro é 2 (do F e subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses), teremos um total de 6 elétrons recebidos abre parênteses 3 vezes 2 é igual a 6 fecha parênteses. -
delta N O X subscrito C:
abre parênteses mais 2 fecha parênteses menos abre parênteses mais 4 fecha parênteses é igual a menos 2
O átomo de carbono perdeu 2 elétrons e, como o índice para o carbono é igual a 1, teremos um total de 2 elétrons perdidos.
Como a quantidade de elétrons perdidos deve ser igual à quantidade de elétrons recebidos, a quantidade de átomos de ferro é multiplicada por 2 e a de carbono, por 6. Na prática, estamos usando o delta N O X subscrito total do redutor para balancear o oxidante, e vice-versa.
2 F e subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses mais 6 C O abre parênteses g fecha parênteses seta para a direita C O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais F e abre parênteses s fecha parênteses
Página 273
O restante da equação química será balanceado igualando-se as quantidades de átomos nos reagentes e nos produtos.
2 F e subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses mais 6 C O abre parênteses g fecha parênteses seta para a direita 6 C O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 4 F e abre parênteses s fecha parênteses
Simplificando os coeficientes, temos:
F e subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses mais 3 C O abre parênteses g fecha parênteses seta para a direita 3 C O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 F e abre parênteses s fecha parênteses
Como cada átomo de ferro recebe 3 elétrons e na reação estão envolvidos 2 átomos desse elemento químico, o total é de 6 elétrons recebidos. Cada átomo de carbono perde 2 elétrons e são usados, na reação, 3 átomos, totalizando 6 elétrons perdidos. Nessa reação, o agente redutor é o C O abre parênteses g fecha parênteses e o agente oxidante é o F e subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses.
Pilha de Daniell
O funcionamento das pilhas e baterias atuais ocorre de modo semelhante ao da pilha de Daniell. Essa pilha tem dois recipientes: em um deles há uma barra de cobre parcialmente imersa em uma solução aquosa de sulfato de cobre(II) abre parênteses C u S O subscrito 4 abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses, e no outro, uma barra de zinco parcialmente imersa em uma solução aquosa de sulfato de zinco abre parênteses Z n S O subscrito 4 abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses. Cada conjunto contendo o recipiente, a barra metálica e a solução é chamado semicélula.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

6. Que característica do sistema apresentado possibilita verificar que está ocorrendo a passagem de elétrons?
Resposta: A lâmpada elétrica acesa.
Os dois metais sólidos conectados por um circuito externo são chamados eletrodos, e eles ficam em um meio condutor iônico, uma solução eletrolítica. A solução de eletrólito, em geral, é uma solução de um composto iônico. Portanto, o eletrodo de zinco contém uma barra de zinco metálico parcialmente imersa em uma solução contendo cátions Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente, e o eletrodo de cobre contém uma barra de cobre metálico em uma solução com cátions C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente.
As setas indicadas no fio condutor mostram que os elétrons saem do eletrodo de zinco e são incorporados ao eletrodo de cobre. Isso significa que ocorre oxidação na semicélula 1 e redução na semicélula 2. Esses processos são representados pelas semirreações:
- Semicélula 1: Z n abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente (semirreação de oxidação).
- Semicélula 2: C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses (semirreação de redução).
Na semicélula onde ocorre a oxidação há um acúmulo de elétrons; assim, esse é o polo negativo da pilha, ou o ânodo. Na semicélula onde ocorre a redução, há uma deficiência de elétrons, pois assim que eles chegam do polo negativo são incorporados pelos íons C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses aq fecha parênteses; por isso, esse é o polo positivo da pilha, ou o cátodo. Em uma pilha, o fluxo de elétrons (corrente elétrica) sempre ocorre do ânodo para o cátodo.
Página 274
Após um tempo de funcionamento da pilha de Daniell, a oxidação no ânodo provoca o desgaste da placa de zinco, pois os átomos de zinco metálico oxidados passam para a solução como íons Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses. No cátodo, com a redução dos íons C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses aq fecha parênteses, o cobre metálico formado se deposita sobre a placa de cobre.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

Somando as semirreações de oxidação e de redução, obtemos a reação global da pilha. Essa reação mostra qual elemento sofre oxidação, qual elemento sofre redução e qual é o número de elétrons envolvidos.
Ânodo: Z n abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
Cátodo: C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses
Reação global: Z n abre parênteses s fecha parênteses mais C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses mais Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
A pilha também pode ser representada por um diagrama. Confira a seguir.

1. Inicialmente, representa-se o polo negativo, isto é, a semicélula correspondente ao ânodo. Para isso, escreve-se a espécie química que se oxida e a espécie resultante dessa oxidação, separadas por uma barra.
2. Em seguida, colocam-se duas barras paralelas, indicando que há a ponte salina.
3. Por fim, representa-se o polo positivo, ou seja, a semicélula que corresponde ao cátodo. Para isso, escreve-se a espécie química que se reduz e a espécie resultante dessa redução, também separadas por uma barra.
Após um tempo de funcionamento da pilha, ocorre o aumento da concentração de cátions na solução anódica, fazendo com que nessa solução haja excesso de carga positiva, enquanto na solução catódica da outra semicélula há diminuição da concentração de cátions, adquirindo excesso de carga negativa.
A ponte salina, que interliga as soluções dos eletrodos da pilha, é composta por uma solução saturada de um sal solúvel. Ela possibilita a passagem de íons de uma semicélula à outra, tendendo a manter essas soluções eletricamente neutras. Nesse caso, ocorre a migração de ânions para a solução carregada positivamente e de cátions para a solução carregada negativamente, mantendo as semicélulas eletricamente neutras e prolongando o funcionamento espontâneo da pilha.
Página 275
Diferença de potencial ou força eletromotriz
Confira o esquema a seguir.
Professor, professora: Comente com os estudantes que, apesar da designação força eletromotriz ter o termo força, ela se refere a um valor de voltagem, e não de força.
Imagens desta página sem proporção e em cores fantasia.

Ao conectar um voltímetro ao fio condutor da pilha de Daniell, verifica-se uma marcação de 1 vírgula 10 V. Essa medida fornecida pelo voltímetro é chamada de diferença de potencial abre parênteses d d p fecha parênteses ou força eletromotriz da pilha (fem). A ddp de uma pilha abre parênteses delta E fecha parênteses depende das espécies químicas (eletrodos), das concentrações das soluções eletrolíticas e da temperatura do sistema.
Assim, foram estabelecidas condições padrão para a determinação da d d p: concentração inicial do cátion da solução eletroquímica igual a 1 mol por litro, pressão igual a 1 a t m e temperatura igual a 25 graus Celsius. A d d p entre dois eletrodos medida nessas condições é denominada diferença de potencial padrão e representada por delta E grau.
O eletrodo de hidrogênio e o potencial padrão
Na prática, não há como medir diretamente o potencial de cada eletrodo isoladamente. Portanto, para que se pudesse calcular a ddp entre eletrodos, escolheu-se, então, um eletrodo de referência, em função do qual são determinados os potenciais dos demais eletrodos.
O eletrodo padrão de referência escolhido foi o de hidrogênio e, por convenção, definiu-se que o potencial de redução padrão abre parênteses E subscrito red grau fecha parênteses dele é nulo. Ele é composto por um tubo de vidro contendo uma placa de platina abre parênteses P t fecha parênteses imersa em uma solução de concentração 1 mol por litro de íons H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses a 25 graus Celsius, na qual é injetado gás hidrogênio abre parênteses H subscrito 2 fecha parênteses à pressão de 1 a t m, conforme o esquema a seguir.
Para determinar o valor dos demais eletrodos, são montadas pilhas em que um dos eletrodos é o padrão de hidrogênio e o outro é aquele que se deseja determinar o potencial em relação ao padrão.

Quando o eletrodo padrão funciona como ânodo, o gás hidrogênio é oxidado, aumentando a concentração de íons H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses em solução.
H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses seta para a direita 2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
Nesse caso, o outro eletrodo da pilha apresentará potencial de redução maior do que o do eletrodo padrão abre parênteses E subscrito red é maior do que 0 fecha parênteses.
Se o fio de platina do eletrodo padrão receber elétrons, esse eletrodo será o cátodo, reduzindo os íons H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses da solução e formando gás hidrogênio.
2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses
Nesse caso, o outro eletrodo da pilha apresentará potencial de redução menor do que o do eletrodo padrão abre parênteses E subscrito red é menor do que 0 fecha parênteses.
Página 276
As substâncias que apresentam os maiores valores do potencial de redução tendem a atuar como oxidantes. Da mesma forma, aqueles que apresentam os menores valores tendem a ser redutores.
A tabela a seguir mostra os potenciais de redução padrão de algumas reações.
Semirreação | E subscrito red grau abre parênteses V fecha parênteses | Tendência à redução | Tendência à oxidação |
---|---|---|---|
F subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 2 F elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 2 vírgula 87 |
A tendência à redução aumenta de baixo para cima. |
A tendência à oxidação aumenta de cima para baixo. |
C o elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C o elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 1 vírgula 82 |
||
P b O subscrito 2 abre parênteses s fecha parênteses mais 4 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais S O subscrito 4 elevado a início expoente, 2 menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita P b S O subscrito 4 abre parênteses s fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses |
mais 1 vírgula 70 |
||
C e elevado a início expoente, 4 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C e elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 1 vírgula 61 |
||
A u elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A u abre parênteses s fecha parênteses |
mais 1 vírgula 50 |
||
C l subscrito 2 mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 2 C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 1 vírgula 36 |
||
O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 4 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses |
mais 1 vírgula 23 |
||
B r subscrito 2 abre parênteses l fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 2 B r elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 1 vírgula 0 7 |
||
H g subscrito 2 elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 2 H g abre parênteses l fecha parênteses |
mais 0 vírgula 85 |
||
A g elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A g abre parênteses s fecha parênteses |
mais 0 vírgula 80 |
||
F e elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita F e elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 0 vírgula 77 |
||
M n O subscrito 4 elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita M n O subscrito 2 abre parênteses s fecha parênteses mais 4 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 0 vírgula 59 |
||
C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses |
mais 0 vírgula 34 |
||
C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 0 vírgula 15 |
||
S n elevado a início expoente, 4 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita S n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
mais 0 vírgula 13 |
||
2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses |
0 vírgula 0 0 |
||
P b elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita P b abre parênteses s fecha parênteses |
menos 0 vírgula 13 |
||
S n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita S n abre parênteses s fecha parênteses |
menos 0 vírgula 14 |
||
N i elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita N i abre parênteses s fecha parênteses |
menos 0 vírgula 25 |
||
C o elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C o abre parênteses s fecha parênteses |
menos 0 vírgula 28 |
||
P b S O subscrito 4 abre parênteses s fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita P b abre parênteses s fecha parênteses mais S O subscrito 4 elevado a início expoente, 2 menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
menos 0 vírgula 31 |
||
C d elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C d abre parênteses s fecha parênteses |
menos 0 vírgula 40 |
||
F e elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita F e abre parênteses s fecha parênteses |
menos 0 vírgula 44 |
||
C r elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C r abre parênteses s fecha parênteses |
menos 0 vírgula 74 |
||
Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita Z n abre parênteses s fecha parênteses |
menos 0 vírgula 76 |
||
2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses |
menos 0 vírgula 83 |
||
M n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita M n abre parênteses s fecha parênteses |
menos 1 vírgula 18 |
||
A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A l abre parênteses s fecha parênteses |
menos 1 vírgula 66 |
||
M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita M g abre parênteses s fecha parênteses |
menos 2 vírgula 37 |
||
N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita N a abre parênteses s fecha parênteses |
menos 2 vírgula 71 |
||
C a elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C a abre parênteses s fecha parênteses |
menos 2 vírgula 87 |
||
S r elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita S r abre parênteses s fecha parênteses |
menos 2 vírgula 89 |
||
B a elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita B a abre parênteses s fecha parênteses |
menos 2 vírgula 90 |
||
K elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita K abre parênteses s fecha parênteses |
menos 2 vírgula 93 |
||
L i elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita L i abre parênteses s fecha parênteses |
menos 3 vírgula 0 5 |
Fonte de pesquisa: CHANG, Raymond; GOLDSBY, Kenneth A. Química. 11. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. p. 823.
Página 277
A diferença de potencial padrão de uma pilha é a diferença dos potenciais dos eletrodos que a compõem.
delta E grau é igual a E subscrito cátodo grau menos E subscrito ânodo grau
Na pilha de Daniell, as semirreações apresentam os seguintes potenciais de redução padrão:
C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses E grau é igual a mais 0 vírgula 34 V
Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita Z n abre parênteses s fecha parênteses E grau é igual a menos 0 vírgula 76 V
Portanto, sua d d p é:
delta E grau é igual a mais 0 vírgula 34 menos abre parênteses menos 0 vírgula 76 fecha parênteses
delta E grau é igual a mais 1 vírgula 10 V
Professor, professora: Após ler o parágrafo seguinte, se julgar conveniente, comente que no próximo capítulo será discutido as células eletrolíticas, que apresentam valores de d d p são negativos e, para a reação ocorra, é necessário a aplicação de uma tensão externa.
Nas pilhas e baterias, os valores da ddp sempre são positivos. Isso significa que o processo de oxirredução é espontâneo, ou seja, ele ocorre sem necessitar de uma fonte de tensão externa.
As representações das equações globais e os cálculos da ddp padrão das demais pilhas podem ser feitos da mesma forma que fizemos para a pilha de Daniell. Confira a seguir o exemplo de uma pilha formada por eletrodos de prata abre parênteses A g fecha parênteses e de alumínio abre parênteses A l fecha parênteses.
As semirreações de redução e os respectivos potenciais para esses dois metais são:
A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A l abre parênteses s fecha parênteses E grau é igual a menos 1 vírgula 66 V
A g elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A g abre parênteses s fecha parênteses E grau é igual a mais 0 vírgula 80 V
Como a prata apresenta potencial de redução maior, ela será reduzida e o alumínio, oxidado. Para obter a equação global, é necessário somar uma semirreação de oxidação e uma semirreação de redução. Para obter a semirreação de oxidação do alumínio, basta inverter os reagentes e os produtos da semirreação de redução.
A l abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente E grau é igual a mais 1 vírgula 66 V
O potencial de oxidação é numericamente igual ao potencial de redução, mas com o sinal contrário. Outro cuidado que devemos ter para obter a reação global é igualar as quantidades de elétrons envolvidos nas duas semirreações. Para isso, no caso analisado, é necessário multiplicar a semirreação de redução por 3.
3 A g elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 3 A g abre parênteses s fecha parênteses E grau é igual a mais 0 vírgula 80 V
Note que o potencial de redução não se altera, pois esse valor depende apenas da substância que sofre a reação, sem depender da quantidade de matéria envolvida. Podemos, agora, somar as semirreações para obter a reação global.
Ânodo: A l abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
Cátodo: 3 A g elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 3 A g abre parênteses s fecha parênteses
Reação global: 3 A g elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais A l abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita 3 A g abre parênteses s fecha parênteses mais A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
O cálculo da d d p da pilha é dado por:
delta E grau é igual a mais 0 vírgula 80 menos abre parênteses menos 1 vírgula 66 fecha parênteses
delta E grau é igual a mais 2 vírgula 46 V
Professor, professora: Ressalte aos estudantes que nesta equação deve-se utilizar os potenciais de redução, mesmo que alguma semirreação tenha sido invertida para obter a equação global.
Proteção dos metais
Para iniciar o estudo sobre a proteção dos metais, responda à questão a seguir.

7. Como a imagem da maçã pode ser relacionada à corrosão sofrida por uma ponte de ferro por causa da ferrugem?
Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que ambos os casos envolvem reações do gás oxigênio com o material, seja o metal da ponte, sejam os componentes da maçã.
Página 278
O gás oxigênio e a umidade do ar reagem com diversos materiais. Em metais como o ferro, essas reações químicas formam a ferrugem, que diminui a resistência do material. Outros metais, como o cobre, não têm sua resistência afetada, mas sua aparência se altera como resultado da formação de compostos em sua superfície. Até algumas partes vegetais podem reagir com o gás oxigênio do ar, como foi possível observar nas porções escurecidas das fatias de maçã.
A corrosão metálica provoca grandes prejuízos ao atingir estruturas como pontes, tubulações subterrâneas e cascos de navios. Por isso, ao longo do tempo foram desenvolvidos diversos procedimentos que podem ser aplicados visando proteger essas estruturas da corrosão.
O tipo de proteção mais simples é a pintura. Ao receber uma cobertura de tinta, cria-se uma camada protetora que evita o contato direto do metal com o gás oxigênio e a umidade, protegendo-o da corrosão. No entanto, qualquer falha ou risco na pintura aumenta as chances de ocorrer a corrosão. Sendo assim, apesar de ser um método barato e de fácil aplicação, deve ser constantemente monitorado e a manutenção deve ser imediata. Em ambientes muito suscetíveis à corrosão, como cidades litorâneas, recomenda-se aplicar, antes da pintura propriamente dita, uma tinta protetora à base de zarcão (tetróxido de chumbo, P b subscrito 3 O subscrito 4).
Em algumas das estruturas citadas não é possível fazer esse tipo de monitoramento, como nas tubulações subterrâneas. Para esses casos, existem outros procedimentos para a proteção do metal.
A galvanoplastia ou eletrodeposição metálica é uma técnica de revestimento metálico de peças ou objetos que sejam condutores elétricos, colocando-os no cátodo do sistema eletrolítico. Dessa forma, obtém-se a douração, a prateação, a cromação e a niquelação, por exemplo, o que, além de melhorar a aparência do material condutor, ajuda na proteção contra a corrosão.
Na galvanoplastia, o cátodo (eletrodo em que ocorre redução) é formado pelo material condutor com que se deseja revestir o objeto. O ânodo (eletrodo em que ocorre oxidação) é formado por uma placa do metal que vai revestir o material condutor presente no cátodo, utilizando uma fonte de corrente contínua e o material para banho eletrolítico. O banho eletrolítico é uma solução aquosa e deve apresentar cátions do metal da placa anódica.

A anodização é um processo semelhante à eletrodeposição. No entanto, em vez de depositar uma camada metálica, deposita-se uma película de óxido sobre o metal por meio da imersão em um banho eletrolítico. O metal que será protegido é ligado ao polo positivo de uma fonte de energia, tornando-se o ânodo do processo de eletrólise e permitindo a oxidação e formação de uma camada de óxido em sua superfície.
Professor, professora: Diga aos estudantes que a eletrólise e a célula eletrolítica serão estudadas no próximo capítulo.
Na anodização do alumínio, por exemplo, a peça de alumínio é colocada como ânodo em uma célula eletrolítica contendo uma solução diluída de H subscrito 2 S O subscrito 4. Com a passagem da corrente elétrica, ocorre a reação química apresentada a seguir.
4 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
O gás oxigênio formado causará a oxidação da superfície de alumínio, formando o óxido de alumínio abre parênteses A l subscrito 2 O subscrito 3 fecha parênteses, que funciona como uma película protetora.

Página 279
Outra forma de proteger um metal é utilizar um metal de sacrifício ou ânodo de sacrifício ligado a ele. O metal de sacrifício é utilizado em estruturas submetidas a ambientes oxidantes, para que ele seja oxidado no lugar do metal que se deseja proteger. Para isso, o metal de sacrifício deve ter potencial de redução menor do que o material a ser protegido, como é o caso do zinco e do magnésio abre parênteses M g fecha parênteses, que são metais comumente utilizados para proteger objetos de ferro.
Tanques de aço✚, tubulações de oleoduto, cascos de navio e plataformas marítimas geralmente utilizam esse tipo de proteção, pois é mais fácil e barato fixar uma nova peça metálica do que substituir todo o objeto.

Considere uma tubulação de aço, cujo principal constituinte é o ferro. O potencial de redução do ferro é de menos 0 vírgula 44 V. Portanto, para que um metal proteja o ferro, seu potencial deve ser menor do que esse valor, como é o caso do zinco, que apresenta potencial de redução de menos 0 vírgula 76 V e, por isso, pode ser usado para esse fim.
Ao conectar a tubulação a uma barra de zinco, ocorrem as reações químicas apresentadas a seguir.

Sendo assim, o ferro não sofre oxidação quando protegido pelo zinco. Periodicamente, deve-se substituir esse eletrodo de sacrifício, pois, caso ele se esgote e não seja substituído, a tubulação de aço sofrerá corrosão.
8. Como a corrosão de tubulações de oleodutos submarinos, por exemplo, podem prejudicar o meio ambiente e os seres vivos? Quais são os possíveis danos econômicos desse processo? Pesquise sobre o assunto e, em seguida, elabore um texto dissertativo sobre a importância dos processos de proteção dos metais.
Resposta nas Orientações para o professor.
9. Se você tivesse que sugerir um metal para a proteção do casco de um navio feito de aço, qual(is) dos metais a seguir poderia(m) ser utilizado(s) e qual seria o mais eficiente? Justifique suas respostas.
C u seta para a direita C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente E grau é igual a mais 0 vírgula 34 V
F e seta para a direita F e elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente E grau é igual a menos 0 vírgula 44 V
Z n seta para a direita Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente E grau é igual a menos 0 vírgula 76 V
M g seta para a direita M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente E grau é igual a menos 2 vírgula 38 V
Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que o zinco e o magnésio podem ser usados para proteger o aço por apresentarem potencial de redução menor que o do ferro. Nesse caso, o magnésio seria mais eficiente para essa finalidade, pois quanto menor for o potencial de redução, mais eficiente será a proteção.
- Aço:
- liga metálica – material composto de mais de um elemento químico, sendo necessariamente um deles um metal – composta de carbono e, principalmente, de ferro.↰
Página 280
ATIVIDADES
1. Com o passar do tempo, objetos de prata abre parênteses A g fecha parênteses perdem seu brilho original, em decorrência da reação do metal com o oxigênio do ar e com compostos contendo enxofre abre parênteses S fecha parênteses. Sobre a superfície do metal é formada uma camada de sulfeto de prata abre parênteses A g subscrito 2 S fecha parênteses, responsável pelo escurecimento do objeto.

A equação química de oxirredução que representa esse processo é:
4 A g abre parênteses s fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 S abre parênteses aq fecha parênteses seta para a direita
seta para a direita 2 A g subscrito 2 S abre parênteses s fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses
Nesse processo, identifique os itens a seguir.
a ) A substância que reduziu.
Resposta: O subscrito 2, pois houve a diminuição do N O X.
b ) A substância que oxidou.
Resposta: A g, pois há aumento do N O X.
c ) O agente redutor.
Resposta: A g, pois sofreu oxidação.
d ) O agente oxidante.
Resposta: O subscrito 2, pois sofre redução.
2. Em relação à equação Z n abre parênteses s fecha parênteses mais 2 H C l abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita Z n C l subscrito 2 abre parênteses a q fecha parênteses mais H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses, analise as alternativas a seguir.
I ) O ácido clorídrico é o agente oxidante.
II ) O zinco sofreu oxidação.
III ) O hidrogênio sofreu redução.
IV ) O zinco doou elétrons para o cátion H elevado a início expoente, mais, fim expoente.
V ) O cloro abre parênteses C l fecha parênteses recebeu 2 elétrons.
Escreva a alternativa com as afirmativas corretas.
a ) I e II.
b ) II, IV e V.
c ) I, III e IV.
d ) I, II, III e IV.
e ) I, III, IV e V.
Resposta: Alternativa d.
3. Muito utilizada pela indústria de bebidas, a solução aquosa de ácido fosfórico abre parênteses H subscrito 3 P O subscrito 4 abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses está presente nos refrigerantes tipo cola, pois atua como acidulante e conservante da bebida.
Determine o número de oxidação abre parênteses N O X fecha parênteses do fósforo abre parênteses P fecha parênteses nesse composto.
Resposta: Considerando que a molécula é neutra e que o N O Xdo hidrogênio é mais 1 e do oxigênio é menos 2, temos: 3 vezes abre parênteses mais 1 fecha parênteses mais x mais 4 vezes abre parênteses menos 2 fecha parênteses é igual a 0 portanto x é igual a mais 5. Portanto, o fósforo apresenta N O X é igual a mais 5.
4. A respeito da reação N subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 3 H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses seta para a direita 2 N H subscrito 3 abre parênteses g fecha parênteses, identifique a alternativa correta.
a ) O nitrogênio sofreu oxidação.
b ) O número de oxidação do nitrogênio na amônia é mais 3.
c ) O N subscrito 2 é o agente oxidante.
d ) O hidrogênio sofreu redução.
e ) A soma dos coeficientes da equação balanceada é 5.
Resposta: Alternativa c.
5. As lentes fotocromáticas escurecem quando expostas à luz solar, mas permanecem claras em ambientes internos ou pouco iluminados.
Professor, professora: Diga aos estudantes que o lambda, na equação química da atividade 5, representa a incidência de luz ultravioleta.


Essas lentes apresentam em sua estrutura o cloreto de prata abre parênteses A g C l fecha parênteses e o cloreto de cobre abre parênteses C u C l fecha parênteses, que reagem conforme a reação a seguir.
A g elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais C u elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses expressão com detalhe acima, início da expressão, duas meias setas que apontam em direções opostas, fim da expressão, início do detalhe acima, lambda, fim do detalhe acima A g abre parênteses s fecha parênteses mais C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
Sobre essa reação, identifique a afirmativa correta.
a ) Na presença da luz, o íon prata sofre oxidação.
b ) O C u elevado a início expoente, mais, fim expoente é o agente redutor.
c ) A reação é irreversível.
d ) O A g elevado a início expoente, mais, fim expoente, ao receber 2 elétrons, forma a prata metálica.
e ) O C u elevado a início expoente, mais, fim expoente reduz para C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente.
Resposta: Alternativa b.
Página 281
Pilhas e baterias atuais
Como você estudou anteriormente, as pilhas e baterias são geradores elétricos portáteis, comuns em nosso dia a dia. Ao longo do tempo, elas foram aperfeiçoadas, ficando cada vez menores, mais leves e com vida útil maior.
O uso desses dispositivos possibilitou que muitos objetos eletrônicos se tornassem portáteis, como é o caso dos smartphones e notebooks, aumentando sua mobilidade. O aprimoramento das baterias também possibilitou novas aplicações, como a sua utilização em carros elétricos.
Por outro lado, as pilhas e baterias utilizam metais, muitos dos quais são tóxicos e podem causar danos ao meio ambiente e à saúde dos seres vivos. A partir de agora, vamos conhecer algumas características das pilhas e baterias mais utilizadas em nosso dia a dia.

Pilha comum ou pilha seca ácida
A pilha comum ou pilha seca recebe esse nome porque foi a primeira pilha construída sem o uso de soluções aquosas. Esse tipo de pilha é utilizado em brinquedos, controles remotos, lanternas e rádios, por exemplo.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

Nas pilhas comuns, o polo positivo (cátodo) é composto de uma barra cilíndrica de grafite em posição central, envolvida por dióxido de manganês abre parênteses M n O subscrito 2 abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses, carvão em pó abre parênteses C fecha parênteses e uma pasta úmida contendo água abre parênteses H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses fecha parênteses, cloreto de amônio abre parênteses N H subscrito 4 C l abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses e cloreto de zinco abre parênteses Z n C l subscrito 2 abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses. O polo negativo (ânodo), por sua vez, é formado por uma chapa de zinco que envolve o cátodo.
No ânodo, o zinco metálico é oxidado.
Z n abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
No cátodo, o manganês abre parênteses M n fecha parênteses presente no dióxido de manganês é reduzido. Os dois sais presentes no eletrólito têm caráter ácido, daí o nome pilha seca ácida.
2 expressão com detalhe acima, início da expressão, M n, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 4, fim do detalhe acima O subscrito 2 abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 N H subscrito 4 elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita expressão com detalhe acima, início da expressão, M n subscrito 2, fim da expressão, início do detalhe acima, mais 3, fim do detalhe acima O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses mais 2 N H subscrito 3 abre parênteses g fecha parênteses mais H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses
Somando as semirreações, obtemos a reação global da pilha seca.

A d d p inicial dessa pilha é de 1 vírgula 5 volts, mas durante seu funcionamento a amônia abre parênteses N H subscrito 3 abre parênteses g fecha parênteses fecha parênteses formada no cátodo pode envolver a barra de grafite, dificultando a passagem dos elétrons e diminuindo a voltagem da pilha. Em geral, para que ela volte a funcionar, basta tirá-la do equipamento e deixá-la em repouso. Dessa forma, o cátion Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses tende a reagir com a amônia, deixando a barra de grafite livre. Quando o dióxido de manganês for totalmente consumido, a pilha deixará de funcionar.
Página 282
Dica
As pilhas não devem ser mantidas dentro do aparelho quando ele não estiver em uso por um período prolongado, porque o eletrólito continua a oxidar, e isso pode corroer lentamente o envoltório da pilha e causar vazamento da pasta com eletrólito, que, além de tóxica, pode afetar o equipamento.
Pilha seca alcalina
A pilha seca alcalina tem esse nome porque seu eletrólito contém cerca de 30% de hidróxido de potássio abre parênteses K O H abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses, uma base. Esse tipo de pilha apresenta durabilidade maior do que a pilha seca comum, pois o caráter alcalino do eletrólito faz com que o ânodo de zinco tenha um desgaste menor. Confira o esquema a seguir.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

O cátodo apresenta anéis de dióxido de manganês abre parênteses M n O subscrito 2 abre parênteses s fecha parênteses fecha parênteses revestidos por uma camada de aço niquelado e um isolante de nylon.
O ânodo da pilha alcalina é um fino cilindro de aço envolto por zinco metálico em pó, em contato com o eletrólito K O H abre parênteses a q fecha parênteses.
As semirreações e a reação global dessa pilha podem ser representadas como mostrado a seguir.

As pilhas secas alcalinas não são recarregáveis e sua d d p é de 1 vírgula 5 volts.
Pilha de lítio ou pilha de lítio-iodo
O marca-passo é um aparelho implantado no peito de pessoas que apresentam problemas cardíacos visando controlar os batimentos do coração.

À época de seu desenvolvimento, o aparelho necessitava de uma pilha pequena, que não emitisse gases e que fosse de longa duração. A pilha que abarcava todas essas características era a de lítio, também conhecida como pilha lítio-iodo ou pilha botão.

Página 283
Além do marca-passo, esse tipo de pilha é utilizado em outros equipamentos, como calculadoras, instrumentos científicos, balanças, campainhas sem fio e relógios de pulso. Estima-se que a pilha utilizada no marca-passo dure entre 7 e 12 anos.
As semirreações e a reação global dessa pilha estão representadas a seguir.

As pilhas de lítio não são recarregáveis e sua d d p é de 2 vírgula 8 V.
Bateria de chumbo
Uma bateria é um conjunto de pilhas ligadas entre si. As baterias de chumbo são utilizadas em automóveis, por exemplo, e têm uma ddp de 12 V. São formadas por seis compartimentos, sendo cada um deles uma pilha com ddp de 2 V. Confira a seguir.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

Nas baterias de automóveis, o cátodo é formado por placas de chumbo revestidas por óxido de chumbo(IV) abre parênteses P b O subscrito 2 fecha parênteses e o ânodo é formado por placas de chumbo abre parênteses P b fecha parênteses. As placas do ânodo e do cátodo são intercaladas e separadas entre si por material plástico e encontram-se mergulhadas em uma solução de ácido sulfúrico.
As semirreações que ocorrem nos eletrodos e a reação global que ocorre durante a descarga de uma bateria com carga estão representadas a seguir.

Dica
Para evitar a saída de vapores tóxicos ou vazamento de ácido sulfúrico, as baterias modernas são seladas, ou seja, não é possível abri-las facilmente.
As reações de descarga das baterias automotivas são espontâneas e podem ser reversíveis, ou seja, é possível recarregá-las. A recarga, baseada na reação inversa de geração de energia elétrica, não é espontânea. Sendo assim, é necessária a corrente elétrica, fornecida por um gerador de corrente contínua.
As baterias de chumbo apresentam como principal vantagem o fato de produzirem uma corrente elétrica de intensidade elevada em pouco tempo. Essa característica é necessária para dar a partida no motor de um veículo e para que as baterias sejam recarregáveis, por exemplo.
Bateria de íon lítio
As baterias de íon lítio recebem esse nome porque o íon lítio abre parênteses L i elevado a início expoente, mais, fim expoente fecha parênteses participa das reações de oxidação e de redução que ocorrem nesse dispositivo.
Página 284
O ânodo é formado por átomos dispostos na forma de lâminas, nas quais se inserem os íons lítio. Esses íons se intercalam na estrutura do óxido de lítio-cobalto abre parênteses L i C o O subscrito 2 fecha parênteses. O cátodo dessa bateria é de carbono grafite abre parênteses C fecha parênteses, em que os íons lítio se intercalam entre estruturas hexagonais de carbono abre parênteses L i C subscrito 6 fecha parênteses.
Na carga da bateria, o cobalto abre parênteses C o fecha parênteses é oxidado. Os íons L i elevado a início expoente, mais, fim expoente são transferidos do eletrodo de óxido de lítio-cobalto para o cátodo, ligando-se ao carbono. Durante a descarga, ocorre o processo inverso, com a redução do cobalto. Esse tipo de bateria é utilizado em telefones celulares e computadores portáteis, por exemplo. Sua voltagem varia de 3,0 a 3 vírgula 5 V e são mais leves do que outros tipos de baterias recarregáveis de mesmo tamanho. Como o lítio tem pequena massa molar, essas baterias armazenam grande quantidade de energia por unidade de massa. Além disso, sua autodescarga é lenta. Isso significa que, quando não estão em uso, mantêm a carga por mais tempo.

Baterias de carros elétricos
Leia o trecho de reportagem a seguir.
Baterias em estado sólido chegam no fim desta década para dobrar autonomia
[…]
"As baterias atuais de íon-lítio já são uma tecnologia madura e que vai continuar evoluindo, embora não exista muito mais o que avançar" diz Flávio Sakai, diretor de eletrônica e conectividade da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva). "As de estado sólido ainda estão em desenvolvimento."
[…]
SODRÉ, Eduardo. Baterias em estado sólido chegam no fim desta década para dobrar autonomia. Folha de S.Paulo, 30 jan. 2024. p. A22.
O texto faz menção ao fato de que as baterias em estado sólido podem dobrar a autonomia. Você sabe o que significa autonomia de um carro?
Quanto mais energia uma bateria acumula, maior quilometragem o veículo pode rodar por recarga. Ou seja, o aumento da autonomia está relacionado à busca por baterias com maior capacidade de carga. Além disso, também buscam-se baterias com recarga mais rápida e maior número de ciclos. Atualmente, as baterias de íons de lítio dominam o mercado, mas há um grande esforço para superar suas limitações.
As baterias de carros elétricos são compostas de uma ou várias células de íon de lítio interligadas em um único módulo. Cada célula tem uma tensão média de 3 vírgula 6 V, mas como um carro elétrico exige uma tensão total de 300 a 600 volts, são necessárias centenas ou até milhares de células conectadas em série.
Como se trata de uma bateria recarregável, durante o processo de descarga os elétrons se movem do ânodo para o cátodo, gerando eletricidade que alimenta o motor do veículo. Quando a bateria é carregada, esse processo é revertido, restaurando a carga da bateria para uso futuro.
Atualmente, três tipos principais de baterias são utilizados em carros elétricos:
- NMC (Lítio Níquel-Manganês-Cobalto): essas baterias oferecem um bom equilíbrio entre capacidade, segurança e custo. O níquel melhora a capacidade de armazenamento de energia, enquanto o manganês e o cobalto ajudam a manter a estabilidade e a segurança.
- LFP (Lítio Ferro-Fosfato): conhecidas por sua segurança e longevidade, as baterias LFP têm uma menor densidade de energia em comparação com as NMC, mas são mais estáveis e menos propensas a problemas térmicos.
- NCA (Lítio Níquel-Cobalto-Alumínio): essas baterias são destacadas por sua alta densidade de energia e longa vida útil. A adição de alumínio ajuda a aumentar a estabilidade e a segurança, embora o custo possa ser maior.
Página 285
Célula de combustível
As células de combustível são equipamentos que geram energia a partir da conversão do gás hidrogênio e do gás oxigênio em água. Confira a seguir.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

1. O gás hidrogênio (combustível) chega ao ânodo, onde ocorre a oxidação, formando íons H elevado a início expoente, mais, fim expoente.
2. Os elétrons liberados no ânodo são transportados até o cátodo por meio de um circuito elétrico, produzindo corrente elétrica.
3. No cátodo, chegam moléculas de gás oxigênio que reagem com os íons H elevado a início expoente, mais, fim expoente, os quais passaram pelo eletrólito, e com os elétrons do circuito elétrico, produzem vapor de água e calor.
As semirreações que ocorrem nos eletrodos e a reação global das células de combustível a hidrogênio estão representadas a seguir.

Diferentemente do que ocorre nas outras pilhas e baterias, o tempo de funcionamento de uma célula de combustível não depende da quantidade de reagentes contidos nela. Ela pode funcionar continuamente, desde que seja garantido o abastecimento dos gases hidrogênio e oxigênio por meio de reservatórios externos.
Células desse tipo foram utilizadas em viagens tripuladas ao espaço, como a que levou o ser humano à Lua pela primeira vez, em 1969. Além da geração de energia, ela apresenta a vantagem de ter a água como único produto de reação, a qual pode ser consumida pela tripulação durante a viagem.
A indústria automobilística já produziu alguns protótipos de carros movidos a hidrogênio, que funcionam com um motor elétrico recebendo a energia gerada pela célula de combustível. Essa seria uma alternativa de combustível não poluente, visto que o único produto da reação é o vapor de água.
Compartilhe ideias
O hidrogênio é considerado uma importante fonte de energia alternativa aos combustíveis fósseis.

a ) Converse com seus colegas sobre a importância do incentivo ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia, como o hidrogênio combustível.
Resposta nas Orientações para o professor.
Página 286
PRÁTICA CIENTÍFICA
Pilha caseira
Por dentro do contexto
Provavelmente você já deve ter ficado sem energia elétrica, e isso pode ter limitado suas atividades do cotidiano, já que muitas delas necessitam de energia. Por exemplo: assistir à televisão, tomar banho quente e usar o computador. Esses eletrodomésticos têm sua energia elétrica oriunda, principalmente, de hidrelétricas. Entretanto, há outros dispositivos em nossas casas que podem gerar energia, como pilhas e baterias. Pela internet, também podemos encontrar imagens de produtos incomuns sendo utilizados como geradores elétricos, como batatas e limões.
Sabemos que a internet veicula uma grande quantidade de desinformação, que atualmente se manifesta por meio de textos, imagens e vídeos manipulados ou distorcidos de diferentes formas. Entre elas, há as mentiras criadas e disseminadas em massa com a intenção de enganar a população e causar prejuízos, fenômeno que chamamos de fake news.
A fotografia da lâmpada é um exemplo de desinformação.

a ) Considerando que uma lâmpada, como a da imagem, necessita de uma voltagem de 110 volts para se manter acesa, formule uma hipótese explicando o motivo dessa imagem não ser real.
Resposta pessoal. O objetivo desta questão é levar os estudantes a refletir a respeito da situação apresentada, expressando seus conhecimentos prévios sobre o tema. Espera-se que eles respondam que não é possível acender uma lâmpada de 110 volts ou 220 volts utilizando uma batata, pois a tensão elétrica gerada pela diferença de potencial entre dois eletrodos em contato com a batata não seria alta o suficiente, como mostrado na imagem.
Embora a imagem da batata seja falsa, será que a informação de que vegetais podem ser fontes geradoras de energia é uma mentira? Vamos explorar esse fenômeno.
Materiais
- 1 limão grande
- 1 placa de zinco de aproximadamente 2 centímetros de largura e 8 centímetros de comprimento
- 1 placa de cobre com as mesmas medidas da placa de zinco
- 2 fios de cobre de aproximadamente 30 centímetros cada ou 3 cabos com garra "jacaré"
- faca sem ponta
- calculadora ou voltímetro
- alicate para desencapar fio
Como proceder
A. Desencape aproximadamente 5 centímetros de cada extremidade dos dois fios de cobre.
Imagem sem proporção e em cores fantasia

Cuidado
Tenha cuidado ao desencapar os fios e ao fazer os cortes no limão. Faça isso acompanhado de um adulto ou responsável.
Dica
É necessário apertar o limão para que mais líquido seja liberado dentro dele.
B. Sem cortar o limão, aperte-o liberando um pouco do sumo.
C. Com a orientação de um adulto, use a faca sem ponta para fazer dois cortes pequenos na casca do limão, perto de suas extremidades.
Página 287
D. Fixe a extremidade de um dos fios de cobre na extremidade da placa de zinco. Para isso, enrole a parte desencapada do fio na placa.
E. Repita o procedimento anterior com o outro fio de cobre na placa de cobre.
F. Introduza a extremidade livre da placa de zinco em um dos cortes nas extremidades do limão. Em seguida, introduza a extremidade livre da placa de cobre no corte na outra extremidade do limão.
Imagens desta página sem proporção e em cores fantasia.

G. Conecte a extremidade livre do fio fixado na placa de zinco ao conector preto (negativo) do voltímetro ou ao conector negativo da calculadora.

H. Repita o procedimento anterior com a extremidade livre do fio fixado na placa de cobre, conectando-a no terminal vermelho do voltímetro (positivo) ou no conector positivo da calculadora.
I. Verifique o que aconteceu com o voltímetro (ou com a calculadora) após realizar o procedimento anterior.
Análise e divulgação
1. Apesar de utilizarmos um eletrodo de cobre, as reações dessa pilha envolvem o zinco e os íons H sobrescrito mais do meio ácido. Consulte a tabela da página 276, com os valores de potencial de redução padrão, e identifique o cátodo (polo positivo) e o ânodo (polo negativo) da pilha. Justifique sua resposta.
2. Represente as semirreações de oxidação e redução e a equação global dessa pilha.
3. Escreva, em seu caderno, o diagrama da pilha montada.
4. Consultando novamente a tabela com os valores de potencial de redução dos elementos, calcule o valor da d d p dessa pilha, caso ela estivesse nas condições padrão.
5. Considerando os efeitos da oxidação e da redução sobre cada placa utilizada no experimento, em qual delas ocorrerá desgaste?
6. O sumo do limão se comporta como um meio eletrolítico ou não eletrolítico? Justifique sua resposta.
7. Se trocássemos o eletrodo de zinco por alumínio, a eficiência da pilha aumentaria ou diminuiria? Quais outros metais poderíamos usar para obter resultado semelhante?
8. Divulgue os resultados do seu trabalho em uma rede social. Faça isso contextualizando a questão a partir de imagens falsas, como a da lâmpada na batata, explicando como uma possibilidade real foi distorcida passando uma informação falsa. Depois, prossiga publicando fotografias de cada passo do seu experimento.
Respostas nas Orientações para o professor.
Atividade(s) adaptada(s) acessível(is)
8. Com um colega, divulguem os resultados do trabalho em uma rede social. Façam isso contextualizando a questão por meio de imagens falsas, como a da lâmpada na batata, explicando como uma possibilidade real foi distorcida passando uma informação falsa. Depois, prossigam publicando fotografias de cada passo do experimento.
Resposta pessoal. Oriente os estudantes sobre o tipo de recurso que eles podem utilizar para produzir as publicações. Reforce as principais informações que eles devem apresentar e quais devem evitar compartilhar, como fotografias ou detalhes pessoais dos envolvidos.
Orientação para acessibilidade
Professor, professora: Organize as duplas de modo que o estudante não vidente esteja acompanhado de um estudante vidente. É possível organizar diferentes tarefas para cada um dos estudantes.
Página 288
ATIVIDADES
1. Atualmente, a maioria dos aparelhos eletrônicos portáteis como smartphones e notebooks tem baterias recarregáveis de íon lítio. Essas baterias substituíram com bastante sucesso as baterias de níquel-cádmio (nicad). Um dos fatores que impulsionou tal substituição foi a toxicidade do cádmio.
Sabendo que os dispositivos portáteis devem ser leves e apresentar durabilidade na bateria, considere os potenciais de redução e as propriedades dos metais níquel e lítio, e identifique a alternativa que justifica o sucesso das baterias de íon lítio.
a ) O lítio possui menor densidade que o níquel, portanto, a bateria de íons-lítio terá uma densidade de energia menor que o níquel.
b ) Considerando apenas a oxidação desses metais, o potencial padrão de redução do lítio é menor em relação ao níquel, portanto, a ddp da bateria de lítio será maior.
c ) O potencial de redução dos componentes utilizados não importa, todas as baterias apresentarão a mesma diferença de potencial.
d ) O lítio possui maior densidade que o níquel, portanto, a bateria de íons-lítio terá uma densidade de energia muito maior que o níquel.
Resposta: Alternativa b.
2. A Catedral da Sé de São Paulo tem estilo neogótico e seus telhados foram feitos de cobre metálico, que geralmente tem a cor marrom-alaranjada. Confira a fotografia.

Escolha a melhor explicação para a coloração azul-esverdeada no telhado.
a ) A redução do metal de cobre que produz sais de cobre e água ficou sobre o telhado da construção.
b ) O telhado foi corroído por causa da redução do cobre pela umidade do ar da cidade.
c ) Houve oxidação do cobre metálico com a presença da umidade do ar da cidade, formando uma camada de compostos sobre a superfície do metal.
d ) A chuva ácida que ocorre nas grandes cidades foi a responsável.
e ) Sua superfície foi pintada com tintas para protegê-la de processos de oxidação que podem ocorrer na estrutura do telhado.
Resposta: Alternativa c.
3. As células a combustível geram energia a partir da conversão do gás hidrogênio e do gás oxigênio em água. Entretanto, problemas relativos ao armazenamento, distribuição e custo do gás hidrogênio têm levado à procura de combustíveis alternativos que facilitem a utilização dessas células. O metanol abre parênteses C H subscrito 3 O H fecha parênteses é atualmente a opção mais atrativa, porque pode ser produzido a partir de gás natural ou de recursos renováveis. As semirreações dos reagentes que são inseridos nessa célula a combustível com os respectivos potenciais padrão de redução são apresentados a seguir.
1 meio O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses
E grau é igual a mais 1 vírgula 229 volt
C O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 6 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 6 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita
seta para a direita C H subscrito 3 O H abre parênteses l fecha parênteses mais H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses
E grau é igual a mais 0 vírgula 0 46 volt
Indique a equação global da célula combustível e a diferença de potencial dessa célula.
Resposta: C H subscrito 3 O H abre parênteses l fecha parênteses mais 1 meio O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses seta para a direita C O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses; delta E grau é igual a mais 1 vírgula 229 menos abre parênteses mais 0 vírgula 0 46 fecha parênteses é igual a 1 vírgula 183 volt
4. A reação de oxirredução entre o zinco e o manganês é representada pela seguinte equação global:
M n mais Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente seta para a direita M n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais Z n
E grau é igual a 0 vírgula 42 volt
Sabendo que o potencial de redução do zinco é menos 0 vírgula 76 volt, calcule o potencial de redução do manganês e equacione as reações que ocorrem no cátodo e no ânodo.
Resposta: 0 vírgula 42 V é igual a abre parênteses menos 0 vírgula 76 V fecha parênteses menos abre parênteses E subscrito M n fecha parênteses portanto E subscrito M n é igual a menos 1 vírgula 18 volt; Cátodo: Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita Z n; Ânodo: M n seta para a direita M n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente.
Página 289
CAPÍTULO15
Eletrólise
Conceito de eletrólise
As imagens a seguir mostram objetos com diferentes utilidades, mas feitos com o mesmo material. Você sabe que material é esse?


1. De onde é extraído o material utilizado na confecção dos objetos mostrados nas fotografias?
Resposta: O objetivo desta questão é levantar os conhecimentos prévios dos estudantes a respeito da obtenção do alumínio. Eles poderão responder que esse material é extraído de minérios encontrados no solo.
2. Em sua opinião, que características esse material deve ter para ser utilizado na confecção desses objetos?
Resposta: O objetivo desta questão é levantar os conhecimentos prévios dos estudantes a respeito das características do alumínio que possibilitam sua aplicação na fabricação barcos e de embalagens de alimentos. Eles poderão responder que esse material deve ser resistente, por exemplo, à corrosão.
O material utilizado para a produção dos objetos mostrados nas fotografias anteriores é um metal bastante presente no nosso dia a dia. Ele é usado na fabricação de latas para armazenamento de bebidas e alimentos, estruturas de barcos, carrocerias de automóveis, fuselagem de aviões, portas, esquadrias, janelas, portões, entre outros objetos.
Esse metal, de elevada resistência mecânica e à corrosão, baixa temperatura de fusão e baixa densidade é o alumínio abre parênteses A l fecha parênteses. Confira a seguir como ele tem uma densidade e uma temperatura de fusão menor em comparação com outros metais.
Propriedade\Metal | Alumínio abre parênteses A l fecha parênteses | Ferro abre parênteses F e fecha parênteses | Níquel abre parênteses N i fecha parênteses | Cobre abre parênteses C u fecha parênteses | Zinco abre parênteses Z n fecha parênteses |
---|---|---|---|---|---|
Densidade abre parênteses grama por centímetro cúbico fecha parênteses |
2,7 |
7,9 |
8,9 |
8,9 |
7,1 |
Temperatura de fusão abre parênteses grau Celsius fecha parênteses |
660 |
1.538 |
1.455 |
1.084 |
420 |
Fonte de pesquisa: HAYNES, W. M. (ed.). CRC Handbook of Chemistry and Physics. 97. ed. Boca Raton: CRC Press, 2017. p. 4-44, 4-59, 4-66, 4-75, 4-95.
O alumínio é o terceiro elemento químico mais abundante na crosta terrestre, atrás do oxigênio abre parênteses O fecha parênteses e do silício abre parênteses S i fecha parênteses. No entanto, no início do século XIX, o alumínio era considerado mais valioso do que a prata abre parênteses A g fecha parênteses.
Leia o trecho do texto a seguir.
Para os convidados de honra, pratos e talheres de alumínio. Para os outros, os mais simples, feitos de ouro. […]
PEREIRA, L. F. Alumínio: um metal precioso. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 nov. 2006. Fovest. Disponível em: https://s.livro.pro/v5tg3i. Acesso em: 15 ago. 2024.
Mas por que esse metal era tão valioso? O alumínio é encontrado, principalmente, sob a forma de um minério chamado bauxita, que tem entre seus principais componentes a gibbsita abre parênteses A l abre parênteses O H fecha parênteses subscrito 3 fecha parênteses o óxido de alumínio abre parênteses A l subscrito 2 O subscrito 3 fecha parênteses, também chamado alumina. Para obter o metal puro, é necessário separá-lo do oxigênio. No início do século XIX ainda não se conheciam métodos eficientes para realizar essa separação. Mas, em 1886, o jovem químico estadunidense Charles Martin Hall (1863-1914) conseguiu obter o alumínio por meio de um processo de baixo custo que ficou conhecido como eletrólise.
Página 290
A cientista estadunidense Julia Hall (1859-1925) desempenhou um papel crucial na descoberta do processo eletrolítico para a produção de alumínio, ao lado de seu irmão, Charles Hall. Embora a história muitas vezes atribua essa descoberta exclusivamente a Charles, há evidências que mostram uma participação significativa de Julia no processo. Este caso é mais um exemplo do efeito Matilda, apresentado no capítulo 1.
Na década de 1880, o alumínio era um metal raro e caro, pois o método de obtenção, por meio da redução de sais de alumínio, era complexo e ineficiente. Julia e Charles Hall trabalharam juntos em experimentos no laboratório improvisado de sua casa. Julia Hall, que tinha interesse e formação científica, ajudou seu irmão desempenhando funções em diversas frentes. Sua contribuição executando, registrando, documentando e discutindo os experimentos foi essencial para o desenvolvimento do método de eletrólise que separa o alumínio do óxido de alumínio (alumina) de maneira mais eficiente.

Apesar dessa colaboração, Julia Hall não foi reconhecida como coinventora. Seu nome foi omitido dos registros e Charles foi o único creditado pela descoberta, que, mais tarde, se tornaria fundamental para a produção em larga escala de alumínio, tornando-o acessível e revolucionando diversas indústrias. A falta de reconhecimento reflete as barreiras enfrentadas pelas mulheres na Ciência, que continuam a ser um desafio até os dias de hoje.
A eletrólise é um processo eletroquímico em que reações de oxirredução que não aconteceriam espontaneamente são favorecidas quando o sistema é submetido a uma corrente elétrica.
Antes de estudarmos o processo de obtenção do alumínio por meio da eletrólise, vamos ver como é feita a extração da bauxita, minério que contém o óxido de alumínio.
A bauxita é um minério de cor avermelhada encontrado no subsolo. Para retirar a bauxita do subsolo, as mineradoras utilizam equipamentos e técnicas que auxiliam na remoção da vegetação e do solo orgânico que estão acima da formação rochosa que contém esse minério. Após sua extração, a bauxita é destinada às refinarias para obtenção do A l subscrito 2 O subscrito 3.

Compartilhe ideias
Em 2019, uma barragem de mineração de ferro no município de Brumadinho (MG) se rompeu, destruindo o ecossistema local e provocando a morte de mais de 250 pessoas.
a ) Converse com um colega sobre o que provocou o rompimento dessa barragem e, juntos, façam uma pesquisa, comparando como é feita a mineração de ferro e de bauxita. Com base nas informações pesquisadas, proponha medidas que possam tornar a mineração uma atividade segura.
Respostas e comentários nas Orientações para o professor.
Para obter o alumínio metálico a partir do A l subscrito 2 O subscrito 3, é preciso fundir o óxido de alumínio. No entanto, em razão da alta temperatura de fusão desse composto abre parênteses 2.060 graus Celsius fecha parênteses, é necessário adicionar a ele um mineral chamado criolita abre parênteses N a subscrito 3 A l F subscrito 6 fecha parênteses para que a fusão ocorra a menor temperatura. Em 1886, Charles Hall descobriu que, ao misturar esse mineral à alumina, era possível obter um processo muito mais econômico, pois essa mistura funde-se a aproximadamente 1.000 graus Celsius, facilitando a obtenção do alumínio metálico em escala industrial.
Página 291
Ao ser fundido, o óxido de alumínio libera os íons do arranjo rígido do retículo cristalino.
A l subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses expressão com detalhe acima, início da expressão, expressão com detalhe abaixo, início da expressão, seta para a direita, fim da expressão, início do detalhe abaixo, é aproximadamente igual a 1.000 graus Celsius fim do detalhe abaixo, fim da expressão, início do detalhe acima, criolita, fim do detalhe acima A l subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses l fecha parênteses expressão com detalhe acima, início da expressão, seta para a direita, fim da expressão, início do detalhe acima; fim do detalhe acima 2 A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses mais 3 O elevado a início expoente, 2 menos, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses
Dica
A obtenção de uma tonelada de alumínio metálico, pelo método de eletrólise do óxido de alumínio, necessita de pelo menos quatro toneladas de bauxita.
Quando a mistura de óxido de alumínio e criolita fundida é submetida a uma corrente elétrica por meio de eletrodos de grafite, ocorre a eletrólise. Ao contrário da pilha, em que o processo de oxirredução é espontâneo, a eletrólise é um processo não espontâneo. É necessário fornecer corrente elétrica de uma fonte externa.
Dependendo da maneira como os íons se apresentam, a eletrólise pode ser ígnea (fusão de um composto iônico) ou pode ocorrer em solução aquosa (ionização ou dissociação de alguns compostos em água).

Eletrólise ígnea
A eletrólise ígnea é feita com o eletrólito na fase líquida, ou seja, o material deve estar fundido e sem água. A célula eletrolítica é feita de materiais que suportam altas temperaturas. Nela, são colocados eletrodos inertes (que não sofrem reação), geralmente de platina abre parênteses P t fecha parênteses ou carbono abre parênteses C fecha parênteses, que conduzem corrente elétrica.
A obtenção do alumínio metálico a partir do óxido de alumínio abre parênteses A l subscrito 2 O subscrito 3 fecha parênteses é um exemplo de eletrólise ígnea. Confira como ocorre esse processo a seguir.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

Página 292
A fusão e as equações das semirreações e a reação global de eletrólise ígnea do A l subscrito 2 O subscrito 3 podem ser representadas como a seguir.
Fusão: 2 A l subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita 4 A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses mais 6 O elevado a início expoente, 2 menos, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses
Ânodo: 6 O elevado a início expoente, 2 menos, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita 3 O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 12 e elevado a início expoente, menos, fim expoente E subscrito ânodo grau é igual a menos 0 vírgula 35 volt
Cátodo: 4 A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses mais 12 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 4 A l abre parênteses l fecha parênteses E subscrito cátodo grau é igual a menos 1 vírgula 68 volt
Reação global: 2 A l subscrito 2 O subscrito 3 abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita 4 A l abre parênteses l fecha parênteses mais 3 O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses delta E grau é igual a menos 1 vírgula 33 volt
Professor, professora: Ressalte aos estudantes que, apesar de a reação no ânodo ser de oxidação, o potencial apresentado e utilizado no cálculo é o potencial de redução.
Em razão da elevada temperatura em que a eletrólise acontece, o gás oxigênio abre parênteses O subscrito 2 fecha parênteses produzido no ânodo reage com o carbono presente no eletrodo de carvão, produzindo dióxido de carbono abre parênteses C O subscrito 2 fecha parênteses.
C abre parênteses s fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses seta para a direita C O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses
Na indústria, a eletrólise ígnea é bastante utilizada para obter substâncias como os metais alcalinos, os metais alcalinoterrosos, o alumínio e os halogênios.
Por exemplo, por meio da eletrólise ígnea do cloreto de sódio abre parênteses N a C l fecha parênteses, obtêm-se o gás cloro abre parênteses C l subscrito 2 fecha parênteses e o sódio metálico abre parênteses N a fecha parênteses. O cloreto de sódio é um composto iônico que apresenta alta temperatura de fusão abre parênteses 801 graus Celsius fecha parênteses e, quando fundido, libera os íons do arranjo cristalino rígido.
N a C l abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses mais C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses
O esquema a seguir representa a eletrólise ígnea do cloreto de sódio. Nesse experimento, conectou-se um gerador de corrente contínua a uma célula eletrolítica com cloreto de sódio fundido.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

No polo positivo, os íons cloreto abre parênteses C l elevado a início expoente, menos, fim expoente fecha parênteses migram para o ânodo. Cada ânion C l elevado a início expoente, menos, fim expoente doa um elétron, transformando-se em átomo de cloro abre parênteses C l fecha parênteses. Em seguida, esses átomos se combinam dois a dois e formam moléculas de gás cloro abre parênteses C l subscrito 2 fecha parênteses, que podem ser recolhidas em um tubo adaptado ao sistema.
No polo negativo, os íons sódio abre parênteses N a sobrescrito mais fecha parênteses migram para o cátodo. Cada cátion sódio recebe um elétron, transformando-se em átomo de sódio metálico abre parênteses N a fecha parênteses, que se deposita na superfície do cátodo.
As equações das semirreações e a reação global de eletrólise ígnea do cloreto de sódio podem ser representadas como a seguir.
Ânodo: 2 C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita C l subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente E subscrito ânodo grau é igual a mais 1 vírgula 36 volt
Cátodo: 2 N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 2 N a abre parênteses s fecha parênteses E subscrito cátodo grau é igual a menos 2 vírgula 71 volt
Reação global: 2 C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses mais 2 N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita C l subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 N a abre parênteses s fecha parênteses delta E grau é igual a ponto de interrogação
3. Com base nos valores de potenciais de redução do cloro e do sódio, qual será a d d p para esse processo?
delta E grau é igual a E subscrito cátodo grau menos E subscrito ânodo grau é igual a menos 2 vírgula 71 volt menos abre parênteses mais 1 vírgula 36 volt fecha parênteses é igual a menos 4 vírgula 0 7 volt. Nesse processo, observa-se que a d d p é negativa. Logo, trata-se de um processo não espontâneo.
Página 293
CONEXÕES com ... SOCIOLOGIA
A reciclagem do alumínio
Índice de reciclagem de latas de alumínio chega a 99% e Brasil se destaca como recordista mundial
Entre 2019 e 2021, a reciclagem de latas proporcionou redução de 70% no consumo de energia, 65% no consumo de água e queda de 70% nas emissões de gases de efeito estufa
O Brasil é recordista mundial no recolhimento e reciclagem de latas de alumínio. Em 2021, 98,7% das latas comercializadas em todo o país foram reutilizadas, o maior volume da história. Para se ter uma ideia da grandiosidade dos números, das mais de 414 mil toneladas de latas comercializadas, 409 mil toneladas foram recicladas. [...]
[...]
Para cada um quilo de lata reciclada são poupados cinco quilos de bauxita, mineral utilizado para a produção de alumínio. Somente em 2021, foram economizados dois milhões de toneladas de bauxita. Benefícios que não param por aí. Entre 2019 e 2021, a reciclagem proporcionou uma redução de 70% no consumo de energia, 65% no consumo de água e queda de 70% nas emissões de gases de efeito estufa.
[...]
Atualmente, o Brasil conta com 36 centros de coleta mantidos pelo setor, atendendo 100% do território nacional. Os locais garantem a destinação adequada de toda sucata para a reciclagem. Mais de 800 mil catadores de materiais recicláveis são beneficiados com o programa de logística reversa de latas de alumínio e gerando renda de mais de R$ 5 bilhões por ano.
[...]
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Índice de reciclagem de latas de alumínio chega a 99% e Brasil se destaca como recordista mundial. Gov.br, 27 abr. 2022. Disponível em: https://s.livro.pro/al3rkz. Acesso em: 17 ago. 2024.
Em muitas cidades do Brasil, a maior parte da atividade de coleta de latas de alumínio é feita por catadores autônomos. Esse trabalho desempenha um papel importante tanto para o meio ambiente, ao contribuir para uma alta taxa de reciclagem, quanto para a sociedade, proporcionando uma fonte de renda para esses profissionais.
Apesar de essa profissão ser reconhecida desde 2002 pela Classificação Brasileira de Ocupações, os catadores ainda enfrentam diversos problemas relacionados à garantia de seus direitos. Muitas vezes, esses profissionais lidam com a exploração de sua mão de obra devido à informalidade de seu trabalho, que frequentemente ocorre sem registro em carteira, sem acesso a benefícios previdenciários e benefícios de alimentação e saúde e sem direito a descanso semanal ou férias remuneradas.

Essas condições de trabalho se enquadram na noção contemporânea de trabalho precarizado, caracterizado pela ausência de direitos trabalhistas e pela remuneração inferior ao salário mínimo.
a ) Explique como a reciclagem do alumínio leva à redução do consumo de recursos minerais e energéticos e contribui para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.
b ) Quais medidas podem ser tomadas nas esferas social e governamental para garantir melhores condições de trabalho aos catadores de alumínio?
Respostas nas Orientações para o professor.
Página 294
Eletrólise aquosa
Em soluções aquosas, além da presença dos íons do eletrólito, há íons provenientes da água. Confira a seguir a representação simplificada da ionização da água.
H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
Ou seja, com a dissolução de um composto iônico, haverá pelo menos dois cátions e dois ânions na solução.
Durante a eletrólise em solução aquosa, esses cátions e esses ânions não têm a mesma facilidade de descarga. É necessário saber, então, se o cátion tem facilidade de descarga maior do que o H sobrescrito mais da água e se o ânion tem facilidade de descarga maior do que o íon O H elevado a início expoente, menos, fim expoente da água. O termo descarga é usado como sinônimo de perda de carga elétrica para que a substância se torne uma espécie eletricamente neutra.
Ao receber elétrons, o cátion sofre descarga, tornando-se uma espécie eletricamente neutra. O íon H elevado a início expoente, mais, fim expoente, por exemplo, tem a seguinte reação de descarga:
2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses
Ao ceder elétrons, o ânion sofre descarga, tornando-se também uma espécie eletricamente neutra. O íon O H elevado a início expoente, menos, fim expoente, por exemplo, tem a seguinte reação de descarga:
4 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
Facilidade de descarga de cátions
Quanto mais reativo for o metal, maior será sua tendência para ceder elétrons e menor será sua tendência para recebê-los. Como a eletrólise é um processo não espontâneo, os metais menos reativos têm mais tendência para receber elétrons (facilidade de descarga) e menos tendência para cedê-los.
Facilidade de descarga de ânions
Quanto mais eletronegativo for o ânion, maior será sua tendência para receber elétrons e menor será sua tendência para ceder. Os ânions menos eletronegativos têm mais tendência para ceder elétrons (facilidade de descarga) e menos tendência para recebê-los.
Confira os quadros a seguir, que apresentam a facilidade de descarga dos cátions e ânions baseados em dados experimentais. A facilidade de descarga dos íons aumenta da esquerda para direita, considerando as colunas, e também entre os íons de cada célula do quadro.
Menos facilidade de descarga | Facilidade intermediária | Mais facilidade de descarga |
---|---|---|
Metais alcalinos abre parênteses L i elevado a início expoente, mais, fim expoente vírgula N a elevado a início expoente, mais, fim expoente vírgula K elevado a início expoente, mais, fim expoente vírgula reticências fecha parênteses |
H sobrescrito mais |
Demais metais abre parênteses M n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula Z n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula F e elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula N i elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula A g elevado a início expoente, mais, fim expoente vírgula H g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula A u elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente vírgula reticências fecha parênteses |
Metais alcalinoterrosos abre parênteses B e elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula C a elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente vírgula reticências fecha parênteses |
||
Alumínio abre parênteses A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente fecha parênteses |
Menos facilidade de descarga | Facilidade intermediária | Mais facilidade de descarga |
---|---|---|
Ânions oxigenados abre parênteses S O subscrito 4 elevado a início expoente, 2 menos, fim expoente vírgula N O subscrito 3 elevado a início expoente, menos, fim expoente vírgula P O subscrito 4 elevado a início expoente, 3 menos, fim expoente vírgula C l O subscrito 3 elevado a início expoente, menos, fim expoente vírgula reticências fecha parênteses |
O H elevado a início expoente, menos, fim expoente |
Ânions não oxigenados abre parênteses C l elevado a início expoente, menos, fim expoente vírgula B r elevado a início expoente, menos, fim expoente vírgula I elevado a início expoente, menos, fim expoente vírgula reticências fecha parênteses |
Fluoreto abre parênteses F elevado a início expoente, menos, fim expoente fecha parênteses |
Hidrogenossulfato abre parênteses H S O subscrito 4 elevado a início expoente, menos, fim expoente fecha parênteses |
Página 295
Um exemplo de eletrólise aquosa é a eletrólise da solução de cloreto de sódio abre parênteses N a C l abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses, a qual produz gás cloro e gás hidrogênio abre parênteses H subscrito 2 fecha parênteses. Portanto, a eletrólise aquosa e ígnea do N a C l formam produtos diferentes. Além disso, a solução formada na eletrólise ígnea passa pelos processos de evaporação e secagem, dando origem ao hidróxido de sódio abre parênteses N a O H fecha parênteses conhecido como soda cáustica.
A soda cáustica é utilizada, por exemplo, pela indústria de produção da celulose. A pasta de celulose utilizada na produção de papel apresenta tonalidade marrom em razão do alto teor de lignina✚. Para tornar a celulose pura e branca, é necessário realizar a remoção da lignina, e um dos principais compostos químicos utilizados nesse processo é o hidróxido de sódio.
A soda cáustica também é utilizada em muitos outros processos industriais, como na produção de tecidos, sabão e detergente, além de ser utilizada como reagente laboratorial.

Confira a seguir o esquema da eletrólise aquosa do cloreto de sódio.

Imagem sem proporção e em cores fantasia.
Na eletrólise aquosa de solução de cloreto de sódio ocorrem as reações a seguir.
A dissociação do eletrólito:
N a C l abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
A ionização da água:
H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
Ao comparar a facilidade de descarga dos ânions no quadro da página anterior, verificamos que o C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses tem mais facilidade de descarga do que o O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses. Assim, o ânion C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses migra para o ânodo e sofre oxidação. O ânion O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses permanece inalterado na solução.
Ao comparar a facilidade de descarga dos cátions N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses e H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses, verificamos que o H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses tem mais facilidade de descarga. Assim, o cátion H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses migra para o cátodo e sofre redução. O cátion N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses permanece inalterado na solução.
Portanto, ocorrem as seguintes reações na cuba eletrolítica:
Dissociação do N a C l abre parênteses a q fecha parênteses: 2 N a C l abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita 2 N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
Ionização do H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses: 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita 2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
Ânodo: 2 C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita C l subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
Cátodo: 2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses
Reação global: 2 N a C l abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita 2 N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais C l subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses
- Lignina:
- composto orgânico que une as fibras de celulose e torna a parede celular vegetal mais rígida.↰
Página 296
4. O potencial padrão de redução do cloro é mais 1 vírgula 36 volt. Para o hidrogênio, o potencial é nulo. Com base nessas informações, calcule a ddp para esse processo.
delta E grau é igual a E subscrito cátodo grau menos E subscrito ânodo grau é igual a 0 vírgula 0 0 volt menos abre parênteses mais 1 vírgula 36 volt fecha parênteses é igual a menos 1 vírgula 36 volt
Ao comparar os produtos obtidos nessa eletrólise àqueles obtidos na eletrólise ígnea do cloreto de sódio, verificamos que se o objetivo for obter o sódio metálico, a eletrólise deve ser feita com o N a C l fundido. Para obter o hidróxido de sódio abre parênteses N a O H fecha parênteses, o eletrólito deve ser em solução.
Outro exemplo de eletrólise aquosa é a do nitrato de sódio abre parênteses N a N O subscrito 3 fecha parênteses, na qual ocorre:
A dissociação do eletrólito:
N a N O subscrito 3 abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais N O subscrito 3 elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
A ionização da água:
H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses
Ao comparar os ânions N O subscrito 3 elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses e O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses, podemos verificar que o ânion O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses tem mais facilidade de descarga. E ao comparar os cátions N a elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses e H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses, podemos verificar que o cátion H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses tem mais facilidade de descarga. Assim, as reações que ocorrem durante a eletrólise são:
cátodo:
2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses
ânodo:
4 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
Portanto, para obter a reação global e igualar o número de elétrons, devemos multiplicar a semirreação de redução por 2:
4 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 2 H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses
Ao ser somada com a reação do ânodo, obtemos:
4 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 4 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita 2 H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses
Considerando que os íons H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses e O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses formam a água, podemos reescrever da seguinte forma:
4 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita 2 H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses
Por fim, retirando duas moléculas de água de cada lado da equação:
2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita 2 H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses
Isso significa que, nesse processo, apenas a água sofreu eletrólise. Portanto, escolhendo o eletrólito adequado, é possível produzir os gases hidrogênio e oxigênio tendo como base a água líquida.
Aplicações da eletrólise
Como vimos, a eletrólise tem várias aplicações industriais. Além das estudadas ao longo do capítulo, vamos conhecer um pouco sobre o processo de eletrorrefinação, que possibilita purificar um metal obtido por meio de um processo extrativo anterior. Um dos maiores usos da eletrorrefinação é na purificação do cobre.
Em uma célula eletrolítica, o metal que será purificado é utilizado como ânodo, e o metal puro será depositado no cátodo. A diferença de potencial aplicada leva o metal a se dissolver no ânodo, juntamente com as impurezas. No cátodo ocorre somente a deposição do metal puro.
O cobre a ser refinado, por exemplo, é usado como ânodo em uma célula eletrolítica que contém soluções aquosas de sulfato de cobre(II) abre parênteses C u S O subscrito 4 abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses e ácido sulfúrico abre parênteses H subscrito 2 S O subscrito 4 abre parênteses a q fecha parênteses fecha parênteses como eletrólitos.

Página 297
A semirreação de oxidação é dada por:
C u abre parênteses s fecha parênteses seta para a direita C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
O cátodo da célula é constituído de uma folha fina de cobre de elevada pureza. A semirreação de redução é dada por:
C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses
Durante a eletrólise, o cobre e as impurezas que o acompanham, as quais incluem outros metais que se oxidam mais facilmente que ele, como o ferro abre parênteses Fe fecha parênteses e o zinco abre parênteses Z n fecha parênteses, são dissolvidos no ânodo. Os outros metais mais difíceis de oxidar, como a prata abre parênteses A g fecha parênteses e o ouro abre parênteses A u fecha parênteses, desprendem-se do eletrodo e depositam-se no fundo do recipiente. Esse acúmulo de metais é chamado lama anódica, a qual passará por outros processos de separação e purificação para que os metais recuperados sejam comercializados.
Agora, leia o trecho de reportagem a seguir.
Entenda o que é o hidrogênio verde, chamado de ‘combustível do futuro'
[…]
O carimbo "verde" deriva da forma como ele é produzido. Apesar de abundante na natureza, o hidrogênio raramente é encontrado em sua forma elementar abre parênteses H subscrito 2 fecha parênteses. […]
Para extraí-lo desses componentes, é preciso empregar energia elétrica. Quando a eletricidade usada para quebrar a molécula vem de fontes sustentáveis, como eólica e solar, o hidrogênio resultante é chamado de verde.
O processo de quebra da molécula de água – chamado de eletrólise – termina com H subscrito 2 de um lado e O subscrito 2, oxigênio que respiramos, de outro.
[…]
NASSIF, Tamara. Entenda o que é o hidrogênio verde, chamado de ‘combustível do futuro'. Folha de S.Paulo, São Paulo, ano 104, n. 34.668, 3 mar. 2024. p. A16.
A produção de hidrogênio verde é uma aplicação promissora da eletrólise que está ganhando destaque no cenário global. O método descrito na reportagem é considerado uma alternativa mais sustentável aos processos tradicionais de produção de hidrogênio, que geralmente envolvem o uso de matérias-primas não renováveis, como gás natural, petróleo, carvão ou biomassa, que emitem dióxido de carbono, tornando-se menos sustentáveis.
O diferencial da produção de hidrogênio verde comparado com a produção de hidrogênio convencional que estudamos anteriormente está na fonte da energia elétrica utilizada no processo de eletrólise. Quando a eletricidade provém de fontes renováveis, como usinas hidrelétricas, solares e eólicas, o hidrogênio produzido é considerado verde, pois todo o processo é livre de emissões de carbono. Essa abordagem não apenas contribui para a redução da dependência de combustíveis fósseis, mas também promove a transição para uma economia de baixo carbono.
A produção de hidrogênio verde está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, em especial os Objetivos 7, 9 e 12. O Objetivo 7, "Energia Acessível e Limpa", visa garantir o acesso à energia confiável, sustentável e moderna para todos. O Objetivo 9, que trata de "Indústria, Inovação e Infraestrutura", é suportado pela inovação tecnológica na produção de energia limpa e sustentável. Já o Objetivo 12, que foca em "Consumo e Produção Responsáveis", é diretamente beneficiado pela redução das emissões de carbono e pela promoção de processos industriais mais sustentáveis.
Dessa forma, a eletrólise se torna uma alternativa na transição para um sistema energético mais sustentável, contribuindo para a descarbonização e a segurança energética. O hidrogênio verde, além de representar um avanço na produção sustentável de energia, desempenha um papel crucial na busca por um futuro mais limpo e equitativo, colaborando para a concretização das metas estabelecidas pela Agenda 2030.
Página 298
Lei de Faraday
Como acontece em outros processos químicos, nos processos eletroquímicos realizados na indústria é importante prever e calcular as quantidades de reagentes e produtos. Mas para fazer esses cálculos em processos que envolvem a eletricidade é preciso relacionar as massas com a carga e a corrente elétrica envolvidas.
Em 1834, o cientista inglês Michael Faraday (1791-1867) estabeleceu a relação entre o número de elétrons transferidos e a quantidade de matéria da espécie que se oxida ou reduz.

Como a carga elétrica de um elétron é igual a 1 vírgula 6 vezes 10 elevado a menos 19 C e 1 mol de elétrons corresponde a 6 vírgula 0 2 vezes 10 elevado a 23 elétrons, é possível calcular a quantidade de carga transportada pela passagem de 1 mol de elétrons pelo circuito.
6 vírgula 0 2 vezes 10 elevado a 23 vezes 1 vírgula 6 vezes 10 elevado a menos 19 C é aproximadamente igual a 9 vírgula 65 vezes 10 elevado a 4 C
Logo, 9 vírgula 65 vezes 10 elevado a 4 C ou 96.500 C representa a quantidade de carga transportada por 1 mol de elétrons. Essa quantidade de carga é denominada constante de Faraday abre parênteses F fecha parênteses.
1 mol de elétrons transporta 96.500 C ou 1 F
A quantidade de carga Q, expressa em coulomb abre parênteses C fecha parênteses, está relacionada à intensidade de corrente elétrica i, expressa em ampère abre parênteses A fecha parênteses, e ao tempo 't', expresso em segundos abre parênteses segundo fecha parênteses. A expressão que relaciona essas grandezas é:
Q é igual a i vezes 't'

Vamos agora calcular o tempo necessário para produzir 2.700 quilogramas de alumínio utilizando uma corrente elétrica de 300.000 A, que é um valor utilizado em algumas instalações industriais.
Inicialmente, precisamos calcular quantos mols de elétrons estão envolvidos na produção do alumínio.
A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A l
3 mol de e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 1 mol de A l abre parênteses 27 gramas fecha parênteses
Portanto, para cada mol de alumínio metálico, são necessários 3 vezes 96.500 C é igual a 289.500 C.
Agora, faremos o cálculo da carga necessária para obter 2.700 quilogramas de alumínio:

início de fração, numerador: 27 gramas A l, denominador: 2 vírgula 7 vezes 10 elevado a 6 gramas A l, fim de fração é igual a início de fração, numerador: 289.500 C, denominador: x, fim de fração implica em x é igual a início de fração, numerador: 289.500 C vezes 2 vírgula 7 vezes 10 elevado a 6 gramas A l, denominador: 27 gramas A l, fim de fração
portanto x é igual a 2 vírgula 895 vezes 10 elevado a 10 C
Para uma corrente elétrica de 300.000 A, calcularemos o tempo necessário com a seguinte equação:
Q é igual a i vezes 't'
2 vírgula 895 vezes 10 elevado a 10 é igual a 3 vezes 10 elevado a 5 vezes 't' implica em 't' é igual a 9 vírgula 65 vezes 10 elevado a 4 segundo portanto 't' é igual a 26 vírgula 8 horas
Portanto, são necessárias 26 vírgula 8 horas para produzir 2.700 quilogramas de alumínio.
Página 299
ATIVIDADES
1. O cloreto de magnésio abre parênteses M g C l subscrito 2 fecha parênteses pode ser utilizado em dois tipos de eletrólises: um que esteja dissolvido em água e outro que esteja fundido. Para avaliar as diferenças entres esses dois tipos, copie em seu caderno o quadro a seguir e complete-o corretamente.
Informações das espécies envolvidas na eletrólise | Eletrólise ígnea | Eletrólise aquosa |
---|---|---|
Estado do M g C l subscrito 2 |
||
Íons presentes na eletrólise |
||
O produto formado no cátodo |
||
Semirreação anódica |
||
Semirreação catódica |
Atividade(s) adaptada(s) acessível(is)
1. O cloreto de magnésio abre parênteses M g C l subscrito 2 fecha parênteses pode ser utilizado em dois tipos de eletrólise: um que esteja dissolvido em água e outro que esteja fundido. Para avaliar as diferenças entres esses dois tipos, escreva em seu caderno os detalhes das seguintes informações para a eletrólise ígnea e a eletrólise aquosa dessa substância: estado do M g C l subscrito 2; íons presentes na eletrólise; produto formado no cátodo; semirreação anódica; e semirreação catódica.
Resposta: Eletrólise ígnea: estado líquido; íons M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente e C l elevado a início expoente, menos, fim expoente presentes. Produto no cátodo: M g abre parênteses s fecha parênteses. Semirreação anódica: 2 C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita C l subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente. Semirreação catódica: M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita M g abre parênteses s fecha parênteses. Eletrólise aquosa: estado aquoso. Íons M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente, C l elevado a início expoente, menos, fim expoente, H sobrescrito mais e O H elevado a início expoente, menos, fim expoente presentes. Produto no cátodo: H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses. Semirreação anódica: 2 C l elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses l fecha parênteses seta para a direita C l subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente. Semirreação catódica: 2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita H subscrito 2 abre parênteses s fecha parênteses.
2. Considere o esquema a seguir, que demonstra a eletrólise para cobrir um anel de alumínio com ouro.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

O anel de alumínio está ligado ao polo negativo da bateria e uma barra de ouro está ligada ao polo positivo da bateria. Em seguida, os metais são imersos em um banho eletrolítico composto de uma solução de nitrato de ouro(III) abre parênteses A u abre parênteses N O subscrito 3 fecha parênteses subscrito 3 fecha parênteses. Responda às questões a seguir em seu caderno.
a ) O cátodo da eletrólise está conectado a qual polo da bateria? E o ânodo da eletrólise?
b ) Quais semirreações ocorrem nos eletrodos ao passar corrente elétrica pelo sistema?
c ) Durante a eletrólise, quais transformações poderiam ser observadas nos eletrodos?
Respostas das questões 1 e 2 nas Orientações para o professor.
3. Leia o trecho do texto a seguir, que descreve a decomposição do composto potassa, atualmente chamado de hidróxido de potássio abre parênteses K O H fecha parênteses. Esse processo foi feito pelo químico inglês Humphry Davy (1778-1829), em 1807.
Há registros de que Davy teria começado suas tentativas de decompor a potassa no laboratório da Royal Institution de Londres em 16 de outubro de 1807 [...]
[…] Em vez de utilizar potassa completamente seca, deixou a amostra exposta à atmosfera, apenas o suficiente para que a superfície absorvesse um pouco de umidade, tornando-se assim condutora de eletricidade. Utilizando sua pilha mais poderosa, Davy fez passar a corrente elétrica pela amostra de potassa, e observou que o álcali começou a fundir junto aos pontos de contato elétrico. […]
BUCI, Júlia R.; PORTO, Paulo A. Humphry Davy e a natureza metálica do potássio e do sódio. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 41, n. 4, nov. 2019. p. 345.
a ) De acordo com a descrição do experimento de Davy, ocorreu eletrólise? Justifique sua resposta.
Resposta: Pela descrição, a eletrólise que ocorreu é do tipo ígnea, pois, apesar de haver umidade no hidróxido de potássio, ele utilizou uma pilha com ddp suficientemente alta, observando a formação do metal na forma líquida.
b ) Identifique qual das alternativas a seguir apresenta as semirreações que ocorreram.
I ) Ânodo: 4 K elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 4 K abre parênteses s fecha parênteses.
Cátodo: 4 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita
seta para a direita 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente.
II ) Ânodo: K elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita K abre parênteses s fecha parênteses .
Cátodo: 2 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita
seta para a direita 4 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente.
III ) Ânodo: 4 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita
seta para a direita 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente.
Cátodo: 4 K elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 4 K abre parênteses s fecha parênteses .
IV ) Ânodo: 2 O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses seta para a direita
seta para a direita 2 H subscrito 2 O abre parênteses l fecha parênteses mais O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente.
Cátodo: 4 K elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 4 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita 4 K abre parênteses s fecha parênteses .
Resposta: Alternativa III.
c ) Utilizando a eletroquímica, Humphry Davy, com o trabalho descrito anteriormente, descobriu não apenas a substância potássio, mas também uma série de outras substâncias. Pesquise e faça um resumo sobre algumas dessas substâncias e como foram obtidas.
Resposta: Espera-se que os estudantes pesquisem e escrevam sobre alguns metais alcalinos e alcalinoterrosos, como sódio abre parênteses N a fecha parênteses, cálcio abre parênteses C a fecha parênteses, estrôncio abre parênteses S r fecha parênteses, bário abre parênteses B a fecha parênteses, magnésio abre parênteses M g fecha parênteses e boro abre parênteses B fecha parênteses. Os mesmos princípios da eletrólise foram utilizados adaptando-se à metodologia de acordo com a substância a ser obtida e a sua matéria-prima.
d ) Sabendo que o potencial padrão de redução do potássio e do sódio são, respectivamente, menos 2 vírgula 93 V e menos 2 vírgula 71 volt, qual exige uma pilha com maior ddp para eletrólise?
Resposta: Como o potássio tem menor potencial de redução, ele exige uma d d p maior.
Página 300
4. O magnésio abre parênteses M g fecha parênteses é um dos elementos químicos mais abundantes na água do mar. Um litro de água do mar pode conter mais de 1 grama de íons magnésio abre parênteses M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente fecha parênteses. Se a água do mar passar por uma série de reações químicas, obtém-se o sal cloreto de magnésio abre parênteses M g C l subscrito 2 fecha parênteses. Esse sal pode ser fundido e submetido à eletrólise, que produz magnésio metálico. Sobre a eletrólise, responda às questões.
a ) Que tipo de eletrólise foi descrita e quais são as semirreações que ocorrem no cátodo e ânodo?
b ) Qual é a massa de magnésio metálico produzida após 1 hora de eletrólise com a corrente contínua de 48 vírgula 25 A?
c ) Quanto tempo é necessário para produzir 1 quilograma de magnésio metálico com a mesma corrente?
Resoluções nas Orientações para o professor.
5. Qual é a massa de cobre que pode ser formada se houver a passagem de 38.600 C no circuito eletrolítico de uma solução aquosa de sulfato de cobre(II) abre parênteses C u S O subscrito 4 fecha parênteses?
Resolução nas Orientações para o professor.
6. Em um laboratório são testadas algumas reduções de cátions para obtenção de metais. Confira algumas dessas reações de redução.
I ) C u elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses
II ) C u elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 1 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C u abre parênteses s fecha parênteses
III ) A u elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A u abre parênteses s fecha parênteses
IV ) A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A l abre parênteses s fecha parênteses
Considerando que foi utilizada a carga de 1 Faraday durante uma hora, responda aos itens a seguir.
a ) Determine a massa obtida em cada reação. Consulte a massa atômica dos metais na tabela periódica.
b ) Qual das reações produziu a maior massa de metal?
c ) Os valores da massa atômica e da carga do cátion afetam a quantidade de massa do metal reduzido?
Resoluções nas Orientações para o professor.
7. Confira o quadro a seguir, com algumas técnicas de eletrodeposição e suas semirreações que podem ocorrer no cátodo.
Técnica | Semirreação no cátodo |
---|---|
Prateação |
A g elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita A g abre parênteses s fecha parênteses |
Cromação |
C r elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita C r abre parênteses s fecha parênteses |
Niquelação |
N i elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita N i abre parênteses s fecha parênteses |
Para fazer a eletrodeposição de uma mesma superfície, identifique a alternativa que apresenta a técnica que necessita de mais quantidade de carga e a mais rápida por mol, respectivamente.
a ) Niquelação e cromação.
b ) Cromação e cromação.
c ) Prateação e niquelação.
d ) Cromação e prateação.
e ) Prateação e prateação.
Resposta: Alternativa d.
8. Durante a eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de sódio abre parênteses N a C l fecha parênteses, foi gerado 0 vírgula 5 mol de gás hidrogênio abre parênteses H subscrito 2 fecha parênteses. Sabendo que a quantidade de carga necessária para a produção de 1 mol de gás hidrogênio é de 96.500 coulombs, calcule a carga total utilizada no processo.
Resolução nas Orientações para o professor.
9. Em um processo de eletrólise de água, utiliza-se uma fonte de energia renovável para fornecer a corrente elétrica necessária. Disserte sobre a importância desse processo para a produção de hidrogênio verde e como a eletrólise pode contribuir para uma economia de baixo carbono.
Resposta: A eletrólise de água com uso de energia renovável permite produzir hidrogênio verde, um combustível limpo. Como a eletricidade usada no processo é proveniente de fontes renováveis, como solar ou eólica, o hidrogênio produzido é considerado verde, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e promovendo uma economia de baixo carbono.
10. As equações a seguir representam o processo de redução de cátions em solução aquosa.
I ) F e elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita F e abre parênteses s fecha parênteses
II ) N i elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita N i abre parênteses s fecha parênteses
III ) S n elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita S n abre parênteses s fecha parênteses
IV ) P b elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente seta para a direita P b abre parênteses s fecha parênteses
Qual das opções a seguir representa corretamente a quantidade total de mols de elétrons envolvidos na redução de 2 mols de cada cátion?
a ) 12 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
b ) 16 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
c ) 14 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
d ) 18 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
e ) 20 e elevado a início expoente, menos, fim expoente
Resposta: Alternativa d. Deve-se calcular a quantidade total de elétrons envolvidos na redução de 2 mols de cada cátion, considerando o número de elétrons que cada um deles recebe para ser reduzido, e somar a quantidade total. Portanto, resulta em 18 elétrons.
11. Uma indústria utiliza eletrólise para purificar cobre. Durante o processo, íons cobre são reduzidos a cobre metálico no cátodo. Explique e registre como a aplicação da lei de Faraday pode prever a quantidade de cobre metálico que será depositado ao passar uma determinada corrente elétrica por um certo período.
Respostas das questões 4, 5, 6, 8 e 11 nas Orientações para o professor.
Página 301
CAPÍTULO16
Radioatividade
A descoberta da radioatividade
Qualquer pessoa que já teve um osso fraturado precisou passar por um exame de raios-X. Esse exame consiste na emissão de radiação eletromagnética sobre a parte do corpo a ser examinada e contra uma placa de filme. Quando revelado, esse filme, chamado radiografia, possibilita que seja observada com detalhes a estrutura interna do organismo, como ossos e órgãos.
1. Você já precisou fazer um exame de raios-X? Em qual situação?
Resposta pessoal. O objetivo desta questão é incentivar a participação dos estudantes, levando-os a expor suas vivências em relação ao assunto abordado.
A princípio, um exame de raios-X pode parecer perigoso, principalmente quando nos deparamos com expressões como "radiação eletromagnética" ou "partículas radioativas". No entanto, esse exame é seguro para o paciente. O risco oferecido por essa técnica é praticamente nulo, pois a dose de radiação envolvida é baixa. Ele deve ser evitado apenas em crianças muito pequenas ou em gestantes e exige cuidados adequados para os técnicos de radiologia, que ficam expostos diariamente à radiação.
Os raios X são um tipo de radiação com alta capacidade de penetração, ou seja, atravessam com facilidade a maioria dos materiais, inclusive órgãos e tecidos moles, como a pele e o músculo, e são absorvidos parcialmente por materiais densos, como os ossos. Portanto, o contorno ósseo que vemos nas radiografias representa a radiação que não alcançou a placa de filme.
Em geral, tudo o que é irradiado, ou seja, emitido em forma de raios por alguma fonte, é radiação. Assim, a luz solar (radiação solar), a luz emitida por uma lanterna, os raios X e as ondas de rádio são exemplos de radiação. Nesse contexto, chamamos radioatividade a propriedade que os átomos de determinados elementos químicos apresentam de emitir espontaneamente radiações e partículas.
A descoberta da radioatividade ocorreu de forma gradativa e representou um avanço para o conhecimento da estrutura da matéria. Confira a seguir, em ordem cronológica, alguns dos principais fatos relacionados a ela.
1850 – Ampola de Crookes
O químico inglês William Crookes (1832-1919) desenvolveu um equipamento para estudar a condutividade elétrica a baixa pressão. O equipamento consiste em um tubo de vidro fechado que apresenta gás a baixa pressão e é submetido a um campo magnético externo. Nele, há duas placas metálicas ligadas a uma fonte de alta-tensão abre parênteses 10 quilovolts fecha parênteses.

A placa ligada ao polo negativo é o cátodo e a ligada ao polo positivo é o ânodo. Ao elevar a tensão entre o cátodo e o ânodo, surge um feixe luminoso carregado de partículas negativas (elétrons) que sai do cátodo (raios catódicos) e atravessa o tubo. Esse tubo de raios catódicos é conhecido como ampola de Crookes. Atualmente, sabe-se que os raios catódicos são emissões radioativas.

Página 302
1895 – Raios X
Ao trabalhar com uma ampola de Crookes, o físico alemão Wilhelm Roentgen (1845-1923) percebeu a existência de alguns raios luminosos no interior do tubo. Como não conhecia a origem deles, denominou-os raios X.

Roentgen notou algo que o impressionou: os raios X podiam sensibilizar uma chapa fotográfica e permitiam visualizar os ossos do corpo. Ao radiografar a mão de sua esposa, a suíça Anna Bertha Ludwig (1839-1919), o cientista constatou que os raios X não atravessaram o ouro da aliança, e, por isso, a parte óssea na região não ficou visível. A descoberta dos raios X rendeu a Roentgen o prêmio Nobel de Física em 1901.

1896 – Material radioativo
O físico francês Antoine Henri Becquerel (1852-1908) descobriu a radioatividade do urânio abre parênteses U fecha parênteses. Ele também percebeu que a radiação emitida pelo sal de urânio era capaz de ionizar gases, os quais se tornavam carregados positivamente e, portanto, passavam a conduzir eletricidade.
Becquerel faleceu em 1908. Marcas de queimadura em seu corpo indicam que a causa de sua morte está relacionada ao manuseio de materiais radioativos.

1902 – O rádio e o polônio
A polonesa Marie Curie (1867-1934) e o francês Pierre Curie (1859-1906), casal de físicos, descobriram e isolaram dois novos elementos químicos radioativos: o rádio abre parênteses R a fecha parênteses, mais radioativo do que o urânio; e o polônio abre parênteses P o fecha parênteses, nomeado em homenagem à Polônia, terra natal de Marie Curie.
Pierre Curie faleceu em 1906, vítima de um atropelamento. Já Marie Curie faleceu em 1934 em virtude de complicações causadas por longa exposição à radiação.
Foi Marie Curie quem, em 1898, usou pela primeira vez o termo radioatividade. As contribuições de Henri Becquerel e do casal Curie para o campo da radioatividade são fundamentais e indiscutíveis e renderam aos três o prêmio Nobel de Física em 1903.

1908 – Radioatividade nuclear
O físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937), ao estudar as radiações emitidas pelo urânio, descobriu que há dois tipos diferentes e os nomeou de alfa e beta. Mais tarde, observou que, ao emitirem partículas alfa e beta, os elementos químicos mais instáveis se transformavam em outros elementos químicos. Por essas descobertas, Rutherford ganhou o prêmio Nobel de Química em 1908.

1932 – Descoberta do nêutron
O físico inglês James Chadwick (1891-1974) descobriu a partícula nêutron e identificou sua emissão radioativa. Graças a essa descoberta, Chadwick foi contemplado com o prêmio Nobel de Física em 1935.

Página 303
O primeiro elemento radioativo criado artificialmente e um novo prêmio Nobel – mais um fruto da família Curie
A família Curie desempenhou um papel essencial para a Ciência, na área da Química nuclear. A física e química francesa Irène Joliot-Curie (1897-1956) foi a responsável pela descoberta e criação do primeiro elemento radioativo artificial. Essa conquista científica, que lhe rendeu o prêmio Nobel de Química em 1935, não foi apenas uma vitória individual, mas o resultado de um legado científico estabelecido por sua mãe, Marie Curie, que realizou estudos pioneiros sobre radioatividade e dedicou-se intensamente à pesquisa.
Além de Henri Becquerel, Marie Curie, em parceria com seu marido, Pierre Curie, também foram laureados com o prêmio Nobel de Física em 1903 por suas investigações sobre os fenômenos da radiação, um campo emergente na época. Eles foram os primeiros a isolar e estudar detalhadamente os elementos rádio e polônio, que são radioativos. Em 1911, Marie Curie foi novamente premiada, desta vez com o Nobel de Química, em reconhecimento à sua descoberta do rádio e do polônio, e pelo avanço no estudo da radioatividade. Esses elementos, principalmente o rádio, não só ampliaram o entendimento sobre a estrutura do átomo, mas também abriram novas possibilidades para o estudo das propriedades dos elementos químicos.
O trabalho com substâncias radioativas foi revolucionário, mas teve um impacto significativo na saúde dos membros da família de cientistas, que frequentemente adoeciam em razão da exposição à radiação. A exposição prolongada aos elementos radioativos sem as proteções adequadas resultou na morte de Marie Curie e, posteriormente, de sua filha Irène, ambas em decorrência de leucemia, um tipo de câncer que afeta as células do sangue. Alguns livros e algumas anotações do casal Marie e Pierre ainda são considerados radioativos e são armazenados em caixas de chumbo abre parênteses P b fecha parênteses. Contudo, o impacto de suas descobertas perdurou além da vida deles, influenciando a geração seguinte de cientistas.

A descoberta da radioatividade artificial envolveu um experimento inovador, em que uma folha de alumínio foi bombardeada com partículas alfa, que são núcleos de hélio com carga positiva e alta energia. As partículas alfa interagiram com os núcleos de alumínio, induzindo uma reação nuclear que transformou o alumínio em outro elemento químico.
O que tornou essa descoberta tão significativa foi a observação de que, mesmo após cessar o bombardeio com partículas alfa, o alumínio continuava a emitir radiação. Isso indicava que um novo elemento radioativo havia sido criado artificialmente – o fósforo-30 abre parênteses sobrescrito 30 subscrito 15 P fecha parênteses. Esse processo de transmutação nuclear foi o primeiro exemplo de como os elementos poderiam ser convertidos em outros por meio de reações nucleares induzidas, um conceito fundamental para a Química e a Física nuclear.
A descoberta da radioatividade artificial abriu novas fronteiras para a Ciência e teve aplicações práticas imediatas, sobretudo na Medicina. Os radioisótopos produzidos artificialmente, como os descobertos por Joliot-Curie, são amplamente utilizados em terapias e diagnósticos médicos, principalmente no tratamento do câncer, no qual são utilizados para destruir células malignas.
Esse trabalho não apenas consolidou a importância da família Curie na Ciência, mas também lançou as bases para o desenvolvimento da Física nuclear e da Medicina nuclear moderna. A criação artificial de elementos radioativos mostrou que os cientistas podiam manipular e transformar a matéria em um nível fundamental, ampliando as possibilidades de novas descobertas e aplicações tecnológicas. A família Curie, por meio de suas contribuições contínuas, exemplifica o impacto duradouro que a ciência pode ter no mundo, reforçando a importância da pesquisa e da inovação.
Página 304
Radiação ionizante
Há dois tipos distintos de radiação: a ionizante e a não ionizante.
A radiação ionizante, composta de ondas eletromagnéticas de alta frequência e de partículas subatômicas, é capaz de causar mudanças na estrutura da matéria com a qual interage. A radiação emitida pelos elementos químicos radioativos é do tipo ionizante.
A radiação não ionizante é composta de ondas eletromagnéticas de baixa frequência, como raios solares, infravermelhos, micro-ondas e ondas de rádio. Esse tipo de radiação não é forte o bastante para alterar a matéria com a qual interage.
A expressão radiação ionizante vem do fato de que esse tipo de radiação frequentemente forma íons ou radicais✚ ao interagir com a matéria.
Por meio de diversos experimentos laboratoriais com materiais radioativos, foi possível identificar os três principais tipos de radiação ionizante: alfa abre parênteses alfa fecha parênteses, beta abre parênteses beta fecha parênteses e gama abre parênteses gama fecha parênteses. Analise a seguir o quadro com as principais características dessas emissões.
Emissão | Representação | Carga relativa1 | Massa relativa2 | Características |
---|---|---|---|---|
Alfa |
sobrescrito 4 subscrito 2 alfa |
mais 2 |
4 |
partícula; 2 prótons e 2 nêutrons (equivalente ao núcleo de átomo de hélio); baixo poder de penetração; alto poder de ionização; velocidade de até 7% da velocidade da luz |
Beta |
sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta |
menos 1 |
0 |
partícula; características semelhantes a elétrons; médio poder de penetração; médio poder de ionização; velocidade de até 95% da velocidade da luz |
Gama |
sobrescrito 0 subscrito 0 gama |
0 |
0 |
radiação (radiação eletromagnética); alto poder de penetração; pequeno poder de ionização; velocidade igual à da luz abre parênteses 300.000 quilômetros por segundo fecha parênteses |
1: em unidades de carga do elétron. 2: em unidades de massa atômica.
Há outros tipos de radiação ionizante, como os raios X vistos anteriormente. Eles se comportam de maneira bastante semelhante aos raios gama e a diferença reside apenas na origem da radiação: enquanto os raios gama surgem do núcleo atômico, os raios X vêm da nuvem eletrônica.
A capacidade que um tipo de radiação tem de atravessar materiais densos é chamada poder de penetração. Confira a seguir o poder de penetração das radiações alfa, beta e gama.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

Imagem elaborada com base em: HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. p. 618.
2. Por que uma radiação com alta capacidade de penetração é menos perigosa para tecidos vivos do que uma com baixa capacidade?
Resposta: Radiações de alta capacidade de penetração atravessam com facilidade materiais pouco densos, ou seja, não são absorvidas por esses materiais. Portanto, têm baixo risco de interagir, modificar e danificar tecidos vivos, que em geral apresentam pequena densidade. Além disso, radiações de alta penetração, em geral, têm baixo poder de ionização.
- Radical:
- um átomo, molécula ou íon com pelo menos um elétron desemparelhado.↰
Página 305
Analise o esquema de um experimento radioativo contendo as principais características das emissões nucleares naturais.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

Imagem elaborada com base em: ATKINS, Peter; JONES, Loretta; LAVERMAN, Leroy. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018. p. 749.
3. Com base nas características de cada radiação observada no quadro da página anterior, explique as trajetórias de cada tipo de radiação após passarem pelas placas carregadas.
Resposta: A partícula beta é pequena e negativa, portanto é fortemente desviada em direção à placa positiva; a radiação gama não tem massa nem carga e, assim, segue em trajetória retilínea. A partícula alfa é grande e positiva, sendo levemente desviada em direção à placa negativa.
As estrelas e outros componentes do Universo estão constantemente emitindo radiação, a chamada radiação cósmica, em razão das reações altamente energéticas que ocorrem em seu interior. Parte dela, composta principalmente de prótons e partículas alfa, alcança a atmosfera terrestre, produzindo uma constante entrada de fragmentos nucleares que não oferecem riscos aos seres vivos.
A detecção de radiação cósmica auxilia os astrônomos a identificar novos corpos celestes no Universo, principalmente estrelas e supernovas, por meio de parâmetros como direção, aceleração e intensidade da radiação.
Astro (dimensão)
Pulsar: aproximadamente 40 quilômetros de diâmetro.

Dica
Todos os ambientes contêm algum tipo de radioatividade. Contanto que a intensidade da radiação seja baixa, isso não acarreta qualquer tipo de problema.
Alguns elementos radioativos presentes no ambiente acabam se tornando parte dos seres vivos. Esses elementos são isótopos radioativos indispensáveis na constituição da matéria viva, como o potássio abre parênteses K fecha parênteses, o carbono abre parênteses C fecha parênteses e o hidrogênio abre parênteses H fecha parênteses. O potássio, por exemplo, está presente no corpo humano de um adulto na concentração de 2 gramas por quilograma, sendo 0,01% desse valor equivalente ao radioisótopo potássio-40 abre parênteses K traço 40 fecha parênteses.
Em geral, no corpo humano, a entrada de elementos radioativos ocorre por meio da alimentação e pela respiração.
Os minérios que compõem a Terra também podem apresentar propriedades radioativas de acordo com os elementos que os formam. Minérios de urânio, tório abre parênteses T h fecha parênteses e potássio estão entre os elementos com maior atividade radioativa. O contato com esses materiais deve ser evitado, e, quando necessário, equipamentos de proteção individual (EPIs) têm de ser usados e medidas de precaução adicionais, tomadas.

Página 306
Os elementos químicos radioativos são aqueles cujos átomos apresentam um núcleo instável, capaz de emitir radiações eletromagnéticas e partículas de carga e massa definidas. Os átomos radioativos são também chamados radionuclídeos.
Decaimento radioativo
Ao emitir naturalmente partículas e radiações, um radionuclídeo passa por um processo chamado decaimento radioativo natural. Ao decair por emissão de partículas naturais, o radionuclídeo de determinado elemento químico se transforma no de outro elemento químico. Esse processo é conhecido como desintegração radioativa. Caso o novo radionuclídeo formado também seja instável, o decaimento segue com sucessivas emissões de radiação até que se forme um núcleo estável e, portanto, não radioativo.
Confira a seguir a série de decaimento radioativo do urânio-238 abre parênteses U traço 238 fecha parênteses.

Imagem elaborada com base em: SERVIÇO Geológico dos Estados Unidos (USGS). Uranium. Disponível em: https://s.livro.pro/3gfj19. Acesso em: 5 set. 2024.
4. Qual é a variação no número de prótons, de nêutrons e de massa atômica entre o U traço 238 e o chumbo-206 abre parênteses P b traço 206 fecha parênteses, segundo a série de decaimento natural do U traço 238?
Resposta: Há uma diferença de 238 traço 206 é igual a 32 de massa atômica entre os dois elementos. Como pode ser observado na série, o número atômico do urânio é 92, e o do chumbo, 82. Como o número atômico de um elemento é igual ao número de prótons de seus átomos, houve uma diferença de 10 prótons entre o U traço 238 e o P b traço 206. Por fim, como a massa atômica é a soma do número de prótons com o número de nêutrons, houve uma diferença de 32 menos 10 é igual a 22 nêutrons no decorrer da série de decaimento radioativo.
Perceba que o núcleo instável do U traço 238 sofre diversos decaimentos radioativos, transformando-se sempre no núcleo também instável de outro elemento químico, até, finalmente, decair em um núcleo estável de chumbo, P b traço 206. Note também que alguns elementos químicos aparecem múltiplas vezes na série na forma de diferentes radioisótopos.
Confira a seguir a série de decaimento radioativo do tório-232 abre parênteses T h menos 232 fecha parênteses.

Imagem elaborada com base em: SERVIÇO Geológico dos Estados Unidos (USGS). Thorium. Disponível em: https://s.livro.pro/pheioj. Acesso em: 5 set. 2024.
Dica
Dois ou mais átomos são isótopos caso sejam do mesmo elemento químico e tenham massa atômica diferente. O urânio, por exemplo, pode ser encontrado nas formas isotópicas U traço 234 (massa de 234 unidades), U traço 235 e U traço 238. Isótopos apresentam sempre o mesmo número de prótons (número atômico), mas diferentes números de nêutrons. Isótopos radioativos são comumente chamados radioisótopos.
Um elemento químico radioativo que inicia o processo de decaimento não volta ao seu estado original. Isso significa que, ao longo do tempo, a tendência é de que esses elementos químicos se extingam.
Página 307
Leis de Soddy
A transformação de um nuclídeo em outro como resultado da emissão de partículas ocorre em conformidade com as leis da radioatividade, também chamadas leis de Soddy. Esse nome faz homenagem ao químico inglês Frederick Soddy (1877-1956), que, com Rutherford, descobriu que a radioatividade acontece em razão da transformação de elementos químicos radioativos em outros.

1ª lei de Soddy: emissão de partícula alfa abre parênteses alfa fecha parênteses
Quando um átomo emite uma partícula alfa, seu número atômico diminui em duas unidades e seu número de massa diminui em quatro unidades. Isso acontece porque a partícula alfa é formada por dois prótons e dois nêutrons, que totalizam uma massa de 4 unidades (unidades de massa atômica).
Confira a seguir alguns exemplos.
Emissão de uma partícula alfa a partir do radionuclídeo de T h traço 232:
sobrescrito 232 subscrito 90 T h seta para a direita sobrescrito 4 subscrito 2 alfa mais sobrescrito 228 subscrito 88 R a
Ao sofrer decaimento beta, o radioisótopo de T h traço 232 se transformou no isótopo rádio-228 abre parênteses R a traço 228 fecha parênteses. O rádio é o elemento químico cujo número atômico (88) é duas unidades abaixo do número atômico do tório (90).
Emissão de quatro partículas alfa a partir do radionuclídeo de tório-230 abre parênteses T h traço 230 fecha parênteses:
sobrescrito 230 subscrito 90 T h seta para a direita 4 sobrescrito 2 subscrito 2 alfa mais sobrescrito 214 subscrito 82 P b
2ª lei de Soddy: emissão de partícula beta abre parênteses beta fecha parênteses
Quando um átomo emite uma partícula beta, seu número atômico aumenta em uma unidade e seu número de massa permanece inalterado.
Analisemos alguns exemplos.
Emissão de uma partícula beta a partir do radionuclídeo de tório-234 abre parênteses T h traço 234 fecha parênteses:
sobrescrito 234 subscrito 90 T h seta para a direita sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta mais sobrescrito 234 subscrito 91 P a
Ao sofrer decaimento beta, o radioisótopo de T h traço 234 se transmutou no isótopo protactínio-234 abre parênteses P a traço 234 fecha parênteses. O protactínio é um elemento químico um número atômico acima do tório.
Emissão de duas partículas beta a partir do radionuclídeo de chumbo-214 abre parênteses P b traço 214 fecha parênteses:
sobrescrito 214 subscrito 82 P b 82214 seta para a direita 2 sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta mais sobrescrito 214 subscrito 84 P o
Podemos notar que, assim como em qualquer reação química, nas reações de decaimento radioativo há a conservação de massa e de carga elétrica nuclear entre os reagentes e produtos.
Confira a conservação de massa no decaimento radioativo alfa do T h traço 230.
expressão com detalhe abaixo, início da expressão, sobrescrito 230 subscrito 90 T h, início do detalhe abaixo, 230 unidades, fim do detalhe abaixo expressão com detalhe acima, início da expressão, seta para a direita, fim da expressão, início do detalhe acima; fim do detalhe acima expressão com detalhe abaixo, início da expressão, 4 sobrescrito 4 subscrito 2 alfa mais sobrescrito 214 subscrito 82 P b, início do detalhe abaixo, 4 vezes 4 unidades mais 214 unidades é igual a 230 unidades, fim do detalhe abaixo
Analise agora a conservação de carga elétrica nuclear no decaimento radioativo beta do Pb traço 214.
expressão com detalhe abaixo, início da expressão, sobrescrito 214 subscrito 82 P b, início do detalhe abaixo, carga nuclear é igual a 82, fim do detalhe abaixo expressão com detalhe acima, início da expressão, seta para a direita, fim da expressão, início do detalhe acima; fim do detalhe acima expressão com detalhe abaixo, início da expressão, 2 sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta mais sobrescrito 214 subscrito 84 P o, início do detalhe abaixo, carga nuclear é igual a abre parênteses 2 vezes abre parênteses menos 1 fecha parênteses fecha parênteses mais 84 é igual a 82, fim do detalhe abaixo
5. Por que um radioisótopo que emite radiação gama não se transforma em outro elemento químico?
Resposta: A radiação gama apresenta carga elétrica igual a zero, portanto não altera o número atômico do radioisótopo.
Página 308
O físico italiano Enrico Fermi (1901-1954) formulou uma hipótese para explicar a emissão de partícula beta a partir da desintegração de um nêutron instável. Confira o esquema a seguir.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

Imagem elaborada com base em: HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: óptica e física moderna. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v. 4. p. 383.
De acordo com essa hipótese, o nêutron instável abre parênteses sobrescrito 1 subscrito 0 n fecha parênteses dá origem a um próton abre parênteses sobrescrito 1 subscrito 1 p fecha parênteses, que permanece no núcleo atômico, e a uma partícula beta abre parênteses sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta fecha parênteses e um neutrino abre parênteses sobrescrito 0 subscrito 0 ni fecha parênteses, que escapam do núcleo. Por isso, o número atômico do átomo aumenta em uma unidade e sua massa permanece a mesma.
ATIVIDADES RESOLVIDAS
R1. Considere um processo global com a equação a seguir.
sobrescrito 204 subscrito 90 A seta para a direita x alfa mais y beta mais sobrescrito 192 subscrito 92 B
Professor, professora: Enfatize aos estudantes que o decaimento ocorre em série e, portanto, há uma etapa para cada emissão.
Quais são os valores numéricos de x e y?
Resolução
Colocando os valores numéricos relacionados às partículas alfa e beta, temos:
sobrescrito 204 subscrito 90 A seta para a direita x sobrescrito 4 subscrito 2 alfa 24 mais y sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta mais sobrescrito 192 subscrito 92 B
De acordo com as leis da radioatividade, os valores totais de massa e carga devem ser conservados.
Assim, podemos montar duas equações.
1. Uma equação para os índices superiores de todos os envolvidos (conservação do total da massa):
204 é igual a 4 vezes x mais 0 vezes y mais 192
4 vezes x é igual a 204 menos 192
4 vezes x é igual a 12 portanto x é igual a 3
Portanto, houve emissão de três partículas alfa. Note que apenas a emissão de partículas alfa altera a massa atômica da partícula radioativa.
2. Uma equação para os índices inferiores de todos os envolvidos (conservação do total da carga):
90 é igual a abre parênteses 2 vezes x fecha parênteses mais abre parênteses menos 1 vezes y fecha parênteses mais 92
Substituindo x por 3, teremos:
90 é igual a abre parênteses 2 vezes 3 fecha parênteses menos y mais 92
y é igual a 6 mais 92 menos 90
portanto y é igual a 8
Portanto, houve emissão de oito partículas beta.
Dessa forma: sobrescrito 204 subscrito 90 A seta para a direita 3 sobrescrito 4 subscrito 2 alfa 24 mais 8 sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta mais sobrescrito 192 subscrito 92 B.
Os valores numéricos de x e y são, respectivamente, 3 e 8.
- Neutrino:
- partícula subatômica de massa insignificante, sem carga elétrica, que dificilmente interage com a matéria.↰
Página 309
ATIVIDADES
1. Confira a seguir um trecho da série radioativa do urânio.
sobrescrito 238 subscrito 92 U seta para a direita sobrescrito 234 subscrito 90 T h seta para a direita sobrescrito 234 subscrito 91 P a
Identifique quais são os tipos de decaimento que ocorrem em cada etapa e justifique sua resposta.
2. Analise o esquema a seguir.
Imagens desta página sem proporção e em cores fantasia.

Imagem elaborada com base em: HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. p. 618.
Sobre as radiações de tipo X, Y e Z, anote a alternativa correta:
a ) Y e Z são, respectivamente, partícula beta e radiação gama. A radiação do tipo gama é mais energética, podendo atravessar materiais como papel e aço.
b ) X e Z são, respectivamente, raios X e radiação gama. A radiação gama é a menos energética, podendo ser barrada até por uma folha de papel.
c ) X e Y são, respectivamente, partícula beta e partícula alfa. A partícula beta é composta de 2 unidades de nêutron e 2 unidades de próton.
d ) X e Z são, respectivamente, partículas alfa e partículas beta. A partícula alfa é a menos energética e não ultrapassa materiais como concreto, aço e papel.
Resposta: Alternativa a.
3. O elemento radioativo natural sobrescrito 232 subscrito 90 T h, após uma série de emissões alfa e beta, converte-se no isótopo, não radioativo, estável, do elemento chumbo, sobrescrito 208 subscrito 82 P b.
sobrescrito 232 subscrito 90 T h seta para a direita x sobrescrito 4 subscrito 2 alfa mais y sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta mais sobrescrito 208 subscrito 82 P b
Determine o número de partículas alfa e beta emitidas após esse processo.
Respostas e resoluções das questões 1 e 3 nas Orientações para o professor.
4. O símbolo a seguir é conhecido internacionalmente por indicar a presença de material radioativo perigoso e alertar a população.

Qual dos objetos a seguir não emite radiação ionizante perigosa e não precisa estar identificado com esse símbolo?
a ) Máquinas de radioterapia.
b ) Equipamento de radiografia.
c ) Reator de usina nuclear.
d ) Forno de micro-ondas.
Resposta: Alternativa d.
5. Quando um radionuclídeo emite radiações gama, ele se transforma em outro elemento químico? Justifique.
Resposta: Não. Nesse caso não há alteração no número atômico do radionuclídeo, logo, não se forma um novo elemento químico. Assim, o radionuclídeo constituirá o mesmo elemento químico, porém mais estável, pois apresenta menor quantidade de energia nuclear.
6. Sobre o poder de ionização, a velocidade e o poder de penetração das radiações, foram feitas as seguintes afirmativas.
I ) A emissão gama apresenta o maior poder de ionização e de penetração, pois é muito veloz e capaz de atravessar vários tipos de materiais.
II ) A emissão alfa apresenta o maior poder de ionização e a menor capacidade de atravessar os materiais. Porém, sua velocidade é baixa.
III ) A emissão beta tem o menor poder de ionização e a menor capacidade de atravessar os materiais.
Qual alternativa tem apenas as afirmações corretas?
a ) I, II e III.
b ) I e II.
c ) I e III.
d ) II.
Resposta: Alternativa d.
7. Faça a representação (número atômico e número de massa) do isótopo do elemento X que completa a reação de fissão nuclear:
sobrescrito 235 subscrito 92 U mais sobrescrito 1 subscrito 0 n seta para a direita sobrescrito 90 subscrito 38 S r mais X mais 3 sobrescrito 1 subscrito 0 n
Resposta: sobrescrito 143 subscrito 54 X. Resolução nas Orientações para o professor.
Página 310
Meia-vida
Leia o trecho da matéria a seguir.
Primeira bateria nuclear brasileira vai durar 200 anos sem recarga
No Brasil, cientistas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen-CNEN) desenvolveram a primeira bateria nuclear nacional, a partir de um isótopo em decomposição de amerício (amerício-241). Sem precisar de uma recarga extra, ela pode fornecer energia para aparelhos por mais de 200 anos.
[…]
O que é impressionante na bateria é o tempo de duração, estimado em 200 anos, devido à meia-vida do amerício ser de 432,6 anos. […]
PRIMEIRA bateria nuclear brasileira vai durar 200 anos sem recarga. Ipen, 22 jan. 2024. Disponível em: https://s.livro.pro/8trv0w. Acesso em: 5 set. 2024.
6. A reportagem menciona uma bateria nuclear brasileira que pode durar até 200 anos sem recarga em virtude do tempo de meia-vida. Em sua opinião, o que é "tempo de meia-vida"? Como ele pode influenciar a durabilidade de dispositivos como essa bateria?
Resposta: O objetivo dessa questão é levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o tempo de meia-vida dos radionuclídeos. Espera-se que, no contexto da bateria nuclear mencionada, eles identifiquem que o tempo de meia-vida está relacionado ao tempo de decomposição do isótopo, que se desintegra lentamente, podendo fornecer energia por um longo período sem necessidade de recarga.
Essa inovadora bateria é um gerador termelétrico radioisotópico que pode fornecer energia por mais de 200 anos. O funcionamento da bateria se baseia no calor emitido pelas partículas alfa e gama do amerício, que aquece pastilhas termelétricas geradoras de energia elétrica. Uma diferença de temperatura na pastilha, entre um lado quente (aquecido pelo amerício) e um lado frio, provoca uma tensão de saída nas pastilhas, permitindo a acumulação e liberação de pequenas cargas elétricas. Apesar da baixa capacidade de geração atualmente, o projeto visa aumentar a potência para aplicações mais robustas, aproveitando a estabilidade e a longa durabilidade proporcionadas pelo calor gerado durante o decaimento do isótopo.
Alguns radionuclídeos, ou seja, elementos químicos cujo núcleo atômico é instável e emite radiação, como os citados anteriormente, podem ser usados na Medicina. Eles atuam como radiotraçadores✚ em técnicas de cintilografia. Nesse procedimento, certa quantidade de radionuclídeos é administrada ao paciente, geralmente por meio de uma injeção venosa. Ao acompanhar a trajetória e o acúmulo desses radiotraçadores no organismo, o médico consegue verificar anomalias em órgãos específicos. O iodo-123 (I traço 123 ou sobrescrito 123 I), por exemplo, é usado para observar a região da tireoide. Já o tecnécio menos 99 metros (T c traço 99 metros ou sobrescrito 99 m T) tem uma aplicação mais ampla, incluindo a observação do cérebro, do coração, dos pulmões e dos rins.
Dica
A letra m no nome do T c traço 99 metros indica que esse radioisótopo apresenta um núcleo mais energético do que o comum. Por isso, ele é chamado núcleo metaestável, indicado pela letra final.
Grande parte desses radiotraçadores sai do corpo por meio da urina do paciente. No entanto, naturalmente sobrarão resquícios espalhados no organismo. Por serem utilizados em baixas concentrações, não causam danos ao organismo. Além disso, outro fator faz sua concentração diminuir gradativamente: a meia-vida dos radionuclídeos.
Dica
A notação química para meia-vida segundo a IUPAC é t início subscrito, 1 barra 2, fim subscrito.
No entanto, ela também pode ser representada por P.
- Radiotraçadores:
- substâncias associadas a um radionuclídeo, cuja radiação emitida possibilita acompanhar seu comportamento e o caminho percorrido, por exemplo.↰
Página 311
Todos os átomos radioativos passam pelo processo de decaimento, ou seja, transformam-se em átomos diferentes, liberando partículas radioativas, geralmente do tipo alfa ou beta. O tempo de decaimento de radionuclídeos é medido pela diminuição de sua massa total. Quando metade da massa – ou concentração – decai, dizemos que se passou uma meia-vida de tal radionuclídeo.
A meia-vida é característica de cada radionuclídeo. Considere a seguir o esquema de decaimento radioativo que representa a meia-vida de um radionuclídeo genérico, com massa inicial de 100 gramas.

Perceba que, independentemente da massa do radionuclídeo, a meia-vida sempre representa o tempo necessário para que ocorra o decaimento de 50% em massa ou concentração do radionuclídeo.
A tabela a seguir mostra a meia-vida de alguns elementos químicos radioativos. Perceba que há uma grande diferença nas meias-vidas para distintos radionuclídeos, inclusive para aqueles de mesmos elementos químicos, como nos casos dos radioisótopos sobrescrito 234 U e sobrescrito 238 U, e sobrescrito T h e sobrescrito 232 T h. Isso acontece em virtude da diferença de estabilidade nuclear entre eles. No entanto, todos são radioativos, e, portanto, passarão pelo processo de decaimento radioativo.
Radionuclídeo | Meia-vida |
---|---|
Tecnécio traço 99 metros abre parênteses sobrescrito 99 m T c fecha parenteses |
6 horas |
Iodo-123 abre parênteses sobrescrito 123 I fecha parênteses |
13,2 horas |
Argônio-39 abre parênteses sobrescrito 39 A r fecha parênteses |
269 anos |
Carbono-14 abre parênteses sobrescrito 14 C fecha parênteses |
5.730 anos |
Tório-230 abre parênteses sobrescrito 230 T h fecha parênteses |
75.000 anos |
Urânio-234 abre parênteses sobrescrito 234 U fecha parênteses |
2 vírgula 5 vezes 10 elevado a 5 anos |
Potássio-40 abre parênteses sobrescrito 40 K fecha parênteses |
1 vírgula 28 vezes 10 elevado a 9 anos |
Urânio-238 abre parênteses sobrescrito 238 U fecha parênteses |
4 vírgula 5 vezes 10 elevado a 9 anos |
Tório-232 abre parênteses sobrescrito 232 T h fecha parênteses |
1 vírgula 4 vezes 10 elevado a 10 anos |
Fonte de pesquisa: GRUPEN, Claus. Introduction to radiation protection: practical knowledge for handling radioactive sources. Berlin: Springer-Verlag Berlin Heidelberg, 2010. p. 355-358.
Com base nos dados da tabela anterior, note que uma pessoa com tecnécio menos 99 metros em seu organismo terá a concentração desse radionuclídeo diminuída para menos de 1% após apenas 7 meias-vidas, ou 42 horas.
sobrescrito 99 m, T c, acima está indicado 100 por cento, seta para direita com indicação 6 horas, sobrescrito 99 m, T c, acima está indicado 25 por cento, seta para direita com indicação 6 horas, sobrescrito 99 m, T c, acima está indicado 12,50 por cento, seta para direita com indicação 6 horas,sobrescrito 99 m, T c, acima está indicado 6,25 por cento, seta para direita com indicação 6 horas, sobrescrito 99 m, T c, acima está indicado 3,13 por cento, seta para direita com indicação 6 horas, sobrescrito 99 m, T c, acima está indicado 1,56 por cento, seta para direita com indicação 6 horas, sobrescrito 99 m, T c, acima está indicado 0,78 por cento, seta para direita com indicação 6 horas
Professor, professora: Mostre aos estudantes que 7 meias menos vidas vezes 6 horas abre parênteses tempo de cada meia menos vida fecha parênteses é igual a 42 horas.
Página 312
O gráfico a seguir, denominado Gráfico geral de decaimento radioativo, ajuda a visualizar a relação entre quantidade de radionuclídeos e sua meia-vida. Analise-o.
Gráfico geral de decaimento radioativo

Fonte de pesquisa: ATKINS, Peter; JONES, Loretta; LAVERMAN, Leroy. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. Tradução: Félix José Nonnenmacher. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018. p. 763.
Ao analisar o gráfico anterior, perceba que o decaimento segue uma tendência exponencial, ou seja, aproxima-se cada vez mais do eixo x, sem, entretanto, tocá-lo.
7. A concentração do radioisótopo carbono-14 pode ser utilizada para estimar a idade de fósseis, ao levar em consideração a quantidade esperada para um organismo vivo. Sabendo que a meia-vida do carbono-14 é de 5.730 anos, diga se ele pode ser utilizado para estimar a idade de qualquer tipo de fóssil. Justifique sua resposta.
Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que não, pois a meia-vida desse radioisótopo impede que ele identifique a idade de fósseis muito antigos, tendo em vista que, após determinado tempo, teria sofrido decaimento completo.
ATIVIDADES RESOLVIDAS
R2. Confira o gráfico de decaimento radioativo do C traço 14 e responda aos itens que seguem.
Decaimento radioativo do C traço 14

Fonte de pesquisa: ATKINS, Peter; JONES, Loretta; LAVERMAN, Leroy. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. Tradução: Félix José Nonnenmacher. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018. p. 765.
a ) Qual é a porcentagem aproximada de massa restante de C traço 14 para um fóssil com, aproximadamente, 17.000 anos?
b ) Suponha que arqueólogos tenham encontrado um novo fóssil humano e que análises de C traço 14 nessa amostra fossilífera indiquem que a concentração desse radioisótopo é cerca de 6% da concentração esperada para um organismo vivo. Qual é a idade aproximada do fóssil?
Resolução
a ) Analisando o gráfico, temos que o tempo de 17.000 anos é próximo o suficiente do valor de 17.190 anos para afirmarmos que a porcentagem restante de C traço 14 é, aproximadamente, 12,5%.
b ) Como 6% é pouco menos do que a metade de 12,5%, devemos considerar que a idade do fóssil é aproximadamente 22.920 anos (cerca de 4 meias-vidas).
Página 313
PRÁTICA CIENTÍFICA
Decaimento radioativo
Por dentro do contexto
Você já deve ter ouvido falar sobre a idade de objetos antigos descobertos em escavações ou a idade de múmias, fortemente ligadas à cultura do Egito há milhares de anos.
Para estimar a idade de alguns organismos que já viveram na Terra, pode-se utilizar a datação por carbono-14. Múmias com até 60 mil anos, por exemplo, podem ser datadas pela comparação da quantidade de C traço 14 remanescente e seu tempo de meia-vida, de 5.730 anos.

a ) Qual é a importância de determinar a idade de objetos e eventos? Formule uma hipótese sobre como esse conhecimento pode impactar o desenvolvimento da Ciência e da História.
Resposta: O objetivo desta questão é fazer os estudantes perceberem que não somente o presente e o futuro podem favorecer o desenvolvimento da Ciência, mas também o passado. Eles podem comentar, por exemplo, que por meio da Arqueologia, é possível recontar a história dos mais diversos povos, determinando aproximadamente o período em que viveram na Terra, seus costumes etc.
Em uma amostra, não há como saber exatamente quais átomos vão decair em um dado instante, pois o decaimento é um fenômeno aleatório; contudo, todos os núcleos têm igual probabilidade de sofrer decaimento. A seguir, vamos simular essa probabilidade utilizando a ideia de lançamentos de moedas em uma caixa.
Materiais
- 40 moedas idênticas por dupla ou equipe
- 1 caixa de sapatos vazia e com tampa
Como proceder
A. Coloque todas as moedas dentro da caixa e feche-a.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

B. Agite a caixa segurando firme a tampa, de forma que as moedas não escapem da caixa.
C. Abra a caixa e retire as moedas com a face "cara" (rosto ou efígie) voltada para cima.
D. Anote a quantidade de moedas que sobraram na caixa.
E. Repita os procedimentos de B a D por pelo menos 10 vezes.
Análise e divulgação
1. Qual é o significado de cada moeda dentro da caixa?
2. O que representa a agitação da caixa?
3. O que significa a retirada das moedas da caixa?
4. Construa um gráfico de dispersão, no caderno, com os dados coletados na execução do procedimento.
O eixo x deve representar o Número de meias-vidas (a quantidade de agitação da caixa) e o eixo y, o Número de átomos (a quantidade de moedas que permaneceram na caixa).
Atividade(s) adaptada(s) acessível(is)
4. Junte-se a um colega e construam um gráfico de dispersão, no caderno, com os dados coletados na execução do procedimento. O eixo x deve representar o Número de meias-vidas (a quantidade de agitação da caixa) e o eixo y, o Número de átomos (a quantidade de moedas que permaneceram na caixa).
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes construam um gráfico em que os dados tenham a tendência logarítmica decrescente, tendendo a zero.
Orientação para acessibilidade
Professor, professora: Organize as duplas de modo que o estudante não vidente esteja acompanhado de um estudante vidente.
5. Considere que todas as moedas juntas (átomos) tenham massa igual a 200 gramas e que o tempo de meia-vida seja 24 horas. Após quantos dias restarão, aproximadamente, 3 gramas de moedas dentro da caixa?
6. Publique em um blog o gráfico construído anteriormente. Explique a importância do decaimento radioativo e da datação radioativa para as Ciências e a História.
Respostas nas Orientações para o professor.
Atividade(s) adaptada(s) acessível(is)
6. Com um colega, publiquem em um blog o gráfico construído anteriormente. Expliquem a importância do decaimento radioativo e da datação radioativa para as ciências e a história.
Resposta pessoal. Se necessário, na divulgação dos resultados, auxilie os estudantes a reproduzir o gráfico de forma digital por meio de algum programa para construir gráficos e destaque a relação do tema desta seção com a história, visto que o estudo do decaimento radioativo auxilia na datação de artefatos antigos.
Orientação para acessibilidade
Professor, professora: Organize as duplas de modo que o estudante não vidente esteja acompanhado de um estudante vidente. É possível organizar diferentes tarefas para cada um dos estudantes.
Página 314
ATIVIDADES
1. Um arqueólogo encontra um antigo artefato de madeira que contém C traço 14. Ele descobre que, após milhares de anos, a quantidade de C traço 14 na amostra diminuiu significativamente. Como isso ajuda a determinar a idade do artefato?
Resposta: O arqueólogo pode usar a quantidade restante de C traço 14 para estimar quantos anos se passaram desde que a madeira parou de absorver carbono da atmosfera.
2. Um radionuclídeo sofre decaimento radioativo, perdendo 87,5% de sua atividade em 60 dias. Qual é a meia-vida desse radioisótopo?
Resposta: A meia-vida do radioisótopo é de 20 dias. Resolução nas Orientações para o professor.
3. O C traço 14 incorporado pelos seres vivos por meio da fotossíntese ou da alimentação passa por decaimento radioativo naturalmente. Quando em vida, a quantidade de C traço 14 se mantém relativamente constante no ser vivo. No entanto, quando este morre, a quantidade de C traço 14 passa a diminuir, por causa do decaimento radioativo natural. A meia-vida do C traço 14 é de, aproximadamente, 5.730 anos, o que significa que, após esse período, sua massa se reduz à metade. Leia a tirinha a seguir.

LAERTE. Manual do Minotauro. Folha de S.Paulo em 02 de dezembro de 2010. Disponível em: https://s.livro.pro/rqhpzv. Acesso em: 23 out. 2024.
a ) Descreva a tirinha.
Resposta: O objetivo desta questão é permitir aos estudantes que leiam e interpretem a tirinha. Eles podem comentar que ela mostra um cientista fazendo a datação mais precisa do que o possível, considerando não apenas anos, mas também horas e minutos.
b ) Considere um fóssil de esqueleto encontrado em uma caverna que apresenta uma taxa de C traço 14 igual a 6,25% da taxa existente em um animal vivo na atmosfera terrestre. Escreva a alternativa que corresponde aos anos decorridos após a morte do indivíduo.
I ) 5.730 anos.
II ) 11.460 anos.
III ) 17.190 anos.
IV ) 22.920 anos.
V ) 28.650 anos.
Resposta: Alternativa IV. Resolução nas Orientações para o professor.
4. O radiotraçador gálio-67 abre parênteses G a traço 67 fecha parênteses consegue detectar a presença de inflamação miocárdica. Seu decaimento radioativo pode ser representado pelo gráfico.
Decaimento radioativo do Ga traço 67

Fonte de pesquisa: HAYNES, William M. (ed.). CRC handbook of chemistry and physics. 97. ed. London: CRC Press, 2014. p. 11-26.
De acordo com o gráfico, determine o tempo de meia-vida do Ga traço 67. Justifique sua resposta.
Resposta: Como a atividade inicial corresponde a 80 quilobecquerel, deve-se determinar, no gráfico, após quantos dias ela diminui pela metade. Portanto, a atividade chega a 40 quilobecquerel após cerca de 3,3 dias.
5. Um paciente recebe uma injeção de iodo-131 abre parênteses I traço 131 fecha parênteses para tratamento de uma doença da tireoide. O médico explica que o I traço 131 é radioativo e tem uma meia-vida específica. Sobre o isótopo I traço 131, é correto afirmar que o tempo de meia-vida:
a ) servirá apenas para determinar a quantidade do isótopo necessário para o tratamento, sem relevância para sua eliminação do corpo.
b ) é crucial para prever o tempo que a substância permanecerá ativa no organismo e impactar a segurança do paciente.
c ) é irrelevante, pois a quantidade de radiação emitida se mantém constante ao longo do tempo.
d ) é somente útil após o tratamento, pois pode-se determinar a eficácia do medicamento com base nos resíduos do isótopo.
Resposta: Alternativa b.
Página 315
CAPÍTULO17
Usos da radioatividade
Radioatividade na Medicina
1. Em sua opinião, a radioatividade tem aplicações no dia a dia? Justifique sua resposta citando exemplos.
Resposta pessoal. O objetivo desta questão é levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o assunto, levando-os a refletir sobre ele. Anote as principais informações na lousa e retome-as durante o estudo do conteúdo.
No capítulo anterior, aprendemos que os exames de raios-X feitos para visualizar as estruturas internas de uma pessoa são um exemplo de aplicação direta da radioatividade. Vimos também que o físico alemão Wilhelm Roentgen (1845-1923) foi o primeiro a utilizar a radiação com essa finalidade ao montar um sistema contendo uma ampola de Crookes para tirar uma radiografia da mão de sua esposa.
No sistema criado por Roentgen, uma ampola de Crookes é ativada por meio de uma bobina de indução, emitindo raios catódicos em direção a uma placa fotossensível. Ao posicionar um objeto ou um tecido orgânico − como os presentes em uma mão − entre a ampola e a placa, obtém-se a imagem.
Os efeitos negativos da exposição à radioatividade ainda eram pouco conhecidos na época de Roentgen − prova disso foram as mortes do físico francês Henri Becquerel (1852-1908) e da física polonesa Marie Curie (1867-1934), ambas provocadas pelo contato prolongado e desprotegido com a radiação. No entanto, com o avanço da Ciência, as técnicas medicinais, por exemplo, que utilizam as propriedades radioativas, foram aperfeiçoadas e outras foram criadas. Como resultado, atualmente, a radioatividade tem diversas aplicações na Medicina, das mais básicas às mais complexas, tanto no diagnóstico de doenças como em seus tratamentos.
No que se refere ao diagnóstico, a radioatividade pode ser aplicada em exames de raios-X, tomografia e cintilografia.
Os raios X possibilitam a obtenção de uma radiografia simples e unidimensional da estrutura interna de um objeto ou ser vivo. Suas aplicações na Medicina incluem a detecção de fraturas ósseas, doenças pulmonares, como a pneumonia, entupimento de vasos sanguíneos e alguns tipos de câncer, como o pulmonar e o de mama. Uma aplicação menos usual, mas bastante útil dos raios X é a localização de corpos estranhos no organismo.
A tomografia, também conhecida como tomografia computadorizada, combina dezenas ou centenas de radiografias isoladas para montar uma estrutura tridimensional do tecido ou órgão de interesse, possibilitando à equipe médica observar o local de maneira detalhada e não invasiva.
Essa técnica também proporciona um diagnóstico mais preciso, como a identificação de pequenos tumores ou de sintomas anômalos do órgão estudado. O desenvolvimento dessa técnica trouxe ao físico sul-africano Allan Cormack (1924-1998) e ao engenheiro elétrico inglês Godfrey Hounsfield (1919-2004) o prêmio Nobel de Medicina de 1979.

Página 316
A cintilografia consiste no acompanhamento da emissão radioativa de radionuclídeos − também chamados radiofármacos, radiotraçadores ou radiomarcadores − no interior do organismo vivo. Essa técnica possibilita verificar sintomas anômalos nos órgãos, de acordo com a ação do radiofármaco. O isótopo iodo-123 abre parênteses I traço 123 fecha parênteses, por exemplo, é usado como radiofármaco (contraste) para verificar a presença de tumores na glândula tireoide. Após algumas horas, ele é expelido pelo organismo na urina.

A radioatividade aplicada no tratamento de doenças
Para evitar o surgimento de um câncer ou de uma mutação genética, utiliza-se a radiação ionizante do tipo gama abre parênteses gama fecha parênteses para combater, reparar ou até mesmo eliminar determinada célula, conforme a necessidade identificada pelo especialista na área médica. Essa técnica é chamada radioterapia e se caracteriza por ser controlada e direcionada às células danosas.
No entanto, a radioterapia pode causar sequelas ao paciente, uma vez que ainda não é possível irradiar exclusivamente as células doentes. Dessa forma, ocorre a perda de células saudáveis e tecidos vivos nas proximidades da região irradiada. Como resultado, podem haver efeitos colaterais desse tratamento, como fadiga, náuseas, vômitos e perda de pelos/cabelos.

Professor, professora: Diga aos estudantes que todos os equipamentos hospitalares que usam material radioativo, como máquinas de raios-X ou de radioterapia, devem ser cuidadosamente manuseados e devidamente descartados, quando necessário.
Compartilhe ideias
Reúna-se com dois colegas e discutam as duas questões propostas a seguir, que abordam como a radiação interfere na saúde humana.
a ) Uma pessoa que fica demasiadamente exposta à radiação solar pode desenvolver câncer de pele, que pode ser tratado com o uso de radioterapia. Explique essa atuação ambígua da radiação na saúde humana.
b ) Por que os efeitos de uma exposição inadequada à radiação podem demorar para se manifestar, e, muitas vezes, é difícil localizar a origem da doença?
Respostas nas Orientações para o professor.
Como citado nos exemplos anteriores, a radiação pode ser aplicada em seres humanos para diferentes fins. No entanto, é essencial considerar a diferença entre a contaminação radioativa e a irradiação médica. No primeiro caso, similar ao que acontece em acidentes radiológicos, há o contato ou a presença de material radioativo em local indevido, como no ambiente e no corpo humano, o que resulta em sérios riscos à saúde. As técnicas hospitalares que envolvem irradiação, por sua vez, são controladas e não há a necessidade de contato direto com o material radioativo, apenas com a radiação emitida por ele.

Página 317
LIGADO NO TEMA
O sistema de saúde e o exame radiográfico
A radioatividade desempenha um papel fundamental na Medicina, sobretudo na obtenção de imagens por meio dos raios X. Esses exames são fundamentais para diagnosticar várias condições de saúde e são acessíveis no Brasil graças ao Sistema Único de Saúde (SUS). Instituído pela Constituição Federal de 1988, o SUS garante o direito à saúde a todos os brasileiros, proporcionando acesso gratuito a consultas médicas, exames, como as radiografias, tratamentos e remédios. Ele é o maior sistema público de saúde do mundo e assegura a quem não pode pagar por serviços privados o acesso a cuidados médicos.
Após a realização de uma radiografia, é necessário descartar corretamente as chapas de raio-X utilizadas no processo, pois elas contêm substâncias químicas que podem ser perigosas ao meio ambiente se descartadas de maneira inadequada. Um dos principais alertas é o metal pesado prata, que compõe a emulsão fotográfica das chapas. A prata é utilizada em razão de suas propriedades fotossensíveis, mas, se descartada incorretamente, pode contaminar o solo e os lençóis freáticos, prejudicando a saúde dos seres vivos e o meio ambiente.
Para evitar esse tipo de contaminação, as chapas de raio-X devem ser descartadas em locais apropriados. Em muitas cidades, pontos de coleta específicos são encontrados em unidades básicas de saúde (UBS) e nas próprias clínicas que realizam os exames. O descarte correto dessas chapas é uma prática que contribui para a proteção do meio ambiente e da saúde pública.

Além disso, o avanço da Ciência e da tecnologia tem proporcionado alternativas mais modernas, como o raio-X digital, que não utiliza chapas físicas e gera imagens mais detalhadas. Esse método, além de utilizar uma menor dose de radiação, gera imagens de forma digital, sem necessitar das chapas contendo prata, o que reduz a utilização desse metal e facilita o armazenamento e o compartilhamento dos resultados entre os profissionais de saúde. No entanto, enquanto o exame tradicional ainda for amplamente utilizado, é importante que a população seja conscientizada sobre a importância do descarte correto das chapas de raio-X, garantindo que o acesso à saúde continue alinhado com a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade.
a ) Qual é o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) em relação ao acesso a exames de radiografia no Brasil?
b ) Por que é importante descartar corretamente as chapas de raio-X após uma radiografia? Quais são as consequências ambientais do descarte inadequado?
c ) Como o avanço da tecnologia, a exemplo do raio-X digital, pode contribuir para a sustentabilidade e a saúde pública? Discuta com seus colegas e registre suas conclusões no caderno.
Respostas nas Orientações para o professor.
Página 318
Radioatividade na agricultura
Leia o trecho da reportagem a seguir.
Uma nova aliada da preservação de alimentos
Irradiação elimina pragas e microrganismos, estende a vida útil de frutas, carnes, grãos, hortaliças e temperos e, por isso, pode facilitar a vida do consumidor e as exportações. Diante das possibilidades, governo vai incentivar seu uso no país
[…] Ainda pouco conhecida no país, a irradiação de alimentos consiste em submeter itens in natura como frutas, carnes e grãos a uma determinada dose de radiação ionizante para eliminar pragas e microrganismos, estendendo sua vida útil. […]
Os especialistas garantem que a técnica é segura e não torna o alimento radioativo. Segundo o professor Thiago Mastrangelo, do Laboratório de Irradiação de Alimentos e Radioentomologia do Cena-USP, em um irradiador comercial o produto nunca entra em contato com a fonte radioativa, que é duplamente selada em cilindros de aço. "E, para que os núcleos dos átomos do alimento alvo sejam desestabilizados a ponto de torná-lo radioativo, é necessário aplicar uma radiação com energias acima de 5 milhões de elétron-volts abre parênteses M e V fecha parênteses para fótons (raios X ou gama) e 10 M e V para elétrons", afirma. Fontes com cobalto-60, compara Mastrangelo, só conseguem emitir duas radiações gama com energias de 1 vírgula 17 M e V e 1 vírgula 33 M e V.
[…]
FEITEN, Patrícia. Uma nova aliada da preservação de alimentos. Correio do Povo, ano 39, n. 2.017, 30 jan. 2022. Rural, p. 1.
2. Como a irradiação de alimentos pode ajudar a reduzir a perda de alimentos na linha produtiva?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que isso é possível porque a aplicação da radiação aumenta o prazo de validade dos produtos, reduzindo a propagação de seres decompositores.
3. De acordo com o trecho da reportagem, a irradiação de alimentos pode ser benéfica para a saúde dos consumidores?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes digam que sim, pois a irradiação dos alimentos elimina microrganismos, os quais poderiam prejudicar a saúde do consumidor.
4. Os alimentos tratados com radiação ionizante se tornam radioativos? Explique.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que não, pois os alimentos recebem apenas a energia dessa radiação, a qual é dissipada na sequência. Eles se tornariam radioativos se fossem tratados diretamente com os elementos químicos radioativos.
Como citado no trecho da reportagem anterior, a radiação ionizante pode ser utilizada na agricultura de diferentes maneiras, e um dos objetivos mais comuns é conservar alimentos.
Em razão das propriedades esterilizadoras da radiação, fungos, bactérias, insetos e outras pragas são eliminados do alimento, que se mantém fresco por mais tempo. Como benefício adicional, reduz-se o uso de defensivos agrícolas na produção dele.

Ao longo de um mesmo período, os pêssegos que não foram irradiados desenvolvem fungos e bactérias que causam a decomposição. Já os pêssegos irradiados, por sua vez, mantêm-se frescos por mais tempo.
A radiação usada para esse fim é do tipo gama, com alta capacidade de penetração e baixo poder ionizante, não causando danos ao alimento. Além disso, o processo não é invasivo: o alimento pode ser esterilizado mesmo dentro de caixas, atravessadas com facilidade pelos raios gama.
Página 319
Além de sua aplicação na conservação de alimentos, a radiação ionizante pode ser utilizada para estudar o metabolismo das plantas.
A adição de radiotraçadores em fertilizantes é uma técnica que possibilita acompanhar a absorção dos nutrientes pelas plantas. De modo similar ao uso de radiotraçadores para diagnosticar doenças em seres humanos, o uso desses materiais na agricultura possibilita verificar, por exemplo, a eficácia dos fertilizantes, o tempo que a planta leva para absorvê-lo e a localização exata de sua assimilação pelo vegetal. O fósforo-32 abre parênteses P traço 32 fecha parênteses é comumente usado como radiotraçador em fertilizantes para detectar quais partes da planta absorveram o nutriente.

De modo semelhante, um radiotraçador pode ser adicionado a um defensivo agrícola a fim de observar quanto do produto foi absorvido pelas plantas e deslocado para o solo, para a água e para a atmosfera. Desse modo, a eficácia do defensivo agrícola pode ser mensurada, assim como os potenciais danos ao ambiente.

5. Quais riscos à saúde uma pessoa tem ao se alimentar de um fruto contendo radiotraçadores?
Resposta: De modo geral, o risco é praticamente nulo, exceto nos casos em que haja negligência na quantidade e no tipo de radiotraçador utilizado. Enfatize aos estudantes que a ocorrência de radioisótopos nos seres vivos, como o carbono-14, é natural. Assim, os radiotraçadores são tratados pelo organismo de modo semelhante aos isótopos estáveis.
A radioatividade também pode ser utilizada para controlar pragas agrícolas. Em uma das técnicas, os machos das espécies de insetos que são consideradas pragas são esterilizados por meio da irradiação. Em seguida, são liberados no ambiente a fim de competir com os reprodutores dessas espécies e, assim, controlar a reprodução.
Radioatividade na indústria
A radioatividade também pode ser aplicada na indústria. A detecção de rachaduras e outros problemas estruturais em canos, tubos, dutos e vigas, por exemplo, pode ser feita por meio da radiografia. Nesse contexto, ela é geralmente denominada gamagrafia, a fim de diferenciar seu uso industrial do hospitalar.
A gamagrafia de canos industriais possibilita, por exemplo, localizar entupimentos e identificar suas causas. Além disso, quando é feita a análise temporal de gamagrafias de tubulações, é possível identificar pontos de lentidão no fluxo de produtos. A gamagrafia da estrutura de pontes e de peças de avião e de navios, por sua vez, pode ser fundamental para localizar pontos de sensibilidade estrutural e evitar acidentes graves. Por fim, a gamagrafia de pneus automotivos possibilita verificar seu desgaste e sua vida útil.

Professor, professora: Comente com os estudantes que o prefixo gama da palavra gamagrafia refere-se à radiação gama, usada nessa técnica. Comumente, também são usados raios X.
Página 320
Alguns equipamentos, sobretudo os médicos e os utilizados pelas indústrias de alimentos e farmacêutica, exigem alto grau de esterilização, uma vez que a presença de microrganismos e contaminantes poderia comprometer a eficácia e/ou a segurança do seu uso.
Um dos métodos mais usados para a esterilização de equipamentos é o aquecimento a temperaturas muito elevadas, que elimina praticamente todos os fungos e bactérias. Essa técnica, no entanto, demanda tempo e alto nível de energia. Assim, como alternativa, a esterilização pode ser feita com o uso de radiação gama. Nesse caso, o equipamento a ser esterilizado é bombardeado por raios gama que partem de um radioisótopo, em geral o cobalto-60 abre parênteses C o traço 60 fecha parênteses.
Em irradiadores de grande porte que utilizam C o traço 60, as fontes de radiação ficam mergulhadas em tanques de água com 7 metros de profundidade e as paredes do ambiente são feitas de concreto, com mais de 2 metros de espessura.

A radiação gama também é utilizada na preservação de esculturas de madeira, múmias, amostras botânicas e documentos históricos.
Até mesmo as gemas✚, também conhecidas como pedras preciosas, podem passar por um tratamento de mudança estrutural por meio da aplicação de técnicas radioativas.
A irradiação de uma gema consiste na sua exposição à radiação gama, que tem boa penetração no objeto, proporcionando uniformidade na cor sem deixar resíduos radioativos. Essa mudança de cor é possível porque a radiação gama é capaz de alterar a estrutura da rede cristalina da gema. Com isso, a interação entre essa rede e a luz se altera e novas cores passam a ser observadas. Quando a coloração é alterada dessa forma, ela é considerada uma gema tratada e seu valor comercial pode aumentar consideravelmente.
Alternativamente, pode-se bombardear a gema com nêutrons abre parênteses sobrescrito 1 subscrito 0 n fecha parênteses, uma forma de ionização mais efetiva do que os raios gama, que resulta em uma coloração mais intensa. No entanto, essa técnica deixa a gema radioativa por certo tempo. Assim, deve-se aumentar o cuidado ao manuseá-las. Note que nesse tipo de tratamento não ocorre alteração da composição química da gema, apenas de uma das suas propriedades físicas, nesse caso, a coloração.
A radioatividade é um recurso com um potencial de aplicação bastante elevado. No entanto, seu uso deve ser consciente e responsável. O uso de técnicas de radiação pode trazer consequências indesejáveis, como alteração de sabor e odor de frutas quando aplicadas na agricultura, ou formação de substâncias tóxicas ao ambiente se forem descartados incorretamente.

Além da mudança de cor, as gemas são tratadas com irradiação para outras finalidades, como aumento do brilho.
- Gema:
- nesse caso, refere-se ao mineral, à rocha ou a outro material petrificado que, após ser lapidado e polido, pode ser utilizado na fabricação de joias, por exemplo.↰
Página 321
Radioatividade e a datação de fósseis
Leia o trecho da matéria a seguir.
Cientistas encontram crânio de ancestral humano que viveu há 4 milhões de anos
Um dos mais antigos membros da linhagem dos seres humanos enfim ganhou um rosto. A descoberta de um crânio quase completo de Australopithecus anamensis, espécie que viveu na atual Etiópia entre 4,2 milhões e 3,8 milhões de anos atrás, indica que processos complicados de diversificação já estavam presentes desde os primeiros passos dos hominídeos, como são conhecidos os avós e primos extintos do Homo sapiens.

Esse crânio foi encontrado próximo aos fósseis de Lucy, uma representante de A. afarensis. Isso demonstra que, possivelmente, essas espécies coexistiram por aproximadamente 100 mil anos.
Embora o A. anamensis seja reconhecido como uma espécie separada desde 1999, os fósseis que haviam sido descobertos até agora (em geral, fragmentos da mandíbula e dentes) não eram suficientes para que os cientistas tivessem uma visão mais detalhada dele.
[…]
Saylor, responsável por reconstruir o ambiente onde o pequeno hominídeo viveu, diz que o rio e o lago eram cercados por matas ciliares, enquanto o resto da região era árida e tinha vegetação arbustiva. A espécie, portanto, estava acostumada a ambientes mais abertos. A pesquisadora também coordenou o trabalho que chegou à estimativa de 3,8 milhões de anos de idade para o fóssil.
[…]
LOPES, Reinaldo José. Cientistas encontram crânio de ancestral humano que viveu há 4 milhões de anos. Folha de S.Paulo, 29 ago. 2019. p. B8.
6. Você sabe como é determinada a idade de fósseis? Comente suas hipóteses com os colegas.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes associem a datação de fósseis com o tempo de meia-vida de radioisótopos, assunto estudado no capítulo anterior.
Todos os seres vivos, incluindo seres humanos, têm partículas radioativas. Basicamente, todos os elementos químicos contêm uma variedade de isótopos, e alguns são radioativos, ou seja, emitem naturalmente energia (radiação) e são chamados radioisótopos. O exemplo mais conhecido é o átomo de carbono-14, também identificado como sobrescrito 14 C ou C traço 14, um radioisótopo do carbono-12.
Dica
Os três isótopos de carbono mais comuns na natureza são o C traço 12 (99% de abundância), o C traço 13 (1% de abundância) e o C traço 14 (cerca de uma parte por trilhão). O C traço 12 e o C traço 13 são estáveis, e o C traço 14, radioativo.
O átomo de C traço 14 é formado pela colisão de um nêutron, oriundo dos raios cósmicos, com um átomo de nitrogênio-14 (N traço 14 ou sobrescrito 14 N). Confira a seguir a equação química de formação do C traço 14, em que n representa um nêutron e p, um próton isolado.
sobrescrito 1 subscrito 0 n mais sobrescrito 14 subscrito 7 N seta para a direita sobrescrito 14 subscrito 6 C mais sobrescrito 1 subscrito 1 p
Os isótopos de C traço 14 assim formados eventualmente formam moléculas de dióxido de carbono abre parênteses C O subscrito 2 fecha parênteses, as quais são absorvidas pelas plantas no processo de fotossíntese. Quando os animais, por exemplo, ingerem essas plantas, o C traço 14 se integra ao organismo deles.
Página 322
Ao longo do tempo, contudo, os radioisótopos de C traço 14 sofrem, lentamente, um processo de decaimento radioativo, voltando a gerar N traço 14. Observe a equação a seguir, em que beta representa a radiação emitida.
sobrescrito 14 subscrito 6 C seta para a direita sobrescrito 14 subscrito 7 N mais sobrescrito 0 subscrito menos 1 beta
Apesar disso, a concentração de C traço 14 em um ser vivo é mantida praticamente constante durante toda a vida, pois o carbono-14 perdido pelo decaimento e pelos processos normais de excreção e respiração é constantemente reposto. Após a morte, o organismo deixa de absorver novos radioisótopos de C traço 14, cuja concentração passa a diminuir lentamente ao longo do tempo, em razão do decaimento radioativo.

Como conhecemos a meia-vida do C traço 14, ou seja, o tempo para que certa concentração desse radioisótopo decaia até sua metade, e a concentração de C traço 14 em um organismo vivo, é possível determinar a idade de tecidos orgânicos e de diversos materiais por meio de uma técnica chamada datação por carbono-14.
Nessa técnica, mede-se a concentração de C traço 14 na amostra de interesse e compara-se à concentração esperada para um organismo vivo. A diferença entre as concentrações atual e esperada possibilita estimar há quanto tempo aquela amostra em questão deixou de incorporar novos radioisótopos de C traço 14, ou seja, deixou de ser viva.
O cálculo feito leva em consideração a meia-vida do C traço 14, que é de, aproximadamente, 5.730 anos. Isso significa que, se um fóssil tiver 50% da concentração de C traço 14 esperada para um organismo vivo, o animal ao qual esse fóssil pertence morreu há, aproximadamente, 5.730 anos. Já no caso de a concentração ser de 25%, esse animal morreu cerca de 11.460 anos atrás.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.
Professor, professora: Explique aos estudantes que 25% são metade de 50% ("metade da metade"). Logo, 2 vezes 5.730 é igual a 11.460, ou seja, 11.460 anos.
Outros tipos de datação
Embora o carbono-14 seja de grande utilidade para os estudos e as análises fossilíferas, ele não pode ser utilizado para a datação de materiais muito antigos porque a meia-vida desse radioisótopo não é longa o suficiente para uma análise precisa para determinar a idade do material. Assim, de modo geral, a datação por C traço 14 é possível apenas que propicie itens de até 60.000 anos.
Para a datação de itens mais antigos, é necessário utilizar outras técnicas. Uma delas, usada quando o material está soterrado, é a datação de rochas ou minerais imediatamente acima ou abaixo dos fósseis em questão. Nesses casos, pode-se analisar a concentração de outros radionuclídeos. Veja a seguir, com mais detalhes, outras técnicas de datação.
Datação por potássio/argônio
Um dos radioisótopos do potássio é o potássio-40 (K traço 40 ou sobrescrito 40 K). O decaimento radioativo natural desse radionuclídeo gera um átomo de argônio de mesma massa, o argônio-40 (A r traço 40 ou sobrescrito 40 A r).
Página 323
A datação com base nesse método é feita por meio da comparação da concentração de potássio-40 com a concentração de argônio-40, que permanece no material – diferentemente do nitrogênio-14 gerado pelo decaimento de carbono-14, que é dissipado para a atmosfera terrestre. A comparação das concentrações de sobrescrito 40 K e sobrescrito 40 A r permite mais sensibilidade e precisão na análise.
Como a meia-vida do sobrescrito 40 K é de 1 vírgula 28 vezes 10 elevado a 9 anos, é possível utilizar esse método para a datação de materiais na ordem dos bilhões de anos. Um dos exemplos em que se utilizou a datação por potássio/argônio foi na determinação da idade do meteorito de Barwell, que caiu na cidade de mesmo nome, na Inglaterra, em 1965. A análise concluiu que a idade do meteorito é de 4,5 bilhões de anos, o que contribui de forma relevante para a compreensão da origem do Universo.

Análises desse fragmento demonstram que se trata de um meteorito tipo condrito, o qual apresenta composição diferente de qualquer rocha formada na Terra e é considerado uma das formações sólidas mais antigas do Universo, remetendo à sua formação. Os condritos têm estruturas esféricas, como a indicada em A, que foram previamente formadas e, em seguida, incorporadas ao corpo sólido em formação.
Datação por urânio/tório
Um dos métodos mais comuns para determinar a idade de carbonatos e seus derivados, como sedimentos marinhos e corais, é a datação por urânio-tório. Diferentemente dos métodos estudados até o momento, essa técnica não mensura a quantidade remanescente de um radionuclídeo presente na amostra, mas a razão entre a quantidade de tório-230 (T h traço 230 ou sobrescrito 230 T h) e urânio-234 (U traço 234 ou sobrescrito 234 U) presente na amostra.
Por conta das condições muito específicas de ambientes aquáticos ou carbonatados, o urânio-234 sofre decaimento radioativo formando tório-230, que também sofre decaimento radioativo, formando o rádio-226 (R a traço 226 ou sobrescrito 226 R a). Assim, inicialmente, haverá excesso de U traço 234, decaindo e formando T h traço 230. Como se conhecem as meias-vidas do U traço 234 e do T h traço 230, é possível calcular a razão entre eles, a fim de determinar a idade aproximada do material em análise. Essa técnica possibilita a datação de amostras de até, aproximadamente, 500.000 anos.
abre colchetes reticências fecha colchetes sobrescrito 234, subscrito 92, U, seta para direita com indicação 249.000 anos, sobrescrito 230, subscrito 90, T h, seta para direita com indicação 75.200 anos, sobrescrito 226, subscrito 88, R a, abre colchetes reticências fecha colchetes
Representação de parte da série de decaimento radioativo do U traço 238
Agora, leia o trecho da divulgação científica a seguir, que apresenta uma aplicação desse tipo de datação.
Porco selvagem de 45 mil anos é a arte rupestre figurativa mais antiga do mundo
[…]
Para determinar quando a pintura do porco grande foi criada, uma equipe internacional de cientistas analisou urânio radioativo, um elemento que se forma naturalmente em pedras calcárias. À medida que a água escorre pela caverna, ela dissolve pedaços de calcário e seu urânio, depositando os dois em pequenas camadas pelas paredes da caverna. Como o urânio decai para tório a um período conhecido, cientistas conseguem estimar uma idade mínima para a pintura analisando a quantidade relativa desses dois elementos. […]
WEI-HAAS, Maya. Porco selvagem de 45 mil anos é a arte rupestre figurativa mais antiga do mundo. National Geographic, 13 jan. 2021. Disponível em: https://s.livro.pro/ihh5yt. Acesso em: 20 ago. 2024.
Página 324
Para determinar a idade das pinturas rupestres, os cientistas utilizam o método de datação por séries de urânio. O processo inicia-se com a identificação de depósitos de calcita que se formaram sobre a pintura ou ao redor dela ao longo do tempo. Com ferramentas delicadas, como microbrocas, são coletadas pequenas amostras dessas camadas de calcita, garantindo que a integridade da arte rupestre seja preservada. Essas amostras, geralmente com poucos milímetros de espessura, são utilizadas para a análise.
No laboratório, as amostras são preparadas por meio de sua dissolução em ácidos específicos, permitindo a separação e a concentração dos elementos urânio-234 e tório-230 presentes nelas. Em seguida, utiliza-se um equipamento para medir com precisão a proporção entre esses isótopos radioativos. Como o urânio-234 decai para tório-230 a uma taxa conhecida, essa relação permite calcular o tempo desde a formação da calcita sobre a pintura. Dessa forma, obtém-se uma idade mínima para a pintura, pois a calcita se depositou após a sua criação. Da mesma forma, amostras retiradas de baixo da pintura permitem estabelecer uma idade máxima.
Museus
Você já visitou um museu? Se sim, certamente deve se recordar da viagem no tempo e em diferentes culturas e espaços que fez enquanto o visitava. Os museus são instituições que incentivam pesquisas, educação e turismo, por meio da conservação e exposição de itens de considerável valor histórico, cultural, artístico e científico.
O Brasil tem quase 4 mil museus distribuídos em todas as regiões e dos mais variados tipos: de história natural, de ciência e de arte. Um exemplo é o Museu Nacional, criado pelo então rei português dom João VI (1767-1826) em 1818, cujo objetivo inicial era promover o progresso cultural e econômico do país. Essa instituição abriga itens variados de valor científico e histórico, como fósseis, múmias, artefatos e obras dos períodos colonial e imperial, bem como objetos da cultura indígena brasileira.
No dia 2 de setembro de 2018, no entanto, o Brasil assistiu com pesar ao incêndio que consumiu esse museu, destruindo cerca de 90% dos itens que abrigava. Entre as peças atingidas estava o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo encontrado na América do Sul, com idade entre 11.500 e 12.000 anos. O crânio foi descoberto em Minas Gerais, em 1970. Após o incêndio, foi recuperado entre os escombros do museu, porém com algumas avarias.


a ) Qual é a porcentagem aproximada de átomos de C traço 14 presente no fóssil de Luzia, em comparação com a esperada para um organismo vivo?
Resposta: Como o fóssil tem cerca de 12.000 anos e a meia-vida do C traço 14 é de 5.730 anos, a concentração do radioisótopo no crânio é de, aproximadamente, 25% da esperada para um organismo vivo.
Dica
Visitar um museu certamente será uma experiência incrível. Acesse o site Museus Br e localize o museu mais próximo de onde você mora. Disponível em: https://s.livro.pro/5cmjo3. Acesso em: 20 ago. 2024.
Página 325
Cuidados com os materiais radioativos
A radiação ionizante, invisível aos sentidos humanos, pode causar danos significativos ao corpo, como queimaduras, danos ao DNA e à estrutura da célula, e até câncer. Para minimizar esses riscos, o controle de exposição baseia-se em três fatores: tempo, distância e blindagem. Reduzir o tempo de exposição à fonte radioativa, aumentar a distância e utilizar barreiras de proteção, como chumbo abre parênteses P b fecha parênteses ou concreto, são medidas fundamentais para a segurança.
Tempo refere-se à necessidade de reduzir ao máximo o período de exposição a uma fonte radioativa. Quanto menos tempo um operador passar próximo à radiação, menor será a dose acumulada. Isso pode ser gerenciado por meio de cronogramas de trabalho cuidadosamente planejados e do uso de ferramentas remotas sempre que possível, diminuindo ao máximo o tempo próximo à fonte radioativa.
Distância é um fator crucial, pois a intensidade da radiação diminui drasticamente com o aumento da distância entre o operador e a fonte. Essa relação é regida pela lei do inverso do quadrado da distância: dobrando a distância, a exposição à radiação é reduzida a um quarto. Portanto, ao projetar laboratórios ou locais de trabalho, é essencial posicionar as fontes radioativas o mais longe possível das áreas de ocupação humana e utilizar dispositivos remotos para manipulação à distância.
Blindagem envolve o uso de materiais que bloqueiam ou atenuam a radiação. Diferentes tipos de radiação exigem diferentes materiais de blindagem. Por exemplo, o chumbo é eficaz contra radiação gama e raios X, enquanto o concreto e a água são usados para bloquear nêutrons. As instalações que lidam com materiais radioativos devem ser projetadas com paredes espessas de concreto ou revestidas com chumbo, dependendo do tipo de radiação envolvida, para proteger os operadores e o público.
Além desses fatores, os operadores que trabalham com materiais radioativos devem utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) apropriados, como aventais de chumbo, luvas e óculos. Ademais, um treinamento rigoroso é obrigatório para compreender os riscos envolvidos e os procedimentos seguros para o manuseio e a resposta a emergências. Isso inclui o entendimento da criticalidade, que é a prevenção de acidentes em que materiais físseis, como urânio ou plutônio, alcançam uma massa crítica e desencadeiam uma reação em cadeia descontrolada.
Após o uso dos materiais radioativos, é imprescindível que os rejeitos sejam tratados. Na gestão de resíduos radioativos, deve-se categorizar e armazenar adequadamente os resíduos conforme sua radioatividade e meia-vida. O cobalto-60, por exemplo, utilizado na esterilização de equipamentos médicos e alimentos, emite radiação gama, que penetra em materiais e destrói microrganismos. Após a utilização, as fontes de cobalto-60 precisam ser isoladas e armazenadas em instalações especiais que garantam a contenção da radiação por um período prolongado, até que sua radioatividade decaia a níveis seguros.

Resíduos de alto nível, como combustíveis nucleares usados, precisam ser armazenados em locais profundos e geologicamente estáveis, como os depósitos em minas subterrâneas ou no fundo do mar, para garantir que a radiação não escape ao ambiente por milhares de anos. Já resíduos de baixo nível, como roupas de proteção contaminadas, podem ser armazenados temporariamente em recipientes de aço ou concreto até que sua radioatividade decaia a níveis seguros, permitindo o descarte ou a reciclagem. A gestão adequada desses resíduos é essencial para minimizar o impacto ambiental e proteger a saúde pública a longo prazo.
Página 326
CONEXÕES com ... BIOLOGIA
Radioatividade e controle de insetos
Os insetos são considerados o grupo mais variado de animais, desempenhando diferentes papéis no ambiente. Enquanto algumas espécies são polinizadoras e auxiliam na reprodução de plantas, outras prejudicam plantações e podem ser vetores de agentes causadores de doenças a diversos grupos de seres vivos, inclusive ao ser humano.
Técnicas nucleares ajudam a combater malária, dengue e zika em todo o mundo
[…]
Além de usar técnicas nucleares em testes de dengue, os cientistas também procuram formas de reduzir a população do mosquito aedes, o vetor do vírus.
Uma opção usa radiação para tornar o inseto estéril, uma técnica conhecida como SIT. Esses animais são depois liberados na natureza, reduzindo a população.
[…]
TÉCNICAS nucleares ajudam a combater malária, dengue e zika em todo o mundo. ONU News, 24 ago. 2020. Disponível em: https://s.livro.pro/5ljj6v. Acesso em: 10 set. 2024.
Há algum tempo, o combate à proliferação de um inseto tem sido um grave problema para a saúde pública no Brasil. Trata-se do Aedes aegypti, mosquito transmissor de vírus causadores de diferentes doenças, como a dengue.
Embora alguns casos de dengue sejam assintomáticos ou apresentem sintomas leves, há casos mais graves, que podem levar a pessoa a óbito. Apesar de a prevenção dessa doença estar relacionada aos hábitos da sociedade para evitar a proliferação do A. aegypti, pesquisas têm sido realizadas visando desenvolver tecnologias que contribuam para reduzir o número de casos. Uma delas é apresentada.
Analise o esquema a seguir, sobre essa técnica de combate ao mosquito A. aegypti.
Professor, professora: Oriente os estudantes a ler os textos seguindo a ordem numérica crescente, de 1 a 5.
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

1. Os mosquitos adultos, machos e fêmeas, são mantidos em gaiolas para que ocorra o acasalamento e, consequentemente, a postura dos ovos.
2. Os ovos (A) são coletados e colocados em placas de Petri com água. Após três dias, ocorre a eclosão. As larvas (B) são mantidas nesse recipiente por cerca de oito dias, quando se transformam em pupas (C).
3. Os cientistas separam as pupas de acordo com o sexo. As pupas de machos são colocadas em um equipamento revestido de chumbo, onde receberão cerca de 30 G y de radiação ionizante do tipo raios gama, emitida por uma pastilha de cobalto-60. Após a irradiação, as pupas são retiradas do equipamento e mantidas em laboratório até se tornarem machos adultos.
Página 327
Imagem sem proporção e em cores fantasia.

4. A radiação que atinge as pupas tem energia suficiente para provocar danos no material genético (DNA) das células reprodutoras dos insetos. Como resultado, os machos de A. aegypti que se desenvolvem das pupas irradiadas tornam-se estéreis.
5. Os machos de mosquitos estéreis são soltos no ambiente para que se acasalem com as fêmeas selvagens, competindo, assim, com os machos selvagens. Ao se acasalar com o macho estéril, as fêmeas férteis produzem embriões incapazes de se desenvolver, impossibilitando o nascimento de novos indivíduos.
Os animais irradiados soltos no ambiente não representam risco à saúde dos demais seres vivos e ao ambiente. Isso porque eles recebem apenas energia, que é dissipada; portanto, não se tornam radioativos.
A cada ano, o número de casos de pessoas acometidas de dengue tem aumentado de maneira considerável, principalmente durante o verão, em razão dos fatores climáticos desse período, que favorecem a reprodução e o desenvolvimento do mosquito vetor.
Como mostra o gráfico a seguir, apesar da diminuição no número de casos e óbitos em 2021, no ano seguinte o Brasil teve um aumento de cerca de 270% no número de casos.
Quantidade de casos e de óbitos de dengue (2020-2022)

Fonte de pesquisa: BRASIL. Ministério da Saúde. Boletins Epidemiológicos. Disponível em: https://s.livro.pro/8c05sn. Acesso em: 21 ago. 2024.
a ) Como as condições ambientais do verão podem favorecer a proliferação do mosquito A. aegypti?
b ) O texto cita que a prevenção da dengue está diretamente relacionada aos hábitos da sociedade para evitar a proliferação do mosquito. Explique essa afirmação.
c ) Junte-se a três colegas e organizem uma visita de campo nas áreas próximas ao bairro onde cada um de vocês vive. Nessa visitação, busquem identificar situações que favoreçam a proliferação do mosquito A. aegypti e listem possíveis ações para eliminar esses criadouros. Depois, elaborem um folheto com as informações e as medidas de remediação sugeridas. Vocês podem incluir nele imagens das situações identificadas como preocupantes, bem como dados sobre a dengue no município. Distribuam o material em locais comerciais dos bairros, visando conscientizar a população em geral.
Respostas nas Orientações para o professor.
Página 328
ATIVIDADES
1. Observe a fotografia a seguir:

a ) Qual é a importância do uso de equipamentos de proteção pelo profissional que manuseia o equipamento em exames que utilizam radiação?
b ) Em geral, os equipamentos de proteção contra radiação são compostos de chumbo. Pesquise por que esse elemento químico é geralmente utilizado para essa finalidade.
c ) Cite outra profissão que deve utilizar esse tipo de equipamento de proteção ao trabalhar com radiação.
2. Considere o símbolo e o trecho do texto a seguir.

Esse símbolo é utilizado internacionalmente para indicar que o alimento passou por algum tipo de tratamento com irradiação
[…]
4.5. Na rotulagem dos Alimentos Irradiados, além dos dizeres exigidos para os alimentos em geral e específico do alimento, deve constar no painel principal: "ALIMENTO TRATADO POR PROCESSO DE IRRADIAÇÃO", com as letras de tamanho não inferior a um terço abre parênteses 1 barra 3 fecha parênteses do da letra de maior tamanho nos dizeres de rotulagem.
[…]
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 21, de 26 de janeiro de 2001. Disponível em: https://s.livro.pro/hf680j. Acesso em: 10 set. 2024.
Embora o símbolo seja de uso internacional, no Brasil, a indicação segue as orientações descritas no item 4.5 da Resolução nº 21, de 26 de janeiro de 2001.
a ) Quais são os objetivos da irradiação em alimentos?
b ) Todos os tipos de alimentos podem ser irradiados? E o que é preciso considerar ao irradiar diferentes tipos de alimentos?
c ) Se você se deparasse com um alimento que em sua embalagem tenha a informação ou o símbolo de que se trata de um produto irradiado, você o consumiria? Justifique.
d ) Faça uma visita a um supermercado próximo ao local onde você vive e procure por alimentos com esse tipo de informação na embalagem. Em seguida, relate sua visita aos colegas.
Respostas das questões 1 e 2 nas Orientações para o professor.
Atividade(s) adaptada(s) acessível(is)
d ) Acompanhado de um responsável, faça uma visita a um supermercado próximo ao local onde você vive e procure alimentos com esse tipo de informação na embalagem. Depois, relate sua visita aos colegas.
Resposta pessoal. O objetivo desta questão é levar os estudantes a refletir sobre a proximidade do tema com seu dia a dia. Caso encontrem alimentos irradiados no supermercado, oriente-os a listarem-nos.
3. Analise as afirmativas a seguir sobre o uso da radiação gama na esterilização de materiais. Em seguida, identifique a afirmativa correta.
a ) A radiação gama é capaz de eliminar os microrganismos porque ela aquece os materiais a uma alta temperatura.
b ) Esse tipo de esterilização não contamina os materiais irradiados nem os transforma em radioativos. Portanto, ao fim do processo, não há mais radiação nos materiais.
c ) Uma desvantagem da esterilização com radioisótopos é que ela deixa resíduos nos materiais.
d ) A radiação gama não tem poder de penetrar o material, assim remove apenas resíduos e agentes na superfície externa dos materiais, gerando calor, o que pode destruir alguns tipos de materiais, como plásticos.
Resposta: Alternativa b.
Página 329
4. Em um museu, diversos artefatos que precisavam ser datados foram divididos em grupos. Analise e escolha qual é a alternativa que apresenta o grupo em que todas as amostras podem ser analisadas e datadas pela quantidade de carbono-14.
a ) Vasos de cerâmica e peças metálicas.
b ) Matéria orgânica de animais e vegetais.
c ) Rochas uniformes e estratificadas.
d ) Fósseis de dinossauros e meteoritos.
e ) Conchas marinhas e pinturas rupestres.
Resposta: Alternativa b.
5. Considerando o raciocínio utilizado na questão anterior, escolha a alternativa correta sobre a datação por carbono-14.
a ) A técnica de datação por carbono-14 pode ser aplicada em amostras com milhões de anos, pois o tempo de meia-vida do carbono é de 5.730 anos.
b ) A técnica de datação por carbono-14 pode ser aplicada em qualquer tipo de material pois todos os elementos químicos sofrem decaimento gerando sobrescrito 14 C.
c ) A técnica de datação por carbono-14 só é possível porque o carbono-12 decai a carbono-14 nos materiais orgânicos.
d ) A técnica de datação por carbono-14 não pode ser aplicada em amostras orgânicas muito antigas, pois não há quantidade significativa de sobrescrito 14 C.
Resposta: Alternativa d.
6. O cobalto-60 é um isótopo radioativo comumente utilizado em aplicações médicas, sobretudo tratamentos de radioterapia para combater o câncer. Esse isótopo emite radiação gama de alta energia, que pode ser efetivamente direcionada para tumores malignos, danificando o DNA das células cancerosas e impedindo seu crescimento descontrolado.
a ) Cite e explique os principais cuidados a serem tomados no manuseio do cobalto-60 em ambientes hospitalares de radioterapia.
b ) O cobalto-60 tem um tempo de meia-vida de aproximadamente 5,27 anos. O que isso significa em termos da diminuição da atividade radioativa desse material ao longo do tempo? Como essa propriedade afeta o planejamento do tratamento de radioterapia?
Respostas nas Orientações para o professor.
c ) Quais são as vantagens e limitações dessa fonte de radiação na radioterapia? Identifique os itens corretos sobre o assunto.
I ) O cobalto-60 tem capacidade de penetração nos tecidos, permitindo o tratamento de tumores em partes internas do corpo.
II ) Após o uso, as fontes de cobalto-60 precisam ser descartadas de forma adequada, pois elas continuam emitindo radiação.
III ) Os tipos de emissão do cobalto-60 tornam dispensáveis a necessidade de blindagem e outros tipos de proteção.
IV ) Por apresentar um tempo de meia-vida relativamente alto, o cobalto-60 não pode ser utilizado como fonte de radiação.
Resposta: Itens I e II.
RETOME O QUE ESTUDOU
Refletindo sobre o que estudou nesta unidade, responda às questões a seguir.
1. Retorne à página 306 e reveja a série completa de decaimento radioativo do U traço 238. Escreva a equação de decaimento desse radionuclídeo.
2. Escreva em uma folha de papel, no período de um minuto, o que é a radioatividade. Em seguida, elabore um esquema sobre o poder de penetração das radiações alfa, beta e gama. Compare sua definição e seu esquema com os de um colega e, depois, complemente-os, caso julgue necessário.
Atividade(s) adaptada(s) acessível(is)
2. No período de um minuto, defina e anote o que é a radioatividade. Em seguida, inclua detalhes sobre o poder de penetração das radiações alfa, beta e gama. Compare sua definição e seus detalhes com os de um colega e, depois, complemente-os, caso julgue necessário.
Resposta: O objetivo desta questão é verificar a compreensão dos estudantes sobre a definição de radiação, bem como solicitar a eles que expliquem o que entenderam a respeito do poder de penetração dos três tipos de radiação estudados ao longo do capítulo.
3. Organizem a sala de aula em dois grupos. Um deles deverá citar os benefícios da aplicação da radiação ionizante e o outro, os malefícios relacionados a esse tipo de radiação.
4. Elabore, em uma folha de papel, um texto explicativo sobre a diferença entre eletrólise ígnea e eletrólise aquosa e suas principais aplicações no dia a dia. Em seguida, troque seu texto com um colega e compare suas respostas.
5. Elabore um esquema, com ilustrações e texto explicativos, que possibilite compreender a aplicação da técnica de datação de carbono-14 em fósseis.
Respostas nas Orientações para professor.
Atividade(s) adaptada(s) acessível(is)
5. Elabore uma explicação sobre a aplicação da técnica de datação de carbono-14 em fósseis.
Resposta: O objetivo desta questão é levar os estudantes a sintetizar as informações sobre o tema. Eles devem incluir em suas explicações a obtenção de carbono-14 pelos seres vivos, o decaimento natural, a meia-vida desse radionuclídeo e como tais dados podem ser usados para a datação de fósseis.
Página 330
MAISQUESTÕES
1. (UERJ) Recentemente, a Marinha do Brasil afundou no mar um porta-aviões deteriorado. Ambientalistas criticaram a operação, pois a estrutura do navio continha amianto, fibra mineral nociva à saúde. O principal componente do amianto é a substância de fórmula química M g subscrito 3 S i subscrito 2 O subscrito 5 abre parênteses O H fecha parênteses subscrito 4.
Nessa substância, o número de oxidação do silício é igual a:
a ) menos 6
b ) menos 4
c ) mais 4
d ) mais 6
Resposta: Alternativa c. Resolução nas Orientações para o professor.
2. (Enem/MEC) O ciclo do cobre é um experimento didático em que o cobre metálico é utilizado como reagente de partida. Após uma sequência de reações (I, II, III, IV e V), o cobre retorna ao seu estado inicial ao final do ciclo.

A reação de redução do cobre ocorre na etapa
a ) I
b ) II
c ) III
d ) IV
e ) V
Resposta: Alternativa e.
3. (Fuvest-SP) Considerando que baterias de L i menos F e S subscrito 2 podem gerar uma voltagem nominal de 1 vírgula 5 volts, o que as torna úteis no cotidiano e que a primeira reação de descarga dessas baterias é 2 L i mais F e S subscrito 2 seta para a direita L i subscrito 2 F e S subscrito 2, é correto afirmar:
a ) O lítio metálico é oxidado na primeira descarga.
b ) O ferro é oxidado e o lítio é reduzido na primeira descarga.
c ) O lítio é o cátodo dessa bateria.
d ) A primeira reação de descarga forma lítio metálico.
e ) O lítio metálico e o dissulfeto ferroso estão em contato direto dentro da bateria.
Resposta: Alternativa a.
4. (Unesp) As bacteriorrizas são exemplos de associações simbióticas entre bactérias e raízes de plantas leguminosas. Essas bactérias fixam o nitrogênio atmosférico abre parênteses N subscrito 2 fecha parênteses, transformando-o em amônia abre parênteses N H subscrito 3 fecha parênteses. Nessa transformação, o número de oxidação do elemento nitrogênio é alterado de
a ) mais 2 para menos 3, sendo reduzido.
b ) mais 2 para mais 1, sendo reduzido.
c ) 0 para mais 3, sendo oxidado.
d ) 0 para mais 1, sendo oxidado.
e ) 0 para menos 3, sendo reduzido.
Resposta: Alternativa e.
5. (UECE) Atente para as seguintes afirmações:
I ) Café, quando embalado a vácuo, tem uma vida útil mais longa, porque é mantido na ausência de oxigênio, que participa de grande parte das reações de decomposição dos alimentos, além de ser essencial para o metabolismo dos microrganismos responsáveis por essas degradações.
II ) A vida útil do coco verde exportado para a Europa se prolonga até 60 dias se ele é revestido com uma fina camada de parafina, porque a parafina serve de "embalagem" impermeável ao oxigênio do ar e à umidade atmosférica, impedindo que as substâncias do coco passíveis de sofrer degradação entrem em contato com esses agentes.
III ) Uma simples camada de pintura de "zarcão" (basicamente um óxido de chumbo) protege o ferro da corrosão, porque a película formada por esse óxido sobre o ferro impede o contato entre esse metal e o oxigênio e a umidade do ar, evitando sua corrosão.
É correto o que se afirma em
a ) I, II e III.
b ) I e II apenas.
c ) II e III apenas.
d ) I e III apenas.
Resposta: Alternativa a.
6. (UECE) Na eletrólise de uma solução aquosa de H subscrito 2 S O subscrito 4, os produtos formados são
a ) H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses e O H elevado a início expoente, menos, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses.
b ) H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses e O subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses.
c ) H subscrito 2 abre parênteses g fecha parênteses e S O subscrito 3 abre parênteses g fecha parênteses.
d ) H elevado a início expoente, mais, fim expoente abre parênteses a q fecha parênteses e O H abre parênteses a q fecha parênteses.
Resposta: Alternativa b.
Página 331
7. (Fuvest-SP) O lítio foi identificado no século XIX a partir das observações do naturalista e estadista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva. Em 2019, esse elemento ganhou destaque devido ao Prêmio Nobel de Química, entregue aos pesquisadores John Goodenough, Stanley Whittingham e Akira Yoshino pelas pesquisas que resultaram na bateria recarregável de íon lítio. Durante o desenvolvimento dessa bateria. Foi utilizado um eletrodo de C o O subscrito 2 abre parênteses s fecha parênteses (semirreação I) em conjunto com um eletrodo de lítio metálico intercalado em grafita abre parênteses L i C subscrito 6 abre parênteses s fecha parênteses fecha parênteses (semirreação II) ou um eletrodo de lítio metálico abre parênteses L i abre parênteses s fecha parênteses fecha parênteses (semirreação III).

Considerando essas semirreações:
a ) Escreva a reação global da bateria que utiliza o lítio metálico como um dos eletrodos.
b ) Identifique qual dos dois materiais, lítio metálico ou lítio metálico intercalado em grafita, será um agente redutor mais forte. Justifique com os valores de potencial de redução padrão.
Em 1800, José Bonifácio descobriu o mineral petalita, de fórmula X A l S i subscrito 4 O subscrito 10 (na qual X é um metal alcalino). Em 1817, ao assumir que X é igual a N a, o químico sueco Johan Arfwedson observou que a petalita apresentaria uma porcentagem de metal alcalino superior ao determinado experimentalmente. Ao não encontrar outros substitutos conhecidos que explicassem essa incongruência, ele percebeu que estava diante de um novo elemento químico, o Lítio abre parênteses L i fecha parênteses.
c ) Explique, mostrando os cálculos, como a observação feita por Arfwedson permitiu descobrir que o elemento novo era o Lítio.
Note e adote:
Massas molares abre parênteses g. mol elevado a menos 1 fecha parênteses: L i é igual a 7; O é igual a 16; N a é igual a 23; A l é igual a 27; S i é igual a 28.
% em massa de A l na petalita: 8,8%.
Respostas e resoluções nas Orientações para o professor.
8. (Fuvest-SP) No processo de compra e venda de artigos de ouro, é comum testar os objetos para verificar se eles realmente são feitos de ouro ou se são alguma falsificação feita com metais menos nobres. Esse teste pode ser feito adicionando um pequeno volume de ácido forte concentrado às raspas do objeto a ser testado, conforme figura a seguir. Caso o objeto seja feito com ouro, as raspas permanecem visíveis, enquanto as raspas de falsificações são dissolvidas.

Considerando apenas o potencial de redução padrão, qual das alternativas apresenta um material que poderia gerar um falso positivo para o objeto de ouro no teste descrito?
a ) M g
b ) A l
c ) F e
d ) P t
e ) F subscrito 2
Note e adote:
M g elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente duas meias setas que apontam em direções opostas M g elevado a 0 E grau é igual a menos 2 vírgula 37 volts
A l elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente duas meias setas que apontam em direções opostas A l elevado a 0 E grau é igual a menos 1 vírgula 66 volts
F e elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente duas meias setas que apontam em direções opostas F e elevado a 0 E grau é igual a menos 0 vírgula 44 volts
2 H elevado a início expoente, mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente duas meias setas que apontam em direções opostas H subscrito 2 E grau é igual a 0 vírgula 0 0 volts
P t elevado a início expoente, 2 mais, fim expoente mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente duas meias setas que apontam em direções opostas P t elevado a 0 E grau é igual a mais 1 vírgula 20 volts
A u elevado a início expoente, 3 mais, fim expoente mais 3 e elevado a início expoente, menos, fim expoente duas meias setas que apontam em direções opostas A u elevado a 0 E grau é igual a mais 1 vírgula 50 volts
F subscrito 2 mais 2 e elevado a início expoente, menos, fim expoente duas meias setas que apontam em direções opostas 2 F elevado a início expoente, menos, fim expoente E grau é igual a mais 2 vírgula 87 volts
Resposta: Alternativa d.
Página 332
9. (UEA) O esquema de uma pilha de Daniel é representado na figura.

O polo negativo da pilha é denominado lacuna e o metal de seu eletrodo lacuna elétrons. Essa reação é denominada lacuna. As lacunas são preenchidas, respectivamente, por:
a ) ânodo; perde; oxidação.
b ) cátodo; perde; redução.
c ) ânodo; perde; redução.
d ) ânodo; ganha; oxidação.
e ) cátodo; ganha; oxidação.
Resposta: Alternativa a.
10. (Famerp-SP) A reciclagem do alumínio no Brasil é fonte de renda para coletores de material reciclado, além de proporcionar relevante economia de recursos e energia quando comparado à produção do metal por meio da eletrólise da alumina fundida. Uma lata de refrigerante vazia pesa em média 13 vírgula 5 gramas e consome a carga correspondente a 1 Faraday abre parênteses 96.500 coulombs fecha parênteses para cada mol de elétrons envolvidos no processo. A equação representa a reação de redução do alumínio durante a eletrólise da alumina fundida.

O tempo de eletrólise necessário para a produção da massa de alumínio correspondente a uma lata de refrigerante, utilizando uma corrente de 10 ampères, é de, aproximadamente.
a ) 240 minutos.
b ) 150 minutos.
c ) 90 minutos.
d ) 520 minutos.
e ) 40 minutos.
Resposta: Alternativa a. Resolução nas Orientações para o professor.
11. (UECE) Duas células eletrolíticas ligadas em série são submetidas a uma corrente contínua. Um dos eletrólitos é uma solução de nitrato de prata, e o outro é uma solução de sulfato de cobre II. Quando são depositados 0 vírgula 60 grama de prata metálica, se depositam de cobre, aproximadamente,
a ) 0 vírgula 18 grama
b ) 0 vírgula 90 grama
c ) 0 vírgula 48 grama
d ) 0 vírgula 24 grama
Resposta: Alternativa a. Resolução nas Orientações para o professor.
12. (UECE) O gás cloro usado na Primeira Guerra Mundial como arma química na cidade de Ypres (Bélgica) pode ser obtido através da eletrólise ígnea do cloreto de sódio. Considerando a constante de Faraday igual a 96.500 coulombs, o tempo, em minutos, necessário para produzir 0 vírgula 10 mol do referido gás utilizando uma corrente de 4 ampéres é, aproximadamente,
a ) 100.
b ) 80.
c ) 90.
d ) 70.
Resposta: Alternativa b. Resolução nas Orientações para o professor.
13. (UECE) O tempo gasto para obter-se 14 vírgula 8 gramas de cobre, sabendo que a constante de Faraday é 96.500 coulombs e utilizando uma corrente elétrica de 5 ampères é, aproximadamente,
a ) 2,0 horas.
b ) 3,0 horas.
c ) 2,5 horas.
d ) 3,5 horas.
Resposta: Alternativa c. Resolução nas Orientações para o professor.
14. (UEA) O radioisótopo carbono-11 é obtido por processo nuclear e, por ser uma fonte emissora de pósitrons, é usado em medicina nuclear em certos exames de tomografia.
Considere a notação sobrescrito A subscrito Z X, sendo X o símbolo do elemento, A o número de massa e Z o número atômico. Em relação ao isótopo natural de carbono, sobrescrito 12 subscrito 6 C, o radioisótopo carbono-11 apresenta
a ) um próton a mais.
b ) um elétron a mais.
c ) um nêutron a mais.
d ) um nêutron a menos.
e ) um próton a menos.
Resposta: Alternativa d.
15. (UERJ) O iodo-131 é um radioisótopo empregado no tratamento de doenças da glândula tireoide. Para o estudo de um medicamento que combate uma dessas doenças, foi utilizada uma amostra contendo 100 miligramas desse radioisótopo, cujo tempo de meia-vida é igual a 8 dias.
A massa de iodo-131 presente na amostra decairá a 25 miligramas no seguinte intervalo de tempo, em dias:
a ) 4
b ) 12
c ) 16
d ) 32
Resposta: Alternativa c. Resolução nas Orientações para o professor.
Página 333
16. (UEL-PR) Marie Curie (1867-Polônia) foi uma cientista que dedicou a vida aos estudos da radioatividade. Ela descobriu os elementos sobrescrito 210 P o e sobrescrito 226 R a, foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel e a primeira pessoa a conquistá-lo duas vezes, além de ser a primeira mulher a atuar como professora na Universidade de Paris.
Suponha uma quantidade de 128 gramas de sobrescrito 210 P o, que tem uma meia-vida de 138 dias, decaindo em sobrescrito 206 P b pela emissão de uma partícula alfa.
Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre radioatividade, considere as afirmativas a seguir.
I ) Para que se tenha 32 gramas de sobrescrito 210 P o, são necessários 276 dias.
II ) A partícula alfa é composta por dois prótons e dois nêutrons.
III ) Para que se tenha 96 gramas de sobrescrito P b, são necessários 276 dias.
IV ) Para que se tenha apenas um grama de sobrescrito 210 P o, são necessários 3.328 dias.
Assinale a alternativa correta.
a ) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b ) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c ) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d ) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e ) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Resposta: Alternativa a. Resolução nas Orientações para o professor.
17. (Fuvest-SP) O carbono 14, um isótopo radioativo com meia-vida de 700 anos, é gerado de forma constante na atmosfera a partir da interação de nêutrons com nitrogênio atmosférico. Esse sobrescrito 14 C reage com o O subscrito 2 e produz sobrescrito 14 C O subscrito 2. Em função de seu decaimento e de suas taxas de deposição e formação, a proporção de sobrescrito 14 C O subscrito 2 e sobrescrito 12 C O subscrito 2 na atmosfera é razoavelmente constante ao longo da história geológica da Terra. Esses gases são absorvidos por produtores primários pela fotossíntese, e os isótopos de C são transferidos aos organismos heterotróficos pela teia alimentar.
Com a queima de combustíveis fósseis, produzidos há milhões de anos, quantidades significativas de CO subscrito 2 têm sido lançadas na atmosfera, aumentando a concentração desse gás.
Com base no exposto, o CO subscrito 2 emitido a partir da queima de combustíveis fósseis
a ) mantém constante a proporção sobrescrito 12 C barra sobrescrito 14 C na atmosfera em relação à encontrada no período pré-industrial.
b ) apresenta maior concentração de sobrescrito 14 C O subscrito 2 em relação à concentração de CO subscrito 2 atmosférico encontrado no período pré-industrial.
c ) contém quantidades iguais de sobrescrito 14 C e sobrescrito 12 C, dado que as taxas de formação e deposição de ambos são as mesmas.
d ) aumenta a proporção sobrescrito 12 C barra sobrescrito 14 C na atmosfera em relação à encontrada no período pré-industrial.
e ) contém apenas sobrescrito 14 C O subscrito 2, que é o real causador do aquecimento global por ser um gás de efeito estufa mais eficiente que o sobrescrito 12 C O subscrito 2.
Resposta: Alternativa d.
18. (UEM-PR) A radioatividade é um fenômeno natural ou artificial muito presente em nosso cotidiano. Embora a exposição a altas dosagens de radiação possa ser prejudicial ao ser humano, sua utilização em dosagens corretas e sua manipulação responsável garantem benefícios na medicina, na agricultura, na produção de alimentos, na indústria. Sobre o assunto, assinale o que for correto.
01 ) As emissões alfa abre parênteses alfa fecha parênteses são as principais responsáveis pelos efeitos biológicos das radiações. Podem produzir reações químicas leves nas células, alterando sua função, mas sem consequências genéticas.
02 ) Na agricultura, baixas doses de radiações eletromagnéticas de alta frequência são utilizadas para alterar comportamento dos machos de insetos prejudiciais às plantações. Esses machos irradiados não reconhecerão as fêmeas de sua espécie, reduzindo a população da praga.
04 ) Radioatividade é a emissão espontânea de partículas e/ou de radiações de núcleos instáveis de átomos, dando origem a outros núcleos, que podem ser instáveis ou não.
08 ) A medicina utiliza solução contendo iodo-131 em pequenas doses como um rastreador radioativo para diagnósticos das glândulas tireoides. Um contador Geiger colocado na região do pescoço determina a habilidade da tireoide em absorver o iodo.
16 ) A radioatividade excessiva causa mutações nos ácidos nucleicos, principalmente no nucleotídeo uracila do ácido desoxirribonucleico.
Resposta: Soma: 04 mais 0 8 é igual a 12.